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ALBA VALDEZ: A PALAVRA DA MULHER NA HISTÓRIA DA LITERATURA E

DA IMPRENSA CEARENSE OITOCENTISTA1

Keyle Samara Ferreira de Souza (UFPB)2

No Ceará, a Literatura e a Imprensa, desde o século XIX, caminharam de mãos


dadas, de forma que não se pode estudar uma sem considerar a outra, escrita literária e
jornalística se retroalimentaram nas terras cearenses. E apesar da pena ser um ofício
dominado pelos homens, as mulheres cearenses também escreveram e publicaram muito
desde o século XIX. Elas estiveram presentes em todos os movimentos e associações literárias
que vingaram no Ceará e muitas ousavam frequentar os cafés e redações de jornais, inclusive
fundando periódicos para defender os direitos femininos, como a Liga Feminina Cearense
fundada por Alba Valdez. Entretanto, devido ao patriarcalismo da sociedade da época, muito
da produção literária e jornalística das mulheres cearenses ficaram a margem do cânone
literário, fortalescendo-se assim, a necessidade de se investigar a escrita literária feminina
também nos jornais. Neste contexto, para considerar a palavra da mulher cearense
oitocentista, é preciso destacar a relevância da escritora e jornalista Alba Valdez. Ela entrou
no mundo das letras na última década do século XIX escrevendo para periódicos, publicando
os livros Em Sonho (1901), este coletânea de crônicas e contos já publicados na imprensa na
década de 1890, e Dias de luz (1907), um romance memorialista. Escritores, historiadores e
críticos literários afirmavam a qualidade da escritura de Alba Valdez em jornais, tendo
crônicas suas traduzidas para o francês e outras línguas, consequentemente foi a primeira
mulher a fazer parte da Academia Cearense de Letras.

Palavras-chave: Escrita feminina cearense oitocentista; Relações entre a literatura e a


Imprensa; Alba Valdez.

1
Comunicação Oral
2
Doutoranda em Letras pela UFPB, Mestre em Letras pela UESPI, Professora da Rede Estadual/SEDUC-CE.

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