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Professores:
Fernando Soares Ferreira de
5º Dia
- É o seguinte, minha mãe tá
desempregada, né, e cê sabe que a gente
- E aí, truta, tudo pela ordem? tem que fazer uns corres aí pra viver.
- Tudo, de onde eu te trombo mesmo? - Mas você ainda é novo.
- Lá do Jardim Ângela, cê deu uma - Que nada, já tenho 16, e nessas eu tava
palestra na minha escola. fazendo umas fitas lá naquele mercado
- Pode crê. grande.
- Então, Ferréz, eu queria te trombar - Vichi! Mó barato sinistro, hein.
mesmo, oh! - Pro cê vê, tava pensando se eu roubar
- E o que pega, trutinha? uns baratos miúdos eu não viro um
- Tem uma história pra ti, é curta, mas foi dinheiro para a coroa, então peguei logo
comigo mesmo que aconteceu. um litrão de Whiski.
- Truta, eu posso tá ouvindo, vamos tomar - Ahã!
um refri ali no bar. - Logo o gerente me pegou no flagra.
- Tá legal. - E aí?
- E essas marcas aí no seu rosto? - Me levou para trás no galpão dos
- Isso tem a ver com a história. estoques, disse no telefone que era um
- Coca-Cola ou guaraná? código X10, isso quer dizer que eles
- Dolly, que é mais barato e vem 2 litros. deve chamar todo mundo da loja para
- Certo, mas, e aí, o que tá pegando? ver.
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- E foi todo mundo te ver?
- Isso num é vergonha, só que ele começou a me esmurrar, truta, ele me deu um soco tão
grande na cara, que o resto eu nem senti.
- Filho da mãe.
- E os gambé do mercado só olhando, ele me pegava pelo pescoço e gritava “Você é
louco? Vem roubar meu mercado?”. Eu nunca pensei que ia apanhar desse jeito, no rosto
dos funcionários eu ainda notei o dó, cara do céu! Até eu tive dó de mim.
- E aí, como ficou?
- Depois, ele passou para os gambé bater também, só que um era preto que nem eu e
teve meio dó, dava umas porradinhas meio na moral.
- Sabia que isso dá processo, tru?
- Dá nada, Ferréz, essas leis ai é só para eles , tô errado mesmo, só que um dia eu trombo
um só parecido com ele , eu arrebento.
- Pensa assim, não, tru, faz o seguinte, deixa o nome dele comigo, na hora certa nóis faz
ele passar uma vergonha grande, uma pá de gente vai saber quem é esse patrão bom
batedor.
- Só que ele não é dono nem de nada, o mercado é de um boyzão, aquele que tá andando
com o presidente, e o maluco ai era só gerente.
- Eu sei, tru, é o que mais dói.
Fonte: FERRÉZ. Caros Amigos. São Paulo: Casa Amarela ano VII, n. 76. Jul. 2003 p.70 2
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e
peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que
um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-
comprados. No final da tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse
que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no
menino que ele ficou sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o
que acontece’’, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal.
Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o
cavalo fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o
amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o
estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a
pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa
Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no
chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a
mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
Boi Táta é um Monstro com olhos de fogo, enormes. De dia é quase
cego, à noite vê tudo. Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de
cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a
terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim,
seus olhos cresceram.
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais.
Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos
flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes
noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo
correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é
chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou
Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e
por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele
protege as matas contra incêndios.
1) Você conhece outras lendas além das que foram acrescentadas em sala,
como “A mula sem cabeça” ou “O curupira”? Escreva sobre essa lenda: o
que ela conta?
Joaquim estava andando com sua égua, Samira, pela estrada, rumo
a cidade. Ele encontra então um viajante sem rumo, aparentemente
abatido e com as roupas rasgadas
Pra onde vais, cabra. O que lhe acontece?
Por favor, pode me ajudar? Fui assaltado agora pouco.
Joaquim sai em disparada, voltando para o povoado, com medo de
se encontrar com o assaltante. Logo em seguida, perto da margem
de um rio, surgia um homem dos arbustos. Era o assaltante.
2) Sabendo que um personagem é qualquer ser atuante em
um texto, elabore a descrição de dois personagens. Você
pode escrever personagens de uma mesma história,
inventada por você. Por exemplo:
Fonte: http://insercaoliteraria.blogspot.com/2015/05/porem-igualmente.html
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O OUTRO PAR - A LEI DO RETORNO