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O ensino da arte nas escolas sofreu grandes mudanças ao longo dos anos , em 1986 a arte
deixou de ser materia básica no curriculo. Barbosa (2014, p.1) afirma que, “o que aconteceu de
1986 para cá é que a grande maioria das escolas particulares eliminaram as artes".
Após anos foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 em que o ensino da arte passa a
ser considerado como componente curricular obrigatório em todos os niveis da educação básica.
MAS não foi apenas a entrada do ensino da arte no currículo que gerou discussões, a forma
como a arte deveria ser trabalhado em sala de aula também foi muito discutido. Até o meio do
século 19 acreditava-se que a aprendizagem em arte se dava pela imitação. Rossi (2011) afirma
que o objetivo das obras nesta época era somente de reforçar alguns temas como patriotismo,
conduta moral ou temas políticos.
No final do século 19, a imagem foi banida do ensino da arte, acreditavam que as crianças
seriam contaminadas pelas imagens, prejudicando a sua criatividade e espontaneidade
MAS na década de 80, após muitas discussões, foi reconhecido que o uso de imagens em sala
de aula era importante para o desenvolvimento dos alunos. O estudo da leitura de imagem
começou a fazer parte do currículo através da abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, em
que demonstra o quão é importante utilizar imagem em sala de aula, contextualizar e ainda
haver a releitura das obras.
A Abordagem Triangular foi orientada por Ana Mae Barbosa, ela consiste na integração de três
eixos do conhecimento em arte: o fazer artístico, leitura de imagens e a contextualização.
O segudndo eixo é a A leitura de imagem tem seu objetivo é incentivar o olhar observador,
para que o mesmo reflita sobre a obra, interprete e julgue de acordo com sua vivencia e
experiência.
O terceiro eixo da abordagem triangular está ligado contexto histórico cultural que toda obra de
arte possui. A contextualização não deve ser vista apenas como história do artista e da obra, ela
deve mostrar relação com a época e com os acontecimentos em que foi realizada, a
contextualização deve produzir sentido na vida daqueles que a observam.
Então é essencial que o currículo de Arte relacione o fazer artístico, a leitura de imagem e a
contextualização, para que as aulas sejam significativas na vida dos alunos e para que sejam
respeitados os interesses e necessidades dos alunos.
LEITURA DE IMAGEM
A leitura não ocorre somente através da escrita, ela acontece quando o leitor compreende os
significados do objeto, da imagem, de uma escultura ou da linguagem. Paulo Freire (1982, p.8)
considera que “aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o
mundo, compreender o seu contexto''. Então podemos ler qualquer objetvo.
Diariamente somos cercados por imagens, e somos influenciados por elas, mas alguns arte
educadores ainda não utilizam a imagem para a construção do conhecimento, o que vemos são
professores presos em livros esquecem como a imagem é essencial na atualidade, portanto o
professor precisa planejar e conhecer seus alunos para propor atividades que trabalhem a
interação entre culturas, socialização dos alunos, e que trabalhem a capacidade observadora e
critica dos alunos.
A professora e pesquisadora Maria Helena Rossi desenvolveu uma pesquisa com o objetivo
de conhecer como os alunos interpretam as imagens. Rossi (2014, p.72) esclarece que para a
criança pequena “uma imagem é boa, se tiver cores que lhe agradam''.
Os temas, as cores e crenças pessoais são fatores que determinam se uma obra é boa ou não
para uma criança.
Os temas são considerados bons se obter coisas bonitas como flores, natureza, animais e
pessoas felizes. E são considerados ruins se possui cenas tristes, pessoas tristes, pobres, sujas
com sem roupas.
Conclui-se que é importante que o educador saiba selecionar as imagens, de acordo com a
idade e realidade dos alunos, e que saiba respeitar as diversas opiniões em relação a uma
mesma imagem.