Tradutora: Andreia M. Revisão/Leitura Final: Caroline Formatação: Andreia M. Sinopse
Resgatada pelos humanos e gladiadores da Casa de Galeno, Ryan
Nagano está trabalhando duro para reconstruir sua vida. Suas prioridades estão conquistando sua ansiedade, recuperando-se de seu cativeiro e usando suas excepcionais habilidades com o computador para ajudar a Casa de Galen a descriptografar dados extraterrestres que poderiam revelar a localização de outros humanos raptados. Isso é tudo em que ela está focada. Mas quando ela precisa de ajuda, ela se vê tendo que trabalhar com o gênio arrogante Zhim ... e descobre que os dois redefinem a palavra explosivo. Zhim prospera na necessidade de descobrir informações e garantir que sua vida rica e cuidadosamente truída seja exatamente como ele quer. Então uma ameaça enfurecedora de uma mulher explode em sua vida. Ryan combina sua habilidade com habilidade, enlouquecedora e deixa seu caminho sob sua pele. Mas forçado a levá-la profundamente no sombrio submundo hacker de Kor Magma, Zhim logo aprende exatamente o que ele está disposto a arriscar para manter Ryan segura. Os dedos dela voavam através da tela em uma dança mais complicada do que qualquer concerto de piano. Ryan Nagano curvou-se sobre o computador. - Vem cá Neném. Vamos Não demoraria muito para que ele pegasse seu sistema de hackear. Ela tinha que fazer isso. Rápido. Ela tocou a tela novamente. Ali. Imagens bonitas de gatos da Terra preenchiam a tela. Começaram a se multiplicar, repetidamente. Ela se sentou em sua cadeira, sorrindo. O comerciante de informação premier do planeta do deserto de Carthago não estaria vendo nada além de gatinhos fofinhos em suas telas por um tempo. Tome isso, info-boy. Um segundo depois, apareceu uma mensagem na tela. Você me provocou bruxa. Houve várias maldições que se segEu me vingarei. - Sim, sim. - murmurou Ryan. - Yadda, yadda. - Ela tocou a tela novamente. Se ela não fosse cuidadosa, ele voltaria ao seu hack e entraria no seu sistema. Ele tinha algumas habilidades muito lisas. Ela tocou a tela uma última vez. Uma foto de Zhim abraçando um gatinho cinza apareceu. Ela riu e desconectou o link. Ela passara muito tempo editando essa imagem, mas valia a pena. Ryan imaginou o rosto havaiano de Zhim enquanto olhava para a imagem. Ela riu novamente. Deus, era tão bom rir. O som desapareceu, e ela cruzou as mãos no colo. Ela olhou ao redor da sala escura, com a estranheza de seu entorno. De repente, era muito fácil lembrar que ela estava a poucos anos da Terra. Um dia, ela estava executando os sistemas de computador em uma estação espacial científica em órbita em Júpiter, e a seguir, ela havia sido abduzida por escravagistas alienígenas chamados de Thraxians. Ela envolveu seus braços em torno de si mesma e estremeceu. Agora você está segura, Ryan. Você foi resgatada. Você está na Casa de Galen. Você está no seu... escritório. Ok, não era realmente um escritório. Era apenas um canto da área de manutenção no porão da casa dos gladiadores, mas era seu espaço, e ela gostava disso. Após seu sequestro, ela foi vendida para a horrível arena de luta do deserto, Zaabha. Seu peito apertou, suas respirações entrando em rajadas oprimidas. Quando eles perceberam suas habilidades informáticas, eles a colocaram no seu sistema de computador. Nessas telas, ela tinha visto tanta violência e brutalidade que não podia mais aguentar. Ryan sorriu sombriamente, pensando em seus vários esforços de sabotagem. Ela não era mais... a prisioneira obediente. Como resultado, ela tinha sido vendida novamente, para uma espécie ainda pior, antes de finalmente ser resgatada pelos outros sobreviventes humanos e os gladiadores que os ajudavam. Seus colegas humanos eram tudo o que tinha lhe restado. E os gladiadores, é claro. Homens e mulheres fortes e poderosos, que fariam qualquer coisa para manter os humanos seguros. Algumas das mulheres da Terra até se apaixonaram por gladiadores alienígenas. Esse pensamento fez Ryan sorrir. A felicidade poderia ser encontrada, mesmo longe de casa. E, Ryan se lembrou, que estava segura. Ela respirou profundamente, como os curandeiros lhe ensinaram. Os curandeiros da Casa de Galen Hermia eram incríveis. Uma espécie de alienígenas altos, esbeltos e sem gênero que poderiam manipular energia biológica e que eram essencialmente os médicos deste planeta. Eles também lhe deram alguns medicamentos suaves e calmantes para ajudá-la a lidar com a ansiedade. Ela não gostava de tomá-los, mas tinha que admitir que a faziam sentir-se melhor. Sobretudo, mataria por uma boa noite de sono, sem pesadelos, seguido de um dia livre de ansiedade. A única vez que ela se sentia bem era quando ela estava no computador, mexendo com um comerciante de informações insanamente inteligente e arrogante. - Está tão escuro aqui. - uma voz feminina se queixou. As luzes acenderam. Ryan piscou ao fluxo de luz. Sua nova amiga, Rory, estava na entrada, a luz iluminando seus cabelos vermelhos e barriga de grávida. - Oi, Rory. - Estou aqui para te levar. – A antiga engenheira da estação espacial avançou. – Para o ar fresco e a luz do sol, e observar corpos masculinos quentes e suados na arena de treinamento, são apenas a receita que você precisa. - Não posso sair. - disse Ryan. - Eu ainda estou tentando obter todos os dados que roubamos do Srinar. Rory olhou para a tela e sua boca se contraiu. - Mesmo? A imagem de Zhim com o gato ainda estava ali. Ryan estendeu a mão e tocou a tela, calor queimando em suas bochechas. A imagem desapareceu, e, em vez disso, uma bola azul brilhante com os dados aninhados apareceu no centro da tela. Agora, Rory franziu a testa. - O que é isso? - Esses são os dados. Está criptografado de uma maneira que nunca vi antes. Eu consegui com facilidade as primeiras camadas de dados, mas então acertei isso. Está emaranhado, e continua mudando, e ainda não encontrei uma maneira de entrar nisso. Quando ela foi vendida a última vez, ela terminou em um campo de Caça Srinar, no deserto. Ela estremeceu ao pensar nas plantas e animais mortíferos que ela tinha sido obrigada a fugir. Os Srinar eram aliados dos Thraxians e tão malvados quanto. Os alienígenas devastados por pragas não pensavam só em escravizar pessoas, também os obrigavam a caçar e a lutar por seu fodido prazer e lucro. Ryan respirou profundamente. Os gladiadores da Casa de Galen a libertaram de uma prisão grosseira. Ela estremeceu novamente. Durante o seu resgate, ela cortou o sistema de computador dos Srinar, desligando seus pequenos jogos de caça e, ao mesmo tempo, roubou seus dados. Ryan agora estava passando por eles, tentando encontrar informações sobre qualquer outro ser humano que pudesse estar lá fora. - Eu não posso sair. Eu não posso sair e me divertir, não quando eu sei que Dayna ainda está lá fora. Pobre Dayna passou tanto quanto Ryan. Agarrada dentro dos muros da Casa de Galen, a ex-detetive policial estava perdida em algum lugar do planeta. - E também temos que localizar Neve. - A outra mulher que os ajudou a escapar dos campos de caça, mas se recusou a sair com eles e simplesmente se afastou depois. Ryan ainda estava perplexa com o motivo de Neve não ter vindo com eles. O rosto de Rory suavizou. - Eu quero encontrar Dayna e Neve tanto quanto você, mas você precisa descansar, Ryan. Você passou por um momento difícil, e você precisa se recuperar.Você precisa rir um pouco. Ryan se moveu na cadeira. Todos na Casa de Galen estavam dolorosamente conscientes de seus gritos noturnos, e ela tinha alguns ataques de pânico durante o dia. - E os gladiadores meio nus e suados vão ajudar? Os lábios de Rory se contraíram. - Eles são um bom começo. - Ela agarrou o ombro de Ryan. - Você precisa viver um pouco. Encontre algumas coisas boas, coisas para você, entre todas as coisas estranhas e esmagadoras. Bem, Ryan ria com as suas provocações a Zhim. - Você ligou para a Terra? - Perguntou Rory. Ryan assentiu. Zhim criou tecnologia que lhes permitiu usar micro buracos de minhocas para entrar em contato com a Terra. A tecnologia era incrível. Tinha feito uma ligação breve e falou com seus pais. - Falei com minha mãe e meu pai. - E o seu noivo? - Rory levantou uma sobrancelha. Deus, Ryan se arrependeu de mencionar Charlie. - Ainda não. Logo. - Não havia como voltar para a Terra, então ela sabia que precisava terminar com ele oficialmente. - Enquanto isso, você deve fazer uma lista de todas as coisas que deseja experimentar. Você precisa abraçar sua nova vida. Ryan assentiu. Rory estava certa. Ela bateu na tela e abriu uma lista. - Essa é uma excelente ideia. Eu quero segurar uma espada. - Os dedos dela tocaram. - Eu quero assistir todo tipo de luta na Arena Kor Magna. - Tudo em Carthago se centrava em torno da antiga Arena. Os gladiadores faziam lutas espetaculares e os espectadores vieram de todo canto da galáxia para assistir. - Eu quero ir a um dos casinos no distrito. - O distrito estava cheio de arranha-céus altos e brilhantes, casinos, e você nomeia o vício, você poderia encontrá-lo lá. Era Las Vegas no planeta de Carthago. - Bom. - Rory inclinou um quadril contra a mesa. - Você tem algo para comer aqui embaixo? Ryan balançou a cabeça. A mulher sempre estava comendo. Rory balançou a mão. - O que mais você está adicionando à sua lista? - Eu ainda não tenho certeza. Os olhos da ruiva brilhavam. - E se você fizer uma segunda lista? Ryan franziu a testa. - Para quê? - Por coisas que você gostaria de tentar no futuro. Coisas que eu aposto que você nunca fez com seu noivo. Calor fez as bochechas de Ryan brilhar. - Uma lista de sexo ? - Sim. Confie em mim. Não há nada como sexo incrível com um homem lindo e muitos orgasmos, para ajudá-la a se sentir melhor. - Rory piscou. - Estou falando por experiência. - Eu não posso... - Ryan interrompeu. Ela e Charlie tinham caído em seu relacionamento. O sexo tinha sido, bem, sem brilho era a palavra que veio à mente. Ambos tinham empregos ocupados, e o sexo não era frequente, e isso era antes de Ryan ter saído por um período longo no espaço. Sempre foi um jantar, seguido de sexo na mesma posição na casa de Charlie. Ele sempre colocava a mesma música. Uma lista de sexo. Só porque ela escrevia algumas coisas, não significava que ela tivesse que se precipitar em qualquer coisa. Ela viu o brilho nos olhos de Rory, e uma excitação a encheu. - Sexo quente com um alien quente.- Ryan digitou as palavras. - Ai está. - Sexo fora… Rory soltou uma risada. - Eu gosto do seu modo de pensar. Ryan deixou sua mente ficar selvagem, tocando em algumas de suas fantasias mais secretas. Palmadas. Jogo de interpertação (talvez o professor severo e estudante universitário malvada?) Sexo em uma posição chamada Butter Churner. Ela tinha lido sobre isso em uma revista e tinha ficado intrigada. Ela riu, meio cheia de vergonha, e metade divertida por tal liberdade. - Bom. - Rory deu um aceno, sua mão esfregando a barriga dela. - Agora, é hora daquele sol e do ar fresco. Ryan salvou suas novas listas, armazenando-as com segurança nas nuvens on-line o que ela estava escrevendo. Era outra sugestão dos curandeiros Hermia, para ajudá-la a superar seu sequestro. O nó de dados apareceu na tela e seu intestino apertou. Ela se sentiu culpada de tomar o tempo para fazer uma lista de sexo estúpida quando Dayna e Neve estavam lá, em algum lugar, sofrendo e talvez até com dor. - Eu não posso sair. Há mais trabalho... - Sem desculpas. - Rory agarrou sua mão e puxou-a para fora de seu assento. Relutantemente, Ryan deixou Rory levá-la para fora da sala dos sistemas, e eles atravessaram os corredores de pedra da Casa de Galen. Ela amava a pedra cremosa e a sensação antiga do lugar. Embora houvesse uma tecnologia incrível aqui, a Arena Kor Magna tinha essa sensação do velho mundo que a fazia pensar na Roma Antiga. Ela olhou para as enormes telas de parede vermelhas e cinzas que passaram. Todas mostravam cenas de gladiadores lutando na arena, segurando espadas, machados e redes. Eles passaram por vários trabalhadores da casa, e depois alguns recrutas de gladiadores, todos com arneses de couro e couros de luta. Logo, Rory arrastou Ryan para a arena de treino. O pequeno oval de areia estava rodeado por corredores arqueados. - Veja. - Rory sorriu. - Esta não é uma compensação ruim por não ter um caminho de volta à Terra. Ela tinha um ponto. Ryan pegou os peitos musculosos e nus dos gladiadores que lutavam na areia. Eles estavam sujos com suor, com os músculos cheios enquanto balançavam suas armas. Ela ouviu um choque de espadas, seguido por alguns grunhidos distintamente femininos. Seu olhar caiu em duas mulheres perto, lutando ferozmente. Saff era uma linda gladiadora alienígena, com pele escura, brilhante e cabelo preto em uma massa de tranças. Ela pulou, jogando um dispositivo em forma de ovo. Voou pelo ar em direção ao oponente, explodindo para fora em uma rede. A outra mulher mergulhou, atravessou a areia e se levantou. Ela balançou suas espadas gêmeas em Saff. Embora ela parecesse cada centímetro gladiadora, Harper era humana. Uma ex-membro da equipe de segurança na Estação Espacial Fortune, ela foi a primeira ser humana a ser resgatada pela Casa de Galen. E a primeira mulher da Terra a se apaixonar por um gladiador alienígena. Dois homens apareceram, movendo-se rapidamente pela areia. Um segurava uma espada, enquanto o outro carregava uma barra metálica. Raiden era o homem de Harper, e com seu corpo grande, tatuagens intrincadas cobrindo sua pele, e sua capa vermelha que ficava atrás dele, ele era uma visão impressionante. Seu parceiro de luta, Kace, por outro lado, era alto, com um rolamento direto e um rosto limpo, ajustado em linhas de concentração. - Vai, querido. - gritou Rory. Kace era o amante de Rory e o pai do filho que carregava. Um flash de azul capturou a atenção de Ryan. Um alienígena de pele azul estava lutando no centro da arena. Vek tinha sido resgatado dos terríveis ringues de luta subterrâneos. Ele tinha sido forçado a competir em brigas até a morte por anos. Seu corpo musculoso estava coberto de marcas semelhantes a tatuagens escuras e ele estava lutando com dois garfos perversos. Ele soltou um rugido e se lançou em seu atacante. Mas enquanto ele lutava, Ryan podia ver que ele estava no controle total, e não havia nenhum sinal das terríveis raivas que ele sofria depois que ele foi libertado pela primeira vez. Isso foi em grande parte devido ao fato de ele ter se acasalado recentemente com Mia, outra sobrevivente humana. Ela ajudou a curá-lo e salvá-lo. Ryan respirou fundo. Ela definitivamente não estava mais na Terra. Ela segurou os braços abertos, desfrutando a sensação de luz solar em sua pele. Talvez Rory tenha razão. Ryan precisava sair mais. Ela esteve trancada em uma sala em Zaabha por muito tempo. Para não mencionar os espancamentos e os dias sem comida. Seu pulso fraquejou, ela forçou as lembranças feias. A última coisa que ela precisava agora era um ataque de pânico. Ela olhou para os dois sóis quentes, pendurados no céu azul pálido. A luz ficou mais brilhante aqui. Ela olhou para o horizonte e viu as brilhantes torres de vidro do distrito, além das antigas paredes de pedra da enorme Arena Kor Magna. - Bom dia. A voz profunda fez sua vez, e o homem encarregado veio à vista. O rosto acidentado de Galen estava dominado por uma cicatriz pesada e um remendo de olho preto sobre o olho esquerdo. Ele usava uma camisa preta e cintilante que se agarrava aos abdominais apertados, e um manto preto caía de seus ombros. Como sempre, ele era uma figura imponente e a fez querer cumprimentar. - Dia. - ela respondeu. - Como os dados estão indo? Rory jogou um braço. - Ela está fazendo uma pausa, G. - Tudo bem. - disse Ryan. - Indo lentamente. Eu bati em alguma criptografia que é diferente de qualquer coisa que eu já vi antes. Galen deu um pequeno aceno de cabeça, seu olhar único e gelado se estreitando. Havia algo tão distante sobre o homem, como se ele se separasse de tudo ao seu redor. De repente, uma porta no final do corredor se abriu e Ryan pulou. Ela virou a cabeça e viu Zhim entrar. Uh-oh. O vendedor de informações estava vestido de preto, e seu cabelo preto estava solto hoje, escovando os ombros. Com seu rosto havaiano, ele parecia um maraudista espaço-pirata, atravessando o cockpit de seu navio. Galen suspirou. - O que você fez para irritá-lo desta vez? Ryan cruzou os braços sobre o peito. - Ele mereceu. Ele tentou roubar dados do sistema da Casa de Galen. - Dados que você originalmente roubou dele, eu suponho. Ela limpou a garganta. - Isso está fora do ponto. De qualquer forma, eram apenas imagens de gatinhos. - Galen, essa mulher é uma ameaça. - A voz de Zhim era um pouco ruim. Ele parou na frente deles, seus olhos de nebulosa único brilhando enquanto olhava para Ryan. Eles eram um azul-verde deslumbrante, polvilhado em preto. Cara, o cara tinha olhos lindos. E um corpo de nadador longo e magro que notara uma ou duas vezes. Ryan endureceu, e empurrou os pensamentos com força. Não importava o que ele parecia, porque era uma verdadeira vergonha sobre sua personalidade. - Foi só algumas fotos engraçadas, info-boy. - disse Ryan. - Pegue uma limonada. Sua testa dobrou. - Pegue um quê? Rory sorriu. - Ela quer dizer para você relaxar. Então, de repente, ele relaxou. Seus ombros tensos se afrouxaram, e um grande sorriso virou o rosto de nervoso para bonito. Um sino de advertência tocou na cabeça de Ryan. Ela não confiava nesse sorriso. Zhim baixou a voz, o olhar dele se concentrou nela. - Eu avisei que eu me vingaria. Seus olhos se arregalaram. - O que você fez? Ele encolheu os ombros. Maldito seja o homem. Ela girou e correu para o computador. Ele seguiu Ryan através dos corredores da Casa de Galen. Ela era uma mulher irritante. Sempre encontrando maneiras de picar e irritar. Mas quando eles entraram em seu pequeno espaço de computador na área de manutenção, ele balançou a cabeça. Ele olhou para o sistema que ela montou. Drak, ela era boa com eletronicos. Especialmente porque a maior parte dela fora estranha até alguns meses atrás. Ele observou sua cabeça ir para suas telas. Estava claro que Galen tinha comprado uma boa tecnologia para ela. Ela se inclinou para deslizar uma das telas, e o olhar de Zhim caiu em sua bunda sob suas calças. Ele franziu o cenho e desviou o olhar. Ele não tinha vontade de encarar o traseiro da pequena mulher da Terra. - Tudo está bem. - Seu tom era suspeito. Zhim ergueu a mão e balançou a cabeça. – Ai é? Ryan franziu o cenho para ele. Ela tocou na tela para fazer login no sistema dela. - Acesso negado. - uma voz modulada disse. Ela tentou novamente. - Acesso negado. Linhas vincavam sua testa. - Não sei o que você fez, mas posso ignorá- lo. Ele levantou uma sobrancelha. Ryan começou a tocar e murmurando para si mesma. Zhim sorriu, sentindo-se muito satisfeito consigo mesmo. Ele não se divertia assim em muito tempo. Ele não admitiria que tinha passado várias horas a piratear seu sistema e a trabalhar para bloqueá-la. Ele ouviu o murmúrio, sua voz baixa. De sua pesquisa, ele aprendeu o entusiasmo porque ela veio de um lugar na Terra chamado Atlanta, na Geórgia. Com um silvo afiado, Ryan caiu em sua cadeira e sorriu. - Maldito seja, posso quebrar isso, mas demorará horas. Qual é a senha? - Por que eu deveria te dizer isso? - Zhim! - Sem mais fotos dessas criaturas fofas estranhas. - Tudo bem. Ele assentiu. - A senha é Zhim é incrível. Ela atirou em punhinhos para ele, e relutantemente a digitou. A tela esclareceu e viu os dados do Srinar na tela - uma bola brilhante e atada. Ele franziu a testa. - Alguma sorte quebrando os dados? Ela balançou a cabeça. - Você? - Ainda não. É muito mais complexo do que esperaria dos Srinar. - Estava provando um grande desafio. - É como uma maldita cebola. - disse Ryan. - Camadas em camadas. E cada vez que eu descasco um pouco em volta, acho que está interligado com outro, e eu quero gritar. Zhim não tinha idéia do que era uma cebola, mas ele não podia discutir com a analogia dela. Ela segurou as mãos como uma bola. - Eu posso passar por algumas camadas, mas, assim quando eu acho que eu retirei uma. - ela ergueu a mão - … ela se encaixa no lugar. - Ela encostou suas mãos juntas. - Exatamente. - disse ele. - Essa é uma descrição perfeita disso. Eu também não tive muita chance em romper os fios interligados. – Era bom ter alguém para entender o que ele estava falando, para uma mudança. Geralmente, os gladiadores queriam que ele falasse em termos muito simples. Eles entendiam sobre espadas e eixos, não sobre sistemas de computador. - Eu preciso encontrar Dayna. - disse Ryan. - Ela merece ser livre. Ela sofreu o suficiente. Por dentro, Zhim concordou com ela. Todas essas mulheres da Terra sofreram o suficiente. Ele viu as sombras tropeçar pelos olhos escuros de Ryan e sentiu suas próprias sombras se mexerem. - Quem sabe o que está sofrendo? Golpes, sem comida, ferida... - A voz de Ryan interrompeu, suas respirações entrando e saindo de seus pulmões. Ela apertou uma mão trêmula no peito e viu seu rosto ficar pálido. Drak. Sua angústia bateu no centro das memórias que ele preferiria esquecer. - Tenha calma. - Ele hesitou, ele estendeu a mão e tocou seu ombro. Ela empurrou. Drak, ele não tinha idéia de como acalmar seu ataque. – Reduza a sua respiração, ou você vai desmaiar. Ela deixou cair a cabeça para frente e respirou trêmulamente. Estudou a minúscula nuca do pescoço e, incapaz de parar-se, acariciou sua pele. - É isso aí. Dentro e fora. Lento e calmo. Passaram-se alguns minutos, e quando