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de Garagens
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
72 p. :il. – (EaD)
CDU 625.712.63:658
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
Glossário 17
Atividades 18
Referências 19
1 Departamento de Manutenção 22
Glossário 29
Atividades 30
Referências 31
3
Unidade 3 | Gerenciando os Profissionais das Garagens de Ônibus 32
2.1 Técnico-Administrativos 38
Glossário 40
Atividades 41
Referências 42
4
3.4 Cálculo do Índice de Improdutividade (I) 52
Glossário 55
Atividades 56
Referências 57
2 Significado dos 5S 60
2.1 Seiri 62
2.2 Seiton 63
2.3 Seiso 65
2.4 Seiketsu 66
2.5 Shitsuke 67
Glossário 68
Atividades 69
Referências 70
Gabarito 71
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
6
O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e
ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará, também, situações extraídas
do cotidiano, conceitos, exercícios de consolidação do conteúdo, filmes e links da
Internet para complementar os estudos.
Nesse sentido, esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso
intuito maior é o de apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a
resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO DE GARAGENS
DE ÔNIBUS
8
Unidade 1 | Introdução à Administração de
Garagens de Ônibus
ff
Como as empresas operadoras do serviço de transporte coletivo
de ônibus se organizam administrativamente? Quais são os
departamentos básicos? Qual a infraestrutura necessária para
uma garagem de ônibus?
É comum o usuário do transporte coletivo de ônibus, de qualquer cidade, não se dar conta
de como funciona a estrutura das empresas que colocam um veículo em operação. No
entanto, é fundamental que até o gerente da garagem de ônibus conheça a estrutura
mínima que deve ser montada.
9
1 A Organização Administrativa das Empresas Operadoras
de Ônibus
10
Observando a Figura anterior, percebemos que há quatro departamentos básicos nas
empresas: Administração, Finanças, Operação e Manutenção.
ee
Atente-se para o fato de ser comum as empresas contratarem
serviços especializados, tais como: auditoria, capacitação e
treinamento de pessoal, projetos e estudos diversos.
11
A divisão de tesouraria está encarregada de: controlar a arrecadação por meios físicos
(papéis) e digitais (sistemas informáticos); conferir e registrar os boletins diários de
movimentação de passageiros dos coletivos, dos guichês de venda de passagens e
vale-transporte; conferir a marcação das catracas de controle do acesso em coletivos,
estações e terminais; e realizar as operações bancárias cotidianas.
aa
Os sistemas de informática ou computacionais da empresa
devem permitir a integração entre seus vários departamentos.
Por exemplo, o Departamento de Operação e o de Manutenção
estão inter-relacionados em seus processos e, por isso, devem
trocar os dados e informações confiáveis.
12
Na divisão técnico-administrativa, são realizadas as seguintes atividades: definição da
programação operacional das linhas; determinação do número e do tipo de veículo a
ser utilizado; elaboração das tabelas de horários; elaboração das escalas de pessoal;
controle das ocorrências de acidentes e incidentes; medição dos serviços realizados;
controles estatísticos, entre outras.
De acordo com Ferraz e Torres (2004) e Molinero e Arellano (1998), a garagem de uma
empresa de ônibus deve estar localizada o mais próximo possível da área de operação,
a fim de reduzir a quilometragem ociosa da frota nos deslocamentos garagem-linhas,
no início da jornada de trabalho pela manhã e ao final, à noite. Isso serve também para
os casos de troca de veículos devido a defeitos, ida e volta dos veículos extras que
operam somente em períodos de pico, entre outros.
13
A garagem da empresa de ônibus urbano deve ter áreas cobertas,
Boxes /
50 100 150 200
Frota
Revisão 2 3 4 5
Lubrificação 1 1 2 2
Manutenção
2 4 7 9
corretiva
Funilaria e
2 3 4 5
pintura
Lavagem
1 1 1 1
externa
Estimativa
8 12 18 22
total
% Estimada
em relação 18 12 12 11
à frota
14
Exemplo de Layout de Garagem para até 100 Ônibus
15
Lembre-se de que a manutenção noturna permite reduzir o número total de ônibus
na frota, apresentando, entretanto, maior custo de mão de obra, mais cara no
período noturno. Por isso, muitas empresas operadoras adotam, como rotina, fazer a
manutenção pesada durante o dia e deixar os reparos menores para o período noturno.
