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Graça Ventura
Manuel Fiolhais
Carlos Fiolhais
0#-@)#(.Nŏ)*!Y!#
Carlos Portela
Rogério Nogueira
NOVO
Física e Química
Física Química A • Física
Físicaa
11.º ano
OFERTA
E DE SIMULADOR
DE EXAMES
MANUAL CERTIFICADO
SOCIEDADE PORTUGUESA
DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DO MANUAL
Abertura
de domínio
1 MECÂNICA
O
FASCINANTE
2.1 Sinais e ondas
Separador
MUNDO DAS 2.1 SINAIS E ONDAS de subdomínio
ONDAS E DO 2.1.1 Sinais e ondas. 2.1.3 O som como onda de pressão
ELETROMAGNETISMO
Ondas transversais e ondas AL 2.1 Características do som
longitudinais. Ondas mecânicas AL 2.2 Velocidade de propagação
e ondas eletromagnéticas do som
Fig. 1 Na ecografia usam-se ondas sonoras 2.1.2 Periodicidade temporal
(ultrassons) para ver um bebé no ventre
da mãe.
e periodicidade espacial de
uma onda. Ondas harmónicas
O estudo dos fenómenos ondulatórios é da maior importância pois vivemos
e ondas complexas
num mundo onde há ondas por todo o lado. Com os nossos sentidos, em parti-
cular a audição e a visão, conhecemos o mundo que nos rodeia pois os nossos
ouvidos e olhos recebem ondas sonoras e ondas eletromagnéticas (luz), res-
petivamente. É também com estas ondas que comunicamos, quer diretamente
quer recorrendo a várias tecnologias. É ainda com estas ondas que são efetua-
dos certos diagnósticos e tratamentos médicos.
A luz é, de facto, uma onda. Mas Albert Einstein notou, no início do século XX,
que certos fenómenos só podiam ser explicados se a luz fosse também uma partí-
cula, a que se deu o nome de fotão. A dupla natureza (onda ou partícula) da luz veio
a ser compreendida com o desenvolvimento da teoria quântica. Esta teoria abriu
caminho à microeletrónica, que conduziu a objetos como os telemóveis, que per-
mitem comunicar por ondas eletromagnéticas. Também a luz laser e a luz LED,
que hoje estão por todo o lado, só se explicam recorrendo à teoria quântica.
108 109
1. MECÂNICA
Atividades
Forças nos movimentos retilíneos acelerado
e uniforme
Trabalho laboratorial
e pós-laboratorial.
Será necessário continuar a
empurrá-lo para o manter em Fig. 42 Movimento de
um carrinho e sistema
movimento nessa superfície? de aquisição automática
de dados para obter o
gráfico velocidade-tempo.
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
RESUMO
Resumo 1. MECÂNICA
QUESTÕES
+ Questões
• Onda eletromagnética: propagação de campos elétricos e magnéticos perpen-
diculares entre si e à direção de propagação da onda. A onda é produzida pela
oscilação de cargas elétricas e a frequência da onda é a frequência dessa osci-
lação. A noção de onda eletromagnética deve-se a Maxwell e a sua produção
dos conceitos Notas:
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta-
mente à questão colocada.
4. Um aluno deixou cair uma bola e registou o movimento
com um sensor. Obteve o gráfico seguinte, no qual tra-
çou uma reta de ajuste aos dados para um certo inter-
valo de tempo da queda, de modo a calcular o módulo
no final de cada subdomínio,
Considere os corpos redutíveis a partículas.
• Planeta Terra: reflete cerca de 30% da radiação solar (albedo); a atmosfera é 1. Em qual das situações há um movimento de queda livre?
−1,0
opaca à radiação de elevada frequência (radiação ionizante) e a uma boa parte
(A) Uma folha de papel cai de um 5.o andar.
da radiação infravermelha, e transparente a quase toda a restante radiação, o
que permite a vida no planeta e possibilita as comunicações. (B) Um paraquedista chega ao solo em segurança. −2,0
Sínteses Ilustrações
e destaques que fotográficas com
apresentam as elevada qualidade.
Remissões ideias fundamentais.
QUESTÕES
AL
ÍNDICE
1 MECÂNICA
1.1 Tempo, posição 1.2.6 Segunda Lei de Newton 54
1.2.7 Primeira Lei de Newton 58
e velocidade
1.1.1 Movimentos: posição, trajetória Resumo 60
e tempo 10 AL 1.1 Queda livre: força gravítica
1.1.2 Posição em coordenadas e aceleração gravítica 61
cartesianas. Movimentos retilíneos
e gráficos posição-tempo 13 AL 1.2 Forças nos movimentos retilíneos
acelerado e uniforme 64
1.1.3 Distância percorrida e deslocamento.
Rapidez média e velocidade média 18 + Questões 66
1.1.4 Velocidade e gráficos
posição-tempo 22
1.1.5 Gráficos velocidade-tempo 26
Resumo 29
1.3 Forças e movimentos
1.3.1 Movimento retilíneo
+ Questões 30 de queda livre 78
1.3.2 Movimento retilíneo
1.2 Interações e seus efeitos uniformemente variado 80
1.3.3 Movimento retilíneo de queda
1.2.1 As quatro interações fundamentais
com resistência do ar apreciável 82
na natureza 38
1.3.4 Movimento retilíneo uniforme 85
1.2.2 Interação gravítica
e Lei da Gravitação Universal 42 1.3.5 Movimento circular uniforme 86
1.2.3 Pares ação-reação Resumo 93
e Terceira Lei de Newton 44
1.2.4 Efeito das forças sobre AL 1.3 Movimento uniformemente
a velocidade 46 retardado: velocidade
e deslocamento 94
1.2.5 Aceleração média, aceleração
e gráficos velocidade-tempo 48 + Questões 96
4
2 ONDAS E
ELETROMAGNETISMO
2.1 Sinais e ondas 2.3 Ondas eletromagnéticas
2.1.1 Sinais e ondas. Ondas transversais 2.3.1 Produção e propagação
e ondas longitudinais. de ondas eletromagnéticas.
Ondas mecânicas e ondas Espetro eletromagnético 164
eletromagnéticas 110
2.3.2 Reflexão da luz 168
2.1.2 Periodicidade temporal
2.3.3 Refração da luz 170
e periodicidade espacial
de uma onda. Ondas harmónicas 2.3.4 Reflexão total da luz 173
e ondas complexas 113 2.3.5 Difração da luz 175
2.1.3 O som como onda de pressão 119 2.3.6 Efeito Doppler 179
2.2 Eletromagnetismo
2.2.1 Carga elétrica e campo elétrico 138
2.2.2 Campo magnético 144
2.2.3 Indução eletromagnética 150 Teste final 199
Anexos 203
Resumo 157
Respostas 213
+ Questões 158 Metas Curriculares 235
5
1
MECÂNICA
O
FASCINANTE
MUNDO DA
MECÂNICA
A mecânica é a parte da física que estuda os movimentos
e as forças.
Fig. 1 Newton concluiu que as leis que governam os Foi no século XVII que as observações e os estudos, primeiro
movimentos na Terra e nos céus são as mesmas. de Galileu, e mais tarde de Newton, levaram a concluir que os
movimentos que ocorrem na natureza são bem descritos por
equações. Conta a lenda que Galileu, ao largar diferentes objetos
do alto da Torre de Pisa, concluiu que eles caíam praticamente ao
mesmo tempo. E, fazendo experiências num plano inclinado com
vários corpos, mostrou que a distância percorrida por eles era
diretamente proporcional ao quadrado dos tempos. Uma outra
lenda conta que Newton, sentado debaixo de uma macieira, che-
gou à conclusão de que a força que fazia cair uma maçã era do
mesmo tipo que a força que mantinha a Lua em órbita.
8
1.1 TEMPO, POSIÇÃO
E VELOCIDADE
1.1.1 Movimentos: posição, trajetória 1.1.3 Distância percorrida
e tempo e deslocamento. Rapidez
1.1.2 Posição em coordenadas média e velocidade média
cartesianas. Movimentos 1.1.4 Velocidade e gráficos
retilíneos e gráficos posição-tempo
posição-tempo 1.1.5 Gráficos velocidade-tempo
1. MECÂNICA
Meridiano de Greenwich
Paralelos
Fig. 3 Prótese robótica que substitui um
membro inferior de um atleta paraolímpico. Lisboa
Longitude latitude de 38,7° N
Latitude longitude de 9,1° O
Fig. 4 A latitude e a longitude indicam
a posição de um lugar no globo terrestre. Equador
Lisboa está à latitude de 38,7° N
e à longitude de 9,1° O.
10
1.1 Tempo, posição e velocidade
Num corpo que se reduz a uma partícula – o seu centro de massa –, quando Fig. 5 Visualização da posição de um avião
nos referirmos à sua trajetória pretendemos sempre dizer trajetória do seu comercial, em tempo real, através de uma
aplicação informática.
centro de massa.
11
1. MECÂNICA
A B C
6t = tf − ti
A medição do tempo faz-se de forma direta com relógios, cuja precisão será
tanto maior quanto menor for o intervalo de tempo que conseguem medir. Por
exemplo, os cronómetros usados em competições de atletismo ou de natação
permitem medir centésimas ou mesmo milésimas de segundo, contrastando
com os usados no futebol, que não medem intervalos de tempo tão pequenos.
C
C
Ao longo das épocas, a medição do tempo fez-se usando aparelhos diversos:
desde os antigos relógios de sol (o mais simples, o gnómon, é uma vara verti-
cal que origina uma sombra), relógios de água (clepsidras) e relógios de areia
(ampulhetas) até aos relógios de pêndulo, relógios de quartzo (muito usados
como relógios de pulso) e, mais recentemente, os relógios atómicos (Fig. 8).
Fig. 8 Alguns instrumentos de medição Os relógios atómicos, desenvolvidos a partir de 1950, são os mais precisos
do tempo: ampulheta (A), relógio de todos: o seu erro é inferior a um segundo em cada 100 milhões de anos! São
de quartzo (B) e relógio atómico (C).
usados, por exemplo, em laboratórios e nos satélites dos sistemas de navegação
como o GPS. As entidades, nacionais e internacionais, que têm a seu cargo a
QUESTÕES p. 30 definição da hora legal, recorrem a eles.
12
1.1 Tempo, posição e velocidade
A B
x
x y
13
1. MECÂNICA
A
Fig. 12 Movimento retilíneo de um carrinho:
basta um só eixo para descrever a sua
posição. O ponto A representa a posição
do centro de massa do carrinho,
cuja coordenada é xA. x
0 xA
Posição num movimento retilíneo: Neste referencial unidimensional, a origem e o sentido positivo do eixo serão
é dada por uma única coordenada; aqueles que nós convencionarmos. Por isso, a posição vai depender do referen-
depende do referencial escolhido, que cial escolhido.
deve ser sempre representado.
Questão resolvida 1
P3 P1 P0 P2 P4
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 x/m
a) x1 = −2 m; x2 = 3 m; x3 = −3,5 m; x4 = 5 m.
b) x0 = −2 m; x2 = −5 m; x3 = 1,5 m; x4 = −7 m.
Pontos A B C D E F
14
1.1 Tempo, posição e velocidade
Além das representações anteriores, podemos tam- Função x(t ): indica como varia a posição
bém apresentar graficamente a posição do carrinho ao do corpo, x, ao longo do tempo, t.
É a chamada lei do movimento.
longo do tempo, ou seja, a função x(t), conhecida como
lei do movimento. O respetivo gráfico designa-se por
Gráfico posição-tempo: representação gráfica
gráfico posição-tempo: o tempo t, a variável independente,
da função x (t ), ou seja, indica como varia a
representa-se no eixo horizontal, ao passo que a posição x, posição, x, do corpo ao longo do tempo, t.
a variável dependente, se representa no eixo vertical. Não indica a trajetória do corpo.
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 x/m
Repare-se que, apesar de a representação gráfica ser t=0s t=2s
uma curva, a trajetória do carrinho é retilínea! Este gráfico
não representa, pois, a trajetória! O gráfico posição-tempo t=8s t=6s t=4s
indica o modo como varia a posição do corpo ao longo do
t = 10 s
tempo e não a sua trajetória.
Fig. 13 Representação das posições, e respetivos instantes,
num referencial a uma dimensão, assim como partes da trajetória,
de um carrinho com movimento retilíneo.
Que informações podemos retirar deste gráfico
posição-tempo?
15
1. MECÂNICA
A partícula move-se
x(t) é crescente no sentido positivo
da trajetória
A partícula move-se
x(t) é decrescente no sentido negativo
da trajetória
A partícula inverte
x(t) tem valor máximo
o sentido (passa do positivo
num dado instante
para o negativo)
A partícula inverte
x(t) tem valor mínimo
o sentido (passa do negativo
Fig. 15 Análise de um movimento a partir num dado instante
do gráfico posição-tempo. para o positivo)
Questão resolvida 2
Opção (B). O gráfico mostra que há dois instantes para os inverteu o sentido do movimento ao chegar ao fundo do
quais x = –4 m, ou seja, passa duas vezes pela porta da sala corredor, ou seja, no instante t = 30 s; como encontra a Sara na
de aula. O Santiago esteve parado entre t = 10 s e t = 20 s; posição x = −8 m, tal não acontece à porta da sala (x = −4 m).
16
1.1 Tempo, posição e velocidade
Atividade 1:
Como obter o gráfico posição-tempo de um movimento real?
t QUESTÕES p. 30
17
1. MECÂNICA
Distância percorrida, s : comprimento Numa viagem poderemos querer saber qual foi a distância percorrida ou o
da trajetória (nunca é negativa: s ≥ 0). espaço percorrido sobre a trajetória num dado intervalo de tempo, ou seja,
Num movimento, s aumenta; no repouso, o comprimento da trajetória. Esta grandeza é simbolizada por s (do inglês space,
s permanece constante.
espaço) e, como se trata de um comprimento, é uma grandeza escalar cujo valor
não pode ser negativo. Se o corpo estiver em movimento, a distância percorrida
irá aumentando; se estiver em repouso, ela manter-se-á constante.
C O A B
Fig. 16 Posições ocupadas por um carrinho
com movimento retilíneo. –40 –20 0 20 40 60 80 x / m
s = OA + AB + BO + OC ou s = 50 + 20 + 70 + 20 ou s = 160 m
s = OB + BC ou s = 70 + 90 ou s = 160 m
Por exemplo, uma atleta dá uma volta completa a um estádio, pela sua pista
interna, cujo comprimento é 400 m (Fig. 17). Sai de uma dada posição e chega
Fig. 17 Uma atleta que dê uma volta a um à mesma posição. Nesse intervalo de tempo não houve variação da sua posi-
estádio, regressando ao ponto de partida, ção, pelo que o deslocamento da atleta foi nulo. No entanto, ela percorreu uma
percorre uma certa distância, mas
o seu deslocamento é nulo. distância de 400 m! Ou seja, o deslocamento pode ser nulo e haver distância
percorrida.
18
1.1 Tempo, posição e velocidade
do deslocamento. B
Nos movimentos retilíneos é mais simples não usar vetores, mas sim as suas
componentes escalares (ou componentes algébricas). Por exemplo, escolhendo Fig. 19 Numa trajetória curvilínea, o módulo
o eixo dos xx para referencial, usa-se para o vetor deslocamento, 6r , a sua pro- do deslocamento é sempre menor do que
a distância percorrida.
jeção escalar, 6x, que é dada pela diferença entre as coordenadas das posições
final e inicial.
Podemos resumir as conclusões anteriores no quadro da Fig. 20: Fig. 20 Distância percorrida e deslocamento.
19
1. MECÂNICA
Questão resolvida 3
6r m
s m vm =
rapidez média = 6t s
6t s m s–1
m s–1 • Grandeza vetorial: indica se a variação de posição
(deslocamento) é mais ou menos rápida.
Grandeza escalar: indica se o movimento • Vetor com a direção e o sentido do deslocamento.
é mais ou menos rápido, ou seja, se o corpo • Num movimento retilíneo, a sua componente escalar é dada por:
percorre maior ou menor distância num
certo intervalo de tempo. 6x
vm =
6t
20
1.1 Tempo, posição e velocidade
Questão resolvida 4
21
1. MECÂNICA
Em física, a velocidade indica a rapidez com que o corpo se move num dado
instante (o valor que lemos, por exemplo, num velocímetro (Fig. 21)) e a direção e
o sentido em que ele se move. É, pois, uma grandeza vetorial.
Velocidade, v
22
1.1 Tempo, posição e velocidade
Além do módulo da velocidade, v – que é sempre um valor positivo –, Componente escalar da velocidade, vx :
também se usa a componente escalar da velocidade. Se o movimento for (movimento descrito no eixo dos xx )
descrito sobre o eixo dos xx, essa componente escalar será simbolizada por vx: • se vx > 0, a velocidade aponta no sentido
positivo;
o seu valor positivo ou negativo indicará que o vetor velocidade aponta no sentido
• se vx < 0, a velocidade aponta no sentido
positivo ou negativo do eixo, respetivamente. negativo.
Vejamos o exemplo da velocidade do centro de massa do carro da Fig. 23 que
passa inicialmente em A: nos pontos A e B, o sentido da velocidade indica que
o carro se desloca em sentido negativo, pelo que vx < 0 (mas o carro segue em
frente); no ponto C, a velocidade aponta ao contrário, ou seja, o carro move-se no
sentido positivo, pelo que vx > 0 (o carro está a fazer marcha-atrás).
v v v
Fig. 23 Nos pontos A e B da trajetória,
a componente escalar da velocidade
x é negativa, uma vez que a velocidade
C B A aponta no sentido negativo, ao contrário
vx > 0 vx < 0 vx < 0 do que se passa no ponto C.
x/m
14
12
Δx
10
Δt
8 Δx
6
Δt
4 Fig. 24 Gráfico posição-tempo para
um movimento retilíneo uniforme:
2 a componente escalar da velocidade média
(dada pelo declive da reta) é sempre
a mesma e igual à componente escalar
da velocidade.
0 1 2 3 4 5 t/s
23
1. MECÂNICA
vx > 0: vx < 0: vx = 0 num vx = 0 num instante que é máximo vx = 0 num instante que não é um
movimento no movimento no intervalo (como na figura) ou mínimo da função: máximo ou mínimo da função:
sentido positivo. sentido negativo. de tempo: o movimento passa de retardado para o movimento passa de retardado para
repouso. acelerado com inversão de sentido. acelerado sem inversão de sentido.
24
1.1 Tempo, posição e velocidade
Coloque-se a 0,5 m de um sensor de movimento ligado a encontra nos gráficos quanto ao valor do declive das
um sistema de aquisição automática de dados. retas obtidas? Relacione-as com a velocidade com que
a) Mova-se segundo uma trajetória retilínea e num só caminhou.
sentido, com velocidade aproximadamente constante. b) Repita o procedimento anterior movendo-se em sen-
Observe o gráfico posição-tempo. Repita o procedi- tido contrário. Caminhe com velocidade constante, ora
mento mas movendo-se mais rapidamente com velo- devagar, ora depressa. Interprete o gráfico posição-
cidade aproximadamente constante. Que diferença -tempo obtido.
Questão resolvida 5
c) Em que instante, t = 0,5 s ou t = 0,7 s, é d) Traçando sucessivas tangentes no gráfico, verificamos que o
maior a velocidade do corpo? Justifique. declive destas é positivo mas vai diminuindo; logo, a componente
escalar da velocidade é positiva (o corpo move-se no sentido
d) Como varia a velocidade em todo o intervalo positivo), mas a velocidade diminui até ser nula (repouso).
de tempo em que se fez a aquisição de dados?
Questão resolvida 6
Um corpo move-se com trajetória retilínea sendo a sua posição dada pela
Ver procedimentos e resolução
função x(t) = −t2 + 5t + 4 (SI). Usando a calculadora gráfica, verifique em que
no Anexo 3.
instante, t = 2 s ou t = 6 s, é maior a velocidade do corpo.
QUESTÕES p. 32
25
1. MECÂNICA
26
1.1 Tempo, posição e velocidade
t3 t4 t5 t6
vx(t) > 0: vx(t) < 0:
movimento no sentido positivo movimento no sentido negativo
t1 t2 t3
O gráfico velocidade-tempo também permite calcular deslocamentos: a área Fig. 30 Componente escalar da velocidade
e gráficos velocidade-tempo.
compreendida entre a linha do gráfico e o eixo horizontal é igual ao módulo do
deslocamento do corpo.
Δ x1 > 0
t1 t2 t3 t4 t5 t6 t
Fig. 31 As áreas do gráfico, acima e abaixo
Δ x2 < 0 do eixo horizontal, com o sinal positivo
e negativo, respetivamente, indicam
deslocamentos.
Gráfico velocidade-tempo
6x = 6x1 + 6x2 + …
• A distância percorrida, s, é igual:
– ao módulo do deslocamento se não houver inversão de sentido: s = |6x|;
– à soma dos módulos dos deslocamentos no sentido positivo e no sentido
negativo quando há inversão de sentido: s = 兩6xsentido positivo兩 + 兩6xsentido negativo兩.
27
1. MECÂNICA
Questão resolvida 7
vx / m s−1
2
A
1
B
0
2 4 t/s
−1
−2
x
x x x A
A
B A
A 0 2 4 t/s
B 0 2 4 t/s B
0 2 4 t/s 0 2 4 t/s
B
I II III IV
QUESTÕES p. 34
28
1.1 Tempo, posição e velocidade
RESUMO
• Trajetória do centro de massa de um corpo: linha que une as sucessivas posi-
ções do centro de massa; pode ser retilínea ou curvilínea.
29
1. MECÂNICA
QUESTÕES
Notas: 3. Selecione a informação x
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção que pode ser obtida a
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta- partir do gráfico ao lado
mente à questão colocada.
para o movimento retilí-
Considere os corpos redutíveis a partículas.
neo de uma bola redutí-
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados.
vel a uma partícula. t
x
1.1.2 Posição em coordenadas cartesianas.
Movimentos retilíneos e gráficos
posição-tempo
0
t
2. A Ana vai de casa para a escola, que fica a 200 m de
distância, caminhando sempre sobre um passeio retilí-
neo. Quando se encontra em frente a uma pastelaria e
a 50 m da escola, apercebe-se de que se esqueceu de
Pode concluir-se que:
um manual e vai a casa buscá-lo. Indique as posições
da Ana sobre um eixo coincidente com a direção do (A) o carrinho nunca esteve em repouso.
passeio, quando ela está em casa, em frente à pastela- (B) na terceira vez que o carrinho passou na origem
ria e à porta da escola: do referencial, movia-se no sentido positivo.
a) se a origem do eixo for na pastelaria e o sentido posi- (C) o carrinho inverteu duas vezes o sentido do
tivo for da casa para a escola. movimento.
b) se a origem do eixo for na escola e o sentido positivo (D) na segunda vez que o carrinho passou na origem
for da escola para a pastelaria. do referencial, movia-se no sentido positivo.
30
1.1 Tempo, posição e velocidade
6. Os gráficos seguintes referem-se a movimentos retilí- 9. Numa prova de atletismo, a atleta Rosa Mota deu
neos de um carrinho. 25 voltas à pista mais interior do estádio, cujo com-
primento é 400 m, tendo demorado 32 min 33,51 s.
x/m x/m
20 20 Qual foi a sua velocidade média? E a sua rapidez
10 10 média?
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 t/s 1 2 3 4 5 6 7 8 9 t/s
−20 −20 10. O movimento retilíneo de uma partícula é descrito pelo
A B gráfico seguinte.
x/m x/m
20 20
10 10 x/m
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 t/s 1 2 3 4 5 6 7 8 9 t/s 40
−20 −20
C D 20
O A B C 0,50
0,40
x/m 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 t / s
31
1. MECÂNICA
12. A posição de uma partícula com movimento retilíneo, ao b) A figura seguinte mostra o carro numa parte da traje-
longo do tempo, é descrita por x(t) = 3,0 t2 − 4,0 t − 5,0 (SI). tória retilínea. Em que sentido se move no referencial
Com a calculadora, faça um esboço da representação representado?
gráfica da função para 3,0 s de movimento e determine: v
a) a posição da partícula ao fim de 3,0 s de movimento.
b) o instante em que há inversão do sentido. x
32
1.1 Tempo, posição e velocidade
17. A figura seguinte representa uma imagem estroboscó- 19. Considerando movimentos retilíneos, associe a cada grá-
pica do movimento do centro de massa de um barco, fico posição-tempo o respetivo gráfico velocidade-tempo.
entre os pontos A e B.
A B x vx
A I
0
x=0 x t
0
t
0 0
t t
x vx
C III
C x D x
0 0
t t
0 0
t t
x vx
18. Dos gráficos seguintes, relativos a movimentos retilí- D IV
neos, indique o(s) que pode(m) representar:
a) um movimento que se faz apenas num único sentido.
0 0
b) um movimento com inversão de sentido. t t
33
1. MECÂNICA
22. O gráfico seguinte refere-se ao movimento de queda 23. Dois ciclistas, A e B, movem-se numa pista, com trajetó-
de uma folha de papel e foi obtido com um sensor de rias retilíneas paralelas, sendo os movimentos dos res-
posição. petivos centros de massa descritos pelo gráfico seguinte.
x
y/m
A
B
1,40
1,20 0
t1 t2 t
1,00
0,80
vx / m s−1
A B 8
percorrida
percorrida
Distância
Distância
0 0
Tempo Tempo
0 4 8 12 16 t/s
percorrida
Distância
34
1.1 Tempo, posição e velocidade
25. Observe o gráfico seguinte relativo ao movimento retilí- 27. Observe o gráfico seguinte relativo ao movimento
neo de um carrinho, que se reduz ao seu centro de massa. retilíneo de três carros, redutíveis ao respetivo centro
de massa, que estão em frente a um semáforo. A con-
vx / m s−1
tagem do tempo inicia-se quando a luz passa a verde.
4
vx
B
2
A
0
2 4 6 8 t/s
−2 C
1,0
x A B C D E F 0,8
v 0,6
x 0,4
G
a) Caracterize o movimento, ao longo do percurso, 0,2
35
1. MECÂNICA
29. O gráfico seguinte refere-se ao movimento retilíneo do a) Será possível os velocímetros dos carros indicarem o
centro de massa de dois rapazes, M e N, após um mesmo valor em algum instante do intervalo [0, t1]?
colega ter iniciado a contagem do tempo no seu cronó- Justifique.
metro. Em que instante percorreram distâncias iguais? b) Esboce um gráfico linear velocidade-tempo para os
dois carros. Compare, justificando, as áreas compreen-
vx / m s−1 didas entre as retas correspondentes a A e a B e o eixo
M
dos tempos até ao instante t1.
N
32. Os seguintes gráficos descrevem dois movimentos retilí-
neos, A e B, de um corpo redutível a uma partícula, sobre
0 2 t/s
o eixo dos xx, sendo t2 = 2t1 e t3 = 3t1.
x A
Questões globais
36
1.2 INTERAÇÕES
E SEUS EFEITOS
1.2.1 As quatro interações 1.2.5 Aceleração média, aceleração
fundamentais na natureza e gráficos velocidade-tempo
1.2.2 Interação gravítica 1.2.6 Segunda Lei de Newton
e Lei da Gravitação Universal 1.2.7 Primeira Lei de Newton
1.2.3 Pares ação-reação AL 1.1 Queda livre: força gravítica
e Terceira Lei de Newton e aceleração gravítica
1.2.4 Efeito das forças sobre AL 1.2 Forças nos movimentos
a velocidade retilíneos acelerado e uniforme
1. MECÂNICA
Força, F
• Está associada a uma interação entre dois corpos, exercida por contacto ou
à distância: a força exercida sobre um corpo é devida à ação de outro corpo.
• É uma grandeza vetorial:
– ao seu módulo (símbolo F ) também se chama intensidade;
– o seu ponto de aplicação é o centro de massa do corpo se o corpo puder
ser reduzido a uma partícula.
• Mede-se com um dinamómetro.
• Exprime-se, no Sistema Internacional, em newton (símbolo N).
As forças magnéticas entre ímanes (que têm, cada um deles, um polo norte
e um polo sul magnético) também atuam à distância. O seu efeito já era bem
conhecido dos antigos gregos: os primeiros ímanes, do minério magnetite,
foram encontrados na região da Magnésia (Turquia). Por isso aos ímanes chama-
mos magnetes e as suas forças dizem-se magnéticas. Estas forças são de atra-
ção (Fig. 3 – A) entre polos diferentes ou de repulsão (Fig. 3 – B) entre polos iguais.
Também no tempo dos antigos gregos foi encontrada uma resina fóssil, o
âmbar, que, depois de friccionada, atraía ou repelia corpos. As forças mani-
festadas exercem-se à distância e designam-se por forças elétricas. Mas só
no século XX se concluiu que elas têm origem nas cargas elétricas existentes
Fig. 3 Forças magnéticas de atração entre nos materiais: as cargas dos protões e dos eletrões (da palavra elektron, nome
um íman e clips (A) e forças magnéticas grego de âmbar). Estas forças são de atração entre cargas de sinais opostos ou
de repulsão entre ímanes (B).
de repulsão se forem do mesmo sinal.
38
1.2 Interações e seus efeitos
Até ao século XIX, as forças elétrica e magnética eram consideradas em Fig. 4 Há forças elétricas de atração entre
o balão e o cabelo (A) e forças elétricas
separado. Mas nesse século foi formulada uma nova teoria – o eletromagne-
de repulsão entre os cabelos, o que os faz
tismo – que unificou estas forças, surgindo o conceito de força eletromagnética. afastarem-se e ficarem «em pé» (B).
Ela é responsável, por exemplo, pela atração entre os eletrões e o núcleo num
átomo, pelas repulsões entre eletrões e pelas ligações químicas.
Também as forças que dizemos exercerem-se por contacto, em corpos Força eletromagnética: é responsável
comuns, são forças eletromagnéticas: resultam de interações entre as partícu- por fenómenos elétricos e magnéticos
à escala macroscópica e microscópica.
las com carga elétrica de um e do outro corpo. Ao nível microscópico, os corpos
As forças exercidas por contacto têm
não estão completamente em contacto e essas forças atuam à distância. natureza eletromagnética.
Nuclear forte 10−15 m 1 Atuam apenas à escala do núcleo atómico. Tab. 1 Alcances e
Têm intensidade desprezável para distâncias intensidades das quatro
Nuclear fraca 10−16 m 10−5 superiores aos respetivos alcances. forças fundamentais.
39
1. MECÂNICA
Força gravítica
• Atua sobre todas as partículas
existentes no Universo.
• É a mais fraca de todas as interações
mas é intensa quando a massa Fg
dos corpos celestes é grande
(como a de estrelas e planetas). Fg
Fg
• Tem alcance infinito.
• É sempre atrativa.
• Permite interpretar, por exemplo:
– a queda dos corpos à superfície
de um planeta;
– o fenómeno das marés na Terra;
– a existência de atmosfera num planeta;
– o movimento orbital dos planetas
e dos satélites (naturais e artificiais);
– a formação de planetas, estrelas
e galáxias.
Força eletromagnética
• Atua sobre partículas carregadas.
• Pode ser atrativa ou repulsiva.
• Tem alcance infinito.
• É mais forte do que a força gravítica.
• Manifesta-se às escalas macroscópica
e microscópica.
• Permite interpretar, por exemplo:
– fenómenos elétricos e magnéticos
do quotidiano;
– a levitação de certos comboios de alta
velocidade: comboios Maglev
(magnetic levitation );
– o funcionamento de aceleradores
de partículas, como os do CERN
(Organização Europeia para a Pesquisa
Nuclear); Moléculas de água Molécula Átomo
– as ligações químicas (dentro das
unidades estruturais e entre elas); Átomo Núcleo atómico
– a formação de átomos (atração entre
protões e eletrões);
– a emissão e a absorção de luz. Átomo Eletrões
40
1.2 Interações e seus efeitos
Quark
up
Eletrão
Quark
down
Protão
Quark
Núcleo atómico up Antineutrino
Neutrão
Modelo Padrão da física de partículas Massa 2,3 MeV / c2 1,275 GeV / c2 173,07 GeV / c2 0
Carga 2/3 2/3 2/3 0
ճ
Quarks
1/2
e
−1
1/2
ۙ −1
1/2
ւ 0
1
Z
Eletrão Muão Tau Bosão Z
ռ ռۙ ռւ
Leptões
0 0 0 ±1
chamadas bosões (têm spin 1): os gluões pela força forte, o fotão
1/2
Neutrino
e
1/2
Neutrino
1/2
Neutrino
1
W
pela força eletromagnética, e os bosões Z e W pela força fraca; eletrónico muónico do tau Bosão W
41
1. MECÂNICA
Fg Fg’
m1 m2
Fig. 6 As forças gravíticas exercem-se
r
entre dois corpos quaisquer e são atrativas.
Na sua principal obra (Fig. 7), Newton enunciou a Lei da Gravitação Universal,
cuja expressão matemática indica como a intensidade da força gravítica depende
da massa dos corpos em interação e da distância entre eles:
42
1.2 Interações e seus efeitos
QUESTÕES p. 66
Questão resolvida 1
Newton estudou a queda de uma maçã, à superfície da ii) a maçã passasse a orbitar em torno da Terra, a uma
Terra, e o movimento da Lua em volta da Terra. A distância altitude igual a um raio terrestre?
Terra-Lua é cerca de 60 raios terrestres e o raio da Terra é
b) Suponha que a maçã tem a massa de 100 g. Compare
cerca de 6400 km.
as ordens de grandeza da força gravítica exercida pela
a) Considere a maçã à superfície da Terra. Como variaria Terra sobre a Lua e pela Terra sobre a maçã (quando
a força gravítica exercida pela Terra sobre ela se: esta está à sua superfície).
i) a maçã secasse e ficasse com metade da massa? (mTerra = 6,0 × 1024 kg; mLua = 7,3 × 1022 kg)
a) i) Pela Lei da Gravitação Universal, mantendo-se a b) Reduzindo todos os valores a unidades SI e aplicando
distância, a força gravítica é diretamente proporcional ao a Lei da Gravitação Universal vem:
produto das massas. Como a massa da Terra é a mesma Força gravítica exercida pela Terra sobre a maçã:
e a massa da maçã passa para metade, então a força m m
Fg = G Terra 2 maçã =
gravítica reduz-se para metade (neste caso r = RTerra): Terra/maçã RT
43
1. MECÂNICA
Se uma força traduz uma interação entre dois corpos, terão as forças obriga-
toriamente de existir aos pares?
Se um corpo exerce uma força sobre outro, este exerce sobre o primeiro
uma força de igual intensidade e direção mas de sentido oposto.
O conjunto das duas forças designa-se por par ação-reação.
FB/A FA/B
Fig. 12 A Terra (T) exerce uma força A B A B
− +
gravítica sobre o corpo (c), F T/c ,
S N S N FB/A FA/B
e o corpo exerce uma força gravítica
sobre ela, F c/T .
FB/A FA/B
A B A B
− −
S N N S FB/A FA/B
FB/A FA/B
Fig. 13 Pares ação-reação quando há A B A B
interações entre ímanes e interações + +
44
1.2 Interações e seus efeitos
Se um corpo, como uma maçã, estiver em repouso em cima de uma mesa, Força normal exercida por um plano
sobre ela atuam o peso, P, e a força normal exercida pelo tampo da mesa, N. de apoio sobre um corpo, N : não forma
um par ação-reação com o peso do
Apesar de, neste caso, as forças terem a mesma intensidade, não formam
corpo, P (as forças estão aplicadas no
um par ação-reação pois resultam de interações diferentes! A Fig. 14 descreve mesmo corpo e resultam de interações
essa situação, apresentando os pares ação-reação das interações que ocorrem diferentes).
(os corpos representam-se por pontos).
N
Interação maçã-Terra Interação maçã-mesa
Forças Forças
Interação Interação Interação
exercidas exercidas
bloco (B)-Terra (T) bloco (B)-fio (F) fio (F)-suporte (S)
no bloco no fio
Bloco Fio Suporte
P : força exercida T B/F: força exercida T F/S: força exercida pelo
pela Terra pelo bloco no fio (puxa TS/F TF/S fio no suporte (puxa o
TF/B P TB/F
no bloco o fio para baixo) suporte para baixo)
P P ': força exercida T F/B: força exercida T S/F: força exercida pelo
P’ pelo bloco TF/B pelo fio no bloco (puxa TB/F TS/F suporte no fio (puxa o
na Terra o bloco para cima) fio para cima)
Terra Bloco Fio
45
1. MECÂNICA
v vi vf vf vi
F F F
A B C
O carrinho inicialmente está em repouso. O carrinho move-se inicialmente com uma certa velocidade.
A força, que tem a direção e o sentido A força, que tem a direção da velocidade
A força faz o carrinho deslocar-se
da velocidade, faz o carrinho deslocar-se mas sentido oposto, faz o carrinho
com movimento retilíneo na direção
com movimento retilíneo, aumentando deslocar-se com movimento retilíneo,
e sentido da força.
a sua velocidade. diminuindo a sua velocidade.
Fig. 16 Forças aplicadas no carrinho: a Nas situações da Fig. 15, em que há movimento inicial, a resultante das forças
resultante das forças é igual à força F . tem a direção da velocidade inicial e só produz alteração do seu módulo. E se
as direções da resultante das forças e da velocidade inicial forem diferentes?
Se aproximarmos um íman do carrinho em movimento, como na Fig. 17, o carrinho
Resultante das forças (ou força
passará a descrever uma trajetória curvilínea. Nesta situação há sempre altera-
resultante), F R: soma de todas
ção da direção da velocidade, podendo ou não haver variação do seu módulo.
as forças exercidas num sistema.
vi
vf
46
1.2 Interações e seus efeitos
Observemos a Fig. 18: a resultante das forças aplicadas num corpo, F R, não
y
tem a mesma direção da velocidade inicial do corpo, v . Neste caso decompõe-se
a força em duas componentes, uma na direção da velocidade e outra na direção
x
perpendicular. O efeito de cada componente é diferente:
v
Verifica-se, portanto, que um dos efeitos da resultante das forças que atuam Fig. 19 Efeito da resultante das forças
na velocidade de um corpo.
num corpo é variar a sua velocidade. Na Fig. 19 resumem-se as várias situações.
47
1. MECÂNICA
Aceleração média, a m
6v m s–1 vf – vi
m s–2 am = ou am =
6t s tf – ti
v f e v i : velocidade final e inicial, respetivamente, no intervalo de tempo 6t.
• Num movimento retilíneo, sobre o eixo dos xx, a sua componente escalar é:
6vx vx f – vx i
am = =
6t 6t
• se am > 0: a m aponta no sentido positivo do eixo
48
1.2 Interações e seus efeitos
vi vf vi vf
vxf = 72 km h–1 = 20 m s–1 vxf = –72 km h–1 = –20 m s–1
–1 –1
vxi = 36 km h = 10 m s vxi = –36 km h–1 = –10 m s–1
x x
vf vf
vi vf vi vf
−vi −vi
10 – 20 –10 – (–20)
am = = –2 m s–2 am = = 2 m s–2
Δv 5 Δv
5
am am
49
1. MECÂNICA
x x x x
v v v v
a a a a
50
1.2 Interações e seus efeitos
Um caso particular de movimento retilíneo é aquele cuja aceleração é sempre a Movimento uniformemente variado:
mesma em qualquer instante e, por isso, coincidente com a aceleração média (em a aceleração em cada instante é constante
e, por isso, igual à aceleração média.
qualquer intervalo de tempo). Este movimento designa-se por movimento unifor-
Se o módulo da velocidade aumentar
memente variado: pode ser uniformemente acelerado se o módulo da velocidade é uniformemente acelerado; se diminuir
aumentar, ou uniformemente retardado se o módulo da velocidade diminuir. é uniformemente retardado.
Um exemplo de movimento uniformemente variado é o movimento vertical Grave: corpo sujeito apenas
de um corpo sujeito apenas à força gravítica: esse corpo designa-se por grave e à força gravítica.
diz-se em queda livre (quer esteja a descer ou a subir).
Queda livre: movimento de um
À aceleração de um grave chama-se aceleração gravítica (símbolo g ). corpo sujeito apenas à força gravítica
(movimento de um grave).
À superfície terrestre, é aproximadamente constante. À nossa latitude o seu
módulo é 9,8 m s−2 mas, muitas vezes, usa-se o valor aproximado 10 m s−2.
Aceleração gravítica, g : aceleração de
Nesta aproximação podemos afirmar que o módulo da velocidade de um grave
um corpo sujeito apenas à força gravítica.
aumenta 10 m s−1 em cada segundo quando cai, e diminui 10 m s−1 em cada Módulo de g à superfície da Terra:
segundo quando sobe após ter sido lançado verticalmente para cima (Fig. 25). g ≈ 10 m s−2.
t =2s v = 10 m s−1
t =0s v = 10 m s−1
g g
51
1. MECÂNICA
vx
• vx varia linearmente com o tempo;
o declive da reta, igual a ax, é sempre
ax > 0 o mesmo: ax > 0 e constante.
• O módulo da velocidade aumenta.
• vx > 0: sentido positivo.
vx ax > 0
• O declive das retas tangentes é positivo
ax > 0 e aumenta: ax > 0, mas ax não
é constante.
• O módulo da velocidade aumenta.
ax > 0 • vx > 0: sentido positivo.
0 t
vx
ax < 0 • O declive das retas tangentes é
negativo e aumenta em valor absoluto:
ax < 0 ax < 0, mas ax não é constante.
• O módulo da velocidade diminui.
• vx > 0: sentido positivo.
ax < 0
Movimento retardado no sentido positivo
Fig. 26 Gráficos velocidade-tempo,
componente escalar da aceleração e 0 t
características do movimento.
ax
Repare-se que, no movimento uniformemente variado, como a aceleração é
constante, o declive tem de ser constante, pelo que o gráfico velocidade-tempo
é uma reta (com declive positivo ou negativo).
52
1.2 Interações e seus efeitos
Questão resolvida 3
Questão resolvida 4
QUESTÕES p. 68
53
1. MECÂNICA
Força
Força Aceleração
Tempo Tempo
Aceleração
54
1.2 Interações e seus efeitos
Foi Newton quem primeiro relacionou a força e a aceleração por ela pro-
duzida, formulando uma Lei, conhecida por Segunda Lei de Newton ou Lei
Fundamental da Dinâmica:
N FR = m a m s–2
kg
FR 1 2
3
a1
a2
FR a3
FR FR
m1 m2 m3
0 a1 a2 a3 a
m1 > m2 > m3
O exemplo da Fig. 30 mostra que o corpo de massa maior resiste mais à varia- Fig. 30 A mesma resultante de forças
aplicada a corpos de massas diferentes
ção de velocidade, pois adquire menor aceleração. Esta propriedade – resis- provoca menor aceleração no corpo
tência à variação de velocidade – chama-se inércia e é medida pela massa do de maior massa.
corpo: quanto maior for a massa de um corpo maior será a sua inércia. A massa
que aparece na expressão da Segunda Lei de Newton é também designada por
massa inercial.
Vamos aplicar a Segunda Lei de Newton à queda livre de um corpo perto da Inércia: resistência à variação
superfície da Terra. Como a resultante das forças é igual ao peso e a aceleração de velocidade; será tanto maior
quanto maior for a massa do corpo.
é a aceleração gravítica, obtemos:
55
1. MECÂNICA
mTm m m
G 2
= m a G 2T = a g = G 2T
r r r r
FRx = m ax
FR = m a
y FRy = 0
F
Fig. 34 Decomposição de uma força Na Fig. 35 apresentam-se estes procedimentos para o movimentos de blocos,
em duas forças perpendiculares.
havendo atrito entre as superfícies em contacto.
