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Batalha de Cuito Cuanavale

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Batalha de Cuito Cuanavale
Parte da(o) Guerra Civil Angolana
15 de novembro de 1987 a 23 de
Data
março de 1988
Província do Cuando-Cubango,
Angola
Local
15° 09′ S 19° 10′ E
Cuito Cuanavale, Angola
Inicio da saída das tropas
Desfecho
estrangeiras do conflito
Status Terminado
Combatentes
África do Sul Angola (MPLA)
UNITA Cuba (FAR)
Principais líderes
Jonas Malheiro José Eduardo dos
Savimbi Santos
Cor. Deon Ferreira Gral. Leopoldo
"Polo" Cintras Frías
Forças
[1]
3.000 *Deles FAR: 1000[3]-1.500
1500-2000 da Força FAPLA: 10.000-
Territorial de África do 18.000[4]
Sudoeste (SWATF)
8.000[2]
Vítimas
86 SADF 39-4.785 FAR e
3.000 UNITA[5] FAPLA juntos.[6][7]

Parte de uma série sobre a

História de Angola
História pré-colonial
(Pré história-1575)

História Pré-colonial

Reino do Kongo (1395–1914)

Colonização (1575-1648)

Inicio da colonização (1575-1641)

Rainha N'Zinga (1621-63)

Ocupação holandesa (1641-48)

Reconquista (1644-48)

Período colonial (1648-1974)

Angola colonial (1648-1951)

Província ultramarina (1951-74)

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Independência

Acordo do Alvor (1975)

Guerra Civil (1975-2002)

Intervenção cubana (1975-91)

Fraccionismo (1977)

Batalha de Cuito Cuanavale (1987-88)


Acordos de Bicesse (1990)

Guerra dos 55 Dias (1992-93)

Angolagate (1994)

Protocolo de Lusaka (1994)

Primeira Guerra do Congo (1996-97)

Segunda Guerra do Congo (1998-2003)

Angola do pós-guerra
(2003-actualidade)

Ver também

Império Português

Guerra Colonial

Portal Angola

v•e

A Batalha de Cuito Cuanavale foi o maior confronto militar da Guerra Civil


Angolana, ocorrido entre 15 de novembro de 1987 e 23 de março de 1988[8]. O local da
batalha foi o sul de Angola, na região do Cuito Cuanavale, província de Cuando-
Cubango, onde se confrontaram os exércitos de Angola FAPLA (Forças Armadas
Populares de Libertação de Angola) e Cuba (FAR) contra a UNITA (União Nacional
para a Independência Total de Angola) e o exército sul-africano. Foi a batalha mais
prolongada que teve lugar no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial.

Seguindo uma série de tentativas frustradas de dominar a região em 1986, oito brigadas
da FAPLA realizaram uma ofensiva, conhecida como "Operação Saludando Octubre"
em agosto de 1987 contra as bases da UNITA em Jamba e Mavinga, contando com
apoio de armas e tanques T-62 soviéticos, bem como unidades motorizadas cubanas. A
África do Sul, que fazia fronteira com Angola por meio do território em disputa da atual
Namíbia, estava determinada em prevenir que a FAPLA ganhasse controle da região e
permitisse que a Organização do Povo do Sudoeste Africano atuasse no local, o que
colocaria o regime do Apartheid em cheque[9].

Ambos os lados do conflito reivindicaram vitória, e até hoje as narrativas e memórias


sobre a batalha são objeto de debate [10][11]. Não obstante, o evento tornou-se o ponto de
viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos, incentivando um acordo
entre Sul Africanos e Cubanos para a retirada de tropas e a assinatura dos Acordos de
Nova Iorque, que deram origem à implementação da resolução 435/78 do Conselho de
Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de
segregação racial, que vigorava na África do Sul[12][13].

