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IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURA DE VEGETAÇÃO NA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PARA FINS DE


PESQUISA NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS

Janeiro de 2017
Altamira – Pará
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: Implantação de estrutura de vegetação na Universidade Federal do Pará para


fins de pesquisa no desenvolvimento de mudas.
Local: Altamira – PA
Instituições Envolvidas: Fundação Roberto Marinho, Universidade Federal do Pará
Duração do Projeto: 3 meses

2. INTRODUÇÃO

Nos últimos 50 anos, a Amazônia têm sofrido pressão sobre os recursos naturais.
A região é palco de intensas transformações socioespaciais e econômicas ocorridas em
função de um modelo de desenvolvimento e ordenamento territorial promovido pelo
Estado brasileiro, resultando em impactos socioambientais ligados à questão fundiária,
ao desmatamento e queimadas, à expansão da fronteira agrícola, à implantação de
projetos hidrelétricos, afetando as populações locais (IDESP, 2011).
A restauração ecológica está intimamente ligada à ciência da ecologia da
restauração, que consiste no processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema
que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema é considerado restaurado
quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu
desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais. Para tal, torna-se necessário
conhecer a ecologia das espécies do bioma a ser recuperado (SER, 2004).
A reconstrução de ecossistemas degradados faz com que haja necessidade do
desenvolvimento de pesquisas que otimizem a produção de mudas com qualidade
morfofisiológica capaz de atender aos objetivos dos plantios (José et al., 2005). Fatores
como luminosidade, disponibilidade de água, temperatura e condições edáficas são
determinantes no desenvolvimento dos vegetais e, dentre estes, a luz é importante no
crescimento da planta (Ferreira et al. 1997). A estrutura de vegetação por simular
diferentes condições edafoclimáticas é um instrumento adequado para promover a
pesquisa.
Estruturas de vegetação, além de subsidiar a pesquisa e o ensino, podem
fomentar o desenvolvimento da comunidade por meio de atividades de extensão.
Conforme Caires (2002), a atividade de extensão é indissociável do Ensino e da
Pesquisa, é destinada a articular o saber científico e o saber popular, perdendo o caráter
assistencialista, assumindo-se como trabalho social, instrumento de democratização,
autonomia universitária e de ação transformadora.

3. JUSTIFICATIVA

As essências florestais nativas da floresta amazônica possuem comportamento


pouco conhecido, tornando necessário implantar unidades experimentais para entender a
dinâmica das mesmas. Para tal objetivo, é necessário a construção de uma estrutura que
possa subsidiar pesquisas a fim de desenvolver técnicas para a produção de mudas,
possibilitando identificar quais os melhores tratamentos à serem utilizados para alcançar
este fim, como determinação de substratos, adubação e graus de luminosidade.
A construção de uma estrutura que possibilite condições para desenvolver
experimentos é de fundamental importância para gerar resultados promissores no que
diz respeito a condução de mudas de essências florestais nativas da região amazônica
em ambiente controlado, e avançar em estudos que possibilitem a descrição do
comportamento ecológico dessas essências para produção de mudas em grande escala.
As estruturas construídas não se adequam ao conceito de viveiro, pois entende-
se por viveiro florestal um determinado local onde são concentradas todas as atividades
de produção de mudas florestais, com infraestrutura adequada, devendo possuir as
seguintes instalações: a) casa do viveirista, b) escritório, c) depósito para equipamento
e ferramentas, d) depósito para produtos químicos, e) abrigo aberto nas laterais
(VILELLA, 2009).
Mas também não se adequam ao conceito de Casa de Vegetação, pois, por
definição, casas de vegetação são estruturas construídas com diversos materiais, como
concreto, madeira, alumínio, etc., cobertas com materiais transparentes, onde utiliza-se
o efeito estufa destas, motivo pelo qual as casas de vegetação são mais conhecidas como
estufa (EMBRAPA, 2005). A partir dessa premissa, foi necessário a criação de um
termo que melhor se adequasse ao tipo de estrutura construída e ao objetivo que esta
teria, ficando então definido o termo Estrutura de Vegetação para descrever uma
infraestrutura construída com bases de alumínio, revestida com sombrite, utilizada para
subsidiar a pesquisa científica na produção de mudas, e eventualmente na realização de
eventos para interação da comunidade local e a comunidade acadêmica.
Considerando-se que o projeto foi desenvolvido na Universidade Federal do
Pará, os estudos realizados geram artigos científicos, que podem ser replicados pelos
produtores rurais, que tem encontrado problemas para adquirir mudas, justamente por
não existir estudos que apontem a melhor maneira de produzi-las.
Além de gerar conhecimento, uma estrutura de vegetação possibilita a interação
entre a comunidade e o meio acadêmico, levando em consideração que anualmente a
Universidade Federal do Pará - UFPA realiza eventos com finalidade de atender as
demandas da comunidade da região, como a Semana de Integração das Ciências
Agrárias – SICA, Seminário de Estudos Avançados de Engenharia Florestal e Feira
Vocacional.

4. OBJETIVO
Construção das estruturas de vegetação e promover eventos como minicursos,
trabalhos de conclusão de curso e pesquisa.