bb
Acesse os requisitos estabelecidos pela BHTRANS, em Belo
Horizonte-MG, quanto aos aspectos da garagem de ônibus das
operadoras de transporte coletivo (Requisitos Mínimos para a
Prestação dos Serviços – item 1), disponíveis no link a seguir.
h t t p : / / w w w. b h t r a n s . p b h . g ov. b r/ p o r t a l / p a g e / p o r t a l /
p o r t a l p u b l i c o d l / Te m a s / O n i b u s / g e s t a o - t r a n s p o r t e -
onibus-2013/080318_Requisitos_mC3ADnimos_anexo_III.pdf
Resumindo
16
Glossário
Receita: é o dinheiro que a empresa recebe ou tem direito a receber, proveniente das
suas operações.
Tributo: é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de
entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do
Estado.
17
Atividades
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
18
Referências
19
UNIDADE 2 | SERVIÇOS
EXECUTADOS NAS GARAGENS
DE ÔNIBUS
20
Unidade 2 | Serviços Executados nas Garagens de
Ônibus
ff
O que deve ser levado em conta para definir os serviços
prestados nas garagens de ônibus? Como o Departamento de
Manutenção de uma operadora de transporte coletivo pode se
dividir? Quais são as suas funções?
21
1 Departamento de Manutenção
Como é grande a variedade, para agir com segurança na definição dos serviços
que podem ser oferecidos em uma garagem de ônibus, o gestor de garagem deve
considerar:
•
Elaboração de planos de
manutenção preventiva;
•
Controle da manutenção
preventiva e corretiva;
22
• Emissão de ordens de serviço (OSs);
gg
divisões, o Departamento de Manutenção geralmente possui
softwares de manutenção específicos, que auxiliam desde o
acompanhamento das rotinas de manutenção até o desempenho
da frota, propiciando o monitoramento do desempenho
individual de cada ônibus por meio de indicadores de
desempenho (consumo de combustível, lubrificantes, pastilhas
de freio, gastos individuais com manutenção, entre outros).
23
O gestor de garagens de ônibus deve estar atento à quantidade de componentes em
estoque, uma vez que estes constituem parte do ativo imobilizado da empresa, ou
seja, dinheiro estocado. Além disso, se o almoxarifado for muito grande, há despesas
com os custos fixos (energia, água) e mão de obra.
• A inspeção das ferramentas entregues aos funcionários antes e após o seu uso; e
ee
Lembre-se de que equipamentos mais caros exigem uma
atenção maior do responsável pela sua guarda e conservação. E
até mesmo tais equipamentos necessitam de manutenção. Por
isso, fique de olho nos manuais do proprietário de tais
equipamentos, que estabelecem os procedimentos de
manutenção periódica.
24
Normalmente, a divisão de ferramentaria também controla a frota de apoio à empresa
e à manutenção e resgate, tais como: carros para uso administrativo, camionetes e
caminhões-guincho.
•
Motor: cilindros, bloco dos
cilindros, cabeçote, êmbolos,
anéis de vedação, biela, árvore
de manivelas, válvulas, bomba de
combustível, bomba injetora e
injetores, entre outros;
• Freios.
aa
As peças referentes aos sistemas de freios são as mais
demandadas nas oficinais mecânicas de ônibus: pastilhas,
tambores, guarnições, válvulas, entre outros. Por isso, negocie
bem com o seu fornecedor!
25
1.5 Divisão de Manutenção Elétrica
• Alternadores;
• Baterias;
aa
Em garagens de ônibus, cujas edificações possuem ampla
cobertura, já é comum a utilização de painéis solares, em que a
energia solar captada, depois de convertida em energia elétrica,
é empregada na alimentação de chuveiros dos funcionários e na
iluminação interna das oficinas e pátios.
Por isso, o gestor de garagens deve estar atento ao uso dessa possibilidade que, além
de ajudar no aspecto ambiental, implica em economia significativa nos custos de
energia elétrica.