Índice
 1 Preludio
o 1.1 A Guerra Civil Angolana
o 1.2 O MPLA no poder
o 1.3 FAR
o 1.4 URSS
o 1.5 A Jamba
 2 A batalha
o 2.1 Mavinga
o 2.2 O cerco de Cuito Cuanavale
o 2.3 Desfecho
 3 Referências
 4 Ver também

Preludio
A Guerra Civil Angolana

Até 1975, Angola foi um dos territórios coloniais africanos do Império Português tal
como Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, regidas por
Portugal. No entanto surgiu uma guerra de guerrilha entre o governo colonial e três
movimentos revolucionários armados, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de
Angola), a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) e o MPLA
(Movimento Popular de Libertação de Angola), com um acréscimo no norte, na região
de Cabinda levada a cabo pela FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda),
um movimento separatista) que reclamava a independência autónoma de Cabinda em
relação a Angola.

Angola foi só uma das frentes da Guerra do Ultramar, durante a qual, o estado
português tentou manter os seus territórios coloniais ao contrario da tendência das
outras nações europeias como a Grã-Bretanha e a França que estavam a entregar a
independência gradualmente às suas colónias.

O preludio da guerra civil angolana, tem a sua origem em 1974 quando se deu em
Portugal a Revolução dos Cravos, derrubando o regime salazarista. A junta militar que
ocupou o poder provisoriamente, decidiu acabar a Guerra do Ultramar mas deixar as
tropas nas colónias até à sua independência. No entanto, devido a pressões internas,
decidem abandonar Angola até o outono de 1975, sem que nenhum dos movimentos
revolucionários estivesse no controle da nação. Uma decisão problemática que afetou o
desfecho da guerra civil em Angola.

O MPLA no poder

Em agosto de 1975 o MPLA controlava onze das quinze províncias de Angola,


incluindo a capital Luanda e a cidade de Cabinda, sendo por isso a escolha óbvia para
tomar o poder em Angola. No entanto, a decisão de Portugal de entregar o poder aos
três movimentos, provou ser um erro crasso, dando inicio à Guerra Civil Angolana[14].

A 10 de Novembro uma ofensiva da FNLA que tinha o apoio do Zaire com um reforço
do exercito zairense de 1.200 soldados, num célebre confronto que viria do norte de
Luanda que ficou conhecido pela Batalha de Kifangondo[15] não aconteceu por ordem
dos USA a FNLA. Os USA mandaram a FNLA recuar e não engajar em luta armada.

Nos anos seguintes, o governo do MPLA e as suas forças militares lutaram contra
guerrilheiros armados pelo Zaire, Estados Unidos da América e pela África do Sul, até
que em 1984 a FNLA de Holden Roberto reconheceu a derrota, mantendo-se no entanto
a guerra contra a UNITA de Jonas Savimbi.

Até 1987 entraram no conflito angolano outras nações e organizações interessadas, ao


lado do governo angolano encontravam-se as FAR (Fuerzas Armadas Revolucionarias
de Cuba), o braço armado do ANC (African National Congress), Umkhonto we Sizwe e
a SWAPO (South West Africa People's Organization), ao lado da UNITA estava o
exército sul africano e os seus aliados.

FAR

A intervenção da FAR começou apenas com 652 tropas de elite na Operação Carlota,
uma manobra militar levada a cabo em novembro de 1975 contra a incursão sul
africana[16], porém com a expansão da guerra nos anos seguintes Cuba, a pedido do
governo angolano, reforçou as suas forças militares de uma forma permanente, tendo
participado na batalha de Cuito Cuanavale 15.000 tropas cubanas[17]. A força cubana em
Angola chegou a ter 36.000 tropas activas.

URSS

A participação da União Soviética no conflito angolano, limitou-se a um grupo de


conselheiros militares soviéticos colocados em Angola, à formação de quadros
superiores em território da URSS e à ajuda em armamento militar. As relações entre os
dois países nunca foram totalmente claras, havendo suspeitas de envolvimento soviético
numa tentativa de golpe de estado, preconizado pelo Ministro do Interior do MPLA
Nito Alves, culminando num período negro da história angolana conhecido por
Fraccionismo[18]. Não obstante esses desentendimentos, estiveram presentes na batalha
conselheiros soviéticos que tiveram um papel muito importante na organização das
FAPLA e na planificação da batalha.