56
1.2 Interações e seus efeitos
FRx = m a F – Fa = m a
N
FRy = 0 N–P=0
y Fa F
FR
F F – Fa
a=
x m
P
N=P
Força oblíqua a puxar um bloco Decomposição da força F nas direções Pela definição de seno e cosseno:
num plano horizontal dos eixos dos xx e dos yy:
Fx = F cos e e Fy = F sin e
Fy F ս Segunda Lei de Newton: FR = m a
Fx FRx = m a Fx – Fa = m a
Forças aplicadas no centro Resultante FRy = 0 N + Fy – P = 0
y de massa: das forças:
F N F cos e – Fa = m a
ս
x
N + F sin e – P = 0
Fa Fy
FR F cos e – Fa
Fx a=
m
P
N = P – F sin e
FRx = m a F – Px = m a F – P sin e = m a
N
FRy = 0 N – Py = 0 N – P cos e = 0 F
Px
57
1. MECÂNICA
Se v = 0 (corpo em repouso):
continua em repouso.
Resultante das forças nula: aceleração nula:
FR = 0 a=0
Se v & 0 (corpo em movimento):
continua em movimento com a mesma velocidade.
Newton formulou a sua Primeira Lei, também designada por Lei da Inércia,
do seguinte modo:
Se a resultante das forças exercidas num corpo for nula o corpo manterá a
sua velocidade:
• se estiver em repouso permanecerá em repouso;
• se estiver em movimento permanecerá em movimento com velocidade
constante, isto é, em movimento retilíneo uniforme.
58
1.2 Interações e seus efeitos
A designação «Lei da Inércia» tem a ver com o conceito de inércia: um corpo Inércia: tendência que um corpo tem
tenderá a manter a sua velocidade (resiste à mudança de velocidade) se a resul- em manter a sua velocidade se for nula a
resultante das forças que atua sobre ele.
tante das forças sobre ele for nula. É o caso, por exemplo, do movimento numa
superfície horizontal gelada (Fig. 38): o atrito é desprezável, a resultante das for-
ças é praticamente nula e a velocidade mantém-se aproximadamente.
A mesma Lei explica ainda o despiste de um carro que circula numa estrada
coberta de gelo (Fig. 39 – C): numa curva, é a força de atrito que faz variar a velo-
cidade do carro; como o atrito na superfície gelada é pequeno, a resultante das
forças no carro é praticamente nula e, por isso, este tende a seguir em linha reta
com a velocidade com que entrou na curva.
Fig. 39 Algumas situações explicadas
pela Primeira Lei de Newton.
A B C
QUESTÕES p. 73
Na atividade laboratorial AL 1.2 faz-se o estudo de um movimento quando a
resultante das forças é nula e quando não é nula. AL 1.2 p. 64
59
1. MECÂNICA
RESUMO
• Interações fundamentais na natureza por ordem decrescente de inten-
sidade relativa: nuclear forte, eletromagnética, nuclear fraca, gravítica. As
interações eletromagnética e a gravítica têm alcance infinito. A interação
forte tem alcance ligeiramente maior do que a interação fraca (ambas atuam
apenas ao nível nuclear).
• Lei da Gravitação Universal: dois corpos atraem-se, exercendo um sobre o
mm
outro forças gravíticas de igual direção e intensidade Fg = G 1 2 2 e sentidos
r
opostos. Estas forças têm a ver com a massa dos corpos. Peso: força graví-
tica exercida pelo planeta sobre os corpos à sua superfície ou perto dela.
• Terceira Lei de Newton ou Lei da Ação-Reação: Se um corpo exerce uma
força sobre outro, esse exerce sobre o primeiro uma força de igual inten-
sidade e direção mas sentido oposto. As duas forças designam-se por par
ação-reação. Como estão aplicadas em corpos diferentes, os seus efeitos não
se anulam.
• Efeito da resultante das forças, F R, sobre a velocidade de um corpo, v: se
tiverem a mesma direção, a resultante das forças apenas alterará o módulo
da velocidade (aumentando-a se tiverem o mesmo sentido, diminuindo-a se os
sentidos forem opostos) e a trajetória será retilínea; se tiverem direções dife-
rentes a trajetória será curvilínea e a velocidade variará e, se forem sempre
perpendiculares, variará a direção da velocidade mantendo-se o seu módulo.
6v
• Aceleração média, a m: a m = ; define-se num intervalo de tempo; é uma
6t
variação de velocidade por unidade de tempo; unidade SI: m s−2.
• Aceleração, a: define-se num instante; está associada à variação instantâ-
nea da velocidade. Se for constante é igual à aceleração média, o movimento
será retilíneo e diz-se uniformemente variado (uniformemente acelerado se
a velocidade aumentar e uniformemente retardado se a velocidade diminuir).
Unidade SI: m s−2.
• Aceleração, a, e velocidade, v: num movimento retilíneo têm a mesma dire-
ção (mesmo sentido se o movimento for acelerado ou sentidos opostos se
for retardado); num movimento curvilíneo têm direções diferentes. Todos os
movimentos curvilíneos têm aceleração não nula porque a velocidade varia.
• Componente escalar da aceleração: num dado instante é igual ao declive
da reta tangente ao gráfico velocidade-tempo nesse instante.
• Segunda Lei de Newton: F R = m a; F R e a têm sempre a mesma direção e
sentido porque m é um escalar positivo; m mede a inércia do corpo (resistên-
cia à variação de velocidade); os módulos FR e a são diretamente proporcio-
nais, sendo m a constante de proporcionalidade.
• Queda livre: movimento de um corpo (chamado «grave») sujeito apenas à
força gravítica; a sua aceleração, g, designa-se por aceleração gravítica.
• Primeira Lei de Newton: se a resultante das forças sobre um corpo for nula
o corpo permanecerá em repouso se estiver em repouso ou ficará em movi-
mento retilíneo uniforme se estiver em movimento.
60
1.2 Interações e seus efeitos
Questões pré-laboratoriais
2. Uma maçã, redutível a uma partícula, cai de uma árvore. Considere que o
seu movimento é de queda livre.
a) Trace a(s) força(s) que atua(m) sobre ela, assim como a velocidade e
aceleração, no movimento de queda.
b) Classifique, justificando, o movimento.
c) Se várias maçãs com diferentes massas (como os amigos que saltam
para a piscina) caíssem, as suas acelerações seriam iguais ou diferen-
tes? Justifique. Célula 2
3. Como poderá determinar experimentalmente, com uma célula fotoelétrica
ligada a um cronómetro digital, a velocidade de um corpo num dado ins-
tante do seu movimento de queda? Fundamente esse procedimento. Cronómetro
digital
4. Como poderá determinar experimentalmente a aceleração de um corpo,
no seu movimento de queda, partindo do conceito de aceleração média Fig. 40 Montagem para determinar
e usando a montagem da Fig. 40 ? a aceleração média no movimento
de queda de uma esfera.
61
1. MECÂNICA
Trabalho laboratorial
O cronómetro digital tem dois modos de funcionamento. Num deles (A) usa-se
apenas uma célula fotoelétrica ligada ao cronómetro: este é ativado quando o
feixe luminoso emitido é bloqueado pela passagem de um objeto e desativado
quando esse feixe é desbloqueado. No outro modo (B) pode medir-se o tempo
que um objeto leva a deslocar-se entre duas posições: são usadas duas células
fotoelétricas, ambas ligadas ao cronómetro, colocadas nessas duas posições. O
cronómetro é ativado quando o feixe luminoso é bloqueado na primeira célula
pela passagem do objeto e desativado quando o feixe é bloqueado na segunda
Fig. 41 A esfera deve cortar o feixe
luminoso da célula fotoelétrica pelo
célula pela passagem do objeto. As esferas devem passar pelas células fotoelé-
seu diâmetro. tricas cortando o feixe pelo seu diâmetro (Fig. 41).
Faça a montagem da Fig. 40. As células 1 e 2 devem estar alinhadas (use uma
régua ou um fio de prumo) de modo que uma esfera, deixada cair imediatamente
acima da célula 1, passe pela célula 2 sem colidir com ela.
62
1.2 Interações e seus efeitos
Questões pós-laboratoriais
8,4 223,7
8,5 220,5
63
1. MECÂNICA
Um trenó, transportando
crianças, é empurrado numa
superfície horizontal gelada,
adquirindo movimento.
Será necessário continuar a
empurrá-lo para o manter em
movimento nessa superfície?
Questões pré-laboratoriais
1. A descrição dos movimentos foi outrora diferente da c) Qual é a força responsável por pôr em movimento o
que é hoje. Qual seria a resposta à questão inicial desta conjunto carrinho + corpo suspenso?
atividade: d) Escreva as expressões da Segunda Lei de Newton
a) com base no ponto de vista de Aristóteles? para o movimento do carrinho e do corpo sus-
b) com base no ponto de vista de Galileu? Por que penso e, a partir delas, deduza uma expressão
razão diferem os dois pontos de vista? para a aceleração do conjunto carrinho + corpo
suspenso.
2. Para simular a situação da questão inicial pode-se usar
um carrinho, que se move sobre um plano horizontal, e) Classifique, justificando, o movimento anterior.
puxado por um fio (inextensível e de massa despre- f) Se o fio for suficientemente comprido, o corpo aca-
zável) ligado a um corpo suspenso, como mostra a bará por colidir com o solo e o fio deixará de puxar
seguinte figura. o carrinho.
i) Que forças passarão a atuar no carrinho e no
corpo?
ii) Qual será a resultante das forças sobre o carri-
nho? E sobre o corpo?
iii) O que prevê que aconteça ao carrinho? Justifique.
a) Qual será a diferença entre usar um carrinho ou um iv) Esboce um gráfico velocidade-tempo para o
bloco? movimento do carrinho desde que o conjunto se
b) Trace as forças que atuam sobre o carrinho e sobre começa a mover até que o corpo fique no solo
o corpo suspenso. após colidir com ele, aí permanecendo.
64
1.2 Interações e seus efeitos
Trabalho laboratorial
Fig. 42 Movimento de
um carrinho e sistema
de aquisição automática
de dados para obter o
gráfico velocidade-tempo.
2. Selecione um intervalo de
tempo que inclua o instante em que
cada uma dessas zonas, a equação
da reta de regressão (use a opção de
estatística do sistema de aquisição de
o corpo suspenso colidiu com o solo. dados).
Questões pós-laboratoriais
1. Identifique os tipos de movimentos no gráfico veloci- 4. Pode considerar-se desprezável a força de atrito?
dade-tempo e faça-os corresponder a cada situação do Justifique.
movimento do carrinho.
5. Indique, justificando com base em alguma das Leis de
2. Confronte o gráfico obtido com o previsto nas questões Newton, se a resultante das forças que atuam no carri-
pré-laboratoriais. nho é nula nalguma parte do movimento.
3. Qual é o valor experimental da aceleração do movi- 6. Um corpo poderá manter-se em movimento mesmo que
mento em cada uma dessas situações? a resultante das forças sobre ele seja nula? Justifique.
65
1. MECÂNICA
QUESTÕES
Notas: 4. Que interação fundamental é a menos forte mas que
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção tem alcance infinito?
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta-
mente à questão colocada. 5. Assinale a opção que completa a frase seguinte.
Considere os corpos redutíveis a partículas.
Comparando a intensidade relativa das interações fun-
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados.
Considere g = 10 m s−2.
damentais e o respetivo alcance conclui-se que a força
nuclear fraca é … intensa do que a força eletromagné-
tica, sendo o seu alcance …
1.2.1 As quatro interações fundamentais (A) mais … maior. (B) menos … menor.
na natureza (C) menos … maior. (D) mais … menor.
1. Selecione a afirmação correta:
6. Como explica que o núcleo atómico se mantenha
(A) Um corpo exerce uma força sobre ele próprio. coeso, apesar de conter protões que se repelem?
(B) As interações elétricas e magnéticas não estão
relacionadas.
(C) Se num corpo atuam forças gravíticas não podem
1.2.2 Interação gravítica
atuar forças eletromagnéticas.
e Lei da Gravitação Universal
(D) Numa interação entre corpos, cada um deles exerce
uma força e o outro sofre a ação dessa força. 7. Qual é a intensidade da força gravítica que a Terra exerce
sobre o Sol, distanciados de 1 ua? (1 ua = 1 unidade astro-
2. Identifique a interação fundamental nas descrições
nómica = distância média Terra-Sol = 150 milhões de
seguintes:
quilómetros; mSol = 1,99 × 1030 kg; mTerra = 5,97 × 1024 kg)
A. Forças associadas à massa dos corpos.
B. Forças entre corpos carregados eletricamente. 8. Um astronauta de 80 kg estava na Estação Espacial
C. Forças responsáveis pela queda dos corpos. Internacional (ISS), quando a massa da ISS era 400 t.
Compare as intensidades das forças gravíticas exerci-
D. Forças de repulsão entre protões.
das pela Terra sobre o astronauta e sobre a ISS.
E. Forças com relevância em fenómenos astronómicos
como o movimento orbital do Sol na nossa Galáxia. 9. Se um objeto for levado da Terra para um veículo espa-
F. Forças responsáveis pela coesão do núcleo atómico. cial em órbita a uma altitude igual a cinco raios ter-
G. Forças responsáveis pelo movimento dos planetas restres, a intensidade da força gravítica exercida pela
em torno do Sol. Terra sobre ele passará a ser:
H. Forças intervenientes na transformação de um pro- (A) 5 vezes menor. (B) 6 vezes menor.
tão num neutrão. (C) 25 vezes menor. (D) 36 vezes menor.
I. Forças responsáveis pelas ligações químicas nas
10. Um corpo de 2 kg foi posto em órbita a uma certa alti-
unidades estruturais dos materiais.
tude da Terra. A intensidade da força gravítica que a
J. Forças exercidas entre o solo e uma pessoa que Terra passou a exercer sobre ele é 5 N. O raio desta
sobre ele caminha. órbita é:
66
1.2 Interações e seus efeitos
11. Neptuno está a 30 ua de distância do Sol, a sua massa b) ainda está na mão de quem a lança, mas num ins-
é cerca de 18 vezes maior do que a massa da Terra e o tante em que a mão já está a lançá-la.
seu raio é cerca de quatro vezes maior do que o raio da c) está a subir.
Terra. Compare as intensidades:
d) está a descer.
a) das forças gravíticas exercidas pelo Sol sobre cada
e) colide com a mão que a lançou quando desce.
um desses planetas.
b) das forças gravíticas exercidas sobre um mesmo 15. É fácil caminhar sobre o gelo? Porquê? Indique, justi-
corpo à superfície de cada um desses planetas. ficando, que força faz iniciar a marcha de uma pessoa.
67
1. MECÂNICA
18. Observe a figura: um corpo, redutível a uma partí- III. A resultante das forças e a velocidade são
cula, move-se inicialmente numa rampa, depois perpendiculares.
numa superfície horizontal, acabando por cair no IV. A resultante das forças e a velocidade não têm a
solo. As superfícies em contacto são rugosas e a mesma direção, não sendo perpendiculares.
resistência do ar é desprezável. Represente as for-
ças que atuam no corpo nos percursos A, B e C e 21. Um carrinho move-se com velocidade constante
indique onde estão aplicadas as forças dos respeti- quando sobre ele passam a atuar forças com resul-
vos pares ação-reação. tante não nula.
Assinale a opção que completa a frase seguinte.
A O carrinho mover-se-á com trajetória … se a resultante
B
das forças for … à velocidade do carrinho, … obrigatoria-
mente o módulo da velocidade.
C
(A) retilínea … perpendicular … mantendo-se
(B) retilínea … paralela … aumentando
(C) curvilínea … perpendicular … mantendo-se
sobre a velocidade
20. Num carro em movimento passa a exercer-se uma (B) um movimento retilíneo acelerado.
resultante de forças não nula. A cada uma das situa- (C) um movimento retilíneo retardado.
ções A, B, C e D faça corresponder uma das opções I, (D) um movimento retilíneo uniforme.
II, III e IV.
A. O velocímetro indica valores cada vez mais eleva- 23. Observe a figura seguinte: no instante inicial a velo-
dos e a direção do movimento não se altera. címetro do carro marca 72 km h−1 e o módulo da sua
velocidade varia de 3 m s−1 no primeiro segundo de
B. O velocímetro indica sempre o mesmo valor e a
travagem.
direção do movimento altera-se.
C. O velocímetro indica valores cada vez menores e a
v v v
direção do movimento não se altera.
D. Os valores indicados pelo velocímetro alteram-se,
x
assim como a direção do movimento. t=2s t=1s t=0s
I. A resultante das forças e a velocidade têm a mesma
direção mas sentidos opostos. a) Supondo que a aceleração é constante nos 2 s de
II. A resultante das forças e a velocidade têm a mesma movimento, classifique o movimento e indique o
direção e sentido. valor marcado no velocímetro ao fim de 2 s.
68
1.2 Interações e seus efeitos
b) Qual das opções completa a frase seguinte? 26. Considere os seguintes gráficos velocidade-tempo.
As componentes escalares da velocidade são …,
apontando o vetor aceleração para a …. vx vx vx
69
1. MECÂNICA
vx / m s−1
vy vy 2
Lua
Terra
0
2 4 6 8 t/s
Terra Lua −2
0 t 0 t −4
A B
b) As acelerações de A e B foram muito diferentes? a) Identifique as forças que atuaram sobre B e as respe-
Justifique. Por que razão foi A e não B a ganhar a tivas intensidades.
corrida? b) Caracterize a força que B exerceu sobre A.
c) E por que razão o atleta C perdeu a corrida? c) Qual foi o módulo da velocidade de B após a colisão?
70
1.2 Interações e seus efeitos
33. Uma borracha cai de uma mesa com aceleração igual à 35. Observe o gráfico seguinte relativo ao movimento de
aceleração gravítica. É correto afirmar: uma bola, de 200 g, redutível a uma partícula, que é
(A) A aceleração depende da massa da borracha. lançada verticalmente para cima à superfície da Terra.
A resistência do ar é desprezável. A massa da Terra é
(B) A borracha está em queda livre, atuando sobre ela
5,97 × 1024 kg.
a força gravítica e a resistência do ar.
(C) A aceleração é praticamente constante à super-
fície terrestre e independente da massa da vy / m s−1
borracha.
5
(D) O movimento não é uniformemente acelerado.
71
1. MECÂNICA
38. Um bloco, de massa m, é puxado por um cabo sobre a) Durante quanto tempo atuou a força?
uma superfície muito lisa (o atrito é desprezável), b) A força deixou de atuar no bloco e este demorou
em três situações diferentes, como mostra a figura 8,3 s a parar. Prove que a intensidade da força de
seguinte, com forças de igual intensidade F. atrito passou a ser 12% da intensidade do peso.
c) Trace os gráficos velocidade-tempo, aceleração-
tempo e resultante das forças-tempo.
A
41. Uma pessoa de 60 kg está num elevador sobre uma
balança-dinamómetro. Determine quanto marcará a
ն balança nas situações seguintes.
B a) O elevador desce, no arranque, com aceleração de
módulo 4,0 m s−2.
b) O elevador desce com velocidade constante.
ն
C c) O elevador desce, na travagem, com aceleração de
módulo 4,0 m s−2.
d) O cabo do elevador parte-se.
a) Em que situação a força normal exercida pela super- 42. Um bloco, redutível a uma partícula, desce uma rampa
fície de apoio sobre o bloco é maior? Justifique. de inclinação _.
b) Relacione, justificando, as acelerações adquiridas pelo a) Se o atrito for desprezável, o módulo da aceleração e
bloco nas três situações. a intensidade da resultante das forças serão dadas,
respetivamente, por:
39. Um corpo de 5,0 kg, redutível a uma partícula, parte
(A) g sin _ e m g sin _
do repouso e é arrastado ao longo de uma superfície
horizontal rugosa por uma força horizontal de intensi- (B) g cos _ e m g sin _
dade 40 N. Ao fim de 3,0 s, o módulo da sua velocidade (C) g cos _ e m g cos _
passou a ser 3,0 m s−1. (D) g sin _ e m g cos _
a) Represente as forças que atuam no corpo e calcule b) Se o movimento for retilíneo e uniforme, a intensi-
a intensidade da força de atrito, suposta constante. dade da força de atrito será:
b) Se o corpo fosse arrastado sobre outra superfície (A) g sin _ (B) m g
horizontal por uma força de igual intensidade mas
(C) m g cos _ (D) m g sin _
fazendo um ângulo de 20° com a horizontal, e atin-
gisse a mesma velocidade no mesmo intervalo de
tempo, qual seria a intensidade da força de atrito, 43. Um bloco de madeira de 3,0 kg, redutível a uma partí-
suposta constante? cula, é lançado da base de uma rampa, de inclinação
30°, com velocidade de módulo 10 m s−1. Suponha uma
força de atrito constante de 3,0 N.
40. Um caixote de 10 kg é arrastado sobre uma superfície
horizontal por uma força de 30 N que faz um ângulo a) Para o movimento de subida:
de 30° com a direção do movimento. A força de atrito (A) Há uma força a atuar sobre o bloco, paralela à
entre as superfícies é constante e a sua intensidade é rampa e apontando para cima, que o faz subir.
10% da intensidade do peso do caixote. O módulo da (B) A componente do peso paralela à rampa faz
velocidade passa de 2,0 m s−1 para 10,0 m s−1. subir o bloco.
72
1.2 Interações e seus efeitos
(C) A força de atrito, assim como a componente do b) Na situação de repouso, verifica-se que:
peso paralela à rampa, têm sentido oposto ao da (A) m g sin _ = F sin _
velocidade do bloco.
(B) m g sin _ = F cos _
(D) A resultante das forças que atuam sobre o bloco
(C) m g cos _ = F sin _
tem a direção e o sentido do movimento.
(D) m g cos _ = F cos _
b) Qual é a intensidade da resultante das forças?
c) Quanto tempo demora o bloco a atingir a altura
máxima sobre a rampa?
1.2.7 Primeira Lei de Newton
44. Um rapaz empurra um bloco de massa m, sobre uma
rampa, usando uma força horizontal, mas o bloco não 45. A resultante de forças sobre um carro é nula quando ele:
sai do repouso. Suponha desprezável o atrito entre o
(A) passa do repouso para movimento.
bloco e o plano.
(B) se move sempre na mesma direção com o velocí-
metro a marcar valores cada vez menores.
(C) se move numa rotunda com o velocímetro a mar-
car sempre o mesmo valor.
(D) se move numa estrada retilínea com o velocímetro
sempre a marcar o mesmo valor.
ն
46. Uma pessoa está sentada e diz estar «com uma grande
inércia». Esta ideia traduz a Lei da Inércia?
a) Selecione o diagrama das forças aplicadas no cen-
47. Aristóteles acreditava que, para manter um objeto em
tro de massa do bloco, sendo F a força exercida pelo
movimento, era necessário aplicar-lhe continuamente
rapaz.
uma força. De facto, um livro que está numa mesa, só
A B
se mantém em movimento se for empurrado. Como se
explica esta situação segundo o ponto de vista Galileu?
P P
50. Por que se usam encostos de cabeça num carro?
73
1. MECÂNICA
51. Dois alunos, aproximadamente com a mesma massa, a) Indique as incertezas absolutas de leitura do cronó-
fazem uma corrida. Um transporta uma mochila pesada. metro e da craveira.
a) Quando se dá o apito da partida, qual terá maior difi- b) Indique a medida do diâmetro da esfera na unidade SI.
culdade em iniciar o movimento? Justifique.
c) Indique a medida do tempo de queda entre as duas
b) Quando estão em movimento ouvem um sinal de células em função da incerteza absoluta e na uni-
apito para pararem. Qual terá maior dificuldade a dade SI.
parar? Justifique.
d) Apresente a medida do tempo de passagem pela
célula 2 em função da incerteza relativa em percen-
52. Compare, justificando, o peso e a inércia de um corpo
tagem (desvio percentual) e na unidade SI.
na Terra e na Lua.
e) Calcule, fundamentando, os valores das medições
53. Coloca-se um cartão sobre um copo e uma moeda indiretas feitas para cumprir o objetivo do trabalho.
sobre o cartão. Ao empurrar-se bruscamente o cartão,
f) Um grupo A obteve para a aceleração 10 m s−2. Um
a moeda cai no copo. Explique este facto.
grupo B obteve 11 m s−2 usando uma esfera de massa
diferente.
i) Calcule o erro percentual associado a cada medi-
ção e indique, justificando, qual medida é mais
exata.
ii) Indique um erro experimental que possa ter
influenciado a exatidão dos resultados.
iii) A massa das esferas influenciará os resultados?
Justifique.
Atividades laboratoriais 55. A montagem da Fig. 42 (pág. 65) foi usada para veri-
ficar se será possível o carrinho mover-se quando a
54. Para obter experimentalmente a aceleração de uma resultante das forças for nula.
esfera em queda usou-se a montagem da Fig. 40 Um sensor de movimento foi ligado a um programa de
(pág. 61). Mediu-se o diâmetro da esfera com uma cra- aquisição automática de dados, obtendo-se o gráfico
veira digital. A esfera foi deixada cair junto à célula 1, velocidade-tempo para o movimento do carrinho:
em três ensaios nas mesmas condições, registando-se
o intervalo de tempo, 6t, de passagem da esfera pela
célula 2. Mediu-se também o tempo de queda da esfera
entre as duas células, 6tqueda, em três ensaios nas mes-
mas condições anteriores. Os intervalos de tempo
foram obtidos com um aparelho digital. A tabela apre-
senta os dados experimentais:
Velocidade
74
1.2 Interações e seus efeitos
0,400 0,3208
0,500 0,4495
0,600 0,5239
A B
A
vx / m s−1
20,0
10,0 B
30°
0
1,0 2,0 3,0 4,0 t/s
−10,0
75
1. MECÂNICA
59. Um carrinho de 311,07 g é puxado por uma força cons- 61. Observe a figura: um esquiador de 60 kg passa na posi-
tante num plano horizontal, num certo intervalo de ção A com uma certa velocidade e chega à posição C
tempo, deixando depois de atuar. A força faz um ângulo com velocidade de módulo 14 m s−1. O atrito é despre-
de 20° com a direção do movimento. Este é descrito zável entre A e C. Entre B e C há uma rampa. A partir
pelo seguinte gráfico velocidade-tempo. de C há uma zona horizontal de travagem onde a inten-
sidade da força de atrito é 20% da intensidade do peso
v / m s−1 do esquiador. Despreze a resistência do ar e considere
0,700 o esquiador redutível a uma partícula.
0,650
0,600 B
0,550
0,500 C
4,0 m 10°
0,450
1,5 m
0,400
0,350 A
0,300
0,250 Determine:
0,200
a) o trabalho do peso do esquiador entre as posições
0,150
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 t/s A e C.
b) o módulo da velocidade do esquiador na posição A.
a) Que velocidade tinha o carrinho quando a força c) a intensidade da resultante das forças que atuam
atuou? sobre o esquiador entre B e C.
b) Justifique por que razão se pode afirmar que as for- d) o trabalho da resultante das forças que atuam sobre
ças dissipativas foram desprezáveis. o esquiador entre B e C.
c) Que distância percorreu o carrinho após a força ter e) o tempo que decorre entre as posições B e C.
deixado de atuar?
f) a distância percorrida a partir de C até parar.
d) Determine o trabalho realizado pela resultante das
forças no intervalo de tempo em que atuou a força.
e) Determine a intensidade da força que atuou sobre o
carrinho.
2,0 m
B C
76
1.3 Forças e movimentos
1.3 FORÇAS E
MOVIMENTOS
1.3.1 Movimento retilíneo de queda livre
1.3.2 Movimento retilíneo uniformemente variado
1.3.3 Movimento retilíneo de queda com resistência do ar apreciável
1.3.4 Movimento retilíneo uniforme
1.3.5 Movimento circular uniforme
AL 1.3 Movimento uniformemente retardado:
velocidade e deslocamento
77
1. MECÂNICA
Queda livre de um corpo junto à Comecemos com um movimento bastante comum: o movimento retilíneo
superfície da Terra: de queda livre junto à superfície da Terra, que ocorre quando a resistência do
– só atua o peso (a resistência do ar é ar é desprezável. A resultante das forças é o peso do corpo, P, e a correspon-
desprezável);
dente aceleração é a aceleração gravítica, g. Como esta é praticamente cons-
– a aceleração é constante e igual a g
(módulo g = 10 m s–2); tante, o movimento é uniformemente variado: uniformemente acelerado se o
– o movimento é uniformemente variado. corpo desce e uniformemente retardado se o corpo sobe.
vy vy
v Declive = g Declive = g
y v0y
v t t
g
vy
vy
y v0y t
v t
Fig. 1 Gráficos velocidade-tempo para Declive = −g
um corpo em queda livre, quando cai
Declive = −g
verticalmente, para as orientações
descendente e ascendente do eixo dos yy.
v v t
y Declive = g
v0y
v v
g
vy
Fig. 2 Gráficos velocidade-tempo y v0y
para um corpo em queda livre, quando v v Declive = −g
é lançado verticalmente para cima, para
as orientações descendente e ascendente t
do eixo dos yy.
78
1.3 Forças e movimentos
eixo dos yy no
vy = v0y + ay t com ay = g sentido descendente ( y)
eixo dos yy no
y = b + mx ay = –g sentido ascendente ( y)
6vy
ay =
6t
Atividade 1: Como varia a velocidade de um corpo em
queda livre vertical? Como calcular a aceleração?
QUESTÕES p. 96
Questão resolvida 1
Uma bola de 100 g, redutível a uma partícula, é lançada verticalmente para vy / m s−1
cima, desde a janela de um prédio, acabando por cair na rua. O movimento
é descrito pelo gráfico ao lado, com a área colorida a corresponder a 5,0 m.
A resistência do ar é desprezável.
0
a) Qual é o sentido do eixo dos yy usado para obter o gráfico? Justifique. 1,00 2,00 2,55 t/s
a) Inicialmente a componente escalar da velocidade passar pela janela a velocidade tem o mesmo módulo pois,
é positiva e o corpo está a subir (a velocidade aponta como a energia potencial é a mesma e há conservação da
para cima), pelo que o eixo dos yy apontará para cima energia mecânica (não há forças dissipativas), a energia
(por isso, a = −g = −10 m s−2). cinética terá também de ser a mesma; mas o vetor
b) A área indica a componente escalar do deslocamento velocidade aponta para baixo, pelo que vy(2,00) = – 10 m s–1.
até atingir a altura máxima (quando a velocidade é nula), A área do gráfico em [1,00; 2,55] s dá a componente
que é igual a 5,0 m. escalar do deslocamento na descida; para o determinar
A resultante das forças é o peso, pelo que é necessário conhecer vy(2,55):
vy = 10 – 10 × 2,55 vy = –15,5 m s–1; por isso
WF = WP = –m g h = –0,100 × 10 × 5,0 = –5,0 J.
R
–15,5 × (2,55 – 1,00)
c) Usando vy = v0y + ay t no instante 1,00 s, tem-se: 6y = = –12,0 m. Como a bola sobe
2
0 = v0y – 10 × 1,00 v0y = 10 m s–1; quando a bola volta a 5,0 m e desce 12,0 m, a altura da janela é 7,0 m.
79
1. MECÂNICA
v (t ) = v0 + a t
1
x (t ) = x0 + v0 t + a t2
2
Equações do movimento: (movimento no eixo dos xx )
são estabelecidas a partir:
– da aceleração, a, que depende
em que x, x0, v0 e a são componentes escalares, podendo ter valores positivos ou negativos.
da resultante das forças
(Segunda Lei de Newton); As duas equações anteriores são chamadas equações do movimento. Ficam
– das condições iniciais completamente definidas dando a aceleração, a, e as chamadas condições iniciais: a
• posição inicial, x0
posição inicial, x0, e a velocidade inicial, v0.
• velocidade inicial, v0.
As equações indicam que o gráfico x(t) é uma parábola e que o gráfico v(t) é uma reta,
cujas formas dependem de x0, v0 e a. O sinal positivo ou negativo de a determina o declive,
Fig. 4 Movimento retilíneo positivo ou negativo, da reta no gráfico v(t) e a concavidade da parábola (voltada para
uniformemente variado. cima ou para baixo) no gráfico x(t). A Fig. 4 resume as características deste movimento.
Posição
(sobre o eixo dos xx): x A a > 0 (concavidade x A a > 0 (concavidade
1 voltada para cima): A voltada para cima): A
x(t) = x0 + v0 t + a t2 B a < 0 (concavidade t a < 0 (concavidade
2 B
voltada para baixo): B voltada para baixo): B
t
Gráfico x(t): parábola a>0 a<0 a>0 a<0
80
1.3 Forças e movimentos
Num movimento retilíneo de queda livre é costume usar o eixo dos yy como
referencial. No quadro da Fig. 5 mostra-se a atribuição de sinais positivos ou nega-
tivos às componentes escalares y0, v0 e a (constantes), para as orientações ascen-
dente e descendente do eixo dos yy, quando um corpo é lançado de uma altura h
do solo.
y y0 = h y0 = 0 y
v0 > 0 v0 < 0
0 0
v0 < 0 v0 > 0 y0 = h y0 = 0
h a = −g a=g a = −g a=g
Questão resolvida 2
Um bloco foi lançado numa superfície horizontal rugosa, com uma veloci-
dade de módulo 9,00 m s−1, sendo a intensidade da força de atrito 30,0% da
intensidade do peso. A partir das equações do movimento, determine quanto
tempo o bloco demorou a parar e a distância que ele percorreu.
QUESTÕES p. 96
81
1. MECÂNICA
Rar
P
v
82
1.3 Forças e movimentos
Rar
Devido ao aumento da resistência do ar, as intensidades P = Rar
v
do peso e da resistência do ar acabam por se igualar. P FR = 0
A resultante das forças e a aceleração tornam-se
nulas e a velocidade fica constante.
Esta velocidade chama-se 1.a velocidade terminal
(é cerca de 200 km h−1). Movimento retilíneo uniforme:
– velocidade constante
– aceleração nula
83
1. MECÂNICA
Gráfico velocidade-tempo
1.a velocidade
terminal Antes da abertura do paraquedas: [0, t2]
vy
[0, t1]: movimento retilíneo acelerado;
a velocidade aumenta; a aceleração diminui (o declive das retas tangentes
está a diminuir); vy > 0 e ay > 0.
[t1, t2]: movimento retilíneo uniforme;
2.a velocidade
terminal a velocidade é constante: 1.a velocidade terminal; a aceleração é nula.
Gráfico posição-tempo
Abertura do Antes da abertura do paraquedas: [0, t2]
y paraquedas [0, t1]: curva com concavidade para cima (não é uma parábola pois
o movimento não é uniformemente variado).
[t1, t2]: reta, cujo declive dá a componente escalar da 1.a velocidade
terminal.
84
1.3 Forças e movimentos
v (t ) = v0 + a t se a = 0 A v (t ) = v0
1 2
x (t ) = x 0 + v0 t +
2
a t se a = 0 A x (t ) = x0 + v0 t ou x (t ) = x0 + vt
Note-se que x, x0, v e v0 são componentes escalares e, portanto, podem ter
valores positivos ou negativos. O quadro da Fig. 12 resume as características do
movimento retilíneo uniforme e as formas dos gráficos v(t) e x(t).
v v
Velocidade:
v(t) = v0 = constante
t
Gráfico v(t):
reta horizontal t
v>0 v<0
x x
Posição
(sobre o eixo dos xx):
x(t) = x0 + v t
t
Gráfico x(t): reta com
t
declive não nulo
v > 0: declive positivo v < 0: declive negativo Fig. 12 Movimento retilíneo uniforme.
QUESTÕES p. 100
Questão resolvida 3
85
1. MECÂNICA
v v
v v
FR ac
FR ac
86
1.3 Forças e movimentos
1
Hz f=
T s Fig. 15 Período é o tempo que cada
cadeirinha demora a dar uma volta
completa.
Uma unidade de frequência muito utilizada é a «rotação por minuto», cujo
símbolo é rpm. Um antigo disco de vinil de 33 rpm efetuava 33 rotações num
Período, T : tempo de uma rotação
minuto. Num CD áudio a frequência da rotação depende do sítio que está a ser
completa.
lido: é 500 rpm quando lido na parte mais interior e 200 rpm quando lido na sua
parte mais exterior. Também nos carros aparece a indicação «rpm» ou «r/min» Frequência, f : número de rotações por
no conta-rotações (Fig. 16), instrumento que indica a frequência de rotação da unidade de tempo.
cambota (parte do motor cujo movimento é transmitido às rodas).
87
1. MECÂNICA
Velocidade angular no movimento Daqui se conclui que, no movimento circular uniforme, a velocidade angular
circular uniforme: depende do período; depende do período e permanece constante ao longo do tempo: o corpo des-
o seu módulo é constante ao longo
creve ângulos iguais em intervalos de tempo iguais. Num movimento uniforme
do tempo.
o módulo da velocidade, v, é igual à rapidez média. Podemos calcular a rapidez
média para um corpo que descreve uma rotação completa de raio r, isto é, per-
corre uma distância igual ao perímetro da circunferência durante um período:
s 2/r
rapidez média = =
6t T
2/
Velocidade de um corpo com movimento Como t = e a rapidez média é igual ao módulo da velocidade, a expres-
circular uniforme: depende da velocidade T
2/
angular e do raio da trajetória; o seu são anterior escreve-se v = r, ou seja:
T
módulo é constante ao longo do tempo.
v=r
O módulo da aceleração no movimento circular uniforme (aceleração cen-
trípeta) é dado por:
v2
ac =
r
Como, ao longo do tempo, a velocidade e o raio da trajetória circular são
constantes, o módulo da aceleração centrípeta é também constante.
Aceleração centrípeta de um corpo com Podemos relacionar o módulo da aceleração centrípeta com a velocidade
movimento circular uniforme: depende da angular substituindo a expressão v = t r na expressão anterior:
velocidade angular e do raio da trajetória;
o seu módulo é constante ao longo v2 (t r)2 t 2 r2
do tempo.
ac = = = = t 2 r, ou seja:
r r r
ac = 2 r
Resultante das forças sobre um corpo O módulo da resultante das forças (força centrípeta) obtém-se a partir da
com movimento circular uniforme: Segunda Lei de Newton. No quadro da Fig. 18 representam-se graficamente os
depende da massa, da velocidade angular
módulos da velocidade, aceleração e resultante das forças em função do tempo.
e do raio da trajetória; o seu módulo
é constante ao longo do tempo.
v2 v2
v=tr ac = FR = m
r r
v ac FR
88
1.3 Forças e movimentos
rA A
Questão resolvida 4
89
1. MECÂNICA
90
1.3 Forças e movimentos
Baixa altitude: até 1000 km, onde estão os satélites que observam e fotografam a superfície terrestre.
Altitude a que A ISS (onde se realizam experiências sobre condições de vida no espaço) orbita em baixa altitude.
orbitam os satélites
Média altitude: até cerca de 30 000 quilómetros. É nesta faixa que estão os satélites dos sistemas
artificiais:
de navegação como o GPS.
depende do tipo
de utilização. Altitude elevada: órbita geoestacionária, a cerca de 36 000 km, onde estão os satélites das telecomuni-
cações e alguns satélites meteorológicos. Alguns satélites orbitam a altitudes ainda maiores.
Satélites de observação
Fotografam a superfície do pla-
neta (vegetação, grandes mas-
sas de água), fazendo o mapea-
mento ambiental e geográfico.
Recolhem informações sobre
fontes de poluição. Podem auxi-
liar a proteção civil em situa-
ções de catástrofe (incêndios,
cheias, furacões).
91
1. MECÂNICA
Questão resolvida 5
冢 2T/ 冣 r =
mT mT G mT T 2
G = t2 r 2 G = 3 = 4,22 × 107 m.
r r 3 4/2
Fig. 22 Satélite geoestacionário: Como r = RT + h, tem-se h = 3,6 × 107 m = 36 000 km.
permanece sempre sobre a vertical de um
mesmo lugar do equador da Terra.
QUESTÕES p. 101
92
1.3 Forças e movimentos
RESUMO
• Corpo em queda livre junto à superfície terrestre: só atua o peso; o movimento
é uniformemente variado com aceleração g (aproximadamente constante).
• Tempo de queda numa queda livre: com as mesmas condições iniciais (mesmo
x0 e v0) é igual para todos os corpos, qualquer que seja a sua massa e forma.
93
1. MECÂNICA
Questões pré-laboratoriais
Um bloco, de massa m, largado do cimo de uma rampa 6. Qual dos seguintes gráficos representa a relação
da posição A, desliza sobre a rampa e atinge uma super- v 20 = 2a 6x? Como poderá calcular o módulo da acele-
fície horizontal rugosa, na posição B, acabando por parar ração a partir desse gráfico?
na posição C. Suponha que a resultante das forças de I II
v20 v0
atrito é constante durante a travagem.
4. Indique, justificando, o tipo de movimento do bloco 7. Para além da aceleração, que outra medição é neces-
entre B e C. Compare os sentidos da velocidade e da sária para medir indiretamente a intensidade da resul-
aceleração num ponto dessa trajetória. tante das forças de atrito na travagem? Justifique.
94
1.3 Forças e movimentos
Trabalho laboratorial
Questões pós-laboratoriais
1. Complete a tabela de dados determinando, para cada dessa reta e, a partir dela, calcule o módulo da acele-
posição em que o bloco foi abandonado, A, B,…: ração do movimento.
a) o tempo mais provável de passagem da tira pela 3. Determine a intensidade da resultante das forças de
célula e a velocidade nessa posição; atrito na travagem.
b) a distância de travagem mais provável. 4. Identifique possíveis erros experimentais.
2. Construa um gráfico do quadrado da velocidade inicial 5. Compare o resultado obtido com os de outros grupos,
na superfície horizontal em função da distância de tra- identificando as causas das diferenças, designadamente
vagem. Verifique que a melhor linha de ajuste aos pon- os fatores que afetam a distância de travagem.
tos experimentais é uma reta. Determine a equação
95
1. MECÂNICA
QUESTÕES
Notas: 4. Um aluno deixou cair uma bola e registou o movimento
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção com um sensor. Obteve o gráfico seguinte, no qual tra-
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta- çou uma reta de ajuste aos dados para um certo inter-
mente à questão colocada.
valo de tempo da queda, de modo a calcular o módulo
Considere os corpos redutíveis a partículas.
da aceleração do movimento. Terá concluído que a
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados.
Considere g = 10 m s−2.
resistência do ar é desprezável? Justifique.
Velocidade / m s−1
1. Em qual das situações há um movimento de queda livre?
−1,0
(A) Uma folha de papel cai de um 5.o andar.
(B) Um paraquedista chega ao solo em segurança. −2,0
96
1.3 Forças e movimentos
6. O astronauta David Scott, comandante da missão f) A partir da equação das posições, determine a posi-
Apolo 15, realizou na Lua uma experiência para com- ção do carrinho ao fim de 4,2 s.
provar uma ideia de Galileu: deixou cair um martelo g) Faça um esboço do gráfico x(t), identificando as coor-
da sua mão direita e uma pena de falcão da sua mão denadas referentes à posição inicial, ao instante da
esquerda, da mesma altura. inversão de sentido e à posição final.
a) O que terá observado David Scott?
b) Galileu previu que, na queda livre, o tempo de queda: 8. Uma borracha foi abandonada de uma janela demo-
rando 1,5 s a chegar ao solo. A resistência do ar é des-
(A) depende da forma e da massa do objeto.
prezável. Responda às questões seguintes utilizando
(B) depende da forma do objeto mas é independente
equações do movimento. Use como referencial um eixo
da sua massa.
vertical com origem na janela e sentido de cima para
(C) é independente da forma do objeto mas depen- baixo.
dente da sua massa.
a) Determine a componente escalar da velocidade
(D) é independente da forma e da massa do objeto. da borracha ao chegar ao solo e a altura de que foi
c) Durante a queda, o martelo e a pena estão sujeitos a abandonada.
forças gravíticas: b) Esboce os gráficos das funções x(t) e v(t).
(A) diferentes, caindo com acelerações iguais.
(B) diferentes, caindo com acelerações diferentes. 9. Um grave é lançado verticalmente para cima, com
velocidade de módulo 15 m s−1, de uma janela que está
(C) iguais, caindo com acelerações diferentes.
a 10 m de altura do solo. A massa do grave é 0,10 kg.
(D) iguais, caindo com acelerações iguais.
