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INSTITUTO BÍBLICO CONSERVADOR

DANIEL JULIO DE ALMEIDA

TULIP – AS DOUTRINAS DA GRAÇA

CURITIBA, MARÇO DE 2017


INTRODUÇÃO

Tulip é um acrostico em inglês que resume os cinco pontos da doutrina reformada,


também conhecida como Doutrinas da graça ou cinco pontos do calvinismo. Estes cinco
pontos falam diretamente da questão da soteriologia, mostrando a soberania de Deus
sobre a mesma.

Em 1618 em Dort, foi convocado um sínodo para examinar um protesto realizado por
alunos de Jacobus Arminius sobre a salvação, chamado “Remonstrance”. O sínodo teve
duração de 7 meses com 154 sessões para tratar sobre o assunto. No fim por
unanimidade os artigos foram rejeitados como sendo não bíblicos. Surge então os
cânones de Dort, que reafirmam as verdades bíblicas e refutam as tentativas de macular
as verdades das sagradas letras.

Em um texto que introduz as doutrinas da graças os autores David N. Steele e Curtis C.


Thomas, dizem o seguinte:

“Leve o seguinte em consideração: se estamos realmente


mortos em nossos pecados (depravação radical), só Deus poderia nos escolher em Cristo
(eleição incondicional), somente Cristo poderia expiar os nossos pecados (redenção
particular), e somente o Espírito poderia nos levar a Cristo (graça eficaz) e nos preservar
nele (graça perseverante).”

O acrostico em inglês da TULIP ficou dessa maneira:

Total Depravity (Depravação Total)


Unconditional Election (Eleição Incondicional)
Limited Atonement (Expiação Limitada)
Irresistible Grace (Graça Irresistível)
Perseverance of the Saints (Perseverança dos Santos)

1. DEPRAVAÇÃO TOTAL

A depravação total mostra a incapacidade do homem de responder ou ir até Deus. Não é


que o homem não quer ir até Deus, o homem caído não pode ir até Deus! Paulo em sua
carta aos Romanos deixa clara esta doutrina, ao afirmar: o pendor da carne é inimizade
contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar (grifo meu).
Portanto os que estão na carne não podem agradar a Deus (Romanos 8.7-8)

Esse ponto do calvinismo mostra a consequência da queda do homem, e a sua natureza


caída, que tornou-se desobediente e ou rebelde à lei do Senhor. A totalidade do homem
foi afetada, sua mente, emoções, seu corpo, sua capacidade de tomar decisões como
pessoa.

A importância dessa doutrina é sem precedentes, pois nela entendemos a queda e a suas
consequências. Francis A. Schaeffer sobre a importância de entendermos a queda diz o
seguinte no livro O Deus que se Revela:
“Mas o fato é que, se desprezarmos a queda verdadeira, espaço-temporal e
histórica, as respostas deixarão de existir”

Esse ponto do calvinismo combate diretamente à doutrina Arminiana sobre o livre-


arbítrio, que diz que o homem ainda pode responder a Deus, pois ele não ficou em um
estado totalmente incapaz de resposta. Todavia essa posição contraria a própria escritura
que em inúmeros textos mostra de maneira cristalina que por natureza somos filhos da
ira (Efésios 2.3), ou seja, que nossa natureza é pecaminosa por si só.

Portanto vemos a ação do Deus triúno em toda salvação, regenerando o coração do


homem morto em pecados e delitos (Efésios 2.5), libertando-o da sua vontade escrava
do pecado, vivificando-o e dando-lhe uma nova natureza, fazendo que o mesmo nasça
segundo a vontade de Deus (João 1.13), habilitando-o a responder com fé ao chamado
do Senhor.

