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Os Sete Mundos Espirituais

24 de janeiro de 2014 Wanderley Donaire Maganha Esoterismo, Espiritualismo

Curiosamente, muitos povos meio primitivos sabiam mais dos


Planos Cósmicos, Universos Dimensionais ou Mundos
Invisíveis do que a orgulhosa Ciência contemporânea, que deles
nada sabe ainda, oficialmente, com real propriedade. Diante
destas verdades, dos sete ou nove Céus, que até a mais genuína
Sabedoria confirma “de visu” (“visto com os próprios olhos”…
clarividentes, porque os verdadeiros Sábios, em geral,
tornaram-se poderosos clarividentes dos Mundos Celestiais) ou
que a mais elevada Tradição sagrada do mundo consagra, o
conhecimento académico torna-se bem linear, empírico e
deficitário.
Conforme se pode ler na Diciopédia 2010, da Porto Editora: «O
Céu pode ainda ser subdividido em muitos céus, sete ou nove, o
que acontece tanto no budismo como no islamismo e em muitas
filosofias orientais e ocidentais. Também os povos pré-
colombianos do actual México acreditavam na existência de
nove céus representados nos degraus das suas pirâmides e igual
número de mundos inferiores… Em África, existem etnias que
defendem a existência de sete céus onde habitam deuses,
génios, as almas dos homens e dos animais».
(Céu. In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora,
2009. ISBN: 978-972-0-65265-2)
Eis alguns apontamentos do livro: «A Vida Além da Morte», a
ser publicado brevemente:
Com propriedade afirmaríamos: «O Céu é uma imensa caixa de
ressonância mágica, no Espaço macrocósmico, de todos os ecos
das almas puras, provindos da Terra para o infinito do espaço
cósmico». É frequente falar-se no Plano Astral ao se mencionar
o Outro Mundo, para onde iremos viver após a morte. Muitos se
esquecem ou não sabem que também existem outros Planos
Cósmicos ou Mundos espirituais superiores, alguns deles muito
além do Plano Astral, Mundos de Glória e de Bem-aventurança
completamente inefáveis, indescritíveis para as concepções
vulgares do pensamento elementar dos homens, em geral.
O Mundo Astral é apenas o Plano dimensional que vem a seguir
ao mundo físico, Mundo, aliás, também pertencente aos
animais, pois estes também têm aí a sua existência após a
morte. Os animais não são máquinas vivas. Negar a alma aos
animais é negar o seu amor (sentimentos) e a sua inteligência
(pensamentos) que, às vezes, nos maravilham. Porém, acima do
Plano Astral há muitos outros Mundos Espirituais de
Existência, que passaremos a considerar a seguir. Cristo
ensinava, sabiamente: «Na Casa do meu Pai há muitas
Moradas!». Também Mahatma Gandhi, estadista indiano, na
sua pura e luminosa intuição, dizia: «Na casa de Deus há muitas
residências, e todas elas são igualmente sagradas!».
Especifiquemos melhor o Esquema septenário dos Mundos
Espirituais. Temos falado no Plano Astral e aludimos também a
outros Mundos superiores que estão além do Astral. A
Natureza, em todo o seu contexto visível e invisível é um vasto
“teclado cósmico” de faixas de frequência de forças múltiplas,
organizadas septenariamente num Esquema Criacional de 7
Mundos Espirituais. Estes são apenas os 7 Planos cósmicos do
7.º Nível da Natureza — e o mais baixo, conjunto que, com mais
6 Níveis, configuram os 7 Planos macrocósmicos, numa
complexidade fantástica que não cabe nem de leve nas
dimensões e nos propósitos destes apontamentos superficiais.
Na Verdade a Natureza foi criada pelo Ser Divino numa
estrutura de 7 Planos Macrocósmicos, estando cada um deles, à
semelhança do Plano Astral, subdividido em 7 Subplanos ou 7
níveis menores de Forças que constituem, cada um também, um
Mundo ou dimensão de vida para muitos seres diversos que
habitam esses planos. Cada um desses Subplanos
macrocósmicos constitui aquilo que é denominado geralmente,
em esoterismo, de um «Plano Cósmico» ou Mundo Espiritual,
da linguagem vulgar. Cada um destes, por sua vez, também está
subdividido em 7 Regiões distintas, constituindo, cada uma
delas, um verdadeiro Mundo ou “habitat” de várias formas vida
de seres que nele habitam e evoluem.
Podemos comparar, por correlação, os 7 Planos Cósmicos desse
“teclado de forças” da Natureza, desse espectro vibratório e
substancial septenário de todo o Cosmos, como se fossem
oitavas de um órgão ou piano, em escalas septenárias cada vez
mais elevadas (no teclado: do Dó ao Si, retornando aos Dós em
oitavas superiores), à medida que nos aproximamos da Essência
Divina, e cada vez mais baixas na medida em que nos
aproximamos da matéria densa — Essência Divina e matéria
física que são os extremos do “espectro” de substâncias ou
hipóstases de toda a Natureza, dos mundos invisíveis ao mundo
visível.
