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Universidade Estadual de Maringá

Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Química

Disciplina: Laboratório de Engenharia Química

Processo de Esvaziamento em Regime Estacionário

Curso: Engenharia Química

Alunos: André Spanhol RA: 69208

Heitor Salinas RA: 69034

João Ricardo Santos RA: 70950

Professor: Luiz Mário de Matos Jorge

Maringá - Paraná

04/06/2013
Resumo
O presente trabalho baseou-se em conceitos termodinâmicos para teste
do esvaziamento em regime estacionário em duas formas. De maneira sem
isolamento e também de maneira considerada adiabática. Esvaziando um
cilindro, contendo um gás refrigerante (R134a), e através de medições de
propriedades físico-químicas calculou-se a massa restante no cilindro. Os
resultados apresentaram um erro menor que 5% daqueles experados,
mostrando um bom desempenho do experimento.

Fundamentação Teórica
Escoamento permanente e não permanente
Se um escoamento é dito permanente, a velocidade e a pressão num
determinado ponto, não variam com o tempo. A velocidade e a pressão podem
variar de um ponto para outro do fluxo, mas se mantêm constantes em cada
ponto imóvel do espaço, em qualquer momento do tempo, fazendo a pressão e
a velocidade em um ponto serem funções das coordenadas do ponto e não
dependentes do tempo.[1]
Já um escoamento dito não permanente, a velocidade e a pressão, em
determinado ponto, são variantes com o tempo, variando também de um ponto
a outro. A pressão e a velocidade em um ponto são dependentes tanto das
coordenadas como também do tempo. Um exemplo de um escoamento não
permanente é o esvaziamento um recipiente qualquer através de um orifício, à
medida que a superfície livre vai baixando, pela redução do volume de fluido, a
pressão da coluna de fluido diminui, assim como a velocidade do fluido
passando pelo orifício. [1]
As linhas de corrente permanecem fixas num escoamento estacionário e
elas coincidem com as trajetórias que são linhas que descrevem o caminho
percorrido por um elemento de fluido. Entretanto, as linhas de corrente não
coincidem com as trajetórias se o movimento não for estacionário.

Processo de esvaziamento em regime não estacionário[2]


O esvaziamento e o enchimento adiabático de vasos de pressão
representa uma classe de problemas que podem ser descritos por equações
relativamente simples. Neste experimento, um tanque que contém um
refrigerante comercial é parcialmente esvaziado havendo um resfriamento, e
então deixa-se o tanque atingir novamente a temperatura ambiente por
convecção livre no ar. A massa de refrigerante que permanece no tanque pode
ser medida e também calculada.
Para o calculo dessa massa remanescente é sabido que o esvaziamento
de vasos de pressão em regime não estacionário ocorre a partir de duas
situações de equilíbrio:

1. Equilíbrio termodinâmico da substância contida dentro do cilindro.


2. Equilíbrio térmico entre o cilindro e o ambiente.

O escoamento do gás provoca uma alteração na temperatura, que por


sua vez provoca uma alteração no equilíbrio termodinâmico, visto que este
equilíbrio é dependente da temperatura.
Agora é necessário que se faça um balanço de energia no volume
ocupado pelo fluido nos estados gasoso e liquido e chama-se esse volume de
volume do controle:

No esvaziamento não existe entrada de massa no volume de controla e


também não existe trabalho de eixo, assim dizemos que ṁent=0 e Ẇs=0
Desprezando os termos de energia cinética e potencial, a eq.(1) pode ser
simplificada à:

Os subscritos 1, 2 e 3 que serão utilizados para a solução do problema


representam:

1- Condições iniciais;

2- Condições no fim da expansão (imediatamente antes do fechamento


da válvula);

3- Estado final (depois de estabelecido os equilíbrios térmico e


termodinâmico).