ela levantou a cabeça, sua cor estava de volta. Ele afastou a mão dele e limpou a garganta. Ela parecia envergonhada. Zhim preferia que ela o deixasse louco do que mostrar a ele essa fraqueza. - Desculpe. - ela murmurou. - Tenho certeza de que é exatamente o que você queria. Uma mulher histérica. - Você não é histérica. - Ele fez uma pausa. - Isso acontece muito? - Não tanto quanto antes. - Seu queixo levantou. - Os ataques de pânico vão passar. Ele assentiu. Mas saber que as outras mulheres humanas estavam lá, sofrendo, não ajudava. - Eu tenho uma proposta para você. Vamos combinar forças, e ver se podemos rachar esses dados juntos. - Trabalhar juntos? - Seu tom era cético. - Eu prometo, eu não mordo. Ela bufou e bateu em uma cadeira, a empurrando para ele. Zhim sentou-se e parou ao lado dela. - Eu tenho um novo programa em que trabalhei. Ele atravessa camadas de dados para encontrar uma maneira de entrar. Eu chamo isso de broder. Eu o nomeei depois dos ferreiros da morte que os gladiadores encontraram nas terras do deserto. Ryan fez uma careta. - Eu escutei as histórias sobre os ferreiros da morte surgindo pela areia, e preferiria nunca ver um em pessoa. - Ela assentiu com a cabeça para o computador. - Mostre-me esse broder. Começaram a trabalhar em conjunto, um ajudando o outro em algum ponto. Ele chamou seu programa de perfuração de dados, e ela lançou algumas ideias para ele quando ele começou a trabalhar. Boas ideias também. Ryan Amaya Nagano tinha uma mente rápida. Zhim fez uma pausa para empurrar as mangas. - Nós poderíamos tentar um divisor de código de luma modulante. - Mostre-me. Ele falou com ela e observou-a rapidamente. Eles o definiram para trabalhar com os dados, mas batiam em parede após a parede. A criptografia nos dados do Srinar era difícil. - Merda. - Ryan bateu uma palma contra a mesa. - Precisamos dar tempo à broca dos dados. - Ele virou a cabeça e ela fez o mesmo. Ele encontrou-se com o nariz a um sussurro do dela. O cheiro fresco e cítrico dela encheu seus sentidos. Ela piscou e puxou para trás. Zhim limpou a garganta, mas manteve seu olhar nela. Ele percebeu o quanto mais relaxada ela parecia agora. As sombras em seus olhos haviam recuado pelo momento. Ela colocou um fio de cabelo atrás de sua orelha. - Ah, obrigado pela ajuda, Zhim. Mas só para que você saiba, eu estou mudando minha senha de volta. Ele sorriu e se levantou. - Nunca esperei nada mais. Deixe-me saber se o broder nos der alguma coisa nova. - Ele virou-se para sair. - Zhim? Ele olhou para trás. Ela estava de pé, brincando com a camisa. - Eu gostaria de fazer uma ligação à Terra. Ele havia melhorado a tecnologia da minhoca dez vezes, e agora poderia colocar chamadas de áudio ao vivo na Terra, e não apenas enviar mensagens. - Muito bem. - disse ele. - Eu vou providenciá-lo. Para quem você esta ligando? - Meu noivo. Noivo? Zhim endureceu. Ele conhecia a palavra das outras mulheres da Terra. Era o homem com quem Ryan planejava se casar. O homem com quem ela estava apaixonada. - Envie-me os detalhes e eu providenciarei para mais tarde hoje. Venha para o meu apartamento. Ela assentiu. - Obrigada. Ryan estava apaixonada por alguém. Enquanto Zhim saiu, ele afastou o sentimento perturbador em seu intestino. Ela não era nada para ele, e ele tinha aprendido muito jovem que o amor e o cuidado eram emoções muito perigosas. Além disso, ele tinha coisas para fazer, informações para descobrir, e não há tempo de sobra para uma pequena e irritante mulher da Terra.
***
Ryan contornou alguns alienígenas maciços na calçada. - Obrigada por
me escoltar. Blaine Strong sorriu para ela, seus dentes brancos contra sua pele de escura. - Meu prazer, Ryan. É bom que possamos ligar de volta à Terra. Eu ligo para a minha irmã quando posso. Blaine tinha, como Harper, sido um segurança na estação espacial. Ele era o único homem humano a ter sobrevivido ao ataque de Thraxian. Depois de suportar os violentos ringues de luta subterrâneos do Srinar, ele foi resgatado pela Casa de Galen. - Você sente falta de sua família? - Perguntou ela. - Sim, mas agora tenho uma nova casa. - Seu sorriso aumentou. Com Saff. Ryan não podia argumentar que os dois faziam um casal excepcional, e Ryan estava feliz por ele. Ela sentia falta dos pais dela - sua mãe da Southern Belle e seu pai empresário japonês-americano. Ela suspirou. Pelo menos, ela poderia conversar com eles. Entraram no distrito. Edifícios lançados no céu, e as luzes e outdoors apareceramm piscando de todas as superfícies. A calçada estava repleta de pessoas de todas as espécies diferentes. Ela amava o distrito - o brilho, o glamour e a ação. Havia tanto para ver, e tantas pessoas diferentes para assistir. E estava morrendo de fome por uma noite em um dos casinos. Em breve, Blaine levou-a para um edificio. No interior, o lobby estava acabado com azulejos lustrosos, e gritava elegância e riqueza. Ele a conduziu a um elevador que parecia uma bolha de vidro gigante, tocou alguns controles, e então eles estavam subindo. Quando as portas se abriram, Zhim os esperava. Seu cabelo preto foi puxado para trás e amarrado na base do pescoço dele. Ele estava vestindo calças soltas e pretas e uma camisa branca e fluida que mergulhava baixo na frente, dando a ela um vislumbre de pele lisa e bronzeada. Ela deixou cair o olhar e viu que estava com os pés descalços. Ele tinha bons pés. Ela balançou a cabeça. Quando diabos ela começou a perceber os pés descalços de um homem? Claramente, ela precisava se afastar de seu computador. O movimento na grande varanda à direita chamou sua atenção. Uma linda mulher de pele dourada, com cabelos longos e loiros, estava deitada em um sofá baixo. Ela usava um toque de tecido azul bonito e parecia linda. Ryan resmungou, instantaneamente sentindo-se terrivelmente subdividida em suas calças e camisa simples. Você não está aqui para um desfile de moda. Ela olhou da mulher, para a visão excepcional de Zhim. Ela podia ver a cidade esticada abaixo deles, todo o caminho até o deserto marrom na distância. - Blaine. - disse Zhim. - Brigytta vai pegar refrescos, e você pode ficar aqui na varanda. Ryan, siga-me. - Ele entrou. Ryan mostrou a língua para as costas dele, revirou os olhos para Blaine e seguiu Zhim para dentro. Sua cobertura era linda - todos arcos abertos, cortinas arejadas e móveis baixos e elegantes. Ela não estava inteiramente certa de que ele se adequava a ele, ou se era apenas uma declaração de quanto dinheiro ele tinha. Quando entrou na sala de computadores sem janelas, olhou em volta com avidez. Agora, essa sala o refletia. Ele tinha a melhor tecnologia atolada no espaço, e várias telas lindas pontilavam as paredes. Ela tinha que admitir que era mais do que estava um pouco invejosa. Ela tocou um objeto intrigante, em forma de octógono, em uma mesa. As luzes piscavam em sua superfície brilhante e preta. - O que é isso? Havia tantas coisas que ela não reconhecia, e uma parte dela estava com fome de aprender. - Eu projetei isso. É chamado Nova. Isso ajuda a aumentar a velocidade do sistema para superar qualquer coisa atualmente no mercado. - Ele encolheu os ombros. - Eu tenho pessoas em toda Carthago querendo uma. Ela acendeu uma luz piscando. - Quão rico você é, Zhim? - Chocante. - O que você faz com tudo isso? - Faço? - Um olhar franzido apareceu em seu rosto. - Como você gosta de gastar o seu dinheiro? O olhar franzido se aprofundou. - Adquirindo e tendo isso me dá toda a diversão que eu preciso. Ela olhou para ele. - Certamente isso não é suficiente? - Quando você vem do nada, quando você cresceu com pouco mais do que apenas trapos como roupas, sem sapatos e com muita fome, você está muito motivado para colecionar riqueza. - Ele piscou e franziu o cenho. - Vamos fazer essa chamada. - Ele virou, indo para um conjunto de telas. Atordoada, Ryan olhou para o centro das costas dele. Zhim veio da pobreza? Naquele instante, ela teve tantas perguntas em sua cabeça, mas algo lhe disse que não as responderia. - Sua ligação acontecerá em trinta segundos. - Ele gesticulou para um banquinho na frente de uma tela grande. - Somente áudio. Eu ainda estou trabalhando para estabilizar e aumentar o tamanho dos buracos de minhoca para permitir o visual. Ela sentou-se de frente para a tela e esfregou-se. - Você está nervosa. - disse ele. - Um pouco. Falei com meus pais, mas não falei com Charlie desde o meu seqüestro. - Você não falou com o homem que você ama? - Bem, nós fomos amigos por muito tempo, primeiro. - Então amantes esporádicos. Ela percebeu que agora estavam apenas juntos por conviniência. Ela brincou com os botões de sua camisa. - Cinco segundos. - disse Zhim, seu olhar ilegível. - Ryan? A voz familiar de Charlie veio pelos alto-falantes e a inundou com nostalgia. - Oi, Charlie. - Faz tanto tempo, querida. Outros ruídos surgiram através da conexão, vozes e tilintar de vidro. Ele estava em algum lugar. Ela franziu a testa. - Onde voce está? - Fora em uma coisa de trabalho. Recebi a chamada. Eu não poderia sair desta festa. Ele não podia renunciar a uma festa de trabalho para chamar a mulher com quem planejava se casar. A mulher que havia sido raptada por alienígenas. Os dedos de Ryan cavaram na coxa dela. Ela sabia que Charlie estava voltado para a carreira e adorava seu trabalho como um agente de talentos ocupado para atores e cantores. Ele sempre esteve participando de festas e estréias. - O trabalho está ocupado, então? - Perguntou. - Estou inundado. - Ele lançou um relatório sobre o que ele estava trabalhando e quem ele havia assinado recentemente. - Foi tão estressante, Ry Ry. Ryan revirou os olhos. Ele estava estressado? Deus, ele nem sequer perguntou como ela estava. Ah, sim, estou bem. Sim, eu sobrevivi a um seqüestro alienígena, obrigada por perguntar. Ela viu Zhim observando-a e fez com que percebesse que Charlie sempre fora assim. Auto-centrado e auto-absorvido. Tendo Zhim testemunhado sua bagunça, calor queimou suas bochechas. Ela acenou com uma mão para ele. Vá embora, ela falou. - Eu preciso monitorar isso. - ele murmurou, gesticulando para o equipamento. - Eu não posso dizer o quão terrível foi quando percebi que a estação espacial havia sido destruída. - disse Charlie. - Tivemos um serviço memorial para você. Ryan ouviu um tremor em sua voz e seu coração apertou. Talvez ela tivesse sido um pouco dura. Charlie tinha sido seu amigo desde que eram pequenos, e sabia que ele se preocupava com ela, à sua maneira. - Foi tão difícil para mim. - acrescentou Charlie. Ryan piscou de novo. Difícil? Para ele? - E então, descobri que você está viva. Tão difícil, Ry Ry. Zhim fez um som sufocante e Ryan o ignorou. A raiva estava acendendo sua barriga. – E eu, Charlie? Fui abduzida. Por alienígenas. Eu fui arrastada pela galáxia, presa e espancada. Silêncio. - Eu estava apenas tentando dizer-lhe como eu me senti, só isso. - A voz de Charlie tinha esse tom ferido que ele usara nela tantas vezes no passado. - Foi um tempo difícil para todos. Ela sentiu uma dor de cabeça formando-se e esfregando-se entre a testa. - Eu sei. - Estou feliz que você quisesse falar. Eu tenho notícias. - Oh? - Uma mudança de assunto era exatamente a coisa que eles precisavam. - Estou noivo. - Havia uma hesitação na voz dele. - Eu vou me casar em dois meses. Ryan congelou. Charlie estava noivo? - Eu pensei que estávamos noivos? - Bem, eu pensei que você estivesse morta. E você não pode voltar de qualquer maneira. Melody é uma atriz, ela está no negócio, e ela me entende tão bem. Zhim fez outro som e Ryan se recusou a olhar para ele. - Você estava sempre em seus computadores, o que eu nunca entendi. E você nunca gostou das minhas festas de trabalho. Ela arrastou algumas respirações profundas. - Desculpe, o desbloqueador de minhocas. - disse Zhim. - Você terá que encerrá-lo. Ryan sentou-se lá, fervendo. - Charlie, nós somos amigos há muito tempo e eu sei que você não é um cara mau... mas não vou te ligar de novo. - Ry-Ry… - Ah, e você é um idiota egocêntrico. Espero que você tenha tudo que você merece. Charlie fez um som revoltante, e Ryan fez um movimento de corte em Zhim. Ele encerrou a chamada. Ela se levantou, sem saber como estava se sentindo. Ela sempre soube que Charlie não era perfeito e era ridiculamente absorto, mas ela cuidava dele. Inferior, ela cresceu com ele, e por um tempo lá, ela pensou que ela poderia ter amado ele. Zhim entrou na frente dela. Ela levantou a mão. - Não comece comigo. Não estou com vontade. - Eu só vou dizer que perdê-lo parece não ser uma grande perda. Seu olhar subiu ao rosto afiado de Zhim, com a boca aberta. - Ele claramente não apreciou o que ele tinha. - acrescentou Zhim. Ela continuou olhando para Zhim, e ele se moveu inquieto. - Quer dizer, ele não valorizou suas habilidades e inteligência. O peito dela ficou apertado. - Não seja gentil comigo, Zhim. Não consigo lidar com isso agora. - Ok. - Ele inclinou a cabeça. - Quero dizer, você tem habilidades, mas dificilmente se comparam com as minhas. Agora seu peito aliviou e ela queria sorrir. Tudo estava certo em seu mundo. Zhim virou-se, tocando em seu computador. - Venha ver o que eu tenho feito com o nó de dados Srinar. - O broder teve algum sucesso? - Empurrando as emoções agitadas de lado, ela se inclinou para olhar a tela. - Ainda não. Mas eu tenho trabalhado para ajudá-lo. Dê uma olhada. Ela digitalizou o código. – Engenhoso. - O homem pode ser arrogante, mas ele também é esperto. - Isso é tão brilhante. - Eu sei. Ela revirou os olhos e sentou. - Mas eu posso melhorar. Se você adicionar isso... - Ela bateu na tela. - Isso ampliará os efeitos. Os seus olhos de nebulosa se arregalaram. - Sim. Você está certa. - Eu sei. - Ryan sorriu e balançou os quadris. Ela roçou contra ele. Foi quando ela percebeu que eles estavam muito juntos, seus corpos tocando. Ela se acalmou. Emoções muito diferentes atingiram seu sistema. Zhim estendeu a mão e colocou um fio de cabelo atrás da orelha. - Seu noivo é um idiota. - Ex-noivo. - ela disse com uma fungada. Eles se olharam por um longo momento. Então baixou a cabeça. Ele fez uma pausa, sua boca afastou-se da dela. Ryan jogou a cautela ao vento e seguiu seu intestino. Ela subiu nos dedos dos pés e apertou a boca na dele. Seus lábios estavam firmes, movendo-se sobre os dela. Então ele fez um som e abriu a boca. Oh Deus, ele sabia bem. E Ryan não tinha sido beijada por tanto tempo. Ela colocou as mãos na camisa, sentindo o calor dele e a surpreendente dureza de seu longo corpo. Sua língua empurrou contra ela e ela o puxou para perto. Seu cérebro parou de funcionar, e ela se deixou sentir. O desejo a inundou, e ao aprofundar o beijo, ela percebeu que não era doce ou agradável. Era duro e nervoso, assim como ele. O som das vozes na varanda se filtrou, e Ryan empurrou. Ambos se separaram, respirando rapidamente. Doce Bebê Jesus, ela beijou Zhim. Mentiroso e arrogante Zhim. - Oh, não. - Ela balançou a cabeça. Zhim parecia um pouco chocado, ele mesmo. - Não, está certo. - Você e eu? - Ela acenou uma mão entre eles. - Nós nem gostamos um do outro. - Eu concordo, cem por cento. - Nós somos ruins juntos. - acrescentou. - Como o petróleo e a água. - Como o whisky Tardan e a água de fogo Mulian. - Não tenho ideia do que são essas, mas sim. - Eles explodem. Eles se olharam por outro longo momento, e então Ryan não estava segura de quem se mudou primeiro, mas de repente ele estava alcançando ela, e ela estava pulando em seus braços. Enquanto sua língua pousava dentro de sua boca, ela passou as pernas pela cintura e afundou as mãos nos cabelos. O cara tinha um cabelo tão bom. Este beijo foi ainda mais feroz. Ela gemeu em sua boca, e suas mãos agarraram sua bunda, amassando sua carne. Uma inundação de desejo se curvou entre as pernas, deixando a calcinha úmida. - Ryan? - A voz elevada de Blaine. - Você está pronta para ir em breve? Zhim e Ryan tropeçaram. - Apenas um minuto. - gritou para Blaine. Deus, sua voz estava rouca. Ela empurrou uma mão pelo cabelo dela. Zhim estava olhando para ela como se fosse uma bomba. Ela não conseguia lidar com isso agora. - Hum, eu irei agora. - Ela recuou e bateu em uma mesa. Depois de se endireitar, contornou-se e dirigiu-se para a porta. - Nunca mencione isso a ninguém. O rosto de Zhim se transformou em sua habitual máscara arrogante. - Já está esquecido. Ele ficou de pé na frente da mesa de Galen. O escritório de Galen era grande e dominado por janelas que davam uma visão da arena de treinamento abaixo. Os sons abafados dos gladiadores, ocupados com o treinamento na areia, subiram até ele. O imperator sentou-se em sua mesa, as mãos agarradas na superfície brilhante. Ryan estava empoleirada na borda da mesa, observando Zhim de forma constante. Ela estava com os cabelos soltos hoje, e quase atingiam os ombros, em uma queda escura e sedosa de preto. Zhim mentalmente se sacudiu. Ele não estava aqui para notar o cabelo de Ryan. Seu olhar caiu em sua boca e demorou. Ele lembrou-se do gosto e da sensação dels. Drak. Foco. - Minha broder descobriu algo problemático nos dados dos Srinar. Ryan franziu a testa. - O que? - Ele tem um bloqueio liquezico. Ela se inclinou para frente. - O que significa isso? - Que é inquebravel sem uma determinada chave. O algoritmo de criptografia é como líquido, deslocando e fluindo. Este também parece ter uma camada adicional. Isso permite que você pense que você quebrou a criptografia, e então lhe entrega dados falsos. - Deus. - Ryan passou a mão pelos cabelos em um gesto frustrado. Galen voltou a sentar-se em sua cadeira, com sua boca em uma linha apertada e firme. Ryan deslizou da mesa e começou a passear, o corpo movendo-se com energia nervosa. - Nós temos que entrar nesses dados, e encontrar Dayna e Neve. - disse Ryan. - Nós não podemos nos esquecer delas. - Seus olhos escuros e tristes se precipitaram para Zhim. A preocupação em seu rosto... incomodou-o. Uma parte dele queria ajudá-la e afastar esse olhar. E então ele se perguntou se ele estava ficando doente e isso estava lhe dando esses impulsos ridículos. Ele sobreviveu ao seu próprio inferno, e durante anos, ele apenas se concentrou em si mesmo. Ele fazia o que queria, quando lhe agradava, e não deixava que as preocupações de outras pessoas chegassem a ele. Mas Ryan... ela estava cavando sob sua pele e ele não gostava disso. - Nós não vamos abandonar Dayna ou Neve. - A voz profunda de Galen ecoou na sala. - O que você sugere, Zhim? Zhim soltou um suspiro. - Há apenas uma opção, mas isso vai custar a você. - Ele viu Ryan atirar nele. - Continue. - Disse Galen. - Eu preciso levá-lo a uma cova de hackers. Ryan se aproximou. - Uma cova de hackers? O que é isso? - Não é um lugar legal. - respondeu Zhim. Quanto menos soubesse sobre esse lado covarde, melhor. Galen deslocou-se na cadeira com um crocante de couro. - Os viciados em hackers se reúnem lá, sempre conectados ao sistema, seus corpos ligados ao fluxo de dados. - Mas eles são os melhores no que eles fazem. - disse Zhim. - E o poder de pirataria combinado de um den pode significar quase qualquer coisa. Ryan esfregou as mãos. - Ótimo, quando partimos? Ele virou-se lentamente para encará-la completamente. - Você não está vindo. Ela arqueou uma sobrancelha. - Oh? Quando o mundo implodiu e você obteve o direito de me emitir ordens? A frustração passou por ele. – As covas dos Hackers são lugares perigosos e imprevisíveis. Os dedos das sandálias suaves de Ryan bateram contra suas botas. - Eu me viro sozinha. - Eles me conhecem melhor do que toda a Kor Magna. Você poderia assustá-los, e então não obteríamos nada. Ela bufou. - Eu sou um pé mais baixa que todos neste planeta, Zhim. Eu quase não intimido ninguém. Mas ela intimidava. Ela tinha uma energia que a irradiava e fez as pessoas prestarem atenção a ela. Ele tinha que encontrar uma maneira de impedi-la de insistir nesse plano. - E se você tem um ataque de pânico enquanto estamos lá? - Ele perguntou calmamente. Ela congelou. – Golpe baixo Zhim. - Acredite ou não, estou tentando te proteger. Covas de hackers são escuras e perigosas, e se fecham do mundo real… - Como se eu estivesse em Zaabha. Como se eu estivesse no navio de Thraxian. – Mãos apertaram e relaxaram, linhas tensas flexionando sua boca. Ele viu aquelas terríveis sombras escurecer seus olhos novamente, e ele odiava que ele fosse o único que as colocou á. Mas ele estava tentando ajudá-la. Ryan ergueu o queixo, seus olhos brilhando. - Eu tenho que ir. Eu preciso ir, caso contrário eu vou deixar que os Thraxians, os Srinar e os guardas que me bateram ganharem em Zaabha. Drak. Zhim empurrou as mãos nos quadris e olhou para Galen para pedir ajuda. Ele entendeu os motivos de Ryan de querer ir, melhor do que ela sabia, mas ele não queria levá-la. E ele estava começando a perceber que dizer não a essa mulher era uma coisa difícil. Galen simplesmente levantou uma sobrancelha. - Você está se deixando levar por essa mulher minúscula de um planeta distante? - Afirmou Zhim. - Eu não respondo a provocações, Zhim. - respondeu Galen. - Mas eu aprendi que todos esses seres humanos são mais fortes do que esperava que pudessem ser, e Ryan tem habilidades para ajudá-lo. Drak, drak, drak. Seu intestino revirou e ele olhou para Ryan. - Bem. Você pode vir. Ela explodiu com um sorriso e pressionou as mãos no peito. - Obrigada, Zhim. Seu toque queimou sua fina camisa. Ela segurou uma mão e bateu contra as costelas. - Bem. Quem diria, você tem um coração em algum lugar por aqui. - ela murmurou. Uma corrente eletrica atravessou ele. - Não empurre sua sorte.