Poderemos referir, sinteticamente, os Sete Mundos Espirituais:
1.º ) Plano Divino (“Mahaparanirvânico”) — Mundo da
Consciência primordial e unitária do Logos Solar (embora a Sua
Consciência vá até outros níveis), que é Deus deste Sistema
estelar (Sol e Planetas) ao qual pertencemos, sendo este Plano o
mais elevado e puro, o Mundo da Unidade básica da criação do
Sistema Solar, em estado de Essência primeira de Deus,
imanifesta, como Espírito Solar (ou Sol Espiritual), antes de se
manifestar para baixo, por involução existencial, na criação do
Sistema respectivo.
2.º ) Plano Monádico (“Paranirvânico”) — Mundo das
consciências colectivas, denominadas «Mónadas», no
Esoterismo, que são uma espécie de Espíritos-grupos (à
semelhança dos animais que pertencem a almas-grupo), que
unificam as Consciências dos Espíritos arcangélicos (após estes
terem chegado à máxima perfeição, no seu nível) em Logos
Planetários. É o Mundo da Santíssima Trindade primordial, em
potencial, não manifestada, em estado essencial, antes de toda a
existencialização da Vida.
3.º ) Plano Espiritual (Átmico ou “Nirvânico”) — Mundo dos
Arcanjos, que são «Anjos perfeitos» (“arqui-Anjos”, Anjos
antigos: de “arch” ou “arkh”, primordial, principal, e “ággelos”,
anjo, mensageiro), e do Nirvana, Reino Celestial da Bem-
aventurança e da Consciência beatífica da Unidade Divina, do
Logos Solar, em relação a toda a vida expressa no seu Sistema;
este é o Mundo do Princípio «Vontade» ou átmico e do Atributo
«Poder» — Criatividade —(«Pai», da Santíssima Trindade do
Espírito ou “Trimurti”), da manifestação primordial da vida
existencial.
4.º ) Plano Intuicional (Búdico ou Angélico) — Mundo dos
Anjos, Seres supra-humanos, Mestres perfeitos, de origens
muito antigas. É o Mundo tipicamente do Princípio «Intuição»
e do atributo «Amor» crístico («Filho», da Santíssima
Trindade); das noções profundas da Moral cósmica, da Ética
transcendente, do Imaculado Coração, do Cristo Interno ou
Santo-Ser-Crístico, imanente nas profundezas espirituais de
cada Ser humano, manifestando-se no Amor universal e
incondicional do Coração (pelo chacra cardíaco).
5.º ) Plano Mental (Manásico) — Está dividido em duas Regiões
fundamentais: a Região mental abstracta ou causal, que é o
Mundo celestial ou Céu superior, do Princípio «Razão»
(«Espírito Santo») e do atributo «Sabedoria», da
Individualidade, da Lógica, da Racionalidade, dos Ideais, da
Justiça, do Discernimento e da Sapiência. Este Plano é
constituído também pela Região mental concreta ou inferior
(denominada, pelas religiões, de Céu), Região tipicamente do
intelecto, das ideias, dos pensamentos e dos moldes
arquetípicos, os «arquétipos» mentais de todas as formas.
6.º ) Plano Astral (Psíquico) —É o Mundo normal das almas-
grupo animais, a Esfera dos instintos, o Mundo do psiquismo:
dos desejos, das emoções e dos sentimentos, para onde vamos
todos imediatamente após a morte do corpo. Na sua parte mais
baixa, de Trevas densas e dolorosas, é o Mundo Infernal
(Inferno: de trevas e não propriamente de fogo), Astral Inferior
ou Baixo Astral. A parte mais alta, de Luz intensa e gloriosa, é
chamada de Astral Superior, conhecida por «Paraíso», nas
religiões. Também tem uma parte intermédia (Médio Astral),
muito semelhante à Terra, onde há colónias ou cidades astrais
lindas e bem organizadas.
7.º ) Plano Físico (Material) —Dividido em Região Densa (onde
habitamos: na esfera dos sólidos, líquidos e gases) e Região
Etérica (Mundo das fadas, gnomos, ninfas, sereias, ondinas,
etc.); o 7.º Plano é o da maior densidade das forças cósmicas,
condensadas na estrutura atómica do mundo físico, por
abaixamento vibratório, a partir da energia primordial do Plano
Astral; e é o “palco” grosseiro da nossa evolução espiritual na
matéria, para que nesta descubramos a Perfeição, a nossa
Origem divina, através das experiências das múltiplas etapas
evolutivas da reencarnação.