A Jamba
Os EUA não reconheceram o governo angolano, acusando-os de comunistas, receando
que Angola se tornasse uma ponta de lança da União Soviética em África. Henry
Kissinger, Secretário de Estado dos Presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, chegou
mesmo a afirmar que o governo do MPLA era uma ameaça à liberdade em África[19].
Nos anos oitenta a administração de Ronald Reagan promoveu a guerra de guerrilha nos
países com ligações ao Bloco de Leste, em países como a Nicarágua e Angola. Já desde
1977 que os Estados Unidos da América apoiavam UNITA, vindo a reforçar esse apoio
no governo Regan[20]. Um dos projectos mais importantes da ajuda americana foi a
Jamba, o refugio e quartel-general das forças da UNITA no sudoeste de Angola[21]. Na
Jamba, Jonas Savimbi líder da UNITA, construiu uma base militar bem defendida para
lutar contra o governo MPLA e criou um mini-estado.

Em 1985 na Jamba, Savimbi foi o anfitrião da Internacional Democrática, um encontro


de chefes de alguns movimentos anti-comunistas través o mundo, oficializando dessa
forma o seu mini-estado[22]. A presença semi-oficial de um mini-estado criado pela
UNITA em território angolano era considerado uma afronta ao governo de José Eduardo
dos Santos, presidente de Angola à altura do conflito. Em 1987, o governo angolano
decidiu eliminar esse mini-estado e retomar o controle do sudoeste angolano[23]. O
resultado foi a batalha de Cuito Cuanavale, uma povoação situada na Jamba na
província do Cuando-Cubango.

A batalha

O C-54 Skymaster norte-americano, utilizado pela UNITA na Batalha de Cuito


Cuanavale.

Mavinga

A primeira acção militar da campanha do governo angolano, foi a ocupação da antiga


base portuguesa de Mavinga, onde estavam sediados 8.000 guerrilheiros da UNITA,
porem até a chegada das forças angolanos, Mavinga recebeu um reforço de 4.000 tropas
da SADF (South African Defence Force), vindo a confrontar uma força de 18.000
soldados angolanos[24]. Mavinga foi o primeiro passo no caminho para a Jamba e para
penetrar a Faixa de Caprivi.

O ataque a Mavinga foi uma derrota total para as forças angolanas, com baixas
estimadas em 4000 mortos[25]. A manobra de contra-ataque das SADF, nomeada
Operação Modular foi um êxito, forçando as tropas das FAPLA e das FAR a retroceder
200 quilómetros de volta a Cuito Cuanavale numa perseguição constante através da
Operação Hooper.

O cerco de Cuito Cuanavale


Sabendo que caindo Cuito Cuanavale o inimigo seguiria para Menongue, uma base
aérea importante do governo, as FAPLA restabeleceram-se ai, retendo com dificuldade
o avanço da UNITA e das SADF[26]. As três brigadas sobreviventes da força original
barricaram-se a leste do Rio Cuito, do outro lado da povação de Cuito Cuanavale,
aguentando as forças rivais durante três semanas, sem blindagem nem artilharia para se
defenderem e sem provisões[27]. O presidente de Cuba Fidel Castro, apedido do governo
angolano, enviou mais 15.000 soldados de elite para ajudar ao esforço da batalha, dando
o nome a essa movimentação de tropas de Manobra XXXI Aniversário da FAR[28]. Com
o reforço cubano, o número de tropas no país passava de 50.000[29]. A 5 de dezembro de
1987 o primeiro reforço militar chegou ao posto das FAPLA em Cuito Cuanavale.

