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DIARREIA AGUDA E

DIARREIA PERSISTENTE
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA
POLO DE TELEMEDICINA - UEA
PRM EM PEDIATRIA – UEA
CLUBE DA CRIANÇA

RESIDENTE: Enryko Garcia de C. Queiroz


R1 de pediatria
PRECEPTORA: Dra. Adriana Taveira
INTRODUÇÃO

Diarreia:
Ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas,
diminuição da consistência habitual das fezes, nas últimas 24h.

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EPIDEMIOLOGIA

• Taxa de mortalidade infantil no Brasil


1970: 70/100.000 nascidos vivos
2010: 15/100.000 nascidos vivos

• Tendo como causa a diarreia:


 1980: 24,3% - segunda causa
 2005: 4,1% - quarta causa

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DEFINIÇÃO

DIARREIA AGUDA
Perda de grande volume de
Até 14 dias fluidos e desnutrição

DISENTERIA

Até 14 dias Diarreia aguda com sangue

DIARREIA PERSISTENTE
Alto risco de complicação e
Se estende por 14 dias ou mais mortalidade
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DIARREIA AGUDA
DIARREIA AGUDA

Quadro clínico:
• Aumento no volume e/ou na frequência de evacuações, início abrupto,
provavelmente infeccioso, potencialmente autolimitado com duração
inferior a 14 dias.

DESIDRATAÇÃO DESNUTRIÇÃO

ÓBITO
INFANTIL
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DIARREIA AGUDA

Principais causas:

VÍRUS • ROTAVÍRUS
• Adenovírus, coronavírus, etc

BACTÉRIAS • ESCHERICHIA COLI enteropatogênica


• Shigella, Salmonella, campilobacter jejuni, Vibrio cholerae

PARASITAS • ENTAMOEBA HISTOLYTICA


• GIARDIA LAMBLIA

FUNGOS • CANDIDA ALBICANS

OUTROS • Alergia ao leite da vaca, deficiência de lactase, uso de


laxante ou antibiótico, intoxicação, apendicite aguda
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DIARREIA AGUDA

Alimentos potencialmente contaminados:


Campylobacter spp – Leite cru, carne de aves e ovos

Clostridium – Embutidos (salsichas, presunto, salame), enlatados


(conserva), produtos fermentados como o queijo e produtos em
conserva (milho, azeitona, ervilha)

Escherichia Coli – Carne bovina, carne de aves, laticínios, vegetais


crus, alimentos expostos a contaminação fecal.

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DIARREIA AGUDA

Alimentos potencialmente contaminados:


Salmonella – Ovos, produtos lácteos, carnes principalmente de frango, produtos com
alto teor de umidade e porcentagem de proteínas

Shigella – Alimentos que são constantemente manipulados no preparo contaminado.


Saladas, vegetais crus, frutas, derivados do leite, galinha, peixe além da própria água.

Staphylococcus – Alimentos com elevado teor de umidade e alta porcentagem de


proteína: carnes , produtos derivados de bovinos, suínos e aves in natura, além de ovo.

Vibrio spp – Crustáceos e produtos marinhos. Camarões, carangueijos, alguns peixes


conservados com sal.
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DIARREIA AGUDA

Abordagem do paciente diarreico:


• Anamnese: deve conter os seguintes dados

1. Há quanto tempo está com diarreia?


2. Quantas evacuações por dia?
3. Tem vômitos associados? Quantos episódios?
4. Tem febre associada? Como é essa febre?
5. As fezes tem sangue ou muco?
6. Tem diurese? Está aceitando líquidos/leite materno?
7. Outros sintomas associados?

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DIARREIA PERSISTENTE

Quadro clínico:
• Grupos de risco:
1. Crianças imunossuprimidas
2. Crianças com doenças hematológicas – anemia
falciforme
3. Crianças com próteses
4. Crianças com sinais de disseminação bacteriana
extraintestinal
 Apresentando febre
 Comprometimento do estado geral

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DIARREIA AGUDA

Abordagem do paciente diarreico:


• História patológica pregressa:
1. Já teve quadro semelhante recentemente?
2. Está em uso de alguma medicação?