Para dissipar alguma eventual dúvida de alguém, que fique
indeciso ou baralhado quanto a serem 7 ou 9 os Mundos, tal
como o Ensinamento antigo o afirma, e segundo a citação da
Diciopédia, diremos que não há nenhuma contradição nisso, na
medida em que, conforme referimos, o 5.º Plano, o Mental ou
Manásico (da mente), está dividido em duas Regiões
fundamentais bem distintas: a Região mental abstracta (Causal
ou Racional) ou Mundo celestial superior, de tónica informe
(“Arúpico”, de “Arupa” = sem forma) e a Região mental
concreta, da mente inferior, ego ou intelecto (que nos dá a
inteligência e o conhecimento), mundo morfogenético (“rúpico”,
de “rupa” = forma) onde os arquétipos ou moldes de tudo o que
existe aqui são criados pelas forças mentais.
De modo análogo, o Plano Físico está dividido em duas Regiões
ou Mundos distintos: a Região densa, de sólidos, líquidos e
gases, onde habitamos, e a Região etérica (plásmica), com
quatro níveis ou Subplanos, que é o mundo dos elementais:
fadas, gnomos, ninfas, sereias, ondinas, etc. E ambos se
interpenetram e coexistem no mesmo espaço, sem que nos
apercebamos a não ser do mundo mais denso, em que vivemos,
frequentemente iludidos, pensando, às vezes, que a vida apenas
se processa nesta esfera da matéria mais densa. Por
conseguinte, diante destas realidades dos Planos Cósmicos, os
antigos Sábios lá tinham a sua razão para falarem em 9 Mundos
também, em vez de apenas 7.
Note-se que, acima destes 7 Planos Cósmicos ou Mundos
espirituais, há ainda outros 7 Planos vibratórios, pertencentes a
outro Plano macrocósmico mais elevado, em termos vibratórios.
Acima deste há ainda outro Plano dimensional macrocósmico,
também com 7 Níveis vibratórios ou faixas electromagnéticas de
vibrações múltiplas. E assim sucessivamente, em 7 Planos
Macrocósmicos, até se chegar à Consciência do Supremo Ser
Divino de toda a Natureza: DEUS Absoluto, DEUS eterno,
DEUS infinito: a Consciência Una e Total de todo o Universo
manifestado.
Como se vê, acima do Mundo Astral, que temos vindo a
descrever existem muitos mais Planos Cósmicos de existência,
Universos paralelos, Dimensões vibratórias ou Mundos
espirituais cada vez mais elevados, e de forças mais subtis, onde
habitam muitos seres de hierarquias muito diversas, Anjos e
Arcanjos, em muitas categorias evolutivas, que habitam e
evoluem nesses níveis superiores, dedicando-se a actividades
tão sublimes, tão variadas e tão complexas, de que os homens
dificilmente sonham: especialmente na criatividade cósmica,
em “jogos” mágicos e gloriosos de luz, cor e música. Não será a
mesma coisa, revelada — digamos!… — na intuição do Coração
da fadista portuguesa Amália Rodrigues, quando, no fado
«Perfeito Coração», fala dos «Sete Mares», por onde anda o
«português andarilho»?… Talvez o Preste João… que veio das
Índias… Quem Sabe?…
Todo o mundo antigo da Sabedoria falou desses 7 Planos
Cósmicos, desde a Escola Neoplatónica de Alexandria, onde
Plotino, por exemplo, ensinava a existência das 7 Hipóstases
cósmicas ou 7 Substâncias que compõem os 7 Mundos dos
Impérios Cósmicos, dos Mundos Invisíveis. A Sabedoria
teosófica dos hindus há milénios que ensina a existência dos
“Sapta Samudra” (do Sânscrito), ou os “Sete Oceanos”… do
Espírito, conhecidos, também, no budismo esotérico e na
Doutrina teosófica por “Sapta Lokas” (literalmente: Sete
Mundos) .
− Diz-nos o Glossário Teosófico (de H. P. Blavatsky), neste
verbete:
Escala — Há numerosas “escalas” nos diagramas e filosofias
místicas, as quais eram e algumas são ainda empregadas nos
respectivos mistérios de várias nações. A Escala Brahmânica
simboliza os sete Mundos (ou Sapta-Loka); a Escala Cabalística,
os sete Sephiroth inferiores; a Escala de Jacob é mencionada na
Bíblia; a Escala Mitraica é também a “Escala Misteriosa”. Em
seguida há as Escalas rosacruz, escandinava, a de Bor-sippa, etc.
e, por último, a Escala Teológica, que, segundo o irmão Kenneth
Mackenzie, é constituída pelas quatro virtudes cardeais e as três
teologais.