Entretanto, os soldados angolanos recebiam um novo treino para se adaptarem às novas


armas mais avançadas fornecidas pela União Soviética, enquanto os seus colegas das
FAR preparam as defesas para resistir às investidas do inimigo[30]. Os defensores
cavaram trincheiras, barricadas, e depósitos para helicópteros[31], embora a pista de
aviação estivesse intacta, os observadores das forças inimigas impedia a aterragem de
aviões em Cuito Cuanavale[32]. A ponte sobre o rio havia explodido a 9 de janeiro[33] e
para poderem atravessar o rio, os cubanos construíram uma outra ponte de madeira,
apelidada de "Pátria ou Morte"[34]. Os defensores aproveitaram todas as armas que
disponíveis, desde as dos tanques imobilizados, às dos soldados sepultados pela terra
nos ataques de artilharia[35].

Entretanto as SADF aproveitaram o impasse para trazer reforços[36], levando a cabo


cinco assaltos contra os postos angolanos nos meses seguintes, não conseguindo vencer
os defensores[37]. Uma das situações que ajudou imenso a UNITA, foi a estação das
chuvas que atrasou o avanço das tropas vindo de Menongue, através de caminhos
lamacentos, carregados de minas anti-pessoais pela UNITA e de emboscada. Quando o
grosso dos reforços chegaram, já tinha começado a batalha final[38].

Os assaltos de UNITA prosseguiram até 23 de março de 1988, levando as tropas


defensoras a recuaram para os arredores de Cuito Cuanavale, onde sofreram
bombardeamentos de artilharia da SADF, localizadas nas colinas de Chambinga, nos
meses seguintes.

Desfecho

O impasse militar de Cuito Cuanavale foi reclamado por ambos lados como uma vitória.
O lado angolano afirmou que com a defesa de Cuito Cuanavale, em situação precária e
situação inferior, impediram a invasão do território angolano, pelas forças da África do
Sul. Porém na África do Sul os partidários da guerra proclamavam como triunfo o facto
de o exército deles menos equipado mas melhor treinado ter impedido o avanço do
comunismo.

Em dezembro de 1988 o MPLA e a UNITA, assinaram o Acordo Tripartido na cidade


de Nova Iorque, acordando com a retirada das forças estrangeiros do conflito
angolano[39], levando, consequentemente, à independência da Namíbia e à
democratização da África do Sul, culminando com o fim do regime do Apartheid[12].

O historiadora Piero Gleijeses, professor da Universidade John Hopkins, de


Washington, escreve a respeito: "Apesar de todos os esforços de Washington [aliado ao
regime do apartheid] para impedir-lhe, Cuba mudou o rumo da história da África
Austral [...]. A proeza dos cubanos no campo de batalha e seu virtuosismo à mesa de
negociações foram decisivos para obrigar a África do Sul a aceitar a independência da
Namíbia. Sua exitosa defesa de Cuito foi o prelúdio de uma campanha que obrigou a
SADF [Força de Defesa Sul-Africana] a sair de Angola. Essa vitória repercutiu para
além da Namíbia".[40]

Referências
Notas

1.

 Jaster. "The 1988 Peace Accords and the Future of South-western Africa". Adelphi
Papers (The International Institute for Strategic Studies, London) p. 253.
  ibid.
  Boletim; New York Times. 20 de abril de 1988
  Gleijeses, Piero . Mail and Guardian. África do Sul. 7 de Julho, 2007. [1].
  Marcum, John (1990). "South Africa and the Angola-Namibia Agreement", in:
Disengagement from Southwest Africa: The Prospects for Peace in Angola and
Namibia. por Owen Ellison Kahn. New Brunswick: University of Miami Institute for
Soviet and East European Studies. p. 135.
  Tanques de Cuba
  Afrique Express (em francês)
  "MiG-21 de Cuba em acção"
  Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
  Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
  Baines, Gary. South Africa's' Border War': Contested Narratives and Conflicting
Memories. Bloomsbury Publishing, 2015.
  AngoNotícias (23 de março de 2010). «Batalha do Cuito Cuanavale registou-se há
22 ano». Info Angola. Consultado em 22 de janeiro de 2011 Verifique data em:
|acessodata=, |data= (ajuda)
  Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
  Porter, Bruce D. The USSR in Third World Conflicts: Soviet Arms and Diplomacy
in Local Wars, 1945-1980. 1986, p. 149.
  Bridgland, Fred. "CIA man Roberto: Burying the Last of Angola's 'Big Men'".
Indymedia. 9 de agosto de 2007. [2]
  George, Edward. em: The Cuban Intervention in Angola, 1965-1991. Frank Cass,
London, New York, 2005, pás. 77-78.
  Saney, Issac. em: African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism and
the End of Apartheid, Latin American Perspectives, Vol. 33, No. 5. Setembro 2006. pás.
81-117
  Georges A. Fauriol and Eva Loser. Cuba: The International Dimension. 1990. p.
164.
  Relatório do Departamento de Estado dos EUA
Presidente angolano inaugura memorial
que eterniza Batalha do Cuito Cuanavale
Pub