Considere para referencial o eixo dos yy, com origem
no solo e apontando de baixo para cima. Determine:
7. Observe o seguinte gráfico referente ao movimento
retilíneo de um carrinho, de massa 100 g, sobre o eixo a) o tempo que demorou a atingir a altura máxima.
dos xx. O movimento iniciou-se na posição x = –5 m. b) o tempo total que permaneceu no ar.
c) a componente escalar da velocidade com que che-
v / m s−1
gou ao solo.
d) a componente escalar da velocidade com que passou
3,0
a 5,0 m do solo.
e) Determine a componente escalar da velocidade ao c) a energia cinética do corpo quando está a 3,0 m de
fim de 4,2 s. altura do solo.
97
1. MECÂNICA
11. Uma bola A é deixada cair da janela de um prédio, a a) Esboce o gráfico velocidade-tempo para todo o movi-
10 m de altura da rua. No mesmo instante é lançada mento, supondo que a travagem se faz com movi-
da rua, verticalmente para cima, uma bola B com uma mento uniformemente retardado.
velocidade inicial de módulo 8,0 m s−1. As bolas são b) Determine o tempo de travagem:
redutíveis a partículas e despreza-se a resistência do
i) a partir do gráfico anterior.
ar. Em que instante estarão à mesma altura da rua?
ii) a partir das equações x(t) e v(t) do movimento uni-
12. Um carrinho de 4,0 kg move-se sobre uma mesa polida, formemente retardado.
com velocidade de módulo 5,0 m s−1, quando é sujeito
16. Uma bola de 200 g, redutível a uma partícula, desce
a uma força de 20 N, na mesma direção e sentido do
uma rampa gelada (de atrito desprezável), com a incli-
movimento, durante 3,0 s. Considere para referencial
nação de 50°. Quando está à altura de 5,0 m o módulo
um eixo xx com a direção e sentido da velocidade inicial.
da velocidade da bola é 6,0 m s−1.
Obtenha, a partir das funções x(t) e v(t), a distância per-
corrida e a componente escalar da velocidade ao fim
daquele intervalo de tempo. Suponha que o atrito entre
as superfícies é desprezável.
a) v b) v
F F a) Qual é o módulo da velocidade da bola quando atinge
30°
a base da rampa?
b) Que trabalho realizou a resultante das forças desde
a posição referida até à base da rampa?
14. Um bloco de 3,0 kg foi lançado horizontalmente sobre
c) Quanto tempo demorou a bola a atingir a base da
um chão rugoso, com velocidade de módulo 10 m s−1.
rampa?
A intensidade da força de atrito é 10% da intensidade
do peso. Considere um referencial com a direção e o
sentido do movimento.
a) Determine a distância percorrida pelo bloco até 1.3.3 Movimento retilíneo de queda com
parar, utilizando equações de movimento. resistência do ar apreciável
b) Determine a distância percorrida pelo bloco até
parar, usando considerações energéticas. 17. Uma folha de papel cai da varanda de um prédio e, ao
c) Que tempo decorreu até a velocidade do bloco ficar fim de um certo tempo, a sua velocidade fica constante.
reduzida a metade? E que distância percorreu o Podemos afirmar que:
bloco nesse intervalo de tempo? (A) Até a velocidade ficar constante, o movimento foi
retilíneo uniformemente acelerado.
15. Um carro, redutível a uma partícula, está a mover-se a
(B) A resultante das forças é igual ao peso.
60 km h−1 quando se encontra a 32,0 m de uma passa-
deira. Ao ver que um peão a vai atravessar, o condutor (C) A resistência do ar mantém-se constante na descida.
demora 0,400 s a avaliar a situação e depois trava, aca- (D) A resistência do ar mantém-se constante quando a
bando por parar imediatamente antes da passadeira. velocidade é constante.
98
1.3 Forças e movimentos
18. Três esferas, I, II e III, do mesmo raio mas de mas- iv) a resistência do ar é constante.
sas diferentes, caem de um helicóptero parado no ar. v) a velocidade tem sentido oposto ao da aceleração.
A figura apresenta o gráfico velocidade-tempo.
vi) a intensidade da resistência do ar está a aumentar.
v I vii) a resultante das forças tem o sentido da velocidade.
II viii) a intensidade do peso é inferior à intensidade da
resistência do ar.
III
b) Em que instante se dá a abertura do paraquedas?
0
c) Haverá conservação da energia mecânica durante o
t
movimento? Justifique.
a) Qual delas atingiu primeiro a velocidade terminal? d) Na Lua, qual seria a velocidade com que um paraque-
b) Qual delas será mais leve? dista atingiria o solo se caísse de 1500 m de altura?
c) Qual dos gráficos melhor representaria a queda das Considere gLua = 0,17 g.
esferas se elas estivessem na Lua?
20. Colocou-se um balão de 3,8 g cheio de ar sob um sen-
A I B I, II ou III sor de movimento ligado a um sistema de aquisição
v II v
de dados. Largou-se o balão, que caiu verticalmente
III
segundo uma trajetória retilínea, coincidente com o
eixo Oy de um referencial unidimensional. Obteve-se o
0 0
t t seguinte gráfico velocidade-tempo:
C III D
v II v 2,0
I, II ou III
I
vy / m s−1
1,5
0 0 1,0
t t
0,5
19. O paraquedismo só é possível porque a resistência
do ar se opõe ao movimento de queda dos corpos. Na 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 t / s
Lua, por exemplo, os paraquedas seriam inúteis pois
a) Qual foi o módulo da velocidade terminal?
não existe atmosfera. O gráfico seguinte representa o
b) Classifique, justificando, o movimento no intervalo de
módulo da velocidade de um paraquedista, segundo a
tempo [0,5; 1,0] s.
direção vertical, em função do tempo.
c) Qual dos esquemas pode indicar as forças que atuam
v no balão no intervalo de tempo [1,3; 1,7] s?
A B C D
0 t1 t2 t3 t4 t Fg Fg Fg Fg
a) Indique o(s) intervalo(s) de tempo em que: d) Para o intervalo de tempo [1,3; 1,7] s, determine:
i) a força resultante é nula. i) o trabalho da força resultante.
ii) o módulo da aceleração diminui. ii) a variação de energia potencial gravítica do sis-
iii) se observa a primeira velocidade terminal. tema balão + Terra.
99
1. MECÂNICA
21. Deixaram-se cair um berlinde e uma folha de papel. O a) O gráfico permite afirmar que:
gráfico seguinte refere-se aos seus movimentos. (A) A e B passam lado a lado apenas uma vez.
a) Associe cada objeto às letras A e B, justificando. (B) A e B têm igual velocidade no instante t = 9 s.
b) A partir de que instante B atingiu a velocidade termi- (C) A e B movem-se inicialmente no mesmo sentido.
nal? Justifique.
(D) em t = 9 s, A move-se mais rapidamente do que B.
b) Calcule a posição de B em t = 3 s.
a / m s−2
A
10 24. Dois carros A e B movem-se entre duas localidades
8 situadas a 800 m de distância, em sentidos contrários,
e em trajetórias praticamente retilíneas. Como havia
6
pouco trânsito, conseguiram manter velocidades cons-
4 tantes: A moveu-se a 72 km h−1 e B a 54 km h−1. Esboce
2 o gráfico posição-tempo para os carros. Onde e quando
B se encontraram?
0 5 10 15 20 25 30 35 40 t/s
A B
1.3.4 Movimento retilíneo uniforme
25. Na figura seguinte (que não está à escala), estão repre-
22. Um aluno vai de casa para a escola, por um passeio sentados dois conjuntos ciclista + bicicleta, CI e CII, que
retilíneo, com velocidade constante de módulo 2,0 m s−1. se movem ao longo de uma estrada retilínea e horizon-
Passa por uma pastelaria que fica entre a casa e a tal, coincidente com o eixo Ox de um referencial unidi-
escola, a 200 m desta última. A distância entre a escola mensional. Considere que cada um dos conjuntos pode
e a casa é 500 m. Tome como referencial o eixo dos xx, ser representado pelo seu centro de massa.
a apontar da escola para a casa, com origem na escola.
CI CII
Indique a função x(t) e determine, a partir dela, o tempo
que o aluno demorou a chegar à pastelaria e à escola.
100
1.3 Forças e movimentos
y/m
1,40
1,20 C D
P a P
a
1,00 F v
v F
0,80
0,60
0,40
c) Qual é o módulo da aceleração do ciclista? E o seu
0,20
período?
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 t/s 28. O pulsar do Caranguejo, uma estrela de neutrões, tem
25 km de diâmetro e roda em torno de si própria cerca
Para o intervalo de tempo [0,70; 1,20] s: de 30 vezes num segundo. Qual é a aceleração de um
a) classifique o movimento, justificando. ponto no seu equador?
b) determine a componente escalar da velocidade.
29. Se considerarmos o movimento da Terra em torno do
c) indique o módulo da velocidade terminal.
Sol aproximadamente circular e uniforme, e sabendo
d) escreva a equação das posições, considerando como que a distância entre os seus centros de massa é 1 ua
início dos tempos o instante t = 0,7 s. (150 milhões de quilómetros), qual é o módulo da velo-
e) calcule a energia mecânica dissipada. cidade da Terra na sua órbita?
101
1. MECÂNICA
30. A extremidade do ponteiro dos segundos de um relógio 33. Verifique, partindo da Segunda Lei de Newton e da Lei
move-se com uma velocidade de módulo constante e da Gravitação Universal, que um satélite a 3,6 × 104 km
igual a 6,0 cm s−1. de altitude demora um dia a dar uma volta à Terra.
a) Qual é o raio correspondente ao movimento desse (mT = 5,97 × 1024 kg; G = 6,67 × 10−11 N m2 kg−2;
ponteiro? RT = 6,4 × 103 km)
b) Considere a extremidade do ponteiro (ponto A) e um 34. Um satélite geostacionário de 5,0 × 103 kg encontra-se
ponto situado a meio do raio de rotação (ponto B). num ponto situado na vertical do equador. Calcule:
Complete a frase seguinte com uma das opções abaixo:
a) o módulo da a velocidade angular do satélite.
Relativamente ao ponto A, o ponto B tem … da velo-
b) o raio da órbita do satélite.
cidade e … da aceleração.
c) o módulo da força gravítica que atua no satélite,
(A) o dobro… o dobro
devido à interação com a Terra.
(B) metade … metade
(mT = 5,97 × 1024 kg; G = 6,67 × 10−11 N m2 kg−2)
(C) metade … o dobro
(D) o dobro … metade 35. Um satélite da Terra descreve uma órbita circular com
velocidade de módulo constante.
31. A Lua descreve uma órbita aproximadamente circular a) Qual dos esquemas traduz os gráficos que descre-
em torno da Terra, com movimento uniforme, demo- vem o movimento do satélite?
rando cerca de 27 dias. A distância entre os centros de
massa da Terra e da Lua é 3,8 × 105 km. A B
a) Que força conserva a Lua na sua órbita? v v
b) Por que razão a Lua não cai para a Terra?
c) Determine os módulos da sua velocidade angular e 0 t 0 t
da sua aceleração. F F
2/ 2/ 0 0
(C) (D) t t
12 12 × 3600
b) A velocidade do satélite depende:
c) A que altitude se encontram os satélites?
(A) da massa do satélite e do raio da órbita.
d) Qual é a variação da energia cinética de um satélite
quando percorre um quarto de circunferência? (B) apenas da massa do satélite.
e) Qual é o trabalho da resultante das forças que atuam (C) da massa da Terra e da massa do satélite.
sobre cada satélite numa rotação completa? (D) da massa da Terra e do raio da órbita.
102
1.3 Forças e movimentos
v v 8,4 19,0
(A) (B)
2 2 A 8,7 18,5
8,5 18,5
(C) 2v (D) 2v
9,6 16,0
36. O primeiro satélite português foi o PoSAT-1, de 50 kg. B 9,2 15,5
Era uma caixa metálica de pequenas dimensões e 9,5 16,0
movia-se a uma altitude de 807 km, descrevendo uma 10,4 12,0
órbita aproximadamente circular com um período de
C 10,5 11,5
101 minutos. Hoje encontra-se desgovernado e aca-
10,7 11,5
bará por se desintegrar na atmosfera. (RT = 6400 km)
12,6 7,7
a) Indique uma utilidade dos satélites a baixa altitude.
D 12,9 7,6
b) Quantas voltas dava o satélite em torno da Terra
num dia? 13,1 7,5
2 /× (807 + 6400) × 103 a) Indique o resultado da medida da massa na unidade SI.
(B)
101 × 60
b) Indique o resultado da medida do tempo, em função
2 /× (807 + 6400) do desvio percentual, para as medições referentes à
(C) posição inicial E do bloco sobre a rampa.
101 × 60
c) Complete a tabela calculando os valores mais prová-
2 /× 101 × 60 veis das medições diretas e o módulo da velocidade
(D)
(807 + 6400) × 103
do bloco ao atingir o plano horizontal.
d) Verifique que a intensidade da força gravítica que d) Construa um gráfico do quadrado da velocidade ini-
atuava no satélite, na órbita considerada, é cerca de cial na superfície horizontal em função da distância
4/5 da intensidade da força gravítica que atuaria no de travagem. A partir dele determine, justificando, o
mesmo satélite se este se encontrasse à superfície módulo da aceleração na travagem e a intensidade
da Terra. da resultante das forças de atrito.
103
1. MECÂNICA
104
1.3 Forças e movimentos
41. O telescópio Kepler tem como missão encontrar plane- c) Se, na situação B, o corpo fosse abandonado de uma
tas habitáveis fora do sistema solar. Em julho de 2015 altura h/2, o tempo de queda seria dado por:
detetou um desses planetas, a que foi dado o nome de
2h g
Kepler-452b: tem cinco vezes a massa da Terra e um (A) (B)
g 2h
raio que é maior do que o da Terra em cerca de 60%.
A distância do planeta à sua estrela é 157,5 milhões g h
(C) (D)
de quilómetros (semelhante à distância entre o Sol e a h g
Terra) e o seu período de translação é 385 dias. d) Se, na situação B, o corpo fosse uma folha de papel
(G = 6,67 × 10−11 N m2 kg−2) e tivesse chegado ao solo com metade da velocidade
a) Compare as intensidades das forças gravíticas que que teria numa queda livre, que percentagem de
atuariam sobre um mesmo corpo à superfície do energia mecânica teria sido dissipada?
Kepler-452b e à superfície da Terra. e) Se, na situação A, o corpo demorar 1,0 s a chegar à
b) Supondo que o movimento de translação deste exo- base da rampa, qual dos gráficos não pode traduzir
planeta é aproximadamente circular e uniforme, cal- o seu movimento no referencial indicado na figura?
cule a massa da estrela em torno da qual o planeta
orbita. A B
x/m x/m
A B
x
0,0 1,0 t / s 0,0 1,0 t / s
Solo 30°
43. Uma pequena bola, considerada uma partícula, foi
abandonada numa rampa em diferentes posições. Foi
medida a distância que ela percorreu, d, até chegar à
a) Compare, justificando, as duas situações quanto:
base da rampa, e o respetivo tempo, t. Os valores foram
i) ao módulo da velocidade com que o corpo chega registados na tabela seguinte. Construa um gráfico da
ao solo. distância em função do quadrado do tempo e determine
ii) ao módulo da aceleração do corpo. a partir dele, justificando, a aceleração do movimento.
iii) ao trabalho realizado pelo peso do corpo.
d/m 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60
b) Se, na situação B, o tempo de queda for 0,50 s, qual
t/s 2,14 2,40 2,63 2,84 3,03
será a altura h?
105
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
2ONDAS E
ELETROMAGNETISMO
106
2.1 Sinais e ondas
107
O
FASCINANTE
MUNDO DAS
ONDAS E DO
Fig. 1 Na ecografia usam-se ondas sonoras
(ultrassons) para ver um bebé no ventre
da mãe.
ELETROMAGNETISMO
O estudo dos fenómenos ondulatórios é da maior importância pois vivemos
num mundo onde há ondas por todo o lado. Com os nossos sentidos, em parti-
cular a audição e a visão, conhecemos o mundo que nos rodeia pois os nossos
ouvidos e olhos recebem ondas sonoras e ondas eletromagnéticas (luz), res-
petivamente. É também com estas ondas que comunicamos, quer diretamente
quer recorrendo a várias tecnologias. É ainda com estas ondas que são efetua-
dos certos diagnósticos e tratamentos médicos.
A luz é, de facto, uma onda. Mas Albert Einstein notou, no início do século XX,
que certos fenómenos só podiam ser explicados se a luz fosse também uma partí-
cula, a que se deu o nome de fotão. A dupla natureza (onda ou partícula) da luz veio
a ser compreendida com o desenvolvimento da teoria quântica. Esta teoria abriu
caminho à microeletrónica, que conduziu a objetos como os telemóveis, que per-
mitem comunicar por ondas eletromagnéticas. Também a luz laser e a luz LED,
que hoje estão por todo o lado, só se explicam recorrendo à teoria quântica.
108
2.1 Sinais e ondas
109
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Sinal: perturbação que produz alteração As ondas estão por todo o lado: há ondas na água, ondas sísmicas, ondas
de uma propriedade física. sonoras, ondas eletromagnéticas, etc. São as ondas que nos permitem ver, ouvir
ou comunicar, usando ou não dispositivos tecnológicos. As ondas permitem
ainda detetar e curar doenças ou conhecer a origem e a constituição do Universo.
Mas o que é uma onda e como se produz?
Para gerar uma onda num meio é necessário criar uma perturbação num
ponto (ou numa zona), ou seja, alterar uma propriedade física do meio nesse
ponto. Quando isso ocorre, dizemos que foi criado um sinal.
Por exemplo, quando cai uma gota de água sobre a superfície calma de um
lago, como na Fig. 1:
• no ponto onde cai a gota, há uma perturbação que se traduz na oscilação
da água nesse local em torno de uma posição de equilíbrio (o nível da
água);
• a energia associada à oscilação da água é logo transferida à vizinhança,
Fig. 1 A queda de uma gota de água na em todas as direções da superfície, que começa também a oscilar.
superfície de água em repouso produz uma
perturbação. A propagação da perturbação • à propagação da perturbação chamamos onda. Ela é evidenciada pelas
origina uma onda.
formas circulares na água; globalmente, não houve transporte de água
do ponto inicial para os restantes, mas sim do sinal. A onda progride com
uma certa velocidade, que depende do meio.
Fig. 2 Um sinal criado numa ponta da corda Nos dois exemplos anteriores, a perturbação provoca oscilações ou vibra-
propaga-se ao longo dela, produzindo
uma onda. ções num ponto de um meio. Esta perturbação é o sinal. A propagação do sinal
origina a onda. Existe transferência de energia mas não transporte de matéria.
Onda: propagação de um sinal.
Há transferências de energia mas não Podemos fazer oscilar bruscamente a ponta de uma corda uma só vez, para
há transporte de matéria. cima e para baixo (Fig. 3). Produzimos assim um sinal de curta duração, chamado
pulso, que se propaga com uma certa velocidade, como uma onda solitária.
Pulso: sinal de curta duração.
110
2.1 Sinais e ondas
Módulo da velocidade
Direção de oscilação
de propagação de uma onda
s
v=
6t
111
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
No caso das ondas sísmicas coexistem esses dois tipos de ondas (Fig. 6):
as ondas primárias são longitudinais (ondas P, as primeiras a chegar por terem
maior velocidade); as ondas secundárias são transversais (ondas S, que se pro-
pagam apenas em sólidos).
Ondas P
Direção de propagação
Direção de oscilação
Ondas S
Numa mola podemos produzir ondas transversais ou ondas longitudinais (Fig. 7).
112
2.1 Sinais e ondas
Consideremos a onda numa corda, como na Fig. 4: se a mão repetir periodica- Onda periódica: propagação do mesmo
mente a oscilação na extremidade da corda, para cima e para baixo, cria-se uma sinal produzido em intervalos de tempo
iguais, ou seja, de um sinal periódico.
sequência de pulsos iguais em intervalos de tempo iguais. Produz-se um sinal
Tem características que se repetem
periódico cuja propagação origina uma onda periódica. Como o nome indica, no espaço e no tempo.
esta onda tem características que se repetem no tempo mas também no espaço,
como veremos.
A onda da Fig. 4 é exemplo de uma onda periódica, que resulta de um sinal produ- Fonte emissora da onda: onde se
zido pela mão, que é a fonte emissora da onda. A mão, ao oscilar, transfere energia cria a perturbação, ou seja, o sinal cuja
propagação origina a onda.
para a corda, cuja ponta passa a ter igual oscilação. A seguir, as outras partes da
corda entram também em oscilação mas com atrasos em relação às primeiras.
Período: tempo de uma oscilação
O tempo de uma oscilação completa da mão, ou seja, da fonte emissora, é completa.
chamado período de oscilação, T. O máximo afastamento da mão relativamente
à posição de equilíbrio é a amplitude de oscilação (símbolo A). Amplitude: valor máximo da grandeza y.
y
A
A T
0
T t
A
Fig. 9 Gráfico do sinal periódico,
que origina a onda da corda da Fig. 4.
−A
Exibe a periodicidade temporal da onda.
T
Um gráfico y(t), como o da Fig. 9, descreve o sinal que originou a onda e evi-
dencia a periodicidade temporal da onda: repetição em intervalos de tempo Periodicidade temporal de uma onda:
iguais a um período. as características das oscilações
repetem-se em intervalos de tempo
A fonte emissora pode oscilar mais ou menos rapidamente, o que define a iguais (período da onda). É evidenciada
sua frequência, f: número de oscilações por unidade de tempo. em gráficos y (t ).
A frequência da fonte é também a frequência de oscilação das partes do meio Frequência: número de oscilações
em que se propaga a onda, por isso é chamada frequência da onda. É uma carac- por unidade de tempo.
terística que depende apenas da fonte emissora e é igual ao inverso do período:
1
Hz f=
T s
113
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Os gráficos de sinais periódicos, y(t), podem ter formas variadas (Fig. 10).
y y
t t
Há sinais não periódicos que originam ondas não periódicas. O sinal da Fig. 11,
que mostra um eletrocardiograma, é um sinal não periódico (embora, neste caso,
não dê origem a uma onda).
Nas representações gráficas y(t) para uma onda, y é a grandeza que corres-
ponde à propriedade física alterada num ponto do meio (perturbação). Por isso,
y não tem de ser uma posição, como nas ondas numa corda ou na água. Pode
Ondas harmónicas ou sinusoidais:
produzidas por sinais harmónicos, representar, por exemplo, uma pressão, como no caso das ondas sonoras, que
caracterizados por uma função do tipo estudaremos adiante.
y (t ) = A sin (tt ).
A onda periódica produzida por um sinal como o da Fig. 9 é descrita matema-
ticamente por uma função seno ou cosseno. Estes sinais dizem-se harmónicos
Fig. 12 Função y(t) e representação ou sinusoidais (Fig. 12) e as ondas assim produzidas dizem-se ondas harmónicas
gráfica para um sinal harmónico. ou sinusoidais.
Sinais harmónicos
114
2.1 Sinais e ondas
y y Crista
T ր
A A
t x
ր
v
Vale
Numa corda, y(t) descreve o movimento Numa corda, y(x) representa as
Fig. 14 Periodicidade temporal e
de uma partícula da corda ao longo posições das partículas da corda periodicidade espacial de uma onda
do tempo. no mesmo instante. harmónica.
115
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Periodicidade espacial de uma onda: a repetição O gráfico y(x) da Fig. 15 indica o valor da grandeza y em função da
no espaço é caracterizada pelo comprimento distância x à fonte emissora e representa a onda no espaço num certo
de onda. É evidenciada em gráficos y (x ).
instante. Neste gráfico, a distância entre dois pontos consecutivos no
mesmo estado de vibração, como x1 e x2, é um comprimento de onda,
grandeza que traduz a periodicidade espacial de uma onda.
y
ր Podemos também visualizar a periodicidade espacial numa onda
A
longitudinal. A Fig. 16 mostra uma mola onde foi produzida uma onda
longitudinal a partir de um sinal harmónico: criam-se zonas de maior
A ր
densidade de espiras – zonas de compressão – e zonas com menor
0 densidade de espiras – zonas de rarefação –, que vão alternando ao
x1 x2 x
ր longo do tempo. No gráfico y(x), y representa a densidade de espiras,
A
ou seja, o número de espiras por unidade de comprimento. O zero da
função y(x) corresponde à densidade uniforme na mola não pertur-
−A bada. A distância entre duas zonas de compressão ou de rarefação
ր consecutivas é um comprimento de onda.
Fig. 15 Representação de uma onda,
em função da distância à fonte emissora, x,
que evidencia a periodicidade espacial Rarefação Compressão
da onda.
ր
Densidade
m s–1 v=f Hz
m
• Depende das características do meio e pode depender da
frequência.
• Se for constante num determinado meio, o comprimento de onda
e a frequência serão inversamente proporcionais.
• A velocidade máxima de propagação de um sinal é a velocidade
da luz no vazio: 3,00 × 108 m s−1.
116
2.1 Sinais e ondas
As ondas complexas são produzidas por sinais complexos, isto é, Sinais complexos: não são descritos por
sinais que não são harmónicos mas que podem ser descritos matema- uma só função harmónica, mas sim por
uma sobreposição de funções harmónicas.
ticamente por uma sobreposição de sinais harmónicos. É o que acon-
tece, por exemplo, com os sons emitidos pelos instrumentos musicais:
um sinal complexo periódico pode ser sempre decomposto em sinais
harmónicos, como mostra a Fig. 17.
+ t
Fig. 17 Um sinal complexo pode ser descrito como
a sobreposição de sinais sinusoidais.
t + t
Sinal complexo
+ t
etc.
117
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Fig. 20 Grandezas características O quadro da Fig. 20 caracteriza as grandezas associadas a uma onda.
de uma onda.
Questão resolvida 1
QUESTÕES p. 132
118
2.1 Sinais e ondas
Uma onda sonora é uma onda mecânica: é produzida pela oscilação (vibra-
ção) de uma porção de um meio material elástico, que é um meio cujas partes
oscilam quando sofrem uma deformação.
Também a nossa voz resulta de sinais produzidos pela vibração das cordas
vocais e do ar que respiramos. Tal vibração, devida à ação de músculos coman-
dados pelo cérebro, gera ondas sonoras.
Homem
Onda sonora em fluidos: é longitudinal.
Cão
Golfinho
Morcego
Vejamos como se propaga um sinal sonoro produzido por um diapasão (Fig. 23),
instrumento que vibra com uma frequência característica e que é, por isso, usado
para afinar instrumentos musicais. Quando se bate com um pequeno martelo nas
hastes do diapasão (diz-se «percutir» o diapasão), estas vibram produzindo um sinal Fig. 23 Diapasão com caixa de ressonância:
sinusoidal, cuja propagação origina uma onda sonora a que chamamos som puro. produz um som puro.
119
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Diapasão: produz um sinal sonoro As camadas de ar em redor das hastes do diapasão passam a vibrar em
sinusoidal que origina um som puro torno de uma posição de equilíbrio (mas não se deslocam como um todo!). Esse
(onda sonora sinusoidal).
movimento é comunicado às camadas de ar vizinhas e assim sucessivamente,
devido à elasticidade do meio.
Maior pressão
Zona de compressão:
maior densidade do ar
Menor pressão
P Zona de rarefação:
menor densidade do ar
120
2.1 Sinais e ondas
p
Sinal sonoro sinusoidal (ou harmónico)
p (t ) = p0 sin (t )
T
• p : pressão num ponto, em relação a uma pressão de referência
(no ar, é a pressão atmosférica); a unidade SI é o pascal (Pa); p0
• p0: amplitude (no ar, é vários milhares de vezes inferior à pressão
T t
atmosférica); p0
• t : frequência angular.
A função p (t ) evidencia a periodicidade temporal da onda sonora num
dado ponto do meio.
Não representa a propagação da onda no espaço!
T
Diz-se, então, que o som é uma onda de pressão porque a sua propagação
origina variações de pressão no espaço.
A velocidade com que o som se propaga depende do meio de propagação e, Fig. 27 Representação da onda no espaço.
121
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Dizemos que os sons podem ser fortes ou fracos, agudos ou graves. Estes
atributos estão relacionados com as características do sinal sonoro. Quanto
maior for a amplitude de pressão do sinal sonoro, maior será a intensidade do
som (som mais forte). Por outro lado, os sons serão altos (agudos) se tiverem
frequência alta, ou baixos (graves) se tiverem frequência baixa.
Flauta Clarinete
t t
Fig. 30 Sinais sonoros Sons
correspondentes a um som complexos
puro e a sons complexos Violino Voz (ah)
para a mesma nota musical. t t
122
2.1 Sinais e ondas
Som puro
Timbre Forma da onda
Som complexo
Questão resolvida 2
1,70 3,40 t / ms
123
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
RESUMO
• Sinal: perturbação que ocorre localmente e altera uma propriedade física.
• Sinal sonoro sinusoidal: descrito por p(t) = p0 sin (t t); p: pressão relativa-
mente a um valor de referência (no ar é a pressão atmosférica); p0: amplitude.
124
2.1 Sinais e ondas
Características do som
Vamos realizar uma atividade no laboratório que permita responder à seguinte
questão:
Questões pré-laboratoriais
125
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Trabalho laboratorial
Nesta atividade estudam-se sinais elétricos que se visualizam num osciloscópio. Alguns
foram produzidos por sinais sonoros e permitem investigar características como o
período, a frequência, o comprimento de onda, a intensidade e o timbre dos sons.
Utilize o seguinte material:
• osciloscópio de dois canais (ou computador, tablet ou smartphone com software
de edição de som ou outro sistema de aquisição de dados);
• gerador de sinais;
• dois microfones;
• altifalante;
• cabos de ligação;
• diapasão e martelo;
• régua.
Tal como nas televisões antigas, nos osciloscópios analógicos mais comuns há um
feixe de eletrões emitido por um filamento aquecido dentro de um tubo (sem ar).
Esse feixe é acelerado e embate num ecrã fluorescente, produzindo aí uma cintila-
ção. Nos osciloscópios digitais o tratamento dos sinais é semelhante ao que fazem
os computadores. Os osciloscópios analógicos e digitais têm algumas funções iguais.
Para obter uma imagem nítida e estável num osciloscópio, é necessário explorar
alguns botões de controlo e comutadores existentes no seu painel (Fig. 34) que des-
crevemos a seguir.
126
2.1 Sinais e ondas
2. Audição e limites
de audição.
cias cada vez menores e, em
seguida, frequências cada vez
maiores. Registe a frequência Altifalante
Ligue um altifalante (ou ausculta- mínima e a frequência máxima
dor) à saída do gerador de sinais que consegue ouvir, que são os
(com um «T»), de modo a ouvir seus limiares de audição. Faça o Fig. 36 O altifalante produz um sinal sonoro com as
sons com as frequências selecio- mesmo registo para outro aluno mesmas características do sinal elétrico produzido no
gerador.
nadas no gerador (Fig. 36). Registe e para uma pessoa mais velha.
127
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
3. Tipos de sinais.
Desligue o gerador de sinais do
4. Medição direta do compri-
mento de onda.
osciloscópio e ligue um microfone Desligue o gerador de sinais do
ao canal 1 do osciloscópio (Fig. 37). osciloscópio e ligue um microfone
a) Produza um sinal sonoro com um ao canal 1 do osciloscópio (Fig. 38).
diapasão, em frente ao micro- Volte a usar o gerador de sinais
fone. Visualize as características ligado apenas ao altifalante. Ligue
Diapasão do sinal elétrico correspondente. um segundo microfone ao oscilos-
Microfone
Varie a intensidade do som per- cópio no canal 2.
Fig. 37 A onda sonora produzida pelo diapasão cutindo o diapasão com mais ou Produza um sinal no gerador, por
é captada pelo microfone. menos força e veja como variam exemplo de 1 kHz. Coloque os micro-
as amplitudes do sinal elétrico. fones lado a lado, junto a uma régua,
Registe a frequência indicada no em frente ao altifalante e à mesma dis-
diapasão. Determine o período tância dele, como na Fig. 38. Observe
do sinal elétrico e calcule a sua que os dois sinais no osciloscópio
frequência. ficam sobrepostos (se isso não acon-
b) Emita sons direcionados para o tecer, ajuste as posições dos microfo-
microfone, por exemplo letras, nes até que haja sobreposição).
Microfone 1
palavras, assobios, e visualize Fixe um dos microfones e, em
os respetivos sinais elétricos. seguida, afaste o outro ao longo da
Compare os sinais produzidos régua, até que os sinais voltem a ficar
Régua por diferentes alunos que emi- sobrepostos. Meça a distância per-
Altifalante
Microfone 2 tem sons semelhantes. corrida pelo microfone ao longo da
régua. Esta é a distância a que a onda
Fig. 38 Medição direta de um comprimento de onda. sonora se propagou num período; por
isso é igual ao comprimento de onda
da onda sonora.
Questões pós-laboratoriais
1. Apresente o resultado da medição do período que diapasão. Determine a sua frequência e calcule o res-
obteve no ponto 1 do trabalho laboratorial. petivo erro percentual, tomando como referência a fre-
quência inscrita no diapasão.
2. Como variou a intensidade do som emitido pelo altifa-
lante quando aumentou a amplitude do sinal no gera- 6. Dos sinais observados no osciloscópio, quais corres-
dor? Como justifica essa relação? ponderam a sons puros? E a sons complexos?
3. Apresente a tabela de dados experimentais relativa aos 7. Apresente o resultado da medição do comprimento de
sinais elétricos visualizados no osciloscópio e produzi- onda do som que se propagou do altifalante até ao micro-
dos pelo gerador de sinais (ponto 2 do trabalho labo- fone. Qual seria o módulo da velocidade de propagação
ratorial). A partir do valor experimental da frequência do som no ar, calculado com base neste procedimento?
de cada sinal, avalie a respetiva exatidão tomando
8. Os sinais elétricos correspondentes à voz dos vários
como referência o valor marcado no gerador de sinais.
alunos foram iguais? Indique um atributo do som que
4. Quais foram os limiares de audição relativamente aos os distingue, permitindo identificar os sons emitidos.
sons escutados pelas várias pessoas? Que conclui
9. A tecnologia de reconhecimento de voz pode não fun-
com base nesses valores?
cionar se a pessoa estiver num ambiente ruidoso. Por
5. Apresente o resultado da medição do período do que será? Que outras limitações tem esta tecnologia?
128
2.1 Sinais e ondas
Questões pré-laboratoriais
129
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Trabalho laboratorial
Procedimento I:
Material: osciloscópio, microfone com amplificador, mangueira de 15 m, cabos de liga-
ção, tampa metálica, termómetro.
Procedimento II:
Material: osciloscópio, gerador de sinais, altifalante, microfone, cabos de ligação, régua,
termómetro.
Questões pós-laboratoriais
1. Determine a velocidade de propagação do som no ar: a partir de uma reta de regressão, determine o valor da
no procedimento I, faça uma média dos intervalos de velocidade.
tempo obtidos e calcule o valor dessa velocidade; no
2. Determine o erro percentual do resultado obtido e ava-
procedimento II, construa o gráfico distância-tempo e,
lie a sua exatidão.
130
2.1 Sinais e ondas
QUESTÕES
Notas: 4. Uma onda transporta energia na direção horizontal e
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção da direita para a esquerda. As partículas do meio osci-
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta- lam em torno das posições de equilíbrio, em média, da
mente à questão colocada.
direita para a esquerda e da esquerda para a direita.
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados.
Esta onda é … e …, sendo o sentido de propagação da …
(A) eletromagnética … transversal … direita para a
esquerda.
2.1.1 Sinais e ondas. Ondas transversais (B) eletromagnética …transversal … esquerda para a
e ondas longitudinais. Ondas mecânicas direita.
e ondas eletromagnéticas (C) mecânica …longitudinal … da esquerda para a direita.
(D) mecânica …longitudinal … da direita para a esquerda.
1. Selecione a afirmação verdadeira:
(A) Um sinal é uma alteração de uma propriedade 5. Quando ocorre uma trovoada, vê-se o relâmpago e só
física num certo ponto de um meio, alteração essa depois se ouve o trovão.
que se propaga instantaneamente. a) Que ondas se propagam no ar neste fenómeno? Em
(B) Numa onda persistente produz-se um só pulso. qual delas há vibração do ar?
(C) Só pode haver onda quando existe um meio mate- b) Justifique o facto de se ver primeiro a luz e só depois
rial que permita a propagação de um sinal. se ouvir o som.
(D) As ondas transportam energia mas não matéria. c) Sabendo que a velocidade de propagação do som no
ar é 340 m s−1, e que se ouviu o som 4,2 s após se ver
2. Indique a opção que permite preencher sequencial- o clarão, estime a distância ao local onde ocorreu o
mente os espaços seguintes. relâmpago.
Um sinal eletromagnético … de um meio material para
6. A figura representa uma onda (um único pulso) numa
se propagar e produz ondas ….
corda em dois instantes diferentes.
(A) necessita ... transversais.
(B) não necessita ... transversais.
A B
(C) não necessita ... longitudinais.
t=0s
(D) necessita ... longitudinais. 0
x
131
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
A
t
B
t
20 cm
C
t
10 cm
(C) A frequência angular do movimento é 24/ rad. (A) O agitador realiza uma oscilação completa em 10 s.
(D) Os pontos da corda oscilam com frequências (B) O comprimento de onda da onda gerada na água é
diferentes. 40 cm.
b) Se a frequência de vibração da ponta da corda passar (C) A separação na horizontal entre as coordenadas de
para o dobro, como mudará a frequência de vibração uma crista e um vale consecutivos é 10 cm.
dos outros pontos da corda? (D) A velocidade de propagação da onda é 1,0 m s−1.
132
2.1 Sinais e ondas
0
B 20 40 60 t / ms
−3
A
−6
−9
a) Determine o comprimento de onda da onda. a) Quantas oscilações completas realiza cada ponto da
b) Qual é a frequência de oscilação do ponto A? E do corda num minuto?
ponto B? b) A que distância se propaga a onda ao fim de 30 s?
c) Escreva, em unidades SI, a função que descreve o
14. A figura representa ondas produzidas numa tina de
movimento de P.
ondas, estando o gerador de ondas ajustado para uma
frequência de 6,0 Hz. As zonas escuras representam d) Determine a distância entre as abcissas dos pontos
cristas e as zonas claras representam vales. A distân- A e B.
cia entre os pontos A e B é 20,8 cm. e) Como se pode aumentar a energia do oscilador P?
133
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
134
2.1 Sinais e ondas
19. Os gráficos seguintes representam sinais elétricos c) Escreva a expressão para o sinal elétrico, em uni-
recolhidos num osciloscópio correspondentes a três dades SI, que traduz a diferença de potencial, U,
sons A, B e C que se propagam no ar. em função do tempo, t, descrito pela função
U(t) = Umax sin (t t).
C d) Ligou-se um altifalante ao gerador de sinais, obtendo-
-se um sinal sonoro. Captou-se a onda sonora com
B dois microfones ligados ao osciloscópio e colocados
inicialmente à mesma distância do altifalante. O osci-
loscópio mostrou os sinais recebidos dos microfo-
0
nes e observou-se que os seus máximos coincidiam.
A Afastou-se em seguida um microfone do altifalante
até os sinais ficarem como mostra a figura seguinte.
A distância entre a posição inicial e final do microfone
que se moveu foi 17,10 cm.
a) Identifique o som complexo e o som puro mais grave.
b) Compare, justificando, os comprimentos de onda das
ondas sonoras correspondentes a sons puros.
c) Suponha que o sinal sonoro A se propagava no ar e o
sinal sonoro B se propagava num líquido onde a velo-
cidade era três vezes maior do que no ar. Estabeleça
uma relação entre os comprimentos de onda da onda
1 ms
A e da onda B.
i) Justifique por que razão um sinal tem maior
amplitude do que o outro, indicando qual é o sinal
captado pelo microfone que se moveu.
Atividades laboratoriais
ii) Indique, justificando, a relação entre as frequên-
cias dos sons escutados no altifalante e as fre-
20. A figura representa um sinal elétrico visualizado num quências dos sinais vistos no osciloscópio.
osciloscópio e produzido num gerador de sinais. A base
iii) Mostre que o sinal sonoro demorou 0,5 ms a per-
de tempo foi regulada para 0,2 ms/div e o comutador
correr a distância entre a posição inicial e a posi-
da escala vertical para 5 mV/div.
ção final do microfone móvel.
iv) Indique, justificando, o valor do comprimento de
onda.
135
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
23. Um gerador de sinais cria um sinal elétrico e, quando 24. Uma fonte sonora emite dois sinais sonoros a que
a ele se liga um altifalante, produz-se um sinal sonoro. correspondem duas ondas sonoras M e N. O gráfico
O gráfico seguinte mostra como varia com o tempo a seguinte representa, para um dado instante, a pressão
pressão num certo ponto do espaço, para dois sinais do ar (em relação à pressão de referência) à medida
sonoros diferentes, A e B. que a distância x à fonte sonora aumenta.
A
p
p
B M
0,0
1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 x/m
136
2.2 Eletromagnetismo
2.2 ELETROMAGNETISMO
2.2.1 Carga elétrica e campo elétrico
2.2.2 Campo magnético
2.2.3 Indução eletromagnética
137
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
O que são estes campos? Qual é a sua origem? Qual é o seu efeito? O eletro-
magnetismo, que vamos abordar, é a parte da física que estuda os fenómenos
elétricos e magnéticos, dando respostas a estas e a outras questões.
138
2.2 Eletromagnetismo
A carga elétrica de um corpo, uma grandeza simbolizada por Q (ou q), resulta
das cargas de todas as partículas que o formam. Portanto, não pode ter um valor
qualquer: o seu módulo é sempre um múltiplo do módulo da carga elementar,
isto é, |Q| = n e, sendo n um número inteiro.
Um corpo eletrizado (ou carregado) interage com os corpos à sua volta, o que
se manifesta pela presença de forças elétricas sobre esses outros corpos. Para F
q
descrevermos estas interações recorremos à noção de campo elétrico.
139
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Campo elétrico, E : define-se em A expressão campo elétrico designa a grandeza vetorial, simbolizada por E,
cada ponto do espaço que esteja sob a que é definida em cada ponto do espaço que esteja sob a influência de cargas
influência de cargas elétricas. A unidade
elétricas. A unidade SI de campo elétrico é o volt por metro (V/m) ou newton por
SI é o volt por metro (V/m) ou newton por
coulomb (N/C). coulomb (N/C).
O campo elétrico num qualquer ponto criado por uma partícula de carga Q
(positiva ou negativa) depende dessa carga e da distância a ela, como se apre-
senta na Fig. 6 (o tamanho dos vetores é proporcional à intensidade do campo).
A B
E E
Q>0 Q<0
E E E E
Q>0 Q<0
140
2.2 Eletromagnetismo
Se houver mais do que uma carga pontual a criar um campo elétrico, este Cargas simétricas
será a sobreposição dos campos produzidos por cada uma das cargas, podendo
as linhas de campo tomar formas diversas, como mostra a Fig. 8.
+Q
Linhas de campo elétrico produzido por uma ou mais cargas
• Linhas imaginárias que partem de cargas positivas e apontam para E
E
as cargas negativas.
• Nunca se cruzam.
+Q
• O vetor campo elétrico, E , em cada ponto do espaço, é tangente à linha
de campo que passa por esse ponto e tem o sentido dessa linha.
• A intensidade do campo elétrico, E , será tanto maior quanto maior for
a densidade das linhas de campo.
Cargas iguais negativas
Por exemplo, colocando certas sementes (de linhaça, por exemplo) em óleo,
no qual se mergulharam elétrodos com formas convenientes, e estabelecendo
entre eles uma diferença de potencial elétrico elevada, as sementes dispõem-se −Q
segundo as linhas de campo elétrico criado no óleo (Fig. 9). E
141
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
E E
E
−Q E
− − − − − − − −
Quando uma partícula com carga q é colocada num ponto onde existe um
campo elétrico, E, fica sujeita a uma força elétrica, F , cujas características
dependem do campo elétrico. Exemplifiquemos para o caso de uma carga q que
foi colocada num campo elétrico uniforme (Fig. 11).
q >0
+
F
q <0 E
E −
F
Se q > 0: Se q < 0:
a força exercida sobre a partícula a força exercida sobre a partícula
tem a direção e o sentido tem a direção do campo elétrico
do campo elétrico. mas sentido oposto.