Muitas alusões a estas Hierarquias bem como aos seres
desencarnados estão claramente patentes nos textos bíblicos,
em prodigalidade. Numa dessas passagens, pode ler-se, na 13.ª
carta de S. Paulo aos Hebreus:
HEBREUS 13
E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo
aterrorizado e trémulo. 22 Mas tendes chegado ao Monte Sião, e
à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de
Anjos; 23 à universal assembleia e igreja dos primogénitos
inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos
justos aperfeiçoados;
As religiões organizadas, lentígradas de raciocínio filosófico,
tardígradas de raciocínio científico e tardívagas de raciocínio
místico (com todo o respeito que lhes temos, no entanto), nunca
compreenderam nada desses Mundos Espirituais, porque não
se deram ao trabalho de perceber o contexto vibratório,
electromagnético, e não espacial, desses Planos existenciais, que
configuram, verdadeiramente, a Natureza, por dentro, em
Mundos ocultos ou Planos dimensionais, constituídos de
realidades substanciais múltiplas, que se interpenetram todos
uns aos outros.
Por conseguinte, todos esses Planos Cósmicos coexistem
simultaneamente, no mesmo espaço (mas em dimensionais
espaciais diversas), interpenetrando-se uns aos outros e
distinguindo-se basicamente pelas diferenças específicas das
frequências vibratórias das forças componentes das suas
substâncias, à semelhança das ondas de rádio que, ocupando o
mesmo espaço, não se chocam nem interferem facilmente nem
anulam, devido ao facto de vibrarem em faixas de frequência
muito diversas, ou seja, vibrando em cadeias de ondas de
comprimentos diferentes.
No Plano Mental, o Mundo celestial, vibratoriamente superior
ao Plano Astral, em luz, em felicidade e em glória, a vida é ainda
mais altaneira e sublime, mais realista e gloriosa do que no
Astral Superior, o Mundo paradisíaco, porquanto o grau de luz
divina, de comunhão de Amor das almas e de percepção da
presença Divina (em forma de Luz oceânica, de Amor cósmico e
de Bem-aventurança inefável) são muito superiores às que se
experimentam no Plano Astral, pois as energias nesse nível são
mais dinâmicas, mais refinadas, mais subtis, mais leves, mais
transparentes, mais luminosas e mais puras do que as do
Mundo Astral, levando a que, no Céu Mental, tudo seja Pureza,
Paz, Amor, Felicidade e Glória…
Quem quiser fazer uma pálida ideia da beleza transcendente
desses Mundos gloriosos superiores, especialmente do Mental
Abstracto, o Mundo mais transcendente e glorioso em que é
possível a Consciência humana “penetrar” consciente
(plenamente conscientes, só os Discípulos e Mestres da
Sabedoria sagrada), pode pegar num computador e começar a
ver alguns “screensavers”, especificamente mais parecidos com
os do tipo que o “Winamp”, por exemplo, nos apresenta (dentro
do programa, digitar Ctrl+K para ver) ou mesmo no “Windows
Media Player”, da Microsoft, na secção “Alquimia”, da opção
dos efeitos visuais ou “Visualizations” e do menu “View”:
(View / Visualizations / Alchemy).
Relativamente ao Plano Astral, para onde vamos todos
imediatamente após a morte do corpo biológico, as três
primeiras Regiões, Faixas ou Subplanos (1.º, 2.º e 3.º
Subplanos) constituem aquilo que se tem designado,
frequentemente, de «primeiro Céu» ou «Paraíso». As duas
últimas (6.º e 7.º Subplanos), são as mais baixas, isto é, os
Mundos infernais ou Inferno, da designação genérica do povo e
do catolicismo, designados, pela Sabedoria, mais propriamente
«Astral Inferior» ou «Baixo Astral», na terminologia da
generalidade dos espiritualistas. Os gregos chamavam-lhe o
“Hades” e os egípcios “Akar”.
Os egípcios chamavam “Amenti” à morada do Deus Amén ou
Amoun, também denominado de “Reino de Osíris”, que estava
dividido em 14 partes, cada uma correspondente à vida “post-
mortem” dos desencarnados. Numa destas subdivisões
encontra-se a “Terra Tenebrosa” ou “Terra dos Espíritos ou
Sombras”, e a “Casa sem Porta”. Os gregos chamavam-lhe
“Hades” e os hebreus o “Sheol”, o “Kama Loka” dos budistas e
teósofos, etc. Também se dizia, entre os egípcios, que a pior de
todas as salas é a «Sala das Trevas e Sono Eternos». Segundo
Lepsius, os falecidos estão, aí, tão inconscientes que dormem
em formas “incorruptíveis”, sem despertarem facilmente, nem
para verem a família, num estado de verdadeiro torpor
consciencial.