Na visão de Melter (2010), a divisão de borracharia tem como principal atividade cuidar
dos pneus da frota, realizando:
26
• Calibração;
• Reparos;
• Rodízios; e
• Trocas.
O gerente de garagem pode fazer parceria com uma empresa fornecedora de pneus,
de modo a operar dentro da própria garagem. Isso pode eliminar, completamente, a
necessidade de estoque próprio de pneus.
27
No processo de lavagem, podem ser utilizadas a lavagem manual e a lavagem por
equipamentos, quando o veículo passa por um pórtico ou uma sala e os equipamentos
realizam o serviço sem a interferência humana.
bb
Assista, por meio do link disponível a seguir, à reportagem de
uma operadora de ônibus de Rio das Ostras-RJ, que implantou o
projeto de reaproveitamento de água de lavagem dos veículos.
Chegam a ser economizados 650 mil litros de água por mês.
https://www.youtube.com/watch?v=HAVNhy8C3U0
28
Resumindo
Glossário
Pórtico: portal; espaço coberto que serve de entrada para um espaço aberto entre o
limite de um terreno e a entrada de uma construção ali situada.
29
Atividades
( ) Verdadeiro ( ) Falso
a. ( ) Calibração.
b. ( ) Reparos.
c. ( ) Rodízios.
30
Referências
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. São Carlos: Rima, 2004.
31
UNIDADE 3 | GERENCIANDO OS
PROFISSIONAIS DAS GARAGENS
DE ÔNIBUS
32
Unidade 3 | Gerenciando os Profissionais das
Garagens de Ônibus
ff
Quais as funções do gerente de garagem de ônibus? Quais as
dificuldades no gerenciamento? E as funções dos demais
profissionais que trabalham nas oficinas?
33
1 Quais as Funções do Gerente de Garagem de Ônibus?
gg
assumir responsabilidades como preposto (representante legal)
da empresa perante a justiça e em órgãos governamentais, bem
como assumir responsabilidades sobre ações comerciais, de
treinamento, recrutamento, seleção, entre outras.
34
Tabela 2: Exemplos de Atribuições do Gerente de Garagem de Ônibus
Atividade Descrição
35
Controlar os procedimentos da operação
e de manutenção por meio de indicadores
Aplicar os controles de operação e
de desempenho, realizando correções
manutenção traçados pela chefia.
necessárias para o bom andamento dos
serviços.
36
Outro cuidado que o gerente de garagem deve ter é a adequação do número de
profissionais à estrutura disponível e aos serviços oferecidos. É importante não
manter um excesso de profissionais trabalhando em suas oficinas. No entanto, não
se pode perder os clientes internos ou atendê-los de modo inadequado por falta de
profissionais!
aa
A falta de profissionais pode resultar em manutenções
imperfeitas, não cumprimento de prazos, custos desnecessários
e insatisfação! Esses problemas podem gerar danos à imagem
de sua empresa!
37
Para garantir uma imagem de seriedade, segurança e
2.1 Técnico-Administrativos
Para a realização dessas funções, tais profissionais devem conhecer muito bem os
veículos e os tipos de serviço oferecidos. Significa que, dentre outras coisas, eles
devem saber quanto tempo leva para trocar o óleo ou um pneu, quantos profissionais
vão estar envolvidos na operação e outras informações relevantes.
Nesta categoria, podemos elencar todos os profissionais que trabalham nas divisões de
almoxarifado, ferramentaria, manutenção mecânica, manutenção elétrica, borracharia,
funilaria e pintura, lavagem e lubrificação e abastecimento de combustíveis.
Esses profissionais realizam suas tarefas em lugares fechados ou abertos, com barulhos
característicos de motores, alarmes, ferramentas e equipamentos.
38
aa
Todos esses profissionais devem utilizar os Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs) para se protegerem dos diversos
perigos a que estão expostos nas oficinas. Em geral, são
utilizadas luvas, máscaras, protetores auriculares e óculos para
proteger de faíscas, peças que caem dos veículos, barulho
excessivo, entre outros.
bb
No link disponível a seguir, assista à reportagem que mostra os
diversos profissionais da garagem de ônibus trabalhando
durante a madrugada.
https://www.youtube.com/watch?v=ObpAPEKHolM
39
Resumindo
Glossário
40
Atividades
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
41
Referências
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation
for Lean. New York: Productivity, 2016.
