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MATERIAIS DIDÁTICOS COMO FACILITADORES DOS PROCESSOS DE ENSINO E

APRENDIZAGEM: O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS

Amanda Sanches A. MENDES1


Luciana M. Lunardi CAMPOS2

Resumo: A Educação de Jovens e Adultos – EJA – pode favorecer a inclusão social,


econômica e política de indivíduos que não tiveram acesso ou não concluíram o
ensino fundamental ou médio na idade regular. Nesta perspectiva e tendo em vista a
atual valorização do conhecimento científico e o crescente desenvolvimento
tecnológico da sociedade, a transmissão e a apropriação de conhecimentos de
Ciências Naturais se tornam indispensáveis à formação de cidadãos críticos e
conscientes. A partir da compreensão de que os recursos didáticos são componentes
do ambiente da aprendizagem que possibilitam a estimulação para o aluno,
proporcionam elos entre a palavra e a realidade e podem, ainda, atender à
necessidade de abstração por parte dos alunos, favorecendo a apropriação
significativa do saber, desenvolvemos o presente trabalho, com o objetivo de elaborar
e confeccionar e ou identificar materiais didáticos para o ensino de Ciências Naturais
nas quatro séries iniciais do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos.

Palavras-chave: Ensino de Ciências; Educação de Jovens e Adultos; materiais didáticos

I. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - (EJA) NO BRASIL: BREVE HISTÓRICO


A escola, considerada como um espaço estruturado de produção e socialização de
conhecimento e cotidianização de parte do pensar histórico/cultural, é o lugar, onde o indivíduo
pode se constituir como sujeito das relações sociais historicamente já admitidas, sistematizadas
emergentes, e se desenvolver à medida que internaliza criticamente o seu meio social,
fundamentalmente no domínio da cultura, como uma das formas de transformação social (SILVA,
2000).

Nesse sentido, o papel da escolarização para o desenvolvimento humano é


fundamental, tendo em vista as especificidades das relações de conhecimento produzidas na
escola, distinguindo-as das relações de conhecimento do senso comum (VYGOTSKY, 1989).

Numa sociedade em constante transformação, onde a escolaridade básica se torna


cada vez mais necessária, são notórias a procura e preocupação por parte das instituições de
ensino com o processo de ensino e aprendizagem de jovens e adultos (CARRARA, 2004).

A Educação de Jovens e Adultos – EJA– é uma modalidade de ensino que tem por
objetivo oferecer oportunidade de estudos para aquelas pessoas que não tiveram acesso ou não
concluíram o ensino fundamental ou médio na idade regular (BRASIL, s/d ).

1
Bolsista do Núcleo de Ensino de Botucatu
2
Professora orientadora do projeto – Departamento de Educação – Instituto de Biociências – Unesp – Campus de Botucatu

682
A Constituição Federal de 1988 representou avanços sociais significativos no Art.
208. onde o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não


tiveram acesso na idade própria (BRASIL, 1988).

A LDB 9394/96 confirmou essa conquista ao estabelecer, no Art. 37 que a educação


de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no
ensino fundamental e médio na idade própria (BRASIL, 1996).

A educação básica de adultos começou a delimitar seu lugar na história da


educação no Brasil a partir da década de 30, quando finalmente começa a se consolidar um
sistema público de educação elementar no país. Neste período, a sociedade brasileira passava por
grandes transformações, associadas ao processo de industrialização e concentração populacional
em centros urbanos. A oferta de ensino básico gratuito estendia-se consideravelmente, acolhendo
setores sociais cada vez mais diversos. Tal movimento incluiu também esforços articulados
nacionalmente de extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40
(BRASIL, 1997).

Em 1947, o SEA (Serviço de Educação de Adultos) foi instalado como um serviço


especial do Departamento Nacional de Educação do Ministério da Educação e Saúde e tinha como
objetivo “... a orientação e a coordenação geral dos trabalhos dos planos anuais de ensino
supletivo para adolescentes e adultos analfabetos.” (BEISIEGEL, 1974, p.88).

Com a instalação desse Serviço, muitas atividades foram desenvolvidas,


mobilizando não só a opinião pública, mas também as diversas instâncias do governo e a iniciativa
particular, culminando com o lançamento da CEEA (Campanha de Educação de Adolescentes e
Adultos) (CASÉRIO, 2004).

Segundo Paiva (1983, p.178), no plano interno, a Campanha.