E esses conceitos e essas realidades não são apenas fantasias, de
modo nenhum. Quando divulgarmos, daqui a alguns meses, o
livro «A Vida Além da Morte», quem o ler (em 2 Volumes bem
espessos) compreenderá melhor tudo isto. Foram também os
egípcios que denominaram, igualmente, essa mansão a do
«Deus Totalmente Morto», que significava a ausência da Luz
divina da Consciência do Eu Superior, enclausurado num corpo
astral denso, rígido e estratificado pela perversidade do mal, em
que o desencarnado viveu na Terra. Diziam que este deus é
«Decreto kármico». E, de facto, assim é, pois as consequências
cármicas da gravidade dos actos perversos cometidos a esse
estado o levaram.
Para a Sabedoria dos egípcios também havia a «Terra do
Silêncio», a mansão dos que morreram em estado elevado de
ateísmo e incredulidade, ou dos que morrem de acidente, antes
do fim predeterminado da sua vida (que também podem ficar
inconscientes por uns tempos, de facto). E esses lugares
infernais, segundo as mesmas concepções, também são os
lugares destinados àqueles que morrem no umbral de “Avitchi”
(literalmente: «Inferno não interrompido» dos “sem alma” ou
“desalmados” na maldade, sem acesso ao Eu Superior, que,
desse modo, não podem subir facilmente ao “Amenti” (Céu).
Essas Regiões infernais são, de facto, horríveis mundos (melhor
ficaria dizer: submundos) de Trevas tanto mais densas,
sombrias e lúgubres quanto mais se desce às frequências mais
baixas das energias letárgicas, envenenadas e deletérias do
submundo degradado da Região mais baixa da 7.ª Esfera
astralina, que está quase em contacto com a matéria densa, em
termos vibratórios, devido à profunda degradação e intoxicação
maximamente cumulativa das energias dessas zonas, atingindo
o nadir da instintividade primária, herança ainda muito fixada
no Subconsciente da Mãe-Terra, oriunda do passado mais
primitivo e mais bestial da Humanidade, e configurada em
supina maldade e no supremo horror, impossíveis e
impressionantes de descrever por palavras humanas.
Na Zona mais baixa dessa 7.ª Esfera as trevas são tão densas e
angustiantes e, para os infelizes que lá entram, o tempo arrasta-
se tão penosamente, nesses abismos de supina dor, que os que
lá caem têm a sensação dolorosa de que estão condenados
eternamente. Há espiritualistas que designam a parte mais
baixa deste nível, no limiar do mundo físico, por 8.ª Esfera,
mundo de sofrimentos mil, e de fealdade e maldade
inomináveis e até perigosas de descrever, do qual a
Humanidade, em geral, ainda não pode saber nada de mais
profundo. Ai dos perversos! Ai dos completamente decaídos na
moral! Ai dos que negaram, profundamente, o Amor ao
próximo e o Amor a Deus! Nem sabem o que os espera nesses
mundos tenebrosos de supremo horror, de loucuras sádicas e de
sofrimentos dementores!…
A 5.ª Região ou Subplano deste Plano Cósmico já pertence ao
Médio Astral, e é um lugar (mais vibratório do que espacial,
relativamente a nós) muito semelhante à Terra física, onde
existem muitas colónias ou cidades astrais, jardins soberbos e
paisagens de sonho. A esta Região às vezes chamam, nas
religiões, o purgatório (da etimologia latina, “purgatorium/i”:
«lugar de purificação») A quarta região é uma zona bastante
neutra e transição para os Planos superiores, que às vezes é
designada por limbo, pelas religiões, de paisagens fabulosas e
possuindo comunidades lindas e harmoniosas vivendo cada vez
mais ao ar livre, à medida que se sobe vibratoriamente para
regiões superiores.
Nessa Região do Mundo Astral diz-se que repousam
temporariamente as almas de alguns justos, que foram ainda
um pouco pecadores na Terra, com os seus desejos insatisfeitos
e as suas emoções desequilibradas ou os apáticos da vida,
indiferentes que nunca se interessaram por nada de elevado,
enquanto vivos no mundo, sofrendo a ausência de motivações, e
os apegados à matéria, embora não fossem más pessoas. Essa
zona é também um lugar feliz para as crianças falecidas que, em
educandários infantis, expressam com muita felicidade as suas
cândidas brincadeiras.
De acordo com Max Heindel, o autor da magistral obra
Rosacruz «O Conceito Rosacruz do Cosmos», o mundo astral é
composto por sete níveis ou regiões, formadas por substâncias
(energias), cada vez mais subtis, à medida que nos elevamos nas
suas Esferas. Começando pelo mais denso, esses níveis são
denominados assim:
1. Região das Paixões e desejos vis. 2. Região da
Impressionabilidade. 3. Região dos Sonhos. 4. Região dos
Sentimentos. 5. Região da Vida da Alma. 6. Região da Luz da
Alma. 7. Região do Poder da Alma.