42
UNIDADE 4 | TECNOLOGIAS
APLICADAS AO
GERENCIAMENTO DE
GARAGENS DE ÔNIBUS
43
Unidade 4 | Tecnologias Aplicadas ao
Gerenciamento de Garagens de Ônibus
ff
Existem tecnologias para gerenciar uma garagem de ônibus? O
que pode ser informatizado? As oficinas da garagem estão
sendo produtivas? E o que dizer do rendimento da mão de obra
de seus profissionais?
44
1 Entendendo a Necessidade de Aplicação de Tecnologias
de Gerenciamento nas Garagens de Ônibus
Para Melter (2010) e Schlüter & Schlüter (2005), o uso de recursos de informática é
cada vez mais comum no gerenciamento de garagens de ônibus e outros serviços
ligados ao setor de transportes. Programas de computador específicos para o setor –
os chamados softwares – são oferecidos por inúmeros fornecedores, com ferramentas
para vários fins. Sua grande vantagem é dar mais agilidade e precisão às decisões,
reduzindo os custos da empresa.
45
No que tange aos motoristas, o banco de dados pode incluir: nome completo, número
da matrícula na empresa, idade, cursos realizados relacionados à condução do veículo,
horas de trabalho no veículo, histórico de manutenção em relação ao motorista,
eventos observados, gastos com peças e acessórios e mão de obra.
aa
Quando conclusos os serviços, o responsável pela entrega do
veículo na saída deve conferir, com o motorista que o receber,
todas as suas condições de funcionamento, e registrá-las no
sistema.
46
1.3 Controle de Manutenção
47
2 Estrutura Básica de um Sistema de Controle de Manutenção
Para Melter (2010), Filho (2010) e Dorigo e Nascif (2009), cada programa de computador
utiliza uma estrutura para controle e gerenciamento de uma garagem de ônibus. A
empresa pode desenvolver seu próprio sistema, de acordo com suas necessidades. No
entanto, podem ser destacados alguns itens comuns a diversos programas.
Deve conter todos os dados do serviço solicitado, bem como sua duração e os
profissionais envolvidos.
48
2.3 Ficha de Serviços de Terceiros
bb
Comprar peças de qualidade e com menor custo representa uma
boa estratégia para as oficinas mecânicas. Leia, no link disponível
a seguir, a entrevista sobre a entrada de uma nova empresa
italiana de tubulações e mangueiras para o mercado original e
de reposição.
http://omecanico.com.br/category/revista/258
49
2.5 Tempo Gasto com Mão de Obra
Deve ser efetuado por meio de um boletim de serviço, que funciona simultaneamente
com a ordem de serviço. É necessário um documento individual por funcionário, no
qual são registradas, em horas, todas suas tarefas diárias, tais como:
50
• Tempo improdutivo: corresponde ao tempo em que o funcionário ficou desviado
de suas atribuições, executando outras que não são comuns em seu trabalho
cotidiano.
aa
Com os dados coletados, pode-se avaliar o desempenho da mão
de obra e a produção do grupo, para fins de dimensionamento,
bem como para remanejar o pessoal, quando necessário.
Em que:
51
3.4 Cálculo do Índice de Improdutividade (I)
Em que:
Em que:
52
3.6 Cálculo do Índice de Rendimento (R)
Cálculo do rendimento da mão de obra. Esse item somente poderá ser utilizado caso a
empresa trabalhe com tempo-padrão para os serviços de manutenção:
Em que:
Para que a disponibilidade do veículo seja controlada, é necessário manter, sob registro,
toda a entrada do veículo em manutenção. Assim sendo, toda vez em que ele estiver
em manutenção, será considerado imobilizado. Esse controle serve para registrar a
entrada e saída de cada veículo na garagem de ônibus e fornecer dados para relatórios
demonstrativos das imobilizações ocorridas.
hh
qualidade dos serviços e evitar, ao máximo, a imobilização de
cada veículo. Com o controle, pode-se localizar os pontos de
estrangulamento e racionalizar o fluxo de veículos nos setores
de reparo, visando à minimização dos tempos gastos na
manutenção veicular.