Fig. 11 Força elétrica que atua numa carga
colocada numa região onde existe um Para a mesma carga q, a intensidade da força será tanto maior quanto maior for o
campo elétrico. campo elétrico no ponto onde se encontra essa carga q.
142
2.2 Eletromagnetismo
Questão resolvida 1
X E
Y
E
QUESTÕES p. 158
143
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Hoje os ímanes têm muitas aplicações, desde as mais simples (fixação, brin-
quedos, decoração, etc.) até às mais complicadas utilizadas nos mais variados
dispositivos tecnológicos: motores, transformadores, fornos micro-ondas, com-
Fig. 14 Ímanes usados no laboratório com putadores, telefones e telemóveis, aparelhos de som e imagem, altifalantes,
formas e tamanhos variados.
microfones, sensores, medidores de energia elétrica, etc. Em qualquer casa
existem muitas dezenas de ímanes. Pode até dizer-se que há uma relação direta
entre o desenvolvimento de um país e a utilização de ímanes.
S N Os ímanes podem ser de vários materiais e podem ter formas e tamanhos
diversos (Fig. 14), mas têm sempre um polo norte e um polo sul. Os polos do
S N S N mesmo nome repelem-se e os polos de nomes diferentes atraem-se, tal como
sucede com as cargas elétricas. No entanto, e ao contrário das cargas elétricas,
nunca se encontrou um polo magnético isolado. Quando se divide um íman em
S N S N S N S N
dois, cada uma das partes fica sempre com um polo norte e um polo sul (Fig. 15).
144
2.2 Eletromagnetismo
Pequenas agulhas
de bússolas à volta do íman
orientam-se segundo linhas – as linhas
de campo magnético – que apontam
o seu polo norte (ponta vermelha) para
o polo sul do íman, o que indica
o sentido do campo magnético B .
A B
145
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Se o íman tiver a forma de «U» (Fig. 21), e se os seus ramos forem paralelos
e compridos relativamente à distância que os separa, as linhas de campo entre
os ramos serão aproximadamente paralelas e equidistantes, indicando que o
campo magnético é aproximadamente uniforme nessa região.
N S
A B
B
Eixo de rotação
Norte Polo norte
magnético geográfico S
Fig. 22 Linhas de campo magnético N
terrestre supondo o modelo simples de Norte
um íman em forma de barra (à esquerda) magnético
e bússola que se orienta segundo o campo
magnético terrestre (à direita). Equador
Um campo magnético é, como vimos, criado por magnetes mas pode tam-
bém ser criado por correntes elétricas. Esta foi a importante conclusão a que
chegou o dinamarquês Hans Christian Oersted (Fig. 24), na primeira metade do
Fig. 24 Hans Christian
Oersted verificou que uma
século XIX. Começou por observar que a agulha de uma bússola oscilava quando
corrente elétrica produz um havia uma trovoada. Mais tarde, verificou que a corrente elétrica num circuito
campo magnético.
fazia mover a agulha de uma bússola colocada nas proximidades.
146
2.2 Eletromagnetismo
Oersted estabeleceu, assim, e pela primeira vez, uma ligação direta entre
magnetismo e eletricidade. Foi o primeiro passo na unificação da eletricidade
com o magnetismo, que viria a ter consequências enormes tanto no desenvolvi-
mento científico como no desenvolvimento social.
147
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Esse sentido pode ser encontrado aplicando a chamada «regra da mão direita»:
com o polegar da mão direita a apontar no sentido da corrente que percorre o fio,
os outros dedos encurvados apontam no sentido das linhas de campo (Fig. 27).
Se invertermos o sentido da corrente elétrica no fio, o sentido do campo magné-
tico passará a ser o oposto (o polegar da mão direita aponta agora para baixo).
I
I
Fig. 27 Campo magnético criado por
um longo fio retilíneo percorrido por uma
corrente elétrica. Os dedos encurvados da B
mão indicam para onde aponta o campo B
magnético que é tangente às linhas de
campo circulares.
B
B
148
2.2 Eletromagnetismo
B
S N
B
Fig. 30 Espetro magnético e linhas
de campo numa bobina percorrida por
uma corrente elétrica.
Questão resolvida 2
QUESTÕES p. 159
149
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
⌽ = B A cos ␣
Wb T m2
B – intensidade do campo magnético; B
A – área da superfície; ձ
A
_ – ângulo entre o campo magnético B e um vetor n
perpendicular à superfície, n .
O módulo do fluxo magnético \ aumentará: se aumentar
a intensidade do campo, B ; se aumentar a área, A ;
se aumentar cos _, ou seja, se diminuir o ângulo _
(considerando ângulos agudos).
B
B B
60o
A
n n
n
150
2.2 Eletromagnetismo
Vamos supor que a área A na Fig. 33 é delimitada por uma espira de um mate-
rial bom condutor, por exemplo cobre. As linhas de campo atravessam essa
área, sendo o fluxo tanto maior quanto maior for o número de linhas de campo
«enlaçadas» pela espira. Se sobrepusermos duas espiras, o fluxo do campo
magnético através das áreas delimitadas por elas passará para o dobro. Assim,
sem variar o campo magnético ou a área de cada espira e sua orientação, o fluxo
do campo magnético poderá ser aumentado juntando espiras.
Num enrolamento de fio condutor, ou seja, numa bobina (justaposição de Bobina: é constituída por muitas
várias espiras), consegue-se esse aumento. De facto, numa bobina, o fluxo espiras, o que faz aumentar o fluxo
obtém-se multiplicando o número N de espiras pelo fluxo numa só espira: do campo magnético.
⌽bobina = N ⌽espira
Íman em repouso em relação à bobina Íman aproxima-se ou afasta-se da bobina Bobina aproxima-se ou afasta-se do íman
151
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Circuito com gerador em repouso Circuito com gerador a mover-se Bobina a mover-se em relação
em relação à bobina em relação à bobina ao circuito com gerador
Mas não basta um campo magnético variável para se produzir uma corrente elé-
trica. Vejamos os exemplos da Fig. 36, nos quais um íman se move em relação a uma
espira circular, tendo o plano dessa espira orientações diferentes. Só surgirá uma
corrente elétrica na espira se houver fluxo do campo magnético, isto é, se linhas do
campo magnético forem enlaçadas pela espira e o fluxo do campo for variável.
I I=0
Fig. 36 Quando o íman se move, só Linhas de campo magnético Linhas de campo magnético paralelas
aparecerá uma corrente elétrica se houver perpendiculares ao plano da espira: ao plano da espira:
fluxo do campo magnético e este for há variação do fluxo do campo magnético não há fluxo do campo magnético
variável.
e há corrente elétrica na espira. e não há corrente elétrica na espira.
152
2.2 Eletromagnetismo
A B
I Ii
Circuito 1 Circuito 2 Ii
Indução eletromagnética
Criação de uma corrente elétrica induzida, I i, num circuito fechado que
delimita uma superfície através da qual há um fluxo variável de campo
magnético.
Se a área dessa superfície se mantiver constante, o fluxo de campo
magnético, \ = B A cos _, variará no tempo se mudar:
• o campo magnético. Exemplos: movimento relativo entre a fonte de campo
magnético e o circuito onde se induz a corrente; circuito percorrido por
corrente elétrica variável perto do circuito onde se induz a corrente; etc.
• a orientação do plano da(s) espira(s) onde se induz a corrente em relação
às linhas de um campo magnético que não varia no tempo.
Exemplo: bobina em rotação num campo magnético uniforme.
153
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
E como obter uma elevada força eletromotriz induzida? A Fig. 38 mostra que
a corrente induzida aumenta quando o movimento do íman em relação à bobina
é mais rápido, o que significa uma variação mais rápida do fluxo do campo mag-
nético. Este resultado é traduzido pela Lei de Faraday.
B
Lei de Faraday
A força eletromotriz induzida média, ¡i, será tanto maior quanto maior for
a variação do fluxo do campo magnético por unidade de tempo; o seu módulo
é dado por:
|6⌽| Wb
|i| =
V 6t s
154
2.2 Eletromagnetismo
Linhas de transmissão
Linhas de distribuição
155
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Transformador: eleva ou reduz a Os transformadores (Fig. 42) são dispositivos capazes de aumentar ou reduzir
diferença de potencial elétrico (tensão), U. a diferença de potencial elétrico (tensão). O seu funcionamento baseia-se na indu-
ção eletromagnética.
As placas de indução dos fogões só aquecem panelas de têm uma manivela para produzir rotações). O seu funcio-
certos materiais. Por outro lado, certas lanternas sem namento baseia-se na indução eletromagnética. Procure
pilhas precisam de ser agitadas para darem luz (por vezes informação e explique o funcionamento destes dispositivos.
156
2.2 Eletromagnetismo
RESUMO
• Princípio da Conservação da Carga Elétrica: a carga elétrica total
(soma das cargas) num sistema isolado é constante. Unidade SI de carga:
coulomb (C).
• Força elétrica: força que atua numa carga colocada numa região onde exista
campo elétrico. Será tanto mais intensa quanto maior for o campo; tem a
direção do campo; o seu sentido é o do campo se a carga for positiva e o
oposto se a carga for negativa.
• Lei de Faraday: a força eletromotriz induzida média será tanto maior quanto
maior for a variação de fluxo do campo magnético por unidade de tempo:
|6⌽|
|¡ i| = . Unidade SI: volt (V).
6t
• Transformador: eleva ou baixa uma diferença de potencial. A relação entre
a tensão nos terminais do primário e do secundário e o respetivo número de
U U
espiras é dada por P = S .
NP NS
157
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
QUESTÕES
Notas: 5. Considere, no plano
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção xOy, linhas de um B
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta- campo elétrico, em que
mente à questão colocada.
numa delas se situam y
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados. A
os pontos A e B. 0 x
Num campo elétrico criado por uma carga pontual … (A) Num campo elétrico uniforme, as linhas de campo
as linhas de campo têm direção radial, apontam para são paralelas mas não igualmente espaçadas.
a carga e o campo é menos intenso em pontos mais … (B) A força elétrica que atua sobre uma carga colocada
da carga. num campo elétrico é independente do campo.
(A) negativa … próximos (B) negativa … distantes (C) As linhas de campo elétrico partem de uma carga
(C) positiva … próximos (D) positiva … distantes positiva e regressam a essa carga.
(D) A força elétrica exercida sobre um protão colocado
4. A figura representa, num plano, as linhas do campo num ponto de um campo elétrico tem o sentido da
elétrico criado por duas cargas elétricas Q1 e Q2. linha de campo que passa por esse ponto.
Q1 Q2
Q1 Q2 Q3 1 Q4
P
5 2
3
4
a) Identifique o sinal das cargas e indique, justificando,
qual é a carga com maior módulo. a) Identifique, justificando, o sinal de cada carga.
b) A razão entre a carga Q1 e a carga do protão poderá b) Qual dos vetores 1, 2, 3, 4 ou 5 poderá representar o
ser 245,4? Justifique. vetor campo elétrico no ponto P? Justifique.
158
2.2 Eletromagnetismo
8. Duas placas metálicas, carregadas com cargas simé- (C) Num íman em forma de barra, as linhas de campo
tricas, são dispostas verticalmente. Um eletrão é colo- apontam do polo sul para o polo norte fora do íman.
cado num ponto P entre as placas. (D) Um íman em ferradura cria um campo magnético
a) Qual dos esquemas pode representar a força elé- uniforme em toda a região à sua volta.
trica que atua sobre ele e a linha de campo que
passa por P? 11. O íman da figura cria o campo
magnético cujas linhas estão repre- A
A B
sentadas.
P P a) Identifique os polos A e B.
F F b) Qual dos gráficos seguintes pode
− + − + traduzir a intensidade do campo B
C D magnético em função da distân-
cia, d, ao polo norte do íman?
P P
F F A B
B B
+ − + −
b) Um eletrão é lançado do ponto P com uma veloci-
dade inicial de sentido oposto ao da força elétrica. 0 0
d d
Indique, justificando, que tipo de movimento adquire
inicialmente e o respetivo sentido. Suponha despre-
C D
zável a força gravítica que atua sobre ele. B B
I II III
B D
C D A C
E F
S N
S N
a) O campo magnético:
10. Selecione a opção correta:
(A) tem em E sentido oposto ao que tem em F.
(A) Uma agulha magnética colocada num campo mag-
nético alinha-se com a direção do campo e o seu (B) é mais intenso em B do que em A.
polo norte aponta no sentido do campo. (C) é mais intenso em F do que em E.
(B) As linhas de campo magnético não são fechadas. (D) é tão intenso em D como em C.
159
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
b) Para a representação III, qual das opções representa a) for perpendicular às linhas de campo.
corretamente o vetor campo magnético? b) tiver a direção das linhas de campo.
A B B c) fizer 20° com as linhas de campo.
P P
17. A espira representada na figura seguinte, cuja área
B
é 8,0 cm2, roda numa região do espaço onde há um
campo magnético uniforme.
A B
C D
B P P
B
B B
C D
160
2.2 Eletromagnetismo
19. Na figura representam-se três circuitos, cada um cons- 22. O gráfico mostra a variação temporal do fluxo do campo
tituído por uma bobina, um galvanómetro e um íman. magnético em intervalos de tempo iguais.
As setas indicam o movimento do íman e/ou da bobina.
҃
Na situação III a bobina e o íman deslocam-se simulta-
neamente, no mesmo sentido e com a mesma veloci-
dade. Indique, justificando, em que situação não é indu-
zida uma corrente elétrica.
0 t1 t2 t3 t4 t
I II III
a) Qual é o significado físico do declive da reta no inter-
valo de tempo [t2, t3]?
b) Indique em que intervalo de tempo:
i) é maior a força eletromotriz induzida, em módulo.
20. Num microfone de indução a vibração da membrana ii) é nula a força eletromotriz induzida.
provoca a oscilação de uma bobina imersa num campo 23. Uma espira está colocada numa
magnético. Quanto mais rapidamente se movimentar a região onde há um campo mag-
bobina, maior será: nético uniforme vertical.
(A) o fluxo magnético através da bobina e menor será a Em que situação(ões) haverá
força eletromotriz induzida na bobina. uma força eletromotriz indu-
(B) a taxa de variação temporal do fluxo magnético zida na espira?
através da bobina e maior será a força eletromotriz (A) A espira está parada.
induzida na bobina. (B) A espira roda em torno de um eixo vertical.
(C) a taxa de variação temporal do fluxo magnético (C) A espira roda em torno de um eixo coincidente com
através da bobina e menor será a força eletromo- um diâmetro qualquer.
triz induzida na bobina. (D) O campo magnético varia a sua intensidade, man-
(D) o fluxo magnético através da bobina e maior será a tendo a direção e sentido constantes.
força eletromotriz induzida na bobina. 24. Um transformador:
21. Considere um íman paralelo (A) baixa ou eleva uma diferença de potencial elétrico.
ao eixo dos zz e uma espira z
(B) transforma corrente alternada em contínua.
de fio de cobre colocada (C) transforma corrente contínua em alternada.
no plano xOy. Selecione a (D) aumenta a potência da rede elétrica.
opção que completa a frase 0
y
25. Faraday mostrou que o simples movimento de um
seguinte.
x íman perto de uma bobina ligada a um galvanómetro
A corrente elétrica na espira originava uma corrente elétrica.
é nula quando o íman:
a) A partir dessa experiência conclui-se que:
(A) e a espira se deslocam verticalmente para cima (A) um campo elétrico origina sempre um campo
com velocidades diferentes. magnético.
(B) e a espira se deslocam verticalmente para cima, (B) uma barra magnetizada em movimento pode ori-
com a mesma velocidade. ginar uma corrente elétrica.
(C) está em repouso e a espira se desloca horizontal- (C) um campo magnético origina sempre uma cor-
mente para a direita. rente elétrica.
(D) está em repouso e a espira se desloca vertical- (D) uma corrente elétrica pode originar um campo
mente para cima. magnético.
161
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
b) Quando o íman estiver parado em relação à bobina, 28. Um transformador possui 50 espiras no primário e 150
a agulha do galvanómetro estará no zero, porque, espiras no secundário.
nesse intervalo de tempo: a) Qual será a tensão de entrada se a de saída for 15 V?
(A) a variação do fluxo magnético através da bobina
b) Se no primário a corrente for contínua o transforma-
é nula.
dor não vai funcionar. Porquê?
(B) a força eletromotriz induzida nos terminais da
bobina é elevada.
(C) o campo magnético criado pela barra magneti-
Questões globais
zada é uniforme.
29. Um carrinho de plástico, sobre o qual se colocou uma
(D) o fluxo magnético através da bobina é nulo.
espira metálica retangular, E, moveu-se, com velocidade
c) O módulo da força eletromotriz induzida nos termi- constante, entre as posições P e Q, atravessando uma
nais da bobina será tanto maior quanto: zona do espaço, delimitada a tracejado, onde foi criado
(A) menor for o número de espiras da bobina e menor um campo magnético uniforme, B, de direção perpendi-
for a área de cada espira. cular ao plano da espira e a apontar para lá deste. Fora
(B) menor for a área de cada espira da bobina e mais dessa zona, o campo magnético é desprezável.
rápido for o movimento da barra magnetizada.
E
(C) maior for o número de espiras da bobina e mais B
rápido for o movimento da barra magnetizada.
(D) maior for o número de espiras da bobina e menor P Q
for a área de cada espira.
Qual dos gráficos pode representar o fluxo magnético
26. Uma espira retangular de 20 cm por 30 cm e resistên- através da espira, em função do tempo, t, à medida que
cia 0,30 1 está ligada a um galvanómetro. O circuito o carrinho se move entre as posições P e Q?
fica imerso num campo magnético variável, como mos-
A B
tra o gráfico, sendo o fluxo máximo através da espira. ҃ ҃
Determine as correntes induzidas na espira.
B ( × 10−2) / T 0 0
t t
6,0
C D
҃ ҃
4,0
2,0 0 t 0 t
162
2.3 Ondas eletromagnéticas
2.3 ONDAS
ELETROMAGNÉTICAS
2.3.1 Produção e propagação 2.3.5 Difração da luz
de ondas eletromagnéticas. 2.3.6 Efeito Doppler
Espetro eletromagnético AL 3.1 Ondas: absorção, reflexão,
2.3.2 Reflexão da luz refração e reflexão total
2.3.3 Refração da luz AL 3.2 Comprimento de onda
2.3.4 Reflexão total da luz e difração
163
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Com base nas suas equações, Maxwell concluiu que o campo elétrico e
o campo magnético se propagavam como ondas, sendo a velocidade de pro-
pagação dessas ondas 300 000 km/s. Ora, esse era precisamente o valor já
conhecido da velocidade de propagação da luz. Como isso não podia ser uma
coincidência, Maxwell concluiu que a luz era uma onda de campo eletromag-
Fig. 2 Equações de Maxwell numa t-shirt. nético. A luz, visível ou não visível, que já se sabia ter uma natureza ondulató-
ria, passou a partir daí a ser vista como uma onda eletromagnética.
Ondas
eletromagnéticas
Onda eletromagnética (luz)
• Uma carga elétrica oscilante produz campos elétricos e magnéticos variáveis.
Fig. 3 Cargas elétricas em oscilação • Esses campos elétricos e magnéticos propagam-se no espaço como uma onda.
produzem ondas eletromagnéticas.
• As direções de oscilação dos campos elétrico e magnético, que são
perpendiculares entre si, são também perpendiculares à direção de
propagação da onda; é por isso que a onda se diz transversal.
• A frequência da onda eletromagnética é igual à frequência de oscilação
da carga elétrica.
x
E Direção de propagação
y
B
z
164
2.3 Ondas eletromagnéticas
ր / nm
Fig. 7 Espetro eletromagnético.
400 500 600 700
165
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Luz branca: sobreposição de luz de Vejamos o exemplo de luz branca (sobreposição de luz de todas as frequên-
todas as frequências na banda do visível; cias do visível) que incide num vitral vermelho. Parte da luz incidente é refletida
é, por isso, uma luz policromática.
na primeira face do vidro não passando através dele; mas outra parte da luz atra-
vessa-o, ou seja, é transmitida. Ora, do outro lado do vidro só surge luz vermelha
(Fig. 8). Conclui-se que o vidro, para além de ter refletido luz na primeira face,
absorveu uma parte da luz. O vidro atuou, portanto, como um filtro. Diz-se que o
vidro foi transparente à luz vermelha (porque a transmitiu), mas foi opaco à luz
visível de outras frequências, pois absorveu-a.
Vidro vermelho
Luz incidente
Repartição da energia de uma onda eletromagnética
Luz refletida
E incidente = E refletida + E absorvida + E transmitida
Luz absorvida
Material transparente a uma certa onda eletromagnética: transmite essa
onda (deixa-se atravessar por ela). Se isso não acontecer diz-se opaco a
Luz transmitida essa onda.
166
2.3 Ondas eletromagnéticas
Da luz solar que incide no topo da atmosfera da Terra, cerca de 30% é refle-
tida pela atmosfera (incluindo nuvens) e pela superfície terrestre. A esta percen-
tagem da luz refletida chama-se albedo do planeta. Dos 70% restantes, 19% é
absorvida pela atmosfera e apenas 51% chega à superfície terrestre.
A luz incidente com frequência mais alta – radiação gama, raios X e raios
ultravioletas de maior frequência – é absorvida pela atmosfera. A atmosfera é Fig. 10 Nem toda a luz emitida pelo Sol
opaca a esse tipo de luz, que é radiação ionizante. Os fotões desta radiação têm e que atinge o cimo da atmosfera da Terra
chega à superfície terrestre.
energia suficiente para remover eletrões de moléculas e átomos, ionizando-os.
Essa ionização pode provocar alterações nas células, prejudicando a vida.
A absorção da radiação ionizante pela atmosfera é, pois, crucial para a existência Albedo de um planeta: percentagem
de luz solar refletida por um planeta.
de vida na Terra. A atmosfera é ainda opaca à luz de certas frequências na zona
O albedo da Terra é 30%.
dos infravermelhos e das micro-ondas.
A atmosfera é transparente à luz visível, à luz ultravioleta de baixa frequên- Atmosfera: é opaca à radiação
ionizante, o que permite vida na Terra.
cia, à luz infravermelha de certas frequências e às ondas usadas em teleco-
É transparente às ondas de rádio e a
municações: ondas de rádio e algumas micro-ondas. A Fig. 11 mostra a luz micro-ondas de certas frequências,
absorvida pela atmosfera, e a que chega à superfície terrestre. Podemos, pois, o que possibilita comunicações,
falar de «janelas atmosféricas». designadamente por satélite.
167
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
i r
Raio Raio
incidente refletido
ձ ղ
Fig. 13 Verificação das Leis da Reflexão _ – ângulo de incidência (formado pelo raio incidente e pela normal no
da luz. ponto de incidência);
` – ângulo de reflexão (formado pelo raio refletido e pela normal no
ponto de incidência).
A Fig. 14 mostra três feixes de luz monocromática (de uma só cor, isto é, de
uma só frequência) que incidem num espelho curvo côncavo: os percursos dos
raios refletidos obedecem às Leis da Reflexão. Se a luz incidir perpendicular-
mente, como a luz azul, o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão serão iguais
a 0°, pelo que a luz será refletida invertendo apenas o sentido da propagação.
168
2.3 Ondas eletromagnéticas
Mas, mesmo que a onda não seja transmitida para o segundo meio, de um Onda refletida: tem a mesma frequência,
modo geral verifica-se absorção de energia na superfície de incidência. Portanto, velocidade e comprimento de onda da
onda incidente, embora seja menos
a energia da onda refletida é menor do que a energia da onda incidente, sendo a
intensa.
intensidade da luz refletida menor do que a da luz incidente (Fig. 15).
Tempo
0
30 30
60 60
90 90
O radar (de RAdio Detection And Ranging) serve para localizar objetos dis-
tantes: uma antena emite ondas, normalmente ondas de rádio ou micro-ondas,
que são refletidas por um certo obstáculo, sendo depois detetadas. Sabendo a
velocidade de propagação da onda e o tempo entre a sua emissão e receção,
obtém-se a distância do objeto ao emissor/recetor, isto é, ao radar. Este dispo-
sitivo é usado nas navegações aérea e marítima, para fins militares ou civis, ou
em satélites.
O sonar (de SOund Navigation And Ranging) assenta num princípio seme-
lhante – reflexão de ondas sonoras, em geral ultrassons –, sendo normalmente
usado para localizar objetos próximos. Por exemplo, é usado para saber a pro-
fundidade das águas nos rios e nos mares, para detetar cardumes e em sensores Fig. 16 Aplicações da reflexão da luz:
úteis no estacionamento de carros. O mesmo princípio é aplicado em medicina, forno solar gigante (em Odeillo, Pirenéus),
periscópio de um submarino, radar.
nalguns estetoscópios e nos equipamentos de ecografia.
QUESTÕES p. 191
Questão resolvida 1
169
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Quando a luz passa de um meio para outro, a sua velocidade altera-se pois
depende das características do meio. Essa variação da velocidade provoca, em geral,
um desvio da direção da luz. Vejamos uma analogia: se um carro passar de uma
estrada asfaltada para uma zona de areia (Fig. 17), a sua trajetória mudará de direção,
uma vez que as rodas na areia avançarão mais devagar do que as rodas no asfalto.
Também a luz sofre um desvio quando muda de meio pois a sua velocidade
Fig. 17 Mudança de direção de um carro
quando encontra um outro meio. de propagação é alterada. É este desvio que explica, por exemplo, a «quebra» de
uma palhinha mergulhada em água (Fig. 18). Ao desvio da direção de propagação
da luz quando esta muda de meio chama-se refração da luz.
170
2.3 Ondas eletromagnéticas
A Tab. 1 mostra o índice de refração no vidro para luz visível com diferentes Luz n (vidro)
frequências: embora o meio seja o mesmo, os índices de refração são diferen-
Vermelha 1,513
tes pois as frequências da luz são diferentes. O índice de refração aumenta do
Laranja 1,514
vermelho para o violeta, significando que a velocidade de propagação diminui
Aumenta desvio
Aumenta n
Amarela 1,517
Diminui v
do vermelho para o violeta; quanto menor for a velocidade de propagação no
meio, maior será o desvio da luz quando passa do ar para o vidro ou do vidro Verde 1,519
para o ar. Azul 1,526
Anil 1,528
A diferença entre os índices de refração, na água e no vidro, da luz visível com
Violeta 1,532
diferentes frequências explica a formação do arco-íris ou a decomposição da
luz branca por um prisma de vidro (Fig. 20) já estudada por Newton. A luz branca, Tab. 1 Índice de refração no vidro para
luz visível com várias frequências.
que inclui luz de todas as frequências da banda visível, sofre uma refração na As indicações à direita pressupõem que
fronteira ar-vidro: é separada em ondas de várias frequências pois estas sofrem a luz vem do ar para o vidro.
n1 h 1 = n2 h 2 A se n1 < n2 A h 1 > h 2
171
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
i R 60o
60o
Ar nar < nvidro
Ar
A luz passa de um meio de menor índice A luz passa de um meio de maior índice
de refração para um meio de maior índice de refração para um meio de menor
de refração: desvia-se, aproximando-se índice de refração: desvia-se,
da normal. afastando-se da normal.
_refração < _incidência _refração > _incidência
QUESTÕES p. 192
Questão resolvida 2
Ar
Observe a figura ao lado. Indique o ângulo de reflexão e calcule o índice de refração do líquido
(nar 1). Apresente os resultados com três algarismos significativos. 0
30 30
60 60
172
2.3 Ondas eletromagnéticas
Quando a luz passa de um meio com maior índice de refração (como o vidro)
para um meio com menor índice de refração (como o ar), deixa de ocorrer
refração a partir de um certo ângulo de incidência: a luz já não passa para o
segundo meio, refletindo-se totalmente (Fig. 24). Nesse caso só há reflexão, pelo
que o fenómeno se designa por reflexão total. Só ocorre se a luz encontrar um
segundo meio com menor índice de refração.
Fig. 24 Quando a luz encontra um segundo
O ângulo máximo de refração é 90°. Nesse caso, o correspondente ângulo
meio com menor índice de refração, a partir
de incidência é chamado ângulo limite, _ lim, ou ângulo crítico. Para ângulos de de um certo ângulo de incidência já não há
refração mas reflexão total.
incidência superiores deixa de haver refração e a reflexão é total (Fig. 25).
R Ar
Ar R
Ar
Água i r Água i r
Água
i r
ձlim ձ
ձ
Se _ = _ lim
Se _ < _ lim a luz passa para o segundo meio a rasar Se _ > _ lim
ocorre refração. a superfície de separação: o ângulo de não ocorre refração mas reflexão total.
refração é 90°.
173
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
A B Para ocorrer reflexão total da luz são, portanto, necessárias duas condições:
Uma aplicação da reflexão total é a fibra ótica. A luz incide numa ponta da
fibra e propaga-se ao longo desta, sofrendo sucessivas reflexões no interior,
aparecendo na outra ponta quase sem atenuação (Fig. 26). Uma fibra ótica tem
três partes (Fig. 27):
Questão resolvida 3
174
2.3 Ondas eletromagnéticas
Ilustremos esse fenómeno com o exemplo de um músico que toca numa rua
(Fig. 30). As ondas sonoras estão representadas a vermelho. A luz visível, refle-
tida pelo músico, está representada a azul. Os dois tipos de ondas, sonora e
eletromagnética, propagam-se em todas as direções. A sonora (a de maior com-
primento de onda, h1) contorna as paredes no cruzamento, chegando às pessoas
A e B. O mesmo não acontece com a onda de menor comprimento de onda (h2).
Ou seja, estas pessoas não veem o músico mas ouvem-no. Já a pessoa C não só
o ouve como o vê. O som contorna as esquinas mas a luz não.
Fig. 30 Só a onda de maior comprimento
A de onda contorna os edifícios (os
comprimentos de onda não estão à escala).
ջ2
C A
ջ1
O fenómeno que ocorre quando uma onda encontra uma fenda, ou um obs-
táculo, e se espalha designa-se por difração. Pode ocorrer com qualquer tipo de
onda (Fig. 31). Em que condições ocorre?
175
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Mas, se luz visível de uma certa frequência, como de um laser, passar por
uma fenda de dimensão comparável ao seu comprimento de onda, espalha-
-se ao passar pela fenda, ou seja, difrata-se (Fig. 32). É como se, na zona da
fenda, existissem fontes pontuais, todas elas a emitir ondas de luz. Estas ondas
sobrepõem-se, interferindo umas com as outras, anulando-se (interferência
destrutiva), ou ampliando-se (interferência construtiva). Surge um «padrão de
interferência» com zonas claras, com luz, alternando com zonas escuras, sem
luz, sendo a zona central a que recebe luz com maior intensidade.
+ = Interferência
construtiva
+ = Interferência
destrutiva
Um CD (ou DVD) pode servir de rede de difração pois tem uma fina camada
plástica com ranhuras distanciadas 1,2 +m (0,5 μm num DVD). O CD tem tam-
bém uma película refletora, o que permite observar a difração e a reflexão em
Fig. 34 Um CD pode servir de rede simultâneo. Quando se remove essa película, ficamos com uma rede de difração
de difração.
com 600 ranhuras por milímetro (Fig. 34).
176
2.3 Ondas eletromagnéticas
Não-ionizante Ionizante
Radiofrequências
Telemóvel Telemóvel
2G 4G
100 kHz 1 MHz 10 MHz 100 MHz 1 GHz 10 GHz 100 GHz f / Hz
As redes locais sem fios, como as redes wi-fi, utilizam frequências da ordem
de 2,4 GHz. Como a potência do emissor é relativamente pequena, o alcance é
limitado a algumas dezenas de metros. O bluetooth, muito usado para empare-
lhar dispositivos, funciona na mesma gama de frequências.
177
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Por vezes a comunicação entre dois pontos em linha de vista faz-se usando,
para além de micro-ondas de frequência elevada, infravermelhos ou mesmo luz
visível. Mas luz deste tipo é mais habitualmente utilizada nas fibras óticas, e
ainda em cabos de cobre (como os usados em redes de televisão, internet e
telefone). Nas fibras e nos cabos não se coloca o problema da difração, pelo que
Onda refratada as frequências usadas podem ser elevadas, permitindo uma alta taxa de trans-
Ionosfera
missão de dados.
A comunicação sem fios não usa radiação ionizante: além de ser perigosa,
Onda refletida
exigiria que o emissor e o recetor estivessem sempre em linha de vista. Por isso,
faz-se, em geral, por ondas de rádio e micro-ondas de baixa frequência.
Emissor Recetor
Tendo em conta os fenómenos de reflexão, refração, absorção e difração na
Fig. 36 Fenómenos ondulatórios da luz de atmosfera, que podem ser mais ou menos acentuados (Fig. 36), há vantagens e
radiofrequências.
desvantagens em usar radiofrequências de menor ou maior frequência (Fig. 37).
• Têm maiores comprimentos de onda, pelo que difratam • Têm menores comprimentos de onda, não sofrendo
facilmente, contornando obstáculos e chegando às antenas praticamente difração, ou seja, seguem em linha reta.
recetoras mesmo que estas não estejam em linha de vista. Por isso as antenas emissora e recetora têm de estar
• São pouco absorvidas no ar mas podem ser refletidas colocadas à vista uma da outra, o que requer maior número
na atmosfera, sendo depois reenviadas para a Terra. de antenas retransmissoras.
Por isso podem propagar-se a grandes distâncias, • São pouco absorvidas ou refletidas na atmosfera, pelo que
usando poucas antenas retransmissoras. são usadas na comunicação via satélite.
• Transportam maior quantidade de dados.
Satélite
Recetor
Recetor
Emissor
Estação transmissora Estação recetora
na Terra na Terra
Atividade 1:
Pode a luz laser difratar num cabelo?
A luz de um apontador laser de bolso tem uma frequência de 4,62 × 1014 Hz.
1. Determine o seu comprimento de onda (vluz = 3,00 × 108 m s−1).
2. Coloque um fio de cabelo, cujo diâmetro varia, em geral, de 60 +m a
120 +m, sobre a luz laser e aponte essa luz para uma parede branca.
O que observa?
3. Compare as dimensões do cabelo e do comprimento de onda e retire
conclusões.
QUESTÕES p. 194
178
2.3 Ondas eletromagnéticas
ջ ջ
A B
Este fenómeno, que foi descrito para as ondas sonoras mas que se aplica a
qualquer onda, é conhecido por efeito Doppler, em homenagem ao físico aus-
tríaco Christian Doppler, que o estudou em 1842.
Efeito Doppler
Alteração da frequência percecionada, ou medida, por um recetor devido ao
movimento relativo entre esse recetor e uma fonte emissora.
Afastamento entre fonte e recetor: diminui a frequência.
Aproximação entre fonte e recetor: aumenta a frequência.
179
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
180
2.3 Ondas eletromagnéticas
QUESTÕES p. 195
10−43 s 10−32 s 3 min 300 000 anos 109 anos 15 × 109 anos Hoje
1027 °C 1013 °C 10 000 °C −200 °C −270 °C −270 °C
181
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
182
2.3 Ondas eletromagnéticas
Aplicações da luz
Comunicações
Vivemos numa sociedade global graças às comunicações rápidas,
que podem ser sem fios por ondas de rádio e micro-ondas ou por
fios (cabos de cobre, fibras óticas, etc.). Sem essas tecnologias
não haveria Internet.
As redes locais sem fios, como o wi-fi, são parte do nosso dia a dia.
A rede global GPS também já entrou no nosso quotidiano.
Lasers
Os lasers assentam numa ideia de Einstein em 1917: era possível
estimular a emissão de luz por átomos, de modo a surgir uma luz
intensa com um comprimento de onda bem definido. A ideia só foi
concretizada para luz visível em 1960.
Hoje os lasers são usados na medicina, nos CD, nas impressoras,
nas caixas de supermercado, em espetáculos, etc.
Holografia
A holografia possibilitou a criação da imagem tridimensional de um
objeto, usando luz laser, a partir dos padrões de interferência dessa
luz depois de refletida no objeto. A holografia permite aumentar
a segurança de notas bancárias e de cartões de crédito. Está também
a tornar-se um poderoso meio auxiliar da publicidade.
Medicina
Para além do laser, muitas outras tecnologias recorrem à luz em
medicina: as fibras óticas servem para ver o interior do corpo
(endoscopias, broncoscopias, etc.). Obtêm-se imagens a três dimensões
do interior do corpo através da TC (tomografia computorizada)
que usa raios X. Os raios gama tanto são usados em diagnóstico
(emissão em pequenas doses) como em tratamento
(absorção, em doses maiores, para destruição de tumores).
Astronomia
Os telescópios podem ser de luz visível ou de luz não visível
(infravermelhos, micro-ondas, ondas de rádio, raios X, raios gama, etc.).
O telescópio espacial Hubble funciona com luz visível e infravermelha.
O VLT (Very Large Telescope, Chile) funcionará principalmente com
infravermelhos. É a luz que nos permite conhecer melhor o Universo.
A galáxia na imagem é a Cosmos Redshift 7 (CR7) recentemente
descoberta. O nome é uma alusão direta a Cristiano Ronaldo.
Iluminação
As lâmpadas de LED estão, por todo o lado, a substituir as antigas
lâmpadas. Podem até funcionar sem recurso à rede elétrica,
ligadas a painéis fotovoltaicos. Os avanços tecnológicos na área
da luz permitem criar efeitos fantásticos na realização de filmes,
de programas de televisão e espetáculos ao vivo.
183
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
RESUMO
• Onda eletromagnética: propagação de campos elétricos e magnéticos perpen-
diculares entre si e à direção de propagação da onda. A onda é produzida pela
oscilação de cargas elétricas e a frequência da onda é a frequência dessa osci-
lação. A noção de onda eletromagnética deve-se a Maxwell e a sua produção
e deteção experimental a Hertz. O comprimento de onda, h, a velocidade de
propagação da onda, v, e a frequência, f, relacionam-se através de v = h f.
• Repartição da energia da onda: quando uma onda eletromagnética incide
numa superfície de separação entre dois meios, parte é refletida, parte é
absorvida e parte pode ser transmitida, havendo conservação de energia.
• Planeta Terra: reflete cerca de 30% da radiação solar (albedo); a atmosfera é
opaca à radiação de elevada frequência (radiação ionizante) e a uma boa parte
da radiação infravermelha, e transparente a quase toda a restante radiação, o
que permite a vida no planeta e possibilita as comunicações.
• Reflexão da luz: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. A onda
refletida tem a mesma frequência, velocidade e comprimento de onda mas
menor intensidade do que a onda incidente.
• Índice de refração num meio, n: n = c / v ; razão entre a velocidade de uma
onda eletromagnética no vazio, c, e nesse meio, v.
• Refração da luz: desvio da onda quando muda de meio devido à diferença nas
velocidades de propagação. A onda refratada tem a mesma frequência, mas
diferente velocidade e comprimento de onda e menor intensidade do que a
onda incidente. Lei de Snell-Descartes: n1 sin _1 = n2 sin _ 2 .
• Reflexão total da luz: ocorre quando a luz incide de um meio 1 para um meio
2 tal que n1 > n2 e quando o ângulo de incidência é superior ao ângulo limite
dado por sin _ lim = n2 / n1 .
• Difração da luz: espalhamento da onda quando encontra um obstáculo ou
fenda cuja dimensão é comparável ao comprimento de onda da onda. O com-
primento de onda mantém-se, pois as ondas não mudam de meio. As ondas
eletromagnéticas usadas nas telecomunicações (radiofrequências) têm as
mais baixas frequências do espetro eletromagnético, e incluem ondas de
rádio e parte da banda das micro-ondas. Quanto menor for o comprimento
de onda menos capacidade têm de difratar em objetos de dimensões comuns
mas podem transportar mais informação, como se verifica com as micro-on-
das relativamente às ondas de rádio.
• Efeito Doppler: alteração da frequência devida ao movimento relativo entre
recetor e fonte emissora. Se houver afastamento entre fonte e recetor, a fre-
quência diminui; se houver aproximação, a frequência aumenta. Em astrofí-
sica, a alteração nos comprimentos de onda do espetro emitido por um corpo
celeste indica se ele se afasta (redshift) ou se aproxima (blueshift) da Terra.
• Teoria do big bang: a luz detetada prova que o Universo está em expansão –
há o afastamento das galáxias distantes revelado pelo redshift e a presença
de uma radiação cósmica de fundo. Numa fase inicial da evolução do Universo
formaram-se átomos (de hidrogénio e hélio) com emissão de radiação que
preenche hoje todo o Universo.
184
2.3 Ondas eletromagnéticas
Questões pré-laboratoriais A
c) Por que razão o feixe de luz não sofre desvio ao incidir na superfície
de separação acrílico-ar? Fig. 45 Montagens para o estudo da
reflexão e da refração da luz.
185
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Trabalho laboratorial
186
2.3 Ondas eletromagnéticas
Questões pós-laboratoriais
187
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
Questões pré-laboratoriais
Quando um feixe de luz monocromática incide perpen- • n um número inteiro que indica a ordem do máximo:
dicularmente numa rede de difração, esse feixe é difra- n = 0 (ordem 0) para os pontos luminosos na direção
tado, podendo observar-se um padrão de pontos lumi- perpendicular à rede, n = 1 (ordem 1) para os pontos
nosos num alvo onde se projeta a luz difratada. O padrão luminosos mais próximos do ponto luminoso central
caracteriza-se por apresentar máximos e mínimos de (máximo de primeira ordem), etc.;
intensidade luminosa, em posições bem definidas, como • d o espaçamento entre as fendas da rede de difração
mostra a figura seguinte. (calculado a partir do número de linhas por milíme-
tro, característica de cada rede);
• e o ângulo entre a direção perpendicular à rede e
a direção correspondente a um máximo de ordem
maior; na figura seguinte representa-se o ângulo e
para um dos máximos de primeira ordem (n = 1).
188
2.3 Ondas eletromagnéticas
Alvo
Rede de
difração
Ponteiro
laser a
ո
650 nm b
189
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
! ATENÇÃO: Pretende-se analisar o fenómeno de difração de uma luz que incide numa fenda simples (de
abertura variável), ou num sistema de muitas fendas, e determinar o comprimento de onda de
A luz de um laser pode
provocar lesões graves uma luz monocromática.
na retina que podem con- Material: ponteiro laser, alvo, placas com uma fenda (abertura variável) e com número variável
duzir à cegueira. O laser
de fendas, redes de difração, suportes, fita métrica ou régua, leds de alto brilho (azul e branco).
deve apenas apontar para
os objetos indicados!
Calcule a distância entre duas fendas
1. Observação de padrões de difração.
a) Coloque num suporte um ponteiro laser
consecutivas.
b) Coloque a rede de difração no suporte e
apontado perpendicularmente a um alvo ligue o laser. Afaste ou aproxime a rede
(Fig. 47). Dirija a luz para o alvo e, em seguida, de difração do alvo e compare, qualitati-
faça-a passar por uma fenda de abertura vamente, a luminosidade dos pontos ou
variável (ou fendas com diferentes largu- linhas observadas.
ras). Comece pela abertura maior e feche-a c) Fixe a distância L da rede de difração ao
progressivamente. Registe o que observa. alvo e registe-a. Registe também a distân-
Anteparo de b) Intercale sucessivamente placas com um cia, 2a, entre os máximos (linhas ilumina-
chumbo número cada vez maior de fendas. Registe das) de ordem 1.
o que observa. d) Repita o procedimento com outra rede de
c) Coloque um cabelo sobre o laser. Registe difração e registe as medições.
o que observa no alvo com e sem cabelo e) Repita o procedimento usando a luz de um
Raios X
interposto no feixe de luz. LED azul e registe as medições.
Sólido
cristalino
2. Determinação do comprimento de
onda de uma luz monocromática.
3. Observação do padrão de difração de
uma luz policromática.
Fig. 48 A difração de
raios X revela a estrutura a) Utilize uma rede de difração e registe o Substitua o LED azul por um LED branco e
atómica dos cristais. registe as diferenças no padrão de difração.
número de linhas por milímetro.
