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Índice
1.0 Introdução ....................................................................................................................... 2
1.1 Objectivos ....................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo geral: ........................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos específicos: ................................................................................................ 3
1.2. Metodologia .................................................................................................................... 3
2. Definições de conceitos ...................................................................................................... 4
3. Fundamentação teórica ....................................................................................................... 5
4. Sistema agrário ................................................................................................................... 5
4.1. Variáveis ou elementos do sistema agrário ..................................................................... 6
5. Agricultura Tradicional (Vânia Silva 2011). ...................................................................... 7
5.1. Técnicas utilizadas na agricultura tradicional ................................................................. 8
5.2. Terreno com pousio ........................................................................................................ 8
5.3. Rotação de culturas ......................................................................................................... 8
5.4. Associação de culturas .................................................................................................... 9
6.1. As queimadas na agricultura ........................................................................................... 9
6.2. O impacto ambiental das queimadas............................................................................. 10
6.4. O sistema itinerante na produção de alimentos............................................................. 12
7. Agricultura de sequeiro (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12) ....................................... 12
8. A agricultura da Ásia, das monções ................................................................................. 12
8.1. Características Gerais.................................................................................................... 12
8.2. Descrição da agricultura da Ásia, das monções ............................................................ 13
8.3. A importância das Monções.......................................................................................... 13
9. A agricultura de oásis (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12) ......................................... 14
10. Conclusão...................................................................................................................... 15
11. Referências bibliográficas ............................................................................................. 16
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1.0 Introdução
A agricultura é a actividade que tem como objectivo a exploração de recursos do solo afim de
satisfazer uma das necessidades essenciais do Homem.

A noção de sistemas agrários nos permite estudar e formular diagnósticos sobre sua evolução
em curso e propor linhas de desenvolvimento apropriadas e equilibradas ao meio estudado.

Para BERTALANFFY, “os sistemas estão em toda parte, e a aplicação de uma teoria geral
de sistemas, fornece as bases para um entendimento interdependente de variáveis que,
aparentemente, parecem estar desconectadas. No que concerne à sistemas sociais na
agricultura”. (1973 p.17)

Desta forma o sistema agrário contém elementos que reflectem relações de dependência
existentes entre as categorias sociais agrárias numa determinada sociedade rural, tais como:
relações de concorrência e de complementaridade, sendo importante estabelecer a noção de
sistema agrário permitindo a análise de suas actividades agrícolas na sociedade e de suas
relações técnicas, económicas e de diálogo dentro de um mesmo território.

O presente trabalho tem como tema a nível macro, o sistema agrário e seus elementos e ira se abordar
assuntos referentes a Agricultura tradicional, ira se fazer menção sobre agricultura itinerante sobre
queimadas por fim a de sequeiro, azias das moções, oásis e dentre outros mais aspectos relacionados
com o tema em estudo.
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1.1 Objectivos

1.1.1. Objectivo geral:


 Reflectir sobre sistema agrário

1.1.2. Objectivos específicos:


 Definição de conceitos básicos;
 Mencionar os elementos do sistema agrário;
 Descrever assuntos ligados a agricultura: tradicional, itinerante sobre queimadas,
sequeiro, azias das moções e do oásis.

1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se numa primeira fase, ao método de
pesquisa bibliográfica, que consistiu nas consultas bibliográficas que versam sobre a temática
em estudo, e em seguida usou-se os métodos analítico e comparativo, que consistiu na análise
e comparação da informação obtida nas diversas obras e, por fim, seguiu-se à compilação da
informação seleccionada.
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2. Definições de conceitos

Agricultura “Esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima,
solo) para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em qualidade” (Diehl, 1984)

Agricultura “Artificialização pelo homem do meio natural, com o fim de o tornar mais apto
ao desenvolvimento de espécies vegetais e animais, elas próprias melhoradas” (Barros, 1974)

Agricultura é arte de cultivar os campos.

