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Qual é a doutrina católica sobre a liberdade religiosa?

1. Papa Pio IX 1. Paulo VI

E contra a doutrina da Sagrada Este Concílio Vaticano declara que a


Escritura, da Igreja e dos Santos pessoa humana tem direito à liberdade
Padres, não duvidam em afirmar que “a religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte:
melhor forma de governo é aquela em todos os homens devem estar livres de
que não se reconheça ao poder civil a coacção, quer por parte dos indivíduos, quer
obrigação de castigar, mediante dos grupos sociais ou qualquer autoridade
determinadas penas, os violadores da humana; e de tal modo que, em matéria
religião católica, senão quando a paz religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a
pública o exija”. E, com esta ideia própria consciência, nem impedido de
absolutamente falssa de governo proceder segundo a mesma, em privado e em
social, não hesitam em consagrar público, só ou associado com outros, dentro
aquela opinião errônea, em extremo dos devidos limites. Declara, além disso, que o
perniciosa à Igreja católica e à saúde direito à liberdade religiosa se funda realmente
das almas, chamada de loucura por na própria dignidade da pessoa humana,
Gregório XVI, Nosso Predecessor, de como a palavra revelada de Deus e a
feliz memória, isto é, que “a liberdade própria razão a dão a conhecer. Este direito
de consciência e de cultos é um direito da pessoa humana à liberdade religiosa na
próprio de cada homem, que todo ordem jurídica da sociedade deve ser de tal
Estado bem constituído deve proclamar modo reconhecido que se torne um direito
e garantir como lei fundamental, e que civil...
os cidadãos têm direito à plena
liberdade de manifestar suas idéias Por esta razão, o direito a esta imunidade
com a máxima publicidade – seja de permanece ainda naqueles que não
palavra, seja por escrito, seja de outro satisfazem à obrigação de buscar e aderir à
modo qualquer -, sem que autoridade verdade; e, desde que se guarde a justa
civil nem eclesiástica alguma possam ordem pública, o seu exercício não pode ser
reprimir em nenhuma forma“. Ao impedido...
sustentar afirmação tão temerária, não
pensam nem consideram que com isso Os grupos religiosos têm ainda o direito de
pregam a liberdade de perdição, e que, não serem impedidos de ensinar e
se se dá plena liberdade para a disputa testemunhar publicamente, por palavra e
dos homens, nunca faltará quem se atreva por escrito a sua fé...
a resistir à Verdade, confiado na
loquacidade da sabedoria humana; mas Também pertence à liberdade religiosa que os
Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo diferentes grupos religiosos não sejam
ensina como a fé e a prudência cristã impedidos de dar a conhecer livremente a
hão de evitar esta vaidade tão danosa... eficácia especial da própria doutrina para
Em meio desta tão grande perversidade ordenar a sociedade e vivificar toda a atividade
de opiniões depravadas... temos julgado humana...
necessário levantar de novo Nossa voz
apostólica. Portanto, todas e cada uma O que este Concilio Vaticano declara acerca
das perversas opiniões e doutrinas do direito do homem à liberdade religiosa
determinadamente especificadas nesta funda-se na dignidade da pessoa, cujas
Carta, com Nossa autoridade apostólica exigências foram aparecendo mais
as reprovamos, proscrevemos e plenamente à razão humana com a
condenamos; e queremos e mandamos experiência dos séculos. Mais ainda: esta
que todas elas sejam tidas pelos filhos doutrina sobre a liberdade tem raízes na
da Igreja como reprovadas, proscritas e Revelação divina, e por isso tanto mais
condenadas. (Papa Pio IX, Quanta Cura, fielmente deve ser respeitada pelos
nn. 3 e 7, 8 dez. 1864) cristãos. (Paulo VI, Vaticano II, Dignitatis
Humanae, nn. 2, 4 e 9; 7 dez. 1965)
2. Constituição Espanhola 2. Nova Constituição Espanhola