***
Ryan seguiu Zhim por uma rampa de corte de pedra no mercado
subterrâneo. Uau. O espaço cavernoso estava cheio de filas de barracas e abarrotado de pessoas. Alguns usavam roupões, outros estavam em macacão e alguns eram, obviamente, gladiadores, com seus peitos, arnes e couros de luta. O barulho da conversa e do riso ecoavam no espaço. Luz era filtrada de cima, através de aberturas naturais e propositadamente feitas no telhado, e a planície, paredes de rocha eram de um amarelo cremoso. A partir do aspecto das bancas dos vendedores, você poderia obter apenas qualquer coisa aqui em baixo: frutas e vegetais aliens, armas, roupas, joias. Ela se virou e quase tropeçou sobre o manto cinza-prateado em seus ombros. Foi costurado com o símbolo da Casa de Galen nele - a cabeça de um gladiador de capacete de perfil. Isso lhe ofereceria alguma proteção quando ela estava fora em Kor Magna. Zhim avançou na frente dela, e ela apressou-se a manter seus passos longos. Malditas pernas curtas. Ela viu algumas barracas carregadas com dispositivos elétricos aleatórios, muitos dos quais não reconheceu. Instintivamente, ela sabia que ela poderia passar horas no mercado, simplesmente vagando. Ela se moveu sob um brilhante círculo de luz que se filtrava da cidade acima e arqueou a cabeça para trás. As paredes ásperas do sumidouro eram fascinantes. Ela mal riscava a superfície dos mercados, mas já adorava esse lugar. - Fique perto. - Zhim falou, franzindo o cenho para ela. O comerciante de informações parecia tenso hoje. Ele os conduziu pela principal agitação do mercado e em um túnel largo. Mas enquanto viajavam mais fundo, os túneis ficaram mais estreitos e escuros. E mais silenciosos. Não havia multidões aqui embaixo. Em vez disso, pequenos grupos de pessoas que ficavam na sombra, ficando em silêncio quando Zhim e Ryan passaram, e observando-os com os olhos de avaliação. O ar estava úmido e cheio de um cheiro estranho. Eles passaram por uma porta arqueada, e dentro da sala, os grandes travesseiros estavam espalhados pelo chão de pedra. As pessoas estavam cobertas em todos os lugares, em cima das almofadas e umas às outras, e uma grossa neblina flutuava contra o teto baixo. - Taint. - disse Zhim calmamente, enquanto se moviam. Taint. As outras mulheres mencionaram a droga como um dos perigos de Carthago. Ela viu que muitas das pessoas na guarida estavam desmaiadas ou drogadas demais. Ela se aproximou de Zhim. Ele continuou pelo corredor e levou-a a outra porta. Esta estava bloqueada por uma pesada porta de madeira coberta de vários gouges, e o que parecia marcas de queimadura. Um ponto de vista retangular, preto e metálico foi colocado no centro. Zhim bateu rapidamente. O olheiro deslizou aberto, e um olho pressionado para o buraco. O olho se alargou. - Zhim! Que honra. Houve alguns cliques, e então a porta se abriu. Um homem fino e nervoso estava de pé do outro lado, passando de pé para pé com entusiasmo. Ele olhou para Zhim com algo parecido com admiração. Ele nem sequer notou Ryan. - Zeever. Eu tenho dados com um bloqueio liquescente nele. Preciso de alguém que possa quebrar isso. O homem soltou um assobio baixo, e um olho de metal girou, onde seu olho normal deveria estar. Ryan deixou seu olhar correr sobre ele. As cordas saíam da pele de um de seus braços, cercadas por cicatrizes feias. Ele tinha várias adições de tecnologia ao acaso no corpo dele. - Entre, entre. - Zeever acenou para uma porta interna. - As Irmãs poderiam fazê-lo. Ou Enni. Zhim assentiu. - Obrigado. - Enquanto ele atravessava a porta e entrou na escuridão, Ryan correu para acompanhar ele. Uma luz azul brilhava à frente. Eles entraram em uma sala grande, embalados por paredes com um mish-mash de eletrônicos e equipamentos de informática. Ryan apenas controlou seu suspiro. O brilho azul estava saindo de todas as telas. O lugar era quente e abafado, e cheio de corpos não lavados e componentes elétricos que ardiam. Ela notou as pessoas agora. Estavam todas sentados diante de telas, os olhos colados ao que estavam fazendo. Alguns usavam dispositivos semelhantes a fone de ouvido, outros tinham mãos enluvadas movendo-se através dos dados projetados no ar. Um homem estava deitado de costas, tocando em uma tela enquanto flutuava acima dele. Uma mulher com fios que vinham de seus dedos estava conectada diretamente a um sistema de computador. Quando Ryan escaneou a sala, seu estômago se virou. A maioria das pessoas daqui tinha componentes eletrônicos implantados cirurgicamente em seus corpos. - Bem-vindo ao número um do Mundo Hacker em Kor Magna. - disse Zhim, com a voz baixa. - Eles são apenas como os viciados em hacker. - disse ela. Ele assentiu. - Sim, eles desejam ser conectados ao sistema. Este é o único lugar onde eles sentem algo. Medo, sucesso, alegria, frustração, felicidade. Para a maioria deles, é melhor ser empurrado para o fluxo, do que enfrentar as vidas difíceis e sem sentido que eles teriam acima. Mas não era real. Ryan gostava de computadores, programação e pirataria, e ela sempre gostou, desde o dia em que lhe deram um computador antigo, de seu pai. Mas ela nunca se deixou esquecer que estar online não era completamente real. Ela também precisava de abraços, conversas, comida, sol, risos com amigos. Sexo. Seu olhar se moveu para Zhim. O brilho azul lançou sombras sobre o rosto. Ela viu algo em seus olhos. - Você esteve aqui, uma vez. Ele assentiu. - Quando eu aterrei pela primeira vez em Carthago. - Ele deu um sorriso sombrio. - Eu era um passageiro clandestino, sem nada com meu nome, exceto minhas roupas esfarrapadas. E a informação que eu roubei do computador da nave estelar que eu tinha guardado. No instante, Ryan podia imaginar um menino magro com olhos de nebulosa. Ela odiava o pensamento dele neste lugar - com fome, desesperado e querendo se sentir conectado. Mas ela entendeu. Ela sentiu o mesmo caminho quando ela estava trancada em Zaabha. - O suficiente do passado. - Ele agarrou sua mão. - Vamos. Ele a conduziu a um homem sentado atrás de uma mesa semicircular. Ele tinha uma pele pálida, e os pêlos de palha se afastaram do rosto. Ryan podia ver um leve padrão de escama na pele de sua bochecha, e os fios o ligavam diretamente de seu templo ao computador. Ele olhou para as suas telas, com uma boca aberta. - Enni. - disse Zhim. O homem não respondeu. - Enni, é Zhim. O homem piscou. - Zhim? - Enni piscou novamente, concentrando-se neles. Seus olhos tinham pupilas verticais e alongadas. - Drak me! Muito tempo. Zhim sorriu. - Sim, faz um tempo. - Vi sua cobertura. Outro dia. Navegando num artigo, num desses boletins de noticias. Parece bom. Posso visitar? Levou Ryan um segundo para alcançar o discurso rápido de Enni. - A qualquer momento. - disse Zhim. Ela viu um tique muscular no maxilar de Zhim. Ele claramente gostava desse homem, mas tinha certeza de que Zhim sabia que Enni nunca iria visitar. Ele não se desconectava o tempo suficiente para visitar a superfície. - Você é muito rico. Parece á muito muito tempo. - disse Enni, com um sorriso que revelava dentes apodrecidos. – Não como o jovem, hackear de antes. Zhim bufou. - Eu talvez não seja jovem, mas as pessoas vão te dizer que os desejos ainda melhoram. Enni gritou uma risada. Então o rosto de Zhim ficou serio. - Eu tenho dados com um bloqueio liquescente sobre ele. Preciso de alguém para quebrar isso. O hacker franziu os lábios, e uma membrana bateu em seus olhos. - Liquescente. Complicado. - Você vai dar uma olhada? - Claro, Z. Zhim inclinou-se e tocou na tela para exibir os dados do Srinar. - Esta unidade está no meu sistema privado. Há os dados. Enni inclinou-se para frente, seu olhar na tela. O fato de estar conectado significava que ele não precisava usar as mãos dele. Na tela, Ryan viu a bola de dados girar e girar. Olhando os invólucros de comida vazios espalhados na mesa, Zhim perguntou casualmente: - Você está comendo, Enni? Você precisa de mim para lhe trazer alguma coisa? - Eu como. Como as vezes. Quando eu tenho que o fazer. - Os olhos de Enni estavam cintilando. - Comer. Isso é uma perda de tempo. Zhim suspirou, e Ryan pensou que viu a tristeza brevemente centilando sobre suas características, antes de ter desaparecido. Seguindo um instinto louco, ela se inclinou para ele. Ele manteve-se imóvel, mas não se afastou. Foi quando Enni a notou. - Mulher. Você tem uma mulher? - Suas sobrancelhas se ergueram. - Você pode quebrar o bloqueio? - Perguntou Zhim. Mas o foco de Enni estava sobre ela. - Zhim nunca teve uma mulher. Às vezes, belas bonecas brilhantes. Bonecas como o dinheiro dele. Só ficam por uma noite. - Enni. O bloqueio. O hacker piscou. - Certo. - Eu sou Ryan. - disse ela. – Amiga de Zhim. - Amigos? Zhim não tem amigos. Ele veio de Skora. Planeta ruim, planeta ruim. Não há tempo para amigos em Skora. Muito ocupado. Sobreviva, sobreviva. - Enni. - A voz de Zhim estava forte agora. - Não é possível quebrar isso, Z. Precisa de mais poder de fogo. Pergunte às Irmãs. Peça às irmãs que liguem comigo. Juntos, podemos quebrar. - Obrigado, Enni. - Zhim se inclinou e colocou algumas moedas na mesa do homem. Então ele agarrou a mão de Ryan e a puxou pelo quarto para um canto escuro. De repente, as paredes pareciam fechar, as sombras se espessavam. Os passos de Ryan vacilaram. O brilho das telas, o murmúrio de vozes e a escuridão lembraram-lhe Zaabha. Ela passava dias a fio na sala dos sistemas da arena do deserto. Às vezes, eles esqueceram de alimentá-la e, na maioria das vezes, passava as noites dormindo no chão duro. - Você está bem? - Perguntou Zhim. Ela assentiu, rangendo os dentes. De repente, suas mãos estavam em seus ombros, puxando-a para perto. - Você está bem, Ryan. Estamos em Kor Magna. Na cova de hacker. Seu perfume escuro e picante encheu o nariz, e ela respirou profundamente. Zhim. Ela não estava em Zaabha. Ele olhou para ela com firmeza, depois assentiu. - Vamos. Ele a puxou para onde três mulheres sentavam de pernas cruzadas em almofadas. Seus dados estavam projetados no ar em frente a elas - colunas de símbolos alienígenas. As mulheres eram todas de idade indeterminada, com pele branca e cabelos azuis. Cada um delas tinha olhos brancos leitosos. - Olá, Zhim. - Todas falaram juntas, com vozes baixas e moduladas. - Irmãs. Tenho um bloqueio liquefeito para você quebrar. Você pode ligar com Enni? Todos começaram a sussurrar, movendo as mãos no ar numa dança complicada. - Nós podemos. Estamos ligadas a ele. Os olhos das mulheres começaram a cintilar e elas começaram a trabalhar. - É difícil. - disse a mulher no centro. - Muito difícil. - disse a segunda mulher. - Díficil. - Nós fizemos parte disso. - murmurou a mulher final. O coração de Ryan apertou. - Mas apenas uma parte disso. - acrescentou a mulher central. - Vamos ver. - Zhim se inclinou para olhar os dados flutuando no ar. Juntos, as três mulheres sacudiram a cabeça. - Você precisa se conectar e voar. Zhim ergueu a respiração e pegou um conjunto de óculos que uma das irmãs estava segurando. Uma das outras senhoras levantou outro set para Ryan. - Ryan, não... - Eu vou ficar bem com você. - ela disse a ele. - Eu prometo. Ele assentiu, e eles puxaram os óculos. As luzes giraram na frente dos olhos de Ryan. - Esteja pronta. - advertiu. - Pode ser um passeio. - Ela sentiu seus dedos escovarem as têmporas enquanto ele verificava suas óculos. E então, de repente, ela estava passando por dados. Oh, Deus. Na vida real, ela sentiu Zhim envolver seus braços ao redor dela, seu grande corpo pressionado contra suas costas. - Preciso manter você aqui. - Sua respiração estava quente em sua orelha. Mas Ryan concentrou-se na corrida de dados passando por ela, e a sensação de voar. O sentimento de liberdade. Ela riu. Ela sentiu a presença de Zhim no sistema com ela, e juntos, eles se abaixaram e teceram os dados. De vez em quando, ela via raias brilhantes que percebeu que outros hackers passavam pelo sistema. Parecia tão bom. Ela entendeu como isso poderia ser viciante. Era emocionante. - Estamos voando. - disse ela. - Sim. - Ela ouviu o sorriso em sua voz. Ela estendeu a mão e tocou os dados. Corria sobre os seus dedos como água. Ela encurralou a presença brilhante ao lado dela. Zhim riu e bateu em suas costas. Era tão bom. Tão engraçado. Aqui, não havia trevas, nem batimentos, nem medo. Mas não era real. Ryan respirou profundamente e repetiu essas palavras para si mesma. Então, para reforçar as palavras, ela se concentrou no corpo grande e sólido enrolado em torno dela no mundo real. Ela se moveu no abraço de Zhim e sentiu uma ereção dura irritando seu traseiro. O desejo girou através dela. Isso era real. Ela se moveu contra ele de propósito, e sentiu uma mão agarrar seu quadril. Um rugido baixo soou em sua orelha. - Pare com isso. - ele murmurou, sua voz escura e sedosa. - O bloqueio está quebrado. - As vozes das irmãs falando em uníssono romperam seu momento compartilhado. - Seus dados estão decodificados. Mesmo? O coração de Ryan pulou, e ela observou o fluxo de dados na frente de seu redemoinho. - Estou copiando isso. - murmurou Zhim. - Precisamos deixar o sistema agora. Uma parte de Ryan não queria ir embora. Ela ficaria mais do que feliz por ficar aqui, onde era fácil e divertido. Não havia ataques de pânico ou pesadelos. Mas ela sabia que tinha que fazê-lo. Nenhum problema era solucionado, ou ignorado. Ryan empurrou os óculos para cima no topo da cabeça, e a desorientação fez o quarto girar. Então o rosto bonito de Zhim entrou em foco. Ela caiu contra ele. - Uau. Ele agarrou sua bochecha, o outro braço serpenteando ao redor dela. - Basta dar um segundo para obter o equilíbrio. - Isso foi... algo. - Sim. - Ele estendeu a mão e acariciou seus cabelos. Ryan inclinou-se para ele, absorvendo o calor e ouvindo a batida do coração. O desejo era um fogo baixo na barriga dela. E tudo isso era real. Ela subiu nos dedos dos pés e beijou-o. Ela ouviu os repentinos sussurros das Irmãs, mas logo ela foi varrida no beijo. Zhim agarrou seu cabelo, inclinando a cabeça para trás para que ele pudesse saquear a boca dela. Ela o beijou de volta com cada emoção reprimida dentro dela. Finalmente, eles se separaram, olhando um para o outro. Zhim limpou a garganta e ambos se viraram para ver as Irmãs observando-os silenciosamente, com os olhos brancos. - Obrigado, irmãs. - disse Zhim. - Sim, obrigada. - acrescentou Ryan. - Volte para nos visitar. Ryan e Zhim voltaram para a sala de hacking. Logo, eles estavam de volta à entrada, e Ryan apenas deu um passo quando Zhim a agarrou, girou- a e a empurrou contra a parede. Ele apertou-a, seu corpo duro contra o dela. Um arrepio elétrico deslizou sobre sua pele. - Você gostou de ser conectada? - Ele perguntou. - Sim. - Sua voz estava sem fôlego. - Se eu tocar em você entre essas coxas esbeltas, você estará molhada? Suas palavras sexy fizeram sua barriga saltar. - Sim. Mas não foi de ser conectada. Ele inclinou a cabeça. Ela passou as mãos pelos seus braços. - É por causa de você. Ele a beijou de novo, áspero e feroz. Ryan gemeu contra sua boca. O gosto dele era muito mais viciante do que qualquer sistema de computador alienígena. Sua boca deslizou por seu pescoço, com as mãos escorrendo pelo corpo. - Toque-me. - As palavras foram rasgadas de sua garganta e ela ondulou contra ele. Ele fez, suas mãos se movendo para apertar os seus peitos. Eles se sentiram inchados e pesados, seus mamilos empurrando contra sua camisa. Uma risada fez com que eles se separassem, e Ryan viu Zeever fugir. Zhim descansou sua testa contra a dela, o som de sua respiração alto em seus ouvidos. - Precisamos ir. - disse ele. Ela assentiu. - Você viu alguma coisa nos dados? Alguma coisa sobre Dayna? - Não. Mas vi outra pessoa mencionada. Ryan ficou tenso. - Quem? - Neve. - Diga-me. Ryan exigiu. Zhim tocou na tela do computador. - Apenas espere. - Ryan estava inclinada sobre seu ombro, saltando em seus pés. - Onde