2. ELEIÇÃO INCONDICIONAL

O apóstolo Paulo afirma que todos pecaram e carecem da glória de Deus


(Romanos 3.23). Mesmo toda a humanidade sendo condenável diante de Deus, aprove
ao mesmo eleger indivíduos para Si, baseado na sua soberania e não nas qualidades dos
homens. Esta doutrina combate de frente à ideia de eleição condicional, ou seja, que
Deus previu aqueles que responderiam a Cristo, baseados em suas capacidades. No
evangelho segundo João é relatado que não fostes vós que escolhestes a mim, pelo
contrário, eu escolhi a vós (João 15.16) não escolhemos Deus, mas ele nos escolheu.

Portanto a eleição feita pelo Pai, não tem como base fé humana prevista ou
qualquer outra virtude. Na sua soberania ele mesmo elege e atrai para si, não havendo
condições para que o pecador possa ser, ou não escolhido por Deus.

3. EXPIAÇÃO LIMITADA

Este ponto dentre todos talvez é o que causa mais debates. Essa afirmação mostra
que o sacrifício vicário de Cristo foi somente aos seus eleitos. Também conhecida como
sacrifico eficaz ou redenção particular, seu efeito tem total garantia na vida dos que tem
Jesus como Senhor e Salvador. Embora o sangue de Cristo é poderoso para salvar todos,
ele é somente eficaz aos seus eleitos. A expiação limita-se apenas nas vidas daqueles
por qual Cristo se entregou, como ele mesmo afirma: porque isto é o meu sangue, o
sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
(Mateus 26.28).

A redenção universal defendida pelos Arminianos afirma que a salvação é


possível a todos os homens, pois Cristo morreu por todos, embora possa ser rejeitada e
não havendo nenhuma seguridade da mesma. Esta doutrina abre espaço para toda sorte
de heresias tais como o universalismo, e também torna a salvação em uma obre
sinergista, ou seja, que depende não só de Deus, mas também do homem cooperar a sua
própria salvação.
4. GRAÇA IRRESSISTÍVEL

O pecador que naturalmente se opõe ao senhorio de Deus é chamado


irresistivelmente ao arrependimento através do Espirito Santo. Essa chamada é feita ao
eleito que não tem como dizer não à doce chamada. Assim voluntariamente munido de
fé dado por Deus ele não resiste e se entrega a Cristo, sendo convertido por Deus.

Ao contrário do que afirmavam os Arminianos, que insistiam em dizer que o


Espirito de Deus poderia ser resistido, que somente com fé do pecador o Espirito teria
êxito em sua obra na vida do homem caído, limitando-O assim, e mostrando que o
homem pode se opor a vontade do Senhor. A bíblia nos mostra que Deus ao operar
ninguém o pode resisti-Lo (Isaias 43.13) em outra ocasião Jesus diz: Ninguém pode vir
ao Pai, se o Pai que me enviou não o trouxe (João 6.44), essa expressão de Jesus mostra
que aqueles que são dele, vêm a ele, pois foram dados pelo Pai.

Sendo assim, a doutrina da graça irresistível afirma uma verdade bíblica, que o
Espirito Santo nos convence do pecado, nos levando ao senhorio de Cristo, e não
podendo nós pecadores resisti-lo.

5. PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Por último nos deparamos com a doutrina da perseverança dos santos. Esta
doutrina de maneira convicta afirma a segurança na vida do crente eleito referente a
redenção final. Ela diz da perseverança do cristão em sua jornada neste mundo, no
combate da fé, e que em nenhuma hipótese o escolhido sofrera a perda da sua salvação,
pois a mesma pertence ao Senhor.

As palavras de Jesus afirmam com contundência essa doutrina tão cara aos
reformados: as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatar da minha mão
(João 10.27-28), essas são palavras de vida eterna, pois nossa seguridade e garantida,
pois o eleito não tem como perder a sua salvação garantida pelo Deus Pai, pelo Filho e
pelo Espirito Santo.

Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com
exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante
Jesus Cristo, Senhor nosso, glória e majestade, império e soberania, antes de todas as
eras, e agora e por todos os séculos. Amém! – Judas 1.24-25

Glória somente a Deus!

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