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Identidade
1. É tão permanente (agrupando pontos de referência “fixos” no
tempo, como nome, relações de parentesco, nacionalidade)
quanto volúvel (como o reconhecimento do eu é definido por
nossas experiências com outras pessoas, pode se alterado).
2. Delimitação que permite distinção de uma unidade O
reconhecimento do eu se dá no momento em que aprendemos a
nos diferenciar do outro.
3. Mãe é o primeiro outro. Primeiras relações são essenciais: a
criança começa a escolher outras pessoas como objeto de
identificação, apropriando-se de algumas de suas características
e definindo “o que sou” e o que quero ser (o que não deixa de
fazer parte do que é).
4. Identidade em constante mudança. Todavia, se apresenta, a
cada momento, como uma fotografia estática.
5. Crise de identidade: quando a transformação é intensa,
confusa, angustiante e dolorosa, motivando o indivíduo a
redefinir ou ratificar seu modo de ser e estar no mundo.
6. Exemplo: adolescência. O luto pela perda do corpo infantil e a
estranheza quanto ao corpo adulto.
7. Consequência da crise: alguém novo, com rupturas mais ou
menos intensas.
8. Outros exemplos de crises: jovens infratores.
9. Estigma: atributos sociais que um indivíduo, grupo ou povo
carregam, de valor positivo ou (em sua grande maioria)
negativo. Exemplo: homossexuais, prostitutas. Determinam
exclusão ou perspectiva de reivindicação social pelo direito de
ser bem tratado e ter oportunidades iguais
10. Estigma revela que a sociedade tem uma dificuldade de
lidar com o diferente, a qual é perpetuada ao longo das gerações.
11. Consequência do estigma: pode ser internalizado pelo
indivíduo e constituir um aspecto importante de sua auto-
imagem e auto-estima.
Freud e a psicanálise
1. Charchot: elimina, através da hipnose, sintomas histéricos e,
através delas, consegue cria-los artificialmente.
2. Freud notava que sintomas físicos surgiam em resposta a
sofrimentos psíquicos, sendo que, quando ressurgidos, podiam
ser substituídos por outro sintoma.
3. Concluiu, então, que existem processos inconscientes
determinantes sobre a consciência.
4. Breuer trabalhou com Ana. A paciente, sob sonambulismo
psíquico, narrava fatores dolorosos que não faziam parte de seu
conhecimento consciente. Ao despertar, os sintomas histéricos
desapareciam.
5. Método Catártico (Breuer): eliminar os sintomas com a
retomada de recordações traumáticas passadas.
6. Feridas do narcisismo na conjuntura da época:
heliocentrismo, Origem das Espécies, descoberta do
inconsciente.
7. Descoberta do inconsciente: experiência clínica pioneira de
Breuer + sugestão pós-hipnótica de Bernheim - durante a
hipnose, é orientado a ficar quieto durante cinco minutos e, em
seguida, abrir seu guarda-chuva e coloca-lo sobre a cabeça. Ao
acordar, o paciente vai se tornando mais e mais inquieto, até que
abre o guar-dachuva por impulso. Após fazer isso, mostra-se
constrangido e tenta dar motivos racionais sobre por que o fez.
8. Se é feita uma orientação que vai de encontro aos valores morais
do paciente, ele acorda da transe subitamente e incomodado.
9. Ana: sofria hidrofobia porque, uma vez, vera o cachorro nojento
de sua babá bebendo água em uma caneca.
10. Breuer: acreditava que, durante, o aparecimento de
estados de absence (originados da histeria), a elaboração de
eventos afetivos estava reduzida (o indivíduo não conseguia
absorver ou integrar eventos psíquicos dolorosos, traumas iriam
direto para o inconsciente). A reação de seu organismo ao
trauma produziria os sintomas. É função do profissional penetrar
em seu psiquismo e criar condições para que o trauma
ressurgisse à consciência.
11. Quanto mais doloroso o evento reprimido, maior a força
que ele deve fazer para se tornar consciente.
12. Repressão: força que se mobiliza para tirar da consciência
a percepção de acontecimentos cuja dor o indivíduo não poderia
suportar.
13. Resistência: força que se opunha à sua percepção
consciente.