A alusão a esses Planos Cósmicos ou Mundos Espirituais foi
uma constante de todos os povos da Terra, de modo mais ou
menos especificado e hierarquizado, segundo o conhecimento
intrínseco, esotérico de que esses povos eram detentores. Entre
a Sabedoria multimilenária dos egípcios já eram considerados
os vários corpos do Homem: khat, bah, khaba, kha, Sab, Putah e
Atmú, e vários Mundos da vida no Além. Também a Filosofia
esotérica da Índia os distinguia muito claramente e com uma
precisão meticulosa, nos meandros do budismo profundo, do
hinduísmo secreto ou do lamaísmo oculto do Tibete, por
exemplo.
Veja-se que até o psiquiatra Brian L. Weiss, mesmo sem
profundos conhecimentos sobre Esoterismo, certamente, na
mesma obra já citada anteriormente, «Muitas Vidas, Muitos
Mestres», atreveu-se a escrever o seguinte, sem vacilar com
medos ou preconceitos, mesmo diante da comunidade científica
e médico-psiquiátrica: «Há sete Planos… sete Planos através
dos quais devemos pas sar antes de regressarmos. Um deles é o
plano de transição. Nesse plano temos que esperar. Nesse plano
é determinado o que é que devemos levar connosco para a vida
seguinte!»…
Mas, para os mais exigentes na investigação destes mistérios,
entreguemos a palavra aos mais entendidos no assunto, como
Helena Petrovna Blavatsky, referindo o termo “Loka”
(significando «Mundo» ou «Plano»), como está num verbete do
Glossário Teosófico:
Loka (Sânsc.) – Uma região ou um lugar circunscrito. Em
metafísica, é um Mundo, Esfera ou Plano. Os Purânas da índia
falam várias vezes de sete e catorze Lokas, acima e abaixo de
nossa Terra; de Céus e Infernos. A classificação geral exotérica,
ortodoxa e tântrica dos Lokas é a seguinte:
1.º ) Bhûrloka: o mundo terrestre, a Terra em que vivemos. 2.º )
Bhuvarloka: a região intermediária, ou seja, o espaço
compreendido entre a Terra e o Sol, a região dos Siddhas,
Munis, Yogis, etc. 3.º ) Svar-loka ou Svarga-lpka: o Céu ou
Paraíso de Indra, entre o Sol e a Estrela Polar; o Mundo
Celestial. 4.º ) Mahar-loka: a mansão de Bhrigu e outros santos,
que se supõe são coexistentes com Brahma. 5.º ) Jana ou Janar-
loka: o mundo em que, segundo se supõe, moram os munis
(santos), após a morte do corpo, e também os Kumaras, que não
pertencem a este plano: Sanaka, Sânanda e Santkumâra 6.º )
Tapar-loka: a Região Celeste onde residem as divindades
chamadas de Vairâjas 7.º ) Satya-loka ou Brahmâ-loka: a
Mansão de Brahmâ e dos nirvanis.
Além destes sete Lokas divinos, há os sete Lokas infernais (ou
terrestres), que são, enumerando-os do mais inferior ao mais
elevado:
1.º ) Pâtâla (tanto designa a nossa Terra física como o Inferno
(Baixo Astral); 2.º ) Mahâtala; 3.º ) Rasâtala; 4.º ) Talâtala (ou
Karatala); 5.º ) Sutala; 6.º ) Vitala; e 7.º ) Atala.
E Blavatsky continua, na mesma obra, acerca desses Planos
Cósmicos:
A classificação dos Sânkhyas e de alguns vedantinos é a
seguinte: 1.º ) Brahma-loka, o mundo das divindades superiores
2.º ) Pitri-loka, aquele dos Pitris (Antepassados), Richis
(Sábios) e Prajâpatis (Criadores) 3.º ) Soma-loka, o do deus
Soma (a Lua) e dos Pitris (Pais) lunares 4.º ) Indra-loka, o das
divindades inferiores 5.º ) Gandharvaloka, o dos espíritos
celestes 6.º ) Râkchasa-loka, o dos Râkchasas 7.º ) Yakcha-lo-
ka, aquele dos Yakchas 8.º ) Pizâcha-loka, aquele dos demónios
e espíritos malignos.
* Notas:
Segundo o Glossário Teosófico (H. P. Blavatsky):
1.º ) Râkchasas: Literalmente: “comedores de carne (crua)” e,
segundo a superstição popular, são maus espíritos, demónios.