A profissão e prática da religião católica, Depois desta declaração do Concílio, a


que é a do Estado espanhol, gozarão da necessidade apareceu de modificar o artigo
proteção oficial. sexto do Fuero de los españoles... [Nova
formulação:] “A profissão e a prática da
Ninguém será impedido por suas crenças Religião Católica, que é a religião do povo
religiosas nem pelo exercício privado de espanhol, beneficiar-se-ão de proteção
seu culto. Não se autorizarão outras especial. O Estado assegurará a proteção
cerimônias nem manifestações da liberdade religiosa, que será garantida
exteriores que as da Religião Católica. por eficaz disposição jurídica, que
(Foro dos Espanhóis, 17 jun. 1947) salvaguardará tanto a moral, como a ordem
pública.” (Lei Orgânica do Estado, 10 jan.
1967)

3. Papa Leão XIII 3. Paulo VI

E primeiramente, a propósito dos O que vós proclamais, aqui, são os direitos e


indivíduos, examinemos essa liberdade os deveres fundamentais do homem, a sua
tão contrária à virtude da religião, a dignidade, a sua liberdade, e antes de tudo a
liberdade de culto, como é chamada, liberdade religiosa. Sentimos que vós sois os
liberdade que se baseia no princípio de intérpretes do que há de mais alto na
que é lícito a cada qual professar a sabedoria humana, diríamos quase: o seu
religião que mais lhe agrade, ou mesmo carácter sagrado. Porque é, antes de tudo, da
não professar nenhuma. vida do homem que se trata, e a vida do
homem é sagrada: ninguém pode ousar
Mas, precisamente pelo contrário, sem atentar contra ela. (Paulo VI, Discurso na
dúvida alguma, entre todos os deveres do Sede da ONU, 4 out. 1965)
homem, o maior e mais santo é aquele
que lhe ordena que renda a Deus um
culto de piedade e de religião. E esse
dever não é senão uma consequência do
fato de estarmos perpetuamente sob a
dependência de Deus, governados pela
vontade e providência de Deus, e de que,
saídos Dele, devemos voltar a Ele. (Papa
Leão XIII, Libertas, n. 24, 20 jun. 1888)

4. Papa Pio VIII 4. 4. Novo Catecismo

Pelo mesmo artigo que estabelece a O direito à liberdade religiosa não é nem a
liberdade de todos os cultos sem permissão moral de aderir ao erro, nem um
distinção, confunde-se a verdade com o suposto direito ao erro, mas um direito
erro e se coloca no mesmo grupo das natural da pessoa humana à liberdade civil,
seitas heréticas, inclusive da perfídia isto é, à imunidade do constrangimento
judaica, a Esposa Santa e Imaculada de exterior, dentro dos justos limites, em
Cristo, a Igreja fora da qual não pode matéria religiosa, por parte do poder
haver salvação. Por outro lado, político. Este direito natural deve ser
prometendo apoio e favor às seitas reconhecido na ordem jurídica da
heréticas e a seus ministros, toleram e sociedade, de tal maneira que constitua um
favorecem não somente as suas direito civil. (João Paulo II, Novo Catecismo
pessoas como também os seus erros. É da Igreja Católica, n. 2108)
implicitamente a desastrosa e para
sempre deplorável heresia que Santo
Agostinho menciona com estas palavras:
“Ela afirma que todos os hereges estão no
bom caminho e dizem a verdade, absurdo
tão monstruoso que não posso acreditar
que alguma seita o professe
verdadeiramente”. (Papa Pio VIII, Post
Tam Diuturnas, 29 abr. 1814)

5. Catecismo de São Pio X 5. João Paulo II

Os pais e patrões são obrigados a Os pais têm o importante dever de ajudar


procurar que seus filhos e dependentes seus filhos, desde cedo, a buscar a verdade e
aprendam a Doutrina Cristã; e são a viver de acordo com a verdade, a desejar o
culpados diante de Deus se desprezarem bem e promovê-lo. Desta forma, eles os
essa obrigação... prepararão para praticar o respeito pela
liberdade de consciência e de culto,
Devemos receber e aprender a Doutrina condição essencial para a vida comum da
Cristã da Santa Igreja Católica. nação. (João Paulo II, Encontro com os
(Catecismo de São Pio X, nn. 6 e 7) representantes da comunidade muçulmana em
Benin, 4 fev. 1993)