14. A dor pode ser suportada até um certo limite. O trauma
reprimido estará permanentemente tentando ocupar a
consciência, mas a resistência o impedirá. A luta forma os
sintomas neuróticos
15. Resistência e repressão modelo dinâmico, doente ativo
16. ID = reservatório da energia do indivíduo. Impulsos
instintivos inatos. Fonte de energia psíquica, gerador de imagens
que organizarão a canalização dessas energias.
- Forma, no plano do imaginário, o objeto que permitirá sua
satisfação.
- Busca a satisfação imediata do desejo, não questionando a
realidade física, social ou moral.
- Pode apresentar desejos mutuamente excludentes.
- É atemporal. Uma dimensão única, vivida como presente.
- Não é verbal.
- Funciona por condensação (agrupamento de características de
vários processos inconscientes) e deslocamento (características
de uma são transferidas para outra).
- Instância inconsciente.
17. Fantasias básicas no homem em relação com a mulher: regressão-
nascimento-água, fertilidade-destruição-canibalismo, atração-prazer-
sexualidade =(condensação) sereia ou Iara.
18. O temor da criança pelo pai é deslocado para o cavalo (é grande,
tem bigode e pênis grande).
19. EGO = intermediário entre desejo e realidade. É corporal,
biológico.
Processo secundário: parte do desejo para tentar construir
caminhos que possibilitem a sua satisfação.
Proibições do ego: morais (superego) e interdições da realidade
objetiva.
Setor mais organizado e atual, permitindo adaptação ativa ao
mundo presente em que vive.
Capacidade de síntese: memória e desenvolvimento do
pensamento lógico e operatório.
Domínio da motilidade. Quando há distúrbios afetivos, a atuação
corporal fica prejudicada, rígida.
Organiza a simbolização (linguagem, domínio sobre fantasias),
fornecento um meio de reter, elaborar ou atuar.
Sede da angústia: detecta perigos reais e psicológicos.
Angústia real (medo), angústia neurótica (medo de que o Id
prevaleça sobre a realidade), angústia moral (sentimento
acusatório de que somos ruins).
20. SUPEREGO = internalização de normas referentes ao que é
moralmente proibido e o que é valorizado e deve ser ativamente
buscado.
o Partes complementares: ego ideal (internalização dos ideais
valorizados dentro do grupo cultural – honestidade, coragem,
caridade etc.) e a consciência moral (internalização de
proibições, como transgredir a honestidade, gerando
sentimentos culposos).
o Estrutura necessária para o desenvolvimento do grupo social.
Exacerbado, imobiliza ou neurotiza o indivíduo.
o Em psicopatas, não são desenvolvidos.
21. Mecanismos de defesa: processos psíquicos que visam afastar
um evento gerador de angústia de percepção consciente. São funções
do Ego (está em parte no consciente e em parte no inconsciente).
o Repressão: impede que pensamentos dolorosos cheguem à
consciência.
o Divisão ou cisão: dividir um único objeto em bom e em mau.
o Negação: não percebemos aspectos que nos magoariam ou que
seriam perigosos para nós “Tem pai que é cego”
o Projeção: uma mãe que negligencia os filhos culpa a professora
ou os amigos.
o Racionalização: abstraímo-nos de vivências afetivas e, em cima
de premissas lógicas, tentamos justificar nossas atitudes. “Pago
pouco a empregada porque, se fosse para outro emprego,
ganharia menos”.
o Formação reativa: atitude oposta ao desejo recalcado. “Odeio
esse homem – mas secretamente quero transar com ele”.
o Identificação: internalizar características de alguém valorizado.
Essencial para o início da vida. Exemplo: juventude hitlerista.
o Regressão: a criança mais velha infantiliza-se quando ganha um
novo irmãozinho.
o Isolamento: isolar um pensamento das conexões que teria com
o resto da elaboração mental.
o Deslocamento: descarregar sentimentos acumulados em
pessoas ou objetos menos perigosos. O homem que suporta o
mau humor do chefe mas descarrega-o na esposa.
o Sublimação: desejos que não podem ser supridos são
canalizados pelo Ego para serem satisfeitos em atividades
simbolicamente similares. Os desejos sexuais intensos podem
gerar um bom fotógrafo.
22. Sexualidade e libido
- Libido: energia afetiva original que sofrerá progressivas
organizações durante o desenvolvimento. Uma fase de
desenvolvimento é a organização da libido em torno de uma zona
erógena.