Spedding (1980) define sistema como “um grupo de componentes que interagem e que
operam unidos por uma mesma finalidade, que são capazes de reagir como um todo diante de
estímulos externos, que não são afectados directamente por seus próprios produtos e que têm
uns limites definidos, nos quais têm lugar todas as reutilizações de alguma significância ou
importância”.

Godelier (1980) propõe que se entenda por sistema “um conjunto de estruturas ligadas entre
si por certas regras. Como estrutura, um conjunto de objectos ligados entre si segundo certas
regras. Por objecto, qualquer realidade possível, indivíduo, conceito, instituição, coisa, etc.
Por regras, os princípios explícitos de combinação, de relacionamento dos elementos de um
sistema, as normas intencionalmente criadas e aplicadas para organizar a vida social”.

Sistema agrário (Ferreira et al. apud. Silveira, 1994) é o modo de exploração do meio,
historicamente constituído e durável; e busca estudar as relações entre meio natural, mão de
obra, fatores de produção, relações sociais, caracterizando as diversas etapas que a agricultura
percorreu, procurando evidenciar qual foi o motor da evolução e da diferenciação desta
agricultura, levando em conta determinantes que ultrapassam o nível regional.

Agrossistema ou sistema agrário é um tipo ou modo de produção agropecuária em que se


observa diversos tipos de cultivos ou criações que são praticados, quais são as técnicas
utilizadas e como é a relação da agricultura ou pecuária com o espaço geográfico.
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3. Fundamentação teórica

4. Sistema agrário

Spedding (1980) define sistema como “um grupo de componentes que interagem e que
operam unidos por uma mesma finalidade, que são capazes de reagir como um todo diante de
estímulos externos, que não são afectados directamente por seus próprios produtos e que têm
uns limites definidos, nos quais têm lugar todas as reutilizações de alguma significância ou
importância”.

De acordo com esse conceito, o sistema agrário, independentemente do tamanho e da


complexidade, tanto pode ser uma galinha como a exploração agrícola, a agricultura regional
ou nacional; tudo vai depender dos objectivos da análise. Portanto, para a construção de um
modelo de sistema é necessário ter bem claro qual(is) o(s) objectivo(s) a ser(em)
alcançado(s). Caso contrário, não haverá condições necessárias para a decisão do que é e do
que não é essencial.

Nessa mesma linha de raciocínio, Miranda (1984) afirma que o estabelecimento agrícola
pode ser tratado em diversos níveis de abordagem e o detalhadamente depende dos objectivos
da pesquisa e dos meios metodológicos e logísticos empregados.

Para se compreender a lógica de reprodução dos sistemas agrários, torna se necessário


entender a lógica de reprodução dos seus componentes (agriculturas patronal, camponesa e
familiar).

Os sistemas agrários possuem uma lógica de produção, intimamente conectada com a lógica
ou racionalidade do produtor, além de uma lógica de reprodução expressada não somente por
suas próprias condições, mas de maneira que formam parte da produção como processo
social, e que assinala seus limites e possibilidades.

Fundamentalmente, é necessário compreender como o produtor e a sua família, das


agriculturas familiar e camponesa, se inserem e se articulam, por um lado, na sociedade
interna e, pelo outro, na sociedade externa.

Na sociedade interna, existe uma forte articulação entre as condições de situação de produção
(qualidade e quantidade de terra, ecologia, condições climáticas, ciclos agrícola e vegetativo,
tipo de propriedade, acesso aos recursos, etc.) e a da família (organização social, gestão e
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planificação dos recursos, coordenação para o uso da mão-de-obra, ciclo familiar,


intercâmbio de insumos e serviços).

Na sociedade externa, as condições e situações de produção não se esgotam no âmbito de


acção directa do produtor. Ele tem uma relação intencional e não intencional com a situação e
processos socioeconómicos, culturais, agro ecológicos, espaços físico e social que demarcam
a actividade produtiva de sua propriedade, e que, portanto, condicionam a sua resposta a esse
contexto. A articulação e inserção do produtor e sua família na sociedade externa expressam-
se na dinâmica micro – regional, regional, nacional e internacional, nomeadamente no
mercado. No mercado, não só a resultante da exploração familiar, a produção propriamente
dita, mas também a mão-de-obra familiar com todas as suas potencialidades.