está Neve? Os Srinar ainda a tem nas Montanhas da Ilusão? - Ryan jogou as mãos no ar. - Não entendo porque não veio conosco quando fui resgatada. Zhim passara muitos anos coletando informações, e ele aprendeu muito sobre as pessoas naquele tempo. Uma coisa de que ele estava certo, Neve Haynes da Terra tinha sua própria missão. Ryan inclinou-se para mais perto, tentando olhar a tela. Mais uma vez, o cheiro doce e sexy dela o atingiu. Instantaneamente, ele foi transportado de volta para aqueles momentos na cova de hacker, a sensação de seu corpo pressionado contra o dele, sua boca na dele, suas mãos se encheram dela. Algo quente inflamou, baixo e profundo, dentro dele. O texto em sua tela ficou turvo. Desenvolver emoções pela as pessoas nunca funcionou bem. Ele aprendeu isso muito jovem. Se você se importar com alguém, isso sempre levava a dor e sofrimento. Eles ou traíram você ou eles deixavam você. Se ele tivesse tido pais - ele não tinha lembranças deles - eles o abandonaram. E ele lembrou-se de muitas crianças da rua em Skora que ele teria feito amizade. Todos deixaram seus machucados e arranhões sobre ele. Um o tinha esfaqueado nas costas por um pedaço de comida. Ele estava melhor sozinho. Dedos clicaram na frente de seu rosto. - Olá? Zhim? O rosto bonito de Ryan apareceu. - Onde você foi? - A preocupação cintilou em seus olhos castanhos profundos. Ele sacudiu. - Só pensando. Aqui estão os dados sobre Neve. - Ele rapidamente digitalizou através dele. - O que é isso? Drak. Isso não era bom. - Vá para o outro computador, e obtenha Galen na linha. As palmas de Ryan empalideceram. Ela alcançou o outro computador e tocou a tela. Ela falou brevemente para alguém que respondeu, e então esperaram por Galen. Quando a tela mudou, Zhim viu Galen sentado à cabeceira de uma longa mesa. O resto da mesa estava cercado por gladiadores e as mulheres da Terra. Até mesmo o Corsair, o líder da Caravana do Deserto, estava lá. Mia, com o cabelo loiro emplumado em seu rosto, estava de pé com as mãos pressionadas na mesa. - Como foi? - Nós temos alguma informação. - disse Ryan. - Nada sobre Dayna. Ainda. Os ombros de Mia caíram. - Mas encontramos algo sobre Neve. - acrescentou Ryan. - Você a encontrou? - Perguntou Corsair. Zhim se perguntou brevemente sobre o olhar intenso no rosto do homem. Ele respirou fundo. - Ela foi capturada por Gabriez. Corsair amaldiçoou. - A senhora da informação. - disse Galen. - Quem é ele? - Perguntou Ryan. - Tecnicamente, Gabriez é uma… - disse Zhim. - Ela é uma Tyloniana. Eles são uma espécie de shifters, embora prefira ficar com uma forma de serpente e reptil. Ryan estremeceu. - Onde ela está? - Gabriez é uma má notícia. - disse Galen. - A maioria das casas a evita a todo custo. Ela é arrogante, convencida de sua própria grandeza e acredita em cada uma de suas próprias mentiras. - Ela compra e vende informações para o pior dos idiotas de Carthago. - As mãos de Corsair estavam cerradas em punhos na mesa. - Ela foi um dos primeiros habitantes de Kor Magna. - acrescentou Galen. - Desafortunadamente, ela sempre esteve bem conectada. É a única coisa que a salvou de uma espada de muitos imperatores. Zhim assentiu. - Galen está correto. Por aqui, sou conhecido como um comerciante de informações confiável. Houve um resmungo de algum lugar da sala, mas Zhim o ignorou. - Comparado com Gabriez, sou um corpo brilhante e celestial ungido pelos Criadores. Ela é uma negociante no mercado negro, que é o pior tipo de escória. Ryan apertou uma mão na boca. Zhim sabia que ele tinha que colocar isso para todos eles. O conhecimento era poder. - Ela gosta de colecionar brinquedos e pessoas, geralmente atraindo-os com lisonjas e simpatia. Então, uma vez que você está em suas garras, ela gosta de jogar. Ela gosta de quebrar as pessoas. A sua casa é um labirinto subterrâneo à beira da cidade. - Eu ouvi dee as pessoas entraram mas nunca saíram. - disse Raiden. Corsair fez um som irritado e estrangulado. - Por que Neve teria ido para perto dessa mulher? - Disse Ryan. - Eu não sei. - respondeu Zhim. - Bem, não podemos deixá-la. - disse Corsair. - Então qual é o plano? - Não vamos deixá-la. - Disse Galen. - Mas precisamos planejar cuidadosamente esta missão. Gabriez é perigosa. Corsair estava de pé. - Nós deveriamos entrar agora. Zhim balançou a cabeça. - O labirinto de Gabriez é quase impenetrável. É bem protegido, e ela coleta tecnologia como hobby. Ela tem um dos melhores sistemas de segurança da cidade. O lugar está cheio de armadilhas, guardas cyborg e camada após a camada de detecção de segurança. - Toda base tem uma fraqueza. - disse Galen. - Eu nunca consegui colocar as mãos no layout de seu labirinto. - Zhim gastou muito dinheiro tentando. - Sem saber o layout exato de seu covil, não há nenhuma maneira em que uma equipe de gladiadores possa se esgueirar. Ryan virou-se para encará-lo, seus dentes roendo o lábio inferior. - Então, onde isso nos deixa? - A única maneira de obter o layout é entrar e roubá-lo de seu sistema. - Zhim olhou para Galen. - Eu irei. Gabriez sempre quis brincar comigo. E eu sei que ela quer alguma tecnologia nova em que eu tenha trabalhado. Ryan deu um aceno de cabeça. - Estou indo também. Zhim levantou de volta. - Não. Eu levei você a esse den de pirataria. Isso foi como umas férias de luxo em comparação com o labirinto de Gabriez. Absolutamente não. - Eu posso ajudar. - Seu rosto ficou com uma expressão teimosa. - Eu serei sua técnica. Seus dentes estavam apertados de forma tão forte que a mandíbula doía. - Escute-me. Gabriez conhece a dor de outras pessoas, Ryan. Ela tem tecnologia para cavar fundo na sua cabeça e descobrir seus segredos mais profundos e mais sombrios. - Como Catalyst. - disse Winter. A pequena estava de pé, com os braços enrolados em volta do seu meio. - Quando invadimos sua guarida do deserto para resgatar Mia, havia um campo de energia azul que fez todos revivir memórias dolorosas. Zhim deu uma risada áspera. - Catalyst comprou a tecnologia inicial de Gabriez, mas o que ela pode fazer com isso vai fazer você sentir que você entrou naquela escuridão. Você vai vê-lo, cheirá-lo, senti-lo. Ryan estremeceu, depois se levantou. - Não importa o que Gabriez possa fazer. Eu vou sofrer o que eu tiver que sofrer para libertar Neve. Essas pessoas... - ela apontou para a tela, para os gladiadores e as mulheres - … todos eles arriscaram suas vidas para resgatar os outros, incluindo eu. É a minha vez, agora. Eu tenho as habilidades para ajudá-lo. - Eu quero ir, também. - disse Corsair. Zhim sibilou uma respiração. - Eu não posso levar lutadores lá. Ela saberá que estou fazendo algo. Galen levantou a mão. - Zhim está certo, Corsair. O mestre da caravana amaldiçoou, girou e saiu da sala. - Vou pagar seus termos padrão para você entrar, Zhim. - disse Galen. Zhim acenou uma mão. - Nós vamos discutir isso mais tarde. - Ele estava mais preocupado com a forma como ele iria impedir Ryan de entrar no labirinto de um alienígena louco e sádico que gostava de ferir as pessoas. Ryan já havia passado o suficiente. Ela olhou para ele, o queixo erguido e o olhar resoluto. Malditas essas mulheres teimosas da Terra. Ele tentou forçar as palavras para dizer a ela que ele não a levaria. Mas ele não conseguiu dizer não a ela. - Bem. Ryan apareceu em um sorriso. - Você ficará bem ao meu lado. Você não faz contato visual com Gabriez, faz o que eu digo, e você não assume riscos desnecessários. - Eu vou fazer o que eu tenho que fazer para ajudá-lo. Zhim estava muito consciente de que ela não concordava com seus termos. - Ryan e Zhim. - disse Galen. - Nós estaremos aqui se você precisar de nós. Se alguma coisa der errado. O pensamento de estar aos caprichos de Gabriez fez com que a pele de Zhim se arrastasse. A idéia de Ryan estar lá... ele acenou com a cabeça para o imperador. - Boa sorte. - acrescentou Galen. - E Zhim, você mantenha Ryan segura.
***
Ryan sentou-se no assento curvo do transporte que Zhim estava
dirigindo. Ele entrou e saiu do trânsito da movimentada rua Kor Magna. Seu transporte era um veículo elegante e escuro que pairava simplesmente fora do chão. Ela acariciou o couro macio debaixo dela e olhou para ele. O brilho vermelho do traço fez o rosto parecer misterioso. Ela amava o veículo, e ele dirigia muito rápido. Seu coração corria. Ela também adorava isso. Ela iria adicionar dirigir um transporte alienígena rápido para sua lista. Eles se afastaram do brilho do distrito, entre os edifícios mais baixos de dois andares que formaram a maioria das moradias da cidade. Aqui e ali, viu pessoas caminhando pelas ruas, crianças pulando e brincando, e pessoas agrupadas em grupos. Todo mundo anda sobre suas vidas regulares. Não importava que fossem metade do comprimento da galáxia longe da vida que conhecia, algumas coisas eram as mesmas. A vida continuou, mesmo em um planeta sem lei, selvagem e deserto. - Como você conseguiu um convite de Gabriez? - Perguntou ela. - Ela suspeitava de alguma coisa? Zhim balançou a cabeça. - Ela estava muito ansiosa. Eu ofereci uma Nova. Ryan respirou fundo. Sua nova tecnologia. - Ela queria uma isso como uma louca. Estava me incomodando. - Ele olhou o caminho de Ryan. - Claro, eu informei que eu tinha que instalá-lo... por um custo exorbitante. Ryan curvou uma sobrancelha. - Então você ganhará dinheiro com Gabriez, e você também cobrará de Galen? Ele desviou o olhar. - Isto é o que eu faço. Compro e vendo meu tempo, habilidades e informações. Os edifícios em torno deles mudaram. Pareciam mais velhos, alguns com paredes quebradas e janelas quebradas. Ela vislumbrou o deserto entre algumas das estruturas e sabia que estavam perto da borda da cidade. Aqui, grupos de pessoas também se reuniram na rua. Mas ninguém estava pulando ou sorrindo. Faces eram duras, expressões suspeitas. Olhos maliciosos os observaram quando passavam. - Não parece ser uma área agradável. - Disse Ryan. - Não é. Mas o labirinto de Gabriez é subterrâneo. Um rumor diz que ela estava aqui muito antes que esses edifícios subissem. Deus, ela tinha que ser velha. Zhim puxou o transporte para parar, e baixou para o chão com um leve baque. As portas foram abertas automaticamente. Ryan saiu, agarrando seu computador portátil ao peito. Ela olhou em volta - essa parte de Kor Magna era uma descarga - e imaginou se o transporte estaria aqui quando eles voltassem. Se eles voltarem. Sua boca ficou seca, ela observou enquanto Zhim tirou várias caixas da parte traseira do transporte. As portas fecharam, e ele apontou um pequeno dispositivo no veículo. Um brilho azul correu sobre a máquina. - Sistema de segurança. - disse ele. - Ninguém vai mexer com o meu transporte enquanto nos estamos sumidos. - Um sorriso agudo. - Ou eles se arrependerão. Ele estendeu a mão e Ryan pegou. Ambos estavam vestidos de preto, com coletes negros no topo que tinham uma infinidade de bolsos. Zhim tinha o cabelo amarrado de volta, e seu rosto estava em linhas duras. - Fique perto. - ele avisou. Ryan puxou seu computador portátil e aproximou-se dele. Eles estavam indo para um pequeno prédio em forma de cúpula. Era de pedra creme e o deserto estava bem além disso. Ela podia ver dunas de areia á distância. Ao arredondar a cúpula, viu dois grandes guardas flanqueando a entrada. Zhim deu a sua mão um aperto final, depois soltou. Quando se aproximaram, os implantes eletrônicos dos guardas piscaram. Cyborgs. O interesse de Ryan acendeu, abrandando brevemente o medo. Esses implantes eram de qualidade muito maior do que o trabalho precipitado e marcado que ela havia visto nos hackers na cova de hacking. Os guardas giraram, seus movimentos em uníssono perfeito. Seus olhos brilhavam de vermelho, e seu intestino agitou-se. Esses guardas eram mais robôs do que seres vivos e sensíveis. Ela não podia ver qualquer indício de individualidade, ou pensamento livre, em seus rostos rígidos. Quando viram Zhim, eles assentiram, e um abriram a porta sem dizer uma palavra. Ela seguiu Zhim dentro da cúpula. As paredes brilhavam com uma cor dourada, e no centro do espaço havia um conjunto de escadas que levavam a escuridão. Ryan respirou fundo. Sua barriga parecia que estava cheia de abelhas irritadas, e ela não queria mais do que se virar e correr. Algo no fundo do cérebro a advertiu que não encontraria nada de bom na escuridão abaixo. Mas ela não abandonaria Neve. E ela não deixaria Zhim entrar lá sozinho. Ryan tomou uma respiração mais profunda e calmante. Eles desceram, seus sapatos ecoando devagar nos degraus de pedra. As luzes clicaram, iluminando o caminho. Eles vieram para um grande espaço repleto de pessoas e Ryan olhou com surpresa. Parecia mais uma festa grandiosa, do que a cova de um vilão. As paredes da grande sala consistiam em telas gigantes, de piso a teto, cheias de cores que flutuavam sobre elas como óleo e água. Os azuis, os verdes e os vermelhos deslocaram-se e pularam, lançando um brilho no quarto. A música encheu o espaço do barulho de risadas e conversas. Ryan viu uma pequena plataforma, onde uma mulher esbelta, azul e alienígena, com uma cabeça calva coberta de picos de cristal, tocava um longo instrumento que parecia uma flauta cruzada com um digeridoo. Ela estava ondulando enquanto tocava. Aliens de todas as formas e tamanhos foram embalados no espaço, de parede a parede. - Olhe. - Zhim disse calmamente. Ela seguiu seu aceno de cabeça e percebeu que a parede mais distante da sala era feita de vidro. Uma janela. O que ela viu além nisso fez seu coração apertar. A vista da janela era para um labirinto gigante. Feito de paredes de pedra resistentes, cheias de torções, voltas, espaços abertos, junções e becos sem saída. Ela vislumbrou as pessoas correndo e tropeçando pelo labirinto. Alguns estavam sendo perseguidos e outros estavam lutando. Deus. - Zhim, bem-vindo. A voz sibilante fez Ryan virar. Ela se virou devagar e seus músculos se fecharam. A multidão se separou, e um alienígena, ao contrário de qualquer um que tinha visto em Carthago antes, aproximou-se. Um longo corpo de cobra deslizou pelo chão, tão grosso quanto a cintura de Ryan, e coberto de balas de bronze profundo. A parte superior de Gabriez era o torso de uma mulher. Seus seios altos também estavam cobertos de escamas, e cabelo verde profundo caiu sobre seus ombros. - Gabriez. - Estou tão feliz por você estar finalmente aqui. - A mulher sorriu, mostrando um conjunto de colmilhos impressionantes e curvados. - Apenas para configurar o Nova que você comprou. - Sim. Sim. Mas você deve ficar e curtir minha hospitalidade. - Os olhos verdes brilhantes da mulher giraram para Ryan. - E quem é essa? Ryan deixou cair o olhar. Não foi difícil. Ela não precisava da imagem assustadora dessa mulher queimada em seu cérebro. - Ninguém. - respondeu Zhim. – Minha assistente. Minha assistente pessoal. - Oh. - Especulação na voz sibilante. - Você é protetor. Que pitoresco. O olhar de pedra de Zhim não mudou. - Onde você quer isso? - Godval irá mostrar-lhe. Ryan sentiu o olhar de avaliação da mulher sobre ela, e a sensação fez com que sua pele quisesse rastejar. - Estou ansiosa para ver você mais tarde, Zhim. Ryan suprimiu um arrepio. Apareceu um alienígena de 2 metros de altura. Ele poderia ter sido um gladiador, com um peito nu e musculoso coberto de cicatrizes impressionantes e uma cabeça raspada. Ele grunhiu e eles o seguiram. Uma porta abriu-se em uma das paredes de tela enorme. - Estranha. - Ryan sussurrou para Zhim. - Eu disse para você não vir. Apenas fique quieta. Ela tem todo esse lugar equipado com câmeras. O Godval silencioso levou-os para um corredor escuro para uma porta e pressionou sua palma robusta para uma fechadura eletrônica. Apitou, girou, e a porta se abriu. A sala estava cheia de equipamentos eletrônicos do chão ao teto e de parede a parede. Este era o centro do labirinto de Gabriez. Um pequeno homem sentou-se encurvado sobre uma tela. Quando entraram, olhou