• História vacinal:
1. Imunizações em dia? Solicitar carteira de vacinação!

• História social:
1. Ingesta de água filtrada/fervida?
2. Existem outros casos na escola ou vizinhança?
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DIARREIA AGUDA

Abordagem do paciente diarreico:


• Exame físico:
1. Avaliar e definir estado de hidratação
2. Avaliar estado de nutrição
3. Avaliar estado de alerta (ativa, irritada, letárgica)
4. Diurese e capacidade de beber
5. Peso anterior ou peso na admissão

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DIARREIA AGUDA

Abordagem do paciente diarreico:


• Exame físico:
1. Avaliar e definir estado de hidratação

Fonte: OMS

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DIARREIA AGUDA

Abordagem do paciente diarreico:


• Exame físico:
1. Avaliar e definir estado de hidratação

Fonte: OMS

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DIARREIA AGUDA

Tratamento principal:

Hidratado: PLANO A
Domiciliar com SRO + manutenção da alimentação + Terapia
de suporte
Orientação quanto a sinais de piora

Desidratado: PLANO B
Na unidade de saúde com TRO + manutenção do AM
Jejum durante terapia de reparação (2-4h)

 Desidratado grave: PLANO C


Hospitalar com terapia de reidratação parenteral (EV/IO).
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DIARREIA AGUDA

Tratamento principal:

Critérios para internação:


Choque hipovolêmico
Desidratado grave (perda de peso > 10%)
Manifestação neurológica
Vômitos de difícil controle ou biliosos
Falha na TRO
falta de condições satisfatórias para tratamento
domiciliar ou ambulatorial
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DIARREIA AGUDA

Cuidados com a alimentação:


Recomenda-se jejum durante etapa de reidratação e alimentação deve
ser reiniciada logo após essa fase;

Lactentes: o aleitamento materno deve ser mantido e incentivado;


Fórmulas infantis não devem ser diluídas, mantém-se as necessidades
energéticas;

A alimentação deve ser iniciada de acordo com o habitual do paciente.

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DIARREIA AGUDA

Terapia de suporte:

Antibióticos: restrito aos pacientes que apresentam disenteria,


cólera, giardíase, amebíase, imunossuprimidos.
Shigella: principal etiologia na disenteria + febre + piora do estado geral
Ciprofloxacino comp: 15mg/kg VO de 12/12h por 3 dias
Ceftriaxona: 50-100mg/kg EV por 3 a 5 dias
Metronidazol suspensão oral: 40mg/kg/dia VO de 8/8h por 7 dias

Antieméticos: não devem ser considerados no tratamento da


diarreia aguda pois o quadro de vômito tende a reverter com
hidratação
ONDANSETRONA: vômitos frequentes, na necessidade de hidratação
EV/IO ou internação hospitalar (dose 0,15mg/kg EV)
DIARREIA AGUDA

Terapia de suporte:

Suplementação de Zinco: componente estrutural de


enzimas, atua no crescimento celular e no sistema
imunológico
Reduz a duração do quadro
Reduz as chances de recorrência da diarreia nos 3 meses
seguintes
 Para menores de 5 anos
Zn
Dose diária (por 10 a 14 dias):
Idade < 6 meses – 10mg/dia
Zn
Idade 6 meses a 5 anos – 20mg/dia
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DIARREIA AGUDA

Terapia de suporte:

Suplementação de Vitamina A: administrada em


populações com risco de deficiência dessa vitamina
Reduz risco de hospitalização e mortalidade

 Probióticos: microorganismos que se consumidos em


quantidades adequadas trazem benefício ao paciente
Não recomendado pela OMS e MS
Redução de até 24h na duração da diarreia PROBIÓTICO
Saccharomyces boulardii
Lactobacillus casei DSM 17938
Lactobacillus GG
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DIARREIA
PERSISTENTE
DIARREIA PERSISTENTE

Quadro clínico:
• Aumento no volume e/ou na frequência de evacuações, de início
abrupto, provavelmente infeccioso, que se prolonga por um período
igual ou superior a 14 dias com importante agravo nutricional.