5. METODOLOGIA
A construção da estrutura de vegetação foi realizada nas dependências da
Universidade Federal do Pará (UFPA), foram construídas três estruturas de vegetação
com diferentes níveis de sombreamento. A equipe responsável pela execução do projeto
é formada por discentes da Universidade Federal do Pará do Curso de Bacharelado em
Engenharia Florestal, com o apoio da Fundação Roberto Marinho.
Essa estrutura será utilizada no desenvolvimento de trabalhos científicos a serem
conduzidos por discentes das ciências agrárias e também para promover apresentações
para alunos das escolas de ensino fundamental e médio do município de Altamira. Outra
finalidade será para promover minicursos em eventos científicos organizados pela
universidade anualmente.
A gestão da estrutura de vegetação após o período de duração do projeto será
realizada pelas faculdades de Engenharia Agronômica - FEA e Engenharia Florestal -
FEF, cada uma assumirá a gestão por um biênio, sendo que no período de 2017 a 2018 a
gestão ficará à cargo da FEA, e nos anos 2019 e 2020 da FEF, e assim sucessivamente.
A direção das faculdades indicará um docente que ficará responsável pela manutenção e
organização dos trabalhos realizados na estrutura.
6. RESULTADOS
Para execução do projeto foi firmado parceria com a Fundação Roberto
Marinho, com colaboração da empresa Altaflora Jr, especificamente com os cursos de
Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal.
Construção e instalação da estrutura de vegetação
 Escolha do local adequado:
A estrutura de vegetação foi construída no Campus II da Universidade Federal do Pará,
considerando-se os aspectos de luminosidade.
 Construção da estrutura de vegetação:
Foram construídas três estruturas de vegetação, com dimensões de 3x6m localizada na
UFPA- Campus de Altamira, utilizando-se de materiais pré-moldados e tela sombrite à
30%, 50% e 80% de interceptação da luz solar.

Fonte: Autores, 2016

Realização de minicurso: “Projeto de Reflorestamento Comercial”


 Parceria com a Coordenação da Semana de Integração às Ciências Agrárias –
SICA:
Os discentes das Faculdades de Engenharia Florestal e Engenharia Agronômica da
Universidade Federal do Pará realizam anualmente a Semana de Integração às Ciências
Agrárias – SICA, um evento científico que discute a produção agrícola na região da
Transamazônica e Xingu e envolve, além do público acadêmico, a comunidade em
geral, através da realização de palestras, mesas redonda e minicursos, integrando o
conhecimento científico e tradicional.
 Realização do minicurso:
O minicurso foi realizado durante a 16° edição da SICA, que aconteceu nos dias 12 à 16
de Dezembro de 2016, com aulas teóricas e práticas sobre produção de mudas,
demostrando a aplicabilidade em reflorestamento comercial, sistemas agroflorestais e
recuperação de áreas degradadas. O minicurso abordará, além do processo de produção
das mudas, o planejamento, implantação e condução de povoamentos mistos.

Fonte: SICA, 2016


7. EQUIPE TÉCNICA

Nome Função no Projeto


Diego Luiz Orientador
Diego Rodrigues Coordenador
Lorena da Silva Trzeciak Coordenadora
Priscila de Lima de Morais Coordenadora
Sandra Andréa Santos da Silva Co-orientadora

8. CRONOGRAMA TEMPORAL

Período
Atividade
Setembro Outubro Novembro Dezembro
Meta 1
Elaboração do projeto x x
Escolha do local adequado à
x
implantação da estrutura de vegetação
Construção da estrutura de vegetação x
Meta 2
Parceria com a Coordenação da SICA X
Realização do minicurso x
7. REFERÊNCIA
SER, Fundamentos de Restauração Ecológica, Sociedade Internacional para
Restauração Ecológica Grupo de Trabalho em Ciência & Política, Seção 2, 2004.
Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará. Perfil da gestão
ambiental dos municípios paraenses: programa municípios verdes, Belém-PA: IDESP,
2011. 45 p. (Relatório Técnico).
CAIRES, C.M. A importância das atividades de extensão na formação acadêmica: a
experiência do projeto universidade solidária, UNINOVE, 2002.
JOSÉ, A.C.; DAVIDE, A.C.; OLIVEIRA, S.L. Produção de mudas de aroeira (Schinus
terebinthifolius Raddi) para recuperação de áreas degradadas pela mineração de bauxita,
Cerne II (2): 187-196, 2005.
FERREIRA, M.G.M.; CÂNDIDO, J.F.; CANO, M.A.A.; CONDÉ, A.R. Efeito do
sombreamento na produção de mudas de quatro espécies florestais nativas, Resvista
Árvore, I (2): 121-134, (1997)
VILELLA, A. L. A; VALARINI, G. A. Manual Informativo para Produção de Mudas
em Viveiros Florestais, Consórcio PCJ, Americana, 2009.
EMBRAPA, Construção de Estufas para a Produção de Hortaliças nas Regiões Norte,
Nordeste e Centro Oeste, Circular Técnica nº 38, Brasília-DF, Dezembro de 2005.

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