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Instalações de Para-Raios Prediais

Generalidades sobre os raios:


● Fenômeno atmosférico de consequências danosas;
● Resulta do acúmulo de cargas elétricas em uma nuvem e a
consequente descarga sobre o solo terrestre ou qualquer
estrutura que ofereça condições favoráveis à descarga;
● A carga inferior das nuvens tem cargas predominantemente
negativas, e a parte superior, positivas;
● Rigidez dielétrica do ar: 30kV/cm;
Tipos de Descargas
Descarga negativa descendente Descarga positiva ascendente;

Descarga positiva descendente; Descarga negativa ascendente


Formação dos Raios
Descargas negativas (mais
frequentes):
– O raio é precedido por um canal ionizado
descendente (líder) que se desloca no
espaço por saltos de dezenas de metros;
– Isso provoca na superfície da terra, por
indução, o acúmulo de cargas elétricas
crescentes e de sinal contrário.
– O campo elétrico da terra torna-se tão
intenso que dá origem a um líder
ascendente (receptor), que parte em
direção ao líder ascendente.
– O encontro estabelece o caminho da
corrente do raio, através do canal
ionizado.
Densidade de Raios no Brasil

http://www.inpe.br/webelat/imagesNovoLayout/arte/infografico_2_alta.jpg
Instalações de Para-Raios Prediais
NBR5419-2015:
Parte 1: A ameaça da descarga atmosférica
Parte 2: Riscos associados à descarga
Parte 3: Proteção contra descargas atmosféricas
(SPDA)
Parte 4: Medidas de proteção (MPS)

Aplicabilidade:

Não se aplica a sistemas ferroviários, veículos, aeronaves, plataformas offshore,tubulação de


alta pressão subterrânea, tubulações e linhas de energia e telecomunicações colocadas fora
da estrutura;
Instalações de Para-Raios Prediais
NBR5419-2015:
Parte 1: A ameaça da descarga atmosférica
Parte 2: Riscos associados à descarga
Parte 3: Proteção contra descargas atmosféricas
(SPDA)
Parte 4: Medidas de proteção (MPS)

Quais são os efeitos de uma descarga?


A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Tipos de descarga atmosférica:


● descargas atmosféricas descendentes iniciadas por um líder
descendente, da nuvem para a terra;
● descargas atmosféricas ascendentes iniciadas por um líder
ascendente, de uma estrutura aterrada para a nuvem.
Pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas
(Lightning Electromagnetic Impulse – LEMP):
● todos os efeitos eletromagnéticos provocados pelas correntes
das descargas atmosféricas via acoplamento resistivo, indutivo
e capacitivo, que criem surtos e campos eletromagnéticos
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Componentes da corrente da descarga


atmosférica:
● Impulsos com duração inferior a 2ms
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Componentes da corrente da descarga


atmosférica:
● Componentes longos com duração superior a 2ms
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Corrente da descarga atmosférica:


● Combinação de impulsos e componentes longos

Descargas descendentes Descargas ascendentes


(estruturas baixas) (estruturas altas ou expostas)
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Níveis de proteção contra descargas atmosféricas


● A norma define nível de proteção como sendo um número associado
a um conjunto de parâmetros da corrente elétrica para garantir que os
valores especificados em projeto não estão superdimensionados ou
subdimensionados quando da ocorrência de uma descarga
atmosférica;
● Cada nível de proteção tem uma probabilidade associada, para a qual
os parâmetros da descarga daquele nível não serão excedidos;
● A norma considera 4 níveis de proteção contra descargas
atmosféricas, de I a IV;
● Assume-se uma relação de 10% de descargas positivas e 90% de
descargas negativas;
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1 Valor máximo que
não deve ser
excedido com uma
probabilidade de
Níveis de proteção contra descargas atmosféricas 99%!
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Efeitos devido à descarga atmosférica:


● Efeitos térmicos:
– Aquecimento resistivo pela circulação de corrente elétrica nos materiais
condutores;
– Aquecimento gerado por arcos no ponto de impacto;
– Danos térmicos no ponto de impacto: fusão e erosão (vaporização) de
materiais;
● Efeitos mecânicos:
– Dependem da amplitude e duração da corrente, das características
elásticas da estrutura mecânica e eventualmente do atrito entre as partes
do SPDA;
● Centelhamento:
– Pode causar a queima ou explosão de materiais combustíveis ou
inflamáveis;
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Danos devido à descarga atmosférica:


● A descarga atmosférica que atinge uma estrutura pode causar
danos à própria estrutura e a seus ocupantes e conteúdos,
incluindo falhas dos sistemas internos.
● Os danos e falhas podem se estender também às estruturas
vizinhas e podem ainda envolver o ambiente local.
● A extensão dos danos e falhas na vizinhança depende das
características das estruturas e das características da descarga
atmosférica.
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Danos e perdas

Fonte dos danos


descargas atmosféricas na
S1
estrutura;
descargas atmosféricas
S2
perto da estrutura;
descargas atmosféricas na
S3
linha;
descargas atmosféricas
S4
perto da linha.
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Danos e perdas

Tipos de danos
ferimentos aos seres
D1 vivos por choque
elétrico;
D2 danos físicos;
falhas de sistemas
D3
eletroeletrônicos.
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 1

Danos e perdas

Tipos de Perdas
perda de vida humana
L1 (incluindo ferimentos
permanentes);
perda de serviço ao
L2
público;
perda de patrimônio
L3
cultural;
perda de valores
econômicos (estrutura,
L4
conteúdo, e perdas de
atividades).
Instalações de Para-Raios Prediais
NBR5419-2015:
Parte 1: A ameaça da descarga atmosférica
Parte 2: Riscos associados à descarga
Parte 3: Proteção contra descargas atmosféricas
(SPDA)
Parte 4: Medidas de proteção (MPS)

Necessito de um SPDA?
Gerenciamento de Risco
NBR5419 - Parte 2

Gerenciamento de Risco - procedimento básico:


a) identificação da estrutura a ser protegida e suas características;
b) identificação de todos os tipos de perdas na estrutura e os
correspondentes riscos relevantes R (R1 a R4);
c) avaliação do risco R para cada tipo de perda R1 a R4;
d) avaliação da necessidade de proteção, por meio da
comparação dos riscos R1 , R2 e R3 com os riscos toleráveis RT;
e) avaliação da eficiência do custo da proteção pela comparação
do custo total das perdas com ou sem as medidas de proteção.
Gerenciamento de Risco
NBR5419 - Parte 2

Gerenciamento de Risco - procedimento básico:


Identificar os tipos de Para cada tipo de perda, identificar e
Identificar a estrutura calcular os componentes de risco
perdas relevantes à
a ser protegida estrutura RA , RB , RC , RM , RU , RV , RW , RZ

MPS S SPDA Necessita S R > Rt?


N Estrutura
Instalado? instalado? proteção protegida

N N
Instalar um tipo
Instalar MPS N RA+RB+RU+RV S
de SPDA
adequados > RT? adequado
S
Calcular valores
das componentes
de risco

Instalar outras
medidas de
proteção
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Risco tolerável RT:

R1: Risco associado a vida humana ou ferimentos;


R2: Risco associado a perda de serviço;
R3: Risco associado a perda de patrimonio cultural;
R4: Risco associado a perda de valor econômico;
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Equação geral: RX = NX × PX × LX
● NX é o número de eventos perigosos por ano (ver também Anexo A);
● PX é a probabilidade de dano à estrutura (ver também Anexo B);
● LX é a perda consequente (ver também Anexo C).
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Número de eventos perigosos ND para a estrutura:


ND = NG x AD x CD x 10-6
NG - Número médio anual de
eventos perigosos devido a
descargas atmosféricas:
NG = 0,1 TD
TD = dias de tempestades por
ano, obtido de mapas
isoceráunicos;
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Número de eventos perigosos ND para a estrutura:


ND = NG x AD x CD x 10-6
NG - Número médio anual de
eventos perigosos devido a
descargas atmosféricas:
NG = 0,1 TD
TD = dias de tempestades por
ano, obtido de mapas
isoceráunicos;
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Número de eventos perigosos ND para a estrutura:


ND = NG x AD x CD x 10-6
AD - Área de exposição
equivalente:
Área estendida da estrutura,
em função da altura;

Cd – Coeficiente relacionado
a localização da estrutura
relativo a outras estruturas:
Tabela
0,25 (cercada por outros
objetos altos) a 2 (isolada);
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

PA - Probabilidade de uma descarga atmosférica em uma


estrutura causar ferimentos a seres vivos por meio de
choque:
PA = PTA × PB
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

LA - Perda devido a ferimentos a seres vivos por choque


elétrico:
LA = rt × LT × nZ / nt × tz / 8760
LT: 10-2
nz: número de pessoas na zona
nt: número total de pessoas na estrutura;
tZ: tempo total em horas por ano no qual as pessoas ficam presentes na zona;
Rt – tabela C3 DA NBR5419:2015
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

Equação geral: RX = NX × PX × LX
● NX é o número de eventos perigosos por ano (ver também Anexo A);
● PX é a probabilidade de dano à estrutura (ver também Anexo B);
● LX é a perda consequente (ver também Anexo C).
A Ameaça da Descarga Atmosférica
NBR5419 - Parte 2

São muitos fatores a serem calculados...

A avaliação do risco deve ser realizada com a utilização de uma planilha


ou software no cálculo dos diferentes parâmetros para se tornar prática!

Existem softwares comerciais para realizar este cálculo.


Instalações de Para-Raios Prediais
NBR5419-2015:
Parte 1: A ameaça da descarga atmosférica
Parte 2: Riscos associados à descarga
Parte 3: Proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA)
Parte 4: Medidas de proteção (MPS)

Como projeto um SPDA?


SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

SPDA:
● Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;
● Medida mais eficaz de proteção contra danos;
● Composto por:
– Sistema externo, que visa interceptar a descarga para a estrutura
(captação), e conduzi-la ao solo (descida) para ser dispersada
(aterramento);
– Sistema interno, que visa reduzir o centelhamento entre
componentes do sistema externo e elementos condutores internos
a estrutura (através de equipotencialização ou isolamento entre as
partes);
● O planejamento do SPDA em conjunto com o projeto da edificação
facilita o acesso ao solo e estruturas.
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

Classe do SPDA:
● Varia de I a IV, correspondendo aos graus de proteção de I a
IV;
● Os parâmetros do projeto dependem da classe do SPDA;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

Componentes do SPDA:
● Subsistema de captação;
● Subsistema de descida;
● Subsistema de aterramento;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

Subsistema de captação:
● É constituído por uma combinação de:
– Hastes com mastros;
– Condutores suspensos;
– Condutores em malha;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

Posicionamento do subsistema de captação:


● A estrutura a ser protegida deve situar-se completamente
dentro do volume de captação;
● Métodos:
– Método do ângulo de proteção (Método de Franklin):
● Proteção por mastro;

● Proteção por condutor suspenso;

– Método das malhas (Método de Faraday);


– Método da Esfera Rolante (Método eletro-geométrico);
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método do ângulo de Proteção: Proteção por mastro:


– O volume de proteção é definido por um cone circular cujo
vértice está posicionado no eixo do mastro com um ângulo
que depende da classe do SPDA e da altura do mastro;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método do ângulo de Proteção: Proteção por mastro:


– Acima do limite de altura de cada classe este método deve ser
substituído pelo método das malhas ou da esfera rolante;