para eles com surpresa. Seus olhos sobrecarregados dominavam um rosto que era quase fofo - exceto pelo terror em seu olhar. Godval grunhiu, e o homem correu. Os passos de Ryan vacilaram. Esta sala, a reação do homem, era muito parecido com seu tempo em Zaabha. Sua pele corou, ficando quente e apertada, e sua visão ficou turva. O pânico era como ácido em suas veias, e uma banda apertou em torno de seu peito. Ela não podia respirar. Não, agora não. - Ryan? Ela ergueu a mão. Estava tremendo. - Estou bem. Eu só preciso de um minuto. Zhim assentiu com a cabeça para Godval. - Nós não precisamos mais de você. O homem saiu com um aceno de cabeça. Assim que a porta se fechou atrás dele, Zhim levantou um dispositivo pequeno e delgado do bolso. Ele pressionou um botão e uma luz piscou. Ele colocou-o na mesa mais próxima. - Você não está bem. - disse ele. Ela envolveu seus braços em torno de si mesma. - O que é isso? - Ela ignorou sua declaração e acenou com a cabeça para o dispositivo. - Ele encrava qualquer vigilância que Gabriez tenha nesta sala. Ela esperaria que eu fizesse isso. Ryan respirou profundamente, tentando manter ela lenta. - Desculpe por isto. Ele pisou na frente dela e envolveu seus braços ao redor dela. Ele puxou o rosto para o peito. - Não se arrependa. Apenas respire. Seu perfume abriu caminho dentro dela. Ela adorava o cheiro dele. Ela agarrou sua camisa, seus dedos formando um punho. - Eu tenho você. - Ele levantou uma mão e acariciou seus cabelos. - Desculpa. É só que esse lugar é muito parecido com onde eles me mantiveram em Zaabha. Suas mãos se acalmaram. - Não tenha pressa. Eu sei o que é ter suas memorias te atrapalhando. Ela queria tão desesperadamente ver o exterior duro e arrogante de Zhim. Ela só sabia que havia mais nele do que ele permitia que outros vejam. - Seu mundo natal, Skora, era áspero? - Sim. Foi atingido pela pobreza, e muitas vezes atingiu a fome e a escassez de alimentos. Estava cheio de crianças de rua. Todos tiveram que lutar por cada resto. - E sua família? - Nenhuma pista. Minhas primeiras lembranças são combater um momo, uma criatura semelhante aos seus cachorros na Terra, por comida. Ouvindo-o, concentrando-se nela, a ajudou a esquecer seus próprios problemas. - Não consigo imaginar o que teria sido assim. - Eu espero que você nunca faça. - Zhim recuou, acariciando seu ombro. - Pronta para trabalhar? A conversa estava claramente fechada. Ela resmungou sobre uma respiração frustrada. Zhim alguma vez deixava alguém entrar? Ela o viu abrir os estojos e começar a ligar o equipamento ao sistema. Ryan conectou seu computador. - Vou iniciar o hack para encontrar os esquemas do labirinto e saber onde Neve está. Ele assentiu. - Esperemos que ela esteja em um quarto de visitas em algum lugar. - Ele fez uma pausa. – Não seja apanhada. Ryan zombou. - Por favor. Um sorriso piscou em sua boca. - Eu sei que você é boa, mas não queremos desencadear o sistema de segurança de Gabriez. - Vou entrar, copiar o que precisamos e sair. Trabalharam juntos, o silêncio acompanhava, enquanto seus dedos dançavam nas suas telas. - Eu tenho a Nova integrada. - disse ele. - Boa. A pesquisa de dados está em andamento. - Faça rápido, Ryan. Quanto mais tempo você estiver lá, mais provável que sua segurança o detecte. Vamos lá. Ryan percorreu massas de dados. Um alarme baixo começou a tocar. - O sistema detectou uma irregularidade. - disse Zhim. Merda. Ryan olhou para os dados passando. - Eu preciso de mais tempo! - Não sabe que é um hack, apenas uma anomalia. Ela pensará que eu tropeçei, instalando o Nova. Mas ela enviará alguém aqui para verificar. - Ele se inclinou, tocando a tela com ela. - Quase lá. - disse Ryan, batendo freneticamente. - Eles ainda pensam que somos apenas uma falha. - Aguarde, eu tenho algo! - As imagens preenchiam a tela de Ryan. – Os esquemas estão aqui. - Ela sorriu para ele. Ele sorriu de volta. - Bem feito. - Calma... há mais. - Mais imagens. Estes estavam ao vivo. Era o feed da câmera do labirinto. O video mostrou um homem sendo eletrocutado, seu corpo tremendo violentamente. Ryan provou bile na garganta. A imagem mudou. Agora, era um alienígena gigante de joelhos, gritando e arranhando a parede da rocha na frente dele. Seus dedos estavam sangrando. - Gabriez está tentando quebrá-los. - A voz de Zhim era difícil. - Eles estão vendo seus medos e segredos mais profundos e mais sombrios. Ryan pressionou uma palma para a barriga dela. Ela não queria seus medos mais profundos e mais sombrios fossem expostos para todos verem. E ela não queria experimentá-lo, nunca mais. A imagem mudou novamente, e Ryan ofegou. Neve estava no centro da tela. Ela pulou, girou e chutou um enorme cyborg com quem estava lutando. O cyborg balançou um enorme punho de metal, e Neve se abaixou. - Ela está no extremo norte do labirinto. - disse Ryan. - Ela está viva. Zhim olhou fixamente. – Por agora. Drak. Ninguém sobrevivia durante muito tempo no labirinto de Gabriez. Zhim só havia visto uma ou duas pessoas sair. Tudo o que ela tinha feito em seus cérebros os deixou mexidos, apenas conchas de quem eram antes. - Precisamos sair daqui e obter os esquemas para o Galen. Os gladiadores precisam planejar uma missão de resgate assim que puderem. - Ela está lutando. - Ambos assistiram Neve aterrissar nas costas do cyborg. Um momento depois, ela bateu vários golpes fortes para a cabeça do cyborg. Caiu como uma árvore cortada e bateu no chão. - Mas o técnico de Gabriez... pode danificar o cérebro das pessoas. - disse ele. Ryan fez uma careta. - Eu não gostava dela antes, mas agora eu gosto ainda menos dessa alienígena louca. - Precisamos sair daqui. E você precisa sair do sistema. - Pode deixar. - Ela bateu rapidamente. - Eu vou deixar um bug escondido para monitorar Neve. Dessa forma, podemos encontrá-la quando voltarmos. Ele viu Ryan sair do sistema e cobrir suas faixas. A trilha mostrou apenas o trabalho de instalação que o Zhim havia feito. Ela simplesmente desligou o computador quando as portas do quarto se abriram. Godval e um guarda cyborg entraram. - O sistema detectou atividade irregular. - disse o cyborg com uma voz sem emoção. Zhim deu uma fungada desdenhosa. - Este é um trabalho complexo. Não estou surpreso por este sistema inferior detectá-lo. - Seu tom pingou arrogância. Ryan olhou para ele, os olhos arregalados. - A instalação está completa? - Perguntou o cyborg. Zhim assentiu. - Sim. - Gabriez solicitou sua presença para despedir-se. Medo encheu as suas veias. Gabriez presidiria uma de suas refeições. Pelo que ele ouviu, elas nunca eram muito divertidas para os convidados. - Seria um prazer. - Ele inclinou a cabeça. - Eu apenas quero escoltar a minha assistente primeiro para cima. - Gabriez também a quer lá. - O guarda abriu os dentes de metal. - Como um show de hospitalidade. Drak. Agora, a senhora da informação estava interessada em Ryan. - Como você deseja. - Seu olhar se direcionou para Ryan e eles terminaram de arrumar suas coisas. Então seguiram os homens de Gabriez até o quarto principal acima. As mesas agora preenchiam o espaço, e as cortinas de metal tinham sido desenhadas pela janela para o labirinto. Vários dançarinos se contorceram em pedestais. No ar acima, pequenos drones cobertos de luzes brilhantes foram estimulados. Enquanto caminhavam pelas mesas, Zhim olhou para os pratos carregados de comida. Havia especialidades de todo o planeta, e de vários outros planetas, também. A maioria era adequada a um palato reptil. - Parece horrível. - O nariz de Ryan enrugou. - Isso é porque a maioria é venenosa. Gabriez realmente precisa ingerir certos venenos. - Ugh. - Mantenha a cabeça baixa e fique quieta. - advertiu. - Ah, Zhim. - Gabriez estava descansando em travesseiros na cabeceira da mesa. Sua língua bifurcada pulou. - Eles me dizem que você completou o trabalho. Obrigada. - Precisamos ir, Gabriez. Tenho outras nomeações. - Fique por alguns minutos. Estávamos prestes a começar o entretenimento. - Ela levantou a mão e acenou. As grandes cortinas de metal atrás dela começaram a rolar. Os festeiros titulados. Zhim viu pessoas no labirinto abaixo, correndo, gritando e lutando. Ele varreu o espaço e viu Neve. Ela já tinha uma espada e estava atacando vários oponentes cyborg. Gabriez havia preenchido o maldito labirinto com seus híbridos de máquinas orgânicas. Ele olhou e viu Ryan tentando ocultar sua reação consternada. - Eu tenho um novo brinquedo para testar. - Gabriez levantou a mão. Na palma da mão havia uma minúscula peça de metal. Então se mudou e fez pequenas asas em vibração. Era um inseto robótico e era quase bonito. - Me levou meses para aperfeiçoá-lo. - A senhora da informação jogou o inseto no ar. Ele zumbiu, e um painel de vidro abriu-se. Ele voou pelo espaço aberto e entrou no labirinto. Uma das telas na parede mudou para mostrar imagens de câmera do labirinto. Zhim observou, corpo rígido, quando o inseto disparou em um homem. Ele era alto e magro, sua roupa era nada além de trapos esfarrapados. O inseto voou em seu rosto e ele bateu nisso. Então Zhim viu que ele voava no canto de seus olhos e se movia para dentro. - Não. - O suspiro horrorizado de Ryan. O homem na tela agarrou seu rosto. - Não! - Sua boca se abriu em um grito. - Faça-o parar. - Seus gemidos penetrantes ecoaram para cima. Gabriez estava sorrindo. - Incorpora-se na base do cérebro e causa uma dor imensa. Eu posso controlar as respostas de dor das pessoas. Será uma ferramenta perfeita para... coleta de informações. Tortura, ela quis dizer. Ela era um monstro. - Engenhoso. - Ele forçou a frase. - Desculpe, Gabriez, mas minha assistente não está se sentindo bem. Nós vamos deixá-la para o seu entretenimento. Os olhos verdes da mulher alienígena se estreitaram. O coração de Zhim bateu dolorosamente em seu peito enquanto esperava por sua resposta. - Muito bem. Obrigada novamente. - Sua voz caiu. - E sua amável assistente. Zhim agarrou a mão de Ryan e tentou não correr para fora do prédio. Eles voltaram para a escada. Quando saíram para a noite, Ryan respirou profundamente. - Segure um pouco mais. - Ele a conduziu para o seu transporte. Estava exatamente onde o deixara. Ele desativou o sistema de segurança e empurrou o equipamento na parte de trás. Assim que Ryan entrou no assento, Zhim se afastou, acelerando rapidamente. Ele queria tanta distância entre eles e Gabriez quanto possível. - Ela é horrível. - Ryan pressionou as palmas dos seus olhos. - Pobre Neve. Nós precisamos tira-la de lá. - Nós não podemos correr para lá, ou Gabriez terá a vontade de nos aprisionar. - Zhim tocou a tela no transporte e o rosto de Galen apareceu. - Nós conseguimos, e nós temos os esquemas. - Muito bem. - Nós vimos Neve. Ela está no labirinto, e por enquanto, ela está viva. - Bom. Envie os esquemas, e vamos começar a fazer planos para nos infiltrar. - O rosto do imperador escureceu. - Eu vou ter que me sentar com Corsair para impedir que ele ataque. - Eu recomendo entrar de manhã. - disse Zhim. - A festa de Gabriez percorrerá a noite. Ela vai dormir a maior parte do dia. Ryan inclinou-se para frente. - Galen, o lugar está repleto de guardas de cyborg e outras técnicas horríveis projetadas para infligir dor. O imperator assentiu. - Já fiz planos para encontrar o Magnus Rone. Ele nos ajudará. Zhim tinha encontrado o imperator ciberneticamente reforçado da Casa de Rone apenas um par de vezes. A informação sobre o homem era surpreendentemente fina. - Sua ajuda será inestimável. Eu olhei suas defesas, Galen... são difíceis. Você não poderá entrar sozinho com a força bruta. Precisa atravessar suas defesas online para que você possa se esgueirar sem ser detectado. - Uma parte dele que desejava assegurar-se de que Ryan nunca ficasse perto de Gabriez novamente, mas ele se forçou a desligá-lo. Ele entendia a necessidade de provar a si mesma e escapar das dificuldades de sua vida. Ele olhou para Ryan. - E eu precisarei da ajuda de Ryan para fazê-lo. Ela piscou, e então um sorriso explodiu em seu rosto. - Você me tem, info-boy. Ele olhou para Galen. - Ryan vai ficar comigo esta noite. Vamos discutir a melhor maneira de invadir o sistema de Gabriez. Galen assentiu. - E vou trabalhar no plano de infiltração com Magnus. Nós vamos ver você primeiro horario da manhã. Zhim dirigiu-se para a área de estacionamento abaixo do prédio, e logo ele e Ryan estavam indo para a cobertura. Quando as portas se abriram, Ryan dirigiu-se diretamente para a sala de computadores. - Ryan… - Eu quero começar a executar pesquisas através dos dados de Gabriez. Neve não tem o luxo do tempo. - Eu vou configurar, mas por agora, deixe-me mostrar-lhe o quarto de hóspedes. Você pode tomar banho e mudar. Ela vacilou, parecendo rasgada. - Eu gostaria de lavar o cheiro daquele lugar horrível. - Venha comigo. Ele a conduziu a seu quarto bem equipado. - Há uma variedade de roupas no armário. Espero que algo de em você. - Obrigada. - O olhar dele fechou o dela. - Obrigada por tudo. Zhim olhou para ela por um momento. – De nada. - Ele enfiou as mãos nos bolsos. - Bem, eu vou deixar você. Ele a deixou, e depois de carregar os dados que haviam confiscado, ele subiu ao corredor até seu próprio quarto. Enquanto ele tirava sua roupa e se dirigia para o banheiro, ele tentou não pensar em Ryan ao lado. Nua. Com água correndo sobre suas curvas finas. Ele respirou fundo. Ele tinha um sistema para entrar, e uma mulher para ajudar a salvar. Ele deveria pensar em Ryan. Quando mudou, Ryan já estava de volta ao seu quarto de informática. Ele notou que ela só estava usando uma camisa de homem que era grande o suficiente para ser um vestido para ela. Ela colocou-a na cintura. Quando ela tocou na tela, ele percebeu que ela entrou em seu sistema e passou sua senha. Ele balançou a cabeça, lutando contra um sorriso. Por que ele não estava mais irritado com a falta de respeito pela sua segurança? - Encontrou o que você precisa? - Oh. - Ela empurrou e olhou para cima. - Eu pensei que você demoraria mais tempo. - Suas bochechas estavam rosa, e ela não encontrou o seu olhar. - O que você está fazendo? - Ele estava desconfiado agora. - Nada. Eu não estou em seus arquivos, ou qualquer coisa. Estou acessando o meu. Ele rodeou a mesa, e ela jogou as mãos sobre a tela. - Conte-me. Ela respirou fundo. - É apenas um diário, está bem? Os curandeiros disseram que deveria escrever sobre... tudo. Para ajudá-la a trabalhar com a dor dela. Isso fazia sentido. Então, por que suas bochechas estavam vermelhas? - Tudo bem. - disse ele. Ela limpou a garganta. - Deixe-me fechá-lo... - Ela moveu uma mão e tocou a tela. Então ela se endireitou como se tivesse sido eletrocutada. - Meu Deus. A tela está congelada! - Eu posso consertar isso… - Não! Não olhe. - Ela estendeu os dedos, sua voz virando alta. - Minhas coisas pessoai , minhas coisas pessoais estão presas na tela. - Ela olhou para o teto. - Por que eu? - Eu tenho que olhar para corrigi-lo. Não vou lê-lo. Ela bufou. - Diz o homem que tem que saber tudo… - Você vai ter que confiar em mim, Ryan. Ela soprou um suspiro para cima que irritou os cabelos. - Bem. Mas não olhe. Quando baixou as mãos, Zhim moveu-se para consertar a tela. Os dados dela estavam congelados no centro da tela e, à medida que o olhar dele deslizava sobre ele, ele inadvertidamente vislumbrou algumas palavras em inglês. Ele se tornou bastante proficiente em ler o idioma. Sexo quente com um alien quente. Sexo ao ar livre. Palmada. Seu coração bateu contra suas costelas. O que o drak? - Sexo quente com um alienígena? - Você leu! - Ela lamentou. - Eu não quis, as palavras simplesmente saíram da tela… Ela fez um pequeno som gritando e cobriu a tela novamente. - Oh Deus. Por que não consigo ter uma pausa? Eu juro que o universo está apenas contra mim. - É tarde demais para se esconder, Ryan. - Zhim manteve seu olhar nela. Ele nunca quis obter informações como agora. - Diga-me o que era isso.