Questões pós-laboratoriais
1. O que observou quando a luz passou na fenda, ou 5. Determine o comprimento de onda da luz do LED
quando interpôs o cabelo entre o feixe e o alvo, azul.
esteve de acordo com o esperado. Porquê? 6. Que diferenças encontrou entre os padrões de difra-
2. Que variações ocorreram na forma da zona ilu- ção do LED azul e do LED branco? O que conclui?
minada à medida que foi fechando a fenda única? 7. Justifique o uso de redes de difração na identifi-
E quando foi usando cada vez mais fendas? cação de elementos químicos em espetroscopia
3. Por que se mediu a distância entre dois máximos atómica.
de ordem 1 e não a distância entre um máximo de 8. Um cristal, que é uma rede de átomos, pode funcio-
ordem 1 e o máximo central? nar como rede de difração. É a difração de raios X
4. Determine o comprimento de onda da luz laser e (Fig. 48) que nos permite conhecer os átomos que
o erro percentual (tome como referência a indicação formam um sólido cristalino. Procure informação
do fabricante), usando a primeira e a segunda rede que permita responder à questão inicial.
de difração. Em que caso houve maior exatidão?
190
2.3 Ondas eletromagnéticas
QUESTÕES
Notas: 4. Indique quais as radiações a que a atmosfera é opaca,
Na resposta a questões de escolha múltipla selecione a única opção a quais é transparente e qual é a importância da atmos-
que permite obter uma afirmação verdadeira ou responder correta- fera para a vida na Terra.
mente à questão colocada.
Nas questões que envolvam cálculos, estes devem ser apresentados. 5. Selecione a opção correta:
(A) Luz da mesma frequência a incidir no mesmo mate-
2.3.1 Produção e propagação rial pode ser refletida em diferentes percentagens.
de ondas eletromagnéticas. (B) A percentagem de absorção da luz que incide num
Espetro eletromagnético dado material depende apenas da constituição deste.
1. Qual das opções completa a frase seguinte? (C) Se um meio for transparente à luz visível, será
transparente à luz de todas as frequências do
As ondas eletromagnéticas … na natureza e as de
espetro eletromagnético.
grande comprimento de onda foram produzidas artifi-
cialmente pela primeira vez por … (D) Toda a luz que incide na separação de dois meios é
devolvida para o primeiro meio (reflexão).
(A) existem … Marconi.
(B) existem … Hertz.
2.3.2 Reflexão da luz
(C) não existem … Faraday.
(D) não existem … Maxwell. 6. Um feixe de luz laser propaga-se no ar e incide sobre
uma superfície plana espelhada fazendo um ângulo de
2. Uma onda eletromagnética:
65° com essa superfície.
(A) é a propagação de um campo elétrico e de um
a) O ângulo entre o feixe incidente e o feixe refletido é:
campo magnético variáveis, que têm a mesma
(A) 50° (B) 25° (C) 65° (D) 130°
direção, a qual é perpendicular à direção de propa-
gação da onda. b) A luz refletida tem, relativamente à luz incidente:
(B) é a propagação de um campo elétrico e de um (A) menor frequência e menor comprimento de onda.
campo magnético variáveis, perpendiculares entre (B) igual frequência e menor intensidade.
si e à direção de propagação da onda. (C) igual frequência e menor comprimento de onda.
(C) resulta da oscilação de cargas elétricas cuja frequên- (D) menor frequência e menor intensidade.
cia de oscilação é diferente da frequência da onda.
(D) é a propagação de um campo elétrico e de um 7. Um laser emite luz cujo comprimento de onda é 650 nm.
campo magnético constantes, perpendiculares Propaga-se no ar, onde a velocidade de propagação é
entre si e à direção de propagação da onda. quase idêntica à do vazio, quando incide numa superfí-
cie E1 plana e polida como mostra a figura.
3. Quando a radiação eletromagnética produzida no Sol
atinge a Terra: 45o E1
191
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
11. Observe a figura seguinte: uma luz monocromática (A) menor frequência e diferente velocidade de
incide na superfície de separação de dois meios I e II. propagação.
(B) igual comprimento de onda e diferente velocidade
I II de propagação.
(C) menor intensidade e diferente comprimento de onda.
(D) menor intensidade e igual comprimento de onda.
192
2.3 Ondas eletromagnéticas
15. Observe a figura seguinte: uma luz monocromática (C) A velocidade de propagação em A é menor do
passa do meio I para o meio II. que em B.
(D) A frequência da luz em A é maior do que em B.
(C) 2 / 2 e 2 (D) 2 e 2/ 2
16. Observe a figura: um feixe de luz monocromática incide 18. Observe a seguinte tabela de índices de refração de
na superfície de separação dos meios A e B. uma luz monocromática em vários meios:
193
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
19. Foi realizada a experiência ilustrada na figura seguinte. 22. Considere o esquema de uma fibra ótica:
Indique, justificando, se poderá ocorrer o fenómeno
ilustrado quando o ângulo de incidência da luz na
superfície água-ar for 40°.
50o
Considere nar = 1,00 e nágua = 1,33. nnúcleo = 1,50
nar = 1,00
Ar
Laser Água ncasca = 1,30
Espelho plano
a) Verifique se o ângulo de incidência da luz na extremi-
dade da fibra provoca reflexão total no seu interior.
20. Observe a figura: uma luz monocromática incide na
b) Qual é o máximo ângulo de incidência na extremi-
superfície de separação vidro-ar e refrata-se. Para
dade da fibra para que ocorra reflexão total dentro
que ângulos de incidência a luz deixa de se refratar na
da fibra?
superfície vidro-ar? Considere nar = 1,00.
21. Observe a figura: um feixe de luz laser incide perpendi- 24. Para o mesmo tipo de ondas e para a mesma fenda, a
cularmente na face AB de um prisma de vidro imerso difração é mais relevante quando:
numa solução. O ângulo crítico para a reflexão total é
(A) a frequência da onda é elevada.
60°. Considere nvidro = 1,513.
(B) a amplitude da onda é elevada.
a) Calcule o índice de refração da solução.
(C) a amplitude da onda é semelhante à dimensão da
b) Indique, justificando, qual das trajetórias pode repre-
fenda.
sentar o que ocorre quando o feixe de luz incide na
(D) o comprimento de onda da onda é semelhante à
face AC.
dimensão da fenda.
A
V
25. Tanto as ondas de rádio como as micro-ondas difratam
o
45 IV
num dado obstáculo. Nesse mesmo obstáculo a difra-
ção será notória:
(A) para sons produzidos no dia a dia.
III
(B) para infravermelhos emitidos por um comando de
B C TV.
(C) para ultravioletas recebidos do Sol.
I II (D) para luz vermelha emitida por um ponteiro laser.
194
2.3 Ondas eletromagnéticas
27. Num gerador de sinais seleciona-se uma frequência a) A pessoa está parada num passeio. A ambulância
de 3000 Hz e, ligando-o a um altifalante, produz-se inicialmente aproxima-se e depois afasta-se dela.
um som. O conjunto é colocado numa caixa fechada e Relacione a frequência do som ouvido pela pessoa na
isolada acusticamente. Pretende-se fazer uma fenda aproximação e no afastamento da ambulância com a
nas paredes da caixa de modo que as ondas sonoras frequência do som emitido pela sua sirene.
se difratem e o som seja ouvido no exterior. Faça uma b) Se a pessoa viajasse num carro, atrás da ambulân-
estimativa para a dimensão da fenda que permita ouvir cia, e com a velocidade da ambulância, que relação
bem o som fora da caixa. O módulo da velocidade de haveria entre os comprimentos de onda das ondas
propagação da onda sonora no ar é 343 m s−1. sonoras emitida pela sirene e detetada pela pessoa?
Justifique.
28. As emissões por rádio usam bandas de baixas frequên-
cias. Quais são as vantagens e inconvenientes no trans- 33. Os radares são usados para medir a velocidade de
porte de informação, atendendo aos fenómenos ondu- objetos em movimento com base na diferença das fre-
latórios a que estão sujeitas? quências emitida e recolhida pelo aparelho. Indique os
dois fenómenos ondulatórios em que se baseia.
29. Um forno de micro-ondas tem um dispositivo, o mag-
netrão, que produz radiação micro-ondas com a fre- 34. Observe a figura: três carros A, B e C movem-se com
quência de 2,45 GHz. A grade frontal do forno tem ori- o velocímetro a marcar o mesmo valor num pequeno
fícios. Quando o forno está em funcionamento, uma luz troço retilíneo de uma estrada.
no seu interior é visível fora do forno. Considere a velo- v v v
cidade de propagação das ondas no ar igual à do vazio.
A B C
a) Que fenómeno ótico é responsável por vermos a luz
O carro A emite um som contínuo, puro e de frequência
da lâmpada interna e o forno iluminado no interior?
f. Sendo fB e fC respetivamente a frequência percecio-
b) Verifique se há difração significativa da radiação de nada pelos condutores de B e de C, tem-se:
micro-ondas através dos orifícios da grade frontal. (A) f = fC < fB (B) f < fC < fB
(C) f > fC > fB (D) f = fC > fB
30. Porque são tão utilizadas micro-ondas nas comunica-
ções por satélite? 35. Os espetros de absorção representados na figura dizem
respeito ao mesmo elemento químico encontrado no Sol
31. Para instalar uma estação de rádio são concedi- e numa galáxia distante. Identifique, justificando, o espe-
das pela autoridade das comunicações as seguintes tro referente ao elemento químico na galáxia.
bandas de frequências: 530-600 kHz e 88-108 MHz.
Calcule os respetivos limites para os comprimentos
A
de onda e indique, justificando, as vantagens e as
desvantagens do uso de cada faixa de frequências.
Considere a velocidade de propagação das ondas no B
ar igual à do vazio.
195
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
36. As estrelas e galáxias mais próximas da Terra podem a) Determine a velocidade da luz amarela no acrílico.
aproximar-se ou afastar-se dela. O espetro A representa b) Determine o ângulo de incidência na superfície de
um espetro de absorção obtido em laboratório. Qual dos separação ar-acrílico.
espetros, B ou C, relativos ao mesmo tipo de absorção,
c) Fez-se incidir o feixe de luz segundo vários ângulos
mostra que uma estrela se está a aproximar da Terra?
na superfície de separação ar-acrílico. As suas medi-
das, assim como as dos respetivos ângulos de refle-
A xão e de refração, apresentam-se na tabela seguinte:
196
2.3 Ondas eletromagnéticas
Material 2
Uma luz monocromática, cujo comprimento de onda
é 560 nm, no ar, incide sobre a superfície de um
prisma de vidro BK7 como mostra a figura. Considere Material 3
nar = 1,000.
197
2. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
(C) água, acrílico, vidro. (B) menor do que o ângulo de incidência, sendo 35° o
ângulo de reflexão.
(D) vidro, acrílico, água.
(C) maior do que o ângulo de incidência, sendo 55° o
b) Coloque, justificando, os materiais por ordem
ângulo de reflexão.
crescente de velocidade de propagação da luz
monocromática. (D) menor do que o ângulo de incidência, sendo 55° o
ângulo de reflexão.
c) Verifique se ocorre reflexão total quando o feixe de
luz incide na superfície de separação vidro-água b) Comparando o módulo da velocidade de propagação
segundo um ângulo de 50°. dessa radiação nos meios I e II, assim como os com-
primentos de onda, obtém-se:
45. Um prisma de vidro é mergulhado numa tina con- 5 5
(A) vI = v e h I = h II
tendo glicerina. Um feixe de luz monocromática incide 4 II 4
numa das faces do prisma. Os índices de refração do 5 4
(B) vI = v e h I = h II
vidro e da glicerina são, para essa luz, 1,50 e 1,90, 4 II 5
respetivamente. 4 5
(C) vI = v e h I = h II
a) Qual das opções representa um trajeto possível do 5 II 4
feixe de luz no interior do prisma? 4 4
(D) vI = v e h I = h II
5 II 5
A B
47. Um laser de CO2, usado em dermatologia, emite luz
com 10,60 +m de comprimento de onda no ar. Outro
laser, de hélio-néon, usado em oftalmologia, emite
luz com 633 nm de comprimento de onda no ar mas,
quando incide no humor aquoso do globo ocular e se
C D transmite neste, passa a ter o comprimento de onda
de 474 nm. Considere a velocidade de propagação das
ondas no ar igual à do vazio.
a) Relacione as frequências da luz dos dois lasers.
b) Calcule o índice de refração do humor aquoso do
b) Qual é a razão entre os comprimentos de onda da luz globo ocular para a luz do laser de hélio-néon e a
no vidro e na glicerina? velocidade de propagação da luz nesse meio.
c) Qual é o ângulo de incidência a partir do qual ocorre c) Num cristal os átomos dispõem-se numa estrutura
reflexão total da luz que incide no prisma? em rede, constituindo cada um deles um obstáculo à
propagação da luz. Essa estrutura é, portanto, com-
46. Um feixe de luz monocromática incide na superfície parável a uma rede de difração. Sendo cerca de 1 nm
de separação meio I-meio II fazendo um ângulo de 35° a distância entre átomos vizinhos, indique, justifi-
com essa superfície. O índice de refração do meio I é cando, se a luz dos lasers referidos é adequada para
5/4 do índice de refração do meio II. analisar a estrutura de um cristal.
198
TESTE FINAL
Física – 10.o e 11.o Anos
GRUPO I
199
3. Considere luz amarela e luz violeta incidentes na cobertura transparente do
coletor, que é de vidro. Os índices de refração no vidro são, respetivamente,
1,517 para a luz amarela e 1,532 para a luz violeta (nar = 1,00).
a) Selecione a opção que completa a frase:
Quando estas ondas eletromagnéticas passam do ar para o vidro, a luz que
mais se desvia é a …. porque é a que tem … velocidade de propagação no vidro.
(A) violeta … maior (B) violeta … menor
(C) amarela … maior (D) amarela … menor
b) O comprimento de onda da luz violeta no ar é 400 nm. Determine o seu
comprimento de onda no vidro.
c) Indique em que condições pode ocorrer reflexão total da luz amarela
quando ela incide na superfície de separação vidro-ar.
d) A luz amarela e a luz violeta, ao propagarem-se no vidro, são ondas:
(A) transversais, sendo a propagação de oscilações das posições das
partículas do vidro.
(B) longitudinais, sendo a propagação de oscilações das posições das par-
tículas do vidro.
(C) transversais, sendo a propagação de oscilações de um campo elétrico
e de um campo magnético variáveis em direções perpendiculares.
(D) longitudinais, sendo a propagação de oscilações de um campo elétrico
e de um campo magnético variáveis em direções perpendiculares.
200
b) Considere um referencial unidimensional vertical com origem no solo e A B
sentido ascendente. Use as potencialidades da calculadora gráfica para Ec Ec
resolver as questões seguintes.
i) Esboce o gráfico posição-tempo para o movimento do parafuso e deter-
mine o tempo que demora a chegar ao solo.
0 t 0 t
ii) Indique, justificando, se o resultado anterior seria diferente se o para-
C D
fuso tivesse o dobro da massa.
Ec Ec
iii) Qual dos gráficos ao lado poderá representar a energia cinética do
parafuso em função do tempo, desde que é lançado até cair no solo?
c) Para içar o reservatório da água, de massa m, para o telhado da habitação,
usou-se uma máquina que elevou o reservatório a uma altura h do solo 0 t 0 t
com movimento retilíneo e uniforme. Neste trajeto:
(A) o trabalho realizado pelo peso foi negativo e simétrico do trabalho rea-
lizado pela força exercida pela máquina sobre o reservatório.
(B) o trabalho da resultante das forças exercidas sobre o reservatório foi
positivo.
(C) o trabalho realizado pelo peso do reservatório foi m g h.
(D) houve conservação da energia mecânica do sistema reservatório + Terra.
201
GRUPO II
hr / cm 148 108 80 72 28
a) Foi usada uma régua cuja menor divisão da escala é o milímetro. Indique a
medida da primeira altura de queda na unidade SI tendo em conta a incer-
teza de leitura.
b) Construa o gráfico de pontos da altura de ressalto em função da altura
de queda e, a partir da reta de ajuste, determine a altura de ressalto se a
altura de queda fosse 200 cm.
c) Determine a percentagem de energia cinética perdida quando a bola colide
pela primeira vez com o solo.
202
ANEXOS
203
Fig. A.1 Sequência de
procedimentos para obter o valor
da posição num dado instante.
204
• Passagem na origem do referencial: esta ocorre quando a posição é
nula, o que corresponde a um zero da função. Para o calcular pressiona-se
2ND CALC e escolhe-se 2:zero seguido de ENTER. Com o cursor sele- Determinar zeros da função:
ciona-se um valor à esquerda do zero, seguido de ENTER, depois um valor – 2ND CALC
à direita do zero, seguido de ENTER. Fazendo novamente ENTER obtém- – 2:zero
-se o valor do zero (Fig. A.3): o objeto passa na origem no instante t = 7 s.
205
Fig. A.4 Sequência de
procedimentos para obter
um gráfico.
206
C – Procedimento com utilização da CASIO FX-CG20
Construção do gráfico: pressiona-se MENU, seleciona-se Gráfico e confirma-
se com EXE. Escreve-se a função x(t) = −2t 2 + 12t + 15, confirmando com EXE.
Para ajustar o gráfico à escala utiliza-se o V-WINDOW: pressiona-se SHIFT F3.
Surge um ecrã onde se introduzem os valores entre os quais se pretende estudar
o movimento do carrinho (Xmin = 0 e Xmax = 10), confirmando com EXE. Para regres-
sar à janela anterior, pressiona-se EXIT. Desenhamos o gráfico (F6) e verificamos
que a janela não é a ideal. Usamos o zoom automático para que a calculadora
desenhe automaticamente a melhor janela de visualização para aquele intervalo.
Escolhe-se F2 (ZOOM) seguido de F5 (AUTO). Surge uma nova janela. Pode fazer-
-se pequenos ajustes posteriores, por exemplo no máximo de y. Na janela de
visualização (SHIFT F3) escolhe-se um valor superior ao escolhido pela calcu-
ladora. Pressiona-se F6 (DRAW) e o gráfico é traçado. Pressionando F1 (TRACE)
visualizamos o gráfico, a função e os valores das coordenadas (Fig. A.6).
207
Posição inicial: pressiona-se F5 (G-SOV), depois F5 (Y-INTSECT) e EXE. Com o
trace activo (F1 – Trace) também é possivel introduzir o valor do tempo (valor de x)
e ao pressionar EXE a calculadora devolve o valor da posição (valor de y) (Fig. A.7).
208
ANEXO 3 Questão resolvida 5 (p. 25)
A – Procedimento com utilização da TEXAS TI-84 Plus C Silver Edition
Constrói-se o gráfico na calculadora usando uma escala que contenha os ins-
tantes t = 2 s ou t = 6 s (Fig. A.10). O módulo da velocidade é dado pelo módulo do
declive da reta tangente ao gráfico no instante pedido. Para determinar essa reta
tangente pressiona-se a tecla 2ND DRAW e seleciona-se 5:Tangent seguido de
ENTER. Tecla-se o valor do instante (X = 2) e obtém-se a reta tangente e a res-
petiva equação: Y = 1X + 8, o que indica que o módulo da velocidade é 1 m s−1. Determinar componentes
escalares da velocidade
Para apagar esta reta tangente pressiona-se a tecla 2ND DRAW e seleciona- (declive da reta tangente):
-se 1:ClrDraw. Repetindo o procedimento para o instante 6 s (X = 6) obtém-se a – 2ND DRAW
reta tangente e a respetiva equação: Y = −7X + 40, o que indica que o módulo da – 5:Tangent
velocidade é 7 m s−1. Por isso a velocidade é maior no instante t = 6 s.
209
O módulo da velocidade do móvel em cada ponto é igual ao módulo do declive
da reta tangente nesse ponto, pelo que obterá: no instante t = 2 s, o módulo da
velocidade é 1 m s−1; no instante t = 6 s, o módulo da velocidade é 7 m s−1.
210
2. Meça a massa do conjunto que se vai mover – carrinho + sensor de força +
+ acelerómetro – e registe o valor da medida. Fixe o sensor de força sobre
o carrinho (por exemplo, com fita-cola) de modo a poder exercer uma força
sobre o eixo do sensor que deve estar alinhado com a direção do movimento.
Disponha a seta do acelerómetro na direção do movimento. Os valores regis-
tados pelo sensor de força e acelerómetro podem ser visualizados no com-
putador ou calculadora gráfica com a respetiva interface (por exemplo, a
interface CBL2 e o programa DATAMATE ou EASYDATA das calculadoras
TEXAS TI-83 e TI-84, ou o Lab Cradle e o programa Vernier Data Quest da
TI-Nspire da TEXAS, ou o interface EA-200 e o programa ECON2 da calcu-
ladora da CASIO).
1. Coloque uma bola de basquete por baixo do sensor de posição a cerca de 0,5 m
deste, acione o programa de aquisição de dados e deixe-a cair verticalmente.
A bola deve mover-se por baixo do sensor, de modo a observarem-se, pelo
menos, os dois primeiros ressaltos num gráfico posição-tempo. Caso isso
não aconteça, repita o procedimento.
211
ANEXO 6 Grandezas e unidades SI. Múltiplos e submúltiplos das unidades SI
Grandezas físicas de base e respetiva unidade SI
Grandeza de base Unidade SI
Nome Símbolo Nome Símbolo
Comprimento Ɛ, L metro m
Massa m quilograma kg
Tempo t segundo s
Corrente elétrica I ampere A
Temperatura termodinâmica T kelvin K
Quantidade de substância, quantidade de matéria ou quantidade química n mole mol
Intensidade luminosa Iv candela cd
212
RESPOSTAS
1. Mecânica c) (D). Em A e C também esteve parado; a) x(3) = 10 m.
em B mudou de sentido. b) t = 0,67 s, correspondente ao mínimo
1.1 Tempo, posição d) (D). Passou no instante t = 5 s da função x(t).
(em A passou em t = 6 s, em B em t = 7 s c) [0,00; 0,67] s.
e velocidade e em C partiu da origem e passou de novo d) Sentido negativo:
1.1.1 Movimentos: posição, trajetória na origem em t = 8 s). 兩6x兩 = 兩–6,33 – (–5)兩 = 1,3 m;
e) (C). Terminou na posição x = −10 m, sentido positivo:
e tempo ou seja, a 10 m da origem. 兩6x兩 = 兩10 – (–6,33)兩 = 16,3 m;
1. a) Curvilíneas. é maior no sentido positivo.
b) 6t = 2 min 49 s = 2,82 min. 1.1.3 Distância percorrida e) A distância percorrida no sentido
c) Na prova de 5000 m, pois o tempo e deslocamento. Rapidez média negativo e depois no sentido positivo
é dado por um cronómetro que mede e velocidade média é 1,3 + 16,3 = 17,6 m, e a rapidez
centésimos de segundo; o menor tempo s 17,6
dado pelo cronómetro que mede o tempo 7. (A). média é = = 5,9 m s−1.
6t 3
da prova da maratona é um segundo. 8. Distância percorrida:
d) Em movimento: referencial ligado às — — — f) 6x = x(3) − x(1) = 10 − (−6) = 16 m;
s = OB + BA + AC = 20 + 10 + 20 = 50 m.
ruas de Los Angeles; em repouso: referencial O deslocamento foi 6x = xf − xi = −30 − 0 = 6x 16
ligado ao outro atleta (em relação a ele, vm = = = 8 m s−1.
= −30 m. 6t 2
a sua posição é constante). 9. As posições inicial e final coincidem, pelo 13. (C), porque a distância percorrida não
que o deslocamento é nulo, por isso vm = 0. aumentou. (A) é falsa, pois o gráfico apenas
1.1.2 Posição em coordenadas Foi percorrida a distância s = 25 × 400 = indica como varia a distância com o tempo,
cartesianas. Movimentos = 10 000 m em 6t = 32 × 60 + 33,51 = não dá indicação da forma da trajetória.
retilíneos e gráficos = 1953,51 s. A rapidez média foi Na opção (B) o carro pode até ter invertido
posição-tempo 10 000 o sentido do movimento, mas essa
= 5,12 m s−1 = 18,4 km h−1.
1953,51 informação não se pode extrair do gráfico,
2. a)
10. a) No total esteve 3 s parada: 1 s entre que apenas indica que, no intervalo de
casa pastelaria escola tempo considerado, o carro esteve sempre
os instantes t = 1 s e t = 2 s, na posição
x = 20 m; e 2 s, entre os instantes t = 4 s em movimento. Na opção (D) o carro pode
–150 0 50 x / m
e t = 6 s, na posição x = −20 m. ter-se afastado ou aproximado da origem,
xcasa = −150 m; xpastelaria = 0 m; xescola = 50 m. b) Sentido negativo. Foram percorridos pois, para a distância percorrida, não
60 m no sentido negativo e 20 m importa o sentido do movimento.
b)
casa pastelaria escola no sentido positivo.
6x –20 – 20 1.1.4 Velocidade e gráficos
c) i) vm = = = −8 m s−1.
x / m 200 50 0 6t 5 posição-tempo
s 40 + 20
xcasa = 200 m; xpastelaria = 50 m; xescola = 0 m. ii) rapidez média = = = 10 m s−1. 14. Os velocímetros marcam o módulo
6t 6 da velocidade.
3. (D). A linha horizontal no gráfico indica (entre 2 s e 4 s percorreu 40 m, entre 6 s a) i) Situações B e C, pois o módulo
que o corpo está em repouso (posição e 8 s percorreu 20 m, e entre 4 s e 6 s da velocidade é constante.
constante). A outra parte indica que se esteve parada). ii) Situação B: para que a velocidade
move no sentido positivo, pois x aumenta. permaneça constante é necessário
11. O movimento iniciou-se na posição
4. O corpo parte da origem do referencial x = 0,50 m, e o ponto de afastamento que a trajetória seja retilínea e o seu
e afasta-se desta no sentido positivo, máximo ocorre em x = 1,16 m (movimento módulo não varie.
até ao instante t2. Entre os instantes t2 e t3 no sentido positivo). A posição final é em b) Sentido negativo.
o corpo está em repouso. Para t > t3 o corpo x = 0,46 m (movimento no sentido 15. a) O valor marcado no velocímetro
continua a deslocar-se no sentido positivo, negativo). A distância percorrida no sentido (módulo da velocidade, v) é dado pelo
ou seja, continua a afastar-se da origem. positivo e depois no sentido negativo foi módulo do declive das retas representadas:
5. (D), pois da segunda vez em que x = 0 s = (1,16 − 0,50) + (1,16 − 0,46) = 1,36 m, quanto maior for o módulo do declive
a função x(t) é crescente. (A) é falsa, porque no tempo de 10,4 s. A rapidez média de cada reta, maior será o módulo, v,
o corpo fica em repouso (parte horizontal s 1,36 da velocidade. Assim, vB < vA < vC.
foi = = 0,13 m s−1.
do gráfico). (B) é falsa, pois na terceira vez 6t 10,4 b) São iguais em cada caso: a componente
que o gráfico interseta o eixo horizontal 12. Esboço do gráfico: escalar da velocidade é dada pelo declive
x é decrescente. (C) é falsa, pois inverteu x/m da reta tangente ao gráfico em cada
o sentido três vezes (dois máximos e um 12 instante; essa tangente coincide com
mínimo na função). 10
8 a própria reta, por isso o declive das
6. a) (D). A função x(t) é decrescente 6 retas tangentes é sempre o mesmo.
4
no instante inicial. 2 Qualquer um dos três casos considerados
0 corresponde a movimento retilíneo
b) (A). O corpo esteve parado 4 s −2 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 t/s
213
16. A – II. A função x(t) é decrescente (C) – I. O movimento retilíneo uniforme: i) Tomando os dois pontos (t; y) do gráfico
e dada por uma reta (o declive da reta componente escalar da velocidade indicados na figura, ou seja, os pontos
tangente é sempre o mesmo, por isso constante e negativa. (0,85; 0,82) e (1,20; 0,34), obtém-se
a velocidade é constante). (D) – III. A componente escalar da 6y 0,34 – 0,82
B – I. O declive da reta tangente ao gráfico, velocidade inicialmente negativa, vm = = = −1,37 m s−1.
6t 1,20 – 0,85
em cada ponto, é cada vez maior à medida depois anula-se e, em seguida,
que o tempo passa, evidenciando fica positiva e cada vez maior. ii) Como o movimento é retilíneo
o aumento da velocidade. e uniforme no intervalo de tempo
20. O gráfico de pontos mostra que
C – IV. O declive da reta tangente ao considerado, a velocidade é igual
a dependência de x com t é
gráfico é cada vez menor à medida à velocidade média, logo a componente
aproximadamente linear.
que o tempo passa, evidenciando escalar da velocidade é vy = −1,37 m s−1.
a diminuição da velocidade. x/m c) (B). Há uma fase inicial em que o corpo
D – III. O gráfico é uma reta (o declive 0,9 está parado, depois a distância percorrida
0,8 cresce com o tempo e, quando chega
é constante e, por isso, a velocidade 0,7
também) que cruza o eixo horizontal, 0,6 ao solo e para, a distância percorrida
x(t) = 0. 0,5 y = 0,268 x + 0,573 permanece constante.
0,4
17. a) A imagem estroboscópica é feita 0,3 23. (A). As duas tangentes às curvas,
em intervalos de tempo iguais. No início, 0,2 no instante inicial, têm ambas declives
0,1 positivos (os ciclistas movem-se no sentido
a velocidade começa por aumentar
(a distância entre posições sucessivas 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 t / s positivo), mas o de A é maior do que o de B
aumenta); depois, permanece constante (logo, no instante inicial, vA > vB).
A equação da reta de ajuste está indicada (B) é falsa, pois, a partir do declive
(a distância entre posições sucessivas
no gráfico. Em função das variáveis das retas tangentes, verifica-se que
mantém-se); e depois diminui (a distância
x e t, essa equação escreve-se na segunda vez em que A e B se encontram
entre posições sucessivas diminui).
x(t) = 0,268 t + 0,573. A componente a velocidade de A é menor do que a de B.
b) (C). Nunca há inversão de sentido
escalar da velocidade do carrinho é (C) é falsa, porque nesse intervalo de
– logo (A) e (B) ficam excluídos;
o declive da reta, por isso vx = 0,268 m s−1. tempo o deslocamento é maior para A.
o barco nunca está parado – logo (D) fica
excluído. A leitura do gráfico (C) permite 21. (D) é falsa, isso só acontece a B;
concluir que há uma primeira fase a velocidade de A vai diminuindo (declive
x/m da reta tangente cada vez menor).
em que o corpo se afasta da origem
40
com velocidades cada vez maiores;
depois, a velocidade passa a ter valor 20 1.1.5 Gráficos velocidade-tempo
constante (troço retilíneo do gráfico); 0
e depois o barco continua a afastar-se, 2 4 6 8 10 t / s 24. Existe sempre movimento (vx ≠ 0)
mas com velocidades cada vez −20 e este dá-se no sentido positivo (vx > 0),
menores. −40 pelo que (A) e (B) são falsas.
18. a) B: a função x(t) é sempre crescente, Caracterizemos o movimento e verifiquemos
−60
logo o movimento é no sentido positivo; que (C) é falsa e (D) verdadeira:
C: a função é sempre decrescente, logo −80 [0, 2] s: movimento acelerado
o movimento é no sentido negativo. (o módulo da velocidade aumenta):
Determinando os declives das retas 2×8
b) A: a curva passa de crescente tangentes, obtemos: vx(2) = 4,0 m s−1 e o s = |6x| = =8m
para decrescente (tem um máximo); 2
sentido é positivo (vx > 0); vx(9) = −24 m s−1 [2, 10] s: movimento uniforme
D: a curva passa de decrescente e o sentido é negativo (vx < 0).
para crescente (tem um mínimo). (o módulo da velocidade mantém-se):
c) C: o declive da reta tangente em cada 22. a) Direção vertical e sentido positivo s = |6x| = 8 × (10 – 2) = 64 m
instante é sempre constante. a apontar para cima. A origem do [10, 12] s: movimento retardado
d) A: na primeira parte, x aumenta referencial está 1,2 m abaixo do nível (o módulo da velocidade diminui):
(sentido positivo) à medida que o declive a que o papel é largado. À medida que 8+4
o papel cai, o valor de y vai diminuindo s = |6x| = × 2 = 12 m
da reta tangente à curva vai diminuindo 2
(a velocidade diminui); depois, o módulo até atingir a altura zero (nível do chão, [12, 16] s: movimento uniforme
do declive da reta tangente é cada vez tomado como origem). (o módulo da velocidade mantém-se):
maior (a velocidade aumenta) e x diminui b) No intervalo de tempo considerado, s = |6x| = 4 × (16 – 12) = 16 m
(sentido negativo). o gráfico y(t) é aproximadamente (C) é falsa, pois o movimento é uniforme
e) D: na primeira parte, x decresce retilíneo, e o movimento é retilíneo nos intervalos [2, 10] s e [12, 16] s.
(sentido negativo) à medida que o declive e uniforme. A afirmação correta é a (D), uma vez que
da tangente à curva vai diminuindo y/m
o atleta percorre 12 m com movimento
(a velocidade diminui); depois, o declive 1,40 retardado e 8 m com movimento acelerado.
aumenta (velocidade aumenta) e x 1,20
Há movimento uniforme durante 12 s,
aumenta (sentido positivo). por isso (C) é falsa. (D) é verdadeira,
1,00
19. (A) – II. A componente escalar pois 12 m > 8 m.
0,80
da velocidade é inicialmente positiva, 25. a) O carrinho parou a partir t = 8 s.
0,60
depois anula-se e, em seguida, fica Teve velocidade nula no instante t = 3 s:
0,40 inverteu o sentido do movimento (passou
negativa e cada vez maior em módulo.
(B) – IV. A componente escalar da 0,20 de positivo para negativo).
velocidade é sempre positiva e cada b) vx(1,5) = 2 m s−1 e |vx(6,5)| < 2 m s−1;
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 t / s o movimento é mais rápido no instante 1,5 s.
vez maior.
214
c) No instante t = 3 s há inversão de (B) é falsa, porque o instante em que a Questões globais
sentido positivo para negativo. A componente velocidade A e de B são iguais é diferente
30. a)
escalar do deslocamento é calculada do instante em que B e C têm a mesma
a partir das áreas entre os instantes velocidade.
t = 2 s e t = 8 s indicadas na figura. (C) é falsa, uma vez que o carro que x/m
percorreu maior distância foi o A, 6
5
vx / m s−1 pois a área por baixo da curva A é maior 4
do que a área por baixo da curva B. 2
4 2,5 5,2
28. a) (C). Apesar de algumas oscilações, 0
2 −1 1 2 3 4 5 6 t/s
resultantes de incertezas nas medidas, −2
0 no intervalo de tempo entre 1,2 s e 2,0 s −4
2 4 6 8 t/s a velocidade permanece praticamente −6
−2 −7,25
constante. −8
As áreas a tracejado anulam-se, pois uma é b) A distância percorrida em [0,7; 1,1] s
positiva e a outra negativa. O deslocamento é dada pela área do trapézio da figura No instante inicial o corpo está em
é, então, dado pela soma das áreas que é, aproximadamente, x = −1,0 m e começa a mover-se no sentido
(1,2 – 0,7) × (1,1 – 0,7) negativo, diminuindo a sua velocidade
–2 × 2 6x = 0,7 × (1,1 − 0,7) + =
restantes: 6x = −2 × 2 + = −6 m. 2 (o valor absoluto do declive da tangente
2
= 0,38 m. ao gráfico vai diminuindo) até ao instante
d) Deslocamento positivo (até t = 3 s):
t = 2,5 s; neste instante, a velocidade
2×1 2×1
6x1 = 2 × 2 + + = 6 m, anula-se e há inversão de sentido
2 2 1,2
Velocidade / m s−1
215
32. a) i) B (a componente escalar da 9. (D). A força à superfície da Terra 14.
velocidade é positiva até t3 e depois m m
é negativa). ii) A (o corpo desloca-se é F1 = G Terra , com RT o raio da Terra.
R 2T
no sentido negativo ou está parado).
A uma altitude de cinco raios terrestres, a N N N
iii) A (entre os instantes t1 e t2).
iv) A (a partir do instante t3). distância ao centro da Terra é 6RT. A força
b) Verdadeira: (C). sobre o mesmo corpo de massa m é agora P P P P P
m m m m 1
F2 = G Terra 2 = G Terra 2 = F.
(6R T) 36R T 36 1 a) b) c) d) e)
10. (C). A força gravítica à superfície é o
1.2 Interações e seus efeitos peso do corpo, ou seja, P = m g = 20 N; Em a) a força normal e o peso, que se
1.2.1 As quatro interações em órbita a força é 4 vezes menor, pois anulam porque há repouso; em b)
é 5 N. Os corpos em interação são e e) a intensidade da força normal
fundamentais na natureza
os mesmos nas duas situações, é maior do que a intensidade do peso:
1. (D). mudando apenas a distância entre em b) porque tem de haver uma resultante
2. A. Gravítica; B. Eletromagnética; eles e, como a intensidade da força a apontar para cima para o corpo adquirir
C. Gravítica; D. Eletromagnética; é inversamente proporcional ao velocidade e subir, e em c) porque
E. Gravítica; F. Nuclear forte; G. Gravítica; quadrado da distância uma vez que a resultante que aponta para cima
H. Nuclear fraca; I. Eletromagnética; m m faz diminuir a velocidade que o corpo
F = G Terra , se a força diminui 4 vezes, trazia da queda; em c) e d) só atua
J. Eletromagnética. r2
o peso (o corpo não está apoiado
3. a) Força gravítica e força então a distância aumenta para o dobro.
sobre nenhuma superfície).
eletromagnética; b) Forças nuclear forte, 11. a) A força do Sol sobre a Terra é dada Os pares ação reação indicam-se a seguir,
nuclear fraca e eletromagnética. m m para o peso e para a força normal:
4. Força gravítica. por FS/T = G Sol 2 Terra , em que r = 1 ua
r
5. (B) – ver Tab. 1 (pág. 39). é a distância do Sol à Terra. A força do Sol
6. A coesão nuclear é devida à força m m P (aplicada na bola)
nuclear forte que é atrativa. Comparada sobre Neptuno é FS/N = G Sol 2Neptuno ,
com esta força atrativa, a força repulsiva r'
devida à carga elétrica positiva dos protões onde a distância do Sol a Neptuno
é muito pequena (a força nuclear forte é r' = 30 ua = 30 r e mNeptuno = 18mTerra. P’ (aplicada no centro da Terra)
só existe entre protões ou neutrões de mSol18mTerra
um mesmo núcleo e nunca entre partículas Portanto, FS/N = G =
(30r)2
de núcleos de átomos diferentes, pois o
seu alcance é muito pequeno, praticamente 18 m m N (aplicada na bola)
= G Sol 2 Terra = 0,02 FS/T , ou ainda
apenas o tamanho de um núcleo). 900 r
FS/T = 50 FS/N.
1.2.2 Interação gravítica N’ (aplicada na mão)
b) Designando por m a massa do corpo e por
e Lei da Gravitação Universal P e P' as forças gravíticas exercidas sobre
7. Como G = 6,67 × 10−11 N m2 kg−2 ele à superfície dos planetas, podemos
e 1 ua = 150 × 106 × 103 m, a força m m m m
escrever: P = G Terra e P' = G Neptuno . 15. Quando se inicia a caminhada,
da Terra sobre o Sol (ou vice-versa) é R 2T R 2N um pé exerce uma força sobre o solo
m m Ora, mNeptuno = 18mTerra e RN = 4 RT, pelo que
F = G Sol 2 Terra = para trás; de acordo com a Terceira Lei
r 18mTerram 18 m m 9 de Newton, o solo exerce uma força
P' = G = G Terra = P. simétrica sobre o pé, para a frente.
1,99 × 1030 × 5,97 × 1024 (4R T) 2
16 R 2T 8
= 6,67 × 10−11 × = Ou seja, além da força normal que
(150 × 109)2
impede o pé de penetrar o solo, o solo
6,67 × 1,99 × 5,97 × 1043 1.2.3 Pares ação-reação
= = 3,52 × 1022 N. exerce uma força horizontal no pé,
1,502 × 1022 e Terceira Lei de Newton para a frente, que é uma força de atrito,
8. A intensidade da força exercida pela 12. (C). A força que o camião exerce sobre e é esta força que leva ao início
o carro e a força que o carro exerce sobre do movimento. A intensidade desta força
m m
Terra na ISS é FISS = G Terra2 ISS , sendo r o camião formam um par ação-reação. só será significativa se as superfícies em
r As duas forças do par, de acordo com contacto tiverem rugosidade suficiente.
a distância do centro da Terra à estação a Terceira Lei de Newton, são iguais em No caso do gelo, como a superfície é muito
espacial. A intensidade da força intensidade e direção mas têm sentidos lisa, a força de atrito nunca pode ser muito
exercida pela Terra no astronauta opostos, independentemente do estado grande, sendo, por isso, difícil caminhar
m m de movimento ou de repouso dos corpos sobre ela.
é Fast = G Terra2 ast . A razão entre as em interação. Por isso só a resposta (C)
r
está correta.
intensidades das duas forças é
FISS mISS 400 × 103 13. As forças de um par ação-reação
= = = 5 × 103; a força atuam sempre em corpos diferentes,
Fast mast 80 produzindo cada uma delas apenas efeito N
exercida sobre a ISS é 5000 vezes maior no corpo em que atua. Por isso os seus Fa
do que a força exercida sobre o astronauta. efeitos não se anulam.
216
16. Em qualquer das situações atua 1.2.4 Efeito das forças sobre
sempre o peso do corpo, P . Quando o corpo a velocidade
está apoiado numa superfície, atua também N N
a força normal, N , vertical e dirigida para 19. (A). Se o corpo mantém a sua
F Fa
cima (situações I e II), que equilibra o peso F velocidade (em módulo, direção
(as duas forças têm a mesma intensidade) e sentido), a trajetória tem de ser retilínea
porque o corpo está em repouso. Na situação P P sem inversão de sentido (movimento
IV a força normal é perpendicular ao plano retilíneo uniforme). No caso (B) a
inclinado. Na situação III, para além do I II velocidade varia em módulo e sentido
peso, há a resultante das forças exercidas (após a inversão) e nos casos (C) e (D)
N varia em direção.
por cada corda, chamada tensão, T ,
que é vertical e aponta para cima. FY Fa FX 20. A – II; B – III; C – I; D – IV. Para o
A força que, conjuntamente como o peso movimento ser retilíneo, a resultante das
forma o par ação-reação, está aplicada forças tem de ter a direção da trajetória:
P
no centro da Terra: se tiver o sentido da velocidade o carro
acelera e se tiver sentido oposto o carro
III
trava. Se tal não acontecer, o movimento
(aplicada Na situação IV há dois caixotes. O caixote A será curvilíneo. Se a força e a velocidade
P na pessoa) exerce sobre B uma força, F A/B , e B exerce forem perpendiculares, o módulo
sobre A uma força simétrica daquela, F B/A . da velocidade não se altera.
(aplicada A força que A exerce em B e a que B exerce 21. (C) – ver justificação na resposta
P’ na Terra) em A constituem um par ação-reação. Os à questão 20.
caixotes deslocam-se para a esquerda e as
I, II, III e IV forças de atrito são em sentido contrário. 1.2.5 Aceleração média, aceleração
e gráficos velocidade-tempo
NB NA
Nas situações I, II e IV a força que forma 22. (D). Num movimento retilíneo
com N o par ação-reação está na FA/B FaB F FaA FB/A e uniforme a velocidade não varia pelo que
superfície de apoio. Em III, considerando a aceleração média será nula. Em (A), (B)
o atleta como uma partícula, imaginamos PB PA e (C) há variação da velocidade, por isso
uma corda equivalente às duas, e a força a aceleração média é diferente de zero.
que forma com T o par ação reação 23. A velocidade inicial é
IVB IVA
está aplicada nessa corda: v = 72 km h−1 = 20 m s−1.