Esvaziamento Adiabático [2]


Ao utilizar o isolamento para realizar o esvaziamento, admitimos que não
exista nenhuma troca térmica entre o cilindro e o ambiente. Neste caso =0 e
a eq.(2) fica:

Integrando a equação (3) em relação a t, temos que:

Como não existe troca térmica, U2=U3 e supondo que m2=m3, a equação
(4) fica:

Uma vez que a queda de pressão entre o estado 1 e o estado 2 é


pequena, a entalpia do vapor de saída do tanque ( H ), é dada 0

aproximadamente por:
A massa que sai do volume de controle ( msai ) é na verdade a diferença
entre a massa inicial m1 e a massa final m3, ou seja:

Assim a partir da equação (4), temos que:

A equação (7) pode ser escrita como:

E a partir da equação (4-1), temos que:

Esvaziamento não-adiabático[2]
Nessa etapa do experimento, sem o isolamento, não podemos desprezar
a troca térmica que ocorre entre o cilindro e o ambiente após o esvaziamento,
visto que existe energia associada ao vapor que sai do cilindro. Retirando
massa, retira-se também energia, fazendo com que a temperatura caia, logo
deverá existir transferência de calor para restabelecer o equilíbrio. Neste caso
≠ 0. Assim integrando com relação a t temos:

Pelas mesmas condições anteriores:

Neste caso U3 ≠ U2 e o calor Q trocado no processo a volume constante


será:

Logo, a partir da equação (10), obtemos que:

Rearranjando a equação (12), encontramos que:


Cálculo da energia interna (U) da mistura liquido-vapor de um
componente puro[2]
Para o cálculo da energia interna U e necessário primeiramente calcular o
volume específico.

Onde: V = Volume do tanque;


m1= Massa inicial de fluido.

Com a determinação do volume específico, podemos determinar a


fração de vapor existente na mistura dentro do cilindro, que será utilizada para
calcular a Energia Interna U.

Combinando com a equação (14), obtemos que:

Onde: y1 = Fração de vapor na condição 1;


V1liq = Volume específico do líquido na condição 1;
V1vap = Volume específico do vapor na condição 1.

Agora para o cálculo da energia interna:

Caso não esteja disponível dados tabelados da Energia Interna para o


líquido e para o vapor saturados, como é o nosso caso, podemos usar as
relações termodinâmicas para estimar seu valor, assim:

Onde: H1liq= Entalpia específica do líquido na condição 1;


H1vap = Entalpia específica do vapor na condição 1.

Onde: U1 = Energia interna específica na condição 1;


P1 = Pressão inicial.

Para o cálculo de y2 e U2, utilizaremos um método iterativo, assumindo


um valor para m2 inicialmente e então calculando y2 e U2 através das equações
(14), (15), (16) ( ou eqs. (17) e (18) ), só que dadas para o estado 2. Para
checar o valor da massa assumido, utiliza-se o Balanço de Energia. Estes
procedimentos são repetidos até se chegar a uma massa em que o valor
assumido seja bem próximo do calculado.
Apêndice
1. Dados Sobre as Dimensões do Cilindro de Gás:
massa do cilindro vazio: 2,650 kg
massa do aparelho (cilindro + acessórios) vazio: 3,240 kg
área externa do cilindro: 0,1597 m2
volume do cilindro: 3,0898 E-3 m3 (3,0898 L).

2. Informações sobre o Fluido refrigerante R134a também conhecido


como 1,1,1,2 Tetrafluoroetano:[3]

Tabela 01 – Valores de V e H para o gás R134a nas pressões analisadas.


Pressão Temperatura VL VV HL HV
(bar) (K) (m3/Kg) (m3/Kg) (KJ/Kg) (KJ/Kg)
5,74 297,15 8,167 x 10-4 3,611 x 10-2 78,91 261,28
3,63 283,65 7,849 x 10-4 5,731 x 10-2 59,37 253,47

Objetivo
Determinar a massa de um fluido remanescente de um processo de
esvaziamento de um vaso de pressão em um escoamento não estacionário
utilizando sistemas com e sem isolamento térmico.

Materiais e Métodos
Materiais
Neste experimento utilizaram-se os seguintes materiais:

- Cilindro contendo substância refrigerante 134-a, e suas respectivas válvulas;

-Manômetro, usado junto ao cilindro para a marcação de pressão, e


consequentemente, a temperatura de saturação;

-Cronômetro, para a medida do tempo;

-Caixa de isopor, utilizada como isolante térmico.