Figura correspondente a Tabela 2 da NBR5419 Parte 3


SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método do ângulo de Proteção: Proteção por condutor


suspenso:
– O volume é definido pelo conjunto de volumes protegidos por mastros
em toda a extensão do condutor;
– O ângulo em cada ponto é dado pela Tabela 2;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método das malhas:


– Uma malha de condutores é considerada uma boa proteção para
superfícies planas;
– O método é apropriado para proteção de telhados horizontais inclinados
e sem curvatura, e superfícies laterais planas;
– O máximo afastamento dos condutores da malha é dado pela tabela 2
da norma;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método das malhas:


– Condutores captores devem ser instalados:
● Na periferia da cobertura;
● Nas saliências da cobertura;
● Nas cumeeiras dos telhados quando o declive exceder 1/10 (1 na
vertical para 10 no comprimento);
– Elementos condutores da estrutura que não são captores não podem
ficar fora do volume de proteção;
– Os condutores devem assumir o caminho mais curto possível;
– A malha deve ser construída de forma que exista sempre pelo menos 2
caminhos da descarga para o subsistema de aterramento;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método da esfera rolante:


– O volume é definido pelo por uma esfera que movimenta-se sobre toda
a estrutura;
– O volume não tocado pela esfera está protegido;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Método da esfera rolante:


– O raio da esfera é dado pela tabela 2 da norma em função da classe do
SPDA;
– O impacto de descargas nas laterais de estruturas inferiores a 60m é
desprezível;
– Em estruturas superiores a 60m é recomendado o uso de captores pelo
menos nos 20% superiores da estrutura, empregando este método;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida:
– Deve prover diversos caminhos paralelos para a corrente elétrica;
– O comprimento deve ser o menor possível;
– Deve ser feita a equipotencialização com partes condutoras da
estrutura;
– O espaçamento entre os condutores é dado pela tabela 4 da
NBR5410:2015 parte 3 (abaixo); divide-se o valor do perímetro pelo
valor da tabela e arredonda-se para cima;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida:
– Os condutores devem ser interligados em anel no nível do solo e
a cada 10 a 20m (também conforme a tabela 4) para melhorar a
distribuição da corrente elétrica;
– Evitar a descida por tubulações de água pluviais;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida: SPDA Isolado da Estrutura


Protegida
– SPDA com o subsistema de captação e o subsistema de
descida posicionados de tal forma que o caminho da corrente
da descarga atmosférica não fique em contato com a
estrutura a ser protegida;
– Para captores em mastros individuais, não metálicos, é necessário
para cada mastro pelo menos um condutor de descida;
– Para mastros individuais metálicos ou interconectados as
armaduras da edificação não é necessário condutor de descida;
– Para o método do condutor suspenso é necessário pelo menos
um condutor de descida em cada suporte da estrutura;
– No caso de uma malha, pelo menos um condutor de descida para
cada suporte de terminação dos condutores;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida: SPDA Não Isolado da Estrutura


Protegida
– SPDA com um subsistema de captação e um subsistema de
descida posicionados de tal forma que o caminho da
corrente da descarga atmosférica esteja em contato com a
estrutura a ser protegida
– O número de condutores de descida não pode ser inferior a dois,
mesmo obedecendo a tabela 4;
– Empregar o espaçamento o mais uniforme possível;
– Instalar um condutor de descida preferencialmente em cada canto
saliente da estrutura;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida: Posicionamento para um sistema


não isolado da estrutura
– parede de material não combustível: os condutores de descida
podem ser posicionados na superfície ou dentro da parede;
– parede de material combustível e a elevação de temperatura devido
à passagem da corrente da descarga atmosférica neste não seja
perigosa: os condutores de descida podem ser posicionados na
superfície da parede;
– parede de material prontamente combustível e a elevação da
temperatura dos condutores de descida for perigosa: os condutores
de descida devem ser instalados de forma a ficarem distantes da
parede, pelo menos 0,1 m. Os suportes de montagem podem estar em
contato com a parede.
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Número de condutores de descida:


– A tabela C.1 fornece o número de descidas em função do tipo de
proteção para um aterramento em anel;
– kc é o coeficiente da divisão da corrente entre os condutores no pior
caso;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Número de condutores de descida:


– A tabela C.1 fornece o número de descidas em função do tipo de
proteção para um aterramento em anel;
– kc é o coeficiente da divisão da corrente entre os condutores no pior
caso;
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Dimensionamento dos condutores de descida:


– A Tabela 6 da norma fornece especificações para os condutores de
captação, hastes captoras e condutores de descidas para diversos
materiais.
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida: Componentes ou condutores


naturais de descida
– as instalações metálicas (1)
– as armaduras das estruturas de concreto armado eletricamente
contínuas;
– o vigamento de aço interconectado da estrutura;
– elementos da fachada, perfis e subconstruções metálicas das
fachadas (2)
– (1) a continuidade elétrica entre as várias partes deve ser feita de forma durável de acordo com 5.5.2;
suas dimensões devem ser no mínimo iguais ao especificado na Tabela 6 para condutores de descida
normalizados; Tubulações contendo misturas inflamáveis ou explosivas não podem ser consideradas
como um componente natural de descida se as gaxetas nos acoplamentos dos flanges não forem
metálicas ou se os lados dos flanges não forem apropriadamente conectados.
– (2) suas dimensões devem estar conforme aos requisitos para condutores de descidas (ver 5.6.2) e
que, para folhas metálicas ou tubulações metálicas, as espessuras não sejam inferiores a t ́ (ver Tabela
3); sua continuidade elétrica na direção vertical deve respeitar os requisitos de 5.5.2
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de descida: Conexões de ensaio


– Devem ser fixadas nas junções entre cabos de descida e
eletrodos de aterramento;
● A conexão só pode ser aberta com auxilio de ferramenta,

permanecendo normalmente fechada e sem contato com


o solo;
– Exceção: caso de condutores de descidas naturais
combinados com os eletrodos de aterramento natural (pela
fundação).
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de aterramento
– Uma única infraestrutura de aterramento integrada é preferível e
adequada para todos os propósitos;
– Preferencialmente o eletrodo deve ser comum e atender à proteção
contra descargas atmosféricas, sistemas de energia elétrica e sinal;
– Na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das
fundações, o arranjo a ser utilizado consiste em condutor em anel,
externo à estrutura a ser protegida (mínimo: 0,5m de profundidade e a
1m das paredes externas);
– O comprimento l1 do condutor é dado na Fig. 3 da NBR5419.
– No caso de um eletrodo em anel ou interligando fundação descontínua,
o raio médio re da área abrangida pelos eletrodos deve ser maior do que
l1.
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de aterramento
Comprimento mínimo l1 do eletrodo de aterramento em função da classe
e resistividade do solo (Fig. 3 da NBR5419 Parte 3);
SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
NBR5419 - Parte 3

● Subsistema de aterramento
– O anel deve estar em contato com o solo por pelo menos 80 % do seu
comprimento total, ou elemento condutor interligando as armaduras
descontínuas da fundação (sapatas);
– A continuidade elétrica do anel deve ser garantida ao longo de todo o seu
comprimento;
– Eletrodos adicionais, quando necessários, podem ser conectados ao
eletrodo de aterramento em anel,e devem ser localizados o mais próximo
possível dos pontos onde os condutores de descida forem conectados.
– Quando o valor requerido de l1 for maior do que o valor conveniente de re ,
eletrodos adicionais horizontais ou verticais (ou inclinados) devem ser
adicionados com comprimentos individuais lr (horizontal) e lv (vertical) dados
pelas seguintes equações:
– l r = l 1 – re e lv = (l1 – re )/2
– Estes eletrodos de aterramento podem também ser do tipo malha de
aterramento.
Instalações de Para-Raios Prediais
NBR5419-2015:
Parte 1: A ameaça da descarga atmosférica
Parte 2: Riscos associados à descarga
Parte 3: Proteção contra descargas atmosféricas
(SPDA)
Parte 4: Medidas de proteção (MPS)

Como evitar danos por surtos de energia?


MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

Medidas de Proteção contra Surtos (MPS):


● Descargas atmosféricas liberam centenas de megajoules de
energia;
● Danos permanentes nos sistemas eletroeletrônicos podem ser
causados pelo impulso eletromagnético da descarga
atmosférica (LEMP);
● Uma quantidade de milijoules pode ser suficiente para
danificar equipamentos eletrônicos sensíveis;
– Equipamentos de processamento de dados;
– Equipamentos de controle e segurança;
● Medidas adicionais de proteção são necessárias para estes
equipamentos;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Origem dos surtos:


– Externa:
● descargas que atingem as linhas entrando na

estrutura ou solo próximo a estas linhas;


– Interna:
● descargas que atingem a própria estrutura ou o solo

próximo a estrutura;
● chaveamento de cargas indutivas;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Meios de propagação:
– Condução ou indução transmitida pelos cabos conectador
ao sistema;
– Efeitos dos campos eletromagnéticos irradiados diretamente
aos próprios equipamentos;
● Geração de campos eletromagnéticos irradiados:
– Corrente elétrica que flui no canal das descargas
atmosféricas diretas;
– Corrente parcial da descarga que flui nos condutores do
sistema de proteção;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Tipos de acoplamentos:
– Acoplamento resistivo:
● Impedância do subsistema de aterramento;

● Tubulações perto do aterramento;

● Resistência da blindagem dos cabos;

– Acoplamento pelo campo magnético:


● Laços formados pelos cabos dos sistemas elétrico e

eletrônico;
● Indutância dos condutores de equipotencialização;

● Elementos metálicos em paralelo com os condutores de

descida;
– Acoplamento pelo campo elétrico: geralmente muito menor do
que pelo campo magnético e pode ser desprezado;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):


– A proteção contra LEMP baseia-se no conceito de Zona de
Proteção contra Raios (ZPR);
– O volume que contém os sistemas que serão protegidos é
dividido em zonas (ZPR);
– Cada zona possui um grau de suportabilidade a uma
determinada severidade do LEMP;
– A fronteira de uma ZPR é definida pelas medidas de
proteção empregadas;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):

Equipotencialização das
linhas que entram por meio
de DPS ou diretamente

Figura 1 da
NBR5419:2015
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):


Zonas Externas
ZPR0: Dividida em:

ZPR0A: dispositivos sujeitos à corrente de surto total; ameaça=descarga direta


ou totalidade do campo magnético;

ZPR0B: dispositivos sujeitos a correntes de surto parciais; ameaça=totalidade


do campo eletromagnético;

Zonas Internas
ZPR1: a corrente de surto é limitada pela distribuição das correntes e interfaces
isolantes e/ou por DPS ou blindagem espacial instalados na fronteira das zonas.

ZPR2 … n: zona onde a corrente de surto pode ser ainda mais limitada pela
distribuição de correntes e interfaces isolantes e/ou por DPS adicionais nas
fronteiras entre as zonas mais internas.
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4
● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):
S1 descarga atmosférica na estrutura
S2 descarga atmosférica perto da estrutura
S3 descarga atmosférica em linhas ou
tubulações que adentram na estrutura
S4 descarga atmosférica perto de linhas ou
tubulações que adentram na estrutura
s distância de segurança contra campo
magnético muito e levado
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4
● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):
S1 descarga atmosférica na estrutura
S2 descarga atmosférica perto da estrutura
S3 descarga atmosférica em linhas ou
tubulações que adentram na estrutura
S4 descarga atmosférica perto de linhas ou
tubulações que adentram na estrutura
s distância de segurança contra campo
magnético muito e levado
1 estrutura (blindagem da ZPR 1)
2 subsistema de captação
3 subsistema de descida
4 subsistema de aterramento
5 recinto (blindagem da ZPR 2)
6 linhas e tubulações que adentram na
estrutura
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Zona de Proteção contra Raios (ZPR):


MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Distância de segurança para isolação elétrica entre o


subsistema de captação ou descida e partes metálicas
estruturais (tabelas 10, 11 e 12):
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

● Proteção contra os efeitos de campos eletromagnéticos


irradiados diretamente para os equipamentos:
– MPS consistem em blindagens espaciais e/ou condutores
blindados, combinados com a blindagem dos invólucros dos
equipamentos.
● Proteção contra os efeitos de surtos conduzidos ou induzidos
transmitidos para os equipamentos por meio de conexões por
cabos:
– MPS consistem em um sistema coordenado de DPS.
● Se os equipamentos seguem as normas de EMC do produto, a
utilização de sistema coordenado de DPS é suficiente.
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

Medidas básicas de proteção contra LEMPs:


● O sistema de aterramento conduz e dispersa as correntes da descarga
para o solo;
● A rede de equipotencialização minimiza as diferenças de potencial e pode
reduzir o campo magnético;
● Blindagens espaciais atenuam os campos magnéticos dentro da ZPR
decorrentes de descargas, reduzindo os surtos;
● Blindagem de cabos e dutos reduz os surtos induzidos;
● Roteamento de linhas pode minimizar laços de indução e
consequentemente os surtos;
● Um sistema coordenado de DPS minimiza surtos originados internamente
ou externamente;
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS):


● dispositivo destinado a:
– limitar as sobretensões transitórias;
– desviar correntes de surto;
● contém pelo menos um componente não linear
MPS - Medidas de Proteção contra Surtos
NBR5419 - Parte 4

Tipos de DPS:
● DPS tipo limitador de tensão:
– DPS que tem uma alta impedância em condições normais;
– A impedância reduz-se continuamente com o aumento da tensão e corrente do
surto;
– ex.: diodos supressores
● DPS tipo comutador de tensão:
– DPS que possui alta impedância em condições normais;
– em resposta a um surto de tensão sofre uma mudança brusca nesta impedância
para um valor muito baixo;
– ex.: centelhadores, centelhadores encapsulados a gás, tiristores e triacs;
● DPS tipo combinado
– DPS que incorpora componentes com ambas as características (comutador e
limitador de tensão);
– pode comportar-se como comutador de tensão, limitador de tensão, ou ambos,
dependendo das características da tensão aplicada;
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)

Classificação dos DPS (NBR IEC 61643):


● Classe I: Ensaiado nas condições correspondente ao primeiro golpe da descarga
atmosférica Iimp(10/350ms para a onda de corrente);
– Destinados a limitar surtos de tensão associados a totalidade ou parte da corrente do
raio;
– São instalados no quadro de distribuição principal, no ponto de ligação com a rede
elétrica.
● Classe II: Ensaiado nas condições correspondentes aos golpes subsequentes da descarga
atmosférica e surtos induzidos In(8/20ms para a onda de corrente);
– Destinados a proteger a instalação contra surtos de tensão provenientes de manobras ou
induzidas pela rede;
– São instalados em quadros de distribuição

● Classe III: Ensaiado para ser atenuador de tensão em níveis internos de proteção (onda
combinada, com impulso de tensão Uoc 1,2/50ms e impulso de corrente In 8/20ms);
– Do ensaio obtém-se a impedância fictícia, que não pode ultrapassar 2W.
– Impõe uma baixa “tensão residual”, que é suportada pelos equipamentos eletrônicos
sensíveis;
– São instalados próximos aos equipamentos eletrônicos finais.
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)