DESNUTRIÇÃO DESIDRATAÇÃO

ÓBITO
INFANTIL
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DIARREIA PERSISTENTE

Quadro clínico:
• Grupos de risco:
1. Crianças desnutridas
2. Crianças que não receberam aleitamento
3. Crianças que tiveram desmame precoce
4. Crianças em situação de vulnerabilidade social
5. Crianças imunossuprimidas
6. Crianças abaixo de 3 anos
7. Crianças com repetidos quadros de infecções intestinais

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DIARREIA PERSISTENTE

Etiologia:

BACTÉRIAS • E.COLI enteroagregativa, enteropatogênica ,

PARASITAS • GIARDIA LAMBLIA, ENTAMOEBA HISTOLYTICA


• Blastocystis hominis, Cryptosporidium spp.

VÍRUS • Astrovírus e enterovírus

OUTROS • Intolerância alimentar


• Alergias a proteínas heterólogas da dieta

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DIARREIA PERSISTENTE

Fisiopatologia:
DIARREIA
MÁ ABSORÇÃO
PERMEABILIDADE SOBRECARGA
DE ANTIGENOS E BACTERIANA
PROTEÍNAS

AUMENTO DA ÁCIDOS
PERMEABILIDA LESIVOS A
DE INTESTINAL MUCOSA
INTESTINAL

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DIARREIA PERSISTENTE

Abordagem do paciente diarreico:


• Anamnese deve conter os seguintes dados
1. História detalhada do quadro de diarreia atual
2. Histórico alimentar
3. História social (moradia, saneamento, higiene)
4. Já teve outros quadros infecciosos anteriores?
5. Se lactente, está em aleitamento materno?

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DIARREIA PERSISTENTE

Abordagem do paciente diarreico:


• Exame físico:
1. Peso e altura
2. Avaliar ganho pondero-estatural na curva da
caderneta
3. Caracterizar o estado nutricional

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DIARREIA PERSISTENTE

Abordagem do paciente diarreico:


• Exames laboratoriais:
1. EPF para pesquisa de ovos e parasitas
2. Cultura de fezes para pp agentes enteropatogênicos
3. Pesquisa de substâncias redutoras nas fezes
4. Pesquisa de sangue oculto nas fezes
5. Pesquisa de leucócitos nas fezes
6. Eletrólitos fecais

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DIARREIA PERSISTENTE

Manejo terapêutico
• Hidratação adequada
• Manutenção da dieta
• Renutrir o paciente
• Fórmulas lácteas extensamente hidrolisadas ou fórmula elementar
• Uso de antibióticos
 Na infecção prolongada com patógeno isolado nas fezes
• Sacharomyces boulardii por 3 dias
• Suplementação de zinco diariamente por 2 a 3 meses
• Maior ingestão de fontes alimentares de zinco
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PROFILAXIA
PROFILAXIA

Recomendações UNICEF/OMS 2009:


Reposição de fluidos para prevenção da desidratação

Tratamento com Zinco

Vacinação contra sarampo e rotavírus

Promoção do aleitamento materno e suplementação de


Vitamina A

Estímulo a lavagem das mãos

Melhoria do suprimento de água nas residências

Promoção de saneamento comunitário 32


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, JAB; FAGUNDES-NETO, U. Diarreia persistente: ainda um importante desafio


para o pediatra. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 87,n. 3,p. 199-205, June 2011

Sociedade Brasileira Israelita Brasileira. Diarreia aguda em crianças e adolescentes –


Diretrizes para o diagnóstico e tratamento. N°3 2013.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Guia pratico de atualização. Diarreia aguda: diagnóstico


e tratamento. N°1 mar 2017

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