Abaixo segue uma figura ilustrativa:

Métodos
Inicialmente pesou-se o cilindro, já com a substância, para que se
obtivesse a massa inicial do sistema, anotando-se a pressão inicial e sua
temperatura correspondente (indicada pelo manômetro acoplado).
No passo consequente, abriu-se a válvula do cilindro durante 20
segundos. Fecharam-se as válvulas, anotou-se a pressão (e a temperatura),
esperou-se que o cilindro alcança-se o equilíbrio térmico com o ambiente e
pesou-se o cilindro novamente. Em seguida Introduziu-se o cilindro dentro do
isolante térmico (caixa de isopor) e deixaram-se as válvulas abertas durante 20
segundo, novamente. Após este intervalo de tempo, fecharam as válvulas e
retirou-se o cilindro da caixa isolante. Aferiu-se novamente a pressão de
saturação consequentemente a temperatura. Após o equilíbrio térmico ser
novamente alcançado, pesou-se o cilindro.

Resultados e Discussão
Foi realizado neste experimento o esvaziamento de um fluido através de
um cilindro em duas condições, sendo a primeira com o cilindro isolado (com
isopor) e a segunda com o cilindro não isolado. O fluido refrigerante utilizado foi
o R134a, também conhecido como 1,1,1,2 Tetrafluoroetano.

Dados referentes ao equipamento (obtidos pela literatura):


· massa do cilindro vazio: 2,650 kg
· massa do aparelho (cilindro + acessórios) vazio: 3,240 kg
· área externa do cilindro: 0,1597 m2
· volume do cilindro: 3,0898 x 10-3 m3 (3,0898 L).
Parte com isolamento
Os dados obtidos referentes a esta parte do experimento estão
agrupados na tabela 2.

Tabela 2 – Dados experimentais referente ao procedimento realizado com


isolamento
Massa do Massa de Pressão Temperatura Massa de Pressão Temperatura
sistema gás inicial inicial inicial (K) gás final final (bar) final (K)
(Kg) (Kg) (bar) (Kg)
5,161 1,921 5,74 294,15 1,661 3,63 283.65

Com o auxilio do Perry’s Chemical Engineers’ Handbook encontrou-se


os valores das propriedades termodinâmicas do gás R134a utilizado no
presente experimento. Interpolando os dados fornecidos pela tabela 2-329
Thermophysical Properties of Refrigerant 134a, retirada do Perry’s Chemical
Engineers Handbook, montou-se a tabela 3 com as propriedades do fluido
refrigerante.

Tabela 3 – Valores de V e H para o gás R134a nas pressões analisadas.


Pressão Temperatura VL VV HL HV
(bar) (K) (m3/Kg) (m3/Kg) (KJ/Kg) (KJ/Kg)
5,74 297,15 8,167 x 10-4 3,611 x 10-2 78,91 261,28
3,63 283,65 7,849 x 10-4 5,731 x 10-2 59,37 253,47

Feito o balança de energia entre os estados 1 (inicial) e 2 (final) e


fazendo as seguintes considerações:

- Não há entrada de massa;


- Não saída EK = EP = 0;
- Processo adiabático (Q = 0);
- Não há trabalho de eixo (W E = 0);

Para a determinação da massa m2, temos:

Onde H0 é dado por:

Assim H0 é:

Para encontrar V1, utilizou-se a seguinte expressão:


Para encontrar a fração do vapor existente na mistura dentro do nosso
volume de controle (cilindro), utilizou-se a seguinte expressão:

Portanto, esta é a fração de vapor na condição na qual o cilindro estava


isolado termicamente.
Com o valor da fração de vapor, pode-se encontrar o valor da energia
interna através de relações termodinâmicas, através da seguinte expressão:

Assim podemos encontrar a energia interna (U1) na condição 1, pela


seguinte expressão:

Para encontrar o novo valor de m2 é necessário utilizar um método


iterativo, no qual o valor do chute inicial para m 2 é o valor que o mesmo
apresenta na tabela 3, e em seguida calculou-se os valores de V2, y2, H2, U2,
sendo assim um novo valor de m2 encontrado utilizando as equações descritas
acima. Estes procedimentos foram repetidos de modo a encontrar um valor de
m2 próximo ao assumido. Os resultados encontrados estão dispostos na tabela
4.