***
As bochechas de Ryan estavam flamejantes. Ela não podia acreditar
que Zhim tinha visto sua lista idiota de sexo. Ele a estava observando agora, seu olhar estreitado e concentrado. O homem era implacável quando se tratava de descobrir segredos. Ela respirou fundo. - Olha, você sabe que os últimos meses da minha vida foram roubados de mim. Eu quase não consegui sobreviver, não consegui fazer uma única escolha por mim. - Ela passou um fio de cabelo atrás de sua orelha. - Inferno, antes disso, na Terra, eu também não estava vivendo. Adorava meu trabalho, mas eu simplesmente me encaixei em meu tipo de compromisso com... - Com o idiota. - Ele não era de tudo ruim, mas sim, ele poderia ser um idiota. - Ela jogou os braços para fora. - Eu nunca sai para me divertir. Não fui aventureira, nem tentei as minhas fantasias mais secretas, nem tentei coisas novas. Zhim levantou uma sobrancelha. - Como sexo gostoso com um alienígena? - Esta é a minha vida agora. Aceitei Kor Magna como minha casa. - Ela ergueu o queixo. - Estou planejando abraçá-la. Ele ficou quieto por um momento. - Isso faz sentido. Ela piscou. - Faz? Ele assentiu. - E eu gostaria de ajudá-la. Agora, era sua vez de congelar, suas sobrancelhas se juntando. – Ajudar-me? Ele deu um passo em direção a ela, alto, magro e gracioso. - Eu sou um alienígena. Seu peito ficou apertado e sentiu que o calor inundava suas bochechas. - Você quer fazer sexo comigo? - Sua voz estava com ar e alta. - Sexo quente. Sim. E eu quero saber qual é a posição da Butter Churner. Oh, Deus . Contra sua vontade, seu olhar correu por seu corpo. Ele era lindo. Nunca tinha sido uma pessoa para músculos grandes e volumosos. Zhim era magro, com uma força silenciosa, e acima de tudo, ele tinha um grande cérebro que achava fascinante. Ryan tremeu, arrepios acendendo em sua pele. Ela engoliu em seco e encontrou a voz dela. - Eu não sou uma daquelas mulheres altas e elegantes que você parece preferir. - Não, você não é. - As cores em seus olhos pareciam um redemoinho, e seu olhar estava focado como um laser nela. - Estou descobrindo que já não estou mais interessado em altas e elegantes. Pequenas, lindas e insanamente inteligentes estão se mostrando muito atraentes. Vaca sagrada. O desejo a inundou. Ela deu um passo mais perto, como se ela fosse puxada por uma força magnética. - Isso é louco, Zhim. Nós deixamos um ao outro loucos. Inclinando a cabeça notou que suas mãos se flexionavam. Ele não era tão legal e composto como ele parecia. Hora de começar a viver, Ryan. Ela saltou sobre ele. Ele a pegou, e sua boca pousou sobre a dela. Deus, o homem poderia beijar. À medida que sua língua penetrou em sua boca, ela apertou os ombros, os dedos dela cavando. Ele saiu da sala de computador, batendo em uma mesa ao sair. Ele amaldiçoou e Ryan riu. - O quarto está longe demais. - ele resmungou. De repente, eles estavam em sua sala de estar, e ele a estava abaixando em um longo sofá. Ryan atacou seu pescoço, arrastando os dentes pela pele. Então, ele estava segurando seu queixo, e trazendo seus lábios de volta ao dele. - Pelas estrelas, você é tão boa. - ele mordeu. Eles rasgaram a roupa um do outro, e ela atacou o aperto da camisa. Ela brigou brevemente com o fechamento desconhecido, mas depois golpeou e a camisa sedosa se separou. Ela passou as mãos sobre a pele e os músculos embaixo. Deus, ela amava seu peito. Suave e magro e sexy. Ele a empurrou para trás e então sua camisa havia desaparecido. Ele segurou seus peitos, um olhar reverente encher seu rosto. Ele se inclinou e sugou um mamilo na boca dele. - Oh, isso é bom. - Ela se arqueou, suas mãos mergulhando em seus cabelos escuros. De repente, ele se recostou, seu olhar quente e com fome derivando pelo corpo. - Você é linda, Ryan. - Eu nunca pensei isso. - Magro, bonito, tudo na proporção. - Ele lambeu os lábios. - E tantas coisas para eu descobrir. Ele se moveu e se inclinou, beijando a sua barriga plana. Suas pálpebras vibraram e ela se contorceu sob seu toque. Ele tomou seu tempo, beijando, lambendo e acariciando. Como se ele estivesse memorizando cada parte dela. Então ele cutucou as coxas dela. A respiração de Ryan engatou. – Zhim… - Eu tenho lido documentos da Terra sobre o prazer das mulher e o clitóris. Ela revirou os olhos. - Homens. - Bem, eu sou um comerciante de informações. - Seu sorriso era predatório. - Eu devo saber tudo. - Ele lentamente a acariciou entre suas pernas. Jesus. Seus quadris se abalaram. Ele tomou seu tempo, acariciando, os dedos escovando seus cachos úmidos. - Tão quente, macio e molhado. Ele era implacável. Ele separou suas dobras, observando cada uma de suas reações. Ele deslizou um dedo dentro dela e ela gemeu. - Eu gosto desse som. - Um sorriso satisfeito tocava em seus lábios. Ele trabalhou um segundo dedo dentro dela. - Drak, você é apertada. - Pare... está me atormentando... eu… - ela ofegou. - Mas você gosta. - As palavras saíram com um lento silvo de ar, e Ryan olhou para o rosto dele. Seu olhar se estreitou e sua própria respiração aumentou. Claramente, ele também gostava. Seu polegar acariciou seu clitóris, e ela se moveu embaixo dele. - Ah, aí! O ar explodiu nela com respirações esfarrapadas. Ele continuou deslizando os dedos dentro dela, aquele polegar circulando seu clitóris. Então suas mãos se foram. Ela se levantou. - O que? Não, não pare... Ele a afastou de volta. - Pegue o travesseiro, Ryan. Mantenha-se, dê tudo para mim. Ele abaixou a cabeça, com a respiração quente na coxa . Oh Deus. Ela estendeu a cabeça acima e agarrou o lado do sofá com os dedos. Zhim a lambeu. Ela gritou uma vez, e então sua língua estava mergulhando dentro dela. A sensação inundou sua pele, e palavras incoerentes saíram de sua boca. Ele não se apressou, explorando cada parte dela com a língua. - Você sente divinamente, Ryan. Como a delicadeza mais rara. Ela sentiu a ponta dos dentes, e então ele sugou seu clitóris. Ela sibilou em uma respiração afiada. - E você é quente, apertada e molhada. Eu adoro. - Ele usou aquela boca perversa, descobrindo todas as partes dela e aprendendo o que ela mais gostava. - Eu não posso... eu... - Seu corpo estava apertado como um arco, sensações que a atravessavam. - Eu quero tudo isso. Me dê isto. Ela olhou por seu corpo nu para onde sua cabeça escura descansava entre suas coxas. Seus olhos brilhavam, o nebuloso redemoinho de cores brilhava na luz fraca. Seus dedos roçaram seu clitóris. - Dê-me, Ryan. - Ele baixou a cabeça mais uma vez, e quando ele lambeu seu clitóris desta vez, ela explodiu. Seu corpo endureceu, suas mãos flexionando no sofá. Ela gritou, seu corpo tremendo, o orgasmo mais quente e forte do que tudo o que experimentara antes. Ela voltou para o sofá suave, o peito tremendo, o prazer ainda fazendo seus músculos se contrairem. Ela tentou fazer seu cérebro funcionar. Zhim mudou, e quando ela abriu os olhos, ele estava de pé sobre ela. Ele derramou sua camisa, e então, com alguns movimentos, ele abriu as calças. Instantaneamente, o corpo de Ryan voltou a apertar. Seu olhar estava colado em suas mãos. Ele soltou suas calças, colocando seu corpo em exibição para ela. Piedoso. Inferno. Ele tinha pernas fortes para um homem que estava sentado em um computador o dia inteiro. E ele tinha um pau longo e duro levantando-se em direção a sua barriga. Ryan enviou uma pequena prece aos criadores desaparecidos que tinha aprendido que tinham semeado a vida humanoóide em toda a galáxia... deixando ela e Zhim fisicamente compatíveis. Ela queria. Ela queria agora. Ela se levantou de joelhos e alcançou ele. Ela empurrou uma mão ao redor de seu pênis e acariciou. Tão quente e duro, mas suave na superfície. Fez um som rosnado e empurrou os quadris contra ela. Ela sorriu. Era hora de descobrir o que o seu comerciante de informações gostava. Mas Zhim se moveu, empurrando-a de volta para o sofá. - Eu acho que é minha vez. - ela reclamou. - Ainda não terminei com você. - Sua voz era profunda, perto de um rosnado. Ele pressionou um joelho para o sofá. Tudo bem, também era bom. Ela agarrou seus quadris e aproximou-o. Seu pênis escorregou entre seus pequenos seios e ele gemeu. Ela sentiu aquela sensação quente vindo dela e empurrou seus seios juntos, adicionando mais fricção. Ele soltou um grunhido de satisfação. Ele empurrou novamente, deslizando entre seus seios. No próximo impulso, ela lambeu a cabeça grossa de seu pênis. Outro gemido torturado. - Suficiente. Ele puxou para trás e agarrou uma de suas pernas. Ele empurrou-a contra a parte de trás do sofá, abrindo-a. Então ele abaixou seu grande corpo sobre o dela. Ela sentiu a pancada de seu pênis duro, onde estava úmida e carente. Seu pênis encaixou entre suas dobras e ele acalmou. - Pronta, Ryan? - Seu olhar encontrou o dela. Suas mãos agarraram seus braços. - Sim. Ele deslizou para ela com um forte impulso. - Deus. - Suas unhas morreram em sua pele. Ele era grosso, esticando- a, enchendo-a. Ela não sabia que estava tão vazia. Ele começou um movimento de balanço, seu pênis percorrendo dentro dela. - Mais. - ela gemeu, levantando os quadris. - Mais duro, Zhim. Mais rápido. Ele rosnou e começou a martelar dentro dela. A necessidade estava raspando Ryan com garras afiadas, e outro orgasmo estava se aproximando. Esta não era uma exploração lenta e doce. Isso era duro, rápido e desesperado. O poder de seus impulsos enviou o sofá movendo-se pelo chão. Ela estendeu a mão, suas unhas coçando as costas. O prazer estava se lançando nela agora, pequenos gritos quebrando de sua garganta com cada impulso. Ryan perdeu a noção do tempo, o prazer nublando tudo, exceto os dois. O rosto de Zhim estava como pedra, precisava montá-lo com força. - Drak, Ryan... Ela passou as pernas ao redor dele, cavando os calcanhares nas costas dele. Ele gemeu, seus quadris bateram nela. A liberação dela caiu sobre ela e seus gritos ecoaram na parede. Seu corpo o reprimiu e seus esforços perderam qualquer sensação de ritmo. Sua mão afundou em seus cabelos, puxando seu rosto perto dele. Quando ele a beijou, ele voltou para casa uma última vez, entrando dentro dela com um profundo gemido e colapsando em cima dela. Ryan ofegou, tentando recuperar o fôlego. Ela estava destruída. Ela se envolveu ao redor dele, segurando-se forte. Ela precisava de algo para fixa- la. Sua respiração estava quente contra seu pescoço, e quando ela finalmente virou a cabeça, ela piscou. O sofá estava a meio caminho da sala de estar, as almofadas estavam jogadas por toda parte, e a camisa dela pendia de uma lâmpada. - Uau. - ela murmurou, acariciando sua mão por sua parte traseira lisa. – Sexo quente com um alien é foda! Uma risada saiu de Zhim. Ele ergueu a cabeça, seu olhar movendo-se sobre o rosto. Ryan sentiu... que algo passou entre eles. Então, antes que qualquer um deles pudesse dizer qualquer coisa, ele se levantou, levantando-a em seus braços. - Para onde vamos? - Perguntou ela. - É hora de outro item na sua lista. A emoção correu através dela. - Oh? Ele sorriu. - Sexo ao ar livre. Zhim carregou Ryan até á varanda. A brisa quente do deserto escovava a pele suada e quente. Ele se sentiu bem. Muito bem. Para ele, o sexo sempre foi rápido, quente e mais. Antes de uma mulher ter deixado sua cama, os sentimentos sempre começaram a desaparecer, e ele estava ansioso para voltar ao seu trabalho. Mas os sentimentos complexos que se misturavam nele agora, fortemente dominados pelo prazer, não estavam desaparecendo. Não, em vez disso, ele queria mais. Ele apertou Ryan. Ele gostava do calor de seu corpo pequeno contra ele. Quando ele se aproximou da pequena piscina de imersão no final da varanda, as luzes da piscina piscaram. Ryan ofegou. - Ah, a piscina vai bem à beira do prédio! - Isso é certo. - Quando Zhim comprou pela primeira vez a cobertura, ele queria o melhor. - Meu Deus, é lindo. É seguro? - Sim. É muito bem projetado. - Ele colocou-a em seus pés e ela instantaneamente disparou longe dele, entrando na água. Ele observou a água cair pelas pernas e depois as curvas suaves de seu traseiro. Seu pênis apertou. - Isso é tão bom, Zhim. Ela abaixou-se debaixo da superfície, então veio com água fluindo do cabelo e do corpo fino. Ela era bonita. Zhim sentiu que tudo nele permaneceu quieto. Ele sempre atribuiu um valor às coisas. Sempre precisava saber, ter, recolher. Ele veio do nada, e ele nunca mais voltaria para lá Mas, olhando para Ryan, ele não sentiu a vontade de conhecer e ter presente. Em vez disso, apenas observá-la era o suficiente. Ela se abaixou de volta na água, nadando até a borda limpa da piscina que se estendia no prédio. Muitas pessoas que moravam em Carthago podiam nadar, e seus movimentos eram fascinantes. Ela parecia um alienígena elegante de água de um planeta oceânico. A necessidade explodiu. Ele tinha que ter ela. Zhim entrou na água. Ryan virou-se com um sorriso largo nos lábios e seus cabelos escuros voltaram para trás. Quando viu o rosto dela, ela congelou. - Você é minha. - Suas palavras eram uma promessa gutural. Seu olhar acendeu. - Você terá que me pegar primeiro. - Ela abaixou- se debaixo da água e se afastou. Zhim passou por ela. Ela cortou a água rapidamente e elegantemente. Os membros magros roçaram suas mãos e expulsaram. Mas ele tinha um alcance mais longo, e quando ela se dirigiu para o lado, ele a agarrou. Ele a levou de volta ao peito e ela riu. Era um som maravilhoso. Ele sabia que ela não tinha razões para rir á muito tempo. Ele puxou a cabeça para trás e a beijou. - Zhim. - Um murmúrio antes de abrir a boca e beijá-lo de volta. Ele atravessou a piscina até os azulejos sob seus pés darem lugar a um vidro claro. - Olhe para baixo. - ele murmurou. - Deus. - Seus dedos apertaram seus antebraços. - É como andar no ar. Muito abaixo deles, os transportes atravessavam o céu, e as brilhantes luzes do distrito cintilavam e piscavam, tudo distorcido ligeiramente pela água. Ele alcançou a ponta clara da piscina e a empurrou para frente, até que ela estava pressionada contra ela. Suas mãos se curvaram ao lado, seu olhar para a cidade além. Zhim passou a mão sobre a bunda, agarrando os globos carnudos, amassando-os. Seu pênis estava batendo forte novamente. Ela empurrou para trás contra ele, e ele deslizou uma mão entre suas pernas, acariciando. Ele não podia esperar mais. Ele cutucou as pernas e avançou, seu pau deslizando ao longo da sua bunda e depois baixou. Com um único impulso, ele se hospedou dentro dela. Ela gemeu. - Este é o seu novo mundo, Ryan. - Ele começou a empurrar, movendo as mãos para cobrir as dela na borda da piscina. - Tem muito para te oferecer. É o que você faz disso. Ele continuou mergulhando dentro dela, sentindo o prazer ao redor da base da coluna vertebral. Ele sabia que sua libertação não estava longe. Ele não duraria muito tempo em seu corpo apertado e quente. Ela estava empurrando para trás contra ele, dando tanto quanto ela pegou. Essa era a sua Ryan. Abaixando uma mão, ele a colocou na água e passou os dedos por sua barriga. Ela estremeceu contra ele, e então mergulhou entre suas coxas. Ele encontrou seu clitóris inchado e esfregou. Seu corpo apertou-se sobre ele e Zhim gemeu. Ele continuou empurrando, sem pensar agora, e continuou a trabalhar nesse pequeno e fascinante botão. - Zhim! - Ela gritou, suas costas arqueadas. Seu corpo apertou seu pênis, apertado e quente. Seu nome em seus lábios. Era o melhor que ele já havia recebido. Quando seu lançamento climax, ele rugiu pelo nome dela. Enquanto ele pulava dentro dela, ocorreu com Zhim que Ryan não era a única a enfrentar um mundo novo. Ele também estava - tudo por causa de uma mulher pequena e de boca inteligente da Terra. O pensamento o aterrorizou.
***
Ryan estava olhando os dados na tela e bateu uma unha contra os
