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Este poema descreve um homem lendo o livro do poeta Cesário Verde à janela ao entardecer. Reflete sobre como Cesário Verde, apesar de ser um camponês, andava "preso em liberdade" pela cidade, mas mantinha a perspectiva de alguém do campo ao observar as casas, ruas e plantas. Isso explica a grande tristeza que sentia, embora nunca tenha dito claramente.
Este poema descreve um homem lendo o livro do poeta Cesário Verde à janela ao entardecer. Reflete sobre como Cesário Verde, apesar de ser um camponês, andava "preso em liberdade" pela cidade, mas mantinha a perspectiva de alguém do campo ao observar as casas, ruas e plantas. Isso explica a grande tristeza que sentia, embora nunca tenha dito claramente.
Este poema descreve um homem lendo o livro do poeta Cesário Verde à janela ao entardecer. Reflete sobre como Cesário Verde, apesar de ser um camponês, andava "preso em liberdade" pela cidade, mas mantinha a perspectiva de alguém do campo ao observar as casas, ruas e plantas. Isso explica a grande tristeza que sentia, embora nunca tenha dito claramente.
E sabendo de soslaio que há campos em frente. Leio até me arderem os olhos O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade. Mas o modo como olhava para as casas, E o modo como reparava nas ruas, E a maneira como dava pelas coisas, É o de quem olha para árvores, E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando E anda a reparar nas flores que há pelos campos...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha, Mas andava na cidade como quem anda no campo E triste como esmagar flores em livros E pôr plantas em jarros... s.d. “O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 25.