Em I e II: o par do peso está aplicado no a) Movimento retilíneo uniformemente
centro da Terra; o da força normal está retardado pois a aceleração é constante
no chão, tal como o da força de atrito na e a velocidade está a diminuir. Se o módulo
(aplicada (aplicada
N T na pessoa) situação I, e o da força F está na pessoa. da velocidade diminui 3 m s−1 num segundo,
na pessoa)
Em III: o par do peso está aplicado no o que significa que o módulo da aceleração
centro da Terra; o da força normal está é 3 m s−2, então em 2 s o módulo da
(aplicada (aplicada velocidade diminuirá 6 m s−1, por isso
N’ T’ na corda) no chão, tal como o da força de atrito,
na trave) ao fim de 2 s a velocidade será
o da força está F X na pessoa X e o da
força F Y está na pessoa Y. 20 – 6 = 14 m s−1 = 50 km h−1.
I e II III
Em IV: o par de cada peso está no centro b) (B), pois a velocidade aponta para a
da Terra. O de cada uma das forças esquerda (componente escalar negativa) e,
normais e das forças de atrito está no chão. dado que o carro trava, a aceleração deve
(aplicada O da força F A/B está em A e o da força apontar em sentido contrário à velocidade,
N na pessoa) ou seja, para a direita.
F B/A está em B (F B/A e F A/B constituem
24. a) O módulo da aceleração nos
(aplicada um par ação-reação).
N’ no solo)
primeiros 20 s é constante e igual
18. Em A e B atuam o peso, a força normal e a 0,50 m s−2, logo é igual à componente
a força de atrito; em C apenas atua o peso: escalar da aceleração média:
IV 6v v –0
A B C am = x 0,50 = x vx = 10 m s–1;
6t 20
N N esta é a componente escalar da velocidade
17. Em I, as forças sobre o caixote são
Fa ao fim de 20,0 s, que se mantém constante
o peso, a força normal, a força exercida Fa durante 10,0 s. Na travagem o motociclo
pela pessoa e a força de atrito exercida
passa de 10 m s–1 para a velocidade nula
pelo chão. Em II as forças exercidas no P P P 6vx 0 – 10
conjunto carrinho + caixote são também em 5,0 s: am = = = –2,0 m s–2.
o peso, a força normal e a força exercida Em A e B, N ' = –N é o par ação-reação da 6t 5,0
pela pessoa. Em III, a pessoa Y exerce força normal e F a' = –F a é o par ação-reação b)
vx / m s−1
sobre o caixote uma força, F Y, de maior da força de atrito. Estas duas forças estão
intensidade do que a que X exerce, aplicadas na superfície onde assenta a 10
F X , pondo o caixote em movimento para partícula. Em A, B e C, P ' = –P é o par
a esquerda. A força de atrito é, por isso, ação-reação do peso do corpo e está
para a direita, pois opõe-se ao movimento. aplicada no centro da Terra. 0 10 20 30 t/s
217
6vx vx(12) – vx(8) 29. a) A distância percorrida é a área 32. a) Peso, P , de intensidade
0 – 20
25. a) am = = = = por baixo da curva v(t). Essa área é maior P = mBg = 60 × 10 = 600 N; normal, N ,
6t 12 – 8 12 – 8 para A, o que significa que foi A quem de intensidade igual ao peso porque
= –5 m s–2. percorreu maior distância no mesmo não há movimento na direção vertical;
b) i) [8, 12] s: a aceleração, por ser variável, intervalo de tempo e, por isso, ganhou força que A exerce sobre B, F A/B , horizontal
não é sempre igual à aceleração média, a corrida (embora tenha sido o segundo e dirigida para B, que é igual à força
pois o gráfico v(t) não é uma reta, variando a partir). resultante sobre B, tendo-se, de acordo
o declive das retas tangentes ao gráfico b) As acelerações foram semelhantes: as com a segunda Lei de Newton,
em cada instante. retas tangentes às curvas v(t) têm idêntica FA/B = mBaB = 60 × 2,0 = 120 N.
ii) [8, 12] s: os declives das retas inclinação, embora em instantes diferentes, b) F B/A = –F A/B , ou seja tem a mesma
tangentes ao gráfico em cada instante, como mostra a figura direção (horizontal) e intensidade (120 N),
que dão a componente escalar da sentido oposto ao da força que A exerce
aceleração, são negativos. Ou, como sobre B, e está aplicada em A.
a componente escalar da velocidade vx
c) Como as forças são constantes,
é positiva e o módulo da velocidade A também a aceleração é constante
está a diminuir, a componente escalar e, por isso, igual à aceleração média:
da aceleração terá de ter sinal contrário, B
6v vx – 0
ou seja, terá de ser negativa. am = x 2,0 = vx = 0,10 m s–1.
iii) [2, 4] s: o declive da reta tangente 6t 50 × 10–3
ao gráfico, em cada instante, é constante 33. (C).
e positivo, logo a componente escalar 34. a) (C) Quando a força é constante
da aceleração é positiva, tal como 0 (segunda parte do movimento),
t
a velocidade. o movimento é uniformemente variado,
c) [0, 2] s: o módulo da velocidade diminui, pois a aceleração é constante. Quando a
a sua componente escalar é negativa Mas B partiu mais tarde do que A e atingiu
velocidade constante ao mesmo tempo do força é variável, o movimento é variado.
e a componente escalar da aceleração Como a resultante das forças tem a direção
é constante e positiva: movimento que A, mas menor (vB < vA). A aceleração
média de B foi menor do que a de A e e sentido do movimento, os carrinhos só
uniformemente retardado no sentido podem aumentar de velocidade, por isso
negativo. enquanto B se moveu A fê-lo com maior
velocidade. Por isso A ganhou: quando A o movimento é inicialmente acelerado
[2, 4] s: o módulo da velocidade aumenta, (força variável) e depois uniformemente
a sua componente escalar é positiva chegou à meta, B tinha percorrido uma
distância inferior à percorrida por A. acelerado (força constante).
e a componente escalar da aceleração b) FRZ = m aZ e FRY = m aY. Portanto,
é constante e positiva: movimento c) A distância percorrida por C é a área
uniformemente acelerado no sentido por baixo da curva C no gráfico v(t). aZ FRZ 250
Quando A chegou à meta, C tinha = = = 1,25.
positivo. aY FRY 200
[4, 8] s: o módulo da velocidade percorrido uma distância menor
mantém-se, a sua componente escalar (inferior até à de B como se pode concluir c) Como FR = m a, as acelerações serão
é positiva e a componente escalar graficamente pelas áreas por baixo iguais se as intensidades da resultante das
da aceleração é nula: movimento uniforme das curvas v(t) de A, B e de C). forças forem iguais porque a massa é igual,
no sentido positivo. o que se verifica em t = 5,5 s.
[8, 12] s: o módulo da velocidade diminui, d) FRZ = m aZ e FRY = 2m aY. Portanto
a sua componente escalar é positiva 1.2.6 Segunda Lei de Newton FRZ
F F
e a componente escalar da aceleração aZ = aY = RY FRZ = RY , ou seja,
30. a) [1, 2] s e [4, 6] s (velocidade m 2m 2
não é constante e é negativa: movimento constante e aceleração nula).
retardado no sentido positivo. a intensidade da resultante de forças
b) A intensidade da resultante das forças sobre Y tem de ser o dobro da intensidade
26. a) A – IV; B – II; C – V; D – VI; E – I; F – III. é diretamente proporcional ao módulo da da resultante de forças sobre Z, o que se
b) i) V – a aceleração é sempre constante e aceleração. Esta é 2 m s−2 nos intervalos verifica, aproximadamente, em t = 2,8 s,
negativa (porque aponta no sentido negativo); de tempo [0, 1] s e [2, 4] s e é –1 m s−2 em sendo FRZ = 100 N e FRY = 200 N.
a componente escalar da velocidade [6, 8] s. A resultante das forças é a mesma
é inicialmente positiva (na subida), depois e com valor não nulo em [0, 1] s e [2, 4] s. 35. a) De baixo para cima, pois a
anula-se (inversão de sentido) e depois é c) [6, 8] s. componente escalar da velocidade
negativa (na descida); ii) componente d) [0, 1] s e [2, 3] s. enquanto a bola está a subir é positiva, ou
escalar da aceleração gravítica. e) [3, 4] s. seja, o vetor velocidade aponta para cima.
b) É o instante em que a velocidade se
27. (B) No movimento curvilíneo a 31. A intensidade do peso é anula, ou seja, a bola atinge a altura
velocidade está sempre a variar, pelo P = 1000 × 10 = 1,0 × 104 N, logo máxima. O declive da reta no gráfico
menos em direção, logo tem de haver FR = 0,20 × 104 = 2,0 × 103 N. A aceleração é negativo e igual à componente escalar
aceleração. O movimento pode ser
2,0 × 103 da aceleração gravítica, ou seja, −10 m s−2.
curvilíneo e uniforme, ou seja, em módulo é FR = m a a = = 2,0 m s–2.
1,0 × 103 Como é constante, é igual à aceleração
a sua velocidade não varia, mas varia
média e tem-se:
em direção. Os módulos das velocidades inicial e final
6v 0 – 5,0
28. (B) As componentes escalares da são vi = 20 m s–1 e vf = 25 m s–1. Como as am = x –10 = 6t = 0,50 s = t1.
forças são constantes e, portanto, também 6t 6t
velocidade e da aceleração são positivas
a aceleração, esta é igual à aceleração A altura máxima é dada pela área do
e o declive da reta tangente ao gráfico v(t),
6v 25 – 20 triângulo por baixo da reta no intervalo
que dá a componente escalar da média, logo am = x 2,0 =
aceleração gravítica, é maior na Terra 6t 6t 5,0 × 0,50 2,5
[0; 0,5] s, ou seja = = 1,3 m.
do que na Lua. 6t = 2,5 s. 2 2
218
c) A força exercida pela bola sobre a Terra b) Só há aceleração segundo a direção xx, c)
vx / m s−1
é igual e oposta à que a Terra exerce sobre por isso só interessam as forças, ou as 10
a bola, P' = 0,200 × 10 = 2,0 N, e está suas componentes, nesta direção, e que
aplicada no centro da Terra. O módulo dão a resultante das forças: FRx = m a, 2
da aceleração é caso A: F = m aA caso B: F cos _ = m aB 0 5 10 15 t/s
P' 2,0 caso C: F cos _ = m aC. Portanto, aB = aC
a' = = = 3,4 × 10–25 m s–2, e aB = aA cos _. A maior aceleração
ax / m s−2
mTerra 5,97 × 1024 1,6
verifica-se quando a força aplicada não
valor tão pequeno que não tem significado. tem componente vertical (_ = 0°). 0
m m 5 10 15 t/s
36. (D) À superfície da Terra Fg = G Terra 39. a) Há quatro forças: o peso e a força −1,2
r T2
mTerram normal, que se anulam, a força que puxa o
e, em órbita, F'g = G . Como r = 2rT,
FRx / N
bloco e a força de atrito. 16
r2
mTerram
1 0
vem F'g = G =
F . À superfície, 5 10 15 t/s
(2r T) 4 g 2 N −12
F Fa F
a aceleração da gravidade é g = g = 41. Escolhemos um referencial com
m
mTerra o sentido do movimento (eixo dos yy
= G 2 (não depende da massa, m, P a apontar para baixo). As forças aplicadas
rT são o peso, P , e a normal, N . O par
do satélite); em órbita a intensidade ação-reação da força normal, N , é a força
F'm Como as forças são constantes, a aceleração que a pessoa exerce no suporte e a sua
1
da aceleração é g' = G g = g. é constante e igual à aceleração média: intensidade, lida na balança-dinamómetro,
m 4 6v 3,0 – 0 é igual à intensidade da força normal
m m a= = = 1,0 m s–2. Só há
37. (A) Fg = G Terra e 6t 3,0 (chama-se balança-dinamómetro porque
r T2 aceleração segundo a direção horizontal, mede uma força mas apresenta o valor
mTerram de uma massa que é dada pelo quociente
1 1 mTerram logo FRx = m a F – Fa = m a obtém-se
F'g = G 2
= Fg = G . 40 – Fa = 5,0 × 1,0 Fa = 35 N. dessa força por g). Em geral a força
r 10 10 r T2 normal tem valor diferente do peso,
b) A componente horizontal da força
como se mostra na figura:
Portanto, r 2 = 10r T2 e r = 10 rT . F é F = 40 cos 20° Como a aceleração é a
38. a) C. Na direção vertical as forças têm mesma, podemos escrever FRx = m a
de se anular porque não há movimento. 40 cos 20° – F a' = 5 × 1,0 F a' = 33 N. N
y
Em A temos N – P = 0 N = P; em B 40. a) Representam-se na figura as forças
temos N' + F sin _ = P N' = P – F sin _, aplicadas (que não estão à escala).
logo N' < P; em C temos N'' = P + F sin _ , P
ou seja, N'' > P. Em C a força normal tem
de compensar o peso e a componente N F
y
vertical da força aplicada. Fa
x A Segunda Lei de Newton permite escrever
A P FRy = m a P – N = m a, com P = 600 N.
N=P a) a = 4 m s–2, logo 600 – N = 60 × 4
N
y N = 360 N (a balança marca um valor
inferior ao peso).
x
F P = 10 × 10 = 100 N; b) Aceleração nula, logo 600 – N = 0
P Fa = 100 × 0,10 = 10 N; N = 600 N (a balança marca um valor
igual ao peso).
Fx = F cos 30° = 30 × cos 30° = 26 N c) a = –4 m s–2, logo 600 – N = 60 × (–4)
B A resultante das forças é horizontal e igual N = 840 N (a balança marca um valor
N’ + F sin ն = P a Fx – Fa = 16 N. Temos FRx = m a superior ao peso).
N’ = P − F sin ն Fx – Fa = m a 26 – 10 = 10a d) A aceleração é a aceleração gravítica,
N’
a = 1,6 m s–2; usando a definição logo 600 – N = 60 × 10 N = 0 N
F’y
F ն F’
de aceleração média tem-se (a balança marca valor nulo pois a pessoa
F’
Fx não exerce qualquer força sobre ela).
6vx 10,0 – 2,0
P am = 1,6 =
F = F’ 6t 6t 42. a) (A). Consideremos um eixo xx
8,0 coincidente com a direção da trajetória e
6t = = 5,0 s. façamos a decomposição do peso nesta
1,6
C direção e noutra perpendicular. Na direção
b) A aceleração do movimento é
6vx do eixo dos yy a resultante das forças é
N’’ = P + F sin ն 0 – 10,0
am = am = = –1,2 m s–2. nula, pois não há movimento nessa direção.
N’’ 6t 8,3 Resta, portanto, a componente do peso
ն Fx
F’’ A resultante das forças é igual à força na direção do movimento, que será
Fy
F’’ de atrito: FRx = m a –F'a = m a igual à resultante das forças:
F’’ –F a' = 10 × (–1,2) F a = 12 N, o que Px = P sin _ = m g sin _ = FR. Aplicando
P corresponde a 12% da intensidade a Segunda Lei de Newton à direção
F = F’’ da intensidade do peso que é 100 N. do movimento temos
219
FRx = m a P sin _ = m a m g sin _ = c) Aplicando a Segunda Lei de Newton cabeça do ocupante do veículo seja lançada
= m a a = g sin _. obtemos a aceleração: para trás (ou seja, mantenha o seu estado
FRx = m ax –Fa – m g sin _ = m ax de repouso em relação à estrada).
y –3,0 – 3,0 × 10 × sin 30° = –3,0ax
ax = –6,0 m s–2 .
x A aceleração é igual à aceleração média e,
N na altura máxima, a velocidade é nula:
Sem encosto de cabeça
6vx 0 – 10
Py Px am = –6,0 = 6t = 1,7 s.
6t 6t
P 44. a) (B). As direções do peso e da força
ն
exercida pelo rapaz são, respetivamente,
vertical e horizontal. A reação normal Com encosto de cabeça
b) (D) Se o movimento é retilíneo uniforme é perpendicular ao plano inclinado
a resultante das forças tem de ser nula. b) (B). Como a resultante das forças
51. a) e b) O que transporta a mochila:
Neste caso, para além da componente é nula, e decompondo o peso
tem maior massa, logo maior inércia,
do peso na direção do movimento e a força horizontal na direção
resistindo mais à variação de velocidade.
há a força de atrito, logo do movimento, temos:
FRx = m a –P sin _ + F cos _ = 0 52. A inércia é a mesma pois a massa
FRx = m a P sin _ – Fa = 0 do corpo é a mesma onde quer que ele
m g sin _ = F cos _.
m g sin _ = Fa . esteja. O peso é diferente pois a aceleração
gravítica na Lua é menor:
N PTerra = m gTerra > m gLua = PLua.
y
F cos ն 53. A força é exercida no cartão e fá-lo
x mover. Sobre a moeda a resultante das
P sin ն forças é praticamente nula pois a força
Fa de atrito é muito pequena quando
F
Px o cartão se move em relação a ela.
ն P Por isso a moeda tende a manter o seu
estado de repouso, de acordo com
ն a Primeira Lei de Newton.
220
é muito pequeno, é uma boa aproximação A aceleração é igual ao declive da reta: A força F aA é responsável por A ganhar o
para determinar o módulo da velocidade: a = 0,887 m s−2. jogo. Portanto, ganha quem obtiver maior
D 20,29 × 10–3 c) Sim, pois o gráfico apresentado no força de atrito nos pés, ou seja, quem
v= v= = 2,39 m s−1.
6t 8,5 × 10–3 enunciado tem uma parte em que empurrar o solo mais eficazmente.
Com o valor obtido e sabendo que na a velocidade é praticamente constante 58. a) Pelo teorema da energia cinética
posição da célula 1 a velocidade é nula, e a resultante das forças é nula. temos WF R = 6Ec; a resultante das forças
calcula-se a aceleração média da queda Se houvesse atrito significativo a reta aponta para baixo (o movimento
entre as duas células que será, não seria praticamente horizontal mas é uniformemente acelerado),
aproximadamente, igual à aceleração da apresentaria declive negativo (a velocidade por isso temos
6vy 2,39 – 0 seria cada vez menor). Segundo a Primeira 1
queda: a = = = 11 m s−2. FR × d × cos 0° = m(v 2f – v 2i)
Lei de Newton, ou Lei da Inércia, se a 2
6tqueda 221,9 × 10–3
resultante das forças for nula e o corpo 1
f) i) Considera-se como valor tabelado FR × 6 = × 3,0 × (7,02 – 2,02)
estiver em movimento, manter-se-á em 2
g = 9,8 m s–2. Erros percentuais: movimento com a mesma velocidade. FR = 11 N.
|valor tabelado-valor mais provável|
× 100 b) Nula: a força normal é equilibrada pelo
valor tabelado peso; movimento retilíneo uniforme.
Questões globais
Para o grupo A o erro percentual é 2,0% c) A energia do bloco quando colide com
e para o grupo B é 12%. A medida do grupo 56. a) i) [0; 1,0] s; ii) [0; 1,0] s; o gelo é energia cinética e a velocidade
A é mais exata (menor erro percentual) iii) [2,0; 3,0] s. é igual à que tinha na base da rampa:
porque se aproxima mais do valor tabelado. b) Nesse instante o movimento 1 1
ii) A esfera não passar em frente à célula 2 E = m v 2 = × 3,0 × 49 = 73,5 J.
é uniformemente retardado no sentido 2 2
de maneira apropriada, ou seja, de uma positivo (vx > 0): A energia transferida para o gelo é 60%
forma tal que o tempo de passagem não v desse valor: 73,5 × 0,60 = 44,1 J.
corresponda ao diâmetro da esfera mas De E = m cgelo 6T obtém-se
a uma distância menor. x 44,1 = 20 × 10–3 × 2,1 × 103 × 6T
iii) Teoricamente não, pois a resistência FR 6T = 1,1 °C.
do ar é praticamente nula numa trajetória a Logo 6T = Tf – Ti Tf = –2,9 °C.
tão curta. Nestas condições é uma queda 59. a) A força começou a atuar no instante
livre e a aceleração é igual à aceleração c) Através do cálculo das áreas temos:
s = 10 + 5 = 15 m; 6x = 10 – 5 = 5 m. 0,10 s quando a sua velocidade era
gravítica, a qual é praticamente constante 0,180 m s−1.
à superfície da Terra. Os valores diferentes d) Pelo teorema da energia cinética,
WF R = 6Ec, temos: b) Quando a força deixou de atuar, a
obtidos devem-se a erros experimentais. velocidade manteve-se aproximadamente
1 1 1
55. a) i) Dois tipos de movimentos: W = mv 2f – mv 2i = × 2,0 × (10,02 – 02) = constante. Se existissem forças
primeiro uniformemente acelerado, com 2 2 2 dissipativas a velocidade diminuiria
a velocidade a variar linearmente com = 100 J. a partir de t = 1,50 s.
o tempo; depois movimento uniforme pois 57. Como a massa da corda é desprezável, c) A força deixou de atuar no instante
a velocidade é praticamente constante. também o peso é. Por isso só são exercidas ti = 1,50 s. Entre este instante e o instante
ii) No primeiro movimento o fio puxa forças por A e por B na corda, ou seja, tf = 2,50 s, ou seja, no intervalo de tempo
o carrinho (tensão); quando o corpo que as tensões T A e T B. Como a massa 6t = 1,00 s, sendo a sua velocidade
desce atinge o solo, deixa de haver tensão, é praticamente nula, também a resultante 0,690 m s−1, como se lê no gráfico,
a corda deixa de puxar o carrinho e a das forças sobre a corda tem de ser nula: o objeto percorreu a distância
resultante das forças sobre o carrinho FRx = m ax TB – TA = 0 TB = TA; ou seja, 0,690 × 1,00 = 0,690 m.
passa a ser praticamente nula (poderá a intensidade da tensão ao longo da corda d) Pelo teorema da energia cinética,
haver uma pequena força de atrito) é sempre a mesma, por isso os respetivos WF R = 6Ec, o trabalho é dado pela variação
e este passa a ter movimento praticamente pares ação-reação de T A e T B, no corpo A 1
da energia cinética: WF R = m(v 2f – v 2i) =
uniforme. e no corpo B, respetivamente, têm 2
iii) No primeiro movimento atuam o peso exatamente a mesma intensidade. = 0,5 × 311,07 × 10–3 × (0,6902 – 0,1802) =
e a força normal, que se anulam, e a força Forças sobre A: o peso, P A, a força normal, = 0,069 J.
exercida pelo fio, a tensão, que é igual à N A, a força que a corda exerce em A, T A, e e) A aceleração do movimento na primeira
resultante das forças. Quando deixa de a força de atrito exercida pelo chão, F aA. parte do movimento pode ser obtida a
haver tensão atuam apenas o peso e a força partir da inclinação da reta no gráfico.
Forças sobre B: o peso, P B, a força normal,
normal e a resultante das forças é nula. Tomando dois pontos (t, v) como, por
N B, a força que a corda exerce em B, T B, e
b) A figura seguinte mostra o gráfico de exemplo, (0,50; 0,340) e (1,00; 0,540),
a força de atrito exercida pelo chão, F aB.
dispersão e a reta de ajuste aos dados conclui-se que no intervalo de tempo
Forças sobre a corda: a força que A exerce
experimentais. 6t = 0,50 s a variação de velocidade foi
na corda, T A, e a força que B exerce na 6v 0,200
corda, T B. 6v = 0,200 m s−1. Portanto, a = = =
6t 0,50
0,6000 Como o movimento é para a esquerda = 0,400 m s−2 e a intensidade da força na
0,5000 y = 0,8866x − 0,0086 (A ganha o jogo), e se não for uniforme,
Velocidade / m s−1
221
pois não há atrito entre A e B: Como a aceleração é igual à aceleração A aceleração pode obter-se a partir destes
1 1 média, tem-se dois pontos:
m v 2A + m g hA = m v 2B + m g hB
2 2 6v 14 – 12,1 6v –2,2 – (–1,0) 1,2
1 am = x 1,73 = 6t = 1,1 s. a= = =– = –10 m s–2.
g hA = v 2B vB = 2g hA = 6,3 m s–1. 6t 6t 6t 0,28 – 0,16 0,12
2
f) Pelo teorema da energia cinética temos O módulo da aceleração é 10 m s−2, que
Esta é a velocidade inicial para o trajeto BC.
WF R = 6Ec sendo WF R = WP + WN + WF a; mas é o módulo da aceleração da gravidade,
A força de atrito tem módulo
o trabalho do peso e da força normal são por isso a força de resistência do ar é
Fa = 0,10 × 10 × 3,0 = 3,0 N. Escolhemos
nulos porque as forças fazem 90° com o desprezável.
para referencial um eixo que aponta no
sentido do movimento; o peso é equilibrado deslocamento, então temos
pela força normal, restando apenas a força 1
Fa × d × cos 180° = 0 – m v C2; mas 1.3.2 Movimento retilíneo
de atrito que se opõe ao movimento, por 2 uniformemente variado
isso, a componente escalar da aceleração Fa = 0,20 × 60 × 10 = 120 N, por isso,
F 5. Equações do movimento uniformemente
é ax = – a = –1,0 m s–2. Como a aceleração d=
60 × 142
= 49 m. variado:
m 1
2 × 120 v(t) = v0 + a t e x(t) = x0 + v0 t + a t 2.
é igual à aceleração média, tem-se 2
6v 0 – 6,3
am = – x –1,0 = 6t = 6,3 s. a) I. x0 = –2 m; v0 = –5 m s–1; a = 10 m s–2.
6t 6t II. x0 = 2 m; v0 = 5 m s–1; a = –10 m s–2.
61. a) O trabalho do peso é igual 1.3 Forças e movimentos III. v0 = –5 m s–1; a = 5 m s–2.
ao simétrico da variação da energia IV. v0 = 5 m s–1; a = 5 m s–2.
potencial gravítica: 1.3.1 Movimento retilíneo b) A aceleração será –10 m s–2, pelo que só
W = –6Ep = –m g (hf – hi) = –60 × 10 × (1,5 – 0) = de queda livre a equação II pode representar o movimento.
= –900 J. Além disso, v0 > 0 nesse referencial, o que
b) Conservação da energia mecânica entre 1. (C). Há movimento de queda livre quando também é compatível com II.
A e C: apenas atua o peso (no caso do berlinde c) I. – B; II. – A; III. – C; IV. – D.
1 1 a força de resistência do ar é desprezável).
m v 2A + m g hA = m v C2 + m g hC , logo 6. a) O martelo e a pena caíram ao mesmo
2 2 2. C. O gráfico tem de ser uma reta, mas a tempo (na Lua não existe atmosfera, por
v 2A = v C2 + 2g (hC – hA) B corresponde uma aceleração de 5 m s−2, isso os dois objetos movem-se em queda
v 2A = 142 + 20 × 1,5 v A = 15 m s−1. enquanto a C corresponde 10 m s−2 livre com a mesma aceleração).
c) A resultante das duas forças aplicadas, (igual ao declive da reta). No gráfico A b) (D).
peso e força normal, é a componente do atinge-se a velocidade constante de 10 m s−1 c) (A). A força depende da massa,
peso na direção paralela ao plano inclinado: (velocidade terminal), pelo que a aceleração mas a aceleração não.
Px = m g sin 10° = 104 N. é nula a partir de um certo instante.
7. a) [0, 2] s: movimento uniformemente
3. a) Na subida, uniformemente retardado; retardado, sentido positivo; [2, 6] s:
N na descida, uniformemente acelerado. movimento uniformemente acelerado,
Px b) A aceleração é a da gravidade, sentido negativo.
representa-se por g e é praticamente b) [0, 2] s: velocidade no sentido positivo
constante; o módulo da velocidade é igual, e força no sentido negativo (a componente
P
atendendo à conservação da energia escalar da aceleração é negativa pois
mecânica, mas os sentidos são opostos. o declive da reta é negativo).
d) Designando por h a altura do plano, c) [0, 4] s. Ao fim de 4 s o carrinho
Na subida Na descida
o deslocamento entre B e C é: encontrava-se na posição inicial. Na figura
h 2,5 podem representar-se duas «áreas»,
sin 10° = d= ; a resultante v g v g
d sin 10° para [0, 2] s e para [2, 4] s, com o
das forças é igual à componente do peso mesmo módulo mas de sinais contrários,
na direção do movimento, logo correspondentes a deslocamentos
c) (D). A resultante das forças é o peso,
2,5 simétricos.
WF R = Px × d × cos 0° = 104 × = por isso a aceleração é g ; a sua
sin 10° componente escalar é, naquele referencial, v / m s−1
= 1,5 × 103 J. Ou: WF R = WP + WN e, como ay = –P / m = –g.
o trabalho da força normal é zero porque 4. Tomam-se dois pontos da reta de ajuste,
3,0
esta força faz 90° com o deslocamento, por exemplo (0,16; –1,0) e (0,28; –2,2).
logo WF R = WP = m g h, obtendo-se
o mesmo valor. 0,0
e) Usando a conservação da energia entre 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 t / s
B e C, obtemos o módulo da velocidade em 0,0
Velocidade / m s−1
222
e) Equação das velocidades: força conservativa, ou seja, há conservação velocidade é negativa, v(3,0) = 5,0 – 5,0 × 3 =
v(t) = v0 + a t; v(t) = 3 – 1,5 t; da energia mecânica. Então: = – 10 m s–1. Houve, pois, inversão de
v(4,2) = –3,3 m s–1. 1 sentido, que ocorreu para t = 1,0 s pois
Em = m v 2 + m g h
f) Equação das posições: 2 v(t) = 5,0 – 5,0 t = 0 t = 1,0 s.
1 1 A posição neste instante é
x(t) = x0 + v0 t + a t 2; Em = × 0,10 × 152 + 0,10 × 10 × 10 = 21 J.
2 x(1,0) = 5,0 × 1 – 2,5 × 1,02 = 2,5 m.
2
x(t) = –5 + 3 t – 0,75 t 2; Em t = 3 s a posição é
10. Para o referencial considerado,
x(4,2) = –5,6 m. x(3,0) = 5,0 × 3,0 – 2,5 × 3,02 = –7,5 m.
a = –10 m s–2; v0 = –10 m s–1; x0 = 5,0 m.
g) No gráfico, A (0 s; –5 m) refere-se Distância percorrida no primeiro segundo:
As equações para este movimento são:
à posição inicial; B (2 s; –2 m) à inversão 2,5 m; nos dois segundos seguintes:
y(t) = 5,0 – 10 t – 5 t 2 e vy(t) = –10 – 10 t.
de sentido e C (6 s; –14 m) à posição final: s = |x(3) – x(1)| = 10 m. A distância total
a) Quando atinge o solo: y(t) = 0
percorrida foi 12,5 m.
–5 t 2 – 10 t + 5 = 0 t 2 + 2 t – 1 = 0
x/m
Outro processo de resolução é através do
1 2 3 4 5 6 obtém-se t = 0,41 s (a outra raiz é negativa
gráfico v(t): representam-se, através das
0 e não tem significado físico).
B t/s áreas dos dois triângulos, as distâncias
−2 b) Ao chegar ao solo, a componente
percorridas num sentido e no outro
−4 escalar da velocidade é
A 5×1 |–10 × (3 – 1)|
−6 vy(0,41) = –10 – 10 × 0,41 = –14 m s–1. A1 = = 2,5 m e A2 = =
c) Usando equações de movimento: 2 2
−8 = 10,0 m. A distância percorrida foi 12,5 m.
o instante em que passa a 3,0 m do solo é
−10
y(t) = 3,0 m – 5 t 2 – 10 t + 5 = 3,0 v / m s−1
−12
– 5 t 2 – 10 t + 2 = 0 t = 0,18 s;
−14 5,0
C vy(0,18) = –11,8 m s–1 logo
−16 A1
1 0,0
Ec = × 0,100 × 11,82 = 7,0 J.
8. a) x0 = 0, v0 = 0 e a = 10 m s–2; v(t) = v0 + a t; 2 1 2 A
2
3 t/s
v(t) = 10 t; v(1,5) = 15 m s–1. Ou, pela conservação da energia mecânica: −5,0
1 Emi = Emf Eci + Epi = Ecf + Epf
x(t) = x0 + v0 t + a t2; x(t) = 5 t 2; 1 −10,0
2 × 0,100 × 102 + 0,100 × 10 × 5,0 =
x(1,5) = 5 × 1,52 = 11 m. 2
= Ecf + 0,100 × 10 × 3,0 Ecf = 7,0 J. 14. Atuam o peso, a força normal e a força
b) v / m s−1 de atrito (que se opõe ao movimento).
11. Considere-se o eixo dos yy, com origem A resultante das forças é a força de atrito
15 no solo e dirigido para cima. Para a bola A: cuja intensidade é
10 y0 = 10 m, v0 = 0, a = −10 m s−2, e a equação Fa = 0,10 × 3,0 × 10 = 3,0 N.
5 das posições é yA(t) = 10 – 5,0t2; para a –F –3,0
bola B: y0 = 0, v0 = 8,0 m s−1, a = −10 m s−2, Aceleração: a = a = = –1,0 m s–2;
m 3,0
0,0 0,5 1,0 1,5 t/s logo yB(t) = 8,0t – 5,0t2.Quando as bolas
estiverem à mesma altura as suas posições como x0 = 0 e v0 = 10 m s–1 as equações
do movimento são x(t) = 10 t – 0,5 t 2
serão iguais: yA(t) = yB(t) 10 – 5,0t2 =
x/m e v(t) = 10 – t.
= 8,0t – 5,0t2 t = 1,3 s. Estão à mesma
altura ao fim de 1,3 s. a) Velocidade nula: v(t) = 0
11 10 – t = 0 t = 10 s; para este instante
12. O movimento é uniformemente
temos x(10) = 10 × 10 – 0,5 × 102 = 50 m.
F 20
acelerado: a = = = 5,0 m s–2; b) A energia cinética final é nula e a inicial
m 4,0 1
0,0 0,5 1,0 1,5 t/s condições iniciais: v0 = 5,0 m s–1 e é Ec = × 3,0 × 102 = 150 J. A variação
2
x0 = 0. Portanto, x(t) = 5,0 t + 2,5 t 2 e da energia cinética é igual ao trabalho
9. Equações: vy(t) = 15 – 10 t e v(t) = 5,0 + 5,0 t. Logo
y(t) = 10 + 15 t – 5 t 2. da resultante das forças (força de atrito),
x(3) = 5,0 × 3 + 2,5 × 32 = 38 m e esta 6Ec = W – 150 = 3,0 × 6x × cos 180°
a) Na altura máxima há inversão de sentido, é também a distância percorrida pois
logo vy(t) = 0 15 – 10 t = 0 t = 1,5 s. 6x = 50 m.
não há inversão de sentido; c) v(t) = 5 5 = 10 – t t = 5 s. Logo,
b) Quando atinge o solo tem-se v(3) = 5,0 + 5,0 × 3 = 20 m s–1.
y(t) = 0 –5 t 2 + 15 t + 10 = 0. Usando x(5) = 50 – 12,5 = 38 m.
a fórmula resolvente para equações 13. a) A componente escalar da força 15. 60 km h−1 = 16,7 m s−1.
do segundo grau, encontra-se t = 3,6 s na direção do movimento é agora a) A1: distância percorrida com velocidade
(a outra raiz da equação é negativa e não Fx = 20 cos 30° = 17,3 N, pelo que constante; A2: distância percorrida com
tem significado físico). a componente escalar da aceleração movimento uniformemente retardado;
c) Equação das velocidades: F 17,3 t: tempo de travagem.
passa a ser a = = = 4,33 m s–2.
vy(3,6) = 15 – 10 × 3,6 = –21 m s–1. m 4,0
16,7
d) Sabe-se que y = 5 m logo Como v0 = 5,0 m s–1 e x0 = 0 vem
Velocidade / m s−1
223
b) i) A1 + A2 = 32,0 m. Daqui resulta há força de resistência do ar uma vez que no intervalo de tempo considerado
16,7 t que não há atmosfera. o balão desceu (1,7 – 1,3) × 1,7 = 0,68 m.
16,7 × 0,400 + = 32,0 t = 3,03 s. A variação de energia potencial foi
2 19. a) i) [t1, t2] e [t3, t4]: a velocidade
é constante. 6Ep = 0 – 3,8 × 10–3 × 10 × 0,68 =
Este é o tempo de travagem. O tempo total = –2,6 × 10–2 J.
é 0,400 + 3,03 = 3,43 s. ii) [0, t1]: o módulo da aceleração tem um
valor inicial g e depois diminui para zero 21. a) A: berlinde – a aceleração é
ii) Consideremos uma nova origem para (o declive da reta tangente vai diminuindo; constante pois a força de resistência do ar
o tempo no instante t = 0,400 s, ou seja, depois de o paraquedas abrir, no intervalo é desprezável. B: folha de papel – ao fim
quando começa a travagem. Com t medido [t2, t3], a aceleração é muito elevada e de algum tempo atinge-se a velocidade
a partir deste instante, a equação das dirigida para cima e depois vai diminuindo terminal (força de resistência de
velocidades é v(t) = 16,7 – a t. A nova até se anular. intensidade igual à do peso) e aceleração
posição inicial é x0 = 16,7 × 0,4 = 6,68 m iii) [t1, t2]. nula.
(«área» A1), e a lei do movimento iv) [t1, t2] e [t3, t4]: a velocidade é constante b) 20 s, pois a partir desse instante
1 porque a resistência do ar se anula com o a aceleração é zero o que significa
escreve-se x(t) = 6,68 + 16,7 t – a t 2.
2 peso e a aceleração torna-se nula. que a velocidade é constante.
Quando o corpo para, v(t) = 16,7 – a t = 0 v) [t2, t3]: a velocidade aponta para baixo
16,7 ao contrário da aceleração (a componente
a t = 16,7 a = . Como x = 32,0 m, escalar é negativa, pois os declives das 1.3.4 Movimento retilíneo uniforme
t
1 retas tangentes são negativos).
tem-se, x(t) = 6,68 + 16,7 t – a t 2 vi) [0, t1]: a resistência do ar passa de zero 22.
2 C P E
até ter uma intensidade igual à do peso.
1 16,7 2 vii) [0, t1]: pois a velocidade aumenta.
32,0 = 6,68 + 16,7 t – × t x/m 500 200 0
2 t viii) [t2, t3]: a resultante aponta para cima
t = 3,03 s. (por isso a velocidade diminui).
A equação do movimento, do tipo
b) t2, o que provoca uma diminuição
16. a) Pela conservação da energia x(t) = x0 + v t, com x0 = 500 m e
abrupta da velocidade.
mecânica (não há forças dissipativas) vem: v = –2,0 m s–1, escreve-se x(t) = 500 – 2,0 t.
c) Não. A força de resistência do ar é
Emi = Emf Eci + Epi = Ecf + Epf Para a passagem na pastelaria,
dissipativa, o que faz a energia mecânica
1 200 = 500 – 2,0 t t = 150 s.
× 0,200 × 6,02 + 0,200 × 10 × 5,0 = diminuir. A energia mecânica inicial, mgh,
2 Para a chegada à escola,
é elevada em virtude de h ser grande;
0 = 500 – 2,0 t t = 250 s.
1 1
= × 0,200 × v 2 v = 136 = 12 m s–1. a energia mecânica final, m v 2, é baixa 23. a) (D). No instante considerado,
2 2 a tangente à curva A é mais inclinada
b) Como atua o peso e a força normal mas em virtude de v ser pequeno. do que à reta B.
só o peso realiza trabalho, pois a força d) Na Lua há conservação da energia b) O declive da reta permite determinar
normal é perpendicular ao deslocamento, mecânica pois não há resistência do ar: a componente escalar da velocidade:
temos WP = –6Ep = m g h = 1
Emi = Emf m gLua h = m v 2 7 – (–2)
= 0,200 × 10 × 5,0 = 10 J. vx = = 1 m s–1. A respetiva lei do
2 9–0
c) Atuam o peso e a força normal mas
a força resultante é a componente v 2 = 2gLua h v = 71 m s–1. movimento é xB(t) = –2 + t e xB(3) = 1 m.
do peso na direção do movimento. Usando as equações do movimento 24. Escolhe-se o eixo x com origem
Tomando como referencial um eixo na (referencial com origem no solo na posição A e a apontar para B
direção e sentido do movimento temos a apontar para cima): (então, xA0 = 0 e xB0 = 800 m).
Px m g sin 50° 1 Como vAx = 20 m s–1 e vBx = –15 m s–1,
a= = = 7,7 m s–2. y(t) = 1500 – gLua t 2; vy = –gLua t.
2 as leis do movimento, ambas do tipo
m m
Quando chega ao solo y(t) = 0 x(t) = x0 + vt, são dadas por xA(t) = 20 t e
Pela equação das velocidades, xB(t) = 800 – 15 t. O encontro dá-se quando
v = 6,0 + 7,7 t, obtemos o instante em que 3000 xA = xB, ou seja, 20 t = 800 – 15 t
t= = 42 s. Portanto,
a velocidade atinge o valor 12 m s−1: 1,7
12 = 6,0 + 7,7 t t = 0,78 s. 800
vy = –1,7 × 42 = –71 m s–1. t= = 22,9 s. Encontram-se na
35
1.3.3 Movimento retilíneo de queda 20. a) 1,7 m s−1. posição xA(22,9) = 20 × 22,9 = 4,6 × 102 m.
com resistência do ar apreciável b) Movimento retilíneo acelerado A figura mostra as funções xA(t) e xB(t).
(a velocidade aumenta mas a aceleração A sua interseção corresponde ao encontro
17. (D) Quando se atinge a velocidade não é constante, pois os declives às retas dos dois carros.
terminal a velocidade não varia e, por isso, tangentes vão diminuindo, ou seja,
não varia a resistência do ar. a aceleração é cada vez menor). x/m
18. a) III: a velocidade terminal é atingida c) (C), pois a resultante das forças é nula. 900
quando v(t) deixa de variar com o tempo. d) i) W = 0, pois a resultante das forças 800
b) III: quando se atinge a velocidade é nula nesse intervalo de tempo, logo não 700 B
terminal, o módulo da resistência do ar realiza trabalho. Ou, como o trabalho da 600
é igual ao módulo do peso. Como a resultante das forças é igual à variação 500
400
velocidade terminal depende da velocidade, da energia cinética e esta não varia
300 A
a esfera de massa menor atinge menor (a velocidade é constante), o trabalho 200
velocidade terminal e mais rapidamente. da resultante das forças é nulo. 100
c) (B). Na Lua todos os corpos caem com ii) O gráfico vy(t) permite concluir,
a mesma aceleração, constante, pois não pela leitura da «área» por baixo da curva, 0 5 10 15 20 25 30 t / s
224
25. a) das posições é y(t) = 1,0 – 1,3 t (notar que rotação da Terra, ou seja, 24 h.
t = 0 s nesta equação corresponde ao 2/
b) (D), pois t = .
x/m instante 0,70 s no gráfico). T
900 e) No intervalo de tempo considerado 2 /r
800 II a velocidade é constante, logo não há c) Usando v = obtém-se
700 T
variação de energia cinética e a variação
600 vT 3,87 × 103 × 12 × 3600
de energia mecânica coincide com r= = =
500 2/ 2/
a variação de energia potencial gravítica:
400 I
6Em = 6Ep = –m g h, sendo h o desnível = 26,6 × 106 m. A altitude é
300
200 entre as posições. Do gráfico retiramos que (26,6 – 6,4) × 106 = 2,0 × 107 m.
100 y(0,70) = 1,00 m e y(1,20) = 0,32 m, d) Como a velocidade tem módulo
logo h = 0,68 m; então constante, a energia cinética não varia, por
0 20 40 60 80 100 t/s 6Em = 6Ep = –m g h = –5,0 × 10–3 × 10 × 0,68 = isso a variação de energia cinética é nula.
= –3,4 × 10–2 J. A energia dissipada foi e) De 6Ec = W, como a variação da energia
Os ciclistas cruzam-se quando xI = xII. 3,4 × 10–2 J. cinética é nula, o trabalho também é nulo.