“... acenava com a possibilidade de preparar a mão-de-obra alfabetizada nas cidades, de


penetrar no campo e de integrar os imigrantes (...), além de se constituir num instrumento
para melhorar a situação do Brasil nas estatísticas mundiais de analfabetismo”.

Dessa forma, o analfabetismo era enfocado como causa e não efeito da situação
econômica, social e cultural do país, visão esta que no desenrolar da Campanha foi se
modificando, através da convivência dos técnicos com os alunos, levando-os a reconhecer o
analfabeto como um ser participante da produção, que tem visão própria e amadurecida dos
problemas, sendo capaz de resolvê-los.

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Em 1962, já em vigência da lei n° 4.024/61, de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, foi instituída pelo MEC, a MNCA (Mobilização Nacional contra o Analfabetismo), pelo
decreto n° 51.470/62. Essa Mobilização pretendia escolarizar indivíduos de até 21 anos de idade e
“ se possível, até de mais de 21 anos”, e incorporava as seguintes ações/movimentos:

- Campanha de Educação de Adultos e Adolescentes, que previa a instalação de


20.000 classes para jovens de mais de 12 anos.

- Campanha Nacional de Educação Rural, voltada ao combate do analfabetismo na


zona rural e ao treinamento de professores leigos.

- Campanha de Erradicação do Analfabetismo, que deveria cuidar dos Centros de


Treinamentos dos professores leigos.

- Construção de Prédios Escolares, em um projeto ao qual ficou subordinados a


construção de salas de aula com os recursos orçamentários a ele destinados, e ainda não
aplicados, por Centros-Piloto especificados.

- Campanha da merenda escolar.

Em 1963, (Decreto n°51.867), sob a alegação de que a sistemática de


descentralização já havia sido instituída e que várias campanhas com objetivos semelhantes
criaram dispersão de recursos, foram extintos os três primeiros movimentos acima citados. Com
essa medida, a erradicação do analfabetismo ficaria a cargo das unidades da federação
(ANDRADE, 2001).

Paralelamente a estas ações políticas, várias outras experiências na área foram


surgindo, entre elas: MEB (Movimento de Educação de Base, lidado a CNBB – Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil); os CPCs (Centros Populares de Cultura), órgãos culturais da UNE
(União Nacional dos Estudantes); a Campanha "De Pé no Chão também se Aprende a Ler”
(BRASIL, 1997).

Em 21 de janeiro de 1964, foi instituído o PNA (Programa Nacional de


Alfabetização) e o artigo 1° da Lei que o criou determinava que os trabalhos seriam realizados
utilizando-se o Método Paulo Freire, sendo o Programa coordenado pelo próprio professor.

Todavia o golpe militar de 1964 colocou fim ao PNA e a todos os programas de


alfabetização e educação popular, pois apareciam como uma ameaça ao regime, sendo que seus
organizadores foram fortemente reprimidos e o Estado permaneceu executando a função de
coerção para garantir a “normalização” das relações sociais (HADDAD, 2000).

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O Movimento Brasileiro de Alfabetização - o MOBRAL, foi criado pela Lei número
5.379, de 15 de dezembro de 1967 e surgiu como um prosseguimento das campanhas de
alfabetização de adultos iniciadas por Lourenço Filho. Porém com um cunho ideológico totalmente
diferente do que vinha sendo feito até então, o MOBRAL assumiu a educação como investimento,
qualificação de mão-de-obra para o trabalho. A atividade de pensar proposta foi direcionada para
motivar e preparar o indivíduo para o desenvolvimento, segundo o Modelo Brasileiro em vigor no
período de 1970 a 1975. Sendo assim, não pode visar à reflexão da realidade existencial do
alfabetizando porque era por em perigo seus objetivos (BELLO, 1992).

O Decreto n° 91.980, de novembro de 1985, redefiniu os objetivos do MOBRAL,


denominando-o Fundação Nacional para a Educação de Jovens e Adultos – EDUCAR. Esta
Fundação foi criada pelo Governo Federal, e tinha por objetivo dar ajuda às iniciativas dos
governos dos Estados, entidades civis e empresas, estimular a execução de programas de
alfabetização e dar a educação básica destinado aos que não tiveram acesso à escola ou dela
foram excluídos prematuramente (OLIVEIRA, 2003).

A Fundação Educar foi extinta em 1990, no governo de Fernando Collor de Mello,


sobrevivendo por apenas quatro anos.

