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A BENDITA CHUVA...

José Carlos Ramires


19/Set/2012, no dia em que
uma chuva nos abençoou
nos estertores deste
inverno quente...

A chuva chegou... O cheiro virgem da terra molhada surgiu como que num
encanto... O cheiro da terra encharcada anunciando a chegada da água, sem ao menos
sabermos...
Enfim, nos estertores de um inverno calorento, seco, entediante e irritante, chega
neste inverno infernal a tão bendita água, a água que por certo concede a vida, empresta
a alegria, comunicando aos nossos corações o prazer da alegria do viver. Água, bendita
água, a fonte da vida, da vida de todos nós, seres vivos animados e dos seres vivos
inanimados, porque não? Viva o Cheiro da Terra... Viva o cheiro da terra molhada,
libertada que foi dos grilhões da secura que aos poucos estavam, lentamente, animais e
plantas matando, e consumindo...
Viva a alegre vida da água caindo dos céus. Gotas abençoadas como as contas de
um rosário, de um rosário de águas em gota caindo sobre a seca terra. A água que lavou
o chão, que correu pelo chão, que como um ribeirão, mais à frente, inicia uma carreira
gloriosa num rio vigoroso, levando vida e saúde a todos os viventes deste planeta de
nome Terra, que por certo deveria ser Planeta Água, como na verdade o é...
Água caindo dos céus, lavando e limpando o ar, lavando o seco chão, lavando
nossos corpos e nossas almas. Uma água revigorante, revivendo a vontade de viver.
Água em que, ao mesmo tempo nos benze e nos lava, por fora e por dentro, das
impurezas reais e imaginárias...

Água força viva da vida, de tudo e de todos. A mesma água que, se bravia nos
mata, nos afoga, nos enterra, mas que ao mesmo tempo nos conforta, nos apazigua e nos
acalma. O barulho do escoar das águas em corredeiras e cachoeiras, nos acalma e nos
deleita, junto aos sons das gotas e pingos da chuva caindo nos tetos das casas, como
num borbulhar constante de sabor, de odor e de vida. O ruído de chuva no farfalhar
entre as árvores. O seu ruído no bater abençoado das gotas no solo, acalmando a dor da
secura... Água trazendo vida e conforto... Matando a sede dos cautos, dos incautos e dos
inocentes...

Água, bendita água que nos protege e vida nos dá. De graça e sem cobrar, mas
que, por ganância e por descuido, dela não cuidamos. Dela não nos preocupamos. E nela
jogamos todas as nossas dores e sujeiras, nosso esgoto e nosso lixo... E assim
lentamente, matamos nossas fontes, nossas nascentes, nossos regatos, nossos rios, lagos
e por fim até os mares destruiremos se dela, da água, não nos preocuparmos...
Façamos da Água, fonte da Vida, a nosso motivo do Viver e nunca o motivo do
morrer...

A todos os meus queridos anastacianos, a graça e a benção de todas as águas do


mundo desejo, deste e de outro, que se encontra, com certeza, em nossas mentes e em
nossos corações...

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