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13/03/2018 Harvard Business Review

TECNOLOGIA Artigo digital

O futuro do trabalho humano é a imaginação, a


criatividade e a estratégia
Joseph Pistrui

6 de Março de 2018

Aparentemente, há um consenso absoluto de que a tecnologia vai


substituir o emprego ou, mais precisamente, as pessoas que ocupam
esses empregos. Poucos setores não serão afetados – talvez nenhum.

Os trabalhadores do conhecimento não escaparão. Recentemente, o CEO


do Deutsche Bank previu que metade dos seus 97 mil funcionários
poderia ser substituída por robôs. Uma pesquisa revelou que “39% dos
empregos no setor jurídico poderão ser automatizados nos próximos 10
anos. Uma pesquisa independente concluiu que, no futuro, os
contadores têm 95% de probabilidade de perder seus empregos para a
automação”.

http://hbrbr.uol.com.br/o-futuro-do-trabalho-humano/ 1/7
13/03/2018 Harvard Business Review

E para aqueles em empresas de produção ou manufatura, o futuro pode


chegar até mais cedo. Esse mesmo relatório menciona o advento dos
“pedreiros robotizados”. E também prevê que os algoritmos de
aprendizado de máquina substituirão as pessoas responsáveis pela
“classi cação óptica de peças, o controle de qualidade automatizado, a
detecção de falhas, e as melhorias na produtividade e e ciência”.
Resumindo, as máquinas trabalham melhor. O National Institute of
Standards prevê que “o aprendizado de máquina poderá melhorar a
capacidade de produção em até 20%” e reduzir o desperdício de
matérias-primas em 4%.

Muitas previsões a rmam que entre 5 e 10 milhões de postos de


trabalho serão perdidos até 2020. Recentemente, Elon Musk, o titã
espacial e automotivo, disse que as máquinas são a “maior ameaça
existencial” da humanidade. Talvez seja uma visão muito lúgubre do
futuro, mas, agora, o mais importante para os líderes corporativos é
evitar o erro catastró co de ignorar como as pessoas serão afetadas.
Seguem quatro maneiras de pensar sobre as pessoas que serão
deixadas para atrás quando as novas tecnologias chegarem.

O Mágico de Oz é o modelo errado


No lme O Mágico de Oz, o mágico comanda o reino por meio de uma
máquina complexa escondida atrás de uma cortina. Muitos executivos
acham que podem fazer algo parecido: fascinados com a ideia de que a
IA permitirá que eles se livrem de milhões de dólares em custos de mão
de obra, talvez acreditem que a melhor empresa é aquela com o menor
número de pessoas além do CEO.

No entanto, Melonee Wise, CEO e fundadora da Fetch Robotics, alerta


contra essa forma de pensar: “Cada robô colocado no mundo precisa de
alguém para cuidar dele, fazer sua manutenção, e assistência técnica”.
Para ela, o objetivo da tecnologia é aumentar a produtividade, não
reduzir a força de trabalho.

Os seres humanos são estratégicos. As máquinas são táticas


A McKinsey pesquisa os tipos de trabalho que se adaptam melhor à
automação. Até agora, suas descobertas indicam que quanto mais
técnico é o trabalho, melhor a tecnologia pode realizá-lo. Em outras
palavras, as máquinas têm uma predisposição para aplicações táticas.

Por outro lado, o trabalho que requer um alto grau de imaginação,


análise criativa e pensamento estratégico é mais difícil de automatizar.
Como a McKinsey colocou em um relatório recente: “As atividades mais
difíceis de se automatizar com as tecnologias disponíveis atualmente são
aquelas que envolvem o gerenciamento e o desenvolvimento de pessoas
(9% de potencial de automação) ou que aplicam conhecimentos
especializados em tomada de decisão, planejamento, ou trabalho criativo
(18 %)”. Computadores são ótimos na otimização, mas não são tão bons
na de nição de metas — e tampouco na aplicação do senso comum.

http://hbrbr.uol.com.br/o-futuro-do-trabalho-humano/ 2/7
13/03/2018 Harvard Business Review

Adotar novas tecnologias é um processo emocional


Quando a tecnologia entra, e alguns trabalhadores desaparecem, há um
medo residual entre os que cam. É natural que eles perguntem: “Serei o
próximo? Por quanto tempo carei empregado? ” Segundo o capitalista
de risco Bruce Gibney, “o emprego pode não parecer algo ‘existencial’,
mas é. Quando as pessoas não conseguem se sustentar com o trabalho
— ainda menos com trabalho que achem signi cativo — clamam por
grandes mudanças. Nem toda revolução é uma boa revolução, como a
Europa descobriu várias vezes. O emprego fornece conforto material e
grati cação psicológica, e quando esses benefícios desaparecem, as
pessoas cam muito aborrecidas”.

O executivo sábio percebe que os traumas das novas tecnologias têm


origem em duas questões: (1) como integrar a nova tecnologia no uxo
de trabalho e (2) como lidar com os sentimentos de que a nova
tecnologia é de alguma forma o “inimigo”. Sem lidar com ambas, mesmo
o local de trabalho mais automatizado pode facilmente ser tomado por
tendências de ansiedade, ou mesmo de raiva.

Repense o que sua força de trabalho pode fazer


A tecnologia substituirá parte do trabalho, mas não necessariamente as
pessoas que faziam esse trabalho. Para o economista James Bessen, “o
problema é que as pessoas estão perdendo empregos e não estamos
colaborando para que elas desenvolvam as habilidades e os
conhecimentos necessários para trabalhar em seus novos empregos”.

Por exemplo, um estudo na Austrália encontrou um lado positivo na


automação dos caixas bancários: “Embora os caixas eletrônicos tenham
assumido muitas tarefas, isso permitiu aos funcionários a oportunidade
de ampliar sua atuação e vender uma variedade mais ampla de serviços
nanceiros. ”

Além disso, o relatório revelou que existe uma gama crescente de novas
oportunidades de trabalho para analistas de big data, analistas de
suporte à tomada de decisão, operadores de veículos de controle
remoto, especialistas em experiência do cliente, ajudantes de saúde
preventiva personalizada e acompanhantes online (gestão de riscos
online como roubo de identidade, danos à reputação, bullying e assédio
nas redes sociais e fraude na internet). Esses empregos talvez não
existam no seu setor. Mas talvez, por outros motivos, este seja o
momento perfeito para você repensar a forma e o caráter de sua força
de trabalho. Esse novo pensamento pode gerar uma nova agenda de
desenvolvimento de recursos humanos, enfatizando as capacidades
humanas inatas que podem fornecer uma estratégia renovada de
sucesso tecnológico e humano.

Como dizia Wise, a criadora de robôs, a tecnologia em si é apenas uma


ferramenta que os líderes usam da forma que lhes parece mais
apropriada. Podemos escolher usar a IA e outras tecnologias emergentes

http://hbrbr.uol.com.br/o-futuro-do-trabalho-humano/ 3/7
13/03/2018 Harvard Business Review

para substituir o trabalho humano, ou podemos optar por usá-las para


ampliá-lo. “Seu computador não causa sua demissão, seu robô não causa
sua demissão”, disse ela. “As empresas que possuem essas tecnologias
fazem e de nem as políticas sociais que mudam a força de trabalho”.
—————————————————————————–
Joseph Pistrui é professor de gestão empresarial da IE Business School,
em Madri. Ele também lidera o projeto global Nextsensing.

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