Depois da sua extinção, o Ministério da Educação passou a não desenvolver


programas de ação direta de EJA e reduziu sua equipe.

A partir de então, as expectativas positivas em relação à EJA foram alimentadas


pelo movimento internacional, quando a ONU declarou 1990 como o Ano Internacional da
Alfabetização. Em 11 de setembro de 1990, O MEC lançou o Programa Nacional de Alfabetização
e Cidadania – PNAC – cuja meta era em reduzir em 70% o índice de analfabetismo brasileiro em 5
anos.

Mas, na prática, pouca coisa aconteceu, pois as comissões não tiveram controle
efetivo sobre os projetos e sobre os recursos distribuídos pelo PNAC. Em 1991, um ano após seu
lançamento, o Programa foi extinto, pois com a mudança do Ministério, com os cortes nos recursos
destinados a esse programa e com a redução de sua importância ficava comprovado que a
educação de jovens e adultos não se constituía em prioridade na política de educação básica
(CASÉRIO, 2004).

No período de reconstrução democrática, muitas experiências de alfabetização


ganharam consistência, desenvolvendo os postulados e enriquecendo o modelo da alfabetização
conscientizadora do início dos anos 60.

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Com base nesses pressupostos político-pedagógicos é que se implantou o MOVA-
SP (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos da Cidade de São Paulo) na Secretária
Municipal de Educação, cujo início efetivo se deu em janeiro de 1990, na esteira da obra de Paulo
Freire e na sua primeira administração pública, em São Paulo (Freire, 1991) (GADOTTI, 2000).

O MOVA-SP foi uma nova e importante contribuição, associada a outros programas


da Secretária Municipal de Educação, como o do ensino noturno regular e do ensino supletivo. O
que mais interessava aos seus idealizadores e aos movimentos populares era que o projeto
MOVA-SP tivesse continuidade, como parte integrante do sistema municipal de educação. Mas
isso não aconteceu. A administração que assumiu a prefeitura de São Paulo em 1993 extinguiu o
projeto. O MOVA-SP fazia parte de uma estratégia de ação cultural voltada para o resgate da
cidadania, formação de governantes, de pessoas com maior capacidade de autonomia intelectual,
multiplicadores de uma ação social libertadora. Porém a nova administração não comungava com
esses mesmos princípios (GADOTTI, 2000).

Em 1997, foi criada a Alfabetização Solidária (Alfasol), pelo Conselho da


Comunidade Solidária, programa de alfabetização de jovens e adultos, gerenciado por uma
organização não-governamental (ONG) sem fins lucrativos e de utilidade pública. Seu objetivo era
reduzir os elevados índices de analfabetismo, que de acordo com o IBGE era de cerca de 15
milhões de analfabetos com 15 anos ou mais e, principalmente, desencadear um movimento de
educação de jovens e adultos.

Embora as experiências na área tenham surgido e se desenvolvido a partir de


objetivos mais ou menos explícitos de modernização, reforma e democratização, pouquíssimas e
isoladas foram às ações capazes de dar uma resposta satisfatória aos anseios da escolarização
da população jovem e adulta trabalhadora (CASÉRIO, 2004).

Assim, as estatísticas apontam a grande dívida social acumulada resultante do


modelo de desenvolvimento, que mantém parcela significativa da população distante do usufruto
de bens sociais, entre eles a educação, que possibilitam uma qualidade digna de vida.

Para Casério (2004), a educação de adultos tem sido considerada freqüentemente


como uma “educação de segunda categoria” e para Soares (1999), ela tem se configurado como
um movimento que ora pende na direção da inclusão social, ora se define como mais um
componente da exclusão.

È preciso considerar, ainda, que na EJA há mais de trinta anos persiste uma
distribuição tradicional dos conteúdos e que os conhecimentos escolares de Ciências Naturais não
são, de um modo geral, utilizados pelos alunos em sua vida cotidiana ou profissional – o que indica

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que a abordagem tradicional dos conteúdos não os vincula à realidade do aluno jovem e adulto
(BRASIL, 1997).

Este dado indica a necessidade de reflexões sobre e de reformulações no ensino


de Ciências Naturais no EJA.

O ensino de Ciências Naturais para jovens e adultos fundamenta-se nos mesmos


objetivos gerais do ensino voltado para crianças e adolescentes, uma vez que a formação para a
cidadania constitui meta de todos os segmentos e modalidades da escolaridade (BRASIL, 1997).

