Vous êtes sur la page 1sur 7

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS AVANÇADO DE PARNAÍBA


CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO – BLOCO VII
PROFESSORA: LUÍZA MÁRCIA
ALUNO(A): LUCAS DE BRITO MYERS NOTA:_____
3ª AVALIAÇÃO
ESTA ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA INDIVIDUALMENTE E ENVIADA
POR EMAIL ATÉ O DIA 13.07.18. O ALUNO TAMBÉM PODERÁ FAZER A
ENTREGA DA ATIVIDADE DE FORMA IMPRESSA À PROFESSORA NO DIA
13.07.18, NA PRÓPRIA UNIVERSIDADE, NO HORÁRIO DE 16 ÀS 18H.

1- Se determinado estado da Federação celebrar operação de crédito para


obtenção de ativos para construção e reforma de rodovias estaduais,
estabelecendo no contrato, que o prazo para amortização da referida
operação será de 36 meses, nessa situação como pode ser classificada essa
modalidade de dívida pública? Justifique (2,0)

R: Conforme José Carlos Oliveira de Carvalho: "A dívida pública pode ser
dividida em duas categorias, a saber flutuante e a fundada (consolidada).
Efetuando-se uma analogia com a contabilidade aplicável ao setor privado, é
possível afirmar que compreendem dívidas de curto prazo (equivalente ao
passivo circulante, explicitado na Lei 6.404/1976) e as de longo prazo
(equivalente ao passivo exigível a longo prazo). Uma outra leitura desses
compromissos evidencia que o primeiro grupo (flutuante) pode ser pago
independente de autorização legislativa. Já o segundo, carece de autorização do
Parlamento". (Orçamento Público, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, p. 87-88).

A lei 4.320/64, por sua vez, define que:

Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade


superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou
a financeiro de obras e serviços públicos. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

Pela LRF, em seu artigo 29, I, temos que:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes
definições:

I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem


duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em
virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

2- Conceitue e exemplifique crédito público voluntário. (1,0)


R: Pode ser conceituado como sendo a espécie de Dívida Pública assumida
voluntariamente pelos investidores e instituições financeiras. Prêmios de
reembolso – diferença entre o valor nominal do título e o real nas emissões
abaixo do par. Juros progressivos – a taxa de juros irá aumentando na proporção
do aumento do prazo de resgate do título público, de sorte a estimular a não
reclamar o reembolso do capital. Lotos – distribuição de prêmios em dinheiro
mediante sorteio periódico, anual ou semestral. Conversão – quando os títulos
públicos se cotam no mercado financeiro bem acima do par, o tesouro afronta
seus subscritores, oferecendo-lhes a opção entre a troca por outro de menor juro
ou resgate imediato. (não haverá extinção de crédito público em caso de troca).

3- Explique como funciona o princípio da legalidade em relação ao


crédito/empréstimo público, destacando ainda a competência do Senado
Federal nessa matéria.(2,0)

O crédito/empréstimo público deve respeitar o princípio da legalidade. É o que


observamos, por exemplo, no artigo 3º, da Lei 4.320/64, que, in verbis, diz que
“A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de
operações de crédito autorizadas em lei.” Como também no artigo 7º da
referida lei:

“Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por


antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.”

Percebe-se que houve por parte do legislador, uma especial preocupação quanto
a necessidade da chancela do legislativo quanto a operações de crédito.”

Por último, quanto a competência do Senado Federal, em relação à matéria,


vislumbramos que , pelo artigo 52, VII, do nosso Texto Maior:

“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito


externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;”

4- Disserte sobre as leis orçamentárias, destacando: espécies, objetivos de cada


uma, conteúdo, período de vigência, iniciativa. (2,0)

No Brasil, contamos com o sistema tripartite de leis orçamentárias:

I- Lei Orçamentária Anual


II- Lei de Diretrizes Orçamentarias
III- Plano Plurianual

Passemos a análise de cada instituto:

I – Lei Orçamentária Anual:

a) Objetivo: É no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) que o governo define


as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele
ano.

b) Conteúdo: A Lei Orçamentária Anual compreenderá:

(i) O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, e estatais chamadas de
dependentes(deficitárias).
(ii) O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
(iii) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

c) Período de Vigência: um ano

d) Iniciativa: Chefe do Executivo

II – Lei de Diretrizes Orçamentárias

a) Objetivo: LDO tem como objetivo estabelecer as diretrizes, prioridades e metas


da administração, orientando a elaboração da proposta orçamentária de cada
exercício financeiro, formado pelos orçamentos fiscal, de investimento das
empresas e da seguridade social, compatibilizando as políticas, objetivos e metas
estabelecidos no Plano Plurianual e as ações previstas nos orçamentos para a sua
consecução, promovendo, em prazo compatível, um debate sobre a ligação e a
adequação entre receitas e despesas públicas e as prioridades orçamentárias.

b) Conteúdo: De acordo com o art. 165, § 2º da Constituição Federal, a LDO:

(i) compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo


as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
(ii) orientará a elaboração da LOA;
(iii) disporá sobre as alterações na legislação tributária;
(iv) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
c) Período de Vigência: Um ano

d) Iniciativa: Chefe do Poder Executivo

III – Plano Plurianual

a) Objetivo: O Plano Plurianual (PPA) é o principal instrumento de planejamento


de médio prazo de ações do governo, abrangendo de forma regionalizada, as
diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.

b) Conteúdo: Os principais conteúdos do PPA são:

(i) Definir com clareza as metas e prioridades do governo, bem como os


resultados esperados.
(ii) Organizar, em programas, as ações que resultem em incremento de bens
ou serviços que atendam demandas da sociedade.
(iii) Estabelecer a necessária relação entre as ações a serem desenvolvidas e a
orientação estratégica de governo.
(iv) Possibilitar que a alocação de recursos nos orçamentos anuais seja
coerente com as diretrizes e metas do Plano. Explicitar a distribuição
regional das metas e gastos do governo.
(v) Dar transparência à aplicação dos recursos e aos resultados obtidos.

c) Período de Vigência: O PPA estabelece as medidas, gastos e objetivos a serem


seguidos pelo governo ao longo de um período de quatro anos. Tem vigência do
segundo ano de um mandato governamental até o final do primeiro ano do
mandato seguinte.

d) Iniciativa: Chefe do Poder Executivo.

5- Sobre a compensação financeira informe: hipótese de cabimento; entes


federados beneficiados e destinação dos recursos objeto da compensação.
(2,0)

R:
a) Hipótese de Cabimento: “No Brasil, existem diferentes tipos de royalties,
pagos ao governo ou à iniciativa privada. Os royalties pagos ao governo, por
exemplo, são relativos à extração de recursos naturais minerais, como carvão
mineral, petróleo e gás natural, ou pelo uso de recursos naturais como a
água, em casos como represamento da água em barragens hidrelétricas. Cada
tipo de royalty, oriundo da exploração ou extração de determinados recursos,
obedece a uma legislação específica, que cobra porcentagens distintas do
valor final do produto extraído ou utilizado, e distribui esta renda de formas
diferentes entre o Governo federal, os estados e os municípios. Ainda não
existe um padrão unificado de cobrança e distribuição de royalties referentes
às atividades de extração e mineração no país.”1

b) Entes Federados Beneficiados: União, Estado e Municípios.

c) Destinação dos Recursos: Pelo Decreto nº 01/91, que regulamentou a lei


7.990/89, temos que:

“Art. 17. A compensação financeira devida pela Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) e
suas subsidiárias aos Estados, Distrito Federal e Municípios, correspondente a 5% (cinco por
cento) sobre o valor do óleo bruto, do xisto betuminoso e do gás natural extraídos de seus
respectivos territórios, onde se fixar a lavra do petróleo ou se localizarem instalações marítimas
ou terrestres de embarque ou desembarque de óleo bruto ou de gás natural, operados pela
Petrobrás, será paga nos seguintes percentuais:

I - 3,5% (três e meio por cento) aos Estados produtores;

II - 1,0% (um por cento) aos Municípios produtores;

III - 0,5% (cinco décimos por cento) aos Municípios onde se localizarem instalações
marítimas ou terrestres de embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural.

