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Em 1618 em Dort, foi convocado um sínodo para examinar um protesto realizado por
alunos de Jacobus Arminius sobre a salvação, chamado “Remonstrance”. O sínodo teve
duração de 7 meses com 154 sessões para tratar sobre o assunto. No fim por
unanimidade os artigos foram rejeitados como sendo não bíblicos. Surge então os
cânones de Dort, que reafirmam as verdades bíblicas e refutam as tentativas de macular
as verdades das sagradas letras.
1. DEPRAVAÇÃO TOTAL
A importância dessa doutrina é sem precedentes, pois nela entendemos a queda e a suas
consequências. Francis A. Schaeffer sobre a importância de entendermos a queda diz o
seguinte no livro O Deus que se Revela:
“Mas o fato é que, se desprezarmos a queda verdadeira, espaço-temporal e
histórica, as respostas deixarão de existir”
2. ELEIÇÃO INCONDICIONAL
Portanto a eleição feita pelo Pai, não tem como base fé humana prevista ou
qualquer outra virtude. Na sua soberania ele mesmo elege e atrai para si, não havendo
condições para que o pecador possa ser, ou não escolhido por Deus.
3. EXPIAÇÃO LIMITADA
Este ponto dentre todos talvez é o que causa mais debates. Essa afirmação mostra
que o sacrifício vicário de Cristo foi somente aos seus eleitos. Também conhecida como
sacrifico eficaz ou redenção particular, seu efeito tem total garantia na vida dos que tem
Jesus como Senhor e Salvador. Embora o sangue de Cristo é poderoso para salvar todos,
ele é somente eficaz aos seus eleitos. A expiação limita-se apenas nas vidas daqueles
por qual Cristo se entregou, como ele mesmo afirma: porque isto é o meu sangue, o
sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
(Mateus 26.28).
Sendo assim, a doutrina da graça irresistível afirma uma verdade bíblica, que o
Espirito Santo nos convence do pecado, nos levando ao senhorio de Cristo, e não
podendo nós pecadores resisti-lo.
Por último nos deparamos com a doutrina da perseverança dos santos. Esta
doutrina de maneira convicta afirma a segurança na vida do crente eleito referente a
redenção final. Ela diz da perseverança do cristão em sua jornada neste mundo, no
combate da fé, e que em nenhuma hipótese o escolhido sofrera a perda da sua salvação,
pois a mesma pertence ao Senhor.
As palavras de Jesus afirmam com contundência essa doutrina tão cara aos
reformados: as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatar da minha mão
(João 10.27-28), essas são palavras de vida eterna, pois nossa seguridade e garantida,
pois o eleito não tem como perder a sua salvação garantida pelo Deus Pai, pelo Filho e
pelo Espirito Santo.
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com
exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante
Jesus Cristo, Senhor nosso, glória e majestade, império e soberania, antes de todas as
eras, e agora e por todos os séculos. Amém! – Judas 1.24-25