Para discernir aspectos significativos, é preciso que os cidadãos sejam capazes de


com base em informações e análises bem fundamentadas, participar das decisões que afetam sua
vida, organizando um conjunto de valores mediado na consciência da importância de sua função,
no aperfeiçoamento individual e das relações sociais (KRASILCHIC, 2004).

Assim, a articulação dos conteúdos abordados com a realidade dos alunos torna-se
um dos principais princípios educativos.

Segundo Melo (2000) o baixo índice de envolvimento dos alunos nas aulas de
Ciências se dá em virtude do professor não conseguir relacionar o conteúdo trabalhado em sala de
aula ao cotidiano real do aluno. Percebe-se que não há uma preocupação em demonstrar, e
construir socialmente, a idéia da importância efetiva das Ciências ao dia-a-dia do aluno interagindo
com o seu meio sócio-cultural.

A relação do desenvolvimento científico com o desenvolvimento econômico e


tecnológico, e suas amplas e significativas conseqüências, desembocou no importante movimento
pedagógico denominado “ciência, tecnologia e sociedade”. Essa tendência leva em conta a
importância atual da ciência na tecnologia, desta na industria, na saúde, e de modo geral, na
qualidade de vida, envolvendo uma visão interdisciplinar que desconsidera fronteiras que dividi os
campos de conhecimento (KRASILCHIC, 2004).

Desta forma, é necessário que educadores e sociedade educacional criem


situações que possibilitem ao educando da EJA, o desenvolvimento de habilidades socialmente
significativas. A observação, a problematização e a investigação são processos fundamentais na
produção do conhecimento científico.

Assim como Fuck (1994) acreditamos que a educação de jovens e adultos é um


processo por meio do qual os indivíduos tomam a história nas próprias mãos, a fim de mudá-la, a
partir do reconhecimento da capacidade de aprender, criar, escolher e assumir dos alunos e do
desenvolvimento de estratégias e recursos de ensino diferenciados, pois

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...”não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-
formulados para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos
pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em
conta a lógica de quem aprende”. (FUCK, 1994, p. 14 - 15).

Neste contexto, o material didático utilizado merece atenção.

O recurso/material didático é considerado no ensino, ligação entre palavra e


realidade (SCHMITZ, 1993). O ideal seria que toda aprendizagem se efetuasse em situação real
de vida. Não sendo isso possível, o material didático tem por fim substituir a realidade,
representando-a da melhor forma possível, de maneira a facilitar a sua intuição por parte do aluno
(NÉRICI, 1991). Ele é componente do ambiente da aprendizagem que dá origem à estimulação
para o aluno (GAGNÉ, 1971).

No entanto, o recurso não é substituto do professor, pois seu uso efetivo dependerá
da habilidade do professor em selecionar, visualizar e utilizar os recursos de maneira adequada e
produtiva. A seleção dos materiais deve levar em consideração o aluno ao qual se destina (faixa
etária, interesses), os objetivos e os conteúdos a serem aprendidos. Assim, consideramos que
cabe ao professor, como dinamizador do processo de aprendizagem, estar atento às diferentes
situações para que os recursos cumpram sua finalidade, que é, principalmente, facilitar a
aprendizagem integrada e dinâmica (SCHIMITZ, 1993).

Com base no exposto acima e compartilhando da crença de que o ensino de


Ciências na Educação de Jovens e Adultos deve ser objeto de preocupação e análise de
educadores, desenvolvemos a presente proposta.

OBJETIVO

Considerando que os materiais didáticos podem ser facilitadores nos processos de


ensino e aprendizagem, este estudo teve por objetivo a elaboração de materiais didáticos para o
Ensino de Ciências Naturais nas quatro séries iniciais do ensino fundamental da educação de
jovens e adultos.

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DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

I. Conhecendo uma realidade

Inicialmente, desenvolvemos ações com o objetivo de diagnosticar a realidade de


um grupo do EJA e identificar recursos de ensino considerados como facilitadores no processo de
ensino e aprendizagem.

Para isto, coletamos dados em salas de aula da educação de jovens e adultos de


uma escola municipal da cidade de Botucatu, sendo uma sala para a primeira e segunda séries,
uma para a terceira série e outra sala para a quarta série. A coleta de dados visava auxiliar na
elaboração e no desenvolvimento adequado dos materiais.

Assim, realizamos observações nas salas, aplicamos questionários, realizamos


entrevistas com alunos e professores e analisamos os planos de ensino para a disciplina de
Ciências Naturais de primeira a quarta séries do ensino fundamental.