Parágrafo único. Os Estados, Territórios e Municípios centrais, em cujos lagos, rios, ilhas
fluviais e lacustres se fizer a exploração do petróleo, xisto betuminoso ou gás natural, farão jus à
compensação financeira prevista neste artigo.

Art. 18. É também devida a compensação financeira aos Estados, Distrito Federal e
Municípios confrontantes quando o óleo, o xisto betuminoso e o gás natural forem extraídos da
plataforma continental, nos mesmos 5% (cinco por cento) fixados no artigo anterior, sendo:

I - 1,5% (um e meio por cento} aos Estados e Distrito Federal;

II - 0,5% (meio por cento) aos Municípios onde se localizarem instalações marítimas ou
terrestres de embarque ou desembarque de óleo bruto ou gás natural operadas pela Petrobrás;

III - 1,5% (um e meio por cento) aos Municípios confrontantes e suas respectivas áreas
geoeconômicas;

IV - 1,0% (um por cento) ao Ministério da Marinha, para atender aos encargos de
fiscalização e proteção das atividades econômicas das referidas áreas;

V - 0,5% (meio por cento) para constituir um Fundo Especial, a ser distribuído entre todos
os Estados e Municípios.

1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Royalty#Royalties_no_Brasil. Visitada em 09.07.2018
1º O percentual de 1,5% (um e meio por cento) previsto no inciso III do caput deste artigo,
atribuído aos Municípios confrontantes e suas respectivas áreas geoeconômicas, será partilhado
da seguinte forma:

I - 60% (sessenta por cento) ao Município confrontante juntamente com os demais


Municípios que integram a zona de produção principal, rateados, entre todos, na razão direta da
população de cada um, assegurando-se ao Município que concentrar as instalações industriais
para processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural, 1/3
(um terço) da cota deste inciso;

II - 10% (dez por cento) aos Municípios integrantes de produção secundária, rateado, entre
eles, na razão direta da população dos distritos cortados por dutos;

III - 30% (trinta por cento) aos Municípios limítrofes à zona de produção principal,
rateado, entre eles, na razão direta da população de cada um, excluídos os Municípios
integrantes da zona de produção secundária.

2º O percentual de 0,5% (meio por cento) previsto no inciso V do caput deste artigo,
atribuído ao Fundo Especial administrado pelo Ministério da Economia, Fazenda e
Planejamento (Lei nº 7.525, de 22 de julho de 1986, art. 6º), será distribuído de acordo com os
critérios estabelecidos para o rateio dos recursos dos Fundos de Participação dos Estados e
Municípios, obedecida a seguinte proporção:

I - 20% (vinte por cento) para os Estados;

II - 80% (oitenta por cento) para os Municípios.

3º No caso de 2 (dois) Municípios confrontantes serem contíguos e situados em um mesmo


Estado, será definida para o conjunto por eles formado uma única área geoeconômica, ficando
os percentuais fixados nos incisos I, II e III do § 1º deste artigo referidos ao total das
compensações financeiras que couberem aos Municípios confrontantes em conjunto, inclusive a
parcela mínima mencionada no inciso I do mesmo parágrafo, que corresponderá a montante
equivalente ao terço dividido pelo número de Municípios confrontantes.”

6- O orçamento é um instrumento fundamental de governo e seu principal


documento de políticas públicas. Por meio dele, os governantes selecionam
prioridades, decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e
como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou
força política. No que diz respeito a orçamento, fale sobre o orçamento
participativo e seu objetivo. (1,0)

R:

a) Conceito: Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo governamental de


democracia participativa que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre
os orçamentos públicos, geralmente o orçamento de investimentos de prefeituras
municipais, através de processos da participação da comunidade.
b) Objetivo: No Orçamento Participativo retira-se poder de uma elite burocrática
repassando-o diretamente para a sociedade. Com isso a sociedade civil passa a
ocupar espaços que antes lhe eram "furtados".

Vous aimerez peut-être aussi