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A Juventude pelos Jovens

Oficina do FSM 2003

www.forumsocialmundial.org.br
Os jovens compactuam com a idéia de que
há diferentes juventudes, influenciadas pela
geração, contexto histórico e cultural e
condição socioeconômica. Assim, qualquer
generalização para a juventude como um
todo, feita a partir de um comportamento de
uma pessoa ou de um grupo juvenil, pode
soar aos jovens como preconceito ou
concepção equivocada.
Reconhecem o sentimento de impunidade
como característica da juventude, mas
percebem também um desejo pelo novo, o
que muitas vezes se traduz em contestação.
Essa contestação, entretanto, é
compreendida como importante, pois é
justamente ela que pode indicar um caminho
para a transformação do meio em que se
vive. Essa força de transformação, segundo
os próprios jovens, muitas vezes é abafada à
medida que se entra na vida adulta, pois as
pessoas, na maioria das vezes, acabam por
se acomodar nas suas rotinas de vida.
Aqueles que mantém essa força de
transformação, são vistos como jovens
independente da idade cronológica, uma vez
que conseguem partilhar de códigos ditos
juvenis. Os jovens compactuam com a idéia
de que há diferentes juventudes,
influenciadas pela geração, contexto histórico
e cultural e condição socioeconômica. Por
essa razão,o grupo nega a idéia de juventude
como transição ou situação passageira, pois
nessa concepção está implícito o descrédito
dado a essa força transformadora do jovem.
Entende-se aí, que nada pode ser levado
muito a sério, pois é apenas uma situação
transitória. Segundo os jovens do grupo, a
imagem da juventude é fabricada pelos
meios de comunicação, na medida em que
são responsáveis por ditar os modelos de
vida tidos como ideais. Entretanto, a cultura
de massa valoriza apenas uma das
juventudes, aquela de classe média alta,
branca e consumista, deixando à margem
tudo o que não corresponder a esse
esquema.
Assim, os jovens recusam a idéia de
juventude como um “tempo de gozar a vida”,
pois essa idéia é aplicada apenas aos jovens
que podem desfrutar desse tempo. Para os
menos favorecidos, entretanto, o trabalho é
uma realidade muito mais freqüente. Além
disso, os jovens sentem-se capazes de
assumir muitas das responsabilidades da
vida adulta , o que muitas vezes não é levado
em conta pelos adultos.
Dessa forma, os jovens com que
trabalhamos nesta oficina mostraram que
querem ser ouvidos e valorizados como
pessoas, com características e necessidades
próprias, e com potencial para participar de
muitas das atividades do mundo adulto. Os
jovens pedem, então, coerência entre o
discurso sobre a juventude e a prática, onde
muitas vezes são superprotegidos ou são
vítimas de ações autoritárias por parte do
adulto.
Isso acontece, por um lado porque se
desacredita no potencial do jovem e por outro,
porque o adulto reconhece esse potencial , mas
teme perder espaço para o jovem. A relação
ideal, assim, é entendida pelos jovens como
uma relação entre iguais.

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