As observações em sala foram realizadas nos meses de maio e de junho durante


quatro semanas, sendo três observações por semana. Ao final das observações foram aplicados
os questionários. A aplicação destes foi realizada num período de cinco dias.

O questionário para as professoras era composto por sete questões (sobre


dificuldades que encontradas no processo de ensino e aprendizagem na EJA; conteúdos
abordados em de Ciências Naturais e dificuldades na abordagem ; materiais didáticos utilizados e
dificuldades encontradas; materiais que facilitam o aprendizado dos alunos e materiais que
gostaria de ter disponível). Foram entregues às três professoras da EJA e os três foram
respondidos.

Em relação às três professoras que participaram dessa pesquisa três possuem


curso superior, sendo duas em Pedagogia e outra em Pedagogia Cidadã. Entre as professoras
apenas uma leciona a mais de cinco anos na EJA, enquanto as outras ainda não completaram
dois anos de exercício profissional.

Como citado anteriormente, a escola possui um plano de ensino para a disciplina de


Ciências Naturais para as quatro séries iniciais do ensino fundamental da EJA, o qual utilizamos
como referência para a definição dos temas e conteúdos dos materiais produzidos.

Mesmo com um plano de ensino definido, as professoras afirmaram que


desenvolvem a disciplina de Ciências Naturais com sua sala sem um cronograma definido, nem
um número determinado de aulas por semana.

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Segundo as professoras, as deficiências dos alunos se encontram em português e
matemática e precisam primeiro trabalhar a leitura e escrita para depois iniciar Ciências, do
contrário ficaria muito difícil o processo de aprendizagem, ainda mais porque elas não possuem
nenhum material didático, apenas alguns textos.

Os conteúdos abordados em cada série estão apresentados no quadro abaixo.

Quadro 1. Conteúdos abordados em cada série.

Série Conteúdos abordados


1ª e 2ª Higiene, Saúde, Seres Vivos e Corpo Humano
3ª Seres Vivos, Água, Solo e Saúde
4ª Água, Fotossíntese, Cadeia Alimentar, Corpo Humano e Vacinas

Quando questionadas sobre quais conteúdos que consideravam mais relevantes


para serem desenvolvidos com os alunos da EJA, notamos que as professoras referiam-se a
temas ligados ao cotidiano dos alunos como exemplo, doenças (causa, prevenção e tratamento);
água (tratamento e distribuição); ambiente (poluição, reciclagem de lixo).

Para a realização das aulas todas as professoras afirmaram utilizar lousa/giz e


textos; duas utilizam vídeos e duas transparências e quando possível levam cruzadinhas e
revistas.

As professoras citaram também algumas dificuldades com relação aos materiais


que utilizam como, a falta de armário para guardar os materiais (por isso dão preferência a
materiais leves e fáceis de transportar); falta de tempo para a aplicação (devido ao grande número
de faltas, precisam revisar quase sempre os conteúdos, e também pela ausência de um livro
didático, pois relatam que a cópia cansa muito os alunos e reduz o tempo de aula); e a falta de
apoio financeiro para a aquisição ou elaboração de materiais (o alfabeto móvel, os textos, as
transparências, por exemplo, são financiados pelas próprias professoras).

Com relação aos materiais que julgam facilitar o aprendizado dos alunos, as
professoras citaram : palestras (citaram ainda que melhor que a palestra propriamente dita,
discussões em sala, são muito ricas e produtivas), cruzadinhas, jogos, e textos curtos.

Porém, no ensino de Ciências Naturais utilizam poucos materiais e justificam-se


pelas dificuldades que encontram para abordar estes conteúdos. Segundo as professoras, as
dificuldades perpassam entre a falta de textos adequados, de materiais (principalmente
audiovisuais) e tempo para realização de experiências. Desta forma, elas indicaram que, devido a

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grande necessidade de abstração que alguns conteúdos de Ciências exigem, acabam recorrendo
a copia de textos na lousa, reduzindo o tempo para explicações e discussões com a sala.

Os materiais citados pelas professoras estão indicados no quadro a seguir :

Quadro 2. Materiais utilizados em aula.

Série Materiais Utilizados


1ª e 2ª Lousa e giz, Vídeos, Textos, Transparências, Cruzadinhas e Alfabeto Móvel
3ª Lousa e giz, Textos, Transparências e Cruzadinhas
4ª Lousa e giz, Textos, Vídeos e Cruzadinhas

Verificamos que não há pouca variedade de materiais utilizados e há pouca


variação deles entre as séries.