4.1. Variáveis ou elementos do sistema agrário


Na concepção de (Silva Neto pg.80-135) “sistema agrário, o qual corresponde a um modo
específico de exploração de um ecossistema resultante de transformações históricas
profundas e de adaptações geográficas em larga escala. Na caracterização de um sistema
agrário o que importa em primeiro lugar são as tendências históricas que regem as grandes
mudanças da agricultura”. Para a análise ao nível do sistema agrário as seguintes variáveis
são consideradas essenciais:
 O ecossistema cultivado, ou “agroecossistema”, que é o produto histórico das
transformações promovidas pelos seres humanos sobre o ecossistema natural;
 O aparelho social produtivo, correspondente aos meios de produção na forma de
equipamentos, ferramentas, máquinas e materiais biológicos (plantas cultivadas e
animais domésticos) resultantes de processos de adaptação, selecção e acumulação
desenvolvidos historicamente pelos agricultores e outros agentes;
 A força de trabalho e as relações de produção às quais ela está submetida;
 O modo de exploração e reprodução da fertilidade do agroecossistema, que resulta da
forma específica, historicamente situada, de como determinados ecossistemas são
manejados para a produção imediata de alimentos e matérias primas de interesse para
a espécie humana de forma mais ou menos compatível com a manutenção ou a
ampliação do seu potencial produtivo (ou seja, da sua “fertilidade”).

Porém, no interior de um sistema agrário, a combinação dos elementos acima não é


homogênea. O ecossistema cultivado, a disponibilidade da força de trabalho e dos meios de
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produção variam segundo o estatuto social e a acumulação de cada agricultor. Assim,


segundo a disponibilidade de meios de produção e de força de trabalho presentes em uma
unidade de produção agropecuária, e a maneira como esses elementos são combinados para a
implantação e o manejo dos ecossistemas cultivados, podem ser definidos diferentes
“sistemas de produção”.

5. Agricultura Tradicional (Vânia Silva 2011).

A agricultura tradicional é o tipo de atividade agrícola que utiliza técnicas artesanais,


ancestrais e rudimentares, tais como o uso da enxada, do arado, da queimada e da tração
animal. É praticada em pequenos terrenos. Esta apresenta baixo rendimento e baixa
produtividade. A sua produção destina-se ao auto-consumo e é praticada essencialmente em
países em desenvolvimento. Normalmente a agricultura tradicional utiliza a policultura, ou
seja, o cultivo de diferentes produtos no mesmo terreno.

A agricultura tradicional apresenta várias características tais como:

 Predomino da policultura, permitindo a produção de diversos tipos de produtos


anuais;
 Fraco investimento de capitais;
 Destina-se a consumo familiar e auto-consumo;
 Tem baixo rendimento e produtividade;
 Os instrumentos de trabalho são simples e rudimentares;
 A terra é trabalhada de forma descontinua e intensiva;
 Demonstra os conhecimentos básicos do agricultor;
 É praticada por uma elevada percentagem da população, cerca de 70% da população
ativa dos países em desenvolvimento.

As tarefas agrícolas são exclusivamente manuais ou através de animais, vê-se a ausência de


maquinação.

A produção para a autossuficiência, visto que normalmente não exportam as suas plantações
para o mercado.

A agricultura tradicional apresenta vários problemas, tais como:

 Dependência das condições ambientais;


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 Fraca produtividade;
 Envelhecimento e baixa instrução dos agricultores;
 Desflorestação e erosão dos solos;
 Desertificação;
 Esgotamento dos solos;
 Poluição ambiental.

