Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Por fim, a terceira tese sustentada por outra parte da doutrina afirma que
a perda de uma chance afeta o campo moral do ofendido.
A Constituição Federal, em seu art. 5º, V e X, assim como os arts. 186 e
927 do Código Civil, preveem a reparação por dano moral.
Ademais, é cediço o caráter subjetivo do dano moral. Com razão o dano
moral está atrelado não só aos danos psíquicos da vítima, mas como também à
dignidade da pessoa humana, dor, vexame, sofrimento, honra, imagem,
humilhação e etc.
Neste sentido, entende-se o mesmo para a perda de uma chance, a qual
à sua ocorrência atribui-se um prejuízo, não de ordem material, mas sim moral.
Observa-se que todo o imbróglio afeta o campo emocional da vítima, considerando
a perda de uma chance como “agregador” do dano moral, ou seja, trata-se de uma
situação suscetível de reparação por dano extrapatrimonial, fundada pela perda de
uma chance – quando séria e real, provável -, como por exemplo, um músico que
sofre acidente e perde movimento das mãos, acarretando-lhe a aposentadoria da
vida artística. Isto é, pelo passado do músico, todo seu trabalho já realizado, é
possível afirmar que a chance de ele ter se tornado músico de sucesso era real, e
tendo o dano afetado sua dignidade, imagem, honra, lhe caberia indenização por
dano moral.
Destarte, a desconsidera como dano autônomo por entender que o cunho
moral sofrido pela vítima abrange aquele instituto.
Com efeito, nas lições de Sérgio Savi (2009):