Esotericamente, contudo, são os “gibborim” (gigantes) da
Bíblia, a quarta raça dos Atlantes. Os Râkchasas,
exotericamente, são gi gantes, titãs, espíritos inimigos dos
deuses; são demónios, génios ou espíritos malignos dotados de
grande poder; atormentam a Humanidade com todo tipo de
mal; frequentam os cemitérios, comem carne crua, estorvam ou
perturbam os sacrifícios e mudam de forma à vontade. São os
ogres ou antropófagos da índia, associados com os yakchas (ver
esta palavra), geralmente, porém são inferiores a estes…
2.º ) Yakchas: Os “Yakchas” são demónios (elementais),
geralmente considerados como inofensivos e chamados
“Punyajanas” ou “boa gente”… Porém, algumas vezes, aparecem
como génios ou diabinhos malignos. Os Yakshas costumam ser
mencionados no Bhagavad-Gitâ juntamente com os Râkchasas,
porém estes últimos são de categoria inferior à dos primeiros.
Segundo a classificação da Filosofia vedanta, a mais aproximada
da concepção esotérica, exposta por Blavatsky, «Cada Loka
corresponde esotericamente às Hierarquias cósmicas ou de
Dhyân-Chohans, aos Tattvas, aos diversos estados de
consciência humana e suas subdivisões (quarenta e nove) etc.
Esta classificação, contando-se do superior ao inferior, é a
seguinte:
1.º ) Atala, “lugar nenhum” (de a, prefixo de negação, e tala,
lugar, condição ou estado); condição ou localidade átmica ou
áurea, de potencialidade plena, porém de não actividade; emana
directamente do Absoluto e corresponde à Hierarquia dos Seres
primitivos, não substanciais, dos Dhyâni-Buddhas, num lugar
que não é lugar (para nós), num estado que não é estado, no
Parasamâdhi, no qual nenhum progresso é possível.
2.º ) Vitala: corresponde à Hierarquia dos Buddhas celestes ou
Bodhisattvas e se refere ao Samâdhi ou consciência búdica do
homem; em tal estado o ser sente-se unificado com o Universo.
3.º ) Sutala: corresponde à Hierarquia dos Kumaras,
Agnichvattas, etc. e está relacionado, na Terra, com o Manas
superior e, portanto, com o Som, o Logos, nosso Ego superior e
também com os Buddhas humanos ou encarnados. É o terceiro
estado do Samâdhi.
4.º ) Karatala (ou Talâtala): corresponde às Hierarquias de
etéreos, semi-objectivos Dhyân Chohans da matéria astral do
Mânasa-Manas ou puro raio de Manas, que é o Manas inferior
antes de se misturar com Kama. Estes seres são chamados
Sparza-devas ou devas dotados de tacto, por estar este loka
relacionado com tal sentido.
5.º ) Rasâtala ou Rúpatala: corresponde às Hierarquias de
Rãpa-devas ou devas dotados de forma e também de visão,
audição e tacto. São as entidades Kâma-manásicas e os
elementais superiores (Silfos e Ondinas dos rosacruzes). Na
Terra corresponde a um estado artificial de consciência, como
aquele produzido pelo hipnotismo ou substâncias exóticas
(morfina, etc.).
6.º ) Mahâtala: corresponde às Hierarquias de devas dotados de
paladar e inclui um estado de consciência que compreende os
cinco sentidos inferiores e as emanações da vida e do ser. Está
relacionado com Kama e com o Prana no homem e com os
Gnomos e as Salamandras na Natureza.
7.º ) Pâtâla: corresponde às Hierarquias de devas dotados de
olfato (gandha), ao mundo inferior ou Myalba (ver). E a esfera
dos animais irracionais, que não têm outro sentido senão o da
própria conservação e satisfação dos sentidos, assim como dos
seres humanos extremamente egoístas, dos dugpas animais,
elementais de animais e espíritos da Natureza. É o estado
terrestre e está relacionado com o olfacto. (Doutrina Secreta,
III, 564 etc.) A palavra Loka significa: mundo, Terra, Universo,
lugar, região, plano, esfera de existência; mansão, céu, paraíso;
gente, geração, Humanidade, multidão, comunidade; prática
comum. E, como adjectivo: luminoso, claro, visível. (Ver
Troilokya ou Trilokya).
Embora o primeiro termo, “Pâtâla” tenha vários contextos, nas
acepções originais do sânscrito, vamos limitar-nos a considerá-
la apenas como Inferno (lugar inferior, do latim) ou Astral
Inferior.
Ainda no Glossário Teosófico (H. P. Blavatsky):
Pâtâla (Sânsc.) — O mundo inferior; os antípodas; daí, segundo
a superstição popular, as regiões infernais e, filosoficamente, as
duas Américas, que são antípodas da índia. Também significa o
Pólo Sul, por ser oposto ao Meru ou Pólo Norte. (Segundo os
Puranas, é preciso estabelecer uma distinção entre o Naraka
(ver) e o Pâtâla. O primeiro é o lugar de castigo para os mortais,
enquanto que o segundo é a região infraterrestre habitada por
nâgas, daityas, danavas, yakchas e demais seres que formam a
“oposição” do Panteão hindu.