A partir do gráfico obtido na calculadora Como a resultante das forças é sempre
verifica-se que a interseção dos gráficos 1.3.5 Movimento circular uniforme perpendicular à trajetória, nunca realiza
de I e II é o ponto (84 s; 5,9 × 102 m). trabalho.
O mesmo se obtém resolvendo a equação 27. a) (C). O tempo de uma volta completa
é o período, o qual é uma constante do 33. Segunda Lei de Newton:
7,0 t = 800 – 0,030 t 2. v2
b) Nulo, pois como a velocidade é movimento. F = m a = m ; Lei da gravitação
b) (D). Velocidade, aceleração e força são r
constante, igual a 7,0 m s−1, não há m mT
variação de energia cinética e esta é igual grandezas vetoriais que, neste caso variam universal: F = G . Combinando as
ao trabalho da resultante das forças. a sua direção. A velocidade é tangente r2
c) As componentes escalares das à trajetória e a força é centrípeta m mT v2
e sempre perpendicular à velocidade duas expressões G =m ,
velocidades de CI e CII são, respetivamente: r 2
r
vI = 7,0 m s–1 e vII = –0,060 t, por isso, para (logo, a aceleração também é centrípeta).
G mT
os módulos das velocidades serem iguais v2 conclui-se que v =2
. Por outro lado,
c) Como ac = obtém-se r
temos 7,0 = 0,060 t t = 117 s. r
2 / r 2 G mT
冢 冣
d) (D). CII inicia o movimento, logo 20 2
2/ 2/r
ac = = 8,0 m s–2. Mas v = t r = r; v= logo = .
a velocidade tem de aumentar e apontar 50 T T T r
para a esquerda; a componente escalar 2/ r3
logo T = r = 16 s. Podemos então escrever T = 2 / .
da aceleração também é negativa como v G mT
se deduz da equação das posições, logo Substituindo valores,
28. A aceleração centrípeta é dada por
a aceleração também aponta para a (3,6 × 107 + 6,400 × 106)3
ac = t 2 r. Ora t = 2 / f, sendo f = 30 Hz. T=2/ =
esquerda (movimento uniformemente
25 × 103 6,67 × 10–11 × 5,97 × 1024
acelerado no sentido negativo). Então ac = (60/)2 × = 4,4 × 108 m s–2.
2 = 8,68 × 104 s ≈ 1 dia.
26. a) Retilíneo e uniforme pois o gráfico
29. O período do movimento é 34. a) O período da órbita é
y(t) é uma reta: o declive da tangente
1 ano = 365,25 × 24 × 3600 = 3,156 × 107 s. T = 24 h = 8,64 × 104 s. Portanto,
em qualquer ponto da reta, igual
A distância percorrida neste período 2/
à componente escalar da velocidade, t= = 7,3 × 10–5 rad s–1.
é o perímetro da órbita, pelo que
mantém-se constante. T
o módulo da velocidade é
b) Identificando a força centrípeta com a
y/m 2 / r 2 / × 150 × 109
1,40 v= = = m v2 G m mT
T 3,156 × 107 força de atração gravítica, = ,
1,20 G mT r r2
= 29,9 × 103 m s–1 = 29,9 km s–1.
1,00
obtemos v 2 = . Por outro lado, v = t r,
2/r r
30. a) Usando v = sendo T = 60 s,
0,80 T G mT
pelo que r 3 = . Substituindo valores,
0,60 v T 6 × 10–2 × 60 t2
obtém-se r = = = 0,57 m.
0,40 2/ 2/ 5,97 × 1024 × 6,67 × 10–11
b) (B). Tem-se v = t r e ac = t 2 r. Como A r3 =
0,20
(7,3 × 10–5)2
e B têm a mesma velocidade angular mas
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 t / s r a v r = 4,2 × 107 m.
rB = A , vem acB = cA e vB = A . 6,67 × 10–11 × 5,97 × 1024 × 5,0 × 103
b) Tomando dois pontos da reta de ajuste 2 2 2 c) F = =
31. a) Força gravítica. (4,2 × 107)2
da figura anterior, por exemplo, (1,15; 0,40)
b) A sua velocidade é perpendicular = 1,1 × 103 N.
e (0,70; 1,00), a componente escalar
da velocidade é obtida a partir de à força, o que resulta em movimento 35. a) (B). Tanto o módulo da velocidade
circular uniforme. quanto o da força permanecem constantes
6y 0,40 – 1,00
vy = = = –1,3 m s–1. 2/ 2/ durante o movimento circular uniforme.
6t 1,15 – 0,70 c) t = = =
T 27 × 24 × 3600 b) (D). A velocidade orbital não depende
c) 1,3 m s–1. = 2,7 × 10–6 rad s−1. A aceleração centrípeta G mT
d) O objeto cai de uma altura 1,2 m acima da massa do corpo: v = .
é ac = t 2 r = (2,7 × 10–6)2 × 3,8 × 108 = r
do solo. Mas, no instante 0,70 s a altura
do objeto é 1,00 m. Redefinido a origem = 2,8 × 10–3 m s–2. G m mT r
c) (A). Como F = se r ' = logo
dos tempos, esta é a nova posição inicial. 32. a) Não. Para serem geoestacionários r2 2
A velocidade é constante, logo a equação devem ter período igual ao período de F' = 4F.
225
G mT r 39. a) O módulo da velocidade com que
d) (C). Como v = se r ' = logo 1,60
r 2 o carrinho chega a C é obtido a partir da
1,40
y = 7,0607 x + 0,0528 conservação da energia mecânica porque
2G mT 1,20
v' = = 2 v. não há forças dissipativas entre A e C,
v 20 / ( m s−1 )2
r 1,00
1
36. a) Fotografia, filmagem, observação
0,80 Em, A = Em, C m × 102 + m × 10 × 18 =
0,60 2
em geral, monitorização, etc. da superfície 1
da Terra.
0,40 = m × v 2c vc = 21,4 m s–1.
0,20 2
b) Com o período era 101 min, em 24 h
A partir de C o movimento é uniformemente
24 × 60 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20
retardado com velocidade inicial
dava = 14,3 voltas à Terra. Δx / m
101 v0 = 21,4 m s–1. As equações do movimento
2 /r Os pontos experimentais podem ser 1 2
c) (B). v = , com r = (807 + 6400) × 103 m são vx(t) = 21,4 – a t e x(t) = 21,4 t –at
ajustados por uma reta cuja equação se 2
T
indica no gráfico. De acordo com o teorema (eixo dos xx a apontar para a direita e com
e T = 101 × 60 s. 1
m mT da energia cinética, m v 20 = Fa 6x, de onde origem no ponto C). Da primeira equação,
d) Em órbita, F = G ; à superfície, 2 fazendo vx(t) = 0 (ponto D) resulta:
(RT + h)2 2 Fa
se conclui que v 20 = 6x. A dependência 21,4
m mT RT 2 a= . Substituindo na equação das
冢 冣=
F m t
Fg = G Logo, =
RT2 Fg RT + h do quadrado da velocidade inicial com posições, e sabendo que x(t) = 13, temos
a distância de travagem é de
2 21,4 26
冢 6400 + 807 冣 = 0,79 ≈ 5 .
6400 4 proporcionalidade direta, sendo 13 = 21,4 t – tt= = 1,21 s.
=
a constante de proporcionalidade igual a 2 21,4
2 Fa O módulo da aceleração é
. Este é o declive da reta de ajuste.
m 21,4
a= = 17,7 m s–2 e o módulo
Atividades Laboratoriais 2 Fa 1,21
Logo, = 7,0626 Fa = 0,518 N.
37. a) m = (146,71 ± 0,01) × 10–3 kg. m da resultante das forças, que é a força de
Fa
b) A média dos valores é O módulo da aceleração é a = = 3,53 m s–2. atrito, é 兩F a兩 = m a = 600 × 17,8 = 1,1 × 104 N.
m Este resultado também pode ser obtido
17,9 + 18,2 + 18,3 a partir do teorema da energia cinética:
= 18,1 ms. O maior
3 1
Questões globais 6Ec = W 0 – × 600 × 21,42 =
dos desvios é, em módulo 0,2 ms, superior ao 2
38. As equações do movimento são
erro associado a cada medição que é 0,1 ms. = 13Fa cos 180° Fa = 1,1 × 104 N.
Portanto 6tE = (18,1 ± 0,2) ms ou, em função 1
vy(t) = v0 – g t e y(t) = y0 + v0 t – g t 2,
2 1
do desvio percentual, 6tE = 18,1 ms ± 1,1%. b) (A). Ec = m v 2. Se v' = 2 v então
c) Na segunda e terceira colunas com y0 = 15 m e v0 = 10 m s–1, escolhendo 2
indicam-se os valores mais prováveis o eixo dos yy a apontar para cima. Portanto, 1
E 'c = m (2 v)2 = 4 Ec.
(médias) dos tempos de passagem na 1 2
vy(t) = 10 – 10 t e y(t) = 15 + 10 t – × 10 t 2.
célula fotoelétrica e das distâncias de 2 c) (D). O trabalho do peso na descida
travagem. Na quarta coluna indica-se o A primeira equação indica que a velocidade é m g h, sendo h o módulo do desnível
módulo da velocidade do bloco quando se anulou ao fim de 1 s, estando o objeto entre a posição final e a inicial. O trabalho
atinge o plano horizontal (velocidade inicial 1 é positivo entre A e C e é nulo entre C e D
quando se inicia a travagem): na posição y(1) = 15 + 10 – × 10 = 20 m.
2 (estes dois pontos estão ao mesmo nível).
1,00 × 10–2 No primeiro segundo a distância percorrida d) (C). Pelo teorema da energia cinética
v= .
6tm foi 5 m. Ao fim de 1,5 s o grave está na 1 1 1
posição y(1,5) = 15 + 10 × 1,5 – 5 × 1,52 = WF R = m v 2f – m v 2i = – m v 2C
2 2 2
= 18,75 m. Entre 1 s e 1,5 s o objeto
1
v / m s−1 percorreu 1,25 m. A distância total FR 6x cos 180° = – m v 2C – m a 6x =
Posição
6tmédio / ms 6xmédio / cm (velocidade percorrida foi 6,25 m. 2
inicial
(valor mais (valor mais na base A questão poderia ser analisada do ponto 1
do bloco
provável) provável) do plano = – m v 2C vC = 2a 6x ; se a distância
na rampa de vista gráfico. No gráfico v(t) a distância 2
inclinado)
percorrida é a soma das áreas dos dois passar a metade, virá v'C = 2a 6x / 2
A 8,5 18,7 1,176 triângulos (ambas com sinal positivo)
v'C = a 6x e, por isso vC = 2 v 'C
fazendo vy(1,5) = 10 – 10 × 1,5 = –5 m s–1.
B 9,4 15,8 1,064 v' 1
C = .
vC 2
C 10,5 11,7 0,952 vy / m s−1
/
12,9 7,6 0,775 10 40. a) Como 45° = rad temos
D 4
E 18,1 3,8 0,552 6e / / 4
t= = = 7,9 rad s−1.
6t 0,10
0
1 2 t/s
v 4,0
d) O gráfico seguinte representa o b) Tem-se v = t r r = = = 0,510 m.
quadrado da velocidade inicial do −5 t 7,85
movimento uniformemente retardado Então Fc = m ac Fc = m t 2 r =
em função da distância de travagem, 6x. = 0,300 × 7,852 × 0,510 = 9,5 N.
226
c) Em cada parte retilínea, o tempo foi b) Para o referencial y com origem em B 5. a) Ondas eletromagnéticas e ondas
1 sonoras; nas ondas sonoras que são
x 0,60 e dirigido para baixo, y(t) = g t 2.
t= = = 0,15 s, logo, nas retas, 2 ondas mecânicas.
v 4,0
Portanto, h = 5 × 0,502 = 1,3 m. b) A velocidade de propagação da onda
demorou 0,30 s. Na parte curvilínea h 1 h eletromagnética é muito maior do que
demorou o tempo de uma volta completa, c) (D). = g t 2 t = .
2 2 g a da onda sonora.
ou seja, 8 × 0,10 = 0,80 s. Logo demorou d) Sem dissipação a energia mecânica é c) Como a velocidade da luz é muito
1,10 s. A rapidez média é igual ao módulo elevada, podemos desprezar o intervalo de
1
da velocidade, 4,0 m s−1: de facto, Em = Ec, solo = m v 2. Com dissipação, tempo correspondente à sua propagação.
dividindo o perímetro da pista, 2
v 2 A distância do local ao local do relâmpago
冢 冣
d = 2 × 0,60 + 2/ × 0,51 = 4,40 m, pelo 1 1
E'm = E 'c, solo = m v'2 = m = é d = vsom 6t = 340 × 4,2 = 1,4 × 103 m.
tempo total, 1,1 s, obtém-se 4,0 m s−1. 2 2 2
d) Velocidade média nula (o deslocamento 1 1 6. a) Da esquerda para a direita (sentido
= × m v 2. A energia dissipada é positivo do eixo x).
é nulo no final de uma volta completa). 4 2
e) Na parte retilínea a aceleração é nula. 3 1 b) Direção vertical (esta onda mecânica
Em – E 'm = × m v 2 = 0,75 Em. na corda é transversal).
Na parte circular, que demora 0,40 s 4 2
a ser percorrida, o módulo da aceleração Portanto, dissipou-se 75% da energia inicial. c) (A).
é ac = t 2 r = 31 m s–2. e) (D), pois representa um movimento d) Tomando como referência o ponto mais
retardado. Em (A) como a componente alto, vemos que em 1 s a onda percorreu
a / m s−2 escalar da aceleração é positiva, 0,20
20 cm. Logo v = = 0,20 m s−1. Em 10 s
a = 10 sin 30° = 5,0 m s–2, a concavidade 1
da parábola é para cima (o comprimento propaga-se s = v 6t = 0,20 × 10 = 2,0 m.
31
da rampa é 1,5 / sen 30° = 2,5 m e o tempo
para a percorrer é 1,0 s, como se obtém 2.1.2 Periodicidade temporal
1 e periodicidade espacial de
da equação das posições 2,5 = 5 t 2);
0,0 0,15 0,55 0,70 1,10 t / s 2 uma onda. Ondas harmónicas
em (B), x e t 2 são diretamente
41. a) Força gravítica à superfície da Terra: x 1 e ondas complexas
proporcionais: 2 = a = constante;
m mT t 2 7. a) (B). Todos os sinais são periódicos,
Fg = G ; força gravítica à superfície em (C) o declive da tangente ao gráfico sendo A harmónico. Esta representação
RT2 velocidade-tempo (componente escalar da do sinal em função do tempo (a qual não
m × 5mT aceleração) é constante e igual a 5,0 m s−2. representa a onda no espaço) permite
do novo planeta: Fg' = G . f) Metade da componente escalar da a leitura direta do período, T (e não da
(1,6 RT)2
aceleração (ver alínea anterior). frequência, que apenas se pode obter
Fg' 5 1
Logo = = 1,95. O peso de um corpo 43. Construindo um gráfico de pontos a partir de f = ).
Fg 1,62 de d em função de t2, e determinando T
a respetiva reta de regressão, obtém-se b) TA = 4 ms (um ciclo corresponde a
à superfície do planeta é cerca do dobro
y = 0,1738 x + 9 × 10–4: y representa a 4 divisões); TC = 8 ms (um ciclo
do peso à superfície da Terra.
distância percorrida, que é igual à posição corresponde a 8 divisões). Como TB = 8 ms
b) O módulo da velocidade angular do
da bola num referencial com origem no 1 1
2/ vem fB = = = 125 Hz: em cada
movimento em torno da estrela é t = = início do movimento e dirigido para baixo, TB 8 × 10–3
T
2/ e x representa o quadrado do tempo. segundo completam-se 125 ciclos como
= = 1,89 × 10–7 rad s–1. Como o movimento é uniformemente os representados.
385 × 24 × 3600
acelerado tem-se, nesse referencial, 8. a) (A). O sinal é harmónico descrito
A identificação da força gravítica com a 1
força centrípeta permite escrever m t 2 r = x = a t2, ou seja, x = 0,1738 t2 + 9 × 10–4, pela expressão y(t) = A sin (t t). Logo,
2 A = 8 × 10−2 m (neste caso a amplitude é
m mestrela t2 r 3 por isso o declive da reta é igual a metade
=G . Portanto, mestrela = = um deslocamento, por isso é expressa em
r 2
G 1 unidades de comprimento) e t = 24/ rad s−1
da aceleração: a = 0,1738; logo
2 t
(1,89 × 10–7)2 × (157,5 × 109)3 (portanto, f = = 12 Hz, frequência com
= = a = 0,348 m s–2. 2/
6,67 × 10–11 a qual todos os pontos oscilam).
= 2,09 × 1030 kg. 2.1 Sinais e ondas b) Passará também para o dobro. A frequência
42. a) i) O mesmo, dado que a energia de vibração de cada pequena porção da corda
mecânica se conserva: a energia cinética 2.1.1 Sinais e ondas. é igual à do sinal que produziu a onda.
no solo é a mesma nas duas situações pois Ondas transversais e ondas 9. A expressão genérica do sinal é
partiram da mesma altura, ou seja, com a longitudinais. Ondas mecânicas 10
y(t) = A sin (t t), com A = = 5,0 cm.
mesma energia potencial gravítica. e ondas eletromagnéticas. 2
ii) Em A, a resultante das forças coincide A passadeira avançou 20 cm durante uma
1. (D). oscilação do funil. Logo o período
com a componente do peso na direção
do movimento, Px, logo 2. (B). As ondas eletromagnéticas são s
de oscilação é T = e a frequência é
m g sin 30° transversais e, para além de meios v
a= = g sin 30°; na situação B materiais, também se propagam no vazio. v 6,0
m f= = = 30 Hz. A frequência
só atua o peso, logo a aceleração 3. a) A, C e E. b) B e D. c) C. d) A e E. s 0,20
é a aceleração gravítica. 4. (D). Há matéria do meio a oscilar, logo a angular é t = 2 / f = 60/ rad s–1.
iii) É igual pois Wp = m g h, sendo h onda é mecânica; a oscilação é na direção Portanto y(t) = 5,0 × 10–2 sin (60/ t)(SI).
o desnível entre a posição final e inicial, da propagação (logo a onda é longitudinal) 10. a) A = 3,0 × 10–2 m e t = 2 / f = 2 / × 8 =
e, neste caso, é o mesmo. cujo sentido é o do transporte de energia. = 16/ rad s–1. Logo, substituindo
227
em y(t) = A sin (t t), obtém-se 2.1.3 O som como onda de pressão Atividades laboratoriais
y(t) = 3,0 × 10–2 sin (16/ t) (SI).
b) Como v = h f e h = 0,10 m, a velocidade 16. a) Temporal. 20. a) Período: T = 4 × 0,20 = 0,80 ms;
é v = 0,10 × 8,0 = 0,80 m s–1. b) 4 × 1 ms = 4,0 ms = 4,0 × 10–3 s. a menor divisão da escala é 0,2 ms/5 =
= 0,04 ms; metade da menor divisão será
11. (C). Frequência: f = 10 Hz; período: 1 1
c) f = = = 2,5 × 102 Hz. 0,02 ms, por isso T = (0,80 ± 0,02) ms
1 T 4,0 × 10–3 T = (0,80 ± 0,02) × 10–3 s.
T = = 0,10 s; comprimento de onda
f d) Essa distância é o comprimento de onda: 1 1
(distância a que a onda se propaga num b) f = = = 1250 Hz.
h = v T = 340 × 4,0 × 10–3 = 1,4 m. T 0,80 × 10–3
período): h = 20 cm. Velocidade de e) (B). Se a amplitude de oscilação for Erro percentual:
propagação: v = h f = 2,0 m s–1. A separação maior, o som será mais intenso ou forte.
entre a abcissa de uma crista e a de um vale |valor mais provável – valor tabelado|
A frequência do diapasão é característica ×
é metade do comprimento de onda: 10 cm. do instrumento. valor tabelado
12. a) O período lê-se diretamente no 17. a) Essa distância é o comprimento |1250 – 1300|
gráfico: T = 0,2 s (intervalo de tempo de × 100 = × 100 = 3,8%.
v 340 1300
1 1 de onda: h = = = 0,773 m.
um ciclo); a frequência é f = = = 5 Hz. c) Amplitude do sinal: Umáx = 2 × 5 = 10 mV.
T 0,2 f 440
Frequência angular: t = 2 / f = 2500 / rad s–1.
O comprimento de onda é igual à distância b) (A). Ao fim de meio período a onda Logo U(t) = 1,0 × 10–2 sin (2,5 × 103 / t) (SI).
entre duas zonas consecutivas de h d) i) O sinal de menor amplitude
compressão da mola: h = (0,8 – 0,3) = 0,5 m. progrediu . Assim, onde existia corresponde ao captado pelo microfone
b) Supondo constante a velocidade 2
que foi movido. O som propaga-se do
de propagação da onda, como v = h f, compressão passou a existir rarefação. altifalante até ao microfone diminuindo
se a frequência passa para metade, c) (C). Como f ' < f, ou seja o novo som a sua intensidade; quanto mais se afastar
o comprimento de onda passa para é mais baixo, e dado que v = h f = h' f', o microfone da fonte sonora maior é a
o dobro: h = 1 m. logo h' > h. distância a que a onda sonora se propaga,
13. a) A distância entre A e B é igual a seis 18. a) Microfone. No osciloscópio distribuindo-se a sua energia por uma área
comprimentos de onda. Logo, o tempo de analisam-se sinais elétricos. O microfone maior e, em consequência, fica cada vez
propagação da onda de um ponto até ao é o dispositivo que transforma um sinal menor a sua amplitude.
outro é seis vezes o período. Portanto, sonoro (som) num sinal elétrico. ii) São iguais. A frequência da onda sonora
1,2 h b) (B). A imagem no osciloscópio informa é determinada pela fonte que produz o som.
T= = 0,20 s. De v = h f = obtém-se iii) O desfasamento em tempo entre os dois
6 T diretamente que a amplitude de A é maior
h = 4,0 × 0,20 = 0,80 m. do que a de B; informa ainda que o período sinais – por exemplo entre dois máximos –
de A é maior do que o de B, logo a corresponde ao tempo de propagação da
1 1 onda da posição inicial até à posição final
b) f = = = 5,0 Hz. O ponto B frequência de A é menor do que a de B.
T 0,20 c) O de maior frequência: B. do microfone. Este tempo corresponde a
(ou qualquer outro ponto) oscila com d) (C). Por um lado, TA = 4 6t e, por outro, meia divisão na escala horizontal: 0,5 ms.
a mesma frequência do ponto A. 2TB = 5 6t, sendo 6t a divisão da escala. iv) O intervalo de tempo 0,5 ms
14. a) A distância entre A e B é cinco vezes TA f corresponde a um quarto de período,
— 8 8
o comprimento de onda: AB = 5 h = 20,8 cm. Logo, = e, portanto, B = = 1,6. T = 2,0 ms (duas divisões da escala).
Logo, h = 4,16 cm. A velocidade é TB 5 fA 5 Nesse intervalo de tempo a onda
v = h f = 4,16 × 6,0 = 25 cm s–1. e) (B). Supondo a mesma velocidade de propagou-se a uma distância igual
b) Como v = h f e v é constante, a frequência propagação para as duas frequências, a um quarto de comprimento de onda:
e o comprimento de onda são inversamente de v = h f podemos concluir que h
= 17,10 cm h = 68,40 cm.
proporcionais. Se a frequência triplicar o f h 4
comprimento de onda (distância entre duas hB fB = hA fA hB = A hA = A .
fB 1,6 21. Relativamente ao intervalo de tempo
zonas escuras consecutivas) passará para medido, o valor médio é
um terço do valor inicial. Sendo a velocidade constante, o
comprimento de onda e a frequência 5,71 + 5,79 + 5,66
= 5,72 ms, pelo que
15. a) O gráfico permite a leitura do tempo são inversamente proporcionais. 3
correspondente a 1,5 ciclos, que é 50 ms. Como a frequência de B aumenta 1,6 vezes, 6t = (5,72 ± 0,07) ms. A velocidade é
50 × 10–3 o comprimento de onda de B diminui s 2,00
Ou seja, 1,5T = 50 × 10–3 T = v= = = 350 m s–1.
1,5 1,6 vezes. 6t 5,72 × 10–3
1,5 19. a) Som complexo: C (não é uma função 350 – 343
logo f = = 30 Hz. Se há 30 O erro percentual é × 100 =
50 × 10–3 sinusoidal). Som puro mais grave: o de 343
oscilações num segundo, num minuto menor frequência, ou seja, de maior = 2,0%.
haverá 30 × 60 = 1800 oscilações. período, que é B.
b) s = v × 6t = 3,0 × 30 = 90 m.
Questões globais
b) Sons puros: A e B. Como TB = 2TA, então
c) A expressão geral é y(t) = A sin (t t), s
hB = 2hA pois a velocidade é a mesma. 22. a) Como v = e a onda avança 0,5 m
sendo A = 9 cm = 0,09 m; frequência 6t
c) Sabe-se que TB = 2TA e vliq. = 3var.
angular: t = 2 / f = 2 × 30 / = 60 / rad s–1. 0,5
hA em 0,05 s, logo v = = 10 m s−1.
Então y(t) = 0,09 sin (60/ t) (SI). Logo, para A, var = e, para B, 0,05
d) Essa distância corresponde a 1,5 ciclos: TA b) Tem-se y(t) = A sin (t t), sendo A = 10 cm.
— v 3,0 hB hB Um ciclo completo é igual ao comprimento
AB = 1,5 h. Como h = = = 0,10 m, vliq. = = . Por isso vliq. = 3var
f 30 TB 2TA v 10
— de onda: 4,0 m. A frequência f = = =
obtém-se AB = 0,15 m. h 4
e) Aumentando a frequência ou hB hA
=3 hB = 6hA. = 2,5 Hz. A frequência angular é t = 2 / f =
a amplitude da sua oscilação. 2TA TA = 5 / rad s–1, então y(t) = 0,10 sin (5/ t) (SI).
228
c) (A). A frequência mantém-se, sendo a mesma direção e sentido. Além disso, 2.2.3 Indução eletromagnética
determinada apenas pela fonte. Mas como o campo elétrico aponta no sentido da linha
o meio passa a ser diferente (corda mais de campo. 15. (B). O fluxo é uma medida do número
fina) a velocidade de propagação também de linhas de campo que atravessam uma
7. a) As linhas de campo orientam-se das
é diferente, assim como o comprimento superfície – quanto maior for esse número
cargas positivas para as cargas negativas.
de onda. maior será o fluxo.
Portanto, Q1 > 0, Q2 < 0, Q3 > 0 e Q4 > 0.
23. a) (B). A frequência de A é maior b) Vetor 4, porque o campo é tangente às 16. Em geral, \ = B A cos _, com
(som mais agudo) do que a de B linhas de campo e aponta no sentido destas. A = 1,0 × 10−2 m2 e B = 2,0 × 10−2 T.
(som mais grave). As zonas de compressão Portanto, \ = 2,0 × 10–4 cos _.
8. a) (D). A linha de campo aponta da placa
correspondem a maior pressão. positiva para a placa negativa (em (C) e a) _ = 0° e \ = 2,0 × 10–4 Wb.
b) Do gráfico conclui-se que TB = 2TA. (D)) e o campo tem o mesmo sentido; a b) _ = 90° e \ = 0.
A distância entre duas zonas consecutivas força sobre o eletrão tem a mesma direção c) _ = 90° – 20° = 70° e
de máxima compressão é o comprimento mas sentido oposto, pois o eletrão tem \ = 2,0 × 10–4 cos 70° = 6,8 × 10–5 Wb.
de onda. Como h = v T e v é constante, carga negativa.
hB = 2 hA. 17. a) (D). Só na posição da situação (D)
1 1 b) Movimento retilíneo uniformemente
c) i) (C). O período do sinal é T = = = a espira não enlaça linhas de campo
retardado.
f 800 v0 magnético, pelo que o fluxo é nulo.
= 1,25 × 10–3 s. Um período corresponde b) O fluxo é \ = B A cos _, sendo _
a 5 divisões da escala. Portanto, cada o ângulo entre o campo B e o vetor
divisão é 1,25 ms/5, ou seja, 0,25 ms. P unitário perpendicular ao plano da espira.
ii) h = v T = 343 × 1,25 × 10–3 = 0,43 m. F Portanto, _ = 90° – 15° = 75°
24. a) Comprimentos de onda: hM = 6,0 m Como a força elétrica é constante, porque i) \espira = 6,0 × 10–6 = B × 8,0 × 10–4 cos 75°
6,0 o campo elétrico é constante, pela Segunda B = 2,9 × 10–2 T. ii) \bobina = N \espira
e hN = = 2,0 m. As frequências \bobina = = 100 × 6,0 × 10–6 = 6,0 × 10–4 Wb
3 Lei de Newton também a aceleração
v é constante (movimento uniformemente (o fluxo aumentaria 100 vezes).
obtêm-se a partir de v = h f f = . \
h variado). Como a velocidade inicial tem c) Como \B = A então B A cos _B =
sentido oposto ao da força, inicialmente 2
340 340
Assim, fM = = 57 Hz e fN = = o movimento é uniformemente retardado, 1 cos _A
6,0 2,0 sendo no sentido da velocidade inicial = B A cos _A cos _B = .
2 2
= 1,7 × 102 Hz. Ambos os sons são audíveis (da direita para a esquerda).
porque as frequências são superiores 1
Como _A = 0°, cos _B = _B = 60°.
a 20 Hz e inferiores a 20 kHz. 2
hM fM
2.2.2 Campo magnético Este é o menor ângulo entre o campo
1
b) =3e = . 9. (D). As linhas de campo saem da magnético e a direção perpendicular ao
hN fN 3 plano da espira. Logo, o ângulo que o plano
extremidade correspondente ao polo norte
e entram pela extremidade correspondente da espira faz com a horizontal (direção do
2.2 Eletromagnetismo ao polo sul. Além disso, as linhas de campo campo) é 90° – 60° = 30°.
têm simetria em relação ao eixo que passa 18. (D). Para haver corrente induzida
2.2.1 Carga elétrica e campo elétrico
pelos polos. terá de existir variação temporal do fluxo
1. (D). A carga elétrica conserva-se. 10. (A). A agulha magnética alinha-se do campo magnético (e não do campo
2. Campo elétrico: volt por metro (V/m); com as linhas de campo e o seu polo norte magnético). Na situação (C) o fluxo é nulo
carga elétrica: coulomb (C). Numa região aponta no sentido do campo. (D) não é (a situação é parecida com a da figura 36).
onde exista campo elétrico este verdadeira pois no íman em ferradura Embora o campo varie, o fluxo
manifesta-se através de uma força que se (em U) o campo só é aproximadamente permanece nulo, logo constante,
exerce sobre uma carga elétrica aí colocada. uniforme entre as duas hastes. pois _ = 90° (as linhas de campo são
paralelas ao plano da espira).
3. (B). (ver p. 140). 11. a) A – polo norte; B – polo sul.
b) (B). Num íman em U o campo 19. Na situação III. Para haver corrente
4. a) De Q1 saem linhas de campo, pelo que
é aproximadamente uniforme entre induzida é necessário que ocorra variação
essa carga é positiva, e a Q2 chegam linhas
as duas hastes. temporal do fluxo do campo magnético.
de campo, pelo que essa carga é negativa.
Isso acontece em I e em II, mas não em III
Quanto aos módulos das cargas, |Q1| > |Q2| 12. O dinamarquês Oersted. Verificou que
já que as posições relativas do íman e do
pois a concentração das mesmas linhas de uma agulha de bússola se movia quando
circuito se mantêm (repouso relativo).
campo é maior perto de Q1 do que de Q2. estava próxima de um circuito e este era
b) Não, pois qualquer carga elétrica é ligado. Concluiu que a passagem de corrente 20. (B). Quanto mais rapidamente se agitar
sempre um múltiplo da carga elementar elétrica criava um campo magnético. a bobina, maior será a taxa de variação do
(carga do protão) e 245,4 não é um número 13. a) (D). O esquema II representa fluxo magnético e, consequentemente, a
inteiro. um campo uniforme – linhas de campo força eletromotriz induzida.
5. a) (C). Na zona de B há maior densidade paralelas e igualmente espaçadas. 21. (B). Para existir corrente é necessário
de linhas de campo do que na zona de A, O campo tem o sentido das linhas que haja variação de fluxo. Isso acontece
indicando que é em B que o campo é mais de campo e é mais intenso onde as linhas em todas as situações descritas, exceto
intenso. se adensam. na situação (B) em que o íman e o circuito
b) A força elétrica e o campo elétrico têm b) (C). O campo tem direção tangente à estão sempre na mesma posição relativa.
sempre a mesma direção. Como o eletrão respetiva linha de campo e o sentido desta.
22. a) O módulo do declive da reta é dado
tem carga negativa, a força sobre ele tem c) III. Fio perpendicular ao plano do papel;
sentido oposto ao do campo elétrico. o sentido da corrente elétrica aponta para |6\|
por , por isso é igual ao módulo
6. (D). O protão tem carga positiva, por isso cá do plano do papel (regra da mão direita). 6t
a força elétrica e o campo elétrico têm 14. I – B; II – C; III – A. da força eletromotriz induzida.
229
|6\|
b) Como |¡i| = , o módulo da força eletromotriz induzida no secundário e, micro-ondas. A atmosfera é transparente
6t portanto, não há corrente induzida. às ondas de rádio, a praticamente todas
eletromotriz induzida será tanto maior as micro-ondas, a uma pequena faixa de
quanto maior for a variação temporal do Questões globais infravermelhos, a toda a radiação visível
módulo do fluxo, uma vez que os intervalos e aos ultravioletas de menor frequência.
de tempo são iguais. i) [t3, t4], pois |6\| 29. (A). Inicialmente não há fluxo;
quando a espira entra na região onde A janela atmosférica na região das
é máximo; ii) [t1, t2], pois |6\| é nulo. radiofrequências permite a comunicação
existe campo, o número de linhas de
23. (C) e (D). Nos casos (A) e (B) o fluxo campo enlaçadas pela espira cresce, a longas distâncias.
não varia com o tempo (o número de linhas ou seja, o fluxo aumenta; em certo 5. (A). A percentagem da luz refletida e
de campo enlaçadas pela espira não se instante toda a espira está imersa transmitida depende, entre outros fatores,
altera). Nos outros dois casos, o ângulo no campo e o movimento do carrinho do ângulo de incidência e da frequência
entre o plano da espira e a direção do não faz alterar o fluxo que é máximo; da radiação.
campo varia, ou o próprio campo é variável, quando a espira começa a sair da zona
o que leva a uma variação do fluxo através de campo, o fluxo diminui até atingir
da superfície delimitada pela espira. o valor nulo quando a posição do carrinho
2.3.2 Reflexão da luz
24. (A). O transformador apenas altera é tal que já não há linhas de campo 6. a) (A). O ângulo de incidência
a tensão, sendo essa alteração função enlaçadas pela espira. (ângulo do raio incidente com a normal) é
dos números de espiras no primário 30. Para diminuir a energia dissipada por 90° − 65° = 25°. Como o ângulo de reflexão
e no secundário. efeito Joule, pois as linhas de transporte é também de 25°, o ângulo formado entre
têm resistência, R. A potência dissipada o feixe incidente e o refletido é 50° como
25. a) (B). b) (A). c) (C).
é dada por P = R I 2 , sendo I a corrente mostra a figura:
26. A corrente é calculada por ¡ = R I, elétrica na linha. Para minimizar a
por isso é necessário calcular, para cada dissipação diminui-se a corrente, já que
intervalo de tempo, a força eletromotriz o R é fixo. Como a potência fornecida
induzida e, portanto, a variação de fluxo à linha é constante, para diminuir
do campo magnético. a corrente aumenta-se a diferença de 25o 25o
O fluxo é \ = B A cos _ ; como \ potencial elétrico, uma vez que a potência
é máximo, para A e B fixos terá de ser é dada por P = U I.
_ = 0°. Portanto, \ = B A. 65o
31. A tensão no secundário é
O módulo da variação do fluxo é
|6\| = |Bf A – Bi A| = A|Bf – Bi| e o módulo Ns 150
Us = × Up = × 220 = 33 V. b) (B). A frequência é sempre a mesma
da força eletromotriz induzida vem Np 1000
quaisquer que sejam os fenómenos
|6\| |Bf – Bi| Sendo R = 3,0 1 a resistência do
|¡i| = =A . ondulatórios que ocorram. O feixe refletido
6t 6t secundário, a corrente neste é é menos intenso do que o incidente pois
Para o intervalo de tempo [0,00; 0,20]s: Us há sempre alguma absorção da superfície
33
|6,0 × 10–2 – 0| Is = = = 11 A. A potência, P = U I é, refletora.
|¡i| = 0,20 × 0,30 × = R 3,0
0,20 7. a) A figura mostra o trajeto do raio
então, P = 33 × 11 = 3,6 × 102 W. luminoso, o qual se obtém a partir das leis
= 1,8 × 10–2 V logo ¡ = R I 1,8 × 10–2 =
= 0,30 I I = 6,0 × 10–2 A. da reflexão: os ângulos i e r são iguais;
Para o intervalo de tempo [0,20; 0,40]s: os ângulos i' e r' são também iguais.
|¡i| = 0 pois o campo não varia, logo não há 2.3 Ondas eletromagnéticas
i 45o
corrente induzida. E1
2.3.1 Produção e propagação r
Para o intervalo de tempo [0,40; 0,80]s:
de ondas eletromagnéticas. 45o
|0 – 6,0 × 10–2| Espetro eletromagnético r’ i’
|¡i| = 0,20 × 0,30 × = 15o 15o
120o
0,40
1. (B). As ondas eletromagnéticas são E2
= 9,0 × 10–3 V logo ¡ = R I 9,0 × 10–3 =
= 0,30 I I = 3,0 × 10–2 A. produzidas naturalmente na natureza.
Mas depois dos trabalhos experimentais i' = 90° – (180° – 120° – 45°) = 75° = r'.
Up Us de Hertz, na década de 1880, o homem O raio refletido em E2 faz um ângulo
27. Usando = , encontra-se de 15° com esse espelho.
Np Ns passou a ser capaz de as produzir
artificialmente e de uma forma controlada. b) A frequência da luz refletida é igual
Np Up 230 v
= = = 46. O número de espiras 2. (B) – ver figura no quadro da página 164. à da luz incidente: f = , ou seja,
Ns Us 5 h
Note-se que em cada ponto do espaço
3,00 × 108
no primário é 46 vezes o número de espiras os campos elétrico e magnético estão f= = 4,62 × 1014 Hz.
no secundário. sempre a variar no tempo. 6,50 × 10–7
230
da sua frequência (exceto no vazio, em 15. a) Ângulo de incidência: Só ocorre reflexão total se o ângulo de
que a velocidade é a mesma e igual a c). i = 90° – 30° = 60°; ângulo de refração: incidência for superior a 48,7°; para um
c R = 90° – 55° = 35°. Da lei da refração, ângulo de incidência de 40° a luz passa
Como n = c = n v, o índice de refração
v sin 60° da água para o ar.
e a velocidade são inversamente n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2 n2 = 1,00 × =
sin 35° 20. n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2 n1 sin 30° =
proporcionais. = 1,5.
10. a) i) A luz vermelha tem maior b) i) Sendo n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2 tem-se 3
= 1,00 sin 60° n1 = 1,00 × ×2=
velocidade. Como c = n v, a maior 1 2
n1 sin 60° = 3 n1 sin _ 2 sin _ 2 = , = 3 = 1,73.
velocidade corresponde ao menor índice 2
de refração. ii) A luz violeta é a que mais se _ 2 = 30°. O ângulo do raio refratado com Ângulo crítico: n1 sin _ crit. = n2 sin 90°
desvia, pois é a que tem menor velocidade a superfície de separação dos meios n2 1,00
no vidro. Quanto maior for a diferença entre é 90° − 30° = 60°. ii) Como c = n v e v = h f, sin _ crit. = = _ crit. = 35,3°.
então nI hI f = nII hII f nI hI = nII hII n1 1,73
as velocidades de propagação nos dois
meios maior é o desvio da luz. hI nII Ocorre reflexão total para ângulos de
b) A velocidade propagação no ar é = = 3. incidência superiores a 35°.
hII nI
c c 21. a) Pelo ângulo crítico: n1 sin _ 1 =
var = e no vidro é vvidro = ; c) Como c = n v então nI vI = nII vII
nar nvidro = n2 sin _ 2 1,513 sin 60° = n2 sin 90°
vI vI
var vvidro nII = nI = nI = 1,25nI . n2 = 1,3.
v
como f = tem-se f = = vII 0,80vI b) III. O ângulo de incidência na face AC
h har hvidro
Lei da refração: n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2 é 45°, que é inferior ao ângulo crítico,
c c
var hvidro = vvidro har h = h n1 sin 60° = 1,25n1 sin _ 2 por isso ocorre refração nessa face.
nar vidro nvidro ar Como a luz passa para um meio com
sin 60°
nar 1,00 sin _ 2 = = 0,693 _ 2 = 44°. menor índice de refração, afasta-se da
hvidro = har hvidro =
× 420 × 1,25
nvidro 1,532 normal no ponto de incidência, logo só pode
d) Como a frequência é constante e dada
× 10–9 = 274 × 10–9 m ou 274 nm. ser a trajetória III. Os raios I e II podem ser
3 excluídos porque os ângulos de reflexão
11. (C). Para a luz se aproximar da normal, hI
v vI vII 4 vII na face AC seriam diferentes de 45°.
nI < nII e, consequentemente, vI > vII, por f = tem-se = = .
h hI hII hI vI 22. a) Consideremos primeiro a passagem
pois, como c = n v, velocidade e índice de
refração são inversamente proporcionais. 3 da luz do ar para o núcleo da fibra:
Logo, vII = vI. A redução percentual n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2 1,00 sin 50° =
12. a) Pela lei da refração, n1 sin _1 = 4
vI – vII = 1,50 sin _ 2 _ 2 = 31°. O ângulo de
= n2 sin _2 1,00 sin 24,0° = n2 sin 16,0° da velocidade é × 100 (%) = 25%. refração é 31°. O ângulo de incidência no
c c vI
n2 = 1,476. De v = , obtém-se v = = interior da fibra, no interface núcleo-casca,
n n 16. a) (A). Como nB > nA, pois o raio
vai ser i' = 90° − 31° = 59°.
refratado aproxima-se da normal, então
3,00 × 108
= = 2,03 × 108 m s–1. vB < vA pois c = n v (n e v são inversamente
1,476 31o
v 50o 59o
b) (B). Os desvios na interface ar-vidro proporcionais); e como f = , v e h são
h
e vidro-ar são tais que a direção do raio diretamente proporcionais pois f é
R
emergente do paralelepípedo é a do raio constante; logo também hB < hA.
incidente. Por considerações geométricas,
b) (B). Pela lei da refração, n1 sin _ 1 = Ângulo crítico na superfície núcleo-casca
verifica-se que os dois raios são paralelos.
da fibra: n1 sin _ crit. = n2 sin 90° sin _ crit. =
= n2 sin _ 2 n1 2 sin _ 2 = n2 sin _ 2
n2 1,30
n2 = 2 n1 ou nB = 2 nA. Como c = n v = = _ crit. = 60,1°. Como o ângulo
i n1 1,50
e v = h f, pode-se escrever nA hA f = nB hB f
de incidência é 59°, inferior a 60,1°, não há
hA nB nA 2 reflexão total (há refração e reflexão na
= = 2 . Logo = . superfície de separação núcleo-casca).
i’ hB nA nB 2
R i’ = R
b) Para um ângulo de incidência, na
fronteira núcleo-casca, igual ao ângulo
2.3.4 Reflexão total da luz
crítico, o correspondente ângulo de
R’ = i 17. (D). Para ocorrer reflexão total é refração na entrada do feixe na fibra
R’
necessário que nA > nB (logo, vA < vB) (fronteira ar-núcleo) é 90° − 60,1° =
e que o ângulo de incidência seja superior = 29,9°. O correspondente ângulo de
13. (C). O feixe refratado tem menor
ao ângulo limite (ou crítico). incidência, _ 1, é: n1 sin _ 1 = n2 sin _ 2
intensidade pois parte da luz é refletida
18. a) (B). O índice de refração do segundo 1,00 sin _ 1 = 1,50 sin 29,9°
ou absorvida na superfície de separação
meio tem de ser inferior ao do primeiro. sin _ 1 = 0,748 _ 1 = 48,4°.
dos meios. Como há mudança de
Apenas para ângulos de incidência
velocidade de propagação da luz e b) n1 sin _ crit. = n2 sin 90°
na fibra inferiores a este ângulo é que
a frequência se mantém, o comprimento n2 1,00
sin _ crit. = = _ crit. = 41,8°. há reflexão total na fibra.
de onda terá de variar.
n1 1,50
c
14. (B). Sendo n = pode-se escrever Ocorre reflexão total para ângulos de 2.3.5 Difração da luz
v
incidência superiores a 41,8°.
nI vI = nII vII. Como v = h f e a frequência é 23. (B). Em geral, a difração ocorre sem
constante tem-se nI hI f = nII hII f nI hI = nII hII. 19. n1 sin _ crit. = n2 sin 90° que a onda se propague num novo meio,
1 1 n2 1,00 por isso a velocidade da onda difratada
Se nII = 2nI, então hII = hI e vII = vI. sin _ crit. = = _ crit. = 48,7°.