O Presidente angolano inaugurou hoje o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito


Cuanavale, na província do Cuando Cubango, que impulsionou o fim do apartheid
na África do Sul e a independência da Namíbia.

José Eduardo dos Santos descerrou a placa daquela infraestrutura que simboliza a
célebre batalha do Cuito Cuanavale, travada a 23 de março de 1988, que opôs as ex-
Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, auxiliadas por tropas cubanas, a
militares da África do Sul, no sudeste do país.

A infraestrutura em forma de pirâmide, erguida num espaço de 3,5 hectares, é


constituída por um monumento em memória aos soldados que participaram dessa
batalha, outro monumento dedicado à bandeira, um museu a céu aberto, com a
exposição de equipamentos militares utilizados e capturados aos opositores durante a
batalha, e a chama eterna do memorial.

A obra, entregue ao Gabinete de Obras Especiais, em 2014, tinha inicialmente um prazo


de conclusão de 18 meses, mas devido à crise económica e financeira que Angola
enfrenta desde essa altura, em consequência da baixa do preço do petróleo no mercado
internacional, registou um atraso de cerca de 12 meses.

Em 2010, teve início o processo de desmatação da área de cerca de 60 hectares, para a


execução de um pequeno monumento e um conjunto de edifícios, para vários tipos de
serviços, entre os quais se destaca o museu pirâmide e o monumento aos soldados,
inicialmente com cerca de seis metros de altura, passando a 21 metros e o monumento
da bandeira, com 55 metros de altura.

O espaço, que inclui ainda uma biblioteca, nesta primeira fase, prevê para a sua segunda
etapa de construção, a edificação de uma vila turística, com 120 apartamentos, uma
piscina, dois restaurantes, centros sociais e comerciais e 12 residências protocolares,
para criar condições infraestruturais com vista a impulsionar visitas ao loca
Luanda - Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi
quebrado, alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente,
tornando-se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. por
outro lado, a superioridade demonstrada pelas FPLA no campo de batalha fez com que
o regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram
origem a implementação da Resolução 435\78 DO Conselho de Segurança da ONU,
lavando a independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que
vigorava na África do Sul. Wikipédia

Fonte: Club-k.net

A História é feita por homens sérios, honestos ou de valores

Tenho
acompanhado o debate sobre a histórica Batalha do Cuito Cuanaval, que durou quinze
horas, no dia 23 de Março de 1988, tendo comos exércitos de Angola ex FAPLA e da
África do Sul, num território externo da África do Sul ou seja, violando a fronteira de
um Estado soberano, ajudado pelo então beligerante Unita por via do seu braço armado,
as FAlAS.