Todas relataram igualmente suas maiores dificuldades: o grande número de faltas


dos alunos (por cansaço, já que estes alunos trabalham o dia todo), o alto índice de desistência
(na sua maioria por problemas de serviço ou familiares) e, principalmente, a falta de materiais
didáticos específicos para a educação de jovens e adultos. Além disso, gostariam que os alunos
pudessem ter acesso a computadores e livros didáticos (biblioteca), no período de aula, pois
durante o dia os alunos trabalham.

Com a análise dos questionários concluímos que apesar das professoras


considerarem relevantes para o aprendizado temas ligados ao cotidiano, pelas dificuldades citadas
anteriormente, não os abordam com aprofundamento, desenvolvendo poucos conteúdos e até os
repetindo em diferentes séries.

Já o questionário para os alunos envolveu quatro questões (( o que pensa que vai
aprender e o que gostaria de aprender em Ciências e por quê; materiais que o professor usa que
você gosta; materiais que ajudam a aprender e materiais você gostaria de ter para aprender
Ciências e por quê?).No caso dos alunos por se tratar da alfabetização (1ª e 2ª séries) e por eles
apresentarem ainda algumas dificuldades para com a leitura e escrita (3ª e 4ª séries), preferimos,
ao invés de entregar os questionários, entrevistá-los individualmente.

Em relação aos alunos, participaram da entrevista um total de 51 alunos. O número


de alunos respondentes por sala está demonstrado abaixo.

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Quadro 3. Número de entrevistas realizadas com alunos por série.

Série Nº de questionários respondidos

1ª 9
2ª 11
3ª 17
4ª 14

Pudemos perceber através dos questionários que muitos alunos da educação de


jovens e adultos nunca chegaram a freqüentar a escola anteriormente ou então abandonaram a
escola muito cedo por diversos motivos como, a falta de incentivo dos pais, a necessidade de
trabalhar, a falta de escola próxima (pois muitos moravam e trabalhavam em regiões rurais), por
repetência, e muitas mulheres por se casarem ainda muito jovens. Porém alguns alunos, mesmo
longe da escola, relataram que aprendiam com a família noções de matemática e português, mas
que com o passar do tempo esqueceram a maior parte delas.

Sobre a disciplina de Ciências Naturais, percebemos, infelizmente, que eles não


possuem o conceito do que é Ciências, do que essa disciplina trata e de quais são seus
conteúdos. A maioria dos alunos não conseguiu responder a primeira pergunta do questionário
(Quando você pensa em aula de Ciências, o que pensa que vai aprender e o que você gostaria de
aprender? Por quê?) e as respostas indicaram que eles não tinham a menor idéia do que poderiam
aprender em Ciências, pois não sabiam do que se tratava e, portanto, não conseguiram falar sobre
o que tinham mais curiosidade em aprender. Muitos falavam que gostariam de aprender sobre a
história do Brasil, aprender a fazer contas, a ler e escrever corretamente, etc.

Desta forma, nessa questão, tive que auxiliá-los citando diversos conteúdos que
podem ser trabalhados nessa disciplina, para que eles pudessem dizer sobre o que mais tinham
curiosidade em aprender.

Os conteúdos (mais citados) que eles disseram ter mais curiosidade em aprender
foram: o corpo humano (localização dos órgãos, funcionamento, onde alguns remédios atuam,
etc.); as plantas (por morar e/ou trabalhar em área rural) e saúde (doenças, remédios).

O que se evidenciou com essa questão foi à vontade de aprender destes alunos,
pois mesmo relatando alguns conteúdos que tinham mais curiosidade e justificando-os, sempre ao
final colocavam que gostariam de aprender tudo, o máximo possível.

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Quanto aos materiais que as professoras utilizam eles afirmaram que " gostam de
todos", principalmente cruzadinhas e quebra-cabeças. Alguns alunos citaram que não gostam
muito de recortar palavras em revistas e de joguinhos, por falta de paciência ou por acharem um
pouco infantil.

Quanto à realização de experiências, a grande maioria não soube comentar, pois


nunca participou dessa atividade. Alguns chegaram a confundir experiência (a atividade prática),
com experiência de vida e quando esclarecidos afirmaram que seria muito interessante, pois assim
poderiam concretizar o que estava sendo ensinado.

