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PÂMELA PRIMO MORENO

RESENHA: OFÍCIO DE SOCIÓLOGO

Londrina
2018
PÂMELA PRIMO MORENO

RESENHA: OFÍCIO DE SOCIÓLOGO

Trabalho apresentado ao
Departamento de Ciências Sociais da
Universidade Estadual de Londrina, para
obtenção de nota referente ao primeiro
semestre da disciplina de Pesquisa e Ensino
I.

Orientador: Profª. Drª. Angélica Lyra.

Londrina

2018
A obra “Ofício de Sociólogo – Metodologia da pesquisa na sociologia” surgiu
da parceria entre Pierre Bourdieu, Claude Chamboredon e Jean-Claude Passeron,
tendo como título original “Le métier de sociologue”. O livro foi publicado
primeiramente em 1968, chegando ao Brasil somente em 2004 através da editora
Vozes.
O livro foi dividido em três partes, “A Ruptura”, “A construção do Objeto” e “O
Racionalismo Aplicado”, sendo a primeira, o objeto de estudo desta resenha.
O primeiro capítulo é assim intitulado, justamente porque o autor propõe uma
ruptura com o cotidiano social e o contato constante entre objeto e observador, pois
se acredita que esse contato possa “contaminar” a análise, ou seja, o sociólogo deve
substituir as opiniões previamente formadas e as noções do senso comum por uma
noção científica.
Mais a frente é feita uma crítica à ideia de que o objeto observado é de fácil
entendimento ou análise, pois isto levaria a aplicação de teorias e métodos
imediatos e, consequentemente, à conclusões equivocadas que podem possuir
consequências relevantes, como as ideias etnocêntricas que predominaram no
século XIX e início do XX, onde certas civilizações eram vistas como primitivas
quando comparadas à sociedades, principalmente, europeias.
Existem problemas que os sociólogos deixam de apresentar porque a tradição
profissional não os reconhece como dignos de serem levados em consideração, ou
não propõe as ferramentas conceituais ou as técnicas que permitiriam tratá-los de
forma canônica. Por outro lado existem questões que eles se obrigam a formular
porque elas ocupam uma posição elevada na hierarquia consagrada dos temas de
pesquisa.
A necessidade da ruptura epistemológica impõe-se na sociologia, uma vez
que nela a fronteira entre os saberes comuns e a ciência são imprecisos. O maior
perigo epistemológico para esta ciência é o empirismo.
O sociólogo não pode se ignorar como sujeito culto de uma cultura
particular e deve subordinar toda a sua prática a um questionamento contínuo em
relação a esse enraizamento, ou poderá cair na ilusão da evidência imediata ou à
tentação de universalizar uma experiência singular. Se não fizer a sociologia da
relação à sociedade característica de sua classe social de origem poderá
reintroduzir, em sua relação científica com o objeto, os pressupostos inconscientes
de sua experiência pessoal, ou a reinterpretação destas experiências segundo uma
lógica ligada à posição que ele ocupa no campo intelectual.
A construção da aptidão para a vigilância epistemológica em cada cientista
viria de um "sistema de controles cruzados" que confrontaria o pesquisador com
uma explicitação crítica de suas operações científicas e dos pressupostos que
implicam e que o levaria a fazer desta explicitação o acompanhamento obrigatório
de sua prática e a comunicação de suas descobertas. A comunidade científica deve
adotar formas de sociabilidade específicas.
REFERÊNCIAS

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. A


Ruptura. In: BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON,
Jean-Claude. Ofício de sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. 6. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. cap. 1, p. 23-42.

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