6. Papa Leão XIII 6. João Paulo II

Portanto, os que escutavam Jesus, se Tudo isso foi feito em liberdade. De fato, os
queriam chegar à salvação, tinham o Evangelhos ressaltam que Jesus não forçou
dever não somente de aceitar em geral ninguém. Aos apóstolos, Cristo disse: "Se
toda a sua doutrina, mas de dar pleno quiseres, segue-me"; aos doentes: "se
assentimento da alma a cada uma das quiseres, podes ser curado". Cada um deve
coisas que ele ensinava. Com efeito, responder ao chamado de Deus, livremente e
recusar crer, ainda que fosse num com total responsabilidade. A Igreja
único ponto, em Deus que fala, é considera a liberdade religiosa um direito
contrário à razão… Forçoso é, pois, que inalienável, um direito que acompanha o
de maneira permanente subsista, de uma dever de buscar a verdade. É em uma
parte a missão constante e imutável de atmosfera de respeito pela liberdade de todos
ensinar tudo o que o próprio Jesus Cristo que o diálogo inter-religioso pode se
ensinou, e de outra parte a obrigação desenvolver e dar frutos. (João Paulo II,
constante e imutável de aceitar e de Encontro com os sequazes do Vudu, n. 4, 4
professar toda a doutrina assim fev. 1993)
ensinada. (Papa Leão XIII, Satis
Cognitum, nn. 14 e 17, 29 jun. 1896)

7. Papa Pio XII 7. João Paulo II

A Igreja Católica... é uma sociedade Fonte e síntese destes direitos é, em certo


perfeita que tem por fundamento a sentido, a liberdade religiosa, entendida como
Verdade de Fé infalivelmente revelada por direito a viver na verdade da própria fé e em
Deus. Tudo o que se opõe a essa Verdade conformidade com a dignidade transcendente
é,necessariamente, um erro; e não se da pessoa. (João Paulo II, Centesimus Annus,
pode objetivamente reconhecer ao erro, n. 47, 1 mai. 1991)
os mesmos direitos que à Verdade.
(Papa Pio XII, Ecco che già un anno, 6
dez. 1946)
8. Papa Leão XIII 8. João Paulo II

Nós dizemos, em resumo, que o homem A liberdade de consciência e de religião, com


deve necessariamente permanecer todo os elementos concretos supra-indicados, é,
inteiro em uma dependência real e como se disse, direito primário e inalienável
incessante a respeito de Deus, e que, por da pessoa; bem mais, na medida em que
conseqüência, é absolutamente atinge a esfera mais íntima do espírito, pode
impossível compreender a liberdade do mesmo dizer-se que dá a razão de ser,
homem sem a submissão a Deus e a intimamente fundada em cada pessoa, das
sujeição à sua vontade. Negar esta outras liberdades. Naturalmente, tal liberdade
soberania de Deus ou recusar a não pode ser exercida senão de maneira
submissão a ela, não é modo de agir de responsável, quer dizer, de acordo com os
homem livre, mas de quem abusa da princípios éticos e respeitando a igualdade e a
liberdade com a revolta; e é precisamente justiça, podendo estas ser reforçadas pelo
duma tal disposição da alma que se diálogo, já mencionado, com as Instituições
constitui e nasce o vício do que, por sua natureza, servem a vida religiosa.
Liberalismo.... Destas considerações (João Paulo II, Mensagem aos signatários do
segue-se, portanto, que de nenhum modo Ato Final de Helsinquia, n. 5, 1 set. 1980)
é permitido pedir, defender ou conceder
sem discernimento a liberdade de
pensamento, de imprensa, de ensino, de
religião, como se fossem outros tantos
direitos que a natureza conferisse ao
homem. Se em verdade a natureza os
houvesse conferido, haveria o direito de
nos subtrairmos à soberania de Deus, e
nenhuma lei poderia moderar a liberdade
humana. (Papa Leão XIII, nn. 44 e 50, 20
jun. 1888)

9. Papa Gregório XVI 9. Bento XVI

Dessa fonte lodosa do indiferentismo A liberdade religiosa é o apogeu de todas


promana aquela sentença absurda e as liberdades. Trata-se de um direito
errônea, digo melhor disparate, que sagrado e inalienável, que implica tanto a
afirma e defende a liberdade de liberdade individual e colectiva de seguir a
consciência. Este erro corrupto abre alas, própria consciência em matéria de religião,
escudado na imoderada liberdade de como a liberdade de culto; inclui a liberdade
opiniões que, para confusão das coisas de escolher a religião que se crê ser
sagradas e civis, se estende por toda verdadeira e de manifestar publicamente a
parte, chegando a imprudência de alguém própria crença. Deve ser possível professar e
se asseverar que dela resulta grande manifestar livremente a própria religião e
proveito para a causa da religião. Que respectivos símbolos, sem pôr em perigo a
morte pior há para a alma, do que a vida e a liberdade pessoal. A liberdade
liberdade do erro! dizia Santo Agostinho religiosa radica-se na dignidade da pessoa;
(Ep. 166). Certamente, roto o freio que garante a liberdade moral e favorece o
mantém os homens nos caminhos da respeito mútuo. Os judeus, que foram vítimas
verdade, e inclinando-se precipitadamente de prolongadas hostilidades muitas vezes
ao mal pela natureza corrompida, letais, não podem esquecer os benefícios da
consideramos já escancarado aquele liberdade religiosa. Por sua vez, os
abismo (Apoc 9, 3) do qual, segundo foi muçulmanos partilham com os cristãos a
dado ver a São João, subia fumaça que convicção de que, em matéria religiosa, não é
entenebrecia o sol e arrojava gafanhotos permitida qualquer coação, e menos ainda
que devastavam a terra. Daqui provém a com a força. A referida coação, que pode
efervescência de ânimo, a corrupção da assumir variadas e insidiosas formas no
juventude, o desprezo das coisas plano pessoal e social, cultural,
sagradas e profanas no meio do povo; administrativo e político, é contrária à
em uma palavra, a maior e mais vontade de Deus; é uma fonte de
poderosa peste da república, porque, manipulação político-religiosa, de
segundo a experiência que remonta aos discriminação e violência que pode levar à
tempos primitivos, as cidade que mais morte. Deus quer a vida, não a morte; Ele
floresceram por sua opulência, proíbe o homicídio, incluindo o do homicida (cf.
extensão e poderio sucumbiram, Gn 4, 15; 9, 5-6; Ex 20, 13). (Bento XVI,
somente pelo mal da desbragada Ecclesia in Medio Oriente, n. 26, 14 set. 2012)
liberdade de opiniões, liberdade de
ensino e ânsia de inovações. (Papa
Gregório XVI, Mirari Vos, n. 10, 14 ago.
1832)

10. Pio XI 10. Francisco

Peste de nossos tempos é o chamado Os Padres sinodais lembraram a importância


“laicismo”, com seus erros e atentados do respeito pela liberdade religiosa,
criminosos. Como bem sabeis, Veneráveis considerada um direito humano
Irmãos, não é num dia que esta praga fundamental. Inclui “a liberdade de escolher a
chegou à sua plena maturação; há muito, religião que se crê ser verdadeira e de
estava latente nos estados modernos. manifestar publicamente a própria crença.“ Um
Começou-se, primeiro, a negar a são pluralismo, que respeite
soberania de Cristo sobre todas as verdadeiramente aqueles que pensam
nações; negou-se, portanto, à Igreja o diferente e os valorizem como tais, não
direito de doutrinar o gênero humano, de implica uma privatização das religiões, com a
legislar e reger os povos em ordem à pretensão de as reduzir ao silêncio e à
eterna bem-aventurança. Aos poucos, foi obscuridade da consciência de cada um ou à
equiparada a religião de Cristo aos falsos sua marginalização no recinto fechado das
cultos e indecorosamente rebaixada ao igrejas, sinagogas ou mesquitas. Tratar-se-
mesmo nível... A festa, doravante ânua, de ia, em definitivo, de uma nova forma de
“Cristo-Rei” dá-nos a mais viva esperança discriminação e autoritarismo. O respeito
de acelerarmos a tão desejada volta da devido às minorias de agnósticos ou de
humanidade a seu Salvador amantíssimo. não-crentes não se deve impor de maneira
(Papa Pio XI, Quas Primas, nn. 22 e 24, 11 arbitrária que silencie as convicções de
dez. 1925) maiorias crentes ou ignore a riqueza das
tradições religiosas. No fundo, isso fomentaria
mais o ressentimento do que a tolerância e a
paz. (Francisco, Evangelii Gaudium, n. 255, 24
nov. 2013)

Porque haverá tempo em que muitos homens não sofrerão a sã doutrina, mas, tendo
comichão nos ouvidos, acumularão para si mestres conforme os seus desejos. E assim
apartarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas.

(2 Timóteo 4, 3-4)

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