Com relação aos materiais que eles julgam auxiliar a aprendizagem e que gostariam
de ter, foram diversas as sugestões: caça-palavras, quebra-cabeças, cruzadinhas, vídeos (porém
não muito longo), alfabeto móvel (para montar eles próprios as palavras), jogo da memória,
dominó, computador (a maioria não sabe utiliza-lo e acredita que seria um ótima oportunidade para
isso, já que não o possuem em casa) e que gostariam de ter mais palestras sobre temas do dia-a-
dia.

Além disso, os alunos comentaram que sentem falta de um caderno de atividades,


para a realização de exercícios em casa (com mais calma, como por exemplo, nos finais de
semana).

A partir da análise dos dados coletados ficou claro que há uma carência de
materiais didáticos adequados à educação de jovens e adultos, pois a falta de materiais é
apontada como a maior dificuldade encontrada no processo de ensino e aprendizagem na EJA,
pelas professoras das quatro séries iniciais do ensino fundamental.

II. Elaborando os materiais

A partir do conhecimento da realidade, definimos os temas e elaboramos os


materiais.

A disciplina de Ciências Naturais envolve uma área de estudo muito ampla. Assim,
para a elaboração dos materiais, definimos quatro temas: Seres Vivos, Ambiente, Saúde e Corpo
Humano, dentro os quais definimos alguns conteúdos para a elaboração dos materiais. Para a
seleção desses temas consideramos o plano de ensino da escola e os resultados dos dados
obtidos através das observações e dos questionários.

Para a definição dos materiais, consultamos, ainda, a bibliografia pertinente com o


intuito de compreender como os temas selecionados são desenvolvidos para essas mesmas
séries.

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A partir disso, iniciamos a confecção dos materiais, tendo como critérios :
durabilidade, facilidade para o transporte e adequação ao conteúdo. A preocupação com a
adequação dos materiais à clientela (jovens e adultos) foi o maior princípio para a elaboração dos
mesmos, pois esperávamos que os materiais pudessem contribuir de forma significativa e
facilitadora para a aprendizagem de Ciências Naturais, ou seja, para que os alunos realmente se
apropriassem do saber e para que os materiais não ficassem infantis e, conseqüentemente
inadequados.

Assim, procuramos produzir materiais concretos e tridimensionais que permitissem


a manipulação pelos alunos, como quebra cabeças, roteiros de experiências, alfabeto móvel,
transparências com propostas de atividades que permitem a participação ativa do aluno, entre
outros. Além de outros materiais audiovisuais. Procuramos, dentro do possível, produzir roteiros
para discussão em sala com temas ligados ao cotidiano, com a intenção de aproximar o aluno da
realidade.
Os tipos de materiais produzidos para cada conteúdo estão apresentados na tabela
a seguir.
Tabela 2. Tipos de materiais desenvolvidos para cada conteúdo.

MATERIAL CONTEÚDO

Fotossíntese
Cadeia e Teia Alimentar
As Plantas
O que é vida?
Classificação dos Seres Vivos
Animais em Extinção
Ciclo da Água
Ciclo do nitrogênio, do oxigênio e do carbono
Tipos de Solos
Lixo (Resíduos Sólidos e Orgânicos)
Tratamento da Água
Alimentação
O Corpo Humano
Transparência
Aparelho Respiratório
Aparelho Digestório
Aparelho Reprodutor
Sistema Circulatório
Sistema Excretor
Gravidez
Os cinco sentidos

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MATERIAL CONTEÚDO
Vírus
Maquete Sistema Solar
Língua
Fotossíntese
Condução de água, sais minerais e matéria orgânica em plantas
Cadeia Alimentar
As Plantas
Ciclo da Água
Atividade Prática Tipos de Solos
Lixo (Resíduos Sólidos e Orgânicos)
Conhecendo o Universo
Tratamento da Água
O Corpo Humano
Aparelho Respiratório
Doenças
Alimentação
Vídeo Gravidez
Roteiro para discussão Plantas Medicinais
Manual Plantas Medicinais

A produção destes materiais envolveu algumas dificuldades referentes à adequação


destes à educação de jovens e adultos, pois havia a preocupação de que os materiais pudessem
ser considerados infantis para essa faixa etária. Algumas idéias foram sendo aos poucos
adaptadas para que pudessem ser utilizadas para as séries iniciais do ensino fundamental. No
entanto, entendemos que se faz necessária à utilização destes materiais com os alunos da EJA,
para uma avaliação dos mesmos e posteriores modificações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos que a Educação de Jovens e Adultos é um direito, importante e


valioso, uma condição prévia a outros aspectos de nossa sociedade: ler livros, entender cartazes,
escrever cartas, sentar-se ao computador, votar com consciência, assinar o nome em registros, ler
um manual de instruções e, tratando-se de um poeta ou um músico, escrever e ler seus próprios
versos e notas (CURY, 2001).

