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Unidade II

Unidade II
3 DIREITO DO TRABALHO

3.1 Conceito de empregador e empregado

De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT),“considera-se empregador a empresa, individual
ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços”. A partir
5 dessa definição, depreende-se que qualquer organização ou
profissionais liberais que admitam empregados são considerados
empregadores.

A mesma legislação trabalhista atesta:

É considerado empregado toda pessoa física


10 que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob dependência deste e mediante
salário, não havendo distinções relativas à espécie
de emprego e à condição de trabalhador, nem entre
trabalho intelectual, técnico e manual (CLT art. 3º,
15 parágrafo único).

Quanto ao empregado, este só o pode ser na condição de


pessoa física, sendo contratado para prestação de serviços de forma
contínua, não podendo ser de formas eventuais ou ocasionais,
diferentemente dos serviços prestados por pessoa jurídica.

20 Também, conforme institui a lei trabalhista, o vínculo entre o


empregador e o empregado deve ser formal, ou seja, firmado por
meio de contrato entre as partes, de forma clara, espontânea e

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consensual, desde que vá de encontro às disposições de proteção


ao trabalho e respectivos contratos coletivos estabelecidos na
referida lei.

Tanto o empregador quanto o empregado devem possuir


5 algumas características, específicas às responsabilidades e
atribuições, como, por exemplo, o empregador, como um
empreendedor, assume os riscos de sua atividade econômica,
cujo resultado pode ser positivo ou negativo. Ao admitir um
empregado para a prestação de determinado serviço, mediante
10 o pagamento da respectiva remuneração, fica impedido
de transferir tais riscos ao referido empregado, podendo,
entretanto, dirigir suas atividades e definir que as mesmas sejam
desempenhadas de acordo com as normas disciplinares internas
da empresa.

15 O empregado deve subordinação ao empregador, ou seja,


se sujeita a sua dependência. Quando sujeita-se a si próprio, o
trabalhador sem vínculo empregatício é denominado autônomo.

O vínculo empregatício é reconhecido quando o empregado


é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços, quando
20 existe a subordinação a outrem e recebe remuneração sob a
forma de salário e não é eventual.

3.2 O direito do trabalho

Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), o direito do


trabalho é um conjunto de normas que regula as relações
entre empregadores e empregados, estabelecendo os recíprocos
25 direitos e obrigações decorrentes dessa atividade.

3.3 Direitos individuais do trabalho

Ao dispor sobre os direitos sociais, em especial o direito do


trabalho, a Constituição Federal garante aos trabalhadores a relação
de emprego contra a demissão injusta ou arbitrária, o Fundo de

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Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o seguro-desemprego,


férias anuais, repouso semanal remunerado, salário mínimo,
licença-maternidade, aviso prévio e aposentadoria, dentre outros.

Além disso, o trabalhador tem direito à carteira de trabalho


5 e previdência social, ao registro de empregados em livros de
registros especificados pelo Ministério do Trabalho, à jornada
de trabalho predefinida por lei e a remuneração pelos serviços
prestados.

3.4 Direitos coletivos de trabalho

A lei também garante diversos direitos coletivos,


10 conquistados ao longo dos anos por meio das ações
promovidas por sindicatos e demais entidades representativas
de trabalhadores, como associações e sociedades profissionais,
dentre os quais: liberdade de associação profissional ou sindical,
direito de representação na empresa e direito de greve:

4 DIREITO CONSTITUCIONAL

15 O direito constitucional é um ramo do direito público que


tem por objeto estudar, de forma sistematizada, os princípios
e as normas fundamentais da ordenação jurídica do país.
A norma fundamental é a Constituição, por meio da qual se
conhecem os direitos fundamentais do ser humano e suas
20 respectivas garantias referentes às regras básicas da ordem
social e econômica. Tais direitos e garantias são fundamentados
por meio do primeiro item analisado pela Constituição Federal,
o da dignidade humana.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela


25 união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;

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II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

[...]

Partindo do preceito constitucional, o trabalhador deve ter


5 sua dignidade respeitada, visto ser o trabalhador um ser humano.
Para Marques (2002, p. 147), “o princípio da dignidade humana
busca propiciar melhores condições de vida ao empregado. Na
dignidade humana se valoriza o trabalho humano; na igualdade
ou não discriminação se combatem as desigualdades ou
10 permite-se alguma diferença, desde que legítima e justificada”.

É por meio do trabalho que a maioria dos indivíduos obtém


os recursos necessários para sua existência e sobrevivência, como
a alimentação, a saúde e a educação. Nos momentos atuais, o
trabalho é visto como atividade dignificante e gratificante para
15 o indivíduo, diferentemente dos idos tempos, quando o trabalho
estava associado à escravidão ou a uma atividade “menos nobre”.

A Constituição Federal faz-se, portanto, cada vez mais


importante por proporcionar garantias ao trabalhador e ao
profissional das mais diversas áreas e setores das atividades
20 humanas.

O empregador tem poderes para gerir a empresa e estabelecer


as relações desta para com os empregados de forma limitada, ou
seja, não tem o direito de se opor aos dispositivos constitucionais,
nem contrariar os preceitos previstos nas legislações trabalhista,
25 administrativa ou comercial, dentre outras. Os direitos individuais
devem ser respeitados, notadamente aqueles previstos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quando existe uma
relação de prestação de serviços pactuada entre as partes.

O direito da liberdade de expressão intelectual, artística


30 e científica, mais um dos direitos individuais, é assegurado

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desde que não comprometa os temas relacionados aos direitos


intelectuais e de propriedade intelectual, pois o empregador
também deve estar atento aos aspectos relacionados às
invenções e criações de seus empregados.

5 O dispositivo constitucional que versa sobre a liberdade de


ação profissional deve ser observado com a maior atenção pelo
empregador, pois, segundo a Constituição Federal de 1988,
“confere liberdade de escolha de trabalho, de ofício e de profissão,
de acordo com as propensões de cada pessoa e na medida em
10 que a sorte e o esforço próprio possam romper as barreiras que se
antepõem à maioria do povo. Confere, igualmente, a liberdade para
exercer o que fora escolhido, no sentido apenas de que o Poder
Público não pode constranger a escolher e a exercer outro”.

Num cenário de grandes transformações na sociedade, em


15 que o acelerado desenvolvimento tecnológico contribui para
profundas mutações nas relações de trabalho, empregadores
e empregados podem contar com o apoio e o suporte de
organizações criadas por eles próprios para a elaboração de
estudos e propostas que possam levar ao aperfeiçoamento
20 dessas relações. Tais documentos, elaborados e formatados
dentro de associações representativas das classes patronais
e trabalhadoras, são poderosos e importantes instrumentos
orientadores para os legisladores trabalharem na atualização e
modernização dos textos constitucionais.

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