2 2 n1 1,33 é igual à da onda inicial, assim como o
231
comprimento de onda pois v = h f e f (no satélite ou na Terra) tem de estar em da evolução, foi possível os eletrões
é constante. linha de vista com o emissor (na Terra ou juntarem-se a protões formando átomos
24. (D). O fenómeno da difração ocorre no satélite). de hidrogénio (em menor quantidade,
quando a onda encontra obstáculos ou 31. Os comprimentos de onda formaram-se também átomos de hélio).
aberturas, mas só se torna notório se as correspondentes às frequências-limite são: Após esse processo a radiação, passou
dimensões dessas aberturas ou obstáculos a poder propagar-se quase livremente,
c 3,00 × 108 c ocupando todo o espaço, incluindo a
forem comparáveis (dentro de algumas h1 = = = 566 m, h2 = =
f 530 × 103 f radiação emitida quando os primeiros
ordens de grandeza) ao comprimento de
onda da onda. átomos se formaram. Esse espaço
3,00 × 108
= 500 m, para a primeira das passou a ser cada vez maior à medida
25. (A). As ondas referidas nas restantes 600 × 103 que o Universo continuou a expandir
opções têm comprimentos de onda várias
c 3,00 × 108 e a radiação chegou aos dias de hoje
ordens de grandeza menores do que as bandas e h3 = = = 3,4 m,
f proveniente de todas as direções:
dimensões típicas de obstáculos onde 88 × 106
é a radiação cósmica de fundo.
ondas de rádio e micro-ondas difratam.
Já os comprimentos de onda dos sons c 3,00 × 108 38. (C). O redshif nos espetros das
h4 = = = 2,78 m, para a
são dessa escala (metro ou inferior). f 108 × 106 galáxias distantes é uma prova importante
mas não é a única. A existência da radiação
26. O comprimento de onda é dado por segunda banda. A primeira banda tem
cósmica de fundo é outra prova que
c 3,00 × 108 maiores comprimentos de onda, pelo que
h= = = 300 m. Os objetos sustenta a teoria do big bang.
f as ondas contornam obstáculos e chegam
1 × 106
às antenas recetoras mesmo que estas
à nossa escala e as montanhas e vales são não estejam em linha de vista. São pouco
facilmente contornados por estas ondas Atividades laboratoriais
absorvidas no ar mas podem ser refletidas vvidro
(as suas dimensões são comparáveis, na atmosfera, sendo depois reenviadas 39. a) De c = n v conclui-se que =
dentro de algumas ordens de grandeza, para a Terra. Por isso podem propagar-se var
ao comprimento de onda). a grandes distâncias, usando poucas nar 1,000
27. O comprimento de onda da onda = vvidro = 3,00 × 108 × =
antenas retransmissoras. No entanto, nvidro 1,460
v 343 não podem transportar uma quantidade
sonora é h = = = = 2,05 × 108 m s–1.
f 3000 tão grande de dados. A segunda banda 2,00
tem menores comprimentos de onda, mas b) Ângulo de refração: tan _ 2 = =
= 1,14 × 10–1 m = 11,4 cm. Uma fenda 5,00
com cerca de 1 cm de largura (cerca de as ondas continuam a difratar facilmente.
= 0,40 _ 2 = 21,80°. Como n1 sin _ 1 =
dez vezes menor do que o comprimento [Estas ondas são usadas nas emissões
= n2 sin _ 2 1,000 sin _ 1 =
de onda) ou maior já permite uma boa de rádio em FM.]
= 1,460 sin 21,80° _ 1 = 32,8°.
difração da onda. Se a fenda for mais c) i) Segundo as Leis da Reflexão, o ângulo
larga a difração continua a ocorrer junto de reflexão é igual ao ângulo de incidência.
2.3.6 Efeito Doppler
às bordas. Dentro da incerteza experimental inerente
28. Às mais baixas frequências do espetro 32. a) Quando há aproximação, a frequência à medição dos ângulos, que é de 0,1°,
eletromagnético correspondem os maiores do som recebido aumenta (som fica mais a igualdade anterior é verificada pelos
comprimentos de onda. Com comprimentos agudo); quando há afastamento a frequência valores apresentados na tabela. ii) A lei da
de onda comparáveis às dimensões dos diminui (som fica mais grave). refração permite escrever n1 sin _ 1 =
objetos e ao relevo do terreno (dentro de b) São iguais pois não há movimento nacrílico
= n2 sin _ 2 sin _ 1 = sin _ 2
algumas ordens de grandeza), as ondas relativo, é como se estivessem em repouso nar
difratam bem e isso torna possível a um em relação ao outro. A alteração da
sin _ 1 = nacrílico/ar sin _ 2 , que é do tipo
comunicação entre pontos que não frequência só ocorre quando há movimento
y = m x sendo y o seno do ângulo de
estejam em linha de vista. Mas as ondas relativo entre o emissor e o recetor.
incidência, x o seno do ângulo de refração
de baixa frequência têm a desvantagem 33. Reflexão e efeito Doppler. e m o declive da reta que dá o índice de
de não poderem ser usadas no transporte
34. (A). A e C estão em repouso relativo: refração do acrílico em relação ao ar.
de grandes quantidades de dados.
fc = f ; B aproxima-se de A: fB > f .
29. a) Vemos a luz visível produzida no sin ն1
interior do forno porque ela se refrata no 35. Espetro B. As galáxias distantes estão 1,000
0,900
vidro da rede da grelha frontal. a afastar-se umas das outras (e a nossa 0,800 y = 1,4654 x − 0,0027
0,700
b) O comprimento de onda das micro-ondas a afastar-se dessas) pois o Universo está 0,600
0,500
em expansão. Por isso as linhas espetrais 0,400
c 3,00 × 108 sobrem desvio para as menores 0,300
éh= = = 1,22 × 10–1 m = 0,200
f 2,45 × 109 frequências, ou seja, para o vermelho 0,100
= 122 mm. Este comprimento de onda é (redshift), o equivalente ao efeito Doppler. 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 sin ն2
232
c 3,00 × 108 c
40. a) A difração da luz caracteriza-se _ 2 = 30,3°. iii) vvidro = = = b) (D). Como n = para quaisquer meios,
pelo seu espalhamento por um obstáculo nvidro 1,518 v
ou fenda de dimensão comparável = 1,98 × 108 m s–1. iv) Como a frequência é 4
nI vI = nII vII vI =
v . Como a velocidade
(dentro de algumas ordens de grandeza) ao var vvidro 5 II
comprimento de onda. O fenómeno ocorre constante, tem-se: f = =
har hvidro e o comprimento de onda são diretamente
para qualquer onda e não só para a luz. proporcionais pois v = h f e f é constante,
b) A difração não é notória pois a dimensão vvidro 1,976 × 108
hvidro = har = 560 × 10–9 × = 4
da fenda (1 mm) é várias ordens de grandeza var 3,00 × 108 então obtém-se a mesma relação hI = hII.
maior do que o comprimento de onda da 5
= 369 × 10–9 m = 369 nm. 47. a) De v = h f podemos escrever
luz: h = 5,89 × 10–7 m << 1 × 10−3 m.
c) Espaçamento entre ranhuras: f1 h2
c c c 1 c a equação h1 f1 = h2 f2 = =
20,0 × 10–3 m b) (C). Como n = = = × e tem f2 h1
d= = 3,33 × 10–6 m = 3,33 +m. v hf f h f
6000 10,60 × 103
valor fixo para uma dada luz monocromática, = , sendo 2 o laser de CO2 e 1
d) A expressão dada pode ser escrita na n e h são inversamente proporcionais. 633
h c) Não. Para haver reflexão total é f1
forma sin e = n . Para n = 0, sin e = 0 e o de hélio-néon. Portanto = 16,7.
d necessário que a luz provenha de um f2
e = 0° (o máximo é central); para n = 1, meio com maior índice de refração c
do que o outro meio. Ora, a situação b) Como n = para quaisquer dois
5,89 × 10–7 m hf
sin e = = 0,177 e e = 10,2°. presente é a contrária, nar < nvidro.
3,33 × 10–6 c
44. a) (A). O feixe de luz aproxima-se da meios e é constante, podemos escrever
d 3,33 × 10–6 f
e) h = sin e = sin 21,9° = normal quando passa para um meio de
2 2 nI hII
–7
maior índice de refração e afasta-se quando nI hI = nII hII = . Sendo o meio I o
= 6,21 × 10 m = 621 nm. Erro percentual: passa para um meio de menor índice de nII hI
|621 – 589| hI
× 100 (%) = 5,43%. refração. Os desvios serão tanto maiores ar (nI = 1) e II o humor aquoso, nII = =
589 quanto maiores forem as diferenças entre hII
os índices de refração. Logo n2 > n1 > n3 633
41. a) (D). = = 1,34. A velocidade de propagação
(2 – vidro; 1 – acrílico; 3 – água). Por isso 747
b) Espaçamento entre ranhuras: será acrílico-vidro-água. c 3,00 × 108
év= = = 2,25 × 108 m s–1.
1 × 10–3 m b) Como nágua < nacrílico < nvidro então nII 1,335
d= = 3,33 × 10–6 m.
589 vvidro < vacrílico < vágua, pois n e v são c) Os lasers têm comprimentos de onda
O ângulo e é obtido a partir da sua inversamente proporcionais uma vez que cujo valor é 103 a 104 vezes maior que
1,9 c = n v e c é constante. 1 nm, a distância típica de separação
tangente: tan e = = 0,19 e = 10,8°. c) Ângulo crítico: nvidro sin _ crit. = entre os átomos. Por isso a difração já
10,0
nágua não é muito notória, não sendo esta luz
Substituindo em n h = d sin e para n = 1 =nágua sin 90° sin _ crit. = sin 90° apropriada para este efeito. [Para se
vem h = 3,33 × 10–6 sin 10,8° = nvidro
«verem» átomos no cristal deve usar-se
= 6,24 × 10–7 m = 624 nm. Erro percentual: 1,33
sin _ crit. = _ crit. = 61,0°. luz de muito menor comprimento de onda,
|624 – 532| 1,52
× 100 (%) = 17,3%. Este erro como os raios X. O comprimento de onda
532 deve ser comparável ao da separação entre
Como 50° < 61,0° não ocorre reflexão total.
percentual elevado indica baixa exatidão. os átomos (desejavelmente menor ainda).]
45. a) (B). Como nvidro < nglicerina, e a luz
42. Aumentado o número de ranhuras
provém da glicerina (meio com maior
por milímetro, a sua separação, d, diminui.
Como n h = d sin e, para n = 1 vem
índice de refração), o feixe de luz afasta-se Teste Final
da normal no ponto de incidência.
h = d sin e; como o comprimento de onda Grupo I
c c c
é fixo, o produto h = d sin e é constante. b) Tem-se n = = n h = que é 1. a) Cobertura transparente: radiação;
Portanto, se d diminuir, sin e deverá v hf f
placas coletoras: radiação e condução; tubo
aumentar e, consequentemente, constante, por isso nvidro hvidro = de aquecimento: condução; água: convecção.
aumentará o ângulo e. Se L for a distância hvidro nglicerina b) Porque uma superfície negra absorve o
da rede de difração ao alvo e a a distância = nglicerina hglicerina = = máximo de radiação visível que nela incide.
do máximo central ao máximo de primeira hglicerina nvidro
c) (C).
a 1,90 2. a) A grandeza é a condutividade térmica.
ordem, temos tan e= . Se o ângulo = = 1,27.
L 1,50 A lã de rocha é melhor isolador térmico,
aumentar a sua tangente também c) Ângulo crítico: nglicerina sin _ crit. = ou seja, tem menor condutividade térmica,
aumentará e, como L é constante, a vai nvidro por isso foi o material escolhido.
aumentar também. Portanto, a separação = nvidro sin 90° sin _ crit. = sin 90° b) A energia útil necessária ao aquecimento
entre o máximo central e o máximo de nglicerina é Eútil = m cágua 6T Eútil = 150 × 4,18 × 103 ×
ordem 1 no alvo aumenta. 1,50 × 35,0 = 2,195 × 107 J. Pelo rendimento
sin _ crit. = _ crit. = 52,1°.
1,90 obtém-se a energia que deve ser fornecida:
Questões globais Eútil 2,195 × 107
46. a) (C). O ângulo de incidência é d(%) = × 100 Eforn = ×
90° − 35° = 55° e o ângulo de reflexão Eforn 45
43. a) i) O ângulo de incidência é 90° − 40°=
também tem este valor. Ângulo de × 100 = 4,877 × 107 J. Da expressão da
= 50°, que é também o ângulo de reflexão.
ii) Do gráfico obtém-se o índice de refração sin _ 1 n2 4 E
refração: = = sin _ 2 = irradiância obtém-se a área: Er =
para o comprimento de onda dado: sin _ 2 n1 5 A6t
nvidro = 1,518. Ângulo de refração: n1 sin _ 1 = = 1,25 sin _ 1. Logo o ângulo de refração Eforn 4,877 × 10 7
A = = = 8,1 m2.
n2 sin _ 2 1,000 sin 50° = 1,518 sin _ 2 é maior do que o ângulo de incidência. Er6t 240 × 7,00 × 3600
233
c) (D). O instante de chegada ao solo pode Grupo II
3. a) (B). [Um maior índice de refração, ser obtido analiticamente a partir 1. a) hq = (220,00 ± 0,05) × 10–2 m.
n, significa uma menor velocidade de da equação x(t) = 0, obtendo-se t = 0,48 s
b)
propagação e implica uma aproximação (a outra raiz é negativa e não tem 180
160 y = 0,6949 x − 0,0846
à normal na passagem da luz do ar para significado físico). 140
120
hr / cm
o vidro (nvidro > nar)]. ii) Não, pois a aceleração gravítica não 100
depende da massa dos corpos. 80
b) A velocidade da luz no ar é 60
aproximadamente igual à sua velocidade iii) (A). [A equação das velocidades é 40
20
no vazio, c. No ar, c = har f e, no vidro, v(t) = –8,0 – 10,0 t (SI) e a energia cinética
0 50 100 150 200 250
vvidro = hvidro f, pois a frequência é a mesma. em função do tempo é a seguinte função hq / cm
c vvidro 1
Portanto, vvidro = hvidro hvidro = har . quadrática: Ec (t) = m (8,0 + 10,0 t)2 (SI)]. A equação obtida permite escrever
har c 2
har hr = 0,6949 hq – 8,46 × 10–2 (cm).
c c) (A).
Como nvidro = , conclui-se hvidro = = Substituindo o valor da altura de queda
vvidro nvidro 6. a) Da expressão do rendimento, por 200 cm obtém-se para a altura
400 Eútil de ressalto 139 cm.
= = 261 nm. d(%) = × 100, e de E = P × 6t,
1,532 Eforn c) A energia cinética com que a bola chega
c) O ângulo limite, _ lim, obtém-se da ao solo é Ec = m g hq e a energia cinética
obtém-se a energia útil: Eútil = 0,80 × P × 6t = com que sai do solo é E 'c = m g hr. Portanto,
Lei de Snell: n1 sin _ lim = n2 sin 90° = 0,80 × 1800 × 10 × 60 = 8,64 × 105 J. E 'c hr
1,00 1,00 Como 1 kW h = 1000 W × 3600 s = = . A fração de energia cinética
sin _ lim = = = 0,6592. Ec hq
n1 1,517 8,64 × 105
= 3,6 × 106 J, a energia foi = 6E c E c – E 'c
Daqui resulta _ lim = 41,2°. A reflexão total perdida em relação a Ec é = =
3,6 × 106 Ec Ec
ocorre para ângulos de incidência na
hq – hr
superfície vidro-ar superiores a 41,2°. = 0,24 kW h. Como P = U I, a corrente é = . Para o primeiro ressalto, usando
d) (C). hq
P 1800 6E c
I= = = 7,83 A. 220 – 148
4. a) Parte dessa radiação solar é refletida e U 230 os dados da tabela, = =
uma outra parte é absorvida pela atmosfera. Ec 220
Ao solo chega apenas uma fração da b) São usados transformadores. = 0,33. A energia perdida foi 33%.
energia que atinge o topo da atmosfera. O transporte da corrente elétrica, 2. a) Sentido de cima para baixo.
b) Incerteza relativa percentual: das centrais até aos locais de consumo, A componente escalar da velocidade
2 faz-se em linha de alta tensão. é inicialmente nula e toma depois
× 100(%) = 0,15%. Portanto, A tensão é inicialmente elevada e
1367 valores positivos, o que significa que o
a constante solar é 1367 W m–2 ± 0,15%. depois é baixada. Na linha de transporte sentido positivo do eixo é o do movimento
c) Pela Segunda Lei de Newton FR = m a e parte da energia é dissipada por efeito inicial, o de cima para baixo, pois a bola
como o movimento é circular uniforme fica Joule, sendo a potência dissipada dada é deixada cair.
por P = I R 2, em que R é a resistência b) (B). Cerca dos 0,4 s a velocidade
2/ 2
冢 冣
v2 (t r)2
FR = m =m = m r t2 = m r ; elétrica da linha e I a corrente que começa a diminuir em módulo; um pouco
r r T nela circula. Diminuindo a corrente, antes de 0,5 s anula-se (há inversão de
a única força que atua sobre o satélite minimiza-se a dissipação. Como a sentido) e, a partir daí, em módulo, começa
é a força gravítica dada pela expressão potência fornecida pelo gerador a aumentar – a bola começa a subir.
mm é constante e igual a P = U I, para Abandona o solo um pouco depois de 0,5 s
da Lei da Gravitação: Fg = G T2 ; igualando
r diminuir a corrente I tem de se aumentar e, a partir daí, o movimento passa a ser
mm a diferença de potencial elétrico U. uniformemente retardado. Após a colisão
as duas expressões tem-se G T2 = c) i) Campo magnético uniforme. com o solo, a bola sobe, movendo-se no
r
G mT T 2 ii) Como o fluxo de um campo magnético sentido arbitrado como negativo; assim,
m 4 /2 r a componente escalar da sua velocidade,
= 3
, ou ainda r = B através de uma superfície plana de
T2 4/ 2 área A delimitada pela espira é dado por nesse instante, é negativa.
G mT T 2 \ = B A cos _, o máximo ocorre para c) A fração de energia cinética dissipada
r = 3 . Como o período é um dia,
4/ 2 _ = 0°. O ângulo _ é formado pelo campo 6E c E c – E 'c
e pela normal ao plano. Logo, o máximo (portanto, perdida) é = =
T = 24 h = 8,64 × 104 s. Então, Ec Ec
fluxo obtém-se quando o plano da espira v 2 – v'2
3
6,67 × 10–11 × 5,97 × 1024 × (8,64 × 104)2 for perpendicular ao campo magnético. = , sendo v o módulo da velocidade
r= = v2
4 × 3,142 iii) Indução eletromagnética. quando atinge o solo e v ' o módulo da
= 42,23 × 106 m. A altitude é h = r – RT = velocidade quando abandona o solo.
|6\|
= (42,23 – 6,37) × 106 = 35,9 × 106 m. iv) Como |¡i| = , quanto menor for o A leitura do gráfico permite concluir que
6t
5. a) (D). se tem aproximadamente v = 3,8 m s−1
o intervalo de tempo em que ocorre a 6E c
b) No início x0 = 5,0 m; v0 = – 8,0 m s–1.
variação do fluxo, que se dá quando e v ' = 3,0 m s−1. Portanto, =
i) A equação do movimento é x(t) = Ec
é maior a frequência com que roda
= 5,0 – 8,0t – 5,0t 2 (SI). 3,82 – 3,02
a espira, maior é o módulo da força = = 0,377. Em percentagem 38%.
6,0 eletromotriz. Como |¡i| = R Ii e a resistência 3,82
5,0 da lâmpada é constante, quanto maior d) v(0) = 0 e v(0,4) = 3,8 m s−1. Portanto,
x/m
4,0
3,0 for a força eletromotriz maior será a 3,8
de v(t) = g t pode obter-se g = = 9,5 m s–2.
2,0 corrente induzida. Por isso a intensidade 0,4
1,0 será tanto maior quanto maior for Este valor é próximo de 9,8 m s−2. O erro
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 a frequência com que roda a espira: |9,5 – 9,8|
t/s 40 Hz. percentual é × 100 (%) = 3,1%.
9,8
234
METAS CURRICULARES
Domínio: Mecânica
Subdomínio
Subdomínio
235
METAS CURRICULARES
2.11 Determinar a componente escalar da aceleração pp. 2.24 Indicar o contributo de Galileu para a formula- p. 58
média num movimento retilíneo a partir de com- 48, 49, ção da Lei da Inércia e relacioná-lo com as con-
ponentes escalares da velocidade e intervalos 52, 53 ceções de movimento de Aristóteles.
de tempo, ou de um gráfico velocidade-tempo, e
resolver problemas que usem esta grandeza. AL 1.1 Queda livre: força gravítica e aceleração
2.12 Associar a grandeza aceleração ao modo como p. 50
da gravidade
Objetivo geral:
varia instantaneamente a velocidade.
Determinar a aceleração da gravidade num movimento de
2.13 Concluir que, se a aceleração for constante, p. 50 queda livre e verificar se depende da massa dos corpos.
num dado intervalo de tempo, ela será igual à
aceleração média nesse intervalo de tempo. 1. Medir tempos e determinar velocidades num movi- pp.
61-63
mento de queda.
2.14 Designar por aceleração gravítica a aceleração p. 51
a que estão sujeitos os corpos em queda livre, 2. Fundamentar o procedimento da determinação de pp.
uma velocidade com uma célula fotelétrica. 61-63
associando a variação da sua velocidade à ação
da força gravítica. 3. Determinar a aceleração num movimento de queda pp.
(medição indireta), a partir da definição de acelera- 61-63
2.15 Definir movimento retilíneo uniformemente p. 51
ção média, e compará-la com o valor tabelado para a
variado (acelerado e retardado).
aceleração da gravidade.
2.16 Indicar que a velocidade e a aceleração apenas p. 50 4. Avaliar a exatidão do resultado e calcular o erro per- pp.
têm a mesma direção em cada instante nos centual, supondo uma queda livre. 61-63
movimentos retilíneos.
5. Concluir que, na queda livre, corpos com massas pp.
2.17 Justificar que um movimento retilíneo pode não p. 50 diferentes experimentam a mesma aceleração. 61-63
ter aceleração mas que um movimento curvilí-
neo tem sempre aceleração. AL 1.2 Forças nos movimentos retilíneos acelerado
2.18 Relacionar, para movimentos retilíneos ace- p. 50 e uniforme
lerados e retardados, os sentidos dos vetores Objetivo geral:
aceleração e velocidade num certo instante. Identificar forças que atuam sobre um corpo, que se move em
linha reta num plano horizontal, e investigar o seu movimento
2.19 Interpretar gráficos força-aceleração e relacio- pp. quando sujeito a uma resultante de forças não nula e nula.
nar gráficos força-tempo e aceleração-tempo. 54, 55
1. Identificar as forças que atuam sobre um carrinho pp.
2.20 Enunciar, interpretar e aplicar a Segunda Lei de pp. 64, 65
que se move num plano horizontal.
Newton a situações de movimento retilíneo ou de 55-57
repouso de um corpo (com e sem força de atrito). 2. Medir intervalos de tempo e velocidades. pp. 64, 65
2.21 Representar os vetores resultante das forças, p. 55 3. Construir um gráfico da velocidade em função do pp.
tempo, identificando tipos de movimento. 64, 65
aceleração e velocidade, num certo instante,
para um movimento retilíneo. 4. Concluir qual é o tipo de movimento do carrinho pp.
2.22 Determinar a aceleração gravítica a partir da p. 56 quando a resultante das forças que atuam sobre ele 64, 65
Lei da Gravitação Universal e da Segunda Lei de passa a ser nula.
Newton. 5. Explicar, com base no gráfico velocidade-tempo, se pp.
os efeitos do atrito são ou não desprezáveis. 64, 65
2.23 Enunciar e aplicar a Primeira Lei de Newton, pp.
interpretando-a com base na Segunda Lei, e 55, 58, 6. Confrontar os resultados experimentais com os pontos pp.
59
associar a inércia de um corpo à respetiva massa. de vista históricos de Aristóteles, de Galileu e de Newton. 64, 65
Subdomínio
Forças e movimentos
Objetivo geral: 3.1 Determinar a aceleração de um grave a par-
3. Caracterizar movimentos retilíneos (uniformes, uniforme- tir do gráfico velocidade-tempo de um movi- pp.
78, 79
mente variados e variados, designadamente os retilíneos de mento real, obtendo a equação das velocidades
queda à superfície da Terra com resistência do ar desprezável (regressão linear), e concluir que o movimento
ou apreciável) e movimentos circulares uniformes, reconhe- é uniformemente variado (retardado na subida
cendo que só é possível descrevê-los tendo em conta a resul- e acelerado na descida).
tante das forças e as condições iniciais.
236
3.2 Interpretar gráficos posição-tempo e veloci- pp. forças, da aceleração e da velocidade, indicando
dade-tempo para movimentos retilíneos uni- 80, 81 o sentido da resultante das forças e da acelera-
formemente variados. ção e identificando como constantes ao longo
do tempo os módulos da resultante das forças,
3.3 Interpretar e aplicar as equações do movi- pp.
da aceleração e da velocidade.
mento uniformemente variado conhecidas a 80, 81
resultante das forças e as condições iniciais 3.14 Identificar exemplos de movimento circular p. 86
(velocidade e posição iniciais). uniforme.
3.4 Concluir, a partir das equações de movimento, p. 81 3.15 Identificar o movimento circular e uniforme com pp.
que o tempo de queda de corpos em queda um movimento periódico, descrevê-lo indicando 87, 88
livre, com as mesmas condições iniciais, é o seu período e frequência, definir módulo da
independente da massa e da forma dos corpos. velocidade angular e relacioná-la com o período
(ou com a frequência) e com o módulo da
3.5 Interpretar os gráficos posição-tempo e velo- pp.
velocidade.
cidade-tempo do movimento de um corpo em 82-84
queda vertical com resistência do ar apreciá- 3.16 Relacionar quantitativamente o módulo da ace- pp.
vel, identificando os tipos de movimento: retilí- leração de um corpo em movimento circular e 88, 89
neo acelerado (não uniformemente) e retilíneo uniforme com o módulo da sua velocidade (ou
uniforme. da velocidade angular) e com o raio da circun-
ferência descrita.
3.6 Definir velocidade terminal num movimento pp.
de queda com resistência do ar apreciável e 82-84 3.17 Determinar o módulo da velocidade de um saté- p. 92
determinar essa velocidade a partir dos grá- lite para que ele descreva uma trajetória circu-
ficos posição-tempo ou velocidade-tempo de lar com um determinado raio.
um movimento real por seleção do intervalo de 3.18 Indicar algumas aplicações de satélites terres- pp.
tempo adequado. tres e as condições para que um satélite seja 91, 92
3.7 Concluir, a partir do gráfico velocidade-tempo, pp. geoestacionário.
como varia a aceleração e a resultante das for- 82-84 3.19 Calcular a altitude de um satélite terrestre, em p. 92
ças ao longo do tempo no movimento de um órbita circular, a partir do seu período orbital (ou
paraquedista, relacionando as intensidades vice-versa).
das forças nele aplicadas, e identificar as velo-
cidades terminais. AL 1.3 Movimento uniformemente retardado:
3.8 Interpretar gráficos posição-tempo e velocidade- p. 85 velocidade e deslocamento
tempo em situações de movimento retilíneo e Objetivo geral:
uniforme e estabelecer as respetivas expressões Relacionar a velocidade e o deslocamento num movimento uni-
analíticas a partir das condições iniciais. formemente retardado e determinar a aceleração e a resultante
das forças de atrito.
3.9 Construir, para movimentos retilíneos uni- pp. 85
formemente variados e uniformes, o gráfico 1. Justificar que o movimento do bloco que desliza pp.
posição-tempo a partir do gráfico velocidade- sobre um plano horizontal, acabando por parar, é uni- 94, 95
tempo e da posição inicial. formemente retardado.
3.10 Interpretar movimentos retilíneos em planos pp. 2. Obter a expressão que relaciona o quadrado da velo- pp.
inclinados ou horizontais, aplicando as Leis de 79, 81 cidade e o deslocamento de um corpo com movi- 94, 95
Newton e obtendo as equações do movimento, mento uniformemente variado a partir das equações
ou analisando o movimento do ponto de vista da posição e da velocidade em função do tempo.
energético. 3. Concluir que num movimento uniformemente retar- pp.
3.11 Associar a variação exclusiva da direção da velo- pp. dado, em que o corpo acaba por parar, o quadrado 94, 95
cidade de um corpo ao efeito da atuação de uma 86, 92 da velocidade é diretamente proporcional ao deslo-
força perpendicular a trajetória em cada ponto, camento, e interpretar o significado da constante de
interpretando o facto de a velocidade de um saté- proporcionalidade.
lite, em órbita circular, não variar em módulo. 4. Medir massas, comprimentos, tempos, distâncias e pp.
velocidades. 94, 95
3.12 Indicar que a força gravítica e a velocidade de pp.
um satélite permitem explicar por que razão 90 5. Construir o gráfico do quadrado da velocidade em fun- pp.
a Lua não colide com a Terra assim como a ção do deslocamento, determinar a equação da reta 94, 95
forma das órbitas dos planetas em volta do Sol de regressão e calcular a aceleração do movimento.
e dos satélites em volta dos planetas.
6. Determinar a resultante das forças de atrito que pp.
3.13 Caracterizar o movimento circular e uniforme p. 86 atuam sobre o bloco a partir da Segunda Lei de 94, 95
relacionando as direções da resultante das Newton.
237
METAS CURRICULARES
Sinais e ondas
Objetivo geral: 1.13 Interpretar um sinal sonoro no ar como resul- pp.
1. Interpretar um fenómeno ondulatório como a propagação tado da vibração do meio, de cuja propagação 119, 120
de uma perturbação com uma certa velocidade; interpre- resulta uma onda longitudinal que se forma por
tar a periodicidade temporal e espacial de ondas periódicas sucessivas compressões e rarefações do meio
harmónicas e complexas, aplicando esse conhecimento ao (variações de pressão).
estudo do som.
1.14 Identificar um sinal sonoro sinusoidal com a p. 121
1.1 Associar um sinal a uma perturbação que p. 110
variação temporal da pressão num ponto do
ocorre localmente, de curta ou longa duração, meio, descrita por P(t) = P0 sin (tt), associando
e que pode ser usado para comunicar, identifi- a amplitude de pressão, P0, à intensidade do
cando exemplos. som originado e a frequência à altura do som.
1.2 Identificar uma onda com a propagação de um p. 110
1.15 Justificar, por comparação das direções de p. 119
sinal num meio, com transporte de energia, e vibração e propagação, que, nos meios líquidos
cuja velocidade de propagação depende de ou gasosos, as ondas sonoras são longitudinais.
características do meio.
1.16 Associar os termos sons puros e sons comple- pp.
1.3 Distinguir ondas longitudinais de transversais, pp.
xos respetivamente a ondas sonoras harmóni- 122, 123
dando exemplos. 111, 112
cas e complexas.
1.4 Distinguir ondas mecânicas de ondas p. 112
1.17 Aplicar os conceitos de frequência, amplitude, pp.
eletromagnéticas.
comprimento de onda e velocidade de propaga- 118, 123
1.5 Identificar uma onda periódica como a que pp. ção na resolução de questões sobre ondas har-
resulta da emissão repetida de um sinal em 113, 114 mónicas, incluindo interpretação gráfica.
intervalos regulares.
1.18 Indicar que um microfone transforma um sinal p. 122
1.6 Associar um sinal harmónico (sinusoidal) ao sinal p. 114 mecânico num sinal elétrico e que um altifalante
descrito por uma função do tipo y = A sin (tt), transforma um sinal elétrico num sinal sonoro.
definindo amplitude de oscilação e frequência
angular e relacionando a frequência angular AL 2.1 Características do som
com o período e com a frequência. Objetivo geral:
1.7 Indicar que a energia de um sinal harmónico pp. Investigar características de um som (frequência, intensidade,
depende da amplitude de oscilação e da fre- 117, 118 comprimento de onda, timbre) a partir da observação de sinais
quência do sinal. elétricos resultantes da conversão de sinais sonoros.
1.8 Associar uma onda harmónica (ou sinusoidal) à pp. pp.
1. Identificar sons puros e sons complexos. 125-128
propagação de um sinal harmónico no espaço, 115, 116,
pp.
indicando que a frequência de vibração não se
118 2. Comparar amplitudes e períodos de sinais sinusoidais. 125-128
altera e depende apenas da frequência da fonte. 3. Comparar intensidades e frequências de sinais sono- pp.
ros a partir da análise de sinais elétricos. 125-128
1.9 Concluir, a partir de representações de ondas, p. 117
que uma onda complexa pode ser descrita 4. Medir períodos e calcular frequências dos sinais pp.
como a sobreposição de ondas harmónicas. sonoros, compará-los com valores de referência e 125-128
1.10 Associar período e comprimento de onda à pp. avaliar a sua exatidão.
periodicidade temporal e à periodicidade espa- 114-116 pp.
5. Identificar limites de audição no espetro sonoro. 125-128
cial da onda, respetivamente. pp.
6. Medir comprimentos de onda de sons. 125-128
1.11 Relacionar frequência, comprimento de onda p. 116
e velocidade de propagação e concluir que a AL 2.2 Velocidade de propagação do som
frequência e o comprimento de onda são inver-
Objetivo geral:
samente proporcionais quando a velocidade de
Determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro.
propagação de uma onda é constante, ou seja,
pp.
quando ela se propaga num meio homogéneo. 1. Medir a velocidade do som no ar (medição indireta). 129-130
1.12 Identificar diferentes pontos do espaço no pp. 2. Comparar o valor obtido para a velocidade do som pp.
mesmo estado de vibração na representação 115, 116 com o tabelado, avaliar a exatidão do resultado e cal- 129-130
gráfica de uma onda num determinado instante. cular o erro percentual.
238
Subdomínio
Eletromagnetismo
Objetivo geral: 2.8 Indicar que um campo magnético pode ter ori- p. 146
2. Identificar as origens de campos elétricos e magnéticos, gem em ímanes ou em correntes elétricas e
caracterizando-os através de linhas de campo, reconhecer as descrever a experiência de Oersted, identifican-
condições para a produção de correntes induzidas, interpre- do-a como a primeira prova experimental da
tando a produção industrial de corrente alternada e as con- ligação entre eletricidade e magnetismo.
dições de transporte da energia elétrica; identificar alguns
marcos importantes na história do eletromagnetismo. 2.9 Caracterizar qualitativamente a grandeza pp.
campo magnético num ponto, a partir da repre- 145-149
2.1 Interpretar o aparecimento de corpos carrega- pp. sentação de linhas de campo quando a origem
dos eletricamente a partir da transferência de 138, 139 é um íman, uma corrente elétrica num fio retilí-
eletrões e da conservação da carga. neo, numa espira circular ou num solenoide, e
indicar a sua unidade SI.
2.2 Identificar um campo elétrico pela ação sobre p. 139
cargas elétricas, que se manifesta por forças 2.10 Identificar campos uniformes (elétricos ou mag- pp.
elétricas. néticos) a partir das linhas de campo. 142, 146
2.3 Indicar que um campo elétrico tem origem em p. 140 2.11 Definir fluxo magnético que atravessa uma pp.
cargas elétricas. espira, identificando as condições que o tor- 150, 151
nam máximo ou nulo, indicar a sua unidade SI e
2.4 Identificar a direção e o sentido do campo elé- p. 140 determinar fluxos magnéticos para uma espira
trico num dado ponto quando a origem é uma e várias espiras iguais e paralelas.
carga pontual (positiva ou negativa) e compa-
rar a intensidade do campo em diferentes pon- 2.12 Identificar condições em que aparecem corren- pp.
tos e indicar a sua unidade SI. tes induzidas (fenómeno de indução eletromag- 151-154
nética) e interpretar e aplicar a Lei de Faraday.
2.5 Identificar informação fornecida por linhas de pp.
campo elétrico criado por duas cargas pontuais 140-142 2.13 Interpretar a produção de corrente elétrica pp.
quaisquer ou por duas placas planas e parale- alternada em centrais elétricas com base na 155, 156
las com cargas simétricas (condensador plano), indução eletromagnética e justificar a vantagem
concluindo sobre a variação da intensidade do de aumentar a tensão elétrica para o transporte
campo nessa região e a direção e sentido do da energia elétrica.
campo num certo ponto.
2.14 Identificar a função de um transformador, rela- p. 156
2.6 Relacionar a direção e o sentido do campo elé- pp. cionar as tensões do primário e do secundário
trico num ponto com a direção e sentido da 142, 143 com o respetivo número de espiras e justificar o
força elétrica que atua numa carga pontual seu princípio de funcionamento no fenómeno de
colocada nesse ponto. indução eletromagnética.
Subdomínio
Ondas eletromagnéticas
Objetivo geral: 3.2 Indicar que uma onda eletromagnética resulta p. 164
3. Compreender a produção de ondas eletromagnéticas e da propagação de campos elétrico e magnético
caracterizar fenómenos ondulatórios a elas associados; variáveis, perpendiculares entre si e perpendi-
fundamentar a sua utilização, designadamente nas comuni- culares à direção de propagação da onda.
cações e no conhecimento da evolução do Universo.
3.1 Associar a origem de uma onda eletromagnética p. 164 3.3 Identificar o contributo de Maxwell para a teoria pp.
das ondas eletromagnéticas e de Hertz para a 164, 165
(radiação eletromagnética ou luz) à oscilação de
uma carga elétrica, identificando a frequência produção e a deteção de ondas eletromagnéti-
da onda com a frequência de oscilação da carga. cas com grande comprimento de onda.
239
METAS CURRICULARES
3.4 Interpretar a repartição da energia de uma p. 166 3.17 Indicar que as ondas eletromagnéticas possibi- p. 181
onda eletromagnética que incide na superfície litam o conhecimento da evolução do Universo,
de separação de dois meios (parte refletida, descrito pela teoria do big bang, segundo a qual
parte transmitida e parte absorvida) com base o Universo tem estado em expansão desde o
na conservação da energia, indicando que essa seu início.
repartição depende da frequência da onda inci- 3.18 Identificar como evidências principais do big p. 181
dente, da inclinação da luz e dos materiais. bang o afastamento das galáxias, detetado
3.5 Aplicar a repartição da energia a radiação solar p. 167 pelo desvio para o vermelho nos seus espetros
incidente na Terra, assim como a transparência de emissão (equivalente ao efeito Doppler) e a
ou opacidade da atmosfera a ondas eletromag- existência de radiação de fundo, que se espa-
néticas com certas frequências, para justifi- lhou pelo Universo quando se formaram os
car a fração da radiação solar que é refletida primeiros átomos (principalmente hidrogénio e
(albedo) e a que chega à superfície terrestre e hélio) no Universo primordial.
a importância (biológica, tecnológica) desta na
vida do planeta. AL 3.1 Ondas: absorção, reflexão, refração
e reflexão total
3.6 Enunciar e aplicar as Leis da Reflexão da Luz. p. 168
Objetivo geral:
3.7 Caracterizar a reflexão de uma onda eletro- p. 169
Investigar os fenómenos de absorção, reflexão, refração e refle-
magnética, comparando as ondas incidente e
xão total, determinar o índice de refração de um meio em relação
refletida usando a frequência, a velocidade, o
ao ar e prever o ângulo crítico.
comprimento de onda e a intensidade, e iden-
tificar aplicações da reflexão (radar, leitura de 1. Avaliar a capacidade refletora e a transparência de pp.
códigos de barras, etc.). diversos materiais quando neles se faz incidir luz e a 185-187
diminuição da intensidade do feixe ou a mudança da
3.8 Determinar índices de refração e interpretar o pp. direção do feixe de luz.
seu significado. 170, 171
2. Medir ângulos de incidência e de reflexão, pp.
3.9 Caracterizar a refração de uma onda, compa- p. 171 relacionando-os. 185-187
rando as ondas incidente e refratada usando pp.
3. Medir ângulos de incidência e de refração. 185-187
a frequência, a velocidade, o comprimento de
onda e a intensidade. 4. Construir o gráfico do seno do ângulo de refração em pp.
função do seno do angulo de incidência, determinar a 185-187
3.10 Estabelecer, no fenómeno de refração, rela- p. 171
equação da reta de ajuste e, a partir do seu declive,
ções entre índices de refração e velocidades
calcular o índice de refração do meio em relação ao ar.
de propagação, índices de refração e compri-
mentos de onda, velocidades de propagação e 5. Prever qual e o ângulo crítico de reflexão total entre pp.
comprimentos de onda. o meio e o ar e verificar o fenómeno da reflexão total 185-187
para ângulos de incidência superiores ao ângulo crí-
3.11 Enunciar e aplicar as Leis da Refração da Luz. p. 172
tico, observando o que acontece a luz enviada para o
3.12 Explicitar as condições para que ocorra refle- pp. interior de uma fibra ótica.
xão total da luz, exprimindo-as quer em função 173, 174
6. Identificar a transparência e o elevado valor do índice pp.
do índice de refração quer em função da veloci-
de refração como propriedades da fibra ótica que 185-187
dade de propagação, e calcular ângulos limite.
guiam a luz no seu interior.
3.13 Justificar a constituição de uma fibra ótica p. 174
com base nas diferenças de índices de refração AL 3.2 Comprimento de onda e difração
dos materiais que a constituem e na elevada Objetivo geral:
transparência do meio onde a luz se propaga Investigar o fenómeno da difração e determinar o comprimento
de modo a evitar uma acentuada atenuação do de onda da luz de um laser.
sinal, dando exemplos de aplicação. 1. Identificar o fenómeno da difração a partir da obser- pp.
3.14 Descrever o fenómeno da difração e as condi- pp. vação das variações de forma da zona iluminada de 188-190
ções em que pode ocorrer. 175, 176 um alvo com luz de um laser, relacionando-as com a
3.15 Fundamentar a utilização de bandas de fre- pp. dimensão da fenda por onde passa a luz.
quências adequadas (ondas de rádio e micro- 177, 178 2. Concluir que os pontos luminosos observados resultam pp.
-ondas) nas comunicações, nomeadamente da difração e aparecem mais espaçados se se aumen- 188-190
por telemóvel e via satélite (incluindo o GPS). tar o número de fendas por unidade de comprimento.
pp.
3.16 Descrever qualitativamente o efeito Doppler pp. 3. Determinar o comprimento de onda da luz do laser. 188-190
e interpretar o desvio no espetro para compri- 179, 180 4. Justificar o uso de redes de difração em espetrosco- pp.
mentos de onda maiores como resultado do pia, por exemplo na identificação de elementos quími- 188-190
afastamento entre emissor e recetor, exempli- cos, com base na dispersão da luz policromática que
ficando com o som e com a luz. elas originam.
240
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