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Assim, a Educação de Jovens e Adultos – EJA – favorece a inclusão social,
econômica e política de indivíduos que não tiveram acesso ou não concluíram o ensino
fundamental ou médio na idade regular.

Nesta perspectiva, e tendo em vista a atual valorização do conhecimento científico e


o crescente desenvolvimento tecnológico da sociedade, a transmissão/apropriação de
conhecimentos de Ciências Naturais se tornam indispensáveis à formação de cidadãos críticos e
conscientes.

Contudo, o ensino de tais conhecimentos deve priorizar a contextualização dos


mesmos e a adoção de estratégias e materiais didáticos condizentes aos interesses e
necessidades desses alunos.

Nesse contexto, a adoção de estratégias e de recursos de ensino torna-se


fundamental. Ela não é uma questão diretamente ligada a uma escola, a um curso ou a um
professor, mas sim perpassa todo o sistema educacional.

Assim, acreditamos que a utilização de materiais didáticos adequadamente pode


tornar a aula mais dinâmica, menos cansativa e mais interessante, podendo contribuir também
para a redução do número de faltas. Ela contribui, ainda, para a estruturação dos conceitos
necessários à compreensão e interpretação do que está sendo estudado.

Os materiais servem fundamentalmente ao aluno e não devem ser usados como


uma seqüência de ilustração passiva de uma aula, mas sim como referência para fazer
comparações, corrigir conceitos e estimular o interesse dos alunos. Uma de suas funções
principais é auxiliar o aluno, possibilitando a concretização dos conteúdos estudados e assim, a
construção do conhecimento (SCHMITZ, 1993).

Os materiais não são substitutos do professor e a aprendizagem do aluno depende


da maneira como são usados e das orientações do professor para o máximo aproveitamento do
recurso, pois relações importantes podem passar desapercebidas por eles.

A eficácia de um material dependerá da interação entre ele e o aluno, portanto cabe


ao professor estimular a atenção, receptividade e a participação ativa dos alunos (PILETTI, 2000).

Nesse contexto, os materiais didáticos podem contribuir para a melhoria na


qualidade de atendimento à EJA e para a aprendizagem dos alunos, destruindo idéias inaceitáveis
como a de que

696
“O adulto analfabeto já encontrou seu lugar na sociedade. Pode não ser um bom lugar,
mas é o seu lugar. Vai ser peixeiro, vigia de prédio, lixeiro ou seguir outras profissões que
não exigem alfabetização. Alfabetizar o adulto não vai mudar muito sua posição dentro da
sociedade e pode até perturbar. Vamos concentrar os nossos recursos em alfabetizar a
população jovens. Fazemos isso agora, em dez anos desaparece o analfabetismo.”(
JOSÉ GOLDEMBERG – Ministro da Educação, Jornal do Comércio, RJ. 12/10/1991).

Ressaltamos nossa compreensão de que os materiais didáticos, embora


importantes, são meios, indispensáveis, para que os processos de ensino e de aprendizagem se
realizem. Sabemos que os objetivos não se realizam sem os meios, porém são os objetivos que
determinam os meios (SCHMITZ, 1993).

Desta forma, o material não pode ser considerado como o objetivo principal da
atividade, já que esta é a aprendizagem. Ele é apenas um instrumento facilitador para que ela
possa ocorrer de forma significativa, que pode e deve ser explorado.

Nessa perspectiva, compete ao professor o planejamento da utilização dos


recursos. Ao selecionar um material deve-se ter em vista os objetivos a serem alcançados
(levando em conta a natureza do conteúdo a ser ensinado), a metodologia e a avaliação
envolvidas nos processos de ensino e aprendizagem.

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698
ANEXO 1
QUESTIONÁRIO PROFESSORES (AS)

Nome:___________________________________________________________________
Tempo de experiência – EJA:_________________________________________________
Formação – Curso:__________________________________________________________
Instituição:______________________________________________________
Ano de Conclusão:___________

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