Tabela 4: Novos valores calculados


3
m2(Kg) V2(m /Kg) y2 H2(KJ/Kg) U2(KJ/Kg) novo m2
1,661 0,001860 0,019023 63,06 62,38 1,727
1,727 0,001789 0,017764 62,82 62,17 1,727
Logo, o valor de m2 calculado, ou seja, m2 teórico é de 1,727 kg,
apresentando um erro de 3,97% em relação ao determinado
experimentalmente em laboratório de 1,661 kg. Resultando em um resultado
considerado bom.

Parte sem isolamento


Os dados obtidos no laboratório estão se encontram na tabela 5 abaixo.

Tabela 5 – Dados experimentais referente ao procedimento realizado com


isolamento
Massa do Massa de Pressão Temperatura Massa de Pressão Temperatura
sistema gás inicial inicial inicial (K) gás final final (bar) final (K)
(Kg) (Kg) (bar) (Kg)
4,529 1,289 5,98 294,15 1,085 3,53 282,65

Interpolando os dados fornecidos pela tabela 2-329 Thermophysical


Properties of Refrigerant 134a, retirada do Perry’s Chemical Engineers
Handbook, montou-se a tabela 6 com as propriedades do fluido refrigerante.

Tabela 6 – Valores de V e H para o gás R134a nas pressões analisadas.


Pressão Temperatura VL VV HL HV
(bar) (K) (m3/Kg) (m3/Kg) (KJ/Kg) (KJ/Kg)
5,98 297,15 8,20 x 10-4 3,448 x 10-2 80,88 262,03
3,53 282,65 7,833 x 10-4 5,896 x 10-2 58,25 253,0

Aplicando novamente o balanço de energia entre o 1 (inicial) e o estado


2 (final), e fazendo as seguintes considerações:

- Não há entrada de massa;


- Não saída EK = EP = 0;
- Não há trabalho de eixo (W E = 0);

Para a determinação da massa m2, temos:

Onde H0 é dado por:

Assim H0 é:

Para encontrar V1, utilizou-se a seguinte expressão:


Para encontrar a fração do vapor existente na mistura dentro do nosso
volume de controle (cilindro), utilizou-se a seguinte expressão:

Portanto, esta é a fração de vapor na condição na qual o cilindro não


continha o isolamento térmico.
Com o valor da fração de vapor, pode-se encontrar o valor da energia
interna através de relações termodinâmicas, através da seguinte expressão:

Assim podemos encontrar a energia interna (U1) na condição 1, pela


seguinte expressão:

Mais uma vez para encontrar o valor de m 3 é necessário utilizar um


método iterativo, no qual o valor do chute inicial para m 3 é o valor contido na
tabela 6, e em seguida calculou-se os valores de V3, y3, H3, U3, sendo assim
um novo valor de m3 encontrado utilizando as equações descritas acima. Estes
procedimentos foram repetidos de modo a encontrar um valor de m 3 próximo
ao assumido. Os resultados encontrados estão dispostos na tabela 7.

Tabela 7:

m3 (Kg) V3 (m3/Kg) y3 H3(KJ/Kg) U3(KJ/Kg) novo m3


1,085 2,848 x 10-3 0,035486 65,16 64,15 1,130
1,130 2,734 x 10-3 0,033531 64,78 63,81 1,128
1,128 2,739 x 10-3 0,033616 65,29 64,30 1,130
Logo, o valor de m3 calculado, ou seja, m3 teórico é de 1,130 kg,
apresentando um erro de 4,15% em relação ao determinado
experimentalmente em laboratório de 1,085 kg.

Bibliografia
[1]HTTP://PT.WIKIPEDIA .ORG/WIKI/REGIME_DE_ESCOAMENTO

[2]FTP://FTP.DEQ.UEM.BR/EQ/DEQ216/MATERIAL%20DIDATICO/APOSTILAS%20201
3/2%20BIM/PROCESSO%20DE%20ESVAZIAMENTO %20EM%20REGIME%20NO%20E
STACIONRIO %20_ CORRIGIDO .PDF

[3] PERRY, R. H. E GREEN, D. “PERRY’S CHEMICAL ENGINEERS ' HANDBOOK”.

[4]SMITH, J.M. & VAN NESS, H.C. INTRODUÇÃO À T ERMODINÂMICA DA


ENGENHARIA QUÍMICA. 3ª E DIÇÃO. RIO DE JANEIRO: ED. GUANABARA DOIS, 1980.

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