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ARREPENDIMENTO

A negação de Pedro
Era a época da Páscoa. Estavam todos os discípulos, juntamente com Jesus, reunidos em torno
de uma mesa quando Jesus disse:
- Um de vós, que aqui está comendo comigo, me entregará.
Todos os discípulos se entristeceram e começaram a dizer:
- Serei eu?
Após a passagem em que Jesus parte o pão e o entrega aos discípulos e também um cálice de
vinho que entre todos é compartilhado, dirigem-se ao Monte das Oliveiras, onde Jesus lhes diz:
- Todos irão se escandalizar (ficar chocados), porque está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas
serão dispersadas.
Pedro lhe disse:
- Mesmo se todos se escandalizarem, eu, porém, não.
Diz-lhe Jesus:
- Assim te digo que hoje, nesta noite, antes de cantar o galo duas vezes, três vezes tu me negarás.
Pedro, tristonho, lhe diz com veemência:
- Ainda que seja necessário morrer contigo, não te negarei...
Mais tarde, naquela noite, estando Jesus após ser preso, diante do Sinédrio, na residência do
sumo sacerdote, encontramos Pedro nas dependências da mesma residência.
Uma das criadas da casa ao vê-lo, diz:
- Tu estavas com o nazareno!
Pedro nega dizendo que não o conhece, nem mesmo entende o que Ele diz, saindo do local onde
se encontrava. Nisso um galo canta ao longe.
Novamente a criada o vê e diz: Este é um deles! Pedro negou novamente. Algumas pessoas que
ali se encontravam, ao fitar Pedro, disseram: Verdadeiramente, tu és um deles, pois tu também
é galileu! Pedro começou a amaldiçoar e a jurar: Não conheço este homem de que falam. E logo
um galo cantou pela segunda vez...
Pedro então se lembrou das palavras de Jesus, que havia lhe dito que antes que o galo cantasse
duas vezes, três vezes ele o negaria. Pedro, então, cai em si, arrepende-se e chora
profundamente...

Deus cria os espíritos simples e ignorantes


Simples: sem dúvidas ou questionamentos, sem preocupações, sem indagações íntimas de
qualquer espécie.
Ignorantes: sem sabermos e sem nos questionarmos sobre quem éramos, o que estávamos
fazendo ali, para onde iríamos depois.
Milênios se passaram até que conseguíssemos descobrir algo dentro de nós a que chamamos
“consciência”. Mesmo depois de termos percebido a consciência, muitos séculos foram precisos
para amadurecê-la. Esse amadurecimento não quer dizer, de forma alguma, que já sabemos
ouvir e obedecer a consciência. Estamos na fase de esforço para isso. Por enquanto a maioria
das pessoas percebe a consciência apenas como geradora da dor da culpa. O sentimento de
culpa atinge quase todos.
Muitos sofrem com suas culpas, às vezes originadas de situações graves, às vezes surgidas a
partir de coisas aparentemente banais. Mas muitos se culpam por muitas coisas, e a culpa os
paralisa. É da consciência que nasce a culpa, mas não é essa a função da consciência. Ao
percebermos que cometemos um erro, devíamos passar diretamente para o estágio do
arrependimento.
O arrependimento seria a necessidade íntima de desfazer o que foi feito, de tentar consertar,
remendar, reajustar, ou, se isso não for mais possível, pelo menos compensar de alguma forma.
Mas às vezes a consciência estaciona no sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o colapso
da consciência. A consciência culpada esgota, num período de tempo mais ou menos longo, as
possibilidades de reação, de achar uma saída para o estado de autoacusação depressiva.
O arrependimento é a dor sentida pela dor causada.
Por isso o arrependido desenvolve o firme propósito de não repetir o erro, de reparar o dano
causado ou de compensar o erro com acertos. O espírito arrependido está em processo de
autocura. Sabe da gravidade do seu erro, sabe que não deve repeti-lo e sabe que deve caminhar
na direção contrária à que gerou o erro. É o arrependimento que nos leva a nos
comprometermos com o reajuste em relação a outros espíritos. É o arrependimento que norteia
os rumos parcialmente traçados antes de nosso reencarne.
LE 990. O arrependimento se dá no estado corporal ou no estado espiritual? No estado
espiritual; mas, também pode ocorrer no estado corporal, quando bem compreendeis a diferença
entre o bem e o mal. O arrependimento já é uma característica de evolução do espírito.
Kardec caracteriza o arrependimento em três hipóteses:
1. Desejo de melhora
2. Sentimento de culpa
3. Esforço de superação

Alinhar-se com o Cristo interno  ouvir a voz da razão


Reconhecer o próprio erro  arrependimento
Responsabilizar-se  a expiação
Corrigir o erro  a reparação
Celebrar a vitória do autoperdão  a paz