Neste texto pretendo trazer ao debate o que as fontes académicas dizem, mormente,
historiadores e pensadores de grande credibilidade como o Americano Douglas Wheeler
e o Francês René Pelissier, académicos de grande prestígio global, pelo que nos parece,
não fazem por bajulação ou a procura de qualquer promoção, até que têm notoriedade e
não estão num palácio para assegurarem o lugar. Segundo esta fonte, nos ensina o
seguinte «Talvez a batalha mais decisiva tenha ocorrido no cerco de Cuito Cuanaval,
durante um combate de quinze horas a 23 de Março de 1988, quando as forças cubanas
e do MPLA derrotaram as forças da África do Sul e da UNITA.» Wheeler et Pélissier,
in História de Angola, pag. 365, ed.Tinta da China.
Depois da magna conferência do General José Maria, Chefe do SIM e um temível
militar que conhece bem a trajetória do conflito, homem de grande craveira intelectual
clássica, constatamos que certos dirigentes da Unita que nos parece se terem ressentido
com a brilhante intervenção, pronunciaram-se, procurando questionar a veracidade dos
factos sobre a tão sangrenta batalha. No entanto, isto não ficou por ai, no Parlamento os
antigos apoiantes do Exército Sul-africano, contra o Governo legítimo de Angola,
começaram a questionar dirigentes do MPLA sobre a sapiente conferência, procurando
criar dúvidas sobre a capacidade do Governo Angolano fazer coisas que superam a
vanglória neocolonial do Apartheid. Estranha forma de ser patriotas… Tais dirigentes
da Unita, organizaram outra conferência e para o espanto de pessoas atentas com a
História do pensamento Político Angolano, desafiam a sociedade com artigos e
discursos como o do Presidente da Unita e o artigo do Deputado Kamalata Numa,
tempestuoso, mas com certo grau de frontalidade e pronto para o debate, manifestando
democraticidade, respondeu algumas afirmações sobre a mesma batalha histórica,
duvidando da sua magnitude. sobre a magnitude da mesma, rezam as fontes o seguinte:
«Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi quebrado,
alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente, tornando-
se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. por outro
lado, a superioridade demonstrada pelas FPLA no campo de batalha fez com que o
regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram
origem a implementação da Resolução 435\78 DO Conselho de Segurança da ONU,
lavando a independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que
vigorava na África do Sul. fica também para a história, o facto de ambos os lados terem
clamado vitória. Segundo o Wikipédia , está fonte é credível e reconhecida importância
científica e plural, não foi escrita por nenhum General Angolano, interessado em
vangloriar-se, parece ser a verdade que não se confunde com os lugares…

Devemos todos contribuir para que o debate público seja feito com certa eticidade, pois,
há uma tendência da Unita vitimizar-se e auto-excluir-se quando se fazem afirmações
verdadeiras, acusando «intolerância, violação da reconciliação nacional» por parte dos
dirigentes do Estado ou quadros do MPLA, quando a Unita e seus dirigentes, fazem uso
constante de afirmações insultuosas sobre o MPLA ou seus dirigentes ou pessoas
ligadas com actividade histórica dirigida pelo Governo ou do MPLA. É bem verdade
que, em democracia a oposição, tem direito a contestação de afirmações que atentem
contra a verdade histórica ou sejam contrárias aos seus valores. Mas, já não é aceitável
que, quem faz afirmações absurdas ou irracionais ou teve alianças vergonhosas seja em
que época for, venha sem pudor pretender negar factos evidentes como a batalha do
Cuito Cuanaval, como sendo «mito» ou a negação da derrota dos seus aliados. Haja
consciência histórica e consequentemente moral, devia haver um mínimo de
razoabilidade moral, sob pena de um dia negar-se a Independência Nacional, as
reformas encetadas e com sucesso, a destruição do País e a traição dos africanos com
aliança ao apartheid, como se tudo valesse…

Importa lembrar que, ouvimos insultos contra nós, boatos ou outros dirigentes do
MPLA ou do Estado, mas calamo-nos, não por falta de argumentos, por acharmos que a
liberdade de expressão é uma riqueza da democracia. mas não aceitaremos a negação da
verdade histórica, pode-se defrontar argumentos ou justificar, mas considerar um «
mito» o passivo da Unita, segundo Mwekalia, levará a alienação da juventude como
sempre a Unita e seus dirigentes parecem patriotas e são os primeiros chamarem os
outros de «assimilados, criolos, corruptos, ditadores etc», mas se alguém lhes faz
lembrar o passado e as consequências presentes, reagem com uma actitude que
manifesta ressentimento histórico, trata-se de um dilema psiquiátrico ou psicológico,
mas que não é aceitável num debate de ideias que deve ser plural, mas com
verosimilhança, nunca com mentiras ou a negação do sucedido, é grave, pois, a
democracia pode-se fazer com omissões, nunca com mentiras, por inquinar a confiança
e o consequente descrédito das instituições.