dentes. O primeiro dos sóis de Carthago deveria subir em breve. E isso significava que seria hora de resgatar Neve. - Aqui. - Ryan apontou para um ponto no mapa. - Nós podemos conseguir a equipe aqui. Zhim inclinou-se sobre o ombro. Garoto, o homem tinham um cheiro bom. Ela respirou profundamente. Ela estava serena ao redor dele. Depois que eles batizaram sua piscina, eles foram ao quarto dele e estragaram sua cama grande. Depois, ela passou uma noite sem pesadelos enrolada nos braços de Zhim. Ryan suprimiu um arrepio. Ela sempre gostou do sexo e apreciou um orgasmo tanto quanto a próxima garota, mas o que ela fez com Zhim... Ela estava prestes a se tornar viciada em seu alienígena sexy e arrogante. - Vai funcionar. - ele murmurou, sua testa franzida quando ele olhou para a tela. - E já planejamos como perfurar um buraco através do sistema de segurança de Gabriez. Ryan deixou seu olhar rastrear seu rosto. Ela não tinha evidências de que Zhim tivesse relações. Nenhuma indicação de que ele alguma vez deixou alguém entrar. Uma sensação ácida passou por seu estômago. Uma noite com ele fez Ryan questionar tudo. Ela não tinha certeza de que o sexo quente era suficiente para ela. Mas o que ele queria? - Galen confirmou que Magnus está chegando. - disse Zhim, interrompendo suas reflexões. - Ele tem vários implantes cyborg que ajudarão imensamente no labirinto. - Ele inclinou a cabeça e a encarou, seu rosto inexpressivo. - Você deveria ficar aqui. Você ficará segura... Ryan ergueu em seus pés e empurrou as mãos nos quadris. - Você realmente pensou que isso funcionaria? Ele lançou-lhe um olhar frustrado. - Não, mas valeu a pena tentar. - Ele soprou uma respiração. - Além disso, suas habilidades serão vitais no labirinto. O calor floresceu dentro dela. - Você diz as coisas mais doces. - Eu não sou doce. - Uh-huh. - Ela voltou para a tela e começou a retirar mais dados da área de armazenamento de Zhim. Ela examinou a informação por um momento, e então ela franziu a testa. - Zhim, o que é isso? - O que você está fazendo? Você não deveria estar ai! - Ele estendeu a mão para tocar os controles. Ela afastou a mão dele, olhando a tela. Seu cérebro trabalhava no que estava vendo. - Você apenas está cobrando a Galen por uma fração do trabalho que você faz para a Casa de Galen. Você forneceu todo o tipo de dados sobre os escravos abusados e menores que precisam ser salvos. E as chamadas para a Terra através dos buracos de minhocas... - Seus olhos se arregalaram. - Jesus, o procidimento técnico que você executa para as chamadas vale uma pequena fortuna. - Ela olhou para ele. - Você está perdendo dinheiro. Ele franziu o cenho. - Eu tenho muito dinheiro. - Assim como a Casa de Galen. - Ela balançou a cabeça. - Você se parece tão arrogante e... mercenário. - Eu sou. Ela bateu na tela. - Você também trabalhou para outras pessoas, por montantes ridiculamente baratos. Quase de graça. - Ela percorreu os arquivos. Ele ajudou as pessoas a rastrear crianças desaparecidas. Ele havia fornecido dados a pessoas que ameaçavam perder suas casas e negócios. - E há mensagens de agradecimento aqui de todos os alunos com quem você trabalhou no Colégio Kor Magna para Sistemas de Informação. Ela olhou para ele. Seu corpo estava rígido, sua mandíbula apertada. Ele olhou por cima do ombro na parede. - Por quê? - Perguntou ela. - Eu venho do nada. - ele mordeu. - Eu sei o que é como perder o pouco que você tem. - Seu peito se moveu com uma respiração esfarrapada. - Eu sei o que é fazer amizade com alguém, para finalmente não ficar sozinho, e depois desaparecer dois dias depois. Ou pior, para tê-los esfaqueando você com uma faca, para que eles possam levar sua comida. Ryan sentiu o coração apertar. - Como você sobreviveu? Seu olhar se moveu para ela agora, aqueles olhos de nebulosa estavam quentes. - Fiquei mais velho, mais sábio, e aprendi a não confiar em ninguém. Aprendi a evadir os predadores que vieram ao meu planeta à procura de crianças que ninguém notaria que desapareceram. Um mau gosto encheu sua boca. - Aprendi que só poderia depender de mim. - Ele arrastou uma respiração. - Um dia, vi um homem soltar um computador portátil. Esmagado, e desde que estava quebrado, ele deixou ali. Eu recolhi todas as peças e brinquei com isso por dias. Eu o separei e voltei a colocar junto. Eu consegui fazer com que funciona-se. - Seu rosto mudou, a tensão suavizando. - Eu me ensinei a usá-lo, e então comecei a piratear os terminais públicos. Foi aí que eu aprendi pela primeira vez que o conhecimento é poder. E uma vez que você sabe algo, ninguém pode tirá-lo de você. Ryan sentiu lágrimas apertando em seus olhos. Ele era outro sobrevivente. Ela caminhou até ele, pressionando contra seu peito. - Por que você não diz a Galen que está ajudando ele e os outros? Por que se esconder atrás da fachada do arrogante comerciante de informações? - Eu sou um comerciante de informações arrogante. Como eu disse, o conhecimento é poder, Ryan. - Ele levantou uma mão e acariciou suas costas. - Se você se dá a muita gente, eles sempre o traem. Zhim nem sabia como se conectar com as pessoas, e estava claro que ele estava com medo. Ela segurou sua bochecha. - Eu não vou te trair. - Ela passou para os seus dedos dos pés e apertou um beijo em seus lábios. De repente, ele a empurrou para trás, e seu traseiro atingiu a borda da mesa. Quando ele a levantou na superfície lisa, as coisas caíram no chão. - Você poderia. - Seu corpo grande e quente pressionado contra o dela. Sua boca percorreu o pescoço, beliscando a pele. - Você me aterroriza acima de tudo. - E isso o deixa com raiva. - Sim. - Seus dentes beliscaram um tendão em seu pescoço. A cabeça de Ryan caiu e ela gritou. - Não há recompensa sem qualquer risco, Zhim. Você não pode simplesmente se esconder aqui em sua torre. - Eu posso fazer o que quiser. - A borda arrogante estava de volta à sua voz. Ela o afastou. Ela não o deixaria se esconder. Ela atravessaria aquela concha dele, não importa o que ela tivesse que fazer. - Se você está bravo comigo, então talvez você deva me punir. Ele se acalmou e Ryan virou-se, seus quadris pressionaram a mesa. Ela balançou a bunda para ele. Um brilho entrou em seus olhos. - Item número três na sua lista. Palmada. - Precisamos encontrar os outros daqui a pouco. - Outro movimento. - Então, é melhor você ser rápido. Sua grande mão bateu em seu traseiro. Ele levantou a ponta da camisa emprestada e o ar fresco atingiu sua pele. Ela não tinha se incomodado com calcinha, já que ele destruiu a dela. - Sua pele é tão suave. - ele murmurou. O golpe afiado de sua palma em sua bunda a fez ofegar. Seu corpo inteiro estremeceu. A doce dor realmente não doía, aumentou o desejo crescente dentro dela. Ele bateu em sua outra bochecha, e ela engoliu um gemido. Suas mãos mergulharam entre as pernas. - Tão molhada. Eu acho que você gosta, Ryan. Muito. Ele a espancou novamente. Ela antecipou cada bofetada de sua palma, choramingando. Ele começou um padrão de duass batidas, seguidas de acariciar, provocando-a com um dedo grosso. - Você gosta? - Smack. Ela gritou. - Diga-me, Ryan. - Smack. - Sim. - Ela empurrou contra a palma da mão. Ela estava pingando entre as pernas, com a barriga firme com a necessidade. Ele puxou-a mais algumas vezes, e então ela o ouviu abrir as calças. No momento seguinte, seu longo pau a enchia. Ele grunhiu quando ele entrou bem dentro dela. - Foda-me, Zhim. - Eu vou. - Enquanto ele empurrava dentro dela, ela o ouviu murmurar seu nome repetidamente. Ryan se entregou ao prazer. Havia tantos segredos em seu alien sexy, e queria aprender todos eles. Com a tensão apertando em seus ombros, Zhim levou Ryan em torno de um edifício em ruínas nos arredores de Kor Magna. A luz da manhã cedo estava turva, e o ar estava silencioso, mas a temperatura já estava subindo. Uma grande silhueta apareceu na escuridão, seguida de outra e outra. Zhim ficou tenso, e então a forma de chumbo foi resolvida em Galen. O imperador estava vestido de preto, como de costume, e logo atrás dele havia outro homem de cabelos negros, usando um casaco que batia em seus joelhos. Suas mãos enluvadas foram mantidas levemente aos lados. Magnus Rone. Quando o cyborg imperator se virou, Zhim lutou contra a sensação fraca que o advertiu, este homem era perigoso. Magnus inclinou a cabeça, a luz fraca atingiu o implante metálico em sua têmpora e aumentou o brilho neon do olho direito. Zhim sabia que, sob a luva e a manga, um dos braços dele era feito de metal. Raiden, Thorin e Harper estavam atrás de Galen. Ryan avançou para abraçar a outra mulher. Um homem final emergiu da escuridão com um arrogante movimento. Os cabelos avermelhados de Corsair estavam amarrados de volta, e o homem parecia que não tinha dormido, com sombras escuras sob os olhos. Sua camisa estava entrecruzada com um bandoler de couro carregado com facas. - Vamos nos mover. Galen assentiu. Juntos, seu grupo se moveu silenciosamente e furtivamente até o ponto que Ryan e Zhim identificaram como o melhor lugar para entrar no labirinto de Gabriez. Ele puxou a tela portátil, e assistiu Ryan fazer o mesmo. Ambos começaram o hackear. - Mova-se levemente. - murmurou Zhim. - Nós só precisamos quebrar um pequeno buraco aqui, então não provocamos a sistema de segurança. Ryan assentiu. - Vou pressionar sua segurança no outro lado do seu labirinto. Informar aos seus guardas que estejam no lugar errado, então eles não nos vêem entrar aqui. - Traiçoeira. - Zhim sorriu para ela. - Eu gosto disso. Ryan piscou. - Vou colocar as câmeras nesta parte do labirinto em um loop. - acrescentou. - Então, uma vez que você percorre o sistema de segurança, como estamos entrando? - Perguntou Harper. - Do outro lado desta parede é um túnel de drenagem que leva direto ao labirinto. - disse Ryan. - Essa é uma parede bastante sólida que temos que passar. - disse Raiden. Magnus tirou um dispositivo e deu um passo à frente. Ele pressionou contra a pedra. - Diga-me quando o sistema de segurança estiver para baixo. O computador de Zhim tocou e ele assentiu. – Vá. O pequeno dispositivo começou a se mover, rastejando em um oval perfeito, queimando um buraco de dois metros de altura através da pedra. Um segundo depois, terminou um loop e a pedra se desintegrou em um sopro de poeira. - Drak - murmurou Raiden. - Temos trinta segundos antes de precisar fechar isso. - disse Zhim. – Vão. Vão. Corsair entrou primeiro. Em seguida todos atravessaram o buraco, caindo no túnel de drenagem úmido. Zhim redefiniu a segurança e depois seguiu. Ele pulou no túnel atrás dos outros, suas botas espirrando na água suja. Em frente, ele viu Corsair e Magnus removerem uma grelha que levava ao labirinto. Zhim aproximou-se de Ryan e, juntos, entraram no domínio de Gabriez. - Não confie em seus olhos. - advertiu. - Ela distorce tudo. Você nunca pode confiar que o que você vê é real. - Envie-me a localização da mulher. - Magnus empurrou a manga para revelar uma pequena tela amarrada ao pulso de metal. - Enviando agora. - respondeu Zhim. Galen e Magnus assumiram a liderança, Corsair e os gladiadores se posicionando atrás deles. Zhim ficou um passo atrás de Ryan enquanto se movia mais fundo nos túneis. Ele tinha um pequeno mapa na tela que mostrava a localização de Neve. Eles tinham muito labirinto a cobrir para alcançá-la. As luzes brilhantes passaram pela escuridão. Do outro lado, um grito ecoou nas paredes de pedra. Zhim ficou tenso. Ele odiava que Ryan estivesse aqui em um lugar horrível. Ela já havia sofrido em Zaabha. Ela não merecia estar presa em um lugar desses. Eles viraram outra esquina e continuaram se movendo. De repente, Galen e Magnus pararam, ambos endurecendo. Todo mundo no time congelou. Zhim olhou ao redor, e então seu peito engatou. As paredes cintilaram, e uma luz brilhante se abriu nos olhos. Ele já não via as paredes escuras do labirinto, em vez disso, ele estava nas ruas áridas e empoeiradas de Skora. Ele sentiu o fermento de fome em sua barriga, e a picada de cortes e contusões em seus braços cicatrizando. Ele era um adolescente novamente. Sozinho e com medo. Um som cortou seu pesadelo. O grito estrangulado de uma mulher. Ele virou a cabeça, e uma pequena mulher tropeçou nele. Uma mulher com olhos escuros, cabelos escuros e pele pálida. Ryan. Ele sacudiu a alucinação e a agarrou. - Ryan. Não é real. - Thraxians. - Sua voz estava escorrendo de medo. - E eu vejo Skora. Não é real. Ele olhou em volta e, um por um, os gladiadores viram a vista. O maxilar de Raiden estava apertado, as mãos de Thorin eram apertadas em punhos, e Harper estava rapidamente balançando a cabeça, com o rosto pálido. Zhim não parou de se perguntar de que horrores eles estavam a ver. Ele estendeu a mão e segurou o braço de Galen. - Galen, nós temos que continuar em movimento. O imperator virou a cabeça. Seu único olho azul gelado estava cheio de horror, antes que o homem apertasse os dentes e assentisse. - Fique perto. Nós temos que nos manter alertas. Zhim passou os dedos por Ryan. Abaixaram-se lentamente por um largo túnel e além da influência do dispositivo que os prendera em seus pesadelos. - Eu pensei que o técnico da Catalyst era ruim. - Raiden soprava uma respiração. - Ele era um amador em comparação com isso. - Eu vejo sinais de vida aparecendo à frente nos túneis. - murmurou Magnus. - Precisamos ter cuidado. De repente, um alienígena gigante e com chifres saiu fora de um túnel na frente deles. A pele cinza cobriu seu corpo, e enormes e negros chifres varridos de sua cabeça, caindo a meio caminho pelas costas. Abriu uma boca cheia de dentes e soltou um grunhido primordial. Galen tirou a espada de suas costas, depois se moveu rapidamente. Ele avançou, e, com alguns balanços de sua espada, cortou a criatura, nem sequer suando. Zhim tinha ouvido que Galen tinha sido imparável na arena nos primeiros dias de sua chegada a Kor Magna. Ele tinha feito uma fortuna na areia para montar sua própria casa. Claramente, ele não permitiu que essas habilidades ou reflexos fossem desgastados. O túnel terminou em uma porta de metal. - Neve está do outro lado. - disse Zhim. - Está fechado. - disse Galen. - Deixe-me. - Ryan se aproximou, ligando seu computados aos controles da porta. Murmurios metalicos zumbiram por um momento, e a porta se abriu. Esta nova parte do labirinto estava coberta em superfícies espelhadas. Zhim viu suas reflexões olhando para eles, distorcidas e de alguma forma estranhas. Ele se moveu pelo túnel, amaldiçoando Gabriez e sua insaciável necessidade de jogar. O som da luta ecoou em frente. Eles saíram do túnel para um grande espaço aberto. Zhim viu uma figura magra e encapuzada lutando contra uma criatura gigante. O alienígena de inseto era do tamanho de um transporte, com um corpo poderoso e oito pernas escarpadas. - Neve. - respirou Ryan. O olhar de Zhim se concentrou na figura encapuzada. Quando o lutador abaixou o balanço da perna do inseto, o capuz esfarrapado caiu para trás, descobrindo os cabelos escuros e um rosto muito anguloso para se chamar de bonito. Neve saltou e balançou a barra que ela carregava. Ela girou, pulando e quebrando a perna do alienígena com um golpe acentuado. A criatura gritou, e de repente seu corpo cintilou, ficando momentaneamente invisível. A mulher continuava lutando, mesmo quando não podia ver seu oponente. Ela era implacável. Corsair correu todo o espaço. O alienígena piscou de volta à vista, e os gladiadores correram para ajudar. Outro piscar e a criatura ficou invisível. Neve girou, e o monstro bateu nela, mandando-a voando para trás. - Neve! - Gritou Corsair. O computador de Zhim zumbiu. Ele amaldiçoou. - Gabriez está trabalhando para recuperar as câmeras. - Ele bateu freneticamente. Ele não podia deixar que ela descobrisse que eles estavam aqui. Pelo canto do olho, viu Galen, Magnus e os outros cercando o alienígena. Corsair arrebatou Neve em seus braços, e levou-a à segurança. A criatura fez um som terrível, girando em círculos, tentando encontrar uma fuga. Os gladiadores atacaram. A criatura curvou-se e gritou, mas os gladiadores o derrubaram com poderosos golpes e facadas. Colapsou em uma pilha de pernas e carapaça dura. Zhim virou a cabeça e viu Corsair, agachado com Neve em seus braços. A cabeça da mulher caiu sobre o braço do homem. Ela estava inconsciente. Quando Zhim viu seu rosto, estremeceu. Ela estava fortemente machucada e maltratada, de dias sobrevivendo no labirinto. - Zhim, há uma porta fortemente reforçada à frente. - disse Ryan. - Ele leva logo para fora do labirinto. Estou trabalhando para abri-la agora. - Um sorriso apertado. – Poderia realmente necessitar de alguma ajuda. - Meu prazer. - Ele ergueu o computador e começou a trabalhar. Eles trabalharam juntos em sincronia, cada um antecipando os passos do outro, enquanto eles correram pelo sistema para abrir a porta. - Galen, há uma saída lá. - Zhim apontou para a porta. O imperator assentiu, e todos se mudaram para a porta da metal pesada. - Como ela está? - Ryan perguntou, seu olhar preocupado em Neve. Corsair aproximou ela do peito. – Viva. - Destravei a porta. - disse Zhim. O painel de metal começou a se abrir. Seu computador assobiou. Drak. Ele digitalizou o texto em sua tela. A segurança de Gabriez encontrou-os e estava trabalhando para detê-los. A porta começou a fechar novamente. - Zhim. - grunhiu Galen. - Trabalhando nisso. Gabriez está sobre nós. - Zhim, há um painel de controle lá. - Ryan apontou para o outro lado do espaço. - Boa ideia. - Ele apressou-se. - Com um link direto, eu posso fechá-la. - Nós podemos fechá-la. Zhim lutou contra um sorriso. Mesmo neste lugar horrível, ele se sentia bem. Ele nunca quis fazer parte de uma equipe. Mas de repente, com Ryan, ele queria tudo. Quando eles saíssem daqui, ele ia convencê-la a ser dele. Permanentemente. Ele interagiu com o painel de controle, e segundos depois, a porta se abriu novamente. - Vão! Todo mundo. Não sei por quanto tempo consigo segurá-la. Ele bateu rápido na tela, lutando para evitar que Gabriez fechasse a porta. Ele viu Corsair passar com Neve, depois os gladiadores seguindo, um por um, Galen acenando. Zhim olhou para a tela e seu intestino apertou. Drak. Se ele desconectasse seu computador, a porta se fecharia. Alguém tinha que ficar aqui, conectado, para mantê-lo aberto. Um monte de emoções o atingiu, mas, enquanto olhava para Ryan, ele arrastou uma respiração. Mantê-la segura era a coisa mais importante. - Ryan, vá. Estarei logo atrás de você. Ela assentiu e correu pelo espaço. Tão linda, inteligente e sexy. O calor e a justiça o encheram. Ele queria que ela vivesse. Ele queria que ela escrevesse mais listas e tivesse mais experiências. Ele a queria feliz e sorridente. Ela apertou a porta, Galen atrás dela. Ela fez uma pausa e olhou de volta para Zhim. - Vamos! - Seja feliz, Ryan. - O quê? - Ela franziu a testa. - Vá viver a vida que você merece. Choque bateu sobre o rosto. - Não! Não. Você vem aqui agora. Zhim desconectou o computador e a porta começou a fechar. - Não. - Ryan avançou para frente, mas um braço forte enrolarou em torno dela. Zhim encontrou o olhar gelado de Galen. Quando o imperator puxou Ryan de volta pela porta, Zhim assentiu. Ela seria protegida e segura. - Zhim, não! - Ryan estava lutando. A porta fechou-se. Ele deixou cair a cabeça, a dor cortando-o. Ele sabia que o imperator e os amigos de Ryan estariam lá para ela. Havia um brilho no ar ao redor dele, e ele ergueu a cabeça. - Zhim, vejo que você finalmente veio brincar comigo. - A voz de Gabriez ecoou com satisfação em torno dele. E assim, ele estava de volta à Skora. Ao redor dele estavam as ruas sujas que ele pensava ter deixado no passado. Uma gangue de crianças adolescentes correu para fora de um beco lateral. Grandes bandidos. Eles o viram e apontaram, olhares com fome em seus rostos. O velho medo fez sua boca seca. - Queremos esse computador, rato de rua. - gritou um dos meninos. - E você é tão bonito. - Um grande homem saiu de outro beco. Ele tinha um olhar feio e ganancioso em seu rosto, seu olhar correndo luxuriosamente sobre o corpo de Zhim. O homem chegou até a gangue, e Zhim se afastou. O cotovelo bateu no rosto do homem, e Zhim seguiu isso com um duro golpe no intestino do idiota. Ele não era mais um garoto assustado. Ele era Zhim, principal comerciante de informações em Carthago. Rico, inteligente e experiente. Amante de Ryan da Terra. Ele também passou algum tempo treinando com alguns dos melhores lutadores da arena. Ele não era mais uma presa fácil. A multidão de crianças desceu sobre ele. Ele lembrou-se de que eles não eram reais e começou a lutar. Ele pegou um soco na mandíbula e girou com um chute de frente. Então, ele sentiu algo bater na parte inferior das costas. Uma queimação ardente de uma lâmina. Ele provou sangue em sua boca, mas continuou lutando. Ele talvez nunca deixasse este labirinto, mas Ryan estava segura, e ele não iria descer sem uma briga.
***
Ryan bateu os punhos contra a porta fechada. - Não! Zhim.