Guia para a aplicação de DPS - Finder


Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

NBR5410:
● quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de
origem atmosférica transmitidas pela linha externa de
alimentação, bem como a proteção contra sobretensões de
manobra, os DPS devem ser instalados junto ao ponto de
entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição
principal,localizado o mais próximo possível do ponto de
entrada;
● quando o objetivo for a proteção contra sobretensões
provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a
edificação ou em suas proximidades, os DPS devem ser
instalados no ponto de entrada da linha na edificação.
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Seleção de DPS – Características mínimas:


– nível de proteção
– máxima tensão de operação contínua;
– suportabilidade a sobretensões temporárias (IEC 61643-1);
– corrente nominal de descarga e/ou corrente de impulso;
– suportabilidade à corrente de curto-circuito;
– coordenação entre DPS, quando utilizados em mais de um
ponto da instalação (em cascata).
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Seleção de DPS – Características mínimas:


– nível de proteção: deve ser compatível com a categoria II
de suportabilidade a impulsos indicada na tabela 31;
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Seleção de DPS – Características mínimas:


– máxima tensão de operação contínua Uc:
● Valor de tensão que o DPS pode estar permanentemente

ligado.
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Seleção de DPS – Características mínimas:


– corrente nominal In de descarga e/ou corrente de impulso I imp:
● DPS para proteção contra sobretensões de origem atmosférica
transmitidas pela linha externa de alimentação e de manobra:
– In >= 5 kA (8/20 μs) para cada modo de proteção.
– In >= 20 kA (8/20 μs) em redes trifásicas
– In >= 10 kA (8/20 μs) em redes monofásicas, quando o DPS for usado entre neutro
e PE, no esquema de conexão 3 indicado na figura 13;
● DPS para proteção contra sobretensões por descargas atmosféricas
diretas sobre a edificação ou em suas proximidades:
– Iimp deve ser determinada com base na IEC 61312-1;
– Iimp >= 12,5 kA para cada modo de proteção.
– DPS usado entre neutro e PE,no esquema de conexão 3 (ver figura 13):
● I
imp>= 50 kA para uma rede trifásica;
● I
imp >= 25 kA para uma rede monofásica;

● DPS para proteção das duas situações: In e Iimp devem ser determinados
individualmente;
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Seleção de DPS – Características mínimas:


– coordenação com DR:
● O DPS deve ser instalado a montante do DR para evitar

desligamentos intempestivos;
● Se o DPS for instalado a jusante do DR, o DR deve

possuir imunidade a correntes de surto de 3kA (8/20) e


ser do tipo S.
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Ligações com o DPS:


● A ligação com o DPS deve ser o mais curta possível na entrada do
DPS e no caminho de descarga para a terra.
● Proteção para surtos induzidos: mínimo 4mm2
● Proteção para surtos conduzidos: mínimo 16mm2;

aqui a + b > 0,5 m


Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Dispositivo de proteção contra sobrecorrente:


– Obrigatória, para o caso de falha no DPS;
– Deve ser instalado à montante do DPS;
– Deve ter corrente nominal compatível com a indicada no DPS;
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)
NBR5410

● Indicação do estado do DPS


– Quando o DPS, devido à falha ou deficiência, deixar de
cumprir sua função de proteção contra sobretensões, esta
condição deve ser evidenciada por um indicador de estado
ou por um dispositivo de proteção à parte;
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)

● Exemplos de utilização:
– DPS 90kA e 45kA: Proteção única em áreas com poucas
edificações, expostas a descargas diretas (AQ3-Tab. 15 da
NBR5410) e histórico elevado (90kA) e frequente (45kA) de
sobretensões.
– DPS 30kA: Proteção única em áreas com muitas edificações,
expostas a descargas indiretas (AQ2), com parte da rede aérea.
– DPS 20kA: Proteção única em zonas de exposição a descargas
classificadas como AQ1 (Desprezível).
Referencias
1. NBR5419:2015
2. Creder, H. Instalações Elétricas
3. http://www.inpe.br/webelat/

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