Se a Batalha do Cuito Cuanaval fosse tão simples e sem importância estratégica para a
Região e o Continente Africano, tendo decorrido no território nacional, no Cuando
Cubango, porquê coincidiu com os Acordos de Nova Iorque e a consequente retirada
dos cubanos, a proclamação da independência da Namíbia e a libertação de Mandela?
sendo a africa do Sul uma potência económica e militar, o que levou então os encontros
de Londres, Cairo e Nova Iorque? Porquê razão não derrubou o Governo Angolano e
aceitou retirar-se, sabendo que tinha ganho a guerra ou a referida Batalha? É preciso não
esquecer que a SADC tem o 23 de Março como uma data histórica da região e o
Presidente José Eduardo dos Santos recebeu as homenagens mais elevadas no Governo
do Presidente Zuma e Pohamba daÁfrica do Sul e da Namíbia respectivamente.

Todos teóricos da guerra como Maquiavel ou Tsun sun, ensinam que não se faz uma
batalha senão for para ganhar ou obter riqueza e obrigar o adversário ou inimigo a ser
vergado. Ora, se Angola fosse derrotada, não haveria necessidade de assinar-se um
Acordo, bastava marchar até Luanda, derrotando o Socialismo e vencendo apenas o
Capitalismo defendido pela Unita e seus aliados. as eleições de 1992, antecedidas de
uma reforma política para a democracia, segundo Anstee 1997, prova a força moral dos
ideais de Neto e seguidas por JES: «a nossa luta continua na Namíbia, África Sul e
Zimbabwé», não baste defender democracia ou capitalismo é preciso autoridade moral
para saber os limites das ideologias…

A História é feita por homens sérios, honestos ou de valores, ficando como heróis; mas
também é feita de fanfarrões, desonestos e sem valores ou vilões, estando por isso, do
lado errado da História…

o que interessa para os angolanos da nova geração não é apenas o que fez este ou
aquele, mas qual foi o impacto positivo ou negativo dos ideais que cada um defendeu,
isto, basta para lembrar que a guerra foi má e gerou mortes, estropiados e pobreza e a
paz trouxe esperança e desenvolvimento como habitação social, novas cidades e
centralidades, estradas, hospitais, escolas, universidades e reconhecimento internacional
que não se pode negar, ainda fossemos cegos.

Recomendado:
Registo de Memórias: Batalha de Cuito
Cuanavale
Por
redacao
-
23/07/2015

Batalha do Cuito Cuanavale em mural no museu das Forças Armadas angolanas (Foto:
Divulgação)

Batalha do Cuito Cuanavale em mural no museu das Forças Armadas angolanas (Foto:
Divulgação)
A Batalha de Cuito Cuanavale foi o maior confronto militar da Guerra Civil Angolana,
ocorrido entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988 . O local da batalha foi
o sul de Angola na região do Cuito Cuanavale na província de Cuando-Cubango, onde
se confrontaram os exércitos de Angola FAPLA (Forças Armadas Populares de
Libertação de Angola) e Cuba (FAR) contra a UNITA (União Nacional para a
Independência Total de Angola) e o exército sul-africano. Foi a batalha mais prolongada
que teve lugar no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial.

Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi quebrado,


alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente, tornando-
se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. Por outro
lado, a superioridade demonstrada pelas FAPLA no campo de batalha fez com que o
regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram
origem à implementação da resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU,
levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que
vigorava na África do Sul.