- A porta está trancada. - Magnus tinha uma palma pressionada contra um painel de controle ao lado da porta. - Corsair, tire Neve daqui. - Galen assentiu para o túnel atrás deles. - Thorin, Raiden, Harper, vá com ele. O mestre da caravana acenou com a cabeça, e com Neve em seus braços, ele se abaixou no túnel. Harper e Raiden o acompanharam, desaparecendo na escuridão, Thorin logo atrás. Ryan estava tremendo. O pânico e o medo, pior do que tudo o que sentira, estremeceu através dela. Droga Zhim. Foda-se ele por decidir ser um fodido herói! - Por favor. - Ela se virou para Galen, um pedido em seu olhar. Quem sabia o que diabos Zhim estava sofrendo nesse maldito labirinto? Se Gabriez colocasse as mãos sobre ele... - Não podemos deixá-lo lá. - Ryan… - Não, ele estará revivendo o inferno particular de sua infância. Você sabia que ele cresceu em Skora? Galen respirou fundo. - Skora? Ela assentiu. - Ele esconde seus sentimentos e seus bens sob a arrogância. - Sua voz engatou. - Nós temos que levá-lo para fora. - Nós não vamos deixá-lo. - Galen agarrou seu ombro e olhou para Magnus. Ryan olhou para o rosto vazio sem emoção do cyborg. Ela se perguntou se alguma vez sentiu alguma coisa. - Eu vou interagir com os controles. - Magnus tirou o casaco, abriu os braços - um coberto de pele bronzeada e o outro feito inteiramente de metal prateado. - Eu vou precisar de sua ajuda para hackeá-lo. Ela assentiu e viu-o apertar um dedo no painel. Ele começou a tocar a tela embutida no antebraço. Ela levantou seu próprio computador e conectou. - Maldita seja, a segurança de Gabriez está por tudo isso. - Seu intestino apertou. - Eles estão fazendo tudo o que podem para nos manter fora. - Ela bateu um pouco mais. - Não consigo entrar! - Deixe-me ajudar. - O olho de Magnus começou a brilhar. Ryan controlou sua respiração. Ela olhou para o antebraço musculoso e viu que suas veias estavam acesas no mesmo azul brilhante e elétrico que o olho. O código fluía sobre a tela. Ela respirou fundo. Ele estava cobrando pelo sistema de segurança, jogando bugs e worms mais rápido do que ela poderia processar. Ela passou a tela e seguiu-o. Ele era como a primeira onda de soldados em uma batalha, arrasando pelo inimigo. Quando Magnus fez uma bagunça e manteve a segurança de Gabriez ocupada, Ryan correu para isolar os controles da porta. Vamos. Deus, por quanto tempo Zhim esteve preso lá? Ela bateu novamente e viu o que ela precisava. Seu coração bateu em sua garganta. - Cheguei! - A porta começou a se abrir. Ela atravessou a lacuna. - Ryan, espere... - Galen mordeu. Ela o ignorou, girando de lado e passando pelo estreito espaço. A sala estava vazia. Ela tropeçou, uma luz brilhante se abriu em seus olhos. Então ela viu Zhim. Ele estava de joelhos no centro do espaço. Ele não estava se movendo, apenas olhando para a frente vazio. - Não. - Ela caiu ao lado dele, tocando sua bochecha. - Zhim? Os olhos dele estavam completamente vazios. As cores azul-verde eram aborrecidas, a folga de seu rosto. Ela acariciou sua bochecha. - Não se vá embora. Lute. No próximo momento, Magnus e Galen a flanqueavam. Galen apertou um dedo no pescoço de Zhim. - Seu pulso está estável. Ryan sabia que ele ainda estava vivo - era sua mente que ela estava preocupada. - Zhim, eu tenho mais coisas para verificar minha lista. Eu preciso de você. Eu quero você. - Ela se levantou de joelhos e apertou seus lábios contra os dele. Permaneceram imóveis sob o dela, e seu peito ficando apertado. - Maldito. Volte agora. Você me deixou louca, me desafiou, me fez apaixonar por você. Nada. Ela bateu a mão contra o peito. - Você não pode mostrar-me um vislumbre da vida que eu quero e depois tirá-la, info-boy. Quando ela encarou seu rosto em branco, uma lágrima deslizou pela bochecha. Zhim a fazia sentir-se mais viva do que jamais sentira antes. Ela o amava. Deus, ela o amava. - Se você não voltar para mim, vou acessar seu sistema e excluir todos os seus dados. Nenhuma resposta. - Tudo. Então transmitirei todas as suas boas ações online... - Somente uma coisa… me importa... é que você fique comigo. Nas palavras roucas, a cabeça disparou. Ela viu olhos atordoados e nebulosos olhando para ela. Ela fez um som estrangulado e envolveu seus braços ao redor dele. Então ela estava beijando ele, e desta vez, ele a beijou de volta. - Eu vejo que tenho sangue fresco para o meu labirinto. - A voz sibilante de Gabriez ecoou ao redor do espaço. Magnus e Galen levantaram suas armas. Galen estava com uma espada de gladiador que brilhava levemente, com um script alienígena gravado na lâmina. A lâmina perversa de Magnus era um design longo e moderno, com uma borda afiada e dura. Gabriez deslizou para a vista, observando-os com os olhos ferrados e o sorriso nervoso. O corpo da alienígena começou a mudar de formas, permanecendo na mesma forma, mas ficando cada vez maior. Ela segurava uma espada em cada uma das mãos. Ryan apertou os braços em Zhim. Eles nunca chegariam à porta a tempo, e Zhim estava muito fraco para lutar. Magnus e Galen se olharam. Um leve sorriso levantou os lábios de Galen e Magnus assentiu. Os dois imperatores foram lançados para a senhora da informação. Galen foi em baixo e Magnus alto. Suas espadas caíram contra Gabriez. Ela sibilou, girando. Sua cauda girou e bateu em Magnus. O cyborg foi empurrado para a parede, prendendo-o. A rocha e os escombros caíram ao redor dele enquanto ele caía. Com um giro, Galen correu para atacar Gabriez. Ele a empurrou para trás, sua lâmina batendo contra suas duas espadas. Ryan ficou boquiaberta. Ele era tão bom. Mas enquanto assistia, Gabriez crescia mais dois braços. Maldita seja, a mulher poderia se transformar no que quer que quisesse. - Precisamos ajudá-los. - Ryan enfiou o ombro no braço de Zhim e o ajudou a se levantar. Ele estava instável, inclinando-se pesadamente contra ela. - Precisamos cortar o sistema novamente e ver o que podemos fazer. Zhim assentiu devagar, e juntos coxearam até a parede. Ela levantou o computador e conectou. - Deve haver algo que possamos fazer. - ela murmurou. Ela ouviu um grunhido dolorido. A cauda de Gabriez tinha batido em Galen. Ele desceu sobre um joelho, derrapou pelo chão. Magnus saltou sobre ele, espada levantada acima de sua cabeça. Ele pousou na cauda do alien e bateu sua espada para baixo. Gabriez gritou, sua cauda se movendo de um lado para o outro. O cyborg foi voando. Galen se pôs de pé, vacilou por um segundo, e ergueu a espada outra vez. Ele voltou a atacar. Ryan escaneou a tela. - Precisamos de algo... qualquer coisa. Como podemos detê-la? - Ali. - Zhim alcançou e tocou na tela. Ela viu o que ele quis dizer. - Isso vai funcionar. - Galen, Magnus, volte! - Gritou Zhim. Os dois imperatores se moveram rapidamente. Eles se afastaram de Gabriez, ambos estendendo-se fora do alcance. Uma gaiola de pura energia azul caiu do teto. Ela aprisionou a senhora da informação dentro. Ela soltou um grito selvagem, seu corpo encolhendo de volta ao tamanho normal. Ela tocou uma barra da gaiola e chiou no contato. Zhim avançou, segurando Ryan perto de seu lado. - Você foi autorizada a ferir as pessoas como você quisesse por muito tempo, Gabriez. - Eu sei o que é melhor. - ela gritou. - Eu sou mais esperta, melhor. Eu sei tudo. - Você não sabe nada. - disse Zhim. Galen deu um passo à frente, o sangue escorrendo em seu bom olho de um golpe em sua testa. Ele ergueu a espada, pronto para empurrá-la pelas barras da gaiola. Zhim balançou a cabeça. - Eu tenho outra idéia. Vamos dar a ela o que ela merece. Deixe-a viver seus piores pesadelos, assim como ela acabou com todas as suas vítimas. - Não. - Sua cauda pulou de pânico. - Não faça isso. Ele tocou algo na tela, e de repente, os olhos de Gabriez se abriram. - Não. Não. - Ela começou a balançar a cabeça. - Deixa-me sair daqui! - Mais uma coisa, e então vamos sair deste lugar. - Zhim tocou novamente a tela. - Pronto. Eu configurei o sistema para excluir todos os seus arquivos. Tudo. Ryan apertou-o. Gabriez soltou um grito selvagem e Ryan estremeceu. Ela não queria saber como alguem monstruoso como Gabriez estava com medo. Ela queria sair, tirar Zhim daqui e viver. Após Magnus e Galen, eles saíram do labirinto. Corsair
Corsair tinha acabado de pisar na luz do sol, quando sentiu Neve
mexer. - Está tudo bem, você está... Ela explodiu em ação, seu cotovelo se encolhendo em sua mandíbula. Seus dentes bateram dolorosamente, sua cabeça voltando para trás. Drak. Ela balançou em seus braços, tentando libertar-se. Ele colocou-a em seus pés. - Se acalme… Ela girou e bateu um punho na mandíbula. Drakking inferno. A dor explodiu, e ele apertou seus braços ao redor dela, prendendo os braços para os lados. Os rostos deles estavam tão próximos que o nariz escovou o dela. - Estou aqui para ajudá-la, Neve. Ela curvou-se contra o seu controle. - Eu não preciso de ajuda. - Você está tão desconfiada. Você é como uma besta catta selvagem, agarrando e sibilando. Apenas relaxe um pouco. Ela continuava lutando. - Dobrar, quebrar. Nunca. Eu só dependo de mim. Corsair apertou o controle. - No deserto, trabalhamos em equipe para sobreviver. Na minha caravana, todos têm seu lugar e fazem a parte deles. Nós dependemos uns dos outros. - No meu mundo, dependa de outros, você é pisado. Eu não preciso de ajuda. Qual o tipo de vida que ela liderou? - Talvez não, mas estou oferecendo. Deixe-me ajudá-la. Deixe a Casa de Galen ajudá-la. Ela olhou para ele, seus olhos pálidos, um contraste tão fascinante contra sua pele mais escura. - Por que você quer me ajudar? - Perguntou ela. Essa era uma boa pergunta. E talvez o Corsair não estivesse pronto para examinar suas respostas. - Porque é a coisa certa a fazer. - Eu preciso voltar para o labirinto. Gabriez tem informações de que preciso. Espere um segundo . - Você entrou no labirinto de propósito? Ela empurrou contra o controle dele. - Me deixa ir. - O que você estava procurando? O rosto de Neve se fechou. - Isso não é da sua conta. - Eu estou trabalhando fazendo o meu negócio. Você vai se matar. - Eles agarraram novamente. Do outro lado, Raiden limpou a garganta. Corsair levantou a cabeça e viu Ryan aparecer. Galen e Magnus estavam ajudando Zhim entre eles. Corsair largou Neve, e ela recuou. Mesmo maltratada e machucada, ela era linda. Selvagem e feroz de uma maneira que ele gostava, bem como o deserto que ele amava tanto. - Todos estão bem? - Gritou Harper. Ryan assentiu com a cabeça, um sorriso fraco no rosto. - Gabriez conseguiu o que ela merecia. E Zhim limpou seu sistema. - Não. - As mãos de Neve apertaram. - Você está segura agora. - disse Ryan. Neve apenas sacudiu a cabeça, o desespero enterrado no fundo de seus olhos. - O que você está procurando? - Perguntou Corsair em voz baixa. - Não o que... - De repente, a cor escorrida de seu rosto, e suas pernas cederam. Corsair agarrou-a, antes de bater no chão. Ele a puxou para cima em seus braços novamente. Drak se ela não encaixasse perfeitamente. Ela desmaiou. Ele encarou seu rosto pálido e seus cachos cheios de tinta e escuro caíram sobre seu braço. Encantos lindos que ele podia imaginar afundando sua mão enquanto ele a empurrava para trás sobre os travesseiros que faziam sua cama. Ele se inclinou e sussurrou em seu ouvido. - Você está recebendo minha ajuda, Neve, quer queira ou não.
***
Zhim afundou em sua cadeira, passando os dados projetados no ar
com a mão enluvada. Ele estava quase voltado ao normal. Ele sorriu para si mesmo. Isso não era bem verdade. Ele estava diferente, mudado. Ele se sentia mais leve e feliz. E havia um motivo para isso. – Ryan? - Ele ergueu a voz. – Onde está voce? - Espere. – Seu grito veio de fora de sua sala de informática. – Estou quase pronta. Ela estava preparando uma espécie de surpresa para ele. Ele balançou sua cabeça. O último dia foi um borrão. Depois de terem deixado o labirinto, ele foi intimimado de volta à Casa de Galen. Ryan estava presa a ele como o adesivo mais forte existente, já que os curandeiros de Galen o tinham verificado. Ele recebeu uma nota de saúde limpa. Então, Ryan anunciou que estava vindo com ele. Para cuidar dele até que ele voltasse a seus pé. Ele não se incomodou de dizer-lhe que estava perfeitamente bem. Ele olhou para o computador brilhante que estava ao lado dele. Era um espelho para seu próprio sistema, e o tamanho perfeito para Ryan. Sim, tudo estava certo no mundo de Zhim. - Boa noite, comerciante de Zhim. Ele olhou para cima. Ryan ficou na entrada e seu coração deu uma batida forte contra suas costelas. Seu cabelo foi puxado para trás em duas tranças, e ela usava uma saia pequena e plissada, com uma camisa branca e apertada com botões na frente. Ele ergueu uma sobrancelha. – O que é isso? Ela brincou com o cabelo dela. – A faculdade enviou-me para aprender tudo o que pude sobre sistemas de computador com você. – Ela balbuciou seus cílios. – Eles me disseram que você me mostraria tudo o que você sabe. Ela entrou no quarto, arrastando um dedo sobre as mesas. Ela se virou, fingindo estudar uma tela. Quando ela se inclinou, o pau de Zhim ficou rígido. Sua saia curta mal cobriu a sua bunda e ele tinha a visão perfeita de sua bunda, em forma de coração. Ela não estava vestindo calcinha. Ele sibilou uma respiração. Ele já estava duro como uma pedra. Então ele percebeu que Ryan estava marcando o próximo item em sua lista. Ele sorriu. Sua mulher da Terra estava comemorando sua nova vida. Sua nova vida. Ele sabia que ele não a merecia, mas a estava tomando. Ele nunca quis nada em sua vida tanto quanto ele queria essa mulher pequena e inteligente. E ele tinha algumas coisas dele que queria adicionar à sua lista. Ele se levantou, se movendo atrás dela. Ele esfregou seu pau duro contra a bunda. - Espero que você seja uma aprendiz rápida, senhorita Nagano. - Eu sou muito diligente. - Ela empurrou para trás contra ele. Zhim passou uma mão entre as pernas. Ela já estava molhada. Ela apertou, saindo de sua mão. Então ela virou a cabeça e sorriu. Esse sorriso o deixou feliz. Ele estendeu a mão e segurou sua bochecha, e seus olhares se encontraram. - Antes de começar nossa lição… Ela murmurou novamente, seus dedos trabalhando entre suas dobras lisas. – Sim. - Sua voz estava sem fôlego. - Eu queria dizer-lhe que estou feliz… isso é, estou muito satisfeito… - Ele soprou uma respiração. Isso era mais difícil do que ele imaginava. – Ryan, você me faz… - Drak, ele sentiu como se tivesse um pedregulho em cima do peito dele. Ela inclinou a cabeça. – Você está tentando me dizer que tem sentimentos por mim?- Prazer iluminou seus olhos. Zhim respirou fundo. – Estou tentando dizer que estou me apaixonando por você. Seus olhos se arregalaram e ela girou. – Zhim. Ele estendeu a mão e alisou sua mão por uma de suas tranças. – Você não precisa dizer nada de volta, eu só queria te dizer. - Eu preciso dizer alguma coisa, porque também estou me apaixonando por você. O calor e a felicidade como Zhim nunca haviam conhecido explodiram dentro dele. Ele sempre pensou que ele nunca iria querer se aproximar de uma mulher, nunca quis arriscar se entregar ao amor. Agora, ele sabia que o amor de Ryan era o maior tesouro que já havia obtido. Ele se inclinou, beijando-a com tudo o que ele tinha. Quando ele ergueu a cabeça, ambos estavam respirando pesadamente. Ela murmurou aquela ridiculamente saia curta novamente. – Que tal nós celebramos? Por que você não faz amor comigo, comerciante Zhim? - Uma excelente ideia, senhorita Nagano. Eu conheço várias maneiras diferentes de te agradar que eu penso que você vai apreciar completamente. Ela sorriu. – Bem, você é o principal comerciante de informações em Carthago. – Quando ele passou uma mão entre suas pernas, ela soltou um pequeno grito. – Eu não esperaria nada menos.
Ryan riu tomando um gole de sua bebida efervescente. Parecia que
ele brilhava até a garganta. Através dela, Rory estava rindo de forma alucinante, Regan estava rindo, e Madeline estava sorrindo e balançando a cabeça. Estavam em uma das amplas varandas da Casa de Galen. Harper estava de pé na grade, sorrindo enquanto bebia sua própria bebida. Mia e Winter estavam sentadas juntas em um sofá. Somente Neve estava desaparecida. E, claro, Dayna. Ryan sentiu uma dor, perguntando-se se a pobre mulher ainda estava viva. Ryan virou a cabeça e olhou para a varanda na arena de treinamento abaixo. Ela viu um movimento. Neve estava na areia, sua barra girando em uma exibição de movimentos mortais. - Ela disse alguma coisa? – Perguntou Ryan. Harper balançou a cabeça. – Não. Ela apenas treina, dia e noite. Por que Neve não permitiu que eles a ajudassem? Ela estava escondendo algo e procurando algo, ou alguém. Ela era tão ruim quanto Zhim sobre aceitar ajuda. Pelo menos o homem estava aprendendo e melhorando na abertura. - Como é a vida com o comerciante de informações número um de Carthago? – Perguntou Rory. Ryan disparou para ela um sorriso largo. – Surpreendente. Rory balançou a cabeça. – Estou feliz que você esteja feliz, mas não tenho certeza se posso. Zhim é… tão irritante. - E arrogante. – acrescentou Madeline. - Sim. – Ryan disse com alegria. E ele era o único para ela. Cada dia, ele fazia algo doce e perfeito para mostrar como ele se sentia sobre ela. - Ele e Galen entraram em uma discussão feroz sobre você sair da Casa de Galen. – disse Madeline. - Eu sei. – Ryan sorveu a bebida dela. – Eu tive que lembrar a ambos que eu conseguia tomar decisões sobre minha própria vida, não eles. E eu então disse a Zhim que eu estaria tratando de todos os sistemas da Casa de Galen, antes de fazer qualquer coisa por ele. Surpreendentemente, Zhim não se importou com o trabalho que ela fazia, enquanto ela estivesse com ele. Tudo era perfeito… exceto por uma coisa. Ela olhou para a bebida dela. – Nós estamos procurando os dados do Srinar. Ainda não há nada em Dayna. Regan inclinou-se para a frente e agarrou a mão de Ryan. – Nós a encontraremos. - Não vamos desistir. – acrescentou Harper. Ryan soltou um suspiro e assentiu. O movimento na entrada chamou sua atenção. Zhim apareceu, seu rosto sério. Ela se levantou. – O que está errado? - Eu encontrei algo na informação dos Srinar. - Ele olhou para Madeline. – Você pode obter Galen e os outros aqui, por favor? A morena assentiu e se apressou. Zhim começou a andar na varanda e Ryan apenas o observou, com medo a atravessando. Logo, Galen e os outros gladiadores lotaram a varanda, seus corpos musculosos dominando o espaço. Neve entrou, também, encostada a uma parede na parte de trás. Zhim virou-se para enfrentar todos e limpou a garganta. Ryan subiu ao lado dele e agarrou a mão dele. - Um dos meus bugs de pesquisa encontrou algo nos dados dos Srinar. Na verdade, três coisas. - Diga-nos. – disse Galen. - A primeira coisa, encontrei Dayna. Ryan apertou a mão e viu Mia e Winter pularem, abraçando-se. - Onde ela está? – Perguntou Mia. Os olhos de Zhim brilharam. – Zaabha. O coração de Ryan caiu. – Não. - Ela sabia quão violenta era a arena do deserto. Ela sabia que a guerreira feminina que governava a arena com habilidade brutal era imparável. Se Dayna foi enviada para lutar… - É um começo, Ryan. – disse Zhim. – Nós a encontramos. Agora, tudo o que temos a fazer é encontrar Zaabha. Mas Ryan sabia que era mais fácil dizer do que fazer. A arena do deserto estava bem protegida e bem escondida. Era pouco mais do que mito e lenda para a maioria dos moradores do planeta. E ninguém sabia sua localização exata. Zhim apertou as mãos atrás das costas. – Eu também encontrei um registro de um manifesto pertencente aos Thraxians. Ryan franziu a testa. – Manifesto? - É uma lista. De todos os humanos que levaram a bordo do navio. Todos engasgaram. Blaine deu um passo à frente, assim como Harper. As mulheres explodiram em um balbucio de conversa de uma só vez, e Zhim ergueu a mão. Ele puxou um pequeno dispositivo do bolso e colocou-o na mesa baixa entre os sofás. Ele virou-o em direção à parede de pedra de creme, e um feixe projetou informações sobre a superfície lisa. Os itens estavam todos em texto estranho, mas então ele pressionou um botão. As palavras começaram a ser traduzidas, a mudança de dados e o movimento até aparecer em inglês. Os nomes começaram a aparecer. Harper Adams. Blaine Strong. Madeline Cochran. Rory Fraser. Regan Forrest. Mia Ross. Dayna Caplan. Winter Ashworth. Ryan Nagano. Neve Haynes. E então outro nome apareceu. Ever Haynes. Ryan girou para enfrentar Neve. – Ever? O maxilar de Neve ficou apertado. – Minha irmã. Ela era uma cientista da Estação Fortune. Então, é aquilo que Neve estava tão desesperada para encontrar. - Olha, tem mais um nome. – disse Zhim. Harper soltou um forte silvo, e Blaine amaldiçoou. Samantha Santos. - Sam era a chefe da segurança em Fortune. – disse Harper, passando uma mão pelos cabelos. - Deus, ela esteve aqui o tempo todo. – disse Blaine. Ele franziu o cenho para Zhim. – Onde ela está? - Todas as três estão em Zaabha. Conversas explodiram na varanda. Ryan inclinou-se para Zhim, e ele puxou-a mais perto, abraçando-a forte. - Não temos idéia de onde Zaabha está. – disse Ryan. - Nós vamos encontrá-la. Você esteve lá e você esteve no seu sistema. Vamos encontrá-lo e vamos libertar essas mulheres. O tom sólido e seguro de sua voz acalmou-a e ela se endireitou. – Nós, com certeza, vamos. Seja o que for necessário, Ryan ajudaria a encontrá-las. Ela olhou para o rosto de Zhim. Ela encontrou uma vida aqui em Carthago, que nunca tinha sonhado, e um homem que se encaixava em uma peça faltante de um quebra-cabeça. Ela queria que aquelas mulheres tivessem uma chance para o mesmo. Galen bateu palmas e todos se acalmaram. - Há três mulheres lá fora, uma que já possui proteção da Casa da Galen. Elas são prisioneiras, contra sua vontade, e elas precisam de nossa ajuda. Há também outros inocentes que sem dúvida foram forçados a entrar na Zaabha Arena. Eles também precisam da nossa ajuda. Ryan sabia que a Casa de Galen sempre trabalhava nas sombras para libertar escravos e pessoas que nunca deveriam ser forçados a lutar na arena. Enquanto os gladiadores de alto nível haviam estado ocupados em libertar humanos, ela havia visto os registros da Casa de Galen. Por trás das cenas, Galen ainda estava ocupado a dirigir outros para ajudar escravos livres das outras casas. A voz de Galen era inflexível. – Vamos trazer Dayna, Ever e Samantha para casa. Pararemos os Thraxians e os Srinar de uma vez por todas. – Seu olhar afiado os atravessou. – Vamos encontrar Zaabha e queimá-la ao chão. Ryan tremeu. – Lembre-me de não irritar Galen. - Por honra e liberdade. – gritou Raiden. Todos na sala levantaram as vozes e Ryan se juntou a eles. – Por honra e liberdade. A determinação a preenchia. Eles salvariam seus amigos. Zhim sorriu para ela. – Pronta para partir? Ela assentiu. - Tenho uma surpresa para você esta noite. Ela ergueu uma sobrancelha. – Outro item para verificar em minha lista? Seu sorriso aumentou. – Sim, mas sua outra lista. Eu reservei uma mesa e um show no Casino Dark Nebula. Rillian administra o melhor estabelecimento em Kor Magna. O calor se espalhou por ela, sabendo que ele havia feito isso para fazê- la feliz. – Somente o melhor para o meu comerciante de informações. - Sim. – Ele estendeu a mão, acariciando seu cabelo. – Só o melhor. Pronta para ir para casa? Casa . Não era a Terra, nem o rabalho da estação espacial, nem o seu quase noivo. Casa para ela era um mundo deserto sem lei, e um comerciante de informação inteligente, louco. Pela primeira vez em sua vida, Ryan tinha tudo o que tinha sonhado. – Vamos para casa.