53
Com o cálculo desse Índice de Imobilização (I), a empresa pode analisar o desempenho
real e compará-lo com o desempenho previsto, por meio de:
bb
Assista ao vídeo de apresentação de software de gerenciamento
de oficinas, disponível no link a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=UzuIjKMjORA&list=PLOnF
6sY0TzWg7goKDUh%20DJjB5Ih1PXKiaq&feature=iv&src_
vid=t5QaXgm4rZo&annotation_id=annotation_34%20
69495907
54
Resumindo
Glossário
Ética: conjunto de princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se
estabeleça um comportamento moral exemplar.
55
Atividades
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
56
Referências
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation
for Lean. New York: Productivity, 2016.
57
UNIDADE 5 | A FILOSOFIA 5S
APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
DAS GARAGENS DE ÔNIBUS
58
Unidade 5 | A Filosofia 5S Aplicada à Administração
das Garagens de Ônibus
ff
Você sabe qual é a origem da Filosofia 5S? O que significa cada
um dos seus termos? Como fazer para praticar cada um deles?
A Filosofia 5S representa o bom senso — que pode ser ensinado e praticado para o
crescimento humano e profissional na área de manutenção das operadoras de transporte
coletivo. Está diretamente associada à eficiência e eficácia na realização das tarefas
diárias e na busca contínua por excelência nos serviços prestados.
Nesta unidade, vamos iniciar conhecendo a origem da Filosofia 5S. Na sequência, falaremos
sobre o significado de cada um dos termos dos 5S e de como praticá-los.
59
1 Conheça a Origem da Filosofia 5S
De acordo com Andrade (2016) e o Instituto IMAM (1994), a Filosofia 5S surgiu nas
empresas do Japão durante a reconstrução do país, após a Segunda Guerra Mundial,
quando os japoneses receberam orientação de especialistas americanos sobre como
fazer o controle de qualidade.
2 Significado dos 5S
Os 5S tiveram origem em cinco palavras japonesas que começam com a letra “S”.
Confira, na Tabela 3, a seguir, o significado de cada termo.
60
Tabela 3: Significado dos 5S
Termo Termo em
Significado
Nipônico Português
Senso de
Seiso Limpar e evitar sujar.
limpeza
Vamos mostrar o que significa cada uma dessas práticas e como podem ser aplicadas
ao seu trabalho de gerente de garagem de ônibus.
61
2.1 Seiri
Mas, como você pode aplicar o seiri nas atividades de uma garagem de ônibus?
Para Campos et al. (2005) e Hirano (1994), você deve aplicar o seiri para eliminar não
apenas os desperdícios de coisas materiais, como também as tarefas desnecessárias,
analisando o trabalho e evitando, com isso, esforços desnecessários. Porém, o senso
de utilização pressupõe que além de identificar excessos e/ou desperdícios, estejamos
também preocupados em identificar “o porquê do excesso” de modo que medidas
preventivas – e não reacionárias — sejam adotadas para que os acúmulos desses
excessos não ocorram novamente.
hh
passando pela sua empresa, pela sua mesa de trabalho, até as
instalações das oficinas, pátios e estacionamentos da garagem
de ônibus.
De acordo com Campos (2005), reflita sobre o seu hábito de guardar, que pode ser
resultado do excesso de apego aos bens materiais, constituindo uma barreira. Por isso,
para termos sucesso nesse senso, devemos transpor tais dificuldades, uma vez que o
ponto-chave é saber identificar o que é necessário e descartar o que não mais for útil.
Para implementar o senso de utilização, divida seus objetos em três categorias:
62
• Utilizáveis: aqueles em perfeitas condições de uso, em quantidade adequada e
com frequência de utilização conveniente. Exemplos: pares de sapato na sua casa
que você utiliza frequentemente, caneta dentro do porta-luvas do seu carro e
bloco de anotação para você fazer registros no dia a dia.
2.2 Seiton
Para Moreira (2014) e Campos et al. (2005), com a implementação do senso de utilização,
apenas o essencial para a execução das tarefas permanecerá no seu ambiente de
trabalho. O próximo passo é desenvolver um arranjo físico sistemático para organizar
de maneira mais funcional o local de trabalho, isto é, dispor os recursos eficiente e
eficazmente, a fim de facilitar o fluxo de pessoas, materiais, informação e gerar um
sistema de controle visual.
