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PREFÁCIO
Através dos séculos a Matemática tem sido a mais poderosa e efetiva ferramenta para
a compreensão das leis que regem a Natureza e o Universo.
Os tópicos introdutórios que apresentamos neste livro originaram-se, inicialmente, dos
problemas práticos que surgiram no dia a dia e que continuaram impulsionados pela
curiosidade humana de entender e explicar os fenônemos que regem a natureza.
Historicamente, o Cálculo Diferencial e Integral de uma variável estuda dois tipos de
problemas: os associados à noção de derivada, antigamente chamados de tangências
e os problemas de integração, antigamente chamados de quadraturas. Os relativos
à derivação envolvem variações ou mudanças, como por exemplo, a extensão de uma
epidemia, os comportamentos econômicos ou a propagação de poluentes na atmosfera,
dentre outros. Como exemplos de problemas relacionados à integração destacam-se o
cálculo da áreas de regiões delimitadas por curvas, do volume de sólidos e do trabalho
realizado por uma partícula.
Grande parte do Cálculo Diferencial e Integral foi desenvolvida no século XVIII por
Isaac Newton para estudar problemas de Física e Astronomia. Aproximadamente na
mesma época, Gottfried Wilhelm Leibniz, independentemente de Newton, também
desenvolveu considerável parte do assunto. Devemos a Newton e Leibniz o estabele-
cimento da estreita relação entre derivada e integral por meio de um teorema funda-
mental. As notações sugeridas por Leibniz são as universalmente usadas.
O principal objetivo do livro foi apresentar os primeiros passos do Cálculo Diferencial
e Integral de uma variável com simplicidade, através de exemplos, mas sem descuidar
do aspecto formal da disciplina, dando ênfase à interpretação geométrica e intuitiva
dos conteúdos.
O livro inclui a maioria da teoria básica, assim como exemplos aplicados e problemas.
As provas muito técnicas ou os teoremas mais sofisticados que não foram provados
no apêndice, foram ilustrados através de exemplos, aplicações e indicações bibliográ-
ficas adequadas e estão incluidos como referência ou leitura adicional para os leitores
interessados.
5
1 INTEGRAÇÃO INDEFINIDA 11
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.2 Tabela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Métodos de Integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.4 Método de Substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.5 Outros Tipos de Substituições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.6 Produtos e Potências de Funções Trigonométricas . . . . . . . . . . . . . 21
1.7 Método de Integração por Partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.8 Método de Substituição
√ Trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2 2
1.8.1 Caso 1: √a − u . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.8.2 Caso 2: √a2 + u2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.8.3 Caso 3: u2 − a2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.9 Método para Integração de Funções Racionais . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.9.1 Caso 1: Q(x) se decompõe em fatores lineares distintos. . . . . . . 32
1.9.2 Caso 2: Q(x) se decompõe em fatores lineares, alguns deles repe-
tidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.9.3 Caso 3: Q(x) se decompõe em fatores lineares e fatores quadráti-
cos irredutíveis, sendo que os fatores quadráticos não se repetem 38
1.9.4 Caso 4: Q(x) se decompõe em fatores lineares e fatores quadrá-
ticos irredutíveis, sendo que alguns dos fatores quadráticos se
repetem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
1.10 Mudança: Tangente do Ângulo Médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
1.11 Aplicações da Integral Indefinida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1.11.1 Obtenção de Famílias de Curvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1.12 Outras aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
1.13 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
2 INTEGRAÇÃO DEFINIDA 55
2.1 Intodução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
2.2 Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
2.3 Teorema Fundamental do Cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
7
8 CONTEÚDO
5 APÊNDICE 187
5.1 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
5.2 Funções Deriváveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
5.2.1 Interpretação geométrica da função auxiliar F . . . . . . . . . . . 192
5.3 Funções Integráveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
6 RESPOSTAS 199
6.1 Capítulo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
6.2 Capítulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
6.3 Capítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
6.3.1 Áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
6.3.2 Volumes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
6.3.3 Comprimento de Arco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
6.3.4 Logarítmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
6.3.5 Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
6.4 Capítulo 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
1.1 Introdução
Na primeira parte do capítulo mostraremos como obter uma função conhecendo ape-
nas a sua derivada. Este problema é chamado de integração indefinida ou anti-deriva-
da.
Definição 1.1. Uma função F (x) é chamada uma primitiva da função f (x) no intervalo
I se para todo x ∈ I, tem-se:
F 0 (x) = f (x)
Muitas vezes não faremos menção ao intervalo I, mas a primitiva de uma função sem-
pre será definida sobre um intervalo.
Exemplo 1.1.
x4
F (x) =
4
x4
é uma primitiva de f em R, pois F 0 (x) = x3 = f (x). Por outro lado, F (x) = +5é
4
também uma primitiva de f em R, pois F 0 (x) = x3 = f (x). Na verdade,:
x4
F (x) = + c, ∀c ∈ R
4
é primitiva de f pois F 0 (x) = x3 = f (x).
11
12 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
[2] Seja f (x) = cos(x), então F (x) = sen(x) + c, para todo c ∈ R é uma primitiva de f .
De fato, F 0 (x) = cos(x) = f (x).
[3] Seja:
(
1 x ∈ [a, b]
f (x) =
0 x∈/ [a, b].
Não existe função definida em todo R cuja derivada seja igual a f (x). Por outro lado,
considere a seguinte função:
0
x<a
F (x) = x − a x ∈ [a, b]
b − a x ≥ b.
F (x) é uma função contínua em todo R e F 0 (x) = f (x) se x ∈ (a, b). Logo, F é uma
primitiva de f em (a, b).
Em geral, uma função f admite uma infinidade de primitivas sobre um intervalo. É o
que assegura a seguinte proposição:
G(x) = F (x) + c, c ∈ R,
Proposição 1.2. Se F e G são primitivas de uma função f num intervalo I, então existe
c ∈ R tal que G(x) = F (x) + c, para todo x ∈ I.
Prova: Seja H(x) = F (x) − G(x); então, para todo x ∈ I, temos que:
Observação 1.2. Em outras palavras, duas primitivas de uma função diferem por uma
constante. Logo, se conhecemos uma primitiva de uma função, conhecemos todas as
primitivas da função. De fato, basta somar uma constante à primitiva conhecida para
obter as outras.
Exemplo 1.2.
[1] Seja f (x) = cos(x). Uma primitiva desta função é F (x) = sen(x); logo, toda primi-
tiva de f é do tipo G(x) = sen(x) + c, c ∈ R.
-6 -4 -2 2 4 6
-1
-2
eax
[2] Seja f (x) = eax , a 6= 0. Uma primitiva desta função é F (x) = ; logo, toda
a
ea x
primitiva de f é do tipo G(x) = + c, c ∈ R.
a
Definição 1.2. Seja F (x) uma primitiva da função f (x) no intervalo I. A expressão
F (x) + c, c ∈ R é chamada a integral indefinida da função f e é denotada por:
Z
f (x) dx = F (x) + c
Isto é:
Z
f (x) dx = F (x) + c ⇐⇒ F 0 (x) = f (x)
em particular:
14 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Z
f 0 (x) dx = f (x) + c.
Z
α f (x) + β g(x) dx = α F (x) + β G(x) + c = α F (x) + c1 + β G(x) + c2
Z Z
=α f (x) dx + β g(x) dx.
Exemplo 1.3.
Calcule as seguintes integrais:
Z
[1] sec(x) tg(x) + cos(x) dx.
Z
1
10 ex + √
[2] dx.
4
x
Z
[3] sen2 (x) dx.
Soluções:
Z Z Z
sec(x) tg(x) + cos(x) dx = sec(x) tg(x) dx + cos(x) dx
= sec(x) + sen(x) + c.
1.1. INTRODUÇÃO 15
1
[3] Observe que sen2 (x) = (1 − cos(2 x)); logo:
2
Z Z
2 1
sen (x) dx = (1 − cos(2 x)) dx
2
x sen(2 x)
= − + c.
2 4
Observações 1.1.
2. Esta lista pode ser comprovada derivando cada resultado da integral e consul-
tando a tabela de derivada. Por exemplo, na tabela de derivadas do capítulo
anterior temos que:
Z
0 1 dx
(arctg(x)) = ; então, = arctg(x) + c.
1 + x2 1 + x2
pois não é evidente encontrar uma função que tem como derivada ln(x). Para
resolver este impasse, estudaremos os chamados métodos de integração, que
nos permitirão calcular integrais não imediatas.
16 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
1.2 Tabela
Usaremos como variável independente u.
Z
1. du = u + c
Z
du
2. = ln(|u|) + c
u
uα+1
Z
3. uα du = + c, α ∈ R − {−1}
α+1
au
Z
4. au du = + c, a > 0, (a 6= 1)
ln(a)
Z
5. eu du = eu + c
Z
6. sen(u) du = −cos(u) + c
Z
7. cos(u) du = sen(u) + c
Z
8. sec2 (u) du = tg(u) + c
Z
9. cosec2 (u) du = −cotg(u) + c
Z
10. sec(u)tg(u) du = sec(u) + c
Z
11. cosec(u)cotg(u) du = −cosec(u) + c
Z
du
12. √ = arcsen(u) + c
1 − u2
Z
du
13. = arctg(u) + c
1 + u2
Z
du
14. √ = arcsec(u) + c
u u2 − 1
Z
15. senh(u) du = cosh(u) + c
1.3. MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 17
Z
16. cosh(u) du = senh(u) + c
Z
17. sech2 (u) du = tgh(u) + c
Z
18. cosech2 (u) du = −cotgh(u) + c
Z
19. sech(u)tgh(u) du = −sech(u) + c
Z
20. cosech(u) cotgh(u)du = −cosech(u) + c
Z
du
21. √ = argsenh(u) + c
1 + u2
Z
du
22. √ = argcosh(u) + c
u2 − 1
Z
du
23. √ = −argsech(|u|) + c
u 1 − u2
Z Z
0
f (g(x)) · g (x) dx = f (u) du = F (u) + c .
Exemplo 1.4.
Calcule as seguintes integrais:
Z
2x
[1] dx.
1 + x2
Fazendo u = 1 + x2 , então du = 2x dx. Substituindo na integral:
Z Z
2x du
2
dx = = ln(|u|) + c = ln(x2 + 1) + c.
1+x u
Z
[2] sen2 (x) cos(x) dx.
u3 sen3 (x)
Z Z
sen (x) cos(x) dx = u2 du =
2
+c= + c.
3 3
Z
dx
[3] .
(3 x + 7)7
du
Fazendo u = 3x + 7, então du = 3 dx ou, equivalentemente, = dx. Substituindo na
3
integral:
Z Z Z
dx du 1 du 1 1
7
= 7
= 7
=− 6
+c=− + c.
(3 x + 7) 3u 3 u 18 u 18 (3 x + 7)6
√
sec2 ( x)
Z
[4] √ dx.
x
√ dx
Fazendo u = x, então du = √ . Substituindo na integral:
2 x
√
2 √
Z Z
sec ( x)
√ dx = 2 sec2 (u) du = 2 tg(u) + c = 2 tg( x) + c.
x
Z
ln(x)
[5] dx.
x
dx
Fazendo u = ln(x), então du = . Substituindo na integral:
x
1.4. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO 19
2
u2 ln(x)
Z Z
ln(x)
dx = u du = +c= + c.
x 2 2
Z
[6] tg(α x) dx; α ∈ R.
sen(αx)
Seja tg(α x) = . Se u = cos(αx), então du = −α sen(αx) dx ou, equivalente-
cos(αx)
du
mente, − = sen(αx) dx. Substituindo na integral:
α
Z Z Z
sen(αx) 1 du 1 1
tg(α x) dx = dx = − = − ln(|u|) + c = − ln(|cos(αx)|) + c.
cos(αx) α u α α
Z
dx
[7] ; a 6= 0.
x 2 + a2
Z Z
dx 1 dx
Reescrevemos a integral como: = 2 .
x 2 + a2 a2 x
+1
a2
x dx
Fazendo u = , então du = . Substituindo na integral:
a a
Z Z
dx 1 du 1 1 x
= = arctg(u) + c = arctg + c.
x 2 + a2 a u2 + 1 a a a
Muitas vezes, antes de efetuar uma substituição adequada, é necessário fazer algumas
manipulações, como, por exemplo, o completamento de quadrados.
Z
dx
[8] Calcule .
x2 + 2x + 5
Completando os quadrados x2 + 2x + 5 = (x + 1)2 + 22 ; então,
Z Z
dx dx
2
= .
x + 2x + 5 (x + 1)2 + 22
Exemplo 1.5.
Calcule as seguintes integrais:
Z
x dx
[1] √ .
x+1
√ dx
Fazendo u = x + 1, então x = u2 − 1 e 2 du = √ ;
x+1
2 u3 √
Z Z
x dx 2 2
√ = 2 (u − 1) du = − 2 u + c = (x + 1)3/2 − 2 x + 1 + c.
x+1 3 3
Z
dx
[2] p √ .
1+ 3x
√
Fazendo u = 1 + 3 x, então x = (u − 1)3 e dx = 3 (u − 1)2 du;
3(u − 1)2
Z Z Z
dx
p √ = √ du = 3 (u2 − 2u + 1)u−1/2 du
1+ 3x u
u5/2 2 u3/2 √
=6 − + u +c
5q 3
1 √ 2 √ √
q q
=6 5
(1 + x) −
3 3
(1 + x) + 1 + 3 x
3
+ c.
5 3
x2 + 1
Z
[3] √
3
dx.
x+3
p
Seja u = 3 (x + 3); então, x = u3 − 3 e dx = 3 u2 du; x2 + 1 = u6 − 6 u3 + 10.
x2 + 1
Z Z
√
3
dx = 3 (u6 − 6u3 + 10)u du
x+3
3u8 18u5
Z
=3 (u7 − 6u4 + 10u) du = − + 15 u2 + c
8 5
3 p
= 3
(x + 3)2 (5 x2 − 18 x + 101) + c.
40
Z
dy
[4] p .
y y3 − 1
1.6. PRODUTOS E POTÊNCIAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 21
p 2u
Fazendo u = y 3 − 1, u2 = y 3 − 1 e y 3 = u2 + 1. Logo, 2 u du = 3 y 2 dy e y 2 dy = du.
3
y2
Z Z Z
dy 2 du 2 2 p
p = p dy = = arctg(u)+c = arctg( y 3 − 1)+c.
y y3 − 1 y3 y3 − 1 3 u2 + 1 3 3
Se α 6= β, utilizamos :
cos (α − β) x) − cos (α + β) x)
sen(α x) sen(β x) = ;
2
então:
Z Z
1
sen(α x) sen(β x) dx = cos (α − β) x) − cos (α + β) x) dx
2
1 sen (α − β) x) sen (α + β) x)
= − .
2 α−β α+β
1 − cos(2 α x)
Se α = β, utilizamos sen2 (α x) = ; então:
2
Z Z
2 1 1 sen(2 α x)
sen (α x) dx = 1 − cos(2 α x) dx = x−
2 2 2a
Z
[2] sen2 (x) cos5 (x) dx.
2
Como sen2 (x) cos5 (x) = sen2 (x) 1 − sen2 (x) cos(x), fazendo u = sen(x), temos
du = cos(x) dx e:
Z Z Z
2 5 2 2 2
sen (x) cos (x) dx = sen (x) (1 − sen (x)) cos(x) dx = u2 (1 − u2 )2 du
u3 2 u5 u7
Z
= (u2 − 2 u4 + u6 ) du =
− + +c
3 5 7
sen3 (x) 2 sen5 (x) sen7 (x)
= − + + c.
3 5 7
22 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Z
[3] tg 3 (x) dx.
Fatorando tg 3 (x) = tg(x) tg 2 (x) = tg(x) sec2 (x) − 1 ;
Z Z
3 1
tg(x) sec2 (x) − tg(x) dx = tg 2 (x) + 2 ln cos(x) + c.
tg (x) dx =
2
Z
[4] sec(x) dx.
Observação 1.3. Estes exemplos nos mostram que para determinar a primitiva de uma
integral que envolve produtos ou potências de funções trigonométricas é necessário,
em primeiro lugar, transformar a função a integrar por meio de identidades trigono-
métricas conhecidas, para depois usar alguns dos métodos.
ou, equivalentemente, f (x) g 0 (x) = (f (x) g(x))0 −f 0 (x) g(x). Integrando ambos os lados:
Z Z
f (x) g (x) dx = f (x) g(x) − f 0 (x) g(x) dx;
0
Exemplo 1.7.
dx
Façamos u = ln(x) e dv = dx; então, du = e v = x; logo:
x
Z Z Z Z
ln(x) dx = u dv = u v − v du = x ln(x) − dx = x ln(x) − x + c.
Z
[2] x e2x dx.
e2x
Façamos u = x e dv = e2x dx; então, du = dx e v = ; logo:
2
x e2x 1 xe2x e2x
Z Z Z Z
2x 2x
x e dx = u dv = u v − v du = − e dx = − + c.
2 2 2 4
Z
[3] x2 sen(x) dx.
Z
Calculemos agora x cos(x) dx, novamente por partes.
Z Z Z
x cos(x) dx = u dv = u v − v du
Z
= x sen(x) − sen(x) dx
= x sen(x) + cos(x).
24 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Então:
Z
x2 sen(x) dx = −x2 cos(x) + 2(x sen(x) + cos(x)) + c.
Z
[4] eax sen(b x) dx; a, b 6= 0.
cos(b x)
Façamos u = eax e dv = sen(bx) dx; então, du = a eax dx e v = − ; logo:
b
−eax cos(b x) a
Z Z Z Z
ax
e sen(b x) dx = u dv = u v − v du = + eax cos(b x) dx. (1.1)
b b
Z
Calculemos eax cos(b x) dx, novamente integrando por partes. Fazendo u = eax e
sen(b x)
dv = cos(b x) dx, temos du = a eax dx e v = ; logo:
b
eax sen(b x) a
Z Z Z Z
ax
e cos(b x) dx = u dv = u v − v du = − eax sen(b x) dx. (1.2)
b b
Z
Denotemos por I = eax sen(b x) dx. Então, de 1.1 e 1.2, temos:
Logo,
eax
Z
eax sen(bx) dx =
a sen(b x) − b cos(b x) + c.
a2 + b 2
Z
[5] x3 cos(x2 ) dx. Aqui usamos os dois métodos:
dt
Substituição: seja t = x2 ; então, dt = 2 x dx ou = x dx;
2
1.7. MÉTODO DE INTEGRAÇÃO POR PARTES 25
Z Z
3 2 1
x cos(x ) dx = t cos(t)dt.
2
Integrando por partes, fazemos u = t e dv = cos(t) dt; então, du = dt e v = sen(t):
Z Z Z Z
3 21 1 1
x cos(x ) dx = t cos(t)dt = u dv = u v − v du
2 2 2
Z
1 1
= (t sen(t) − sen(t) dt) = (cos(x2 ) + x2 sen(x2 )) + c.
2 2
Z
2
[6] x3 ex dx. Aqui usamos, novamente, os dois métodos:
dt
Substituição: seja t = x2 ; então, dt = 2 x dx ou = x dx;
2
Z Z
3 x2 1
x e dx = t et dt.
2
Integrando por partes: fazemos u = t e dv = et dt; então, du = dt e v = et :
Z Z Z Z Z
3 x2 1 t 1 1 1
t e − et dt
t
x e dx = t e dt = u dv = u v − v du =
2 2 2 2
x2
1 e
= (t et − et ) = (x2 − 1) + c.
2 2
Z
[7] x3 sen(2x2 ) dx. Aqui usamos, novamente, os dois métodos:
dt t
Substituição: seja t = 2x2 ; então, dt = 4x dx ou = x dx e x2 = ;
4 2
Z Z
1
x3 sen(2x2 ) dx = t sen(t)dt.
8
Integrando por partes: fazemos u = t e dv = sen(t) dt; então, du = dt e v = −cos(t):
Z Z Z Z
3 2 1 1 1
x sen(2x ) dx = t sen(t) dt = u dv = u v − v du
8 8 8
1
= (sen(2 x2 ) − 2 x2 cos(2 x2 )) + c.
8
26 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
onde a > 0.
√
1.8.1 Caso 1: a2 − u2
π π √
Para − ≤ θ ≤ , seja u = a sen(θ); então, du = a cos(θ) dθ. Logo a2 − u2 = a cos(θ).
2 2
u = a sen(θ)
a
u du = a cos(θ) dθ
√
a2 − u2 = a cos(θ)
C θ
√
a2 − u 2
√
1.8.2 Caso 2: a2 + u2
π π √
Para − < θ < , seja u = a tg(θ); então, du = a sec2 (θ) dθ. Logo a2 + u2 = a sec(θ).
2 2
√
a2 − u2 u = a tg(θ)
u du = a sec2 (θ) dθ
√
a2 + u2 = a sec(θ)
C θ
√
1.8.3 Caso 3: u2 − a2
π 3π
Para 0 ≤ θ < ou π ≤ θ < , seja u = a sec(θ); então, du = a sec(θ) tg(θ) dθ. Logo
√ 2 2
u2 − a2 = a tg(θ).
1.8. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA 27
u = a sec(θ)
u √
u 2 − a2 du = a sec(θ) tg(θ) dθ
√
u2 − a2 = a tg(θ)
CC θ
a
Exemplo 1.8.
a x
π π x
x = a sen(θ) e − ≤ θ ≤ ; então, θ = arcsen( ); estamos no caso 1: θ
c ;
2 2 a√
√ x a2 − x 2
onde c = a2 − x2 ; logo, sen(θ) = e cos(θ) = .
a a
Substituindo no resultado da integral:
Z √
a2 x x √ 2
a2 − x2 dx = arcsen + 2 a − x2 + c.
2 a a
Z
dx
[2] p .
(x2 + 3)3
√ √ π π
Seja x = 3 tg(θ); então, dx = 3 sec2 (θ) dθ; − < θ < .
2 2
p √
Em tal caso (x2 + 3)3 = ( 3 sec(θ))3 :
Z √
3sec2 (θ)
Z Z Z
dx 1 dθ 1 1
p = 3 dθ = = cos(θ) dθ = sen(θ) + c.
(x2 + 3)3 3 2 sec3 (θ) 3 sec(θ) 3 3
28 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
d x
√ √ x
Estamos no caso 2: θ
a ; onde a = 3ed= x2 + 3. Logo, sen(θ) = √ .
x2 + 3
Substituindo:
Z
dx x
p = √ + c.
2
(x + 3) 3 3 x2 + 3
Z
dx
[3] √ .
16 − 9 x2
4 4 π π
Seja x = sen(θ); então, dx = cos(θ) dθ; − < θ < .
3 3 2 2
√
2
Neste caso, 16 − 9 x = 4 cos(θ):
Z Z
dx 1 θ
√ = dθ = + c.
16 − 9 x2 3 3
a x √
16 − 9 x2 3x
Estamos no caso 1: θ
; onde c =
c ; logo, sen(θ) = ; então,
3 4
3x
θ = arcsen( ).
4
Substituindo no resultado da integral:
Z
dx 1 3 x
√ = arcsen + c.
16 − 9 x2 3 4
Z
dx
[4] I = .
9 x2 − 1
Reescrevendo a integral:
Z
dx
I= .
9 (x2 − 19 )
1 1 π 3π
Seja x = sec(θ); então, dx = sec(θ) tg(θ) dθ; 0 < θ < ou (π < θ < ).
3 3 2 2
1 1 1
Neste caso, x2 − = (sec2 (θ) − 1) = tg 2 (θ):
9 9 9
Z Z Z
dx 1 sec(θ) 1 1
2
= dθ = cosec(θ) dθ = ln |cosec(θ) − cotg(θ)| + c.
9x − 1 3 tg(θ) 3 3
1.8. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA 29
x e r
1 3x
Estamos no caso 3: θ
1/3 ; onde e = x2 − ; logo, cosec(θ) = √ e
9 9 x2 − 1
1
cotg(θ) = √ . Substituindo no resultado da integral:
9 x2 − 1
3 x − 1
Z
dx 1 1
= ln |cosec(θ) − cotg(θ)| + c = ln + c.
9 x2 − 1 3 6 3x + 1
Z
dx
[5] √ .
x x2 − 16
3
π 3π
Seja x = 4 sec(θ); então, dx = 4 sec(θ) tg(θ) dθ; 0 < θ < ou π < θ < .
2 2
√
Neste caso x2 − 16 = 4 tg(θ) e:
Z Z
dx 1 dθ 1
√ = = θ + sen(θ)cos(θ) + c.
x3 x2 − 16 64 sec2 (θ) 128
x e √
√ x2 − 16 4
Estamos no caso 3: θ
4 ; onde e = x2 − 16; logo, sen(θ)cos(θ) =
.
x2
√
Para calcular θ, devemos ter cuidado, pois x2 − 16 é definida para x > 4 e x < −4.
x x π
Se x > 4, então sec(θ) = > 1 e θ = arcsec , onde 0 < θ < .
4 4 2
x x π
Se x < −4, então sec(θ) = < −1 e θ = arcsec , onde < θ < π.
4 4 2
3π x
Mas π < θ < e sec(2 π − θ) = sec(θ); logo, para x < −4, θ = 2 π − arcsec , onde
2 4
3π
π<θ< ; substituindo no resultado da integral:
2
i) Se x > 4, então:
√
x 4 x2 − 16
Z
dx 1
√ = arcsec + + c.
x3 x2 − 16 128 4 x2
−π π 3
Seja u = 3 sen(θ); então du = 3 cos(θ) dθ; <θ< e (9 − u2 ) 2 = 27 cos3 (θ).
2 2
Z Z
dx 1 tg(θ)
3 = sec2 (θ) dθ = + c.
(5 − 4 x − x2 ) 2 9 9
u x+2
Estamos no caso 1: tg(θ) = √ = √ . Substituindo no resultado da
9 − u2 5 − 4 x − x2
integral:
Z
dx x+2
3 = √ + c.
(5 − 4 x − x2 ) 2 9 5 − 4 x − x2
Z
x
[7] √ dx.
4 x2 + 8 x + 5
Completando os quadrados: 4x2 + 8x + 5 = 4(x + 1)2 + 1; fazendo u = x + 1, temos
du = dx. Substituindo na integral:
(u − 1)
Z Z
x
√ dx = √ du.
2
4x + 8x + 5 4 u2 + 1
tg(θ) 1 √
Seja u = ; então du = sec2 (θ) dθ e 4 u2 + 1 = sec(θ):
2 2
(u − 1)
Z Z
1 1 1
√ du = tg(θ) sec(θ) − 2sec(θ) dθ = sec(θ) − ln |sec(θ) + tg(θ)| + c.
4 u2 + 1 4 4 2
√
Estamos no caso 2: tg(θ) = 2 u = 2 (x + 1) e sec(θ) = 4 x2 + 8 x + 5. Substituindo no
resultado da integral:
1√ 2 √
Z
x 1
√ dx = 4 x + 8 x + 5 − ln | 4 x2 + 8 x + 5 + 2 (x + 1)| + c.
2
4x + 8x + 5 4 2
1.9. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 31
3. P (x) = (a x2 + bx + c) (x − d1 )......(x − dl ).
Exemplo 1.9.
[1] P (x) = x2 − 3x + 2 = (x − 2) (x − 1).
[2] P (x) = x3 + 4x2 + 5x + 2 = (x + 1)2 (x + 2).
[3] P (x) = x3 − x2 + x − 1 = (x2 + 1) (x − 1).
[4] P (x) = x8 + x7 − 9x6 + 3x5 − 33x4 + 3x3 − 35x2 + x − 12 = (x2 + 1)5 (x − 3) (x + 4).
Seja uma função racional:
P (x)
.
Q(x)
A decomposição de uma função racional em frações mais simples, depende do modo
em que o polinômio Q(x) se decompõe em fatores lineares e/ou quadráticos. Se numa
função racional o grau de P (x) é maior ou igual ao grau de Q(x), então podemos divi-
dir os polinômios. De fato, se grau(P (x)) ≥ grau(Q(x)) então
P (x) R(x)
= A(x) + .
Q(x) Q(x)
Logo, basta estudar o caso em que:
P (x) A1 A2 An
f (x) = = + + .......... +
Q(x) (x − a1 ) (x − a2 ) (x − an )
Z Z
P (x)
f (x) dx = dx
Q(x)
Z Z Z
dx dx dx
= A1 + A2 + .......... + An .
(x − a1 ) (x − a2 ) (x − an )
Z
dx
Calculemos I = .
(x − ai ) Z
du
Fazendo u = x − ai ; então, I = = ln(|u|) + c = ln(|x − ai |) + c; logo:
u
Z
f (x) dx = A1 ln(|x − a1 |) + A2 ln(|x − a2 |) + ....... + An ln(|x − an |) + c
Exemplo 1.10.
x3 + 5x2 − x − 22 3x − 2
2
= (x + 2) + 2 .
x + 3 x − 10 x + 3 x − 10
x3 + 5x2 − x − 22 3x − 2
Z Z Z
dx = (x + 2) dx + dx
x2 + 3 x − 10 2
x + 3 x − 10
x2 3x − 2
Z
= + 2x + 2
dx.
2 x + 3 x − 10
3x − 2
Z
Calculemos dx. Fatorando: x2 + 3 x − 10 = (x + 5) (x − 2); temos:
x2 + 3 x − 10
3x − 2 A1 A2 A1 (x − 2) + A2 (x + 5)
2
= + = .
x + 3 x − 10 x+5 x−2 x2 + 3 x − 10
Comparando os numeradores:
3x − 2 = A1 (x − 2) + A2 (x + 5).
3x − 2
Z
17 4
Então, pelo Caso 1: 2
dx = ln(|x + 5|) + ln(|x − 2|).
x + 3 x − 10 7 7
A integral procurada é:
Z 3
x + 5x2 − x − 22 x2 17 4
2
dx = + 2x + ln(|x + 5|) + ln(|x − 2|) + c.
x + 3 x − 10 2 7 7
5 x3 − 6 x2 − 68 x − 8 x = 5 (x3 − 2 x2 − 8 x) + (4 x2 − 28 x − 16).
Então:
5 x3 − 6 x2 − 68 x − 16 4 x2 − 28 x − 16
= 5 + .
x3 − 2 x2 − 8 x x3 − 2 x2 − 8 x
34 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Logo:
4x2 − 28x − 16
Z
Aplicando o método à última parcela da direita, calculemos dx.
x3 − 2x2 − 8x
Primeiro observemos que x3 − 2 x2 − 8 x = x (x − 4) (x + 2):
4 x2 − 28 x − 16 A1 A2 A3
3 2
= + +
x − 2x − 8x x x−4 x+2
A1 (x − 4) (x + 2) + A2 x (x + 2) + A3 x (x − 4)
= .
x3 − 2 x2 − 8 x
Comparando os numeradores:
4 x2 − 28 x − 16 = A1 (x + 2) (x − 4) + A2 x (x + 2) + A3 x (x − 4);
4 x2 − 28 x − 16 2 8 14
3 2
= − + .
x − 2x − 8x x 3 (x − 4) 3 (x + 2)
4x2 − 28x − 16
Z
8 14
dx = 2 ln(|x|) − ln(|x − 4|) + ln(|x + 2|) + c.
x3 − 2x2 − 8x 3 3
A integral procurada é:
4 x2 − 28 x − 16
Z
8 14
3 2
dx = 5 x + 2 ln(|x|) − ln(|x − 4|) + ln(|x + 2|) + c.
x − 2x − 8x 3 3
Nos exemplos anteriores a forma de determinar os coeficientes é equivalente a resolver
um sistema de equações. Consideremos o exemplo [2]:
1.9. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 35
4 x2 − 28 x − 16 = A1 (x + 2) (x − 4) + A2 x (x + 2) + A3 x (x − 4).
4 x2 − 28 x − 16 = (A1 + A2 + A3 ) x2 + + (−2 A1 + 2 A2 − 4 A3 ) x − 8 A1 .
8 14
que tem como solução: A1 = 2, A2 = − e A3 = .
3 3
Z
du
[3] , a 6= 0.
u2 − a2
1 A1 A2 A1 (u + a) + A2 (u − a)
= + = .
u 2 − a2 u−a u+a u2 − a2
u − a
Z
du 1 1
= ln(|u − a|) − ln(|u + a|) + c = ln +c
u 2 − a2 2a 2a u+a
Exemplo 1.11.
36 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
B1 B2 Br
+ 2
+ .......... +
(x − ai ) (x − ai ) (x − ai )r
onde B1 , B2 , .......Br são constantes a determinar. Em tal caso, integrando esta expres-
são obtemos:
B2 Br
B1 ln(|x − ai |) − + ....... +
x − ai (1 − r)(x − ai )r−1
Exemplo 1.12.
1.9. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 37
3 x2 + 4 x + 2
Z
[1] dx.
x3 + 2 x 2 + x
Como grau(P (x)) < grau(Q(x)) e x3 + 2 x2 + x = x (x + 1)2 . O fator (x + 1) tem
multiplicidade 2 e o fator x é como no caso 1.
3 x2 + 4 x + 2 A1 B1 B2
3 2
= + + .
x + 2x + x x x + 1 (x + 1)2
3 x2 + 4 x + 2 2 1 1
= + − ;
x3 + 2 x2 + x x x + 1 (x + 1)2
logo:
3 x2 + 4 x + 2
Z
x + x2 + 1 + c.
3
dx = ln
x3 + 2 x2 + x x+1
x3 + 3 x − 1
Z
[2] dx.
x4 − 4 x2
Como grau(P (x)) < grau(Q(x)); x4 − 4 x2 = x2 (x − 2) (x + 2). O fator x tem multipli-
cidade 2 e os fatores x − 2, x + 2 são como no caso 1.
x3 + 3x − 1 A1 A2 B1 B2
4 2
= + + + 2.
x − 4x x−2 x+2 x x
Comparando os numeradores:
x3 + 3 x − 1 = A1 x2 (x + 2) + A2 x2 (x − 2) + B1 x (x + 2) (x − 2) + B2 (x − 2) (x + 2);
38 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
x3 + 3 x − 1 = (A1 + A2 + B1 ) x3 + (2 A1 − 2 A2 + B2 ) x2 + ....;
logo:
x3 + 3 x − 1
Z
13 x − 2 + 15 ln x + 2 − 3 ln x − 1 + c.
dx = ln
x4 − 4 x2 16 16 4 4x
Cx + D
a x2 + b x + c
onde C, D são constantes a determinar. Os fatores lineares são tratados como no caso
1 e 2.
Exemplo 1.13.
8x2 + 3x + 20 A1 Cx + D
3 2
= + 2 .
x + x + 4x + 4 x+1 x +4
Comparando os numeradores:
8 x2 +3 x+20 = A1 (x2 +4)+(Cx+D) (x+1) = (A1 +C) x2 +(C +D) x+4 A1 +D. A raiz
real do polinômio Q(x) é x = −1; agora substituimos esta raiz na última expressão. Se
x = −1, então A1 = 5. Formamos o sistema de equações, obtido da comparação dos
coeficientes dos polinômios: A1 + C = 8, logo C = 3 e C + D = 3 implica em D = 0.
8 x2 + 3 x + 20 5 3x
3 2
= + 2 .
x + x + 4x + 4 x+1 x +4
Portanto:
Z
x 5
p
I = 5 ln(|x + 1|) + 3 dx = ln(|(x + 1) (x2 + 4)3 |) + c,
x2 + 4
onde a última integral é resolvida usando substituição simples.
2 x2 + 5 x + 4
Z
[2] Calcule I = dx.
x3 + x2 + x − 3
Primeiramente observamos que grau(P (x)) < grau(Q(x)). Fatorando x3 + x2 + x − 3 =
= (x − 1) (x2 + 2 x + 3). O único fator quadrático irredutível é x2 + 2 x + 3. O fator x − 1
é como no caso 1.
2 x2 + 5 x + 4 A1 Cx + D
3 2
= + 2 .
x +x +x−3 x − 1 x + 2x + 3
Comparando os numeradores:
2 x2 +5 x+4 = A1 (x2 +2 x+3)+(Cx+D) (x−1) = (A1 +C) x2 +(2 A1 −C +D) x+3 A1 −D;
a raiz real do polinômio Q(x) é x = 1; substituindo esta raiz na última expressão: Se
11
x = 1, então A1 = . Formamos o sistema de equações, obtido da comparação dos
6
1 3
coeficientes dos polinômios: A1 + C = 2; logo C = e 3A1 − D = 4; logo D = . Então:
6 2
2 x2 + 5 x + 4 11 1 x+9
3 2
= + 2
;
x +x +x−3 6 (x − 1) 6 x + 2 x + 3
logo:
Z
11 1 x+9
I= ln x − 1 + dx,
6 6 x2 + 2x + 3
40 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
onde a última integral é resolvida usando substituições; de fato: x2 +2 x+3 = (x+1)2 +2.
Então, considere u = x + 1; logo du = dx e:
Z Z Z Z
x+9 u+8 u 8
2
dx = 2
du = 2
du + 2
du.
x + 2x + 3 u +2 u +2 u +2
dt
Na primeira integral fazemos t = u2 + 2; logo = u du:
2
Z Z
u 1 dt 1 1
2
du = = ln(|t|) + c2 = ln(|x2 + 2 x + 3|) + c2
u +2 2 t 2 2
e:
√
11 1 2 2 2 x + 1
I= ln x − 1 + ln x + 2x + 3 + arctg √ + c.
6 12 3 2
3 x3 + 11 x − 16
Z
[3] Calcule I = dx.
(x2 + 1)(x2 + 4 x + 13)
Observemos que grau(P (x)) < grau(Q(x)); x2 + 1 e x2 + 4 x + 13 são fatores quadráticos
irredutíveis. Temos:
3 x3 + 11 x − 16 C1 x + D1 C2 x + D2
2 2
= 2
+ 2 .
(x + 1) (x + 4x + 13) x +1 x + 4 x + 13
Comparando os numeradores:
3 x3 + 11 x − 16 = (C1 + C2 ) x3 + (4 C1 + D1 + D2 ) x2 + (13 C1 + 4 D1 + C2 ) x + (13 D1 + D2 ).
Formando o sistema de equações, obtido da comparação dos coeficientes dos polinô-
mios:
C1 + C2 =3
4 C + D + D
1 1 2 =0
13 C1 + 4 D1 + C2 = 11
= −16
13 D1 + D2
3 x3 + 11 x − 16 x−1 2x − 3
2 2
= 2 + 2 .
(x + 1) (x + 4 x + 13) x + 1 x + 4 x + 13
C1 x + D1 C2 x + D2 Ck x + Dk
2
+ 2 2
+ ......... +
a x + b x + c (a x + b x + c) (a x2 + b x + c)k
Exemplo 1.14.
Calcule as seguintes integrais:
Z 3
x +x+2
[1] Calcule dx.
x (x2 + 1)2
Primeiramente observamos que grau(P (x)) < grau(Q(x)) e x2 + 1 é o único fator qua-
drático irredutível, de multiplicidade 2.
x3 + x + 2 A C1 x + D1 C2 x + D2
2 2
= + + 2 .
x (x + 1) x x2 + 1 (x + 1)2
Comparando os numeradores:
x3 + x + 2 = (A + C1 ) x4 + D1 x3 + (2 A + C1 + C2 ) x2 + (D1 + D2 ) x + A.
Logo:
x3 + x + 2 2 2x − 1 2x
2 2
= − 2 − 2 .
x (x + 1) x x +1 (x + 1)2
x3 + x + 2 x2
Z
1
dx = ln( ) + arctg(x) + + c.
x (x2 + 1)2 x2 + 1 x2 + 1
x5 + x4 + 4 x 3 + 4 x2 + 8 x + 4
Z
[2] Calcule I = dx.
(x2 + 2)3
Primeiramente observamos que grau(P (x)) < grau(Q(x)) e x2 + 2 é o único fator qua-
drático irredutível, de multiplicidáde 3.
x5 + x4 + 4 x3 + 4 x2 + 8 x + 4 Ax + B Cx+D Ex+F
= + + .
(x2 + 2)3 x2 + 2 (x2 + 2)2 (x2 + 2)3
e:
√
√ 2 x 1
I = ln( x2 + 2) + arctg √ − 2 + c.
2 2 (x + 2)2
Por exemplo:
1.11. APLICAÇÕES DA INTEGRAL INDEFINIDA 43
Z Z
dx 2 du
= ,
a + b sen(x) a (1 + u2 ) + 2 b u
Z Z
dx 2 du
= .
a + b cos(x) a (1 + u2 )+ b (1 − u2 )
Exemplo 1.15.
Z
dx
[1] Calcule . Neste caso a = 2 e b = 1; logo:
2 + sen(x)
Z Z Z √ √
dx du du 2 3 3 (2 u + 1)
= = = arctg +c
2 + sen(x) 2
u +u+1 1 2 3 3 3
u+ +
2 4
√ √ x
2 3 3 (2 tg + 1)
= arctg 2 + c.
3 3
Z
dx
[2] Calcule .
1 − cos(x) + sen(x)
dx du 1 1
Utilizando as mudanças: = =( − ) du; logo:
1 − cos(x) + sen(x) u (u + 1) u u+1
Z Z
dx 1 1
= − du
1 − cos(x) + sen(x) u u+1
u 1 − cos(x)
= ln + c = ln + c.
u+1 1 − cos(x) + sen(x)
Exemplo 1.16.
44 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
[1] Obtenha a equação de uma família de curvas, sabendo que o coeficiente angular
da reta tangente à cada curva, num ponto, é igual a menos duas vezes a abscissa do
ponto. Obtenha a equação da curva que passa pelo ponto (1, 1).
Temos y 0 = −2 x; integrando:
Z
y=− 2 x dx = −x2 + c.
x3
Z
0
y = (x2 − 1) dx = − x + c.
3
1
O coeficiente angular da reta: x + 12 y = 13 é − e a reta tangente à curva no ponto
12
1 0 1 7 0 x3 7
(1,1) é paralela a esta reta: − = y (1) = − 1 + c; logo, c = ey = −x+ .
12 3 12 3 12
4 2
x x 7x
Integrando novamente: y = − + + c (vermelho). Usando o fato de que y(1) =
12 2 12
5
1 temos c = e
6
x4 x2 7x 5
y= − + + (azul).
12 2 12 6
-2 -1 1 2
-1
[1] A taxa de produção de uma mina de cobre t anos após a extração ter começado foi
calculada como R(t) = 50 t e0.1t mil toneladas por ano. Determine a produção total de
cobre ao final do ano t.
Seja P = P (t) a produção total ao final do ano t; então, a taxa de produção é P 0 = P 0 (t);
logo, P 0 (t) = R(t) = 50 t e0.1t ; integrando:
Z
P (t) = 50 t e0.1t dt + c = 5000 e0.1t (0.1 t − 1) + c.
Ao final do ano zero a produção é zero; logo, P (0) = 0, donde obtemos c = 5000;
portanto, a produção total de cobre ao final do ano t é dada por:
dT
= k (A − T (t)), (k > 0). (∗)
dt
Para determinar T , integramos (∗) em relação a t:
Z Z
dT
= −k dt + c; obtendo ln(T − A) = −k t + c;
T −A
logo, T (t) = A + C e−kt . Se a temperatura inicial é T (0) = T0 ; então, C = T0 − A e:
[4] (Crescimento populacional inibido): Considere uma colônia de coelhos com po-
pulação inicial N0 numa ilha sem predadores. Se a população N = N (t) é pequena, ela
tende a crescer a uma taxa proporcional a si mesma; mas, quando ela se torna grande,
há uma competição crescente por alimento e espaço e N cresce a uma taxa menor. Es-
tudos ecológicos mostram que a ilha pode suportar uma quantidade máxima de N1
indivíduos, se a taxa de crescimento da população N é conjuntamente proporcional a
N e a N1 − N ; logo:
dN
= k N (N1 − N ), (k > 0). (∗∗)
dt
Para determinar N , integramos (∗∗) em relação a t, aplicando o método de frações
parciais:
Z Z Z Z
dN 1 dN dN
=k dt + c; logo, + = k t + c;
N (N1 − N ) N1 N N1 − N
e:
N
ln( ) = k t N1 + c1 .
N1 − N
N N0
ln( ) = N1 k t + ln( );
N1 − N N1 − N0
N N0 eN1 kt
logo, = donde:
N1 − N N1 − N0
1.13. EXERCÍCIOS 47
N0 N1
N (t) = ,
N0 + (N1 − N0 ) e−N1 kt
1.13 Exercícios
1. Calcule as seguintes integrais usando a tabela e, em seguida, derive seus resulta-
dos para conferir as respostas:
Z Z
1
(a) x(x + 3)(x + 1) dx (h) 2
dx
x +7
Z Z
2 3 1
(b) (3x + 5) dx (i) √ dx
2
x +4
Z
1
Z
dx
(c) 1 dx (j) √
xn 8 − x2
Z Z
2
(d) (x 3 + 1)2 dx (k) tg 2 (x) dx
√ √
Z
√ √ √
Z
(e) x(x − x + 1)dx (l) x( 2 − x)2 dx
(x2 + 1)(x2 − 2)
Z Z
(f) 2 dx (m) 10x dx
x3
(x3 − x2 )2
Z Z x
e +4
(g) √ dx (n) dx
x ex
48 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
√
Z Z
ax
(o) 5e dx (r) x3 4
x dx
Z
1 Z
x2
(p) (9t2 − √ 3 ) dt (s) dx
t x2 + 1
√
(x5 + 2x2 − 1)dx
Z
1 x x
Z
(q) ( √ + ) dx (t)
x 3 x4
x ex
Z Z
(c) dx (p) x4 cos(2x) dx
(1 + x)2
Z Z
−t
(d) e cos(πt) dt (q) x4 ex dx
Z Z
(e) sen(ln(x)) dx (r) (x5 − x3 + x) e−x dx
Z Z
(f) arccos(2 x) dx (s) x2 senh(x) dx
Z Z
x
(g) 3 cos(x) dx (t) x argsenh(2 x) dx
Z Z
(h) x arctg(x) dx (u) x4 e−x dx
Z Z
(i) sec3 (x) dx x arcsen(x)
(v) √ dx
Z 1 − x2
Z
(j) (x − 1) e−x dx (w) x sec2 (x) dx
Z 1
ex
Z
(k) dx (x) ln3 (x) dx
x3
x3 √
Z Z
(l) √ dx (y) x ln(x) dx
1−x 2
√
Z Z
2
(m) x cosec (x) dx (z) x x + 1 dx
50 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
ex
Z Z
dx
(k) √ (o) √ dx
(1 − x ) 1 + x2
2 ex + 1
Z Z
dx x+1
(l) √ (p) √ dx
x x2 − 4
2 x2 − 1
7x3
Z Z
dx
(m) 3 dx (q) √
(4x2 + 9) 2 x2 x2 + 4
Z √
(n) ( 1 + x2 + 2x) dx
x3 + 3x
Z
dx
Z
(a) (d) dx
x3 + 8 (x2 + 1)2
Z
4dx
Z
dx
(b) 4 (e)
x −1 x + x2
4
Z 5
x + 4x3
Z 3
x +x−1
(c) 2 3
dx (f) dx
(x + 2) (x2 + 1)2
52 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
x4 + 8x3 − x2 + 2x + 1
Z
dx
Z
(g) dx (o)
(x2 + x)(x3 + 1) x4 − 3x3 + 3x2 − x
Z
x
Z
dx
(h) (p) 4
dx
x (x2 + 1)
3 x −1
5x3 − 3x2 + 2x − 1
Z Z
x+1
(i) dx (q) dx
(x + 4x + 5)2
2 x4 + 9x2
x5 + 4x3 + 3x2 − x + 2
Z 3 Z
x +x+1
(j) dx (r) dx
x(1 + x2 ) x5 + 4x3 + 4x
Z
Z
x3 + 1 2x + 2
(k) dx (s) dx
(x2 − 4x + 5)2 x(x + 2x + 2)2
2
Z
Z
dx dx
(l) (t) 3 2
(x + 1)(x2 + x + 1)2 x + 3x + 7x + 5
x2 − 3 x + 2
Z Z
dx
(m) (u) dx
x + x6
8 x3 + 6 x 2 + 5 x
3 x3 + x2 + x − 1
Z Z
3x + 1
(n) 2
dx (v) dx
x −x+1 x4 − 1
2 cos2 ( x2 )
Z
dx
Z
(s) √ (v) dx
(x + 9) x2 + 4
2
x + sen(x)
1 − tg 2 (x)
Z
dx
Z
(t) √ (w) dx
(x − 1) x2 + 2 x − 2 sec2 (x) + tg(x)
Z
dx
Z
(u) dx (x) √ dx
1+2 sen(x) cos(x)+sen2 (x) (x + 3) x − 1
12. Em todos os pontos de uma curva y = f (x) tem-se que y 00 = cos(2 x) − sen(x).
Obtenha a equação da curva, se esta passa pelo ponto (0, 1) e a reta tangente nesse
ponto é perpendicular à reta y − x = 0.
13. Em alguns estudos, a degradação ambiental produzida por detritos tóxicos é mo-
delada pela equação de Haldane:
dS as
= ,
dt b + c s + s2
onde a, b, c > 0, S = S(t) é a concentração do substrato ( a substância do resíduo
na qual as bactérias agem). Determine S = S(t).
Qual é a probabilidade dos circuitos continuarem funcionando após 600 horas?
54 CAPÍTULO 1. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Capítulo 2
INTEGRAÇÃO DEFINIDA
2.1 Intodução
Neste capítulo introduziremos a noção de integral definida, cuja origem foi a forma-
lização matemática da idéia do cálculo de áreas de regiões planas delimitadas pelos
gráficos de funções.
Observemos que somente "sabemos"calcular, efetivamente, a área de regiões limitadas
por segmentos de retas como retângulos, triângulos ou composições destes.
Como motivação, começaremos com uma motivação geométrica.
Problema: Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas. Calcule a área da região plana
R delimitada pelo gráfico das funções contínuas:
y = f (x) e y = g(x), a ≤ x ≤ b.
f g
a b
55
56 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
Solução do Problema:
O subconjunto P = {x0 , x1 , ......, xn } ⊂ [a, b] é chamado de partição de ordem n do
intervalo [a, b] se:
Obtemos assim n retângulos Ri . É intuitivo que a soma das áreas dos n retângulos é
uma "aproximação"da área da região R. Se n é muito grande ou, equivalentemente, se
n cresce, então ∆xi ou seja a base do retângulo correspondente é muito pequena e a
soma das áreas dos n retângulos aproxima-se cada vez mais da área da região R.
2.1. INTODUÇÃO 57
A área de cada Ri é |f (ci ) − g(ci )| × ∆xi (base por altura); a soma Sn das áreas dos n
retângulos é:
n
X
Sn = |f (ci ) − g(ci )| ∆xi .
i=1
Sn é chamada soma de Riemann da função |f − g|. Denotemos por |∆xi | o maior dos
∆xi . A área de uma região plana R delimitada pelo gráfico das funções contínuas
y = f (x), y = g(x) definidas no intervalo [a, b] e pelas retas x = a e x = b é:
n
X
A(R) = lim |f (ci ) − g(ci )| ∆xi .
|∆xi |→0
i=1
É possível provar, com rigor matemático que este limite sempre existe e é igual a área
de R; mais ainda, este limite não depende da escolha da partição do intervalo [a, b] ou
da escolha dos pontos ci .
Exemplo 2.1.
[1] Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função y = f (x) = x2 , o eixo dos x
e pelas retas x = 0 e x = 1.
58 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
1 1 3
x0 = 0 < x1 = < x2 = < x3 = < x4 = 1;
4 2 4
1
∆xi = , para cada i. Os subintervalos são:
4
1 1 1 1 3 3
[0, ], [ , ], [ , ] e [ , 1].
4 4 2 2 4 4
1 1 3 1 1
Se escolhemos c1 = 0, c2 = , c3 = e c4 = , então, h(c1 ) = 0, h(c2 ) = , h(c3 ) = ,
4 2 4 16 4
9
h(c4 ) = ; logo:
16
1 1 1 1 1 1 9 7
S4 = ×0+ × + × + × = .
4 4 16 4 4 4 16 32
1 1 3
Se escolhemos c1 = , c2 = , c3 = e c4 = 1:
4 2 4
2.1. INTODUÇÃO 59
1 1 9
h(c1 ) = , h(c2 ) = , h(c3 ) = , h(c4 ) = 1; logo:
16 4 16
1 1 1 1 1 9 1 15
S4 = × + × + × + ×1= .
4 16 4 4 4 16 4 32
É intuitivo que
7 15
≤ A(R) ≤ .
32 32
b) Consideremos a seguinte partição de ordem n:
1 2 3 n
x0 = 0 < x1 = < x2 = < x3 = < .................. < xn = = 1.
n n n n
1
∆xi = .
n
1 2 3 n
Se escolhemos c1 = , c2 = , c3 = ,............, cn = :
n n n n
1 1 1 22 1 32 1 n2
Sn = × 2 + × 2 + × 2 + ... + × 2
n n n n n n n n
1 2
= 3 1 + 2 2 + 3 2 + . . . + n2
n
(n + 1) (2 n + 1)
= .
6 n2
1 2 n−1
Se escolhemos c1 = 0, c2 = , c3 = ,............, cn = :
n n n
60 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
1 2 2 2 2
(n − 1) (2 n − 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + . . . + (n − 1) = .
n3 6 n2
Então:
(n − 1) (2 n − 1) (n + 1) (2 n + 1)
2
≤ A(R) ≤ .
6n 6 n2
(n − 1) (2 n − 1) (n + 1) (2 n + 1) 1
lim 2
= lim 2
= ;
n→+∞ 6n n→+∞ 6n 3
então:
1
A(R) = .
3
[2] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das funções f (x) = x3 , g(x) = 9 x e
pelas retas x = 0 e x = 3.
2.1. INTODUÇÃO 61
3 6 9 3n
x0 = 0 < x1 = < x2 = < x3 = < .................. < xn = = 3.
n n n n
3 3i
∆xi = . Seja ci = , para todo i = 1, 2, .....n. Logo:
n n
62 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
1 1 2 8 3 27 4 64
h(c1 ) = 33 − 3 , h(c2 ) = 33 − 3 , h(c3 ) = 33 − 3 , h(c4 ) = 33 − .
n n n n n n n n3
Em geral:
i3
3 i
h(ci ) = 3 − ,
n n3
e:
n n n
i3 3 X 34 i3
X X
3 i
Sn = h(ci ) × ∆xi = 3 − × = i− 2 .
i=1 i=1
n n3 n i=1
n2 n
Lembrando que
n n
X n (n + 1) X n2 (n + 1)2
i= e i3 = ,
i=1
2 i=1
4
temos:
81 1
Sn = 1− 2 .
4 n
Então, a área procurada é:
81 1 81
A(R) = lim Sn = lim (1 − 2 ) = .
n→+∞ n→+∞ 4 n 4
2.2. INTEGRAL DEFINIDA 63
e definida por:
Z b n
X
f (x) dx = lim f (ci )∆xi
a |∆xi |→0
i=1
se o limite existe.
Observações 2.1.
R = {(x, y) /a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Z b
A(R) = f (x) dx
a
Definição 2.2. Uma função f definida em [a, b] é dita integrável em [a, b] se sua integral
definida existe.
Algumas das provas deste capítulo serão omitidas, pois fogem do objetivo destas no-
tas. Um leitor interessado pode recorrer à bibliografia indicada.
Teorema 2.1. Se a função f é contínua em [a, b], então é integrável em [a, b].
Observemos que a recíproca deste teorema é falsa. Por exemplo, considere a função:
(
1 se x ∈ [0, 1]
f (x) =
0 se x ∈ (1, 2].
1 2
f é descontínua, mas a região limitada pelo gráfico de f , possui área igual a 1 no inter-
valo [0, 1] e zero no intervalo (1, 2]; logo, f é integrável.
2.3. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO 65
Z b
Z b Z b
α f (x) + β g(x) dx = α f (x) dx + β g(x) dx
a a a
Z b Z b
f (x) dx ≥ g(x) dx
a a
3. |f | é integrável e:
Z b Z b
f (x) dx ≤ f (x) dx
a a
4. Sejam a < c < b e f uma função integrável em [a, c] e [c, b] respectivamente. Então
f é integrável em [a, b] e:
Z b Z c Z b
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx
a a c
Z x
g(x) = cos(t) dt = sen(x);
0
por outro lado observe que, g 0 (x) = cos(x) = f (x). Este fato pode ser generalizado. É o
que estabelece o seguinte teorema.
Corolário 2.1. Se f é uma função integrável em [a, b] e admite uma primitiva F (x) em
[a, b], então:
Z b
f (x) dx = F (b) − F (a)
a
2.4. CONSTRUÇÃO DE PRIMITIVAS 67
Observação 2.1. O corolário nos diz que para calcular a integral definida de uma fun-
ção, basta procurar uma primitiva da função e avaliá-la nos limites de integração. A
integral definida é um número real.
Notação:
b
F (x) = F (b) − F (a).
a
Z b Z a
1. f (x) dx = − f (x) dx.
a b
Z a
2. f (x) dx = 0.
a
é derivável e:
Exemplo 2.2.
Z
[1] A primitiva de sen(x6 ) dx é:
Z x
F (x) = sen(t6 ) dt.
0
0.4
0.3
0.2
0.1
-2 -1 1 2
Z 1
x 1
[3] Calcule 10 e + √ dx.
0
4
x
Usando a linearidade, podemos escrever a integral como:
Z 2 Z 2 Z 2
x 1 x dx
10 e + √ dx = 10 e dx + √ .
1
4
x 1 1
4
x
Como:
√
4
4 x3
Z Z Z
x x dx −1/4
F1 (x) = e dx = e , e F2 (x) = √ = x dx =
4
x 3
Logo,
Z 2 Z 2 Z 2 2 2
x 1 x dx
10 e + √ dx = 10 e dx + √ = 10 F1 (x) + F2 (x)
1
4
x 1 1
4
x 1 1
4
= 10 F1 (2) − F1 (1) + F2 (2) − F2 (1)
3
4 √
= 10 (e2 − e) + ( 8 − 1).
4
3
2.4. CONSTRUÇÃO DE PRIMITIVAS 69
Z e2
[4] Calcule ln(x) dx.
e
Utilizamos integração por partes:
u = ln(x) dv = dx
dx
du = v = x;
x
Z
então: F (x) = ln(x) dx = x ln(x) − x; logo:
Z e2
e 2
ln(x) dx = F (x) = e2 .
e e
Z 1
[5] Calcule |sen(π x)| dx.
−1
cos(π x)
Logo, F (x) = − , então:
π
Z 1 Z 1 Z 0
1 0
|sen(π x)| dx = sen(π x) dx − sen(π x) dx = F (x) − F (x)
−1 0 −1 0 −1
= (F (1) − F (0)) − (F (0) − F (−1))
4
= .
π
Z 1 √
[6] Calcule x 2 x2 + 3 dx.
0
du
Se u = 2 x2 + 3, então = x dx.
4
3
√
p
√ (2 x2 + 3)3
Z Z
1 u 2
x 2 x2 + 3 dx = u du = = + c.
4 6 6
p
(2 x2 + 3)3
Logo, F (x) = ; então,
6
Z 1 √ √ √
2
5 5 3
x 2 x + 3 dx = F (1) − F (0) = − .
0 6 2
70 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
[7] Seja:
Z b
tx dt x 6= −1
se
a
f (x) =
ln b
se x = −1.
a
Calculando diretamente:
tx+1
Z
tx dt = + c.
x+1
tx+1
Logo, F (x) = ; então:
x+1
Z b
x bx+1 − ax+1
t dt = F (b) − F (a) = .
a x+1
= f (−1);
Z b Z g(b)
0
f (g(x)) g (x) dx = f (u) du
a g(a)
2.5. INTEGRAL DEFINIDA E OS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 71
Exemplo 2.3.
du
[1] No exemplo [4] da página anterior, fizemos u = 2 x2 + 3; logo, = x dx. Se: x = 0,
4
então u = 3; se x = 1, então u = 5. Assim:
Z 1 √ 3 5 √ √
1 5√
Z
2
u 2 5 5 3
x 2 x + 3 dx = u du = = − .
0 4 3 6 3 6 2
1
ex dx
Z
[2] Calcule .
0 e2x + 4 ex + 4
Fazamos u = ex , então e2x + 4 ex + 4 = u2 + 4 u + 4 = (u + 2)2 . Se x = 0, então u = 1; se
x = 1, então u = e. Utilizando frações parciais:
Z 1 Z e e
ex dx du 1 e−1
2x x
= 2
=− = .
0 e + 4e + 4 1 (u + 2) u + 2 1 3 (e + 2)
Z 4
dx
[3] Calcule √ .
0 1+ x
√ √ dx
Se u = x + 1, então x = u − 1 e du = √ ; logo, 2 (u − 1) du = dx. Se: x = 0, então,
2 x
u = 1; se x = 4, então, u = 3. Assim:
3
Z 4 Z 3
dx (u − 1)
√ =2 du = 2 u − ln(|u|) = 4 − 2 ln(3).
0 1+ x 1 u 1
Z 4
[4] Calcule x ln(x) dx.
1
Logo:
72 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
4
4
x2 ln(x) x2
Z
15
x ln(x) dx = − = 16 ln(2) − .
1 2 4 1 4
Z π/2
[5] Calcule sen(2 t) esen(t) dt.
0
Como sen(2 t) = 2 sen(t) cos(t), fazemos x = sen(t); logo, dx = cos(t) dt. Se t = 0, então
π
x = 0; se t = , então x = 1. Assim:
2
Z π/2 Z 1
sen(t)
sen(2 t) e dt = 2 x ex dx.
0 0
1
π/2 1 1 1
Z Z Z
sen(t) x
x x x x
sen(2 t) e dt = 2 x e dx = 2 x e − 2 e dx = 2 x e − e = 2.
0 0 0 0 0
Z 3
dx
[6] Calcule √
√ .
3 x x2 + 9
Usaremos o método de substituição trigonométrica.
√ π
Seja x = 3 tg(θ); observamos que 3 tg(θ) = 3 e 3 tg(θ) = 3, implicam em θ = e
6
π dx cosec(θ)
θ = ; dx = 3 sec2 (θ) dθ; então, √ = dθ.
4 2
x x +9 3
Z 3 Z π √
dx 1 4 1 2+ 3
√
√ = cosec(θ) dθ = ln √ .
3 x x2 + 9 3 π6 3 1+ 2
Z a
f (x) a
[7] Verifique que dx = , sendo f tal que o integrando seja defi-
0 f (x) + f (a − x) 2
nido.
Z a
f (x)
Seja I = dx. Fazendo u = a − x, então du = −dx:
0 f (x) + f (a − x)
Z 0 Z a
f (a − u) f (a − x)
I=− du = dx;
a f (a − u) + f (u) 0 f (a − x) + f (x)
logo,
a a a
f (a − x)
Z Z Z
f (x)
2I = dx + dx = dx = a.
0 f (x) + f (a − x) 0 f (a − x) + f (x) 0
2.5. INTEGRAL DEFINIDA E OS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 73
2
x2
Z
[8] Usemos [7] para calcular 2
dx.
0 x − 2x + 2
Z 2 Z 2 Z 2
x2 x2 x2
2
dx = 2 2
dx = 2 2 2
dx = 2.
0 x − 2x + 2 0 2x − 4x + 4 0 x + (x − 2)
2
ConsideramosZ 1 f (x) = x em [5].
[9] Calcule x arctg(x) dx.
0
dx x2
Integrando por partes u = arctg(x), dv = x dx; então, du = 2 ev= ;
x +1 2
Z 1 1
x2 arctg(x) 1 1 x2
Z
x arctg(x) dx = − dx.
0 2
0 2 0 x2 + 1
Agora calculamos:
1
x2
Z
dx.
0 x2 + 1
Então:
1
1
x2 arctg(x)
Z
1 π 1
x arctg(x) dx = − 1 − = (π − 2).
0 2
0 2 4 4
xZ
d
[10] Calcule (2t2 − t + 1)dt. A função f (t) = 2t2 − t + 1 é contínua em R, pelo
dx 0
teorema anterior:
Z x
d
(2t2 − t + 1)dt = 2x2 − x + 1.
dx 0
Z x2
dy
[11] Calcule se y = (5t + 7)25 dt.
dx 3
√
Como f (t) = t2 + 1 é contínua em R, α1 (x) = −x e α2 (x) = 3 x + 2 são funções
deriváveis tais que Im(α1 ), Im(α2 ) ⊂ Dom(f ), pelo corolário anterior:
√ p
y 0 = −f (α1 (x)) α10 (x) + f (α2 (x)) α20 (x) = x2 + 1 + 3 (3 x + 2)2 + 1.
[13] Seja:
1
Z x Z
dt x dt
F (x) = + , x 6= 0.
0 1 + t2 0 1 + t2
Mostre que F (x) é constante em (−∞, 0) e em (0, +∞). Calcule tais constantes.
Z x
dt 1
i) Seja G(x) = ; então, F (x) = G(x) + G .
0 1 + t2 x
1 1 0 1
G0 (x) = e F 0 (x) = G0 (x) − G = 0,
1 + x2 x2 x
2 4
Denotemos por f (t) = e−t e α(x) = x2 ; então, f (α(x)) = f (x2 ) = e−x ;
4
logo: g 0 (x) = 2 x e−x .
2.5. INTEGRAL DEFINIDA E OS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 75
1.0
0.5
-2 -1 1 2
-0.5
-1.0
Z x2
[15] Se x sen(π x) = f (t) dt, onde f é uma função contínua, calcule f (4).
0
Derivando a ambos os lados da igualdade:
Z x2
d d
sen(π x) − π x cos(π x) = 2 f (x2 ) x.
x sen(π x) = f (t) dt ;
dx dx 0
Proposição 2.2. Seja f uma função integrável sobre [−a, a]. Se f é uma função par:
Z a Z a
a) f (x) dx = 2 f (x) dx
−a 0
De fato:
Z a Z 0 Z a Z −a Z a
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx = − f (x) dx + f (x) dx.
−a −a 0 0 0
Z −a Z a
− f (x) dx = f (−u) du.
0 0
Exemplo 2.4.
Z π
4 tg(x)
[1] Calcule dx. A função é ímpar, logo:
− π4 x6 + 4 x4 + 1
Z π
4 tg(x)
6 4
dx = 0.
− π4 x + 4 x + 1
tg(x)
Figura 2.12: Gráfico da função f (x) =
x 6 + 4 x2 + 1
Z 1
[2] Calcule (x2 + cos(π x) + 1) dx.
−1
x
π t2
Z
S(x) = sen dt
0 2
x
π t2
Z
C(x) = cos dt
0 2
0.5
-3 -2 -1 1 2 3
-0.5
Exemplo 2.5.
Calcule:
S(x)
1. lim .
x→0 x3
C(x)
2. lim .
x→0 x
S(x) S 0 (x) π
lim 3
= lim 2
= .
x→0 x x→0 3 x 6
2. Analogamente:
C(x)
lim = lim C 0 (x) = 1.
x→0 x x→0
2.8. FUNÇÃO ERRO 79
1.0
0.5
-3 -2 -1 1 2 3
-0.5
-1.0
Exemplo 2.6.
Calcule a derivada de:
1. x erf (x).
√
2. erf ( x).
d d 2x 2
x erf (x) = erf (x) + x erf (x) = erf (x) + √ e−x .
dx dx π
2 √ 1
2. f (t) = e−t e α(x) = x; então, f (α(x)) = e−x e α0 (x) = √ . Logo:
2 x
d 2 e−x
erf (u) = √ f (α(x)) α0 (x) = √ .
dx π πx
80 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
2.9 Funções Si e Ci
Estas funções são utilizadas em Engenharia para avaliar a potência de irradiação das
antenas.
Z x
sen(t)
Si(x) = dt
0 t
x
(cos(t) − 1)
Z
C(x) = γ + ln(x) + dt;
0 t
2 4 6 8 10
-1
-2
2.10 Exercícios
1. Calcule as seguintes integrais usando o método de substituição:
π
3 √ 2 e2x + cos(x)
Z Z
2
(a) 2 x + 3 dx (c) dx
−1 0 e2x + sen(x)
π π
sec2 (x) sec2 (2x)
Z Z
3 8
(b) dx (d) dx
tg 3 (x)
p
π
4 0 1 + tg(2 x)
2.10. EXERCÍCIOS 81
π 3
x−2
Z Z
4
(e) sen(x) cos(x) dx (o) dx
0 1 (3 x2 − 12 x + 1)4
Z 1 2x 1
e
Z
3
(f) dx (p) x2 ex dx
0 e2x +1 0
π
Z Z 2
4 x
(g) sen(x) ln(cos(x)) dx (q) √
3
dx
0 1 x2 +1
π
1
sec2 (x)
Z Z
4 arcsen(x)
(h) dx (r) √ dx
0 etg(x) 0 1 − x2
√
4
e x 1
Z Z
dx
(i) √ dx (s) √
1 x 0 1+ x
Z 1 Z 8 √
sen( x + 1)
(j) (2 x − 1)100 dx (t) √ dx
0 3 x+1
Z 3 Z a √
dx
(k) (u) (x − a) 2 a x − x2 dx
0 2x + 3 0
Z e4 π
dx
Z
2 cos(x)
(l) p (v) dx
2 x ln(x) 0 6 − 5 sen(x) + sen2 (x)
2 2
Z 2
sen(ln(x))
Z
x
(m) √ dx (w) dx
0 x3 + 1 1 x
1 1
x2
Z Z
(n) ex sen(ex ) dx (x) √ dx
0 0 x6 + 4
(c) 5
x cos(x ) dx 3 (l)
0 0 5 + cos2 (x)
π 1
x2 dx
Z Z
3
(d) tg(x) sec3 (x) dx (m)
0 (x + 1)3
Z0 π Z 2
dx
(e) cos(3 x) cos(4 x) dx (n)
0 1 4 x2 + 12 x − 7
Z 1 3
x dx
Z
(2 x + 3) dx
(f) p (o)
0 (x2 + 4)5 1 x3 + 3 x
3
2
(3 x2 − 4 x + 5) dx
Z Z
dx
(g) √ (p)
0
2
x + 4x + 8 2 (x − 1) (x2 + 1)
Z ln(3) √ 1
x3 dx
Z
(h) et 9 − e2t dt (q) √
3
0 0 x2 + 1
Z 3 2 Z 1 √
(x + 2 x) dx x dx
(i) (r)
2 x3 + 3 x2 − 4 0 x+1
2.10. EXERCÍCIOS 83
8 √ 4
(2 x2 + 1)dx
Z Z
(s) 3
x (x − 1) dx (v) 2
0 2 (x + 1) (x + 2)
Z 11
dx Z a r 2
a − x2
(t) √ (w) x dx
3 2x + 3 0 a2 + x 2
Z 1
dx Z π
x dx
(u) p (x)
0 (1 + x2 )3 2
0 4 − cos (x)
Z x
5. Seja f uma função contínua em [a, b] e suponha que f (t) dt = x, para todo
a
x ∈ [a, b]. Determine f e a.
7. O número:
Z b
1
µ= f (x) dx
b−a a
é chamado valor médio da função f no intervalo [a, b]. Calcule o valor médio das
funções nos intervalos indicados:
84 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
9. Seja a > 0 e suponha que f é uma função contínua no intervalo [−a, a]. Defina g
em [−a, a] por:
Z −x Z x
g(x) = f (t) dt + f (−t) dt,
0 0
(b) Use a parte a) para verificar que g(x) = 0, para todo x ∈ [−a, a].
Z 0 Z x
(c) Conclua que: f (t) dt = f (−t) dt.
−x 0
Z α2 (x)
13. Seja g(x) = f (t) dt, onde f : I −→ R é contínua e αi : J −→ R são funções
α1 (x)
deriváveis (i = 1, 2); I e J intervalos tais que αi (J) ⊂ I. Verifique que:
0 0
g 0 (x) = f (α2 (x)) α2 (x) − f (α1 (x)) α1 (x).
Z x2 +x
2
0
14. Calcule g (x) se g(x) = 2−t dt.
x2 +1
Z x3
1
15. Calcule g 0 ( 12 ) se g(x) = dt.
x2 t
Z 3
16. Seja f : R −→ R contínua. Sabendo que f (t) dt = 4, calcule
−3
Z 4
f (5 − 2 x) dx.
1
x 2
et
Z
17. Seja f (x) = 2
dt. Verifique que f é uma função contínua ímpar e que
0 1+t
f (x) ≥ x, para todo x > 0.
Z x
2
18. Esboce o gráfico de f (x) = 2 t e−t dt
0
86 CAPÍTULO 2. INTEGRAÇÃO DEFINIDA
Capítulo 3
APLICAÇÕES DA INTEGRAL
DEFINIDA
então:
Z t
(1) v(t) = a(s) ds + v(t0 ).
t0
então:
87
88 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Z t
(2) x(t) = v(s) ds + x(t0 ).
t0
e de (2), temos:
Z t Z t
x(t) = v(s) ds + x0 = (a0 t + v0 ) ds + x0
0 0
Logo,
a0 2
x(t) = t + v0 t + x0 .
2
Neste caso, conhecendo a velocidade e a posição inicial da partícula obtemos sua tra-
jetória.
No deslocamento vertical de uma partícula, escolhemos o eixo dos y do sistema de
coordenadas para a posição.
Consideramos para cima a parte positiva do eixo dos y. O efeito da gravidade na par-
tícula é diminuir a altura bem como a sua velocidade. Desprezando a resistência do ar,
a aceleração é constante a(t) = −g, onde g = −9.8 m/seg 2 é a aceleração gravitacional
na superfície da terra. Então:
v(t) = −9.8 t + v0
x(t) = −4.9 t2 + v0 t + x0 ,
Exemplo 3.1.
[1] A velocidade de um foguete é de 1000 km/h após os primeiros 30 seg de seu lança-
mento. Determine a distância percorrida pelo foguete.
Primeiramente, fazemos a conversão de km/h para m/seg multiplicando pela fração
1000
, donde obtemos:
3600
1000 × 1000
a0 = m/seg 2 = 9.259 m/seg 2 .
30 × 3600
900
D(30) = 9.259 × = 4166.5 m.
2
400
300
200
100
9.79
Teorema 3.1. Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas. A área de uma região plana
R delimitada pelo gráfico das funções contínuas y = f (x), y = g(x) e pelas retas x = a
e x = b é:
Z b
A(R) = |f (x) − g(x)| dx
a
f g
a b
Z b
A(R) = f (x) dx
a
onde:
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
3.2. CÁLCULO DE ÁREAS 91
y=f(x)
a b
Z b
A(R) = − f (x) dx
a
onde
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, f (x) ≤ y ≤ 0}
a b
Z b
A(R) = f (x) − g(x) dx
a
onde
a b
Z c
Z b
A(R) = f (x) − g(x) dx + g(x) − f (x) dx
a c
3.2. CÁLCULO DE ÁREAS 93
f g
a c b
Figura 3.6: R = R1 ∪ R2
Exemplo 3.2.
[1] Se em 1970, foram utilizados 20.3 bilhões de barris de petróleo no mundo todo e
se a demanda mundial de petróleo cresce exponencialmente a uma taxa de 9% ao ano,
então a demanda A(t) anual de petróleo no tempo t é A(t) = 20.3 e0.09t (t = 0 em 1970).
Se a demanda continua crescendo a uma taxa de 9% ao ano, qual será a quantidade de
petróleo consumida entre os anos de 1970 e 2012?
Z 42
42
0.09t
0.09t
20.3 e dt = 225.56 e = 9657.4.
0 0
700
600
500
400
300
200
100
10 20 30 40
[2] Calcule a área da região limitada pelo eixo dos x e pelo gráfico de y = 4 − x2 .
Neste problema g = 0 e não são dados claramente os intervalos de integração; mas, as
interseções com os eixos são os pontos: (0, 4), (2, 0) e (−2, 0).
-2 -1 1 2
[3] Calcule a área da região limitada pelo eixo dos x e pelo gráfico de y = 4 x4 − 5 x2 + 1.
3.2. CÁLCULO DE ÁREAS 95
1
R1 = {(x, y) ∈ R2 / − 1 ≤ x ≤ − , 4 x4 − 5 x2 + 1 ≤ y ≤ 0};
2
1 1
R2 = {(x, y) ∈ R2 / − ≤ x ≤ , 0 ≤ y ≤ 4 x4 − 5 x2 + 1} e
2 2
1
R3 = {(x, y) ∈ R2 / ≤ x ≤ 1, 4 x4 − 5 x2 + 1 ≤ y ≤ 0}.
2
-1 -0.5 0.5 1
-0.5
Logo:
Z − 21 Z 1
2
Z 1
4 2 4 2
A=− (4 x − 5 x + 1) dx + (4 x − 5 x + 1) dx − (4 x4 − 5 x2 + 1) dx
−1 − 21 1
2
1
Z
2
Z 1
4 2 4 2
A=2 (4 x − 5 x + 1) dx − (4 x − 5 x + 1) dx = 1 u.a.
1
0 2
-2 -1 1 2
2
2
x2 x3
Z
2 9
A= (x + 2 − x ) dx = + 2x − = u.a.
−1 2 3 −1 2
-1 1
-1
(
y = x 2 − x4
y = x2 − 1,
Z 1 Z 1
4 8
A= (−x + 1) dx = 2 (−x4 + 1) dx = u.a.
−1 0 5
[6] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das seguintes curvas: y 2 = a x,
a y = x2 , y 2 = −a x e a y = −x2 se a > 0.
As curvas são parábolas.
98 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Pela simetria da região, podemos calcular a área da região situada no primeiro qua-
drante e multiplicar o resultado por 4.
(
y2 = ax
x2 = a y.
-1 1
R1 = {(x, y) / − 1 ≤ x ≤ 0, x2 − x4 ≤ y ≤ x3 − x},
R2 = {(x, y) / 0 ≤ x ≤ 1, x3 − x ≤ y ≤ x2 − x4 }.
d
N(y) M(y)
Não é difícil provar que se as funções M (y) e N (y) são contínuas em [c, d], então:
Z d
A= M (y) − N (y) dy
c
Por isso, para resolver os problemas de área é sempre indicado fazer o desenho da
região correspondente.
3.3. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE 101
Exemplo 3.3.
y2
ii) Sejam x = M (y) = y + 4 e x = N (y) = .
2
-2 2 4 6 8 10
-2
-4
Então:
4
4
y2 y2 y 3
Z
A= y+4− dy = + 4y − = 18 u.a.
−2 2 2 6 −2
-4 -2 2 4
-1
-2
-1
π
Resolvendo sen(x) = sen(2 x) = 2 sen(x) cos(x) para x ∈ [0, π], temos que x = 0, x =
3
3.4. EXEMPLOS DIVERSOS 103
√
π 3
e x = π. A interseção das curvas ocorre em (0, 0), ( , ) e (π, 0). Dividamos a região
3 2
em duas:
π
R1 = {(x, y) / 0 ≤ x ≤ , sen(x) ≤ y ≤ sen(2 x)},
3
π
R2 = {(x, y) / ≤ x ≤ π, sen(2 x) ≤ y ≤ sen(x)}.
3
Então,
π
Z Z π
3 5
A= sen(2 x) − sen(x) dx + sen(x) − sen(2 x) dx = u.a.
0 π
3
2
0.5
-2 1 2 4
-2
[4] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das curvas: x = 2 y−y 2 e y−x−2 = 0.
Determinemos o intervalo de integração, resolvendo o sistema:
(
x − 2 y + y2 = 0
y−x−2= 0.
2
Z 2
y2 y3
2 9
A= (y − y + 2) dy = − + 2 y = u.a.
−1 2 3 −1 2
3.4. EXEMPLOS DIVERSOS 105
-3 -2 -1 1
-1
[5] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das seguintes curvas: y = 7 x2 −
6 x − x3 e y = 4 x.
√ √
7+ 3 7− 3
e
3 3
são, respectivamente, de máximo local e de mínimo local. Para obter as interseções das
curvas, resolvemos o sistema:
(
y= 7 x 2 − 6 x − x3
y= 4 x;
2 5
R1 = {(x, y) / 0 ≤ x ≤ 2, 7 x2 − 6 x − x3 ≤ y ≤ 4 x},
R2 = {(x, y) / 2 ≤ x ≤ 5, 4 x ≤ y ≤ 7 x2 − 6 x − x3 }.
Logo:
Z 2 2
Z
2 3
7 x2 − 10 x − x3 dx
A= (10 x − 7 x + x ) dx +
0 5
4 2
3
5
7 x3 x4
2 7x x 2
= 5x − + − 5x + −
3 4 0 3 4 2
16 63 253
= + = u.a.
3 4 12
[6] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das seguintes curvas: y = x2 −4 x+4
e y = 10 − x2 .
3.4. EXEMPLOS DIVERSOS 107
10
-1 1 2 3
[7] Calcule a área limitada pela curva (y − 2)2 = x − 1, pela tangente a esta curva no
ponto de ordenada y = 3 e pelo eixo dos x.
-4 -2 2 4
As interseções com os eixos são (a, 0), (−a, 0), (0, b) e (0, −b). Como a curva é simé-
trica em relação aos eixos coordenados, podemos calcular a área da região situada no
primeiro quadrante e multiplicar o resultado por 4. Então, consideramos:
bp 2
y= (a − x2 )3 ,
a3
no primeiro quadrante. A área desta região é:
Z ap
b
A= 3 (a2 − x2 )3 dx;
a 0
π
fazendo a mudança de variáveis: x = a sen(t), temos 0 ≤ t ≤ e dx = a cos(t) dt:
2
Z ap Z π
b 2
A= 3 2 2 3
(a − x ) dx = a b cos4 (t) dt;
a 0 0
3.4. EXEMPLOS DIVERSOS 109
3 cos(2t) cos(4t)
usando a identidade cos4 (t) = + + ,
8 2 8
Z π Z π
2
4
2 3 cos(2t) cos(4t) 3π a b
A = ab cos (t) dt = a b + + dt = u.a.
0 0 8 2 8 16
A área pedida é:
3πab
A = 4S = u.a.
4
x
[9] Calcule a soma das áreas limitadas pela curva y = x sen e o eixo dos x, sabendo
a
que x ∈ [0, n π a], sendo n, a ∈ N.
Z aπ Z 2aπ Z naπ
x x x
A= x sen dx − x sen dx + ...... + (−1)n+1 x sen dx.
0 a aπ a (n−1)aπ a
Vemos que A = A0 + ........ + An−1 , onde Ak é a área limitada pela curva, o eixo dos x,
se k a π ≤ x ≤ (k + 1) a π e k = 0, 1...n − 1, ou seja,
Z (k+1)aπ
x
Ak = x sen dx,
kaπ a
considerando:
(k+1)aπ
Z
x
Ak = x sen dx,
kaπ a
110 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Fazendo a mudança x = a sen3 (t), obtemos y = a cos3 (t), dx = 3 a sen2 (t) cos(t) dt;
então,
√
3
√
3 3
a2 − x2 2 dx = 3 a2 cos4 (t) sen2 (t) dt = 3 a2 cos4 (t) (1 − cos2 (t)) dt;
logo:
π
3 a2 3 a2
Z
2
A= − 2 cos(4 t) + cos(2 t) + 2 − cos(6 t) dt = π u.a.
8 0 8
3.4. EXEMPLOS DIVERSOS 111
-2 -1 1 2
-1 1
-2 1 4
Z 1 Z 1
2 8
2 − 2 x2 dx = u.a.
A(D2 ) = 2 − 2 x dx = 2
−1 0 3
100
A(D1 ) − A(D2 ) = u.a.
3
√
[12] Determine a área da região limitada por: y = x − 2, x + y = 2 e x + 2 y = 5.
-2 2 5
3
1
-2 2 4 6
2 3 4
-1
17
A = A(D1 ) − A(D2 ) = u.a.
6
114 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Exemplo 3.4.
-1 1
-1
-1 1
[3] Seja R a região limitada pelo gráfico de y = sen(x) para x ∈ [0, π] e o eixo dos x.
116 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
1 2
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Fazendo girar a região R ao redor dos eixo dos x , obtemos um sólido de revolução S.
Considere a seguinte partição do intervalo [a, b]:
f(x)
Ri
a x ci xi b
i−1
Figura 3.40:
Ri Rj
Ci Cj
∆x i
∆xj
Figura 3.41:
n
X Z b
2
V (S) = lim π f (ci ) ∆xi = π f (x)2 dx,
|∆xi |→0 a
i=1
se o limite existe.
É possível demonstrar que este limite sempre existe e é independente das escolhas
feitas.
O fato de que o integrando f (x)2 ≥ 0, implica em que seja válida a mesma fórmula
para ambos os casos.
Proposição 3.1. Sejam f : [a, b] −→ R uma função contínua tal que f (x) ≥ 0 em [a, b] e
a região:
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Z b
V (S) = π f (x)2 dx
a
Em geral, este processo, pode ser feito para qualquer região limitada pelos gráficos de
funções contínuas.
Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas tais que f (x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b]
e a região:
a b
De forma análoga, sejam M, N : [c, d] −→ R funções contínuas tais que M (y) ≥ N (y)
para todo y ∈ [c, d] e a região:
d
11111
00000
N(y)
R M(y)
Z d
M (y)2 − N (y)2 dy
V (S) = π
c
Z d
V (S) = π M (y)2 dy
c
Exemplo 3.5.
[1] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a
região limitada pela curva y = sen(x), x ∈ [0, 2 π] e o eixo dos x.
π 2π
-1
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a
x
região limitada pela curva y = a cosh , x ∈ [−b, b] e o eixo dos x, (a, b > 0).
a
3.6. CÁLCULO DO VOLUME DOS SÓLIDOS 123
Zb
2 x
V (S) = 2 a π cosh2 dx
0 a
a2 π b 2x/a
Z
−2x/a
= e +e + 2 dx
2 0
a2 π
2 b
= 2 b + a senh u.v.
2 a
[3] Calcule o volume do sólido√de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a
região limitada pela curva y = a2 − x2 , −a ≤ x ≤ a e o eixo dos x.
Z √
a
4 π a3
V (S) = π [ a2 − x2 ]2 dx = u.v.
−a 3
[4] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a
região limitada pelos gráficos de 4 y = 13 − x2 e 2 y = x + 5.
1
13 − x2 2
Z
x + 5 2
V (S) = π [ ] −[ ] dx
−3 4 2
Z 1
π
= [69 − 30 x2 + x4 − 40 x] dx
16 −3
64 π
= u.v.
5
3.6. CÁLCULO DO VOLUME DOS SÓLIDOS 125
[5] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a
região limitada pelo gráfico de (x − b)2 + y 2 = a2 , 0 < a < b.
a b
a
−a
p p
Sejam M (y) = b + a2 − y 2 e N (y) = b − a2 − y 2 . Os limites de integração são y = −a
e y = a; então:
Z a 2 2
Z a p
V (S) = π M (y) − N (y) dy = 4 b π a2 − y 2 dy.
−a −a
Z a p
Note que 2 a2 − y 2 dy é a área da região limitada por um círculo de raio a; logo,
−a
V (S) = 2 π 2 a2 b. A superfície de revolução obtida é chamada toro.
[6] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a
região limitada pelo gráfico de y = ex , −1 ≤ x ≤ 1 e o eixo dos x.
1
π (e2 − e−2 )
Z
V (S) = π e2x dx = u.v.
−1 2
Exemplo 3.6.
1 2
-1
1 2
-1 1 2
Z 2 Z 2
2 2 2
19 56 π
V (S) = π 5 dx − (x + 1) dx = π 25 − = u.v.
1 1 3 3
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno da reta x = −1 a
y2
região limitada pelo gráfico de x = + 1 e pelas retas y = ±2.
2
Z 2
y2 2
V (S) = π + 1 − (−1) dy
−2 2
Z 2
π
= [y 2 + 4]2 dy
4 −2
2
2 y 3 y 5
= π 4y + +
3 20 −2
448 π
= u.v.
15
4 6
Z 4 1 2
( y − 6)2 − (4 − 6)2 dy
V (S) = π
−4 4
Z 4
π 4
y − 48 y 2 + 512 dy
=
16 −4
768 π
= u.v.
5
3.8. MÉTODO DAS ARRUELAS 129
√ 2
[4] Determine o valor de a > 0 tal que se a região limitada pelas curvas y = 1 + x ex ,
y = 1 e x = a, girar em torno da reta y = 1, o sólido gerado tenha volume igual a 2 π.
Para obter a, devemos resolver a equação:
Z a
2
2π = π x e2 x dx (∗).
0
2 a2 2
e2 a − 1
Z
1 u
2= e du = ,
4 0 4
2
p
donde 9 = e2 a e a = ln(3).
R = {(x, y) / 0 ≤ a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}.
Fazendo girar a região R ao redor dos eixo dos y , obtemos um sólido de revolução S.
Se a > 0, o sólido possui um espaço vazio internamente.
130 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
y=f(x)
x
a b
Figura 3.57:
Ri
Figura 3.58:
3.8. MÉTODO DAS ARRUELAS 131
se o limite existe.
É possível demonstrar que este limite sempre existe e é independente das escolhas fei-
tas. Em geral, este processo pode ser feito para qualquer região limitada pelos gráficos
de funções contínuas.
Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas tais que f (x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b],
a ≥ 0 e a região R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, g(x) ≤ y ≤ f (x)}.
a b
Exemplo 3.7.
[1] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a
região limitada pelo gráfico de y = sen(x), 0 ≤ x ≤ π e o eixo dos x.
O volume é:
Z π
V = 2π x sen(x) dx = 2 π 2 u.v.
0
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a
π
região limitada pela curva y = cos(x); ≤ x ≤ 4 π e o eixo dos x.
2
O volume é V = 2 π V1 , onde:
3π 5π 7π
Z
2
Z
2
Z
2
Z 4π
V1 = − x cos(x) dx + x cos(x) dx − x cos(x) dx + x cos(x) dx.
π 3π 5π 7π
2 2 2 2
Z
Como x cos(x) dx = cos(x) + x sen(x) + c, então:
31 π
V = 2 π (1 + ) u. v.
2
[3] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a
região limitada pelas curvas y = 1 − x6 e y = x4 − 1, 0 ≤ x ≤ 1.
Z 1
17 π
V = 2π x (2 − x6 − x4 ) dx = u.v.
0 12
[4] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a
região limitada pela curva y = (x − 1)2 , 0 ≤ x ≤ 2 e o eixo dos x.
134 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Z 2
4π
V = 2π x (x − 1)2 dx = u.v.
0 3
p
(x2 − x1 )2 + (f (x2 ) − f (x1 ))2 .
Generalizando esta idéia para o gráfico da função contínua f , fazemos uma partição
de ordem n do intervalo [a, b]:
Q i-1
Q
n
Q
0 Q
i
Q
1
a=x 0 x i-1 xi b= x n
Figura 3.64:
Ligando cada Qi−1 a Qi (1 ≤ i ≤ n) por um segmento de reta, obtemos uma linha po-
ligonal formada pela reunião dos segmentos de reta. Como sabemos calcular o com-
primento de cada segmento de reta, sabemos calcular o comprimento da poligonal.
Intuitivamente, o comprimento da poligonal é bastante próximo do comprimento do
arco da curva; então:
n
X p
Ln = (xi − xi−1 )2 + (f (xi ) − f (xi−1 ))2
i=1
é o comprimento da poligonal.
Aplicando o Teorema do Valor Médio a f em cada subintervalo [xi−1 , xi ], vemos que
existe ci ∈ (xi−1 , xi ) tal que f (xi ) − f (xi−1 ) = f 0 (ci ) (xi − xi−1 ), para cada i de 1 até n;
logo,
n
X n
X
p p
Ln = 2 0 2
(xi − xi−1 ) + (f (ci )(xi − xi−1 )) = 1 + (f 0 (ci ))2 (xi − xi−1 )
i=1 i=1
Xn
p
= 1 + (f 0 (ci ))2 ∆xi ,
i=1
Se f 0 (x) é uma função contínua em [a, b], é possível provar que o limite anterior sempre
existe e é igual a L, para qualquer escolha da partição e dos ci . Em tal caso, temos que:
Z bp
L= 1 + (f 0 (x))2 dx
a
Se a curva é o gráfico de uma função x = g(y) definida no intervalo [c, d], com as
hipóteses anteriores, temos que:
d
g(y)
Figura 3.65:
Z d p
L= 1 + (g 0 (y))2 dy
c
Exemplo 3.8.
√
3
[1] Calcule o comprimento de arco da curva y = x2 entre os pontos (8, 4) e (27, 9).
Temos que:
3.9. COMPRIMENTO DE ARCO 137
-20 -10 10 20
Então:
p 2
√
3 2 p 9 x3 + 4
0
f (x) = x2 , f (x) = √ e 1 + (f 0 (x))2 = √ ;
3 3x 3 3x
logo:
p 2
Z 27
1 9 x3 + 4
L= √ dx.
3 8
3
x
√
3 6
Seja u = 9 x2 + 4; logo, du = √ dx.
3
x
1
Z 85 √ 5 √ √
L= u du = (17 85 − 16 10) u.c.
18 40 27
x4 1
[2] Calcule o comprimento de arco da curva y = + tal que 1 ≤ x ≤ 2.
4 8 x2
138 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Primeiramente:
1 1 2 p 1
y 0 = f 0 (x) = x3 − 3
; logo, 1 + (y 0 2
) = (x 3
+ 3
) e 1 + (y 0 )2 = x3 + ; então:
4x 4x 4 x3
Z 2 2
3 1 2 x6 − 1 123
L= x + 3
dx = 2
= u.c.
1 4x 8x
1 32
x
[3] Calcule o comprimento de arco da catenária y = a cosh no intervalo [−b, b], tal
a
que (a, b > 0).
0.3
0.2
0.1
-0.5 0.5
-0.1
-0.2
-0.3
1. ln(1) = 0 1
4. [ln(x)]0 =
x
2. ln(x) < 0 se 0 < x < 1
3. ln(x) > 0 se x > 1 5. A função logarítmica é crescente.
1 1
Fazendo t = x s, tem-se, dt = x ds e:
Z xy Z y
dt ds
= = ln(y).
x t 1 s
Z xα
α dt
ln(x ) = .
1 t
3.12. TRABALHO 141
x
4. Em particular, ln y
= ln(x) − ln(y); x, y > 0.
x
= ln x y −1 = ln(x) + ln(y −1 ) = ln(x) − ln(y).
ln
y
3.12 Trabalho
Consideremos uma partícula de massa m que se desloca ao longo de uma reta sob a
influência de uma força F .
Da segunda lei de Newton, sabemos que F é dada pelo produto da massa pela sua
aceleração a: F = m × a. Se a aceleração é constante, então a força também é constante.
O trabalho W realizado pela partícula para deslocar-se ao longo de uma reta, percor-
rendo uma distância d é dado pelo produto da força pela distância: W = F × d, W
medido em J (Joule).
Se uma força variável y = f (x) (f função contínua ) atua sobre um objeto situado no
ponto x do eixo dos x, o trabalho realizado por esta força quando o objeto se desloca
de a até b ao longo deste eixo, é dado por:
Z b
W = f (x) dx
a
W medido em J (Joule).
De fato, suponhamos que a partícula desloca-se ao longo do eixo dos x de x = a até
x = b. Consideremos a função contínua:
f : [a, b] −→ R.
142 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Subdividamos o intervalo [a, b] efetuando uma partição de ordem n tal que os subin-
tervalos [xi−1 , xi ] tem o mesmo comprimento ∆x = xi − xi−1 , para 1 ≤ i ≤ n. Seja
ci ∈ [xi−1 , xi ]; a força no ponto ci é f (ci ). Se ∆x → 0, a função contínua f restrita ao
subintervalo [xi−1 , xi ] é quase constante (varia muito pouco); então o trabalho Wi rea-
lizado pela partícula para mover-se de xi−1 até xi é: Wi ∼ = f (ci ) × ∆x e o trabalho total
Wn , é:
n
Wn ∼
X
= f (ci ) ∆x.
i=1
É possível provar, com rigor matemático, que o seguinte limite sempre existe e é igual
ao trabalho W realizado pela partícula:
n
X
W = lim Wn = lim f (ci ) ∆x.
n→+∞ ∆x→0
i=1
E mais ainda, este limite não depende da escolha da partição do intervalo ou da escolha
dos pontos ci .
Exemplo 3.9.
[1] Uma partícula é localizada a uma distância de x cm da origem. Uma força de (x4 +
2 x3 + 3 x2 ) N age sobre a partícula quando a mesma se move de x = 1 até x = 2. Qual
é o trabalho realizado pela partícula para deslocar-se?
Z 2
4 207
x + 2 x3 + 3 x2 dx =
W = J.
1 10
[2] Qual é o trabalho realizado ao se esticar uma mola em 8 cm sabendo que a força de
1 N a estica em 1 cm? (N =Newton)
De acordo com a lei de Hooke, a força de y N que estica em x m a mola é dada por
y = k x, onde k é uma constante. Como x = 0.01 m e y N = 1 N , temos k = 100 e
y = 100 x. O trabalho realizado será:
Z 0.08
W = 100 x dx = 0.32 J.
0
[3] Energia Cinética: O trabalho realizado por uma força f atuando sobre uma partícula
de massa m que se move de x1 até x2 é W . Usando a segunda lei de Newton, a regra da
cadeia e considerando que v1 e v2 são as velocidades da partículas em x1 e x2 , obtemos:
Z x2 v
m v 2 2 m (v22 − v12 )
W = f (x) dx = = ,
x1 2 v1 2
3.13. EXERCÍCIOS 143
dv dv
pois, f = m a = m = mv .
dt dx
A expressão:
m v2
2
é chamada energia cinética do corpo em movimento com velocidade v. Logo, o traba-
lho realizado por uma força f é igual à variação da energia cinética do corpo e o cálculo
desta variação dará o trabalho realizado.
Qualquer fenômeno que possa ser estudado utilizando partições pode ser modelado
por integrais definidas. Outras aplicações da integral definida podem ser encontradas
nos exercícios.
3.13 Exercícios
Áreas
Calcule a área sob o gráfico de y = f (x) entre x = a e x = b, esboçando cada região, se:
2. f (x) = x3 − x, x = −1, x = 1 5
9. f (x) = √ , x = 0, x = 5
x+2
3. f (x) = x3 − 4 x2 + 3 x, x = 0, x = 2 √
10. f (x) = x 4 x2 + 1, x = 0, x = 2
x − x3
4. f (x) = , x = −1, x = 1 11. f (x) = |x|, x = −2, x = 6
3
5. f (x) = ln(x), x = 1, x = e 12. f (x) = (x + 1)3 + 1, x = −2, x = 0
5 4. x = y 2 , y = x + 3, y = −2, y = 3
1. y = x2 , y = 2x +
4
2. y = −x2 − 4, y = −8 5. y 3 = x, y = x
3. y = 5 − x2 , y = x + 3 6. y = −x2 − 1, y = −2x − 4
144 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
7. x = y 2 + 1, y + x = 7 15. y = x2 + 1, y = x + 1
8. y = 4 − x2 , y = x2 − 14 16. y = x2 , y = −x + 2
√ 17. y = |x|, y = (x + 1)2 − 7, x = −4
9. y = x3 , y = 3 x
1 − x2
10. y = e o eixo dos x
1 + x2
p
11. x − 4y 2 − y 4 = 0 e o eixo dos y
3.13. EXERCÍCIOS 145
1
12. y = , x = 1, x = 2
(2x + 1)2
1
13. y = √ , x = 0, x = 4
2x + 1
14. y = e−x , y = x + 1, x = −1
√
15. y = e−x , y = x + 1, x = 1
16. y = ex , y = 10x , y = e
17. y = −x3 + 2 x2 + 3 x, y = −5 x
18. x2 y = 3, 4 x + 3 y − 13 = 0
19. x = y (y − 3)2 , x = 0
20. y = x4 − 3 x2 , y = x2
21. x = 1 − y 2 , x = y 2 − 1
26. x = 3 y, x + y = 0 e 7 x + 3 y = 24
8
27. x2 = 4 y, y =
x2 +4
Volumes de Revolução
Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação, em torno do eixo dos
x, da região limitada pelas seguintes curvas:
1. y = x + 1, x = 0, x = 2, y = 0
2. y = x2 + 1, x = 0, y = 0, x = 2
3. y = x2 , y = x3
π
4. y = cos(x), y = sen(x), x = 0, x = 4
146 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
5. x + y = 8, x = 0, y = 0
6. y = x4 , y = 1, x = 0
7. x y = 1, x = 2, y = 3
8. x2 = y 3 e x3 = y 2
9. y = cos(2 x), 0 ≤ x ≤ π
10. y = x ex , y = 0 e x = 1
18. y = x2 + 1, x = 0 e x = 2
19. y 2 = x, x = 2 y
√
20. y = x2 + 1, x = 0 e x = 2
√
21. y = 4 4 − x2 , x = 0 e x = 1
22. 2 x + y = 2 e o eixo do
23. y = ex , 1 ≤ x ≤ 2; a reta y = 1
24. y = x4 , y = 1; a reta y = 2
3.13. EXERCÍCIOS 147
√
25. y = x, y = 1 a reta y = 1
27. y = 2 x − x2 ; a reta y = 0
28. y = 4 − x2 , y = 2; a reta y = 2
√
29. y = x, y = 0 e x = 9; a reta x = 9
Comprimento de Arco
Calcule os comprimentos de arco da seguintes curvas, entre os pontos indicados:
20. y = arcsen(e−x ) de x = 0 a x = 1
Logaritmo
Z x−1
du
1. Verifique que: ln(x) = .
0 u+1
2. Verifique que:
(x − 1)4
com E(x) = |ln(x) − L(x)| ≤ . Equivalentemente, L(x) aproxima ln(x) superi-
4
(x − 1)4
ormente, com erro E(x) não superior a .
4
5. Calcule aproximadamente ln(1.2) e E(1.2).
6. Repita os exercícios 2, 3, 4 e 5 escrevendo:
3.13. EXERCÍCIOS 149
1 u5
= 1 − u + u2 − u3 + u4 − .
u+1 u+1
Trabalho
1. Uma partícula move-se ao longo do eixo dos x do ponto a até o ponto b sob a
ação de uma força f (x), dada. Determine o trabalho realizado, sendo:
(a) f (x) = x3 + 2 x2 + 6 x − 1; a = 1, b = 2
(b) f (x) = 8 + 2 x − x2 ; a = 0, b = 3
x
(c) f (x) = (1+x2 )2
; a = 1, b = 2
2. Uma bola de ferro é atraída por um imã com uma força de 12 x−2 N quando a bola
está a x metros do imã. Qual o trabalho realizado para empurrá-la no sentido
contrário ao do imã, do ponto onde x = 2 ao ponto onde x = 6?
3. Uma partícula está localizada a uma distância de x metros da origem. Uma força
de (x2 + 2 x) N é aplicada sobre a partícula. Qual é o trabalho realizado para
mover a partícula de x = 1 até x = 3?
4. Sobre uma partícula que se desloca sobre o eixo dos x atua uma força cuja com-
ponente na direção do deslocamento é f (x) = x22 . Calcule o trabalho realizado
pela força quando a partícula se desloca de x = 1 até x = 2.
5. Uma mola tem comprimento de 25 cm e uma força de 54 N a estica 1.5 cm. Qual
é o trabalho realizado para esticar a mola de 25 cm a 45 cm?
150 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
6. Um imã atrai uma bola de ferro com uma força de f (x) = x152 N quando a bola
está a x metros do imã. Calcule o trabalho realizado para empurrá-la no sentido
contrário ao do imã de um ponto onde x = 3 a um ponto onde x = 5.
Figura 3.71:
Z V2
W = P dV.
V1
Figura 3.72:
π
(a) y = x, y = x2 (c) y = cos(2 x), y = 0 e x = ±
4
(b) y = 3 x + 5, y = 0, x = −1 e x = 2
152 CAPÍTULO 3. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Capítulo 4
INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
4.1 Introdução
Na definição de integral definida, consideramos a função integranda contínua num
intervalo fechado e limitado. Agora, estenderemos esta definição para os seguintes
casos:
Funções definidas em intervalos do tipo:
Observação 4.1.
As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias. As integrais impró-
prias são de grande utilidade em diversos ramos da Matemática como por exemplo, na
solução de equações diferenciais ordinárias via transformadas de Laplace e no estudo
das probabilidades, em Estatística.
f : [1, +∞) −→ R
1
x −→ 2 .
x
153
154 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
e o eixo dos x.
Primeiramente note que a região R é ilimitada e não é claro o significado de "área"de
uma tal região.
1
Figura 4.1: Gráfico de y = x2
, x≥1
1
Seja Rb a região determinada pelo gráfico de y = e 1 ≤ x ≤ b, acima do eixo dos x.
x2
1
1
Figura 4.2: Gráfico de y = x2
, 1≤x≤b
A área de Rb é:
Z b
dx 1 b 1
A(Rb ) = 2
= − 1 = 1 − .
1 x x b
4.2. INTEGRAIS DEFINIDAS EM INTERVALOS ILIMITADOS 155
É intuitivo que para valores de b, muito grandes, a área da região limitada Rb é uma
boa aproximação da área da região ilimitada R. Isto nos induz a escrever:
Definição 4.1.
Z +∞ Z b
f (x) dx = lim f (x) dx
a b→+∞ a
Z b Z b
f (x) dx = lim f (x) dx
−∞ a→−∞ a
Z +∞ Z 0 Z b
f (x) dx = lim f (x) dx + lim f (x) dx
−∞ a→−∞ a b→+∞ 0
Se nas definições anteriores os limites existirem, as integrais impróprias são ditas con-
vergentes; caso contrário são ditas divergentes.
156 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Exemplo 4.1.
Z +∞
[3] e−x dx.
−∞
Z +∞ Z 0 Z b
−x −x
e dx = lim e dx + lim e−x dx
−∞ a→−∞ a b→+∞ 0
0
−x
= lim (−e ) + 1 = +∞
a→−∞
a
Z +∞
x dx
[4] .
−∞ (x2 + 1)2
4.2. INTEGRAIS DEFINIDAS EM INTERVALOS ILIMITADOS 157
Então,
Z +∞ Z 0 Z b
x dx x dx x dx
= lim + lim = 0.
−∞ (x + 1)2 a→−∞
2
a (x + 1)2 b→+∞
2
0 (x2+ 1)2
+∞ b b
2−x
Z Z
dx dx 1
A(R) = = lim = lim − = u.a.
0 2x b→+∞ 0 2x b→+∞ ln(2) 0 ln(2)
Z +∞
dx
[6] Seja p ∈ R. Calcule .
1 xp
1. Se p 6= 0, então:
Z b
dx 1
p
= (b1−p − 1).
1 x 1−p
Z +∞
dx 1
p
= .
1 x p−1
2. Se p = 1, temos:
Z +∞ Z b
dx dx
= lim = lim ln(b) = ∞.
1 x b→+∞ 1 x b→+∞
3. Logo, em geral:
+∞
dx ∞ se p ≤ 1
Z
= 1
1 xp se p > 1.
p−1
1
[7] Calcule a área da região limitada por f (x) = e o eixo dos x.
x2 +1
1
Figura 4.5: Gráfico de f (x) = x2 +1
4.2. INTEGRAIS DEFINIDAS EM INTERVALOS ILIMITADOS 159
Z +∞ Z 0 Z +∞
dx dx dx
A= 2
= 2
+
−∞ x + 1 −∞ x + 1 0 x2 + 1
Z 0 Z b
dx dx
= lim 2
+ lim 2
.
b→−∞ b x + 1 b→+∞ 0 x + 1
+∞
x2
Z
V =π 2 2
dx
−∞ (x + 1)
0 Z +∞
x2 x2
Z
= 2 2
dx + dx
−∞ (x + 1) 0 (x2 + 1)2
π2
= u.v.
2
Observação 4.2. Muitas vezes não é possível calcular o valor exato de uma integral
imprópria, mas, podemos indagar se uma integral imprópria converge ou diverge.
160 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Proposição 4.1. Sejam f e g funções integráveis em [a, +∞) tais que f (x) ≥ g(x) > 0
para todo x ≥ a.
Z +∞
R +∞
1. Se f (x) dx converge, então a g(x) dx converge.
a
Z +∞ Z +∞
2. Se g(x) dx diverge, então f (x) dx diverge.
a a
A prova, segue diretamente das definições. Seja f (x) ≥ 0, para todo x ≥ a. Para
mostrar a convergência da integral de f , é preciso que f seja menor que uma função
cuja integral converge. Para mostrar a divergência da integral de f , é preciso que f seja
maior que uma função cuja integral diverge.
Exemplo 4.2.
Z +∞
sen(x) + 2
[1] Analise a convergência da integral: √ dx.
1 x
Considere a seguinte desigualdade:
1 −1 + 2 sen(x) + 2
√ = √ ≤ √ .
x x x
Z +∞
2
Por outro lado: √ dx diverge; logo, pela proposição, parte 2, temos que a inte-
1 x
gral dada diverge.
Z +∞
2
[2] Analise a convergência da integral e−x dx.
1
1 1
Claramente 2 ≤ , para todo x ≥ 1; então, como
ex ex
Z +∞
1
e−x dx = lim (−e−b + e−1 ) = ,
1 b→+∞ e
Γ(x + 1) = x Γ(x).
Se n ∈ N, temos que:
Como:
Z +∞
Γ(1) = e−t dt = 1.
0
Γ(n + 1) = n!
Se ν ∈ R, temos que:
Γ(n + ν + 1) = (n + ν) Γ(n + ν)
= (n + ν) (n + ν − 1) Γ(n + ν − 1)
..
.
= (n + ν) (n + ν − 1) (n + ν − 2) . . . . . . (ν + 1) Γ(ν + 1).
162 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
1
Γ(x) = Γ(x + 1).
x
Definamos primeiramente a função Γ, para −1 < x < 0 por:
1
Γ(x) = Γ(x + 1).
x
Por exemplo:
1 1
Γ(−0.2) = − Γ(−0.2 + 1) = − Γ(0.8).
0.2 0.2
Logo, podemos definir a função Γ, para −2 < x < −1 por:
1
Γ(x) = Γ(x + 1).
x
Por exemplo:
1 1 1 1
Γ(−1.2) = − Γ(−1.2 + 1) = − Γ(−0.2) = Γ(0.8).
1.2 1.2 0.2 1.2
Continuando este processo, podemos definir a função Γ, para x < 0 por:
1
Γ(x) = Γ(x + 1).
x
10
-3 -2 -1 1 2 3
-5
-10
4.4 Transformadas
As transformadas são amplamente utilizadas em diversas áreas da Ciência e Tecnolo-
gia. Por exemplo, achar soluções de Equações Diferenciais Ordinárias, Equações Di-
ferenciais Parcias e Equações Integrais, as quais modelam fenômenos ondulatórios,
economicos, elétricos, de difusão, etc. As transformadas são definidas utilizando in-
tegrais impróprias e são operadores lineares que admitem inversos. Por exemplo, a
transformada de Laplace transforma as equações diferenciais ordinárias em equações
algébricas. A transformada de Fourier transforma diferenciação em multiplicação de
polinômios.
Exemplo 4.3.
[1] Calcule as transformadas de Laplace de f (x) = eα x , x ≥ 0 e α > 0.
Da definição, temos:
Z +∞ Z b
−s x −α x
L(f ) = e e dx = lim e−s x eα x dx
0 x→+∞ 0
−b (s−α)
1−e
= lim
x→+∞ s−α
1
= , s > α.
s−α
164 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
[2] Se f é de classe C 1 (0, +∞) , tal que L(f ) e L(f 0 ) existem para s > k. Determine
L(f 0 ).
Da definição, temos:
Z +∞
0
L(f ) = e−s x f 0 (x) dx,
0
então:
onde f (0+ ) = lim+ f (x). De forma análoga, pode ser verificado que:
x→0
Definição 4.3.
Exemplo 4.4.
Z +∞ Z b
αx
FS (f ) = sen(ω x) e dx = lim sen(ω x) eα x dx
0 x→+∞ 0
−α b
cos(w b) − α e−α b sen(w b)
w−we
= lim
x→+∞ α2 + w 2
w
= 2 .
w + α2
Z +∞ Z b
αx
FC (f ) = cos(ω x) e dx = lim cos(ω x) eα x dx
0 x→+∞ 0
−α b
cos(w b) + w e−α b sen(w b)
αα −e
= lim
x→+∞ α2 + w 2
α
= 2 .
w + α2
Z +∞
0
FC (f ) = cos(w x) f 0 (x) dx,
0
+∞ Z +∞
0
FC (f ) = f (x) cos(w x) +w sen(w x) f (x) dx
0 0
+
= w FS (f ) − f (0 ).
Logo:
FC (f 0 ) = w FS (f ) − f (0+ ).
Analogamente:
FS (f 0 ) = −w FC (f ).
166 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
4.7 Probabilidades
Uma função f : R −→ R positiva e integrável é chamada densidade de probabilidade
se:
Z +∞
f (x) dx = 1
−∞
Z b
P (a ≤ x ≤ b) = f (x) dx
a
Z +∞ Z b
P (a ≤ x) = f (x) dx e P (x ≤ b) = f (x) dx.
a −∞
Z +∞
E(x) = x f (x) dx.
−∞
Z +∞ 2
V (x) = x − E(x) f (x) dx.
−∞
Proposição 4.2.
2
V (x) = E(x2 ) − E(x) .
De fato,
4.8. DISTRIBUIÇÃO UNIFORME 167
Z +∞ 2
V (x) = x − E(x) f (x) dx
−∞
Z+∞ 2 2
= x − 2 xE(x) + E(x) f (x) dx
−∞
Z +∞ Z +∞
2 +∞
Z
2
= x f (x) dx − 2 E(x) x f (x) dx + E(x) f (x) dx
−∞ −∞ −∞
2 +∞
Z
2
2
= E(x ) − 2 E(x) + E(x) f (x) dx
−∞
2
2
= E(x ) − E(x) .
Z +∞
Utilizamos o fato de que f (x) dx = 1.
−∞
A seguir apresentamos as mais conhecidas densidades de probabilidade de distribui-
ção.
Observe que:
Z +∞ Z b
1
f (x) dx = dx = 1.
−∞ b−a a
A variância:
Z b 2
1 a+b (b − a)2
V (x) = x− dx = .
b−a a 2 12
Exemplo 4.5.
[1] Suponha que a v.a.c. tem distribuição uniforme com esperança igual a 4 e a variân-
4
cia igual . Determine P (x ≤ 4) e P (3 ≤ x ≤ 4).
3
a+b (b − a)2 4
Sabemos que E(x) = = 4 e V (x) = = , logo:
2 12 3
(
a+b =8
b − a = 4.
Donde a = 2 e b = 6. Então:
Z 4
dx 1
P (x ≤ 4) = = =⇒ 50
2 4 2
Z 4
dx 1
P (3 ≤ x ≤ 4) = = =⇒ 25%.
3 4 4
[2] Um atacadista vende entre 100 e 200 toneladas de grãos, com distribuição uniforme
de probabilidade. Sabe-se que o ponto de equilíbrio para esta operação corresponde a
uma venda de 130 toneladas. Determine a esperança, a variância e a probabilidade de
que o comerciante tenha um prejuízo em um determinado dia.
Note que a = 100 e b = 200, então:
Como o equilíbrio (não se perde nem se ganha) acontece quando vende 130 toneladas,
devemos calcular:
Z 130
dx 30
P (x < 130) = = = 0.3.
100 100 100
α > 0.
Z +∞ Z +∞
f (x) dx = α e−αx dx
−∞ 0
Z b
= α lim e−αx dx = lim (1 − e−αb )
b→+∞ 0 b→+∞
= 1.
170 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Exemplo 4.6.
[1] Para determinado tipo de baterias de telefone celular, a função de densidade de
probabilidade dara que x horas seja o tempo de vida útil de uma bateria escolhida
aleatoriamente é:
−x/20
e
se x ≥ 0
f (x) = 20
0 se x < 0.
15
e−x/20
Z
P (10 ≤ x ≤ 15) = dx = 0.134 ∼
= 13.4
10 20
Z +∞ −x/20
e
P (x ≥ 50) = dx = 0.082 ∼
= 8.2%.
50 20
Determinemos a esperança e a variância:
4.10. DISTRIBUIÇÃO NORMAL OU GAUSSIANA 171
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
10 20 30 40 50 60
[2] O tempo de espera entre o pedido de atendimento num banco é uma v.a.c. com
distribuição exponencial com média igual a 10 minutos. Determine a probabilidade do
tempo de espera superior a 10 minutos. Ache a esperança e a variância.
Note que:
(
0.1 e−0.1x se x≥0
f (x) =
0 se x < 0.
Logo:
Z +∞
P (10 ≤ x) = 0.1 e−0.1x = e−1 ∼
= 0.368 = 36.8
10
e:
1 2 2
f (x) = √ e−(x−µ) /2 σ , −∞ < x < +∞,
σ 2π
onde µ ≥ 0 e σ > 0.
A constante µ é dita média e σ é dito desvio padrão. A verificação de que esta função
é uma densidade de probabilidade, fica fora dos objetivos do texto, pois é necessário
utilizar integração em várias variáveis. Por enquanto ficaremos com o seguinte resul-
tado:
Z +∞ r
2 π (b2 −4ac)/4a
e−(ax +bx+c) dx = e .
−∞ a
Para ver a prova deste fato, veja o VOLUME II dos mesmos autores. Logo, temos:
Z +∞ Z +∞
1 2 2
f (x) dx = √ e−(x−µ) /2 σ dx = 1,
−∞ σ 2 π −∞
A variância:
Z +∞
1 2 2 2
x − µ e−(x−µ) /2 σ dx = σ 2 .
V (x) = √
σ 2π −∞
4.11. DISTRIBUIÇÃO GAMA 173
Devido a complexidade da integral envolvida nos cálculos que devem ser feitos quan-
do é utilizada a distribuição normal, os estatísticos criaram uma tabela, única, da cha-
mada distribuição normal padrão; isto é, se σ = 1 e µ = 0.
É possível provar que qualquer distribuição normal pode ser transformada numa dis-
tribuição normal padrão, fazendo a mudança:
x−µ
z= .
σ
µ − x
Z
1 2 2 1
√ e−(x−µ) /2 σ dx = − erf √ .
σ 2π 2 2σ
Exemplo 4.7.
[1] Um certo tipo de bateria de celular tem em média, duração de 3 anos com desvio
standard σ = 0.5. Se a duração das baterias é normalmente distribuida, determine a
probabilidade de que uma bateria dure menos que 2.3 anos.
2
σ = 0.5 e µ = 3, então f (x) = 0.797885 e−2 (−3+x) :
Z 2.3
P (x < 2.3) = f (x) dx = 0.0807567.
0
[2] Numa prova para concurso, a média das notas foi de 82 com desvio standard σ = 5.
O número de pessoas que obtiveram notas entre 88 e 94 foi 8; determine o número de
pessoas presente na prova.
2
σ = 5 e µ = 82, então f (x) = 0.0797885 e−0.02(−82+x) . Supondo que as notas são núme-
ros inteiros:
Z 94.5
P (87.5 < x < 94.5) = f (x) dx = 0.129456.
87.5
Logo, as 8 pessoas que obtiveram notas entre 88 e 94 representam 12.95% dos alunos;
então o total de alunos é aproximadamente, 62.
tempo de espera numa fila de banco ou para analisar o tempo de permanência de pa-
cientes num hospital.
A função de densidade de probabilidade Gama, de parametros λ > 0 e ν ∈ R, é defi-
nida por:
ν
λ e−λ x xν−1 se x > 0
f (x) = Γ(ν)
0 outro caso.
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
2 4 6 8 10
t
De fato, fazendo t = λ x, então dt = λ dx e x = ; logo:
λ
4.11. DISTRIBUIÇÃO GAMA 175
+∞ +∞
λν
Z Z
−λ x 1 Γ(ν + 1) ν Γ(ν) ν
E(x) = e ν
x dx = e−t tν dt = = = .
Γ(ν) 0 λ Γ(ν) 0 λ Γ(ν) λ Γ(ν) λ
Analogamente:
ν
V (x) = .
λ2
Exemplo 4.8.
0.30
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
Z 1
P (x < 1) = 16 e−2 x x3 dx ∼
= 0.212449.
0
176 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
5 10 15 20 25 30
ν 7.81
(a) Sabemos que E(x) = = = 9.64198; o tempo médio de sobrevivência é 10
λ 0.81
anos.
(b) Z 10
P (x < 10) = 0.0000559896 e−0.81 x x6.81 dx ∼
= 0.587755.
0
É de quase 60%.
ν ∈ R. Verifiquemos que:
Z +∞ Z +∞ Z +∞
1
f (x) dx = f (x) dx = ν/2 e−x/2 x(ν/2) −1 dx = 1.
−∞ 0 2 Γ(ν/2) 0
Determinemos a integral:
Z +∞
e−x/2 x(ν/2) −1 dx,
0
x
fazendo u = , logo 2 du = dx e:
2
Z +∞ Z +∞
−x/2 (ν/2) −1 (ν/2) −1 ν
e x dx = 2 · 2 e−u u(ν/2) −1 du = 2(ν/2) Γ .
0 0 2
0.20
0.15
0.10
0.05
2 4 6 8
E(x) = ν e V (x) = 2 ν.
f : (0, 9] −→ R
1
x −→ √ .
x
e o eixo dos x.
Notamos que a região R é ilimitada pois a função f nem é definida no ponto x = 0.
1
Seja Rε a região determinada pelo gráfico de y = √ e ε ≤ x ≤ 9, ε > 0 pequeno.
x
A área de Rε é:
9 √ 9 √
Z
dx
A(Rε ) = √ = 2 x = 6 − 2 ε u.a.
ε x ε
É intuitivo que para valores de ε muito pequenos, a área da região limitada Rε é uma
boa aproximação da área da região ilimitada R.
Isto nos induz a escrever:
Z 9 √
dx
A(R) = lim+ A(Rε ) = lim+ √ = lim 6 − 2 ε = 6 u.a.
ε→0 ε→0 ε x ε→0+
Z 9
dx
√ é um exemplo de integral imprópria com integrando ilimitado.
0 x
Motivados pelo raciocínio anterior, temos as seguintes definições:
Definição 4.4.
Z b Z b
f (x) dx = lim+ f (x) dx
a ε→a ε
Z b Z ε
f (x) dx = lim− f (x) dx
a ε→b a
y=f(x)
+ −
a b
Figura 4.19:
180 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
3. Se f é uma função integrável em [a, b] exceto em c tal que a < c < b, então:
Z b Z c Z b Z ε Z b
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx = lim− f (x) dx + lim+ f (x) dx
a a c ε→c a ε→c ε
Se nas definições anteriores os limites existirem, as integrais impróprias são ditas con-
vergentes; caso contrário, são ditas divergentes.
Exemplo 4.9.
Calcule as seguintes integrais impróprias:
Z π
2 cos(x)
[1] p dx.
0 sen(x) Z Z
cos(x) du p
Fazendo u = sen(x) temos: p = √ = 2 sen(x). Logo,
sen(x) u
Z π π
2 cos(x) p 2 p
p dx = lim+ 2 sen(x) = lim+ (2 − 2 sen(ε)) = 2.
0 sen(x) ε→0 ε ε→0
Z 2
dx
[2] √ .
0 4 − x2
Z 2 Z ε ε
dx dx x ε π
√ = lim− √ = lim− arcsen( ) = lim− (arcsen( )) = .
0 4 − x2 ε→2 0 4 − x2 ε→2 2 0 ε→2 2 2
Z 1
dx
[3] √
3
.
−4 x+2
Observe que a função integranda não é definida em −2 ∈ [−4, 1].
Z 1 Z ε Z 1
dx dx dx
√
3
= lim− √
3
+ lim + √3
−4 x + 2 ε→−2 −4 x + 2 ε→−2 ε x+2
ε 1
3 2 3 2
= lim (x + 2) 3 + lim + (x + 2) 3
2 ε→−2− −4 2 ε→−2 ε
3 √
3 2 √3 2
= lim (− 4 + ε 3 ) + lim + ( 9 − ε 3 )
2 ε→−2− ε2 →−2
3 √3
√3
= ( 9 − 4).
2
√
3
p √3
[4] Calcule o comprimento da astróide x2 + 3 y 2 = a2 , a > 0.
4.13. INTEGRAIS DE FUNÇÕES DESCONTÍNUAS 181
A curva não é diferenciável nos pontos de interseção com os eixos coordenados; pela
simetria, calcularemos o comprimento da curva no primeiro quadrante e multiplicare-
mos o resultado por 4.
√
3
p √
3
Derivando implicitamente a equação da astróide x2 + 3
y2 = a2 em relação a x:
√
3 y
√
0
p
0
3
a
y = −√ ; então, 1 + (y ) = √
2 .
3
x 3
x
√
3
p √
3
Na última igualdade usamos o fato de que x2 + 3 y 2 = a2 ; logo,
a a 2 2
√ √ √ 3 (a 3 − ε 3 )
Z Z
dx dx
L=4 3a √ = 4 3
a lim+ √ = 4 3
a lim = 6 a u.c.
0
3
x ε→0 ε
3
x ε→0+ 2
1
[5] Calcule a área limitada por f (x) = √ , e pelas retas x = 2 e x = 5. a > 0.
x−2
182 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
2 5
5
Z 5
dx
Z 5
dx √ √
A= √ = lim √ = 2 lim+ x − 2 = 2 3 u.a.
2 x − 2 ε→2+ ε x−2 ε→2 ε
Numa integral imprópria com limite superior infinito e cuja função integranda não é
definida no limite inferior, procedemos assim: Se f é integrável em (a, +∞) então
Z +∞ Z c Z b
f (x) dx = lim+ f (x) dx + lim f (x) dx
a ε→a ε b→+∞ c
Exemplo 4.10.
Z +∞
dx
[1] √ .
2 x x2 − 4
Z +∞ Z 3 Z b
dx dx dx
√ = lim+ √ + lim √
2 x x2 − 4 ε→2 ε x x2 − 4 b→+∞ 3 x x2 − 4
3 b
1 x 1 x
= lim+ arcsec( ) + lim arcsec( )
2 ε→2 2 ε 2 b→+∞ 2 3
3 b
1 2 2
= lim arccos( ) + lim arccos( )
2 ε→2+ x ε b→+∞ x 3
π
= .
4
4.14. EXERCÍCIOS 183
1
[2] Calcule a área da região limitada pelo gráfico de y = √ e o eixo dos x.
x (x + 1)
1
Figura 4.22: Gráfico de f (x) = √
x (x+1)
√
Z
dx
Como √ = 2 arctg( x), então:
x (x + 1)
Z +∞ Z 1 Z b
dx dx dx
√ = lim √ + lim √
0 x (x + 1) ε→0+ ε x (x + 1) b→+∞ 1 x (x + 1)
1
√ √ b
= lim+ 2 arctg( x) + lim 2 arctg( x)
ε→0 b→+∞
ε 1
√ √
π − 4 arctg( ε) 4 arctg( b) − π
= 2 lim+ + lim
ε→0 4 b→+∞ 4
= π u.a.
4.14 Exercícios
1. Calcule as seguintes integrais impróprias, caso sejam convergentes:
Z +∞ Z +∞
dx 2
(a) √ (d) x e−x dx
1 x x 0
Z +∞ Z +∞
dx 2
(b) 2
(e) |x| e−x dx
3 x +9 −∞
Z +∞ Z+∞
dx dx
(c) (f)
0 (x + 1)(x + 2) 2 x ln(x)
184 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Z +∞ Z +∞
cosh(x) dx
(g) dx (p)
0 1 + senh(x) 1 x3 +x
Z 0 Z +∞
−x2
(h) x5 dx (q) e−x sen(x) dx
−∞ 0
0
Z +∞
x
Z
(i) x cosh(x) dx (r) dx
−∞ 1 (x2 + 1)2
+∞
+∞
x3
Z Z
ln(x)
(j) dx (s) dx
1 x 0 1 + x4
+∞ Z +∞
dx
Z
dx
(k) (t)
−∞
2
x +1 e2 x ln3 (x)
Z+∞ Z+∞
(l) sen(t π) e−t dt (u) x sen(x) dx
0 0
Z 1 Z 0
dx dx
(m) (v)
−∞ (2 x − 3)2 −∞ x2 + 1
Z+∞ +∞
x
Z
dx
(n) dx (w) √
−∞ x2 +1 1
3
x2
Z+∞ +∞
dx
Z
dx
(o) 2
(x)
−∞ x + 2x + 5 2 x ln2 (x)
1 1
1
Z
cos(x 3 )
Z
dx
(b) 2 dx (f)
0 x 3
−1 x3
Z 4 Z π
dx dx
(c) √ (g)
0 16 − x2 −π 1 − cos(x)
√
Z 4 − x Z 2
e dx
(d) √ dx (h) √
0 x 0 2 x − x2
4.14. EXERCÍCIOS 185
Z 5 Z −1
dx dx
(i) p (p) √
4
5
(5 − x)2 −2 x x2 − 1
Z 2
Z 2
dx dx
(j) √ (q)
1 x 4 − x2
2 1 x ln2 (x)
Z 2
Z 1
dx dx
(k) √ (r) p
0 1 − x2 1 x ln(x)
3
Z 2r
2+x
Z
dx
(l) (s) dx
0 (x − 1)2 0 2−x
π Z 2
π 1 1
Z
2 dx
(m) (t) 2
sen( ) dx
0 cos(x) 0 x x
Z 1
Z 3
dx dx
(n) √ (u) 3
1 4 x − x2 − 3 0 (1 − x )
Z 1
Z 1
3 x2 + 2 2 dx
(o) √ dx (v) p 3
0 x ln(x)
3
0 x2
Z +∞ Z +∞
−st
(a) e dt (e) e−st senh(t) dt
0 0
Z +∞ Z +∞
(b) e−st sen(t) dt (f) e−st cosh(t) dt
0 0
Z +∞ π
1 − cos(x)
Z
2
−st t
(c) e e dt (g) dx
0 0 xs
+∞ Z π
dx
Z
(d) t2 e−st dt (h)
0 0 (sen(x))s
5. Verifique:
1
(b) Calcule Γ −
2
186 CAPÍTULO 4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
(
a x2 se |x| ≤ 3
6. Seja f (x) = . Determine a de modo que f seja função de
0 se |x| > 3
densidade de probabilidade.
10. Numa fábrica de circuitos impressos, a vida útil desses circuitos tem uma distri-
buição descrita pela densidade de probabilidade f (x) = 0.002 e−0.002x se x ≥ 0,
onde x é medido em horas.
(b) Qual é a probabilidade dos circuitos continuarem funcionando após 600 ho-
ras?
Capítulo 5
APÊNDICE
5.1 Limites
Proposição 5.1. (Unicidade do limite)
Se lim f (x) = L1 e lim f (x) = L2 ; (L1 , L2 ∈ R), então L1 = L2 . Em outras palavras se o
x→b x→b
limite existe (é um número real), ele é único.
ε
Prova: Se lim f (x) = L1 , então para todo > 0 existe δ1 > 0, tal que se 0 < |x − b| < δ1
x→b 2
então |f (x) − L1 | < 2 . Se lim f (x) = L2 , então para todo 2ε > 0 existe δ2 > 0, tal que
ε
x→b
se 0 < |x − b| < δ2 então |f (x) − L2 | < 2ε . Seja δ o menor entre δ1 e δ2 . Em particular,
(b − δ, b + δ) ∩ (A − {b}) 6= φ; logo, existe z ∈ A tal que 0 < |z − b| < δ e
ε ε
|L1 − L2 | = |L1 − f (z) + f (z) − L2 | ≤ |L1 − f (z)| + |f (z) − L2 | < + = ε;
2 2
logo, |L1 − L2 | < ε, para todo ε > 0; consequentemente, L1 = L2 .
Proposição 5.2.
L
1. Se limf (x) = L > 0, então existe δ > 0 tal que f (x) > , para todo x ∈ (b − δ, b +
x→b 2
δ) ∩ A − {b} .
2. Se limf (x) = L < 0, então existe δ > 0 tal que, para todo x ∈ (b−δ, b+δ)∩ A−{b}
x→b
L
tem-se f (x) < .
2
Prova:
187
188 CAPÍTULO 5. APÊNDICE
L
1. Seja ε = ; então, existe δ > 0 tal que para todo x ∈ (b − δ, b + δ) ∩ A − {b} ; logo,
2
L L 3L
|f (x) − L| < ou < f (x) < .
2 2 2
2. Exercício.
Proposição 5.3. Se lim f (x) e lim g(x), existem, então para todo α, β ∈ R:
x→a x→a
1. lim α f (x) + β g(x) = α lim f (x) + β lim g(x).
x→a x→a x→a
2. lim f (x) g(x) = lim f (x) lim g(x) .
x→a x→a x→a
n n
4. lim f (x) = lim f (x) , se n ∈ N.
x→a x→a
p q
n
5. lim f (x) = n lim f (x), se lim f (x) ≥ 0 e n é qualquer natural, ou lim f (x) < 0
x→a x→a x→a x→a
e n é um natural ímpar.
6. lim ln f (x) = ln lim f (x) , se lim f (x) > 0.
x→a x→a x→a
7. Se lim h(x) = lim g(x) = L e existe δ > 0 tal que h(x) ≤ f (x) ≤ g(x), para
x→a x→a
0 < |x − a| < δ, então lim f (x) = L.
x→a
Como lim f (x) = L, dado ε > 0 existe δ1 > 0 tal que |f (x) − L| < ε se 0 < |x − a| < δ1 ;
x→a
logo, |f (x)| < |L| + 1 se 0 < |x − a| < δ1 . Por outro lado também existe δ2 > 0 tal
5.2. FUNÇÕES DERIVÁVEIS 189
ε
que |f (x) − L| < se 0 < |x − a| < δ2 ; analogamente, existe δ3 > 0 tal que
2 (|M | + 1)
ε
|g(x) − M | < . Seja δ um número menor que δ1 , δ2 e δ3 ; então:
2 (|L| + 1)
Teorema 5.1. Seja f (x) uma função com domínio D nas condições das definições. Então
lim f (x) = L se e somente se os limites laterais existem e lim+ f (x) = lim− f (x) = L.
x→a x→a x→a
f (x) − f (x0 )
f 0 (x0 ) = lim .
x→x0 x − x0
Devemos provar que lim f (x) = f (x0 ), o que é equivalente a lim (f (x) − f (x0 )) = 0.
x→x0 x→x0
f (x) − f (x0 )
lim (f (x) − f (x0 )) = lim (x − x0 )
x→x0 x→x0 x − x0
f (x) − f (x0 )
= lim (x − x0 ) lim = 0;
x→x0 x→x0 x − x0
logo, lim f (x) = f (x0 ). A recíproca do teorema é falsa.
x→x0
190 CAPÍTULO 5. APÊNDICE
u
3. Regra do quociente: A função é derivável, e
v
0
u u0 (x) · v(x) − u(x) · v 0 (x)
(x) = se v(x) 6= 0
v (v(x))2
(u · v)(x + t) − (u · v)(x)
(u · v)0 (x) = lim .
t→0 t
logo,
(u · v)(x + t) − (u · v)(x) = u(x + t) · (v(x + t) − v(x)) + v(x) · (u(x + t) − u(x)).
Então:
Teorema 5.3. Regra da Cadeia Sejam f e g funções, tais que g ◦ f esteja bem definida.
Se f é derivável em x e g é derivável em f (x), então g ◦ f é derivável em x e:
f (x) − f (x0 )
f 0 (x0 ) = lim .
x→x0 x − x0
f (x) − f (x0 ) f (x) − f (x0 )
Mais ainda: f 0 (x0 ) = lim+ = lim− .
x→x0 x − x0 x→x0 x − x0
i) Se x → x+ 0
0 , então x − x0 > 0 e f (x) − f (x0 ) ≤ 0, logo f (x0 ) ≤ 0.
Teorema 5.4. (do Valor Médio) Seja f : [a, b] −→ R contínua e derivável em (a, b).
Então existe pelo menos um x0 ∈ (a, b) tal que:
f (b) − f (a)
f 0 (x0 ) =
b−a
Prova: Considere a função
f (b) − f (a)
F (x) = f (x) − f (a) − (x − a) .
b−a
F é contínua em [a, b], derivável em (a, b) e F (a) = F (b):
f (b) − f (a)
F 0 (x) = f 0 (x) − .
b−a
Pelo Teorema de Rolle aplicado a F , existe x0 ∈ (a, b) tal que F 0 (x0 ) = 0; então:
f (b) − f (a)
f 0 (x0 ) = .
b−a
Pelo Teorema de Rolle, existe x0 ∈ (a, b) tal que F 0 (x0 ) = 0. Usando a expressão da
derivada de F obtemos o resultado.
Teorema 5.6. (L’Hôpital) Sejam f e g funções deriváveis num domínio D que pode ser
um intervalo aberto ou uma reunião de intervalos abertos, exceto possivelmente num
ponto a e g(x) 6= 0, para todo x 6= a.
f 0 (x)
1. Se lim f (x) = lim g(x) = 0 e lim = L, então:
x→a x→a x→a g 0 (x)
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0 = L.
x→a g(x) x→a g (x)
f 0 (x)
2. Se lim f (x) = lim g(x) = ∞ e lim = L, então:
x→a x→a x→a g 0 (x)
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0 = L.
x→a g(x) x→a g (x)
194 CAPÍTULO 5. APÊNDICE
f (x) f 0 (x)
Prova: 1. Provaremos que: lim+ = lim+ 0 , o outro caso é analogo. Considere-
x→a g(x) x→a g (x)
mos as funções:
( (
f (x) se x 6= a g(x) se x 6= a
F (x) = e G(x) =
0 se x=a 0 se x = a.
F 0 = f 0 e G0 = g 0 em (a, β). Se x ∈ (a, β); então F e G são contínuas em [a, x]; logo, pelo
teorema do valor médio generalizado, existe x0 ∈ (a, x) tal que:
F (x) F 0 (x0 )
como F (a) = G(a) = 0, temos = 0 se x0 ∈ (a, x). Então:
G(x) G (x0 )
f (x) F (x) F 0 (x0 ) F 0 (x) f 0 (x)
lim+ = lim+ = lim+ 0 = lim+ 0 = lim+ 0 ;
x→a g(x) x→a G(x) x0 →a G (x0 ) x→a G (x) x→a g (x)
pois se x → a+ ; então x0 → a+ .
1 1 1 0 1 1
; então f 0 (x) = −f 0 0
Fazendo t = e g (x) = −g ; logo
x t t2 t t2
1 0 1
f (x) f f 0
lim = lim+ t = lim t = lim f (x) .
x→+∞ g(x) t→0 1 t→0+ 0 1 x→+∞ g 0 (x)
g g
t t
3. |f | é integrável e:
Z b Z b
f (x) dx ≤ f (x) dx.
a a
4. Sejam a < c < b e f uma função integrável em [a, c] e [c, b] respectivamente. Então
f é integrável em [a, b] e:
Z b Z c Z b
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
a a c
Prova: 1. Provaremos que para toda partição P de [a, b] e para todo ci ∈ [xi−1 , xi ]
Xn
teremos que lim α f + β g (ci )∆xi existe. De fato:
|∆xi |→0
i=1
n
X n
X n
X
lim α f + β g (ci )∆xi = lim α f (ci )∆xi + β g(ci )∆xi
|∆xi |→0 |∆xi |→0
i=1 i=1 i=1
n
X n
X
=α lim f (ci )∆xi + β lim g(ci )∆xi
|∆xi |→0 |∆xi |→0
i=1 i=1
Z b Z b
=α f (x) dx + β g(x) dx,
a a
Z b
2. Por 1. provaremos que se h = f − g; então, h(x) dx ≥ 0. Para toda partição P de
a
n
X
[a, b] e para todo ci ∈ [xi−1 , xi ] temos que h(ci ) ≥ 0; logo, h(ci )∆xi ≥ 0 e:
i=1
196 CAPÍTULO 5. APÊNDICE
Z b n
X
h(x) dx = lim h(ci )∆xi ≥ 0.
a |∆xi |→0
i=1
4. Para toda partição P de [a, b] tal que c = xi para algum i; então [a, c] é subdividido
em r subintervalos e [c, b] em n − r subintervalos; logo:
n
X r
X n−r
X
f (ci )∆xi = f (ci )∆xi + f (ci )∆xi .
i=1 i=1 i=r
Então:
Z b n
X r
X n−r
X
f (x) dx = lim f (ci )∆xi = lim f (ci )∆xi + lim f (ci )∆xi ;
a |∆xi |→0 |∆xi |→0 |∆xi |→0
i=1 i=1 i=r
logo:
Z b Z c Z b
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
a a c
Suponha que h > 0. Como f é contínua no intervalo [x, x + h], pelo teorema de Weiers-
trass, existem u, v ∈ [x, x + h] tal que f (u) ≤ f (t) ≤ f (v), então
Z x+h Z x+h Z x+h
f (u) dt ≤ f (t) dt ≤ f (v) dt;
x x x
logo:
Z x+h
h f (u) ≤ f (t) dt ≤ h f (v),
x
5.3. FUNÇÕES INTEGRÁVEIS 197
Z x+h
1
e f (u) ≤ f (t) dt ≤ f (v). Por outro lado, se h → 0, então u → x e v → x, e:
h x
lim f (u) = lim f (u) = f (x), lim f (v) = lim f (v) = f (x),
h→0 u→x h→0 v→x
g(x + h) − g(x)
f (x) ≤ lim ≤ f (x),
h→0 h
donde g 0 (x) = f (x). Analogamente se h < 0.
Corolário 5.1. Se f é uma função integrável em [a, b] e admite uma primitiva F (x) em
[a, b], então:
Z b
f (x) dx = F (b) − F (a)
a
Prova: Defina:
Z x
G(x) = f (x) dx.
a
Pelo Teorema Fundamental do Cálculo: G0 (x) = f (x), x ∈ [a, b]. Logo, existe C ∈ R tal
que:
G(x) = F (x) + C.
RESPOSTAS
6.1 Capítulo 1
4 3 √
[2] a) 58 (x2 − 1) 5 + c b) 32 ln(x2 + 1) + c c) 32 (x + 5) 2 + c d) − a2 b − ay + c; a 6= 0
e) 41 (2by 2 − ay 4 ) + c
√ 4 32
f) 83 x3 + 8 + c g) 5−3x 1 1 1
2 + c h) − 2a(b+ay)2 + c; a 6= 0 i) 6b (a + bx ) + c; b 6= 0
2
j) ln 2(x) + 2ln(x) + c k) − 16 cos3 (2x) + c l) sec2 ( x2 ) + c m) a2 b + sen(ax) + c; a 6= 0
p
√ 3
1
n) − ln(x) + c o) 12 1 + x4 + c p) 13 ex + c q) 41 arcsen2 (y) + c r) − 14 arctg(4e−x ) + c
1 1 1 arcsen(x)
s) − 2(cos(θ)−5) 2 + c t) − 2 ( x2 +6x ) + c u) ln(ln(x)) + c v) e +c
√ 1 6 23 sen(3x )
w) −cos(ln(x)) + c x) 2 sen( x + 1) + c y) 2 (1 + x ) + c z) ln(3) + c
√ √ √
[3] a) 2 2 arcsec( √x2 ) + c b) x − ln(ex + 1) + c c) 23 x + 1(x − 2) + c d) − 1 − x2 + c
√ √ p 1 1 2
e) 2(1 + x) − 2ln( x + 1) + c f) 25 1 + x 3 (8 − 4x 3 + 3x 3 ) + c
−t
ex
[4] a) ex (x − 1) + c b) 2xsen(x) − (x2 − 2)cos(x) + c c) 1+x + c d) e (πsen(πt)−cos(πt))
π 2 +1
+c
1 1
√ 3x (sen(x)+cos(x)ln(3))
2
e) 2 x(sen(ln(x))−cos(ln(x)))+c f) − 2 1 − 4x +x arccos(2x)+c g) +c
1+(ln(3))2
(x2 +1)arctg(x)
h) 2
− x2 + c
1
i) 1
(sec(x)tg(x) + ln(|sec(x) + tg(x)|)) + c j) −xe−x
2 √
+ c k) exx (x − 1) + c
l) − 13 1 − x2 (x2 + 2) + c. Sugestão: faça u = x2 . m) −x cotg(x) + ln(|sen(x)|) + c n)
x sec(x) − ln(|sec(x) + tg(x)|) + c
6x 3 2 4 2
o) cos(5x)( 125 − x5 ) + sen(5x)( 3x
25
6
− 625 ) + c p) sen(2x)( x2 − 3x2 + 34 ) + cos(2x)(x3 − 3x
2
)+c
x 4 3 2
q) e (x − 4x + 12x − 24x + 24) + c
r) −e−x (x5 + 5x4 + 19x3 + 57x√ 2
+ 115x + 115) + c s) cosh(x) (x2 + 2) − 2 x senh(x) + c t)
1 2
((1 + 8x )argsenh(2x) − 2x 1 + 4x2 ) + c
16 √
u) −e−x (x4 +4x3 +12x2 +24x+24)+c v) x−arcsen(x) 1 − x2 +c w) x tg(x)+ln(cos(x))+c
3
2x 2
x) x (ln3 (x) − 3ln2 (x) + 6ln(x) − 6) + c y) 9
(3ln(x) − 2) + c
2 3
z) 15 (x + 1) 2 (3x − 2) + c
199
200 CAPÍTULO 6. RESPOSTAS
√
[5] a) 12 (x x2 + 1 + argsenh(x)) + c b) 41 (sen(x√4 )(x8 − 2) + 2x4 cos(x4 )) + c. Sugestão: use
√
t = x4 . c) x2 (cos(ln(x)) + sen(ln(x))) + c d) 2e x ( x − 1) + c
√ √ √ 2 4
e) 2(sen( x) − xcos( x)) + c f) ex ( x2 − x2 + 1) + c.
7
[6] a) 13 tg 3 (x) + c b) sec840(x) (35cos(4x) − 28cos(2x) + 57) + c c) x8 − sen(4x)
32
+c
p 2 2 1 4
d) −2 cos(x)(1 − 5 cos (x) + 9 cos (x)) + c e) cos(x) + ln(|cosec(x) − cotg(x)|) + c f)
− 61 cotg 3 (2x) + c g) − 15 cotg 5 (x) + c
5
h) 8a1
(3ax − 3cos(ax)sen(ax) − 2sen3 (ax)cos(ax)) + c; a 6= 0 i) − cos7(y) (sen2 (y) + 52 ) + c j)
tg 5 (x)
5 √ √ √
16−x2 x x2 −9 1 √ 3 5−x2
[7] a) − x
− arcsen( 4
) + c b) 18x 2 − 54
arctg( 2 −9 ) + c c) − 5x
+c
√ 1 x 3
x
1
√
d) ln(|x + x2 − 7|) + c e) 5 ln(| 5+√25−x2 |) + c f) − 2 arcsen(1 − x) − 2 (x + 3) 2x − x2 + c
5
2) 2 √ √ √ √
g) − (16−9x 5
80x√
+ c h) √x−2
2 + c i) x
2
x 2 + 2 + ln(|x + x 2 + 2|) + c j) 2 arctg( √x 2 ) + c
2 1−x2
√ √ 4 4x−x √ 2 +9
2 1+x 2 +x 2 x 2 −4 7 2x
k) 4 ln(| √1+x2 −x√2 |) + c l) 4x + c m) 8 √4x2 +9 + c
√ √ √ √
n) 21 x 1 + x2 + x2 + 12 arcsen(x) + c o) 2 ex + 1 + c p) x2 − 1 + ln(|x + x2 − 1|) + c
√
2
q) − x4x+4
√
cos(x) ln(x) sen(x)+ sen2 (x)+4
[8] a) − √ +c b) − √ +c c) ln(| 2
|)+c = arcsenh( sen(x)
2
)+
25 25−cos2 (x) 4 (ln(x))2 −4
c √ √ √ √ √
[9] a) 21 arcsen(2x − 2) + c b) − 13 3x2 − x + 1 + 183 ln(| 3x2 − x + 1 + 3x − 63 |) + c c)
√
2
49
(− x7(3x+8)
2 +3x+4 − 6 7 arctg( 3+2x
√ )) + c
7 √ √
d) argsenh( 11 )+c e) ln(2x−1+2 x2 − x − 1)+c f) 45 4x2 + 3x + 1+ 16
2x+3
√ 9
argsinh( 8x+3
√ )+
7
c √ √
g) −arcsen(2−x) h) 2 3 + 2x + x2 +argsen( x−1 2
)+c i) 4 − 3x + x2 + 32 argsenh( 2x−3
√ )+c
√ x+3
7
j) x2 + 6x + 34 − argsenh( 5 ) + c
2 √
[10] a) 241
ln( x(x+2) 3
2 −2x+4 )+ 12 arctg(
x−1
√ )+c b) ln(| x−1 |)−2arctg(x)+c c) 1 ln(x2 +2)+ 2 1 2 +c
x+1 2 (x +2)
3 √
d) 12 ln(x2 + 1) − x21+1 + c e) − x1 − arctg(x) + c f) ln( x2 + 1) − 12 arctg(x) − 2(x2x+1) + c
3
−x +x2
g) ln(| x(x+1) 3
2 |) − x+1 +
√2 arctg( 2x−1
3
√ ) + c h) − 1 2 − ln(x) + 1 ln(x2 + 1) + c i) −
3 2x 2
x+3
2(x2 +4x+5)
−
1
2
arctg(x + 2) + c
j) x + ln(| √xx2 +1 |) + c k) 21 ( 5−4x+x
3x−17 2
2 − 15arctg(2 − x)) + ln(5 − 4x + x ) + c l) ln(|
√ x+1
x2 +x+1
|) +
√
3
3
arctg( 2x+1√ )+c
3 √
m) − 5x5 + 3x13 − x1 − arctg(x) + c n) 32 ln|x2 − x + 1| + 5 3 3 arctg( 2x−1
1 √ )
3
+c
o) ln| x−1x
| + 1
x−1
− 1
2(x−1)2 + c
1 x2 −1 2 43 1 26
p) 4 ln(| x2 +1 |) + c q) ln|x 9 (x2 + 9) 18 | + 9x − 27 arctg( x3 ) + c
√ 4
r) 81 (8x − 2(4+5x)
x 2 +2 − 5 2 arctg( √x2 ) + ln( (x2x+2)2 ) + c
√ 2
s) ln| 2 x 1 | + 2(x2x+2 +2x+2)
+ c t) 81 ln| xx2 +2x+1
+2x+5
|+c
(x +2x+2) 4
√
u) 52 ln(|x|) + 21
10
ln(|x + 5|) − 32 ln(|x + 1|) + c v) ln(|(x2 − 1) x2 + 1|) + arctg(x) + c
6.2. CAPÍTULO 2 201
x
[11] a) sen(x)(ln(sen(x))−1)+c b) ln52 (5) (x ln(5)−1)+c c) 13 (cos(x3 )+x3 sen(x3 )+
c
3
d) sec3(x) + c e) 12 (sen(x) + sen(7x) 7
) + c f ) − 2 1 3 + c g) argsenh( x2 + 1) + c
3(x +4) 2
√ et
h)√ 2 (e 9 − e + 9 arcsen( 3 )) + c i) 3 ln(x + 3x2 + 4) + c j) 12 ln(x2 + 2x + 4) −
1 t 2t 1 3
4 3 2
3
arctg( x+1
√ )+c
3 √
k) x2 + ln(| x2x+1 |) + c
√
l) 5 arctg( 55 cos(x))−cos(x)+c m) x+1 2 1
− 2(x+1) 2 +ln(|x+1|)+c
1
n) 16 (ln(2x−
1) − ln(2x + 7)) + c √ √
o) ln(x) − 12 ln(x2 + 3) + 2 3 3 arctg( 33 x) + c
2
p) √2 ln(x − 1) +√21 ln(x2 + 1) − 3 arctg(x) + c q) 20 3
(2x2 − 3)(x2 + 1) 3 + c
r) 2 x − 2 arctg( x) +c
1√
√ √
18+7x2 +3x √5 √x2 +4
√
s) 12 5 ln( −18−7x2 +3x 5 x2 +4 ) + c t) ln(x − 1) − ln(2x − 1 + x2 + 2x − 2) + c
sen(x)
u) arctg( cos(x)+sen(x) ) + c v) ln(|x + sen(x)|) + c
√ √
x−1
w) ln(|2 + sen(2x)|) + c x) − 2 arctg( )+c
√
2
√ √ 2 √ √
[12]
√
a) − 2
(ln(
√
2tg(x/2) + 2 + 2) − ln(− 2tg(x/2) − 2 + 2)) + c
2 2
c) 2 arctg( 2 tg(x/2)) + c.
s2
[14] y = − cos(2x)
2
+ sen(x) + 2x + 54 , [15] 2a + cs
a
+ b ln(|s|)
a
= t + k.
6.2 Capítulo 2
[1] Método de substituição: √
a) 263
b) 1
3
c) ln(e π
+ 1) d) 2 − 1 e) 41
2
f) 12 ln( e 2+1 ) g) 2+ln(2)
√
2 2 p
− 1 h) 1 − e−1 i) 2e2 − 2e
1
j) 101 k) ln(3)
2
l) 4 − 2 ln(2) m) 34
2 2 2
n) cos(1) − cos(e) o) 0 p) 13 (e − 1) q) 34 (5 3 − 2 3 ) r) π8
a3
s) 2(1 − ln(2))
√
t) 2(cos(2) − cos(3)) u) − 3
v) ln( 43 ) w) 1 − cos(ln(2))
x) 31 ln( 1+2 5 )
[2] Método de integração por partes:
3π +1
a) 1 − 2e−1 b) 13 1
(3 − 2eπ ) c) −ln(3)( 1+ln 2 (3) ) d) 24 − 65e
−1
e) ln(128) − 3
2
√
f) 14 (π − 2 ln(2))
√
g) 23 − 3 8 3 h) 14 (π + ln(4)) i) 2e − 1
j) 2π
3
+ ln( √3−1
3+1
) k) 4ln(2) − 32 l) − 21 (eπ + 1) m) −1
n) 2e2 o) 6 − √2e p) π − 2 q) 14 (π − ln(4)) r) π2 − 1
√ √ √
s) 3 − 21 ln( √3+1 3−1
) t) 0 u) 4
9
(1 − 2 2 + 2ln(8)) v) π
32
2 4
w) 3 x) − 15
[3] a) 2+ln(2)
√
2 2
− 1 b) 5ln(5)−4
ln2 (5)
c) − 23 d) 73
1
√
5
√ 2
e) 0 f) 24
− 75
g) argsinh(2) − argsinh(1) h) 14 (9π − 4 2 − 18arcsin( 13 )) i) ln( 523 )
202 CAPÍTULO 6. RESPOSTAS
√ √
j) 54 ln( 32 ) − 58 k) 23 + 2ln(2) − ln(5) l) 1 − 5arctg( 55 ) m) − 58 + ln(2)
1
√
3
√
n) 16 ln( 27
11
) o) 1
2
ln(3) + π p) 5
ln(2) − 3arctg(3) + 3arctg(2) q) 3
(3 − 3
4)
√ 9 2 20
π 300 2 2
r) 2 − 2 s) 7 t) 2 u) 2 v) 5 − 7ln(5) − 9ln(2) + 16ln(3)
2
w) a4 (π − 2) x) 4√ π
3
(π − arccos(7))
√3
√
2
[4] a)√ x + 1 b)√ x sen(x) c) x ln(x) d) x4 + 1
5
e) ex 1 + e2x − 1 − x2 f) 2x sen(x4 ) g) 2x + x2 − 3 h) √3x 1+x9
[5] a = 0, f (x) = 1 [6] Pontos críticos: x = nπ. Se n par nπ é ponto de mínimo; se n
ímpar nπé ponto de máximo.
[7] a) 12 , b) 2 c) 2ln(2) − 1 d) ln(2) 2
e) π4 f) e − 2
[8] Use a) x2 + 1 > x2 [10] a) 0, b) 0, pois ambos os integrandos são funções ímpares.
[12] π − 2
2 2 2 2
[14] (2x + 1) 2−x (x+1) − x 2−(x +1) +1 [15] g 0 (x) = x1 , g 0 ( 12 ) = 2 [16] Use o método de
substituição. 2 [18]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
-4 -2 2 4
6.3 Capítulo 3
6.3.1 Áreas
1 0.4
0.5
0.8
0.2
0.5 1 1.5 2
0.6
-0.5
-1 -0.5 0.5 1
0.4
-1
4 0.2
1 -0.2
3 -1.5
3 2 2
1 1
0.1
0.8 0.8
0.05
0.6 0.6
-1 -0.5 0.5 1
0.4 0.4
-0.05
1 -0.1
0.2 0.2
6 3.5
15
5 3
12.5
2.5
4
10
2
3 7.5
1.5
2 5 1
1
113 2.5 √ √ 0.5
12
6.3. CAPÍTULO 3 203
8 6
2
5
6 1.5
4
4 3
1
1 √ 2
1
0.5
12
15
0.1
12.5
10
-1 -0.5 0.5 1
7.5
5 -0.1
56 2.5
4 -0.2
[13] -1 1 2 3
[14]
3 15
Calcule a área das regiões limitadas pelas curvas dadas:
[1] 92 [2] 32
3
[3] 92 [4] 145
6
[5] 12
[6] 32
3
[7] 125
6
[8] 72 [9] 1
[10] 15 [11] 3 [12] 16 [13] 18
4 64
√ √
[14] 13 [15] 2 2 − 2 [16] 2 3 − 2 − π6
[17] 16 [18] π4 + 1 [19] 92 [20] 34 [21] 2(e3 − e−3 )
[22] e − e−1 [23] e4 − 5 [24] 128 15
[25] 2 [26] 12 (e + e−1 − 2) [27] 15 4
[28] 6 [29] 9 [30] π2 − 1
[31] 2 [32] π − 2 ln(2) [33] π − 2 [34] 16 1
[35] 15
√ 3
[36] 2 [37] e − 23 [38] 13 (4 2 − 5) + e−1 [39] ln(10)−1ln(10)
[40] 148
3
[41] 43
[42] 274
[43] 128 [44] 83 [45] c = 2, 1 − 3e−2
√ 15 √
[46] c = 22 , 12 (1 − √1e ) [47] c = e, 21 [48] 2π 3
− 2
3
[49] 12 [50] 2(π − 32 )
6.3.2 Volumes
[1] 26
3
π [2] 206
15
π [3] 35 2
π [4] π2 [5] 512π
3
[6] 10π
9
[7] 55π
6
5π π2 π(e2 −1) 32π
[8] 28 [9] 2 [10] 4 [11] 3
2
[12] π2 (e4 − e−2 ) [13] 8π [14] 15π 2
[15] 256
5
π
3π 64π
[16] 2 [17] 64π [18] 8π [19] 15
√ √
[20] 2 35π [21] 16 5 5π [22] 2π 3
[23] π6
[24] 2 (e − 5e + 4e + 2) [25] 221π
π 4 2
45
[26] π6 [27] 8π
3
√
64 2π
[28] 16
15
π [29] 15
[30] 648π
5
6.3.4 Logarítmos
1 u3
[2] Sugestão: Escreva u+1
= 1 − u + u2 − u+1
. [5] ln(1.2) ' 0.1826 e E(1.2) ≤ 0.0004. [7]
x = 1.
6.3.5 Trabalho
[1] a) 19712
b) 24 c) 20 3
d) 31130
e) π − 2 f ) 2 g) 12 (1 − e−50π )
[2] 4 J. [3] 50
3
J [4] 1 J [5] 72 J [6] 2 J
[8] Da segunda lei de Coulomb f (x) = ex1 e22 então 1.8 × 104 erg [10] a) ( 21 , 25 ) b) ( 11 , 49 ) c)
13 13
(0, π8 ).
6.4 Capítulo 4
π
[1] a) 2 b) 12 c) ln(2) d) 12 e) 1
1
f) +∞, diverge. g) ∞, diverge. h) − 2ln(5) i) −∞, diverge.
π
j) +∞, diverge. k) π l) 1+π2
m) 21 n) diverge o) π2 p) ln(2) 2
q) 12 r) 14
s) +∞, diverge. t) 18 u) o limite não existe. v) π2
1
w) +∞, diverge. x) ln(2)
[2] a) π2 b) 1 − 2e12 c) √π2
[3] a) 4 b) 3sen(1) c) π2 d) 2 − e22
5
e) √57 (ln(2)) 7 f) diverge. g) diverge. h) π i) 35
j) 43 k) π2 l) diverge. m) diverge. n) π
p
o) 51 7
p) − π
3
q) diverge. r) 2 ln(2)
s) π + 2 t) diverge. u) diverge. v) diverge.
[4] a) s > 0 b) Para todo s > 0 c) s > 1 d) s > 0 e) s > 1 f) s > 1
2sen2 ( x2 )
g) Sugestão: Faça 1−cos(x) x s = x2 xs−2
. Utilize limites fundamentais e o teorema de com-
paração de integrais imprópias. s < 3.
R π dx Rπ dx
R π dx
h) Sugestão: Faça 0 (sen(x)) 5 = 0 (sen(x))5 +
2
π
(sen(x))5
2
e na segunda integral faça x = π − t. Utilize limites fundamentais para aplicar o
teorema de comparação de integrais imprópias. s < 1
1
[6] a = 18 [7] Utilize que a função f (t) = ek|t| é par. k = −2
6.4. CAPÍTULO 4 205
R +∞ Ra
[9] P (x > a) = a
f (x) dx, P (x < a) = −∞
f (x) dx [10] a) 69% b) 30%
206 CAPÍTULO 6. RESPOSTAS
Bibliografia
207
Índice
208
ÍNDICE 209