Há sete regiões desta espécie, situadas uma debaixo da outra e
cujos nomes e ordem de enumeração variam segundo os
diversos Puranas que tratam deste assunto. Segundo o Padma-
Purâna, tais regiões são: Atala, Vitala, Sutala, Talâtala (ou Ka-
ratala), Mahâtala, Rasâtala e Pâtâla, este propriamente a região
mais inferior. Segundo o Vishnu-Purâna, são: Atala, Vitala,
Nitala, Mahâtala, Sutala e Pâtâla. (Ver Lokas.) Conta-se que o
sábio Nârada, assim como Orfeu, visitou estas regiões
infernais… O Pâtâla propriamente dito é uma das sete regiões
do mundo inferior e nela reina Vâsuki, o grande deus-serpente,
sobre os nâgas.
Este “abismo” tem, na simbologia oriental, o mesmo significado
múltiplo encontrado por Ralston Skinner na palavra hebraica
shiac, em sua aplicação ao caso presente. Em certo sentido, o
Pâtâla era um abismo, uma tumba, o local da morte e porta do
Hades ou Sheol (inferno hebreu)… O simples facto de Vâsuki, a
divindade que reina no Pâtâla, ser representado no Panteão
hindu como o grande Nâga (Serpente), que foi utilizado pelos
deuses e asuras como uma corda ao redor do monte Mandara
(ver), quando batiam o oceano para extrair o amrita, água da
imortalidade, relaciona-o directamente com a Iniciação.
(Doutrina Secreta, II, 289-290).
Também nesse magnífico manual teosófico se pode ler:
Divisão Brahmânica dos Mundos; Divisão Búdica das Regiões:
Divisão Brahmânica dos Mundos
1. Bhur, terra 2. Bhuvah, céu, firmamento 3. Svar, atmosfera, o
céu 4. Mahar, essência luminosa eterna
Divisão Búdica das Regiões
1 ) O mundo de desejo, Kâmadhâtu ou Kâmaloka 2 ) O mundo
da forma, Rûpadhâtu 3 ) O mundo sem forma, Arûpadhâtu
Todos estes são mundos dos estados post mortem. Por exemplo,
Kâmaloka ou Kâ-madhâtu, a região de Mara, é aquele que os
cabalistas medievais e modernos denominam “Mundo da luz
astral’ e “Mundo de cascas”. O Kâmaloka, como qualquer outra
região, tem sete divisões, a inferior começando sobre a terra ou,
invisivelmente, em sua atmosfera; as seis restantes sobem
gradualmente, sendo a superior a mansão daqueles que morrem
devido a um acidente ou suicídio decorrente de loucura
passageira ou que foram vítimas de forças exteriores.
É o lugar onde todos aqueles que morreram antes do término
assinalado para eles e cujos princípios superiores, portanto, não
vão em seguida para o estado Devachânico, dormem um doce
sono de esquecimento sem sonhos, ao fim do qual ou renascem
imediatamente ou passam, por graus, para o estado
devachânico. Rûpa-dhâtu é o mundo celestial de forma ou
aquilo que chamamos de Devachan.
Entre os Iniciados brahmanes, chineses e outros budistas, o
Rûpadhâtu divide-se em dezoito Brahma ou Deva-lokas; a vida
de uma alma dura ali desde meio yuga até 16.000 yugas ou
Kalpas e a estátua das “sombras” varia de meio yojana até
16.000 yojanas (cada yojana medindo de cinco e meia a dez
milhas!). Desatinos teológicos como este foram, pode crer,
produzidos por cérebros sacerdotais. Porém a filosofia esotérica
ensina que, embora para os Egos, cada um conserve sua forma
(como num sonho), como Rûpadhâtu, contudo é uma região
puramente mental e um estado, os próprios Egos não possuem
forma fora de sua própria consciência.
O Esoterismo divide esta “região” em sete Dhyânas, “regiões” ou
estados de contemplação, que não são localidades, mas
representações mentais das mes mas. Arúpadhâtu: esta “região”
divide-se em sete Dhyânas, ainda mais abstractas e sem forma,
porque este “Mundo” carece de toda forma ou desejo, qualquer
que seja este.
É a região mais elevada do Trailokya depois da morte; e como é
a mansão daqueles que se encontram quase dispostos para o
Nirvana e é, na realidade, o verdadeiro umbral do estado
nirvânico, é lógico que no Arúpadhâtu (ou Arúpavachara) não
pode haver forma nem sensação nem sentimento algum
relacionado com nosso Universo de três dimensões. (Ver
Lokatraya)».
PAZPROFUNDA!...
P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!
Prof. M. M. M. Astrophyl *(U m Sábio de Portugal)

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