A batalha

Mavinga – A primeira acção militar da campanha do governo angolano, foi a ocupação


da antiga base portuguesa de Mavinga, onde estavam sediados 8.000 guerrilheiros da
UNITA, porem até a chegada das forças angolanas, Mavinga recebeu um reforço de
4.000 tropas da SADF (South African Defence Force), vindo a confrontar uma força de
18.000 soldados angolanos. Mavinga foi o primeiro passo no caminho para a Jamba e
para penetrar a Faixa de Caprivi.

O ataque a Mavinga foi uma derrota total para as forças angolanas, com baixas
estimadas em 4000 mortos. A manobra de contra-ataque das SADF, nomeada Operação
Modular foi um êxito, forçando as tropas das FAPLA e das FAR a retroceder 200
quilómetros de volta a Cuito Cuanavale numa perseguição constante através da
Operação Hooper.

O cerco de Cuito Cuanavale

Sabendo que caindo Cuito Cuanavale o inimigo seguiria para Menongue, uma base
aérea importante do governo, as FAPLA restabeleceram-se ai, retendo com dificuldade
o avanço da UNITA e das SADF. As três brigadas sobreviventes da força original
barricaram-se a leste do Rio Cuito, do outro lado da povoação de Cuito Cuanavale,
aguentando as forças rivais durante três semanas, sem blindagem nem artilharia para se
defenderem e sem provisões. O presidente de Cuba Fidel Castro, a pedido do governo
angolano, enviou mais 15.000 soldados de elite para ajudar ao esforço da batalha, dando
o nome a essa movimentação de tropas de Manobra XXXI Aniversário da FAR. Com o
reforço cubano, o número de tropas no país passava de 50.000. A 5 de Dezembro de
1987 o primeiro reforço militar chegou ao posto das FAPLA em Cuito Cuanavale.

Entretanto, os soldados angolanos recebiam um novo treino para se adaptarem às novas


armas mais avançadas fornecidas pela União Soviética, enquanto os seus colegas das
FAR preparam as defesas para resistir às investidas do inimigo. Os defensores cavaram
trincheiras, barricadas, e depósitos para helicópteros, embora a pista de aviação
estivesse intacta, os observadores das forças inimigas impediam a aterragem de aviões
no Cuito Cuanavale. A ponte sobre o rio havia explodido a 9 de janeiro e para poderem
atravessar o rio, os cubanos construíram uma outra ponte de madeira, apelidada de
“Pátria ou Morte”. Os defensores aproveitaram todas as armas disponíveis, desde as dos
tanques imobilizados, às dos soldados sepultados pela terra nos ataques de artilharia.

Entretanto as SADF aproveitaram o impasse para trazer reforços, levando a cabo cinco
assaltos contra os postos angolanos nos meses seguintes, não conseguindo vencer os
defensores. Uma das situações que ajudou imenso a UNITA, foi a estação das chuvas
que atrasou o avanço das tropas vindo de Menongue, através de caminhos lamacentos,
carregados de minas anti-pessoais pela UNITA e de emboscada. Quando o grosso dos
reforços chegaram, já tinha começado a batalha final.

Os assaltos de UNITA prosseguiram até 23 de Março de 1988, levando os tropas


defensoras a recuaram para os arredores de Cuito Cuanavale, onde sofreram
bombardeamentos de artilharia da SADF, localizadas nas colinas de Chambinga, nos
meses seguintes.

Desfecho

O impasse militar de Cuito Cuanavale foi reclamado por ambos lados como uma vitória.
O lado angolano afirmou que com a defesa de Cuito Cuanavale, em situação precária e
situação inferior, impediram a invasão do território angolano, pelas forças da África do
Sul. Porém na África do Sul os partidários da guerra proclamavam como triunfo o facto
de o exército deles menos equipado mas melhor treinado ter impedido o avanço do
comunismo.

Em dezembro de 1988 o MPLA e a UNITA, assinaram os acordos na cidade de Nova


Iorque, acordando com a retirada das forças estrangeiros do conflito angolano, levando,
consequentemente, à independência da Namíbia e à democratização da África do Sul,
culminando com o fim do regime do Apartheid. (wikipedia.com)

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