Quando no Plano Espiritual, se detentores de algum equilíbrio, somos levados a refletir sobre as
atividades desenvolvidas durante nossa encarnação. Se praticamos o mal – e temos consciência
disso – o arrependimento e o remorso irá nos atormentar. Porém, só remorso e arrependimento
não pagam as dívidas. Somente pagamos nossas dívidas quando reconstruímos o que
destruímos, quando unimos o que desunimos. Comparação entre dois ladrões arrependidos e
somente um deles devolve o dinheiro. Este pagou a dívida. Por isso reencarnamos!
O erro leva ao remorso, que leva ao arrependimento, que faz com que paguemos nossa dívida
e, com isso, nos leva à evolução espiritual.
Arrependimento é uma reação emocional que temos em relação a algo feito à alguém no
passado. Assim, temos dois tempos:
1. O passado, onde fiz algum dano
2. O presente, que começa a me incomodar
Para que eu possa me sentir um pouco mais apaziguado com minha consciência, lanço mão de
um primeiro sentimento – o remorso: Eu mereço ficar triste! Eu mereço sofrer!
Criamos punições pessoais e esperamos que os outros se apiedem de nós, nos consolem.
Ficamos com a sensação de que, se fizermos tudo de novo, seremos novamente consolados.
A maioria da humanidade, durante muito tempo, acostumou-se a um tipo de arrependimento
que era proporcionado por um ser externo. Nos dirigíamos a alguém, dizíamos o que tínhamos
feito e este alguém nos orientava a rezarmos tais coisas, a fazermos tais coisas, que estaria tudo
resolvido. Assim, nos acostumamos a esta confissão simples, para que as coisas ficassem
resolvidas, até que precisássemos novamente nos confessar sobre outros feitos. Estaríamos,
assim, perdoados de tudo o que tivéssemos feito.
Remorso é diferente de arrependimento. Remorso é o sentimento de culpa.
Arrependimento é assumirmos a culpa pelo que fizemos.
Após convidar o publicano Levi para seguir Jesus, encontramos todos na casa de Levi e havia ali
uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que
comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
E Jesus lhes respondeu: " Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão
enfermos;
Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento". Lucas 5:31-32
Eu digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende". Lucas 15:10
Jovens espancaram uma doméstica no Rio de Janeiro, em 2007. Um dos pais disse: meu filho
achava que era uma prostituta! Portanto, não deveria sentir nem mesmo remorso. Lembrar da
lição da mulher adúltera que iria ser apedrejada. Jovens queimaram índio em Brasília, em 1997.
Um dos pais disse: mas, eles pensaram que era um mendigo! Queimar mendigo pode, índio não.
Queremos amenizar o sentimento – remorso.
Deus, por acaso, espera de nós, somente esta representação social de que nos arrependemos?
O que chamamos de remorso? Não, é muito mais que isso. O arrependimento é um desejo
sincero de mudar o comportamento
Se o remorso é fruto de uma descoberta externa, o arrependimento seria fruto de algo
detectado interiormente. Não preciso que ninguém perceba que eu errei. Eu que tomo
consciência de que fiz algo equivocado e passo a exigir de mim mesmo uma mudança de atitude

Lembremos que a Espiritualidade Superior nos mostram que as leis divinas encontram-se na
consciência. Se essas Leis Divinas estivessem escritas em um livro, seria muito fácil de serem
manipuladas. Quando nos arrependemos, não fomos flagrados pela sociedade, mas sim pelo
nosso Eu interior. Quando assim agimos, estaremos dando um passo adiante em nossa evolução.
Deixaremos de sentir remorso e passaremos a nos arrepender. Deixaremos de ter o desejo de
não mais fazer aquela ação. Não existe, no meio externo da mente humana, nenhum evento
capaz de desencadear a autodestruição, a não ser a forma como eu enxergo o mundo.
Arrependimento seria a dor que eu sinto, pela dor que eu causei. Mas, somente poderei sentir
essa dor se tiver consciência de que causei a dor do outro. Arrependimento não é lamentar o
defeito dos outros.
Como disse nosso querido Rossandro Klinjey, Espírita não faz fofoca, ele faz prece: Vou falar um
negócio sobre o Fulano, mas vamos direcionar uma prece por ele...
Passagem do Evangelho de Lucas (18:10-14). Dois homens subiram ao templo, para orar; um,
fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus,
graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem
ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas
batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu
justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Tentativa de colocar no outro um erro maior que o meu, numa tentativa de negar seus próprios
defeitos. Arrependimento não é tentar se punir para se sentir melhor. Arrependimento não é
um ato compensatório.
Remorso: Do lat. remorsus, particípio passado de remordere, tornar a morder, significa
inquietação, abatimento da consciência que percebe ter cometido uma falta, um erro.
Arrependimento: Do lat. repoenitere, sentimento de pesar causado por violação de uma lei ou
de uma conduta moral: resulta na livre aceitação do castigo e na disposição de evitar futuras
violações. De acordo com a tradução do grego, arrependimento vem da palavra metanoeo, que
significa “mudar a mente”, arrepender-se.
Quando nos sentimos maus, cheios de problemas, nos sentindo culpados... Parabéns, estamos
evoluindo!
Agora somos capazes de perceber que não estamos prontos. Não somos uma obra imperfeita,
somos uma obra perfeita em construção.
Caímos para aprender a levantar. Erramos para aprender a acertar. Nos arrependemos para
aprender a evoluir.
Que tenhamos consciência de nossos atos. Que nos arrependamos sinceramente de nossos
erros. Que escutemos nosso galo cantar.
Música: epitáfio (titãs)

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