63
ee
O senso seiton simplesmente apregoa: se você desorganizou,
procure organizar; se desarrumou, procure arrumar; e assim por
diante.
• Utilize quadros de aviso como fonte de informação. Exemplos: você pode colocar,
na sua casa, os horários das atividades de seus filhos. Na empresa, os quadros de
aviso de escalas de profissionais, férias, rotinas de trabalho, metas diárias, entre
outros.
64
2.3 Seiso
Para Carvalho (2011) e Campos et al. (2005), como o próprio nome diz, o seiso consiste
em manter limpo o ambiente de trabalho (paredes, armários, gavetas, piso, boleia,
carroceria, lataria). Poeira, lama e lixo nos ambientes de trabalho podem não só
influenciar negativamente na saúde e integridade dos funcionários, como também
causar danos, defeitos e falhas em equipamentos.
aa
A não observância do seiso permite a ocorrência de defeitos nos
equipamentos, indisponibilidade de ferramentas, perdas de
peças e materiais. A essência da prática desse senso não reside
na ação de limpar, e sim na ação de não sujar.
gg
poluição sonora (vozes altas), visual (desordem) e ambiental
(maledicências), trazendo benefícios para o seu ambiente de
trabalho e para a sua casa.
65
2.4 Seiketsu
Conforme a Foundation for Lean (2011) – instituição que se dedica ao estudo da prática
dos 5S — e Campos et al. (2005), o seiketsu é o quarto senso, relacionado à higiene,
saúde e integridade, e é alcançado com a prática dos sensos anteriores. Basicamente,
consiste em garantir um ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter
boas condições sanitárias nas áreas comuns (banheiros, cozinha, copa), zelar pela
higiene pessoal, gerar e disponibilizar informações e comunicados de forma clara e,
no sentido mais amplo do senso, ter ética no trabalho e manter relações interpessoais
saudáveis, tanto dentro quanto fora da empresa.
ee
O senso seiketsu é de vital importância para assegurar a
manutenção dos 3S iniciais, visto que a melhoria da qualidade
de vida no trabalho estimula a adesão e comprometimento de
todos (com a nova filosofia de trabalho).
Para implementação desse senso, verifique alguns procedimentos que devem ser
adotados:
• Cuide de sua saúde, bem como compartilhe esse cuidado com os seus familiares
e colegas, lembrando-se de manter uma alimentação saudável, fazer exercícios
físicos regulares, bem como exames periódicos, e usar os equipamentos de
proteção individual (EPI).
66
2.5 Shitsuke
Para Campos et al. (2005) e Hirano (1994), o shitsuke está associado à autodisciplina,
à educação e ao compromisso. Procura corrigir o comportamento inadequado das
pessoas e consiste em uma nova fase, em que todos devem moldar seus hábitos. Os
funcionários que trabalham na garagem de ônibus devem seguir e comprometer-se
com as normas, os padrões e os procedimentos formais e informais da empresa.
ee
O shitsuke é o senso cuja prática demonstra a disciplina do seu
praticante no que se refere à aprendizagem e absorção de novos
e bons hábitos, valores, comportamentos e crenças.
bb
Aprenda mais sobre a Filosofia 5S assistindo ao vídeo animado e
explicativo, disponível no link a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=ZFW_dSO7pJ8
67
Resumindo
Glossário
68
Atividades
( ) Verdadeiro ( ) Falso
a. ( ) Seiri
b. ( ) Seiso
c. ( ) Seiton
d. ( ) Seiketsu
( ) Verdadeiro ( ) Falso
69
Referências
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. São Carlos: Rima, 2004.
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation
for Lean. New York: Productivity, 2016.
VASCONCELLOS, E. A. Mobilidade Urbana: O que Você Precisa Saber. São Paulo: Cia
das Letras, 2013.
70
Gabarito
Unidade1 F D F
Unidade 2 D V D
Unidade 3 V D V
Unidade 4 F D V
Unidade 5 F B v
71