5.1. Técnicas utilizadas na agricultura tradicional

A agricultura tradicional aplica matéria orgânica de origem animal ou vegetal no solo, como
adubos. Mas desenvolveu outras técnicas para manter a fertilidade dos solos agrícolas. Tais
como:

5.2. Terreno com pousio

O terreno é dividido em partes, ficando uma delas alternadamente, por cultivar durante algum
tempo. Deste modo o solo torna-se mais fértil, permitindo um maior rendimento e
produtividade. Na parcela que fica por cultivar desenvolve-se ervas espontâneas ou
semeadas, que são enterradas antes da nova cultura, criando assim o adubo verde.

5.3. Rotação de culturas

Os agricultores observaram que o cultivo das mesmas culturas nos mesmo locais, favoreciam
a disseminação de pragas e pestes e reduziam a fertilidade do solo. Então, optou-se por
dividir o terreno em varias áreas de modo a que em cada ano as parcelas sejam cultivadas
com diferentes espécies previamente selecionados.

O processo de gestão dos nutrientes do solo é adquirido através da plantação de raízes,


seguida de aliáceas, depois leguminosas e por fim os legumes. Formando um ciclo. As
aliáceas (alho, alho francês, cebola, etc.) têm uma ação anti-bacteriana no solo, assegurando a
sua limpeza. As raízes (batatas, nabos, cenouras, etc) arejam o solo. As leguminosas
(ervilhas, favas, feijões, etc.) fixam o azoto no solo, de modo a que este se torne mais rico. E
por fim as folhas e frutos (couves, brócolos, tomates, etc.) que beneficiam o que foi deixado
pelos seus antecessores.
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5.4. Associação de culturas

É semeado diversas espécies com diferentes características simultaneamente. Como por


exemplo o cultivo da cenouras simultaneamente com alfaces, visto que têm diferente
velocidade de crescimento. E o cultivo de milho e da aboboreira tendo em conta que têm
diferentes necessidades de luz.

6. Agricultura itinerante sobre queimada (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12)

Agricultura itinerante sobre queimada aproxima se, pelas suas característica. Da


agricultura praticadas pelos primeiros agricultores neolíticos, praticado ainda na floresta
equatorial e savana húmida da África central, América do sul, Indochina e Indonésia.

Agricultura tropical desconhece os adubos químicos, criação de gado, que poder fornecer
algum estrume, não possível neste ambiente quente e húmido devido ao levado risco de
doenças, e assim, agricultura itinerante fica sujeita a fragilidade dos solo que, no período
Húmido são lexiviados, isto e, as aguas das chuvas lavam e arrastam em profundidade os
elementos minerais solúveis (Azoto, fósforo, cálcio, potássio), e insolúveis (principalmente
ferro e alumínio), e na época seca, as aguas que ascendem devido as levadas temperaturas,
por osmose e capilaridade, arrastam para superfície os elementos insolúveis, estéreis, que se
vão acumulado anualmente, dado origem as Couraças Lateriticas avermelhadas pelas
oxidação do ferro, fenómeno conhecido por Laterização e que caracteriza tudo régios
tropical.

Este fenómeno leva a formação do solo esqueléticos, sem qualquer possibilidade de fixação
de plantas, que pode provocar das próximas épocas de chuvas a sua total destruição pela
erosão.

6.1. As queimadas na agricultura

As queimadas têm uma longa história de uso na agricultura, constituem-se em uma tecnologia
do período Neolítica amplamente utilizada nas actividades agrícolas, apesar de seus
inconvenientes, são empregadas tanto na formas de agricultura tradicional praticadas pelos
indígenas e pequenos agricultores familiares, quanto nos sistemas altamente intensificados
como a cana-de-açúcar e o algodão (GLIESSMAN, 2001).

Existem muitos tipos de queimadas, movidas por interesses distintos, em sistemas de


produção e geografias diferentes: em manejo de resíduos culturais, manejo de ervas
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adventícias, limpeza e preparo de área para plantio, colheita, renovação e manejo de


pastagens, além da queima de resíduos para eliminar pragas e doenças, envolvem vegetações
diferentes, bem como interesses variados (ALTIERI, 2002).

Em alguns países o fogo é o único meio viável para eliminar a massa vegetal e liberar áreas
de solo nu para plantio, em geral acontece em áreas desmatadas (MIRANDA & MORAES,
2006). A falta de informação sobre sua ocorrência provoca confusão entre queimadas
agrícolas (fogo provocado e desejado) e os incêndios florestais (fogo indesejado e acidental).
O agricultor decide quando e onde queimar, é uma prática controlada, desejada e faz parte do
seu sistema de produção, os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e
difíceis de controlar, entretanto, uma queimada mal conduzida pode ocasionar um incêndio
florestal (MIRANDA et al., 2004).

Nos países desenvolvidos de clima mediterrâneo, como parte da França, Espanha, Grécia,
Itália e Estados Unidos são frequentes os incêndios florestais no período de verão, o mesmo
ocorre em regiões subpolares, como as áreas de tundra e de vegetação de coníferas do Alasca
e da Rússia. Em países tropicais, as queimadas ocorrem no inverno, durante o período seco,
no período de Julho a Novembro. (MIRANDA, CAPUTI & DOURADO 2002).

6.2. O impacto ambiental das queimadas

O impacto ambiental das queimadas, preocupa a comunidade científica, ambientalista e a


sociedade em geral, pois não é possível contabilizá-lo. O fato da maioria das queimadas
praticadas no Brasil serem de natureza agrícola indica que elas afectam directamente a física,
a química e a biologia dos solos, causando erosão que se reflecte na diminuição da
produtividade da terra (MIRANDA, 2003). Após uma queimada ocorre uma redução na
humidade do solo, promovendo redução dos agregados físicos, implicando no aumento da
densidade aparente, redução na taxa de infiltração e permeabilidade, favorecendo aos
processos erosivos, através da lixiviação e do escorrimento superficial, promovendo ainda
alterações na química e biologia, afectando a produtividade das culturas (MOURA, 2004).
Promovem ainda deformidades na qualidade do ar, na vegetação, na biodiversidade, alterando
profundamente a estrutura, a composição e a dinâmica dos ecossistemas, deste modo à
retirada da vegetação provoca variação na produção e na decomposição dos detritos
orgânicos sobre o solo, compromete a qualidade dos recursos hídricos e promove a
fragilização dos agroecossistemas, bem como a destruição de linhas de transmissão e outras
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formas de património público e privado, a diminuição da visibilidade atmosférica, o aumento


de acidentes em estradas e a limitação do tráfego aéreo, bem como a produção de gases
nocivos à saúde humana (DETWILER & HALL, 1998 apud MUNIZ, 2004). Contribuem
para o aumento das concentrações de gases como CO² e N2O, que provocam mudanças no
planeta Terra, agravando o problema do efeito estufa, pois afectam a composição e as
propriedades físicas e químicas da atmosfera, que detêm importantes implicações sobre as
alterações climáticas (ANDRADE & MERLET, 2001). São fontes importantes de poluentes
para a atmosfera, com implicações para o ciclo hidrológico, em função da temperatura e do
tempo, os gases gerados pelas queimadas podem ter naturezas muito diferentes, deste modo,
as relações fotoquímicas das emissões gasosas serão diferenciadas (FEARNSIDE, 2002).

6.3. Deslocamentos para novos campos (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 23)

Esta progressiva degradação dos solos leva a que os mesmos se tornem impróprios para a
prática agrícola ao fim de dois a três anos, pelo que há lugar a rotação dos campos e, por
vezes, ate a mudança da própria aldeia dai designação itinerante ou nómada.

O deslocamento para novos campos exige tarefas variadas, tais como:

Derrubada, derrube das árvores no fim do período das chuvas, para que árvores cortadas
sequem durante a época seca.

Abertura de Aceiros: consiste na abertura de cinturas, para que o incêndio não se propague a
floresta. Queimada no fim da época seca, antes das chuvas, com as gramíneas todas secas,
deitam se fogo a zona desbravada. Ė uma operação espectacular, que deixa o campo mais
parecido com um campo de batalha do que com um termo agrícola. Esta operação fornece
cinzas nutrientes ao solo. No entanto, a queimada traz malefícios, solo e um corpo vivo por
microorganoismos De compositores estes sereis ao ser destruídos pelos incêndios vão
acelerar a esterilidade dos solos e assim se aumentam latinização e se abre o caminho a
erosão intensa e consequentemente destruição da camada arável; Sementeira ou Plantação no
inicio das chuvas da se inicio as operações agrícolas propriamente ditas: sementeiras ou
plantação, com pau ou com calcanhar fase um buraco no solo e enterra se a semente (milho,
amendoim, tomate etc). Três a quatro meses depois colhe se o milho tomate. Na agricultura
itinerante sobre queimadas a uma fraca ocupação dos solos, so se produz o indisponível
sobrevivência de cada agregado familiar, apesar de exigir grandes áreas.
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6.4. O sistema itinerante na produção de alimentos

O sistema itinerante já foi muito eficiente na produção de alimentos, pois promove a


mobilidade de nutrientes, porém ocorrem perdas de nitrogénio e matéria orgânica, o que se
reflete no decréscimo da produtividade, assim queimas sucessivas em uma mesma área, com
períodos próximos e cultivos intensos, podem ocasionar deteriorações (PENEREIRO, 2000).
Estas não se retingiram apenas ao declínio da fertilidade dos solos, traduzidas em produções
baixas, mas ao ambiente, o qual vem sofrendo inúmeras alterações, comprometendo ainda os
indicadores de qualidade de vida dos que dele dependem (LEMOS, 2002). Neste aspecto o
aumento da pressão demográfica e a concentração fundiária são fatores de alta relevância,
para a redução no período de pousio, agravados pelo fato de em geral os agricultores
familiares são desfavorecidos de capital, acesso a crédito, assistência técnica e possuírem
uma forte concepção pautada no hábito cultural de queimar, nutrida pelo baixo nível de
escolaridade, que estes geralmente apresentam, e pela ineficácia das políticas públicas para o
sector, conferindo-lhes condições de vida classificadas com indignas (LEMOS, 2001).

7. Agricultura de sequeiro (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12)

Agricultura de sequeiro é uma técnica agrícola para cultivar terrenos onde a pluviosidade é
diminuta. A expressão sequeiro deriva da palavra seco e refere-se a uma plantação em solo
firme(o contrário de brejeiro, ou de brejo, como é comum nos países asiáticos e em Santa
Catarina, no Sul do Brasil). Mas isso não impede que o plantio seja irrigado em época de
seca, especialmente durante os últimos meses do ano. O plantio de sequeiro é intensivo e
frágil e desenvolve-se nos planaltos da África, com pouca rotação de culturas e
aproveitamento do estrume. Essa forma de agricultura é comum no sertão nordestino.

Também é utilizada no Cerrado brasileiro e na fronteira dos Estados Unidos com o México,
uma região muito seca: máquinas escavam para revirar a terra húmida do solo e expô-la ao
solo, reciclando o solo.

8. A agricultura da Ásia, das monções

8.1. Características Gerais

A Ásia de Monções é uma região banhada por dois oceanos: o Índico e o Pacífico. No
Oceano Índico, destaca-se o Mar da Arábia ou Mar de Omã, entre a Península Arábica e a
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Península do Decã, além do Golfo de Bengala, entre a Península do Decã e a Indochina. No


Oceano Pacífico, ternos o Golfo do Sião e o Mar da China Meridional.

A Ásia das Monções é formada tanto por países de economia capitalista, como a Índia,
Bangladesh, Indonésia etc., quanto por países que já viveram a experiência socialista, como
certos países da Indochina.

8.2. Descrição da agricultura da Ásia, das monções

A agricultura da Ásia, das monções – é a forma de agricultura mais comum nesta região da
Ásia, estando muito estável com o clima, ou seja, estas condições naturais nesta zona são um
clima bastante quente e húmido, tem uma grande densidade populacional, os fertilizantes aqui
usados são os excrementos do homem e dos animais. Aqui pratica-se o cultivo do arroz, este
é produzido em sistemas de monocultura através de técnicas simples e a necessidade de obter
várias culturas por ano, leva a que o arroz seja semeado em viveiros e depois transplantado
para os arrozais, o que faz com que hajam grandes produções por ano:

Etapas da cultura do arroz:

1º. As sementes são semeadas num viveiro;

2º. Enquanto as sementes germinam o arrozal é trabalhado;

3º. Depois de inundados os arrozais, os “pés” de arroz são transplantados segundo a técnica
de recipagem;

4º. Enquanto o arroz se desenvolve o campo é sachado;

5º. Depois é ceifado;

6º. O arroz é agora tratado e colocado em molhos a secar, entretanto este ciclo recomeça
novamente.

8.3. A importância das Monções

A importância das Monções está directamente relacionada à sobrevivência do povo asiático


ligado à cultura do arroz (rizicultura) As massas de ar se deslocam dos centros de alta
pressão para os de baixa pressão.
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O aquecimento diferencial da Terra durante as diferentes estações do ano provoca o


deslocamento desses centros.

O arroz é semeado durante a estação de chuvas (junho a outubro), pois as variedades de


arroz comuns na Ásia meridional requerem água em abundância. A maior parte da produção
originase de pequenos lotes de terras, nos quais se utiliza intensivamente a mãodeobra.

9. A agricultura de oásis (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12)

A agricultura de oásis – verifica-se no norte de África, nas regiões de oásis, caracteriza-se


pela intensidade de ocupação do solo, no sistema Policultura e na extrema divisão da
propriedade.

A existência de agricultura de oásis depende da presença de água, normalmente fornecida


através dos lençóis freáticos. Estes permitem a captação de água através de poços, que
posteriormente permitem a sua canalização com um sistema eficaz de irrigação.

A agricultura de oásis e policultural e extremamente intensiva, já que as terras aráveis são


diminutas. A principal cultura é a tamareira, que permite vastas colheitas nos meses de
Setembro e Outubro. Este fruto é muito apreciado pelos muçulmanos, especialmente no
Ramadão. Cada tamareira pode chegar a dar 200 kg de tâmaras. No entanto, existem aqui
outras culturas hortícolas, nomeadamente tomates, cenouras, alfaces e árvores de fruto como
damasqueiro, figueira ou oliveira.

Tal como na Índia, também aqui o trabalho agrícola é feito, essencialmente, pela mulher. O
homem está reservado para os trabalhos comerciais nos souqs e artesanais nas medinas.
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10. Conclusão
Ademais, o conhecimento das técnicas de identificação dos sistemas agrários é de
fundamental importância para o conhecimento de constrangimentos e potenciais (edafo
climáticos, tecnológicos, sociais, culturais e económicos) de uma região agropecuária. É
importante, também, para a prospecção de demandas das agriculturas familiar e patronal. A
elaboração de um programa de desenvolvimento (regional ou local) sustentável passa,
necessariamente, pelo conhecimento das demandas do espaço rural, ao qual o programa de
desenvolvimento se destina.

Um sistema agrário é conformado por variáveis mensuráveis, objectivas (mão-de-obra,


produção e seu destino, área cultivada, criação, etc.), e imensuráveis, representadas pela
subjectividade/racionalidade do próprio sistema (formação política e cultural, anseios, visão
do futuro, etc., do agricultor e de seus familiares).
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11. Referências bibliográficas


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ANDREDE. M., AND MERLET, P. Emission of trace gases and aerosols from biomass
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Petrópolis, Vozes, 1973.

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Porto Alegre/ UFRGS, 2001.

LEMOS, J. J. S. et. Al. Níveis de qualidade de vida nos municípios brasileiros: fundamentos
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