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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E


HUMANAS – DCETH
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANDRÉ LUCAS DANTAS ALBINO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I NA EMPRESA ANCHIETA & FONSECA


SERVIÇOS GERAIS

ANGICOS/RN
2016
ANDRÉ LUCAS DANTAS ALBINO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I NA EMPRESA ANCHIETA & FONSECA


SERVIÇOS GERAIS

Relatório Final apresentado ao Conselho do


Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal Rural do Semiárido, como requisito
para a aprovação nas Atividades de Estágio
Supervisionado I.

Orientador: Prof Paulo Leite Souza Junior –


UFERSA
Supervisor: Danilo Rodrigues Alves – A&F
SERVIÇOS GERAIS LTDA

________________________________________________
Danilo Rodrigues Alves
Supervisor

________________________________________________
Paulo Leite Souza Junior
Orientador

Recebido pelo Conselho de Curso em: ______/ _______ / ________

_____________________________________________________
Kleber Cavalcanti Cabral
Assinatura do Coordenador de Curso
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - BLOCO A ............................................................................................................................... 6


FIGURA 2 - BLOCO B ............................................................................................................................... 7
FIGURA 3 - PREPARAÇÃO COM LASTRO DE CONCRETO MAGRO ................................................................... 9
FIGURA 4 - MONTAGEM DA ARMADURA DA SAPATA ................................................................................. 9
FIGURA 5 - APLICAÇÃO DO CONCRETO COM O AUXILIO DA BANDEJA DE MADEIRA .................................... 10
FIGURA 6 - CONCRETAGEM DA SAPATA. ................................................................................................. 10
FIGURA 7 - ADENSAMENTO DA SAPATA .................................................................................................. 11
FIGURA 8 - E XECUÇÃO DE ALICERCE ...................................................................................................... 13
FIGURA 9 - E XECUÇÃO DA ALVENARIA DE EMBASAMENTO ...................................................................... 13
FIGURA 10 - CONCRETAGEM DE VIGA BALDRAME ................................................................................... 14
FIGURA 11 - APLICAÇÃO DO CONCRETO COM BALDE PLÁSTICO ............................................................... 15
FIGURA 12 - ADENSAMENTO COM VIBRADOR MECÂNICO ......................................................................... 15
FIGURA 13 - APLICAÇÃO DE IMPERMEABILIZANTE NAS VIGAS BALDRAME................................................ 16
FIGURA 14 - LANÇAMENTO DO MATERIAL PARA ATERRO ........................................................................ 17
FIGURA 15 - USO DO PULA-PULA PARA COMPACTAÇÃO ........................................................................... 18
FIGURA 16 - ESCAVAÇÃO DA ESTACA ..................................................................................................... 19
FIGURA 17 – USO DA PERFURATRIZ PARA ESCAVAÇÃO DA ESTACA .......................................................... 19
FIGURA 18 - CONCRETAGEM DA ESTACA, USO DO VIBRADOR ................................................................... 20
FIGURA 19 - E XECUÇÃO DO CONTRAPISO ............................................................................................... 21
FIGURA 20 - CONTRAPISO EXECUTADO ................................................................................................... 21
FIGURA 21 - ESPERA DO PILAR ............................................................................................................... 23
FIGURA 22 - PILARES COM FÔRMAS ........................................................................................................ 24
FIGURA 23 - APLICAÇÃO DO CONCRETO NO PILAR ................................................................................... 25
FIGURA 24 - ADENSAMENTO COM VIBRADOR MECÂNICO ......................................................................... 25
FIGURA 25 - REPRESENTAÇÃO DA AMARRAÇÃO DA ALVENARIA .............................................................. 27
FIGURA 26 - ASSENTAMENTO DE BLOCOS CERÂMICOS ............................................................................ 27
FIGURA 27 - AMARRAÇÃO DO CANTO DA PAREDE ................................................................................... 28
FIGURA 28 - PASSAGEM DA REDE SANITÁRIA NA VIGA BALDRAME ........................................................... 30
FIGURA 29 - DISTRIBUIÇÃO DA REDE SANITÁRIA..................................................................................... 30
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................. 5
2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................................... 5
2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ................................................................................... 5
2.2 DESCRIÇÃO DA OBRA .......................................................................................... 6
2.3 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO NA CRECHE
PROINFÂNCIA TIPO I ........................................................................................................ 7
2.3.1 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS SAPATAS ............................. 7
2.3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS VIGAS BALDRAME .......... 12
2.3.3 ACOMPANHAMENTO DE IMPERMEABILIZAÇÃO .................................. 16
2.3.4 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO ATERRO E COMPACTAÇÃO
16
2.3.5 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS ESTACAS ........................... 18
2.3.6 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO CONTRAPISO ...................... 20
2.3.7 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DOS PILARES ............................. 22
2.3.8 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DA ALVENARIA ........................ 26
2.3.9 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES DO SISTEMA
DE ESGOTO .................................................................................................................. 28
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 30
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 31
5

1 INTRODUÇÃO

Esse relatório expõe as atividades desenvolvidas durante o Estágio Obrigatório I


do Curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA),
Campus Angicos, na construção de uma creche da Proinfância tipo I, situada na cidade
de Assú/RN, tendo como responsável na obra a empresa Anchieta & Fonseca LTDA.
O estágio visa o aperfeiçoamento técnico e profissional da área de estudo,
oferecendo conhecimento prático, visto que a teoria sem o conhecimento prático é
incompleto, onde pode vir a prejudicar o acesso ao mercado de trabalho. Por sua vez,
para uma formação profissional de qualidade o estágio supervisionado é de suma
importância, propondo ao graduando a oportunidade de externar os conhecimentos
adquiridos, como também aprender muito mais fora da sala de aula.
O Estágio teve início no mês de agosto do presente ano, estendendo-se até
outubro do mesmo ano, o referido trabalho teve a supervisão acadêmica do Professor
Paulo Leite de Souza Junior, e supervisão técnica profissional do Engenheiro Civil
Danilo Rodrigues Alves.

1.1 OBJETIVOS

 O estágio tem por finalidade, dá oportunidade ao estudante de conhecer e


vivenciar problemas enfrentados na prática do âmbito profissional, integralizando à
teoria.
 Exercitar a capacidade de observar, planejar e propor soluções para
problemas enfrentados diariamente na obra.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Anchieta & Fonseca LTDA, com nome fantasia AF Serviços Gerais, tem sua
sede localizada na Rua Jose Ramos N. 25, Centro, na cidade de Pendências. Iniciando
suas atividades no ano de 2010, abrangendo diversas áreas do ramo da construção civil,
como coleta de resíduos, gestão de redes e esgotos, construção de rodovias e estradas,
obras de urbanização, e construção de edifícios.
6

2.2 DESCRIÇÃO DA OBRA

A presente obra trata-se da construção de uma creche Proinfância Tipo I, do


Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede
Escolar Pública de Educação Infantil do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação). Localizada na comunidade rural da Baviera na Cidade de Assú/RN.
A creche é dividida em dois blocos, sendo o bloco frontal constituído de uma
secretaria, lactário, dois fraldários com depósito anexo, duas salas para alunos de 0 a 1
ano de idade (10 alunos por sala), sala de amamentação, almoxarifado, banheiros de
acessibilidade, sala da direção, sala de reunião de professores, banheiros infantis,
cozinha, despensa, rouparia, vestiário masculino e feminino, lavanderia, copa de
funcionários, um refeitório, dois solários, duas varandas, conforme ilustrado na Figura
1.

Figura 1 - Bloco A

Fonte: FNDE

O outro bloco é constituído por, um depósito, duas salas de aula para crianças de
5 a 6 anos de idade (24 alunos cada), duas para crianças com idade entre 4 e 5 anos (24
alunos cada), duas entre 3 e 4 anos (20 alunos cada), duas entre 1 e 2 anos (16 alunos
7

cada), uma sala multiuso, dois banheiros masculinos e dois femininos, um trocador
infantil, além de quatro espaços de solário, representado na Figura 2.
Além do espaço coberto entre os dois blocos, onde é composto por um
playground, jardim, horta, pátio, e a calçada.

Figura 2 - Bloco B

Fonte: FNDE

Durante o estágio supervisionado foram feitos acompanhamentos de várias


atividades no canteiro de obras, começando a partir da locação das sapatas e pilares,
concretagem das mesmas, armações de vigas baldrame, e concretagem, alvenaria,
instalações sanitárias.

2.3 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO NA


CRECHE PROINFÂNCIA TIPO I

2.3.1 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS SAPATAS


8

O presente estágio se deu início na etapa de locação das sapatas, não sendo
possível o acompanhamento de etapas do início da obra, como limpeza do terreno,
sondagem, escavação, marcação do gabarito, e construção do canteiro.
As sapatas de acordo com a NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações, são
elementos de fundação superficial, onde a armadura empregada é a responsável pela
resistência de tensões de tração que são produzidas nas mesmas, podendo apresentar em
planta dimensões quadradas, retangulares ou trapezoidal.
Suas dimensões não podem ser inferior a 60 cm, tendo a profundidade da base
superior a 1,5 m exceto fundações sobre rocha.
Sua execução se dá após a escavação, seguindo orientações do projeto de
locação dos pilares, deixando nas laterais espaços suficientes para trabalhar dentro da
abertura do solo, logo após deve-se realizar a regularização da superfície escavada,
compactando o solo, e aplicando um lastro de concreto com 5 cm de espessura no
mínimo, garantindo que a sapata não entre em contato direto com o solo, também deve-
se preparar as laterais com um chapisco, daí inicia a marcação dos pilares, fixando
estacas de madeira. (Nakamura, 2008)
Ainda de acordo com Nakamura (2008), Um processo fundamental é a
verificação do nível, garantindo boa marcação dos pilares, após definida as localização
de todos os pilares e sapatas, tem início a aplicação da armação para posteriormente
poder concretar.
Na obra foi realizada a preparação da base para recebimento da sapata, onde foi
aplicado um lastro de concreto com 5 cm de espessura, sendo dosado em obra com um
traço de (1:2:1,5 cimento, areia, brita), não realizando o procedimento de preparação das
paredes laterais com o chapisco, esse processo é representado na Figura 3.
As armaduras das sapatas foram executadas com o aço CA-50 variando de
acordo com o projeto estrutural diâmetros entre 6.3, 8.0, 10.0 e 12,5 mm. Ao todo foram
112 sapatas. A ordem de execução se deu em preparar o Bloco A primeiro, todas as
sapatas que foram preparadas as armaduras, foram feitas as amarrações dos arranques
dos pilares correspondentes a cada uma dessas, como podemos verificar na Figura 4.
9

Figura 3 - Preparação com lastro de concreto magro

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 4 - Montagem da armadura da sapata

Fonte: Acervo do Autor, 2016


10

Foram colocados as fôrmas de acordo com as dimensões especificadas em


projeto, seguidas de espaçadores de concreto com 5 (cinco) cm de espessura.
Observando ainda que algumas sapatas tiveram dificuldades para o deslocamento no
interior da abertura, decorrente de pequena abertura de espaço.
Então após a preparação e alocação das sapatas, fez o pedido de um caminhão
betoneira com 8 (oito) m³ de concreto. Foram utilizadas ferramentas como pá, carrinhos
de mão, baldes plásticos, e uma bandeja de madeira confeccionada na obra para auxiliar
na aplicação do concreto, conforme Figuras 5 e 6.

Figura 5 - Aplicação do concreto com o auxilio da bandeja de madeira

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 6 - Concretagem da sapata.

Fonte: Acervo do Autor, 2016


11

O concreto utilizado foi produzido pela RedeMix, usina de concreto, localizada


em Mossoró/RN, que forneceu a quantidade exigida, com a resistência de projeto, de 25
MPa, e o slump teste 10±2 mm. Os testes de compressão foram exigidos, porém não foi
executado na obra. Foi recebido o laudo da concreteira com a resistência obtida e o
slump teste pedido.
É indispensável no ato da concretagem o adensamento adequado do concreto
com o auxilio de um vibrador mecânico, mostrado na Figura 7, mas devendo ter
cuidado com as vibrações para não vir a segregar o concreto e danificar as fôrmas.

Figura 7 - Adensamento da sapata

Fonte: Acervo do Autor, 2016

A desforma foi realizada após 3 dias da concretagem, observando que a cura


começou a ser feita no dia seguinte durante os dois turnos com frequência de 3 vezes ao
dia, estendendo o processo por 3 dias, posteriormente realizando a impermeabilização
com o auxilio de uma broxa.
12

2.3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS VIGAS


BALDRAME

Para a execução de vigas baldrame, Yazigizi (2009) recomenda que se deve


escavar uma vala com uma largura aproximadamente 20 cm maior que a da viga, a
profundidade deve ser feita 5 cm abaixo da cota de apoio da mesma, então faz-se o
apiloamento e a regularização do nível, após tal procedimento coloca-se as fôrmas com
seus respectivos escoramentos, tendo que nivelar com o auxilio de um nível a laser ou
até mesmo a mangueira de nível tendo por referência o nível do gabarito. Então executa
o lastro de concreto magro com 5 cm de espessura para evitar o contato direto da viga
com o solo e também para a regularização da base.
O terreno na obra não é totalmente nivelado, tendo locais que precisam de corte
e outros aterro, a altura das vigas são de 40 cm, com a largura variando entre 13 e 15
cm, então foram feitas as escavações das valas com uma profundidade de 45 cm tendo
por referência o gabarito instalado no local, apiloando e executado o lastro de concreto
com 5 cm de espessura, enquanto eram preparadas as armaduras para serem postas no
local.
Nos locais em que o terreno estava abaixo do nível das vigas foram feitos
alicerces escavados com pedra marroada, visto na Figura 8, em seguida concretado com
dosagem em obra, então executando uma alvenaria de embasamento com tijolo deitado,
conforme mostrado na Figura 9.
13

Figura 8 - Execução de alicerce

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 9 - Execução da alvenaria de embasamento

Fonte: Acervo do Autor, 2016


14

Fez o uso dos espaçadores nas armaduras, com 3 cm de espessura, esses foram
colocados na parte inferior e nas laterais das vigas, as fôrmas que foram colocadas
estavam em uma de suas faces com desmoldante para auxiliar na desforma.
O concreto para as vigas também originou de usina de concretagem com 25 MPa
de resistência à compressão e um slump test 10±2 mm. Na concretagem foi realizado o
procedimento de adensamento com o auxilio do vibrador mecânico, conforme mostrado
na Figura 12. O processo de execução pode ser verificado nas Figuras 10 e 11.

Figura 10 - Concretagem de viga baldrame

Fonte: Acervo do Autor, 2016


15

Figura 11 - Aplicação do concreto com balde plástico

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 12 - Adensamento com vibrador mecânico

Fonte: Acervo do Autor, 2016


16

2.3.3 ACOMPANHAMENTO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

A viga baldrame de acordo com Yazigi (2009) deve ser impermeabilizada para
proteger a estrutura contra infiltração de água.
A NBR 9575 trata de impermeabilização quanto à função que exerce contra a
passagem de fluidos sobre a viga baldrame, criando uma barreira protetora, para que
venha a bloquear a ascensão capilar da água na alvenaria e reboco, evitando proliferação
de patologias. Contanto deve-se anteriormente a impermeabilização, efetuar uma
limpeza na viga, retirando areias que venham a prejudicar o efeito do
impermeabilizante.
Contudo, efetuou-se a impermeabilização de todas as vigas baldrame da Creche,
com o auxilio de uma broxa, conforme verificado na Figura 13.

Figura 13 - Aplicação de impermeabilizante nas vigas baldrame

Fonte: Acervo do Autor, 2016

2.3.4 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO ATERRO E


COMPACTAÇÃO
17

De acordo com Milito (2004) para ser efetuado o aterro, a superfície que
receberá, deverá está previamente limpa, isenta de entulhos ou vegetação, onde o
material a escolher de preferência deve ser solos arenosos, sem detritos, entulhos ou
pedras. As camadas deverão ser apiloadas e molhadas na execução do mesmo. Logo na
presente obra, necessitou o emprego de aterro, onde foi utilizado um material areno-
argiloso, transportados com o auxílio de carrinhos de mão como mostrado na Figura 14,
sendo adicionado água e apiloados com o compactador mecânico, obtivendo uma boa
compactação, mostrado na Figura 15.

Figura 14 - Lançamento do material para aterro

Fonte: Acervo do Autor, 2016.


18

Figura 15 - Uso do pula-pula para compactação

Fonte: Acervo do Autor, 2016

2.3.5 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS ESTACAS

A NBR 6122 (1996) define estaca como sendo um elemento da fundação


profunda, executada através de maquinas e ferramentas, onde não haja descida de
operário na sua execução, tendo como possíveis materiais empregados: madeira, aço,
concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos.
A execução das estacas do castelo d’água fez o uso do trado sobre o piquete de
locação. Sendo uma perfuração mecânica com a perfuratriz de trado helicoidal visto nas
Figuras 16 e 17, a profundidade alcançada foi de 7 (sete) metros. Após a escavação,
houve a colocação da armadura, que foi confeccionada paralelamente a escavação, e a
concretagem in loco das estacas.
19

Figura 16 - Escavação da estaca

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 17 – Uso da perfuratriz para escavação da estaca

Fonte: