Vous êtes sur la page 1sur 18

T z v e t a n T o d o r o v

C .N .R .S . París

S e g u ir o c u p á n d o s e d e lo s g é n e ro s p u e d e p a re c e r en
n u e s tro s d ía s u n p a s a tie m p o ocioso a d e m á s d e a n a c r ó n i­
co. T o d o s s a b e n q u e e x is tía n — b a la d a s , o d a s y so n eto s,
tra g e d ia s y c o m e d ia s — e n tie m p o s d e los clásico s, p e ro ,
¿h oy? In c lu s o lo s g é n e ro s del siglo X IX , q u e , sin e m b a r ­
go, n o so n p a r a n o s o tro s g é n e ro s d e u n m o d o a b so lu to
— p o esía, n o v e la — , p a re c e q u e se d isg re g u e n , p o r lo m en o s
e n la lite r a tu r a «q u e cu en ta» . C o m o esc rib ía M a u ric e B la n ­
c h o t d e u n e s c rito r m o d e rn o , H e r m a n n B ro c h : « H a su fri­
d o , c o m o o tro s m u c h o s e sc rito re s d e n u e s tro tie m p o , esa
p re s ió n im p e tu o s a d e la lite r a tu r a q u e n o s o p o rta y a la d is­
tin c ió n de los g é n e ro s y n e c e s ita ro m p e r los lím ites» .
In c lu s o s e ría u n sig n o de a u té n tic a m o d e r n id a d e n u n
e s c rito r n o s o m e te rs e y a a la s e p a ra c ió n en g é n e ro s. E sta
id e a , a cu y as tra n s fo rm a c io n e s p o d e m o s a sistir d esde p r in ­
cipios del siglo x i x ( a u n q u e los R o m á n tic o s a le m a n e s , en
p a r tic u la r , fu e ro n g ra n d e s c o n s tru c to re s d e siste m a s g en é­
ric o s), h a te n id o e n n u e s tro s d ía s u n o de su s m á s b r illa n ­
tes p o rtav o ces e n la p e rs o n a de M a u ric e B lan ch o t. C o n m ás
ro tu n d id a d q u e n a d ie , B la n c h o t h a d ic h o lo q u e o tro s no
o s a b a n p e n s a r o n o s a b ía n fo rm u la r: n o ex iste h o y n in g ú n
in te rm e d ia rio e n tr e la o b ra s in g u la r y c o n c re ta , y la lite ra ­
t u r a e n te ra , g é n e ro ú ltim o ; n o e x iste, p o rq u e la ev o lu ció n
d e la lite r a tu r a m o d e r n a co n siste p re c is a m e n te e n h a c e r de
c a d a o b r a u n a in te rro g a c ió n so b re el se r m ism o de la lite-

T ítu lo o rig in al: «L’o rig in e des genres», p u b lic a d o en T. T O D O R O V ,


La rwtion de littératuTe et autres essais, P arís, S euil, 1987, p á g s. 27-46. N ueva
v ersión del tra b a jo p u b lic a d o p re v ia m e n te en inglés «The o rig in o f G en-
res», N ew Literary History V III, 1, 1976, págs. 145-158 y, e n fran cés, en
el lib ro del a u to r Les genres du discours, P a rís, S euil, 1978, págs. 44-66.
T ra d u c c ió n de A n to n io F e rn á n d e z F errer. T exto tra d u c id o y re p ro d u c i­
d o con a u to riz a c ió n d e l a u to r y d el editor.
r a tu r a . R e le a m o s esas e lo c u e n te s lín e a s: «Sólo im p o r ta el
lib ro , ta l c u a l es, a p a r te d e los g é n e ro s, fu e ra d e las clasi­
ficacio n es — p ro s a , p o e sía , n o v e la , te s tim o n io — e n las q u e
r e h ú s a in c lu irs e y a las q u e n ie g a el p o d e r d e fija r su lu g a r
y d e d e te r m in a r su fo rm a . U n lib ro y a n o p e rte n e c e a u ñ
g é n e ro , to d o lib ro re m ite ú n ic a m e n te a la lite r a tu r a , co m o
si é s ta co n tu v ie se d e a n te m a n o , e n su g e n e ra lid a d , los ú n i ­
cos se c re to s y fó rm u la s q u e p e r m ite n d a r a lo q u e se e sc ri­
b e re a lid a d d e lib ro . T o d o o c u rriría , p u es, com o si, h a b ié n ­
d o se d is ip a d o los g é n e ro s, la lite r a tu r a se co n so lid a se sola,
co m o si b rilla se so la e n la m is te rio s a c la rid a d q u e p ro p a g a
y q u e c a d a c re a c ió n lite r a r ia le d e v u e lv e m u ltip lic á n d o la ,
— co m o si e x is tie ra , p o r lo ta n to , u n a “ e s e n c ia ” d e la
lite r a tu r a — » (L e livre á venir ; 1959). Y m á s a ú n : «El h e c h o
d e q u e las fo rm a s , los g é n e ro s, n o te n g a n v e r d a d e r a s ig n i­
ficació n , d e q u e se ría a b s u rd o p re g u n ta rs e , p o r e je m p lo , si
F innegan ’s W ake p e rte n e c e o n o a la p r o s a y a u n a rte q u e
se lla m a n o v e le sc o , d e n o ta ese p r o fu n d o e sfu e rz o d e la li­
t e r a t u r a p o r tr a ta r d e a firm a rs e e n su e se n c ia , a r r a s a n d o
las d istin c io n e s y los lím ites» ( L ’espace littéraire , 1955).
L a s fra se s d e B la n c h o t p a re c e n te n e r p o r sí m is m a s la
f u e r z a d e la e v id e n c ia . S ólo u n a s p e c to .d e la a r g u m e n ta ­
c ió n n o s in q u ie ta : el p riv ile g io o to rg a d o a n u e s tr o ahora .
S a b e m o s q u e to d a in te rp re ta c ió n de la h is to ria se h a c e p a r ­
tie n d o del m o m e n to p re s e n te , lo m is m o q u e la d el esp acio
se c o n s tru y e p a r tie n d o d e aquí, y la d el o tro p a r tie n d o del
yo. S in e m b a rg o , c u a n d o a la constelación del y o -a q u í-a h o ra
se le a tr ib u y e u n lu g a r ta n e x c e p c io n a l — p u n to fin a l d e la
h is to ria e n te r a — , p o d e m o s p r e g u n ta r n o s si la ilu s ió n e g o ­
c é n tric a n o tie n e n a d a q u e v e r c o n ello (e n g a ñ o c o m p le ­
m e n ta rio , e n s u m a , d e lo q u e P a u lh a n lla m a b a « ilu sió n del
e x p lo ra d o r» ).
P o r o tr a p a r te , si leem o s los m ism o s escrito s d e B la n ­
c h o t e n q u e se d e m u e s tr a e sa d e s a p a ric ió n d e los g é n e ro s,
a p a re c e n , d e h e c h o , c a te g o ría s c u y a s e m e ja n z a co n las d is­
tin c io n e s g e n é ric a s es difícil n e g a r. A sí, u n c a p ítu lo d e L e
livre á venir e s tá d e d ic a d o al d ia rio ín tim o ; Otro, al le n g u a je
p ro fé tic o . A l h a b la r del m is m o B ro c h (« q u e n o s o p o rta y a
la d is tin c ió n d e g én ero s» ), B la n c h o t n o s d ice q u e «se e n ­
tr e g a a to d o s los m o d o s d e e x p re s ió n — n a rr a tiv o s , lírico s
y d iscu rsiv o s— ». M á s im p o rta n te a ú n : to d o su lib ro se b a sa
e n te r a m e n te e n la d is tin c ió n e n tre do s n o g é n e ro s ta l vez,
p e ro sí m o d o s fu n d a m e n ta le s : el re la to y la n o v e la , c a ra c ­
te riz á n d o s e a q u é l p o r la b ú s q u e d a o b s tin a d a d e su p ro p io
lu g a r de o rig e n , q u e ésta b o rra y o cu lta. N o son, p u e s, «los»
g é n e ro s los q u e h a n d e s a p a re c id o , sino los g én e ro s-d e l-
p a s a d o , y h a n sid o re e m p la z a d o s p o r o tro s. Y a n o se h a ­
b la d e p o e s ía y p ro s a , d e te s tim o n io y de ficció n , sin o de
n o v e la y d e re la to , d e lo n a r r a tiv o y d e lo d isc u rsiv o , del
d iá lo g o y d el d ia rio .
Q u e la o b ra «desobedezca» a su g én ero n o lo v u elv e in e ­
x is te n te ; te n e m o s la te n ta c ió n d e d e c ir: al c o n tra rio . Y eso
p o r u n a d o b le ra z ó n . E n p rin c ip io , p o rq u e la tra n s g re s ió n ,
p a r a e x istir, n e c e s ita u n a ley , p r e c is a m e n te la q u e será
tra n s g r e d id a . P o d ría m o s ir m á s lejos: la n o r m a n o es visi­
b le — n o v iv e — sin o g ra c ia s a su s tra n s g re s io n e s . P o r lo
d e m á s, es ju s ta m e n te eso lo q u e escrib e el p ro p io B lan ch o t:
«Si es c ierto q u e J o y c e q u ie b ra la fo rm a n o v elesca v o lv ié n ­
d o la a b e r r a n te , ta m b ié n h a c e p r e s e n tir q u e é s ta sólo vive
q u iz á s g ra c ia s a su s a lte ra c io n e s . Se d e s a rro lla ría , n o e n ­
g e n d ra n d o m o n s tru o s , o b ra s in fo rm e s , sin le y n i rig o r, si­
n o p ro v o c a n d o ú n ic a m e n te e x c e p c io n e s a sí m is m a , q u e
c o n s titu y e n ley y , al m is m o tie m p o , la s u p rim e n . ( .. .) H a y
q u e p e n s a r q u e , c a d a v e z , e n a q u e lla s o b ra s ex cep cio n ales
e n la s q u e se a lc a n z a u n lím ite , es sólo la ex cep ció n la q u e
n o s re v e la la «ley», de la cu a l c o n s titu y e ta m b ié n la in só li­
ta y n e c e s a ria d e sv ia c ió n . T o d o o c u r r ir ía , p o r ta n to , co­
m o si e n la lite r a tu r a n o v e le sc a , y q u iz á s e n to d a lite r a tu ­
ra , n u n c a p u d ié ra m o s re c o n o c e r la re g la n a d a m á s q u e p o r
la e x c e p c ió n q u e la d e ro g a : la re g la o m á s e x a c ta m e n te el
c e n tro d el cu al la o b ra e sta b le es la a firm a c ió n in e sta b le ,
la m a n ife s ta c ió n y a d e s tru c to ra , la p re s e n c ia m o m e n tá n e a
y al p u n to n e g a tiv a » (L e livre á venir).
P e ro h a y m á s. N o es sólo q u e , p o r ser u n a ex cep ció n ,
la o b r a p re s u p o n e n e c e s a ria m e n te u n a re g la ; sino ta m b ié n
q u e , a p e n a s a d m itid a e n su e s ta tu to e x c e p c io n a l, la o b ra
se c o n v ie rte , a su v e z , g ra c ia s al é x ito e d ito ria l y a la a te n ­
ció n d e los c rític o s, e n u n a re g la . L o s p o e m a s e n p r o s a so­
lía n p a re c e r u n a ex cep ció n en tiem p o s d e A loysius B e rtra n d
y d e B a u d e la ire ; p e ro , ¿ q u ié n se a tre v e ría a e s c rib ir h o y
to d a v ía u n p o e m a e n a le ja n d rin o s , co n v erso s rim a d o s , a
m e n o s q u e n o se t r a ta r a d e u n a n u e v a tra n s g re s ió n d e u n a
n u e v a n o rm a ? L o s excep cio n ales ju e g o s de p a la b ra s de J o y -
ce, ¿n o se h a n c o n v e rtid o e n la re g la d e u n a c ie rta lite r a ­
t u r a m o d e rn a ? ¿ N o sig u e e je rc ie n d o la n o v e la , p o r m u y
« n u e v a n o v ela» q u e sea, su p r e s ió n so b re las o b ra s q u e se
e sc rib e n ?
S i v o lv e m o s n u e s tr a a te n c ió n a los R o m á n tic o s a le m a ­
n es, y a F rie d ric h Schlegel en p a rtic u la r, e n c o n tra re m o s en
sus e sc rito s, ju n to a c ie rta s a firm a c io n e s c ro c e a n a s (« cad a
p o e m a , u n g én ero e n sí»), frases q u e v a n e n sen tid o op u esto
y q u e estab lecen u n a e cu ació n e n tre la p o esía y sus g én ero s.
L a p o e s ía c o m p a rte co n las d e m á s a rte s la r e p re s e n ta c ió n ,
la e x p re s ió n , la a c c ió n so b re el re c e p to r. T ie n e e n c o m ú n
co n el d isc u rso c o tid ia n o o e ru d ito el u so del le n g u a je . S ó ­
lo los g é n e ro s le so n e x c lu s iv a m e n te p ro p io s . « L a te o ría de
las esp ecies p o é tic a s se ría la d o c trin a d e a rte esp ecífica de
la poesía». «Las especies de p o esía son p ro p ia m e n te la poesía
m ism a» (Conversación sobre la poesía). L a p o e sía es la p o é tic a ,
los g é n e ro s, la te o ría d e los g é n e ro s.
A l a b o g a r p o r la le g itim id a d d e u n e stu d io de los g é n e ­
ro s, n o s e n c o n tra m o s , d e p a s a d a , c o n u n a r e s p u e s ta a la
p r e g u n ta im p líc ita m e n te s u s c ita d a p o r el títu lo el origen de
los géneros. ¿D e d ó n d e v ie n e n lós g én e ro s? P u e s b ie n , m u y
se n c illa m e n te , d e o tro s g é n e ro s. U n n u e v o g é n e ro es sie m ­
p re la tra n s fo rm a c ió n d e u n o o d e v a rio s g é n e ro s a n tig u o s:
p o r in v e rs ió n , p o r d e s p la z a m ie n to , p o r c o m b in a c ió n . U n
«texto» d e h o y (e sta p a la b r a d e s ig n a ta m b ié n u n g é n e ro ,
e n u n o de su s se n tid o s) d e b e ta n to a la «poesía» co m o a
la «novela» del siglo x i x , lo m ism o q u e la « c o m e d ia la c ri­
m ó g e n a » c o m b in a b a rasg o s d e la c o m e d ia y d e la tra g e d ia
del siglo p re c e d e n te . N o h a h a b id o n u n c a lite r a tu r a sin g é­
n e ro s, es u n sistem a e n c o n tin u a tra n s fo rm a c ió n , y la cu es­
tió n de los o ríg e n e s n o p u e d e a b a n d o n a r , h is tó ric a m e n te ,
el te rre n o de los p ro p io s g én ero s: c ro n o ló g ic a m e n te h a b la n ­
d o , n o h a y u n «antes» de los g é n e ro s. S a u s s u re d e c ía e n
u n caso c o m p a ra b le : «El p r o b le m a d e l o rig e n d el le n g u a je
n o es o tro q u e el de sus tran sfo rm acio n es» . Y y a H u m b o ld t:
«N o lla m a m o s a u n a le n g u a original sin o p o rq u e ig n o ra m o s
los e sta d o s a n te rio re s de su s e le m e n to s co n stitu tiv o s» .
L a p r e g u n ta q u e q u is ie ra fo r m u la r so b re el o rig e n , sin
e m b a rg o , n o es de n a tu r a le z a h is tó ric a , sin o siste m á tic a ;
u n a y o tr a m e p a re c e n ta n le g ítim a s co m o n e c e sa ria s . N o
se t r a ta d e: ¿ q u é es lo q u e h a p re c e d id o a n ta ñ o a lo s g én e­
ro s? S in o : ¿ q u é es lo q u e d e te r m in a s ie m p re el n a c im ie n to
de u n g é n e ro ? M á s e x a c ta m e n te : ¿ e x iste n , e n el le n g u a je
(p u es se tr a ta a q u í d e los g é n e ro s del d iscu rso ), fo rm a s q u e,
a u n q u e a n u n c ie n los g é n e ro s , n o lo se a n to d a v ía ? Y en el
caso d e q u e sí, ¿ c o m o se p ro d u c e el p a so d e las u n a s a los
otro s? P e ro , p a r a in te n ta r re s p o n d e r a estas p re g u n ta s , h a y
q u e p re g u n ta r s e p rim e ro : ¿ q u é es, e n el fo n d o , u n g én ero ?

II

A p r im e r a v is ta , la r e s p u e s ta p a re c e e v id e n te : los g é ­
n e ro s so n clases d e te x to s. P e ro tal d e fin ic ió n d isim u la m a l,
tra s la p lu r a lid a d d e los té rm in o s p u e sto s e n ju e g o , su c a ­
r á c te r ta u to ló g ic o : los g é n e ro s so n clases, lo lite ra rio es lo
te x tu a l. E n v ez d e m u ltip lic a r las d e n o m in a c io n e s, te n d ría ­
m o s q u e p r e g u n ta r n o s p o r el c o n te n id o d e esos c o n c e p to s.
Y , e n p r im e r lu g a r, p o r el de te x to o — p ro p o n g a m o s
de n u e v o u n sin ó n im o — p o r el de d isc u rso . E ste es, se n o s
d ir á , u n a se rie d e fra se s. Y a q u í es d o n d e e m p ie z a u n p r i ­
m e r m a le n te n d id o .
Se o lv id a d e m a s ia d o a m e n u d o u n a v e r d a d e le m e n ta l
d e 'to d a a c tiv id a d d e c o n o c im ie n to : q u e el p u n to d e v ista
eleg id o p o r el o b s e rv a d o r r e d e lim ita y re d e fin e su o b jeto .
A sí e n el le n g u a je : el p u n to d e v ista del lin g ü is ta m o d e la ,
en el seno de la m a te ria id io m á tic a , u n o b jeto q u e le es p ro ­
p io ; o b je to q u e n o s e rá el m is m o si se c a m b ia de p u n to d e
vista, a u n en el caso d e q u e la m a te ria siga siendo la m ism a.
L a fra se es u n a e n tid a d d e le n g u a , y d e lin g ü is ta . L a
frase es u n a c o m b in a c ió n d e p a la b ra s p o sib le, no u n a e n u n ­
c ia c ió n c o n c re ta . L a m is m a fra se p u e d e se r e n u n c ia d a e n
c irc u n s ta n c ia s d ife re n te s ; p a r a el lin g ü is ta n o c a m b ia rá de
id e n tid a d , in c lu so a u n q u e , d e b id o a esa d ife re n c ia de c ir ­
c u n s ta n c ia s , c a m b ie de se n tid o .
U n discurso n o está h ech o de frases, sino de frases e n u n ­
ciad as, o, p o r decirlo m á s b re v e m e n te , de e n u n c ia d o s. A h o ­
r a b ie n , la in te r p r e ta c ió n del e n u n c ia d o e s tá d e te rm in a d a ,
p o r u n a p a r te , p o r la frase q u e se e n u n c ia ; y , p o r o tra , p o r
su m is m a e n u n c ia c ió n . E s ta e n u n c ia c ió n in c lu y e u n lo c u ­
to r q u e e n u n c ia , u n d e s tin a ta rio a q u ie n d irig irse , u n tie m ­
p o y u n lu g a r , u n d isc u rso q u e p re c e d e y q u e c o n tin ú a ;
e n s u m a , u n co n tex to de e n u n c ia c ió n . E n fin , c o n o tra s p a ­
la b ra s , u n d isc u rso es s ie m p re y n e c e s a ria m e n te u n ac to
d e le n g u a je .
P a s e m o s a h o ra al o tro té rm in o d e la e x p re sió n «clase
de tex tos»: clase. E l ú n ic o p ro b le m a q u e p la n te a es el de
su sencillez: se p u e d e e n c o n tra r sie m p re u n a p ro p ie d a d co­
m ú n a dos te x to s y, e n c o n se c u e n c ia , a g ru p a rlo s e n u n a
clase. ¿ T ie n e in te ré s q u e le lla m e m o s «género» al r e s u lta ­
do de ta l a g ru p a c ió n ? C re o q u e e s ta ría m o s de a c u e rd o co n
el u so c o rrie n te de la p a la b r a y q u e , al m ism o tie m p o , d is ­
p o n d ría m o s d e u n a n o c ió n c ó m o d a y o p e ra tiv a , si se c o n ­
v in ie ra e n lla m a r g é n e ro s ú n ic a m e n te a las clases d e tex to s
q u e h a n sido p e rc ib id a s co m o ta le s e n el c u rso d e la h is to ­
ria . L o s te stim o n io s d e e sa p e rc e p c ió n se e n c u e n tr a n , a n te
to d o , en el d iscu rso so b re los g én ero s (d iscu rso m e ta d isc u r-
sivo) y, e s p o rá d ic a m e n te , en los p ro p io s te x to s.
L a e x iste n c ia histórica d e los g é n e ro s e s tá m a r c a d a p o r
el d isc u rso so b re lo s g é n e ro s; lo c u a l n o q u ie re d e c ir, sin
e m b a rg o , q u e los g é n e ro s se a n sólo n o c io n e s m e ta d is c u r-
siv as, p e ro ta m p o c o d isc u rsiv a s. C o n s ta ta m o s la e x is te n ­
c ia h is tó ric a del g é n e ro « trag ed ia» en F ra n c ia e n el siglo
x v n g ra c ia s al d is c u rs o so b re la tr a g e d ia (q u e c o m ie n z a
p o r la e x iste n c ia d e e sta m is m a p a la b r a ) ; p e ro ello n o sig ­
n ific a q u e e n sí las tra g e d ia s n o te n g a n ra sg o s c o m u n e s y
q u e , p o r lo ta n to , n o s e ría p o sib le h a c e r u n a d e sc rip c ió n
d e ellas d is tin ta de la h is tó ric a . C o m o sa b e m o s, to d a clase
d e o b jeto p u e d e c o n v e rtirs e , p o r u n p a so de la e x te n sió n
a la c o m p re n s ió n , en u n a serie d e p ro p ie d a d e s . E l e stu d io
d e los g é n e ro s, q u e tie n e co m o p u n to de p a r tid a los te sti­
m o n io s a c e rc a d e la e x iste n c ia d e los g é n e ro s, d e b e te n e r
p r e c is a m e n te co m o o b je tiv o ú ltim o el e sta b le c im ie n to de
esas p ro p ie d a d e s .
L o s g én ero s son, p u es, u n id a d e s q u e p u e d e n d escrib irse
d e sd e dos p u n to s d e v is ta d ife re n te s , el d e la o b se rv a c ió n
e m p íric a y el del an álisis a b stra c to . E n u n a so cied ad se in s­
titu c io n a liz a la r e c u r r e n c ia d e c ie rta s p ro p ie d a d e s d is c u r­
sivas, y los te x to s in d iv id u a le s so n p ro d u c id o s y p e rc ib id o s
e n re la c ió n co n la n o r m a q u e c o n s titu y e e sa c o d ificació n .
U n g é n e ro , lite ra rio o n o , n o es o tr a co sa q u e esa c o d ifi­
c a c ió n d e p r o p ie d a d e s d isc u rsiv a s.
T a l d e fin ic ió n ex ig e, a su v e z , se r e x p líc ita p o r los dos
té rm in o s q u e la c o m p o n e n : el d e p r o p ie d a d d isc u rsiv a , y
el d e c o d ific a c ió n .
« P ro p ied ad discursiva» es u n a ex p resió n q u e yo en tien d o
e n u n se n tid o in c lu siv o . S a b e m o s q u e , a u n a te n ié n d o n o s
ú n icam en te, a los g én ero s literarios, c u a lq u ie r asp ecto del d is­
c u rso p u e d e c o n v e rtirs e e n o b lig a to rio . L a c a n c ió n se o p o ­
n e al p o e m a p o r los ra sg o s fo n é tic o s; el so n e to es d ife re n te
d e la b a la d a en su fo n o lo g ía ; la tr a g e d ia se o p o n e a la c o ­
m e d ia p o r los e le m e n to s te m á tic o s ; el re la to d e su sp e n se
d ifie re d e la n o v e la p o lic ia c a clásica e n la d isp o sic ió n d e
su in trig a ; p o r ú ltim o , la a u to b io g ra fía se d is tin g u e de la
n o v e la e n q u e el a u to r p r e te n d e re f e r ir h e c h o s y n o c o n s­
t r u i r ficcio n es. P o d r ía u tiliz a rs e , p a r a r e a g r u p a r e sta s c la ­
ses de p ro p ie d a d e s (a u n q u e esta clasificación n o tie n e m u c h a
im p o r ta n c ia p a r a m i p ro p ó s ito ), la te rm in o lo g ía del sem ió-
tico C h a rle s M o rris , a d a p tá n d o la a n u e stro te m a : estas p ro ­
p ie d a d e s r e m ite n y a al a sp e c to s e m á n tic o d el te x to , y a a
su a sp e c to sin tá c tic o (la re la c ió n d e las p a r te s e n tre sí), y a
al p r a g m á tic o (re la c ió n e n tre u s u a rio s ), y a , p o r ú ltim o , al
v e rb a l (té rm in o a u se n te e n M o rris q u e p o d ría se rv im o s p a ra
e n g lo b a r to d o lo q u e a ta ñ e a la m a te r ia lid a d m is m a de los
sig n o s).
L a d ife re n c ia e n tre u n acto de le n g u a je y o tro , y , ta m ­
b ié n e n tre u n g é n e ro y o tro , p u e d e s itu a rs e en c u a lq u ie ra
d e estos n iv eles d el d isc u rso .
E n el p a s a d o , se h a p o d id o b u s c a r la d is tin c ió n e in ­
clu so la o p o sic ió n e n tre las fo rm a s « n a tu ra le s» d e la p o e sía
(p o r e je m p lo , lo líric o , lo ép ico , lo d ra m á tic o ) y su s f o r­
m a s c o n v e n c io n a le s, co m o el so n e to , la b a la d a o la o d a .
H a y q u e t r a ta r d e v e r e n q u é n iv e l c o b ra s e n tid o ta l a fir­
m a c ió n . O b ie n lo líric o , lo é p ic o , e tc ., son c a te g o ría s u n i­
versales,. y p o r lo ta n to d el d isc u rso (lo q u e n o ex c lu y e q u e
se a n co m p lejas; p o r ejem p lo , se m á n tic a s, p ra g m á tic a s , v e r­
b ales, al m ism o tie m p o ); p e ro en to n ces p e rte n e c e n a la p o é ­
tic a g e n e ra l, y n o (e sp e c ífic a m e n te ) a la te o ría d e los g é n e ­
ro s: c a ra c te riz a n las m a n ife s ta c io n e s p o sib le s del d isc u rso ,
y n o las m a n ife s ta c io n e s re a le s de los d isc u rso s. O b ie n es
e n los fe n ó m e n o s h istó ric o s e n lo q u e se p ie n s a al e m p le a r
tales té rm in o s ; así, la e p o p e y a es lo q u e e n c a r n a la Ilíada
d e H o m e ro . E n este caso , se tr a t a c ie rta m e n te d e g é n e ro s,
p e ro , e n el n iv e l d isc u rsiv o , éstos n o so n c u a lita tiv a m e n te
d ife re n te s de u n g é n e ro co m o el so n eto — b a sa d o , ta m b ié n ,
en c o n stric c io n e s te m á tic a s , v e rb a le s, etc. — . L o m á s q u e
p u e d e decirse es q u e ciertas p ro p ied ad es discursivas son m ás
in teresan tes q u e otras: p o r m i p a rte , m e in trig a n m u ch o m ás
las c o n stric c io n e s q u e a ta ñ e n al asp ecto p ra g m á tic o de los
te x to s q u e las q u e re g la m e n ta n su e s tr u c tu r a fo n o ló g ica.
P o r el h e c h o d e q u e los g én ero s e x iste n c o m o u n a in s ­
titu c ió n es p o r lo q u e fu n c io n a n co m o « h o riz o n te s d e e x ­
p e c ta tiv a » p a r a los le c to re s, co m o «m odelos d e e sc ritu ra »
p a r a los a u to re s . E so s so n , e fe c tiv a m e n te , los do s asp ecto s
de la e x is te n c ia h is tó ric a d e los g é n e ro s (o, si se p re fie re ,
d el d isc u rso m e ta d is c u rs iv o q u e to m a los g é n e ro s p o r o b ­
je to ). P o r u n a p a rte , los a u to re s e sc rib e n e n fu n c ió n del (lo
q u e n o q u ie re decir de acu erd o con el) sistem a genérico exis­
te n te , d e lo q u e p u e d e n m a n ife s ta r ta n to e n el te x to co m o
fu e ra d e él, o, in c lu so , e n c ie rto m o d o , n i u n a cosa n i o tra :
e n la c u b ie r ta del lib ro ; e s ta m a n ife s ta c ió n n o es, claro es­
tá , el ú n ic o m o d o de d e m o s tra r la e x isten cia d e los m o delos
d e e sc ritu ra . P o r o tra p a rte , los lecto res le e n e n fu n c ió n del
sis te m a g e n é ric o , q u e c o n o c e n p o r la c rític a , la escu ela, el
sis te m a d e d ifu sió n del lib ro o s im p le m e n te d e o íd a s; a u n ­
q u e n o es p reciso q u e s e a n co n sc ie n te s d e ese sistem a.
A tra v é s d e la in s titu c io n a liz a c ió n , los g é n e ro s c o m u ­
n ic a n c o n la so c ie d a d en la q u e e s tá n v ig e n te s. E s ta m b ié n
p o r este a sp e c to p o r lo c u a l in te r e s a r á n m á s al e tn ó lo g o o
al h is to r ia d o r . A sí, el p r im e ro se le c c io n a rá , a n te to d o , d e
u n siste m a d e g é n e ro s, las c a te g o ría s q u e lo d ife re n c ie n del
d e los p u e b lo s v e c in o s, p o n ie n d o e n c o rre la c ió n esas c a te ­
g o ría s c o n los d e m á s e le m e n to s d e la m is m a c u ltu ra . L o
m ism o h a r á el h is to ria d o r: c a d a é p o c a tie n e su p ro p io
sis te m a d e g é n e ro s, q u e e stá e n re la c ió n co n la id e o lo g ía
d o m in a n te . C o m o c u a lq u ie r in stitu c ió n , los g én ero s ev id en ­
c ia n lo s ra sg o s c o n s titu tiv o s d e la so c ie d a d a la q u e p e r ­
te n e c e n .
L a necesid ad de la in stitu cionalización p e rm ite resp o n d er
a o tra p r e g u n ta q u e re s u lta te n ta d o r fo rm u la r: a ú n a d m i­
tien d o q u e todos los géneros p ro v ie n e n d e actos d e len g u aje,
¿có m o e x p lic a rse q u e to d o s los acto s d e h a b la n o p r o d u z ­
c a n g é n e ro s lite ra rio s? L a re s p u e s ta es ésta: u n a so cied ad
elige y codifica los actos q u e c o rre sp o n d e n m á s e x a c ta m e n te
a su id eo lo g ía;, p o r lo q u e ta n to la e x iste n c ia d e c ie rto s g é ­
n e ro s e n u n a so c ie d a d , c o m o su a u s e n c ia e n o tra , so n r e ­
v e la d o ra s d e e sa id e o lo g ía y n o s p e r m ite n p r e c is a rla c o n
m a y o r o m e n o r e x a c titu d . N o es u n a c a su a lid a d q u e la e p o ­
p e y a sea p o s ib le e n u n a é p o c a y la n o v e la e n o tra , n i q u e
el h é ro e in d iv id u a l d e é s ta se o p o n g a al h é ro e co lectiv o d e
aq uélla: c a d a u n a de estas opciones d e p e n d e del m a rc o id eo ­
ló g ico e n el sen o d el c u a l se o p e ra .
P o d r ía p re c is a rs e m á s el lu g a r d e la n o c ió n d e g é n e ro
m e d ia n te d o s d is tin c io n e s sim é tric a s . D a d o q u e el g é n e ro
es la c o d ific a c ió n h is tó ric a m e n te c o n s ta ta d a d e p ro p ie d a ­
d es d is c u rs iv a s , es fácil c o n c e b ir la a u s e n c ia d e cad a, u n o
d e los do s c o m p o n e n te s d e e s ta d e fin ic ió n : la r e a lid a d h is ­
tó ric a y la re a lid a d d iscu rsiv a. E n el p rim e r caso, estaríam o s
en relació n con aq uellas categ o rías de la p o é tic a g en eral q u e,
s e g ú n los n iv e le s d el te x to , se lla m a n m o d o s , re g is tro s , e s­
tilo s o, in c lu s o , fo rm a s , m a n e r a s , etc. E l «estilo no b le» o
la « n a rra c ió n e n p r im e r a p e rso n a » so n c ie rta m e n te re a li­
dad es discu rsiv as; p ero n o p o d em o s fijarlas e n u n ú n ic o m o ­
m e n to d e l tie m p o : so n s ie m p re p o sib les. R e c íp ro c a m e n te ,
en el s e g u n d o c a so , se t r a t a r í a d e n o c io n e s q u e p e rte n e c e n
a la h is to ria lite r a r ia e n te n d id a e n se n tid o a m p lio , ta le s co­
m o c o rrie n te , e sc u e la , m o v im ie n to o, e n o tro se n tid o d e
la p a la b r a , «estilo». C ie r ta m e n te , el m o v im ie n to lite ra rio
d el sim b o lism o e x istió h is tó ric a m e n te , p e ro ello n o su p o n e
q u e las o b ra s d e los a u to re s q u e se c o n s id e ra b a n m ie m b ro s
su y o s te n g a n e n c o m ú n p ro p ie d a d e s d isc u rsiv a s (q u e n o
sean triviales); la u n id a d p u e d e establecerse sin m ás e n to m o
a a m is ta d e s , m a n ife sta c io n e s c o m u n e s, etc. E l g é n e ro es el
l u g a r d e e n c u e n tr o d e la p o é tic a g e n e ra l y d e la h is to ria
lite ra ria ; p o r e sa ra z ó n es u n o b je to p riv ile g ia d o , lo cu a l
p o d r ía c o n c e d e rle m u y b ie n el h o n o r de c o n v e rtirs e e n el
p e rs o n a je p r in c ip a l de los e stu d io s lite ra rio s .
T a l es el m a rc o g lo b al de u n e s tu d io d e los g é n e ro s.
N u e s tr a s d e s c rip c io n e s a c tu a le s d e los g é n e ro s so n ta l vez
in su ficien tes: lo cu a l n o su p o n e la im p o sib ilid a d de u n a teo ­
r ía de los g én ero s: las p ro p o sic io n e s q u e p re c e d e n v e n d ría n
a se r los p re lim in a r e s d e tal te o ría . Q u is ie r a , al re s p e c to ,
r e c o rd a r o tro fra g m e n to d e F rie d ric h S ch leg el e n el q u e in ­
te n ta fo r m u la r u n a o p in ió n e q u ilib r a d a so b re la c u e s tió n
y se p r e g u n ta si la im p re s ió n n e g a tiv a q u e tie n e c u a n d o
se to m a c o n c ie n c ia d e las d istin c io n e s g e n é ric a s, n o es d e ­
b id a s e n c illa m e n te a la im p e rfe c c ió n d e lo s siste m a s p r o ­
p u e s to s p o r el p a s a d o : « ¿D eb e se r d iv id id a la p o e s ía , p u r a
y sim p le m e n te » ? ¿o d e b e c o n sid e ra rse u ñ a e in d iv isib le? ¿o
p a s a r a lte r n a tiv a m e n te d e la d iv isió n a la u n ió n ? L a s r e ­
p re s e n ta c io n e s del sis te m a p o é tic o u n iv e rs a l so n a ú n e n su
m a y o r p a r te ta n to sc a s y p u e rile s co m o las d el siste m a a s ­
tro n ó m ic o a n te s d e G o p é rn ic o . L a s d iv isio n e s u s u a le s d e
la p o e s ía n o so n n a d a m á s q u e c o m p a rtim e n ta c ió n m u e r ta
p a r a u n h o riz o n te lim ita d o . L a o p in ió n v u lg a r, o lo q u e
se a c e p ta sin m á s , o sea, la tie r r a co m o c e n tro in m ó v il.
« A h o ra b ie n , e n el u n iv e rs o d e la p o e s ía n a d a e stá en
re p o so , to d o c a m b ia y se tr a n s f o r m a y se m u e v e a r m o n io ­
s a m e n te ; y los m ism o s c o m e ta s tie n e n fija d a su tra y e c to ­
r ia p o r re g la s in m u ta b le s . P e ro , lo m ism o q u e n o se p u e ­
d e c a lc u la r el re c o rrid o d e las e stre lla s, n i p re v e r su c u rso ,
el v e rd a d e ro sis te m a có sm ico d e la p o e s ía n o está claro»
(Athenaeum , 434). L os com etas, ta m b ié n ellos, o b ed ecen a le­
y es in m u ta b le s ... L o s v iejo s siste m a s sólo d e s c rib ía n el r e ­
s u lta d o m u e rto ; h a y q u e a p r e n d e r a p r e s e n ta r los g é n e ro s
c o m o p rin c ip io s d in á m ic o s d e p ro d u c c ió n , so p e n a d e n o
c o m p r e n d e r ja m á s el v e rd a d e ro sis te m a d e la p o e sía . Q u i­
z á s h a lle g a d o el m o m e n to d e p o n e r e n p r á c tic a el p r o g r a ­
m a d e F rie d ric h S chlegel.
E s n e c e s a rio v o lv e r a la p r e g u n ta in ic ia l, c o n c e rn ie n te
al o rig e n siste m á tic o d e los g é n e ro s. Y a h a te n id o , e n c ie r­
to s e n tid o , re s p u e s ta , p o rq u e , co m o h e m o s d ic h o , los g é­
n e ro s p ro c e d e n , co m o c u a lq u ie r acto de le n g u a je , d e la co ­
dificació n d e p ro p ie d a d e s d iscursivas. S e ría n ecesario , p u es,
re fo rm u la r n u e s tra p r e g u n ta así: ¿ h ay a lg u n a d ife re n c ia e n ­
t r e los g é n e ro s (lite ra rio s) y los d e m á s acto s d e le n g u a je ?
R e z a r es u n ac to d e h a b la ; la p le g a ria es u n g é n e ro (q u e
p u e d e ser o n o lite ra rio ): la d iferen cia es m ín im a . P e ro , p o r
p o n e r o tro e jem p lo : n a r r a r es u n acto d e le n g u a je , y la n o ­
v ela, u n g én ero d o n d e e v id e n te m e n te se n a r r a algo; sin e m ­
b a rg o , la d is ta n c ia es g ra n d e . T e r c e r caso: el so n e to es sin
d u d a u n g é n e ro lite ra rio , p e ro n o ex iste la a c tiv id a d v e r ­
b a l « so n etear» ; p o r lo ta n to , h a y g é n e ro s q u e n o p ro c e d e n
d e u n a c to d e le n g u a je m á s sim p le.
E n s u m a , p u e d e n c o n c e b irse tre s p o sib ilid a d e s: o el gé­
n e ro , c o m o el so n e to , c o d ifica p ro p ie d a d e s d isc u rsiv a s co ­
m o lo h a r ía c u a lq u ie r acto d e le n g u a je ; o el g én ero co in cid e
co n u n a c to d e le n g u a je q u e tie n e ta m b ié n u n a e x iste n c ia
n o lite r a r ia , c o m o la p le g a ria ; o, p o r ú ltim o , p ro c e d e d e
u n a c to d e le n g u a je m e d ia n te u n c ie rto n ú m e r o d e tr a n s ­
fo rm a c io n e s o a m p lific a c io n e s : ése se ría el caso d e la n o ­
v e la , a p a r t i r d e la a c c ió n d e n a r r a r . Sólo este te r c e r caso
p r e s e n ta d e h e c h o u n a s itu a c ió n n u e v a : en los do s p r im e ­
ro s, el g é n e ro n o es e n n a d a d is tin to d e los d e m á s acto s.
A q u í, e n c o m p e n s a c ió n , n o se p a r te d ire c ta m e n te d e p r o ­
p ie d a d e s d iscu rsiv as sino de o tro s actos de le n g u a je y a co n s­
titu id o s ; se p a s a d e u n a c to sim p le a u n acto co m p le jo . E s
ta m b ié n el ú n ic o q u e m e re c e u n tr a ta m ie n to a p a r te d e las
d e m á s a ccio n es v e rb a le s. N u e s tr a p re g u n ta a c e rc a del o r i­
g e n d e los g é n e ro s se c o n v ie rte , p o r ta n to , en : ¿cu áles so n
las tra n s fo rm a c io n e s q u e s u fre n a lg u n o s acto s d e le n g u a je
p a r a p r o d u c ir a lg u n o s g é n e ro s lite ra rio s?

III

T r a t a r é de r e s p o n d e r a ello e x a m in a n d o a lg u n o s casos
c o n c re to s. E s ta clase de p ro c e d im ie n to im p lic a d e e n tr a d a
q u e , c o m o el g é n e ro ta m p o c o es e n sí m ism o n i p u r a m e n ­
te d isc u rsiv o n i p u r a m e n te h istó ric o , la cu e stió n del o rig e n
siste m á tic o d e lo s g é n e ro s n o p u e d e m a n te n e rs e e n la p u r a
a b s tra c c ió n . In c lu s o si el o rd e n d e la e x p o sició n n o s llev a,
p o r ra z o n e s d e c la rid a d , d e lo sim p le a lo c o m p le jo , el o r ­
d e n d e la in v e s tig a c ió n sig u e, p o r su p a rte , el c a m in o in ­
v e rso : p a r tie n d o d e los g é n e ro s o b se rv a d o s, se tr a t a de h a ­
lla r su g e rm e n d isc u rsiv o .
T o m a r é m i p r im e r e jem p lo d e u n a c u ltu ra d ife re n te de
la m ía : la d e los L u b a s , h a b ita n te s del Z a ire ; lo escojo p o r
su re la tiv a s im p lic id a d '. « In v itar» es u n a c to de h a b la de
los m á s c o m u n e s . P o d r ía lim ita rs e el n ú m e ro de fó rm u la s
u tiliz a d a s y o b te n e rs e d e ta l fo rm a u n a in v ita c ió n ritu a l,
co m o la q u e se p ra c tic a é n tre n o so tro s en a lg u n o s casos so­
le m n e s. P e ro e n tr e los L u b a s ex iste a d e m á s u n g é n e ro li­
te ra rio m e n o r, p ro v in ie n te d e la in v ita c ió n , q u e se p r a c ti­

1 D e b o tod as las in fo rm a c io n e s c o n c e rn ie n te s a los g é n e ro s lite ra ­


rios de los L u b a s y su c o n te x to v e rb a l a la a m a b ilid a d de la s e ñ o ra C lé-
m e n tin e F a ík -N z u ji.
ca incluso fu e ra de su co n tex to d e o rig en . P o r ejem p lo , «yo»
in v ita a su c u ñ a d o a e n tr a r e n su casa. E s ta fo rm a ex p lícita
sólo a p a re c e , sin e m b a rg o , e n los ú ltim o s v e rso s d e la in ­
v ita c ió n (2 9 -3 3 ; se t r a t a d e u n te x to rim a d o ). L o s v e in tio ­
cho v erso s p re c e d e n te s c o n tie n e n u n re la to , e n el q u e «yo»
se dirige a casa de su c u ñ a d o , y éste es q u ie n lo in v ita . V e a ­
m o s el p rin c ip io del re la to :

Y o fui a casa d e m i c u ñ a d o ,
M i c u ñ a d o dice: b u e n o s d ía s,
Y yo le digo : b u e n o s d ías te n g a s.
M o m e n to s d e sp u é s, él dice:
5 E n tr a e n casa, etc.

E l re la to n o se a c a b a a q u í; n o s lle v a a u n n u e v o e p iso ­
d io e n el q u e «yo» p id e q u e a lg u ie n le a c o m p a ñ e a co m er;
el ep iso d io se re p ite d o s veces:

Y o digo : c u ñ a d o m ío ,
10 L la m a a tu s n iñ o s,
Q u e c o m a n co n m ig o esta p a s ta .
C u ñ a d o dice: ¡bueno!
L os n iñ o s h a n co m id o y a,
Y a se h a n ido a d o rm ir.
15 Y o digo : b u e n o ,
¡T a m b ié n estás tú , cu ñ ad o !
L la m a a tu g ra n p e rro .
C u ñ a d o dice: ¡bueno!
El p e rro h a co m id o y a,
20 Y a se h a ido a d o rm ir, etc.

S igue u n a tra n s ic ió n c o m p u e s ta d e a lg u n o s p ro v e rb io s,
y al fin al se lle g a a la in v ita c ió n d ire c ta , d irig id a e sta vez
p o r «yo» a su c u ñ a d o .
S in ta n s iq u ie ra e n tr a r e n d e ta lle s, p o d e m o s c o n s ta ta r
q u e e n tre el ac to v e rb a l d e in v ita c ió n y el g é n e ro lite ra rio
«invitación» del cual es u n e je m p lo el te x to p re c e d e n te , tie ­
n e n lu g a r v a ria s tra n s fo rm a c io n e s :
1) u n a inversión de los p a p e le s d e lo c u to r y d e s tin a ta ­
rio : «yo» in v ita al c u ñ a d o , el c u ñ a d o in v ita a «yo»;
2) u n a narrativización , o, m á s e x a c ta m e n te , la in serció n
del ac to v e rb a l d e in v ita r e n el d e re la ta r; o b te n e m o s , en
lu g a r de u n a in v ita c ió n , el re la to d e u n a in v ita c ió n ;
3) u n a especificación: n o sólo se es in v itad o sin m ás, sino
ta m b ié n a c o m e r u n a p a s ta ; n o sólo se a c e p ta la in v ita c ió n ,
sin o q u e se d e se a e s ta r a c o m p a ñ a d o ;
4) u n a repetición d e la m is m a s itu a c ió n n a r r a tiv a , p e ­
ro q u e c o m p o rta :
5) u n a valoración e n los a c to re s q u e a s u m e n el m ism o
p a p e l: p r im e r o los n iñ o s , d e sp u é s el p e rro .
E s ta e n u m e r a c ió n , p o r s u p u e s to , n o es e x h a u s tiv a , p e ­
ro p u e d e d a rn o s u n a id e a d e la n a tu r a le z a d e las tr a n s f o r ­
m a c io n e s q u e su fre el ac to d e le n g u a je . Se d iv id e n e n do s
g ru p o s q u e p o d r ía n lla m a rs e : a) in te r n a s , e n las q u e la
d e riv a c ió n se p ro d u c e e n el in te rio r m ism o d el acto d e le n ­
g u a je in ic ia l; es el caso d e las tra n s fo rm a c io n e s 1 y 3 e n
5; y b ) e x te rn a s , e n las q u e el p r im e r a c to de h a b la se
c o m b in a c o n u n se g u n d o a c to , se g ú n u n a u o tra re la c ió n
je r á r q u ic a ; es el caso de la tra n s fo rm a c ió n 2, e n la q u e «in­
v ita r» se in s e r ta e n « relatar» .
T o m e m o s a h o r a u n se g u n d o e je m p lo , ta m b ié n de la
m is m a c u ltu ra lu b a . P a r tir e m o s d e u n acto d e h a b la m á s
e se n c ia l a ú n : n o m b r a r , a tr ib u ir u n n o m b re . E n F ra n c ia ,
la sig n ific a c ió n d e los a n tro p ó n im o s se o lv id a sie m p re ; los
n o m b re s p ro p io s sig n ific a n p o r ev o cació n d e u n c o n te x to
o p o r a so c ia c ió n , n o g ra c ia s al sig n ific a d o d e los m o rfe m a s
q u e los c o m p o n e n . E ste caso es p o sib le e n tr e los L u b a s ,
p e ro al la d o d e esos n o m b r e s d e sp ro v isto s d e sig n ificad o
se e n c u e n tr a n o tro s c u y o sig n ific a d o es c o m p le ta m e n te a c ­
tu a l y c u y a a trib u c ió n e stá , a d e m á s , m o tiv a d a p o r ese sig ­
n ific a d o . P o r e je m p lo (n o se ñ a lo los to n o s):

Lonji sig n ifica «F erocidad»


M ukunza sig n ifica « C laro d e piel»
Ngenyi sig n ifica « Inteligencia»

A p a rte de estos n o m b re s e n c ie rto m o d o oficiales, u n


in d iv id u o p u e d e te n e r m o te s , m á s o m e n o s e sta b le s, c u y a
fu n c ió n p u e d e se r el elogio o s im p le m e n te la id e n tific a c ió n
a tra v é s d e los ra sg o s del in d iv id u o , co m o , p o r e je m p lo ,
su p ro fe sió n . L a e la b o ra c ió n d e esos m o te s los a c e rc a y a
a fo rm a s lite ra ria s . V e a m o s a lg u n o s ejem p lo s de u n a de las
fo rm a s d e esos m o te s, los m akum bu, o n o m b re s d e elogio:

Cipanda wa nshindumeenu, v ig a en la q u e u n o se ap o y a.
Dileji dya kwikisha munnuya, so m b ra bajo la cu al u n o se r e ­
fugia.
Kasunyt kaciinyi nkelende, h a c h a q u e no. te m e los espinos.

V e m o s q u e los m o te s p u e d e n c o n s id e ra rs e co m o u n a
e x p a n s ió n d e los n o m b re s . E n u n o y o tro caso se d e sc ri­
b e n los seres ta l cu a l so n o ta l cu a l d e b ie ra n ser. D e sd e el
p u n to de v is ta sin tá c tic o , se p a s a del n o m b r e aisla d o (su b s­
ta n tiv o o ad je tiv o su b sta n tiv a d o ) al s in ta g m a c o m p u e sto de
u n n o m b re m á s u n a re la tiv a q u e lo califica. S e m á n tic a m e n ­
te , se p a s a d e las p a la b ra s to m a d a s e n u n se n tid o lite ra l
a las m e tá fo ra s . E sto s m o te s, al ig u al q u e los n o m b re s m is­
m o s , ta m b ié n p u e d e n a lu d ir a p ro v e rb io s o re fra n e s co­
rrie n te s .
P o r ú ltim o , ex iste e n tre los L u b a s u n g é n e ro lite ra rio
m u y fijad o — y m u y e stu d ia d o — q u e se lla m a el kasala. S on
can to s d e d im e n sio n e s v ariab les (q u e p u e d e n so b re p a sa r los
o c h o c ie n to s v e rso s), q u e « ev o can las d ife re n te s p e rs o n a s y
a c o n te c im ie n to s d e u n c la n , e x a lta n con g ra n d e s a la b a n ­
zas a sus m ie m b ro s d ifu n to s y /o vivos y d e c la m a n sus h a ­
z a ñ a s y p ro e z a s» (N z u ji). S e t r a ta o tra v ez d e u n a m e z c la
d e c a ra c te rís tic a s y d e elogios: se in d ic a , p o r u n a p a r te , la
g e n e a lo g ía d e los p e rs o n a je s , s itu a n d o a u n o s c o n re sp e c to
a los d e m á s ; p o r o tra , se les a trib u y e n c u a lid a d e s d e s ta c a ­
d a s; estas a trib u c io n e s in c lu y e n fre c u e n te m e n te m o te s co­
m o los q u e a c a b a m o s d e v e r. A d e m á s , el b a rd o in te rp e la
a los p e rs o n a je s y les c o n m in a a c o m p o rta rs e d e m a n e r a
a d m ira b le . C o m o p u e d e v e rs e , to d o s los ra sg o s c a ra c te rís ­
tico s d el kasala e s ta b a n c o n te n id o s e n p o te n c ia e n el n o m ­
b r e p r o p io , y a ú n m á s e n e sa fo rm a in te r m e d ia q u e s u p o ­
n e el m o te .
V o lv a m o s a h o ra al te rre n o m á s fa m ilia r d e lo s g én ero s
d e la lite r a tu r a o ccid e n ta l p a r a in te n ta r sa b e r si p u e d e n o b ­
se rv a rse e n ellos tra n s fo rm a c io n e s p a re c id a s a las q u e ca ­
r a c te r iz a n a los g é n e ro s lu b a s.
T o m a r é c o m o p r im e r eje m p lo el g é n e ro q u e yo m ism o
h e te n id o q u e d e s c rib ir e n Introducción a la literatura fa n tá s ti­
ca. Si m i d e s c rip c ió n es c o rre c ta , este g é n e ro se c a ra c te ri­
z a p o r la in d e c is ió n q u e d e b e e x p e rim e n ta r el le c to r a c e r­
ca d e la e x p lic a c ió n n a tu r a l o s o b re n a tu ra l d e los sucesos
m e n c io n a d o s . M á s e x a c ta m e n te , el m u n d o q u e se d e sc ri­
b e es, p o r s u p u e s to , el n u e s tr o , co n sus leyes n a tu ra le s (no
e sta m o s e n lo m a ra v illo s o ), p e ro e n el sen o d e este u n iv e r ­
so se p ro d u c e u n a c o n te c im ie n to al c u a l c u e sta tr a b a jo h a ­
lla rle u n a e x p lic a c ió n n a tu r a l. L o q u e co d ifica el g é n e ro es
u n a p ro p ie d a d p r a g m á tic a de la situ a c ió n d isc u rsiv a : la a c ­
titu d del le c to r, tal y co m o el lib ro la p re s c rib e (y q u e el
le c to r in d iv id u a l p u e d e a d o p ta r o n o ). E ste p a p e l del le c ­
to r n o e s tá im p líc ito la m a y o r ía d e las v eces, sino q u e e s tá
r e p r e s e n ta d o e n el te x to m ism o p o r los rasg o s d e u n p e r-
so n a je -te stig o ; la id e n tific a c ió n d e u n o c o n o tro se fa c ilita
p o r la a tr ib u c ió n a este p e rs o n a je d e la fu n c ió n d e n a r r a ­
d o r: el em p leo del p ro n o m b re d e p rim e ra p e rs o n a «yo» p e r ­
m ite al le c to r id e n tific a rs e c o n el n a r r a d o r , y ta m b ié n c o n
el p e rs o n a je -te s tig o q u e d u d a a c e rc a d e la e x p lic a c ió n q u e
h a d e d a r a los su cesos o c u rrid o s.
D e je m o s d e la d o , p a r a sim p lific a r, e sta trip le id e n tifi­
ca c ió n e n tr e le c to r im p líc ito , n a r r a d o r y p e rs o n a je -te s tig o ;
a d m ita m o s q u e se t r a ta d e u n a a c titu d d el n a r r a d o r r e p r e ­
se n ta d o . U n a fra se q u e se e n c u e n tr a en u n a de la s n o v e la s
fa n tá s tic a s m á s re p re s e n ta tiv a s , el M anuscrito encontrado en
Zaragoza d e P o to ck i, re su m e e m b le m á tic a m e n te la situ ació n :
« L leg u é casi a c re e r q u e u n o s d e m o n io s h a b ía n a n im a d o ,
p a r a e n g a ñ a r m e , los c u e rp o s d e los a h o rcad o s» . Se n o ta la
a m b ig ü e d a d de la situ a c ió n : el a c o n te c im ie n to s o b r e n a tu ­
ra l es d e sig n a d o p o r la p ro p o s ic ió n s u b o rd in a d a ; la p r in c i­
p a l e x p re s a la a d h e s ió n del n a r r a d o r , p e ro u n a a d h e s ió n
m o d u la d a p o r la a p ro x im a c ió n . L a p ro p o s ic ió n p rin c ip a l
im p lic a , p o r ta n to , la in v e ro s im ilitu d in trín s e c a de lo q u e
sig u e, y c o n s titu y e , p o r eso m is m o , el m a rc o « n a tu ra l» y
« ra zo n ab le» e n q u e el n a r r a d o r q u ie re m a n te n e r s e (y, p o r
s u p u e s to , m a n te n e r lo s .) .
E l a c to d e le n g u a je q u e se h a lla e n el o rig e n d e lo f a n ­
tá stic o es, p o r c o n s ig u ie n te , sim p lific a n d o in c lu so u n p o c o
la s itu a c ió n , u n acto c o m p le jo . P o d r ía re e s c rib irs e así su
fó rm u la : «Yo» (p ro n o m b re c u y a fu n c ió n se h a e x p lic a ­
d o ) + v e r b o d e a c t i t u d ( c o m o « c re e r» , « p e n s a r » ,
e tc .) + m o d a liz a c ió n de este v e rb o e n el se n tid o de la i n ­
c e rtid u m b re (m o d a liz a c ió n q u e sig u e dos c a m in o s p r in c i­
p ales: el tie m p o del v e rb o , q u e se rá el p a s a d o , p e rm itie n d o
a sí la in s ta u r a c ió n d e u n a d is ta n c ia e n tre n a r r a d o r y p e r ­
so n a je ; y los a d v e rb io s d e m o d o , co m o «casi» y « q uizás»,
«sin d u d a » , e tc .) + p ro p o s ic ió n s u b o r d in a d a d e s c rib ie n d o
u n suceso n a tu r a l.
C o n esta fo rm a a b s tra c ta y re d u c id a , el acto de len g u aje
« fan tástico » p u e d e e n c o n tra rs e , p o r s u p u e s to , fu e ra de la
lite ra tu ra : se rá el d e u n a p e rs o n a q u e re fie re u n suceso q u e
se sale del m a rc o de las ex p lic a c io n e s n a tu r a le s , c u a n d o ,
p e se a to d o , e sa p e rs o n a n o q u ie re re n u n c ia r a ese m ism o
m a rc o , y n o s d a a c o n o c e r su in c e r tid u m b r e (s itu a c ió n tal
v ez r a r a e n n u e s tro s d ía s, p e ro e n c u a lq u ie r casó p e rfe c ta ­
m e n te re a l). L a id e n tid a d del g é n e ro e s tá a b s o lu ta m e n te
d e te r m in a d a p o r la del acto de le n g u a je ; lo cu al n o q u ie re
d e c ir, sin e m b a rg o , q u e a m b o s se a n id é n tic o s. E se n ú c le o
se e n riq u e c e con u n a serie d e a m p lific a c io n e s , e n el se n ti­
d o re tó ric o : 1) u n a n a r r a tiv iz a c ió n : h a y q u e c r e a r u n a si­
tu a c ió n e n la q u e el n a r r a d o r a c a b a r á f o rm u la n d o n u e s tr a
fra se e m b le m a , o u n o d e sus s in ó n im o s; 2) u n a g ra d a c ió n ,
o al m e n o s u n a irre v e rs ib ilid a d e n la a p a ric ió n d e lo so­
b re n a tu ra l; 3) u n a p ro life ra ció n te m á tic a : ciertos te m a s, co­
m o las p e rv e rs io n e s se x u a le s o los esta d o s p ró x im o s a la
lo c u ra , s e rá n p re fe rid o s a los d e m á s; 4) u n a re p re s e n ta c ió n
q u e , p o r e je m p lo , a p ro v e c h a rá la in c e r tid u m b r e q u e u n o
p u e d e te n e r al e le g ir e n tre el se n tid o lite ra l y el se n tid o fi­
g u ra d o de u n a e x p re sió n . T o d o s estos so n te m a s y p ro c e ­
d im ie n to s q u e h e in te n ta d o d e s c rib ir en m i lib ro .
N o h a y , p u e s , d esd e el p u n to de v ista del o rig e n , n i n ­
g u n a d ife re n c ia de n a tu r a le z a e n tre el g é n e ro fa n tá s tic o y
los q u e v e ía m o s e n la lite r a tu r a o ra l lu b a , a u n s u b s is tie n ­
do d ife re n c ia s de g ra d o , o lo q u e es ig u a l, de c o m p le jid a d .
E l acto v e rb a l q u e e x p re s a la d u d a « fan tástica» es m e n o s
c o m ú n q u e el q u e co n siste e n n o m b r a r o in v ita r; p e ro n o
d e ja de se r, p o r ello, u n acto v e rb a l co m o los d e m á s. L as
tra n s fo rm a c io n e s q u e e x p e rim e n ta h a s ta lle g a r a g é n e ro li­
te ra rio so n ta l vez m á s n u m e ro s a s y v a ria d a s q u e a q u e lla s
con las q u e n o s fa m ilia riz a b a la lite r a tu r a lu b a , p e ro son,
ta m b ié n , d e la m is m a n a tu r a le z a .
L a a u to b io g ra fía es o tro g é n e ro p ro p io de n u e s tr a so­
c ie d a d q u e se h a d e sc rito co n ta n ta p re c is ió n c o m o p a r a
q u e p o d a m o s in v e stig a rlo d e sd e n u e s tr a p e rs p e c tiv a a c ­
tu a l 2. E n do s p a la b ra s , la a u to b io g ra fía se d e fin e p o r dos
id e n tid a d e s : la del a u to r c o n el n a r r a d o r , y la del n a r r a ­
d o r con el p e rs o n a je p rin c ip a l. E s ta s e g u n d a id e n tid a d re ­

~ C o n c re ta m e n te , p ie n so en los estu d io s de P h ilip p e L e je u n e .


s u lta e v id e n te : es la q u e re s u m e el p re fijo « au to -» , y q u e
p e rm ite d is tin g u ir la a u to b io g ra fía d e la b io g ra fía o de las
M e m o ria s . L a p r im e r a es m á s su til: s e p a ra la a u to b io g r a ­
fía (e x a c ta m e n te ig u a l q u e la b io g ra fía y las M e m o ria s ) d e
la n o v e la , p u e s é sta e s ta ría im p r e g n a d a d e e le m e n to s t o ­
m a d o s d e la v id a d el a u to r . E s ta id e n tid a d d is tin g u e , e n
s u m a , los g é n e ro s « referen ciales» o «históricos» d e los g é ­
n e ro s «Acciónales»: la re a lid a d del re fe re n te e stá c la ra m e n te
in d ic a d a , p u e sto q u e se tr a ta del a u to r m ism o del lib ro , p e r ­
so n a in s c r ita e n el re g is tro civil de su c iu d a d n a ta l.
A sí p u e s , te n e m o s q u e v é rn o s la s co n u n ac to de le n ­
g u a je q u e co d ific a a la vez p ro p ie d a d e s se m á n tic a s (lo q u e
im p lic a la id e n tid a d n a rra d o r-p e rs o n a je : h a y q u e h a b la r d e
sí m is m o ) y p ro p ie d a d e s p ra g m á tic a s (e n c u a n to a la id e n ­
tid a d a u to r - n a r r a d o r , se p re te n d e d e c ir la v e rd a d y n o u n a
ficció n ). C o n e sta fo rm a , este acto d e le n g ü a je e s tá e x tre ­
m a d a m e n te d ifu n d id o fu e ra de la lite ra tu ra : se p ra c tic a c a d a
v ez q u e se nana. E s c u rio so a d v e rtir q u e los e stu d io s de L e -
je u n e e n los c u ales m e b a so a q u í, so c a p a d e u n a d e s c rip ­
c ió n del g é n e ro , de h e c h o , h a n fija d o , so b re el p a r tic u la r
la id e n tid a d d el acto d e le n g u a je , p e se a se r ú n ic a m e n te
su n ú cleo . E ste d eslizam ien to d e o b jeto es rev elad o r: la id e n ­
tid a d d el g é n e ro le v ie n e d a d a p o r el acto d e le n g u a je q u e
e s tá e n su o rig e n , re la ta rs e ; lo cu al n o im p id e q u e , p a r a
c o n v e rtirs e e n g é n e ro lite ra rio , este c o n tra to in ic ia l te n g a
q u e e x p e rim e n ta r n u m e ro s a s tra n sfo rm a c io n e s (q u e no n o s
p r e o c u p a n e n este m o m e n to ).
¿ Q u é o c u r r ir ía c o n los g é n e ro s a ú n m á s co m p le jo s t o ­
d a v ía , c o m o la n o v e la ? N o m e a tre v o a la n z a r m e a la f o r ­
m u la c ió n d e la serie de tra n s fo rm a c io n e s q u e p re s id e n su
n a c im ie n to : p e ro , p ec a n d o sin d u d a d e o p tim ism o , d iré q u e ,
a q u í ta m b ié n , el pro ceso n o p a re c e q u e sea c u a lita tiv a m e n te
d is tin to . L a d ific u lta d d e e stu d io d el « o rig en d e la n o v e ­
la», d e sd e este p u n to d e v is ta , ra d ic a r ía e n el in fin ito e n ­
c a jo n a m ie n to d e acto s de le n g u a je u n o s d e n tro d e o tro s.
A r r ib a d el to d o d e la p ir á m id e e s ta ría el c o n tra to ficcio n al
(es d ecir, la codificación de u n a p ro p ie d a d p ra g m á tic a ), q u e
e x ig iría a su vez la a lte r n a n c ia de e le m e n to s d e sc rip tiv o s
y n a r r a tiv o s , o, lo q u e es ig u a l, d e s c rib iría los e sta d o s i n ­
m ó v ile s y las accio n es q u e se d e s a rro lla n e n el tie m p o ( n ó ­
tese q u e estos do s acto s de h a b la e s tá n c o o rd in a d o s e n tre
sí y d e n in g u n a m a n e r a e n c a ja d o s co m o en -lo s caso s p r e ­
c e d e n te s). Se s u m a ría n a ello c o n stric c io n e s c o n c e rn ie n te s
al a sp ecto v e rb a l-d e l te x to (la a lte rn a n c ia d el d isc u rso del
n a r r a d o r y del d e los p e rs o n a je s ) y su a sp e c to s e m á n tic o
(lá v id a p e rs o n a l c o n p re fe re n c ia a los g ra n d e s fresco s de
ép o c a ), y así s u c e s iv a m e n te ...
L a r á p id a e n u m e ra c ió n q u e a c a b o d e h a c e r n o p a re c e ,
p o r lo d e m á s , e n n a d a d ife re n te , a n o se r p o r su b re v e d a d
y e s q u e m a tis m o , d e los e stu d io s q u e se h a n c o n s a g ra d o y a
a este g é n e ro . Y , p e se a to d o , n o es así: f a lta b a e s ta p e r s ­
p e c tiv a — ¿ d e s p la z a m ie n to ín fim o ? , ¿tal v ez ilu sió n ó p ti­
c a ? — q u e p e r m ite v e r q u e n o ex iste u n a b ism o e n tre la li­
te r a tu r a y lo q u e n o lo es, q u e los g é n e ro s lite ra rio s tie n e n
su o rig e n , lis a y lla n a m e n te , e n el d isc u rso h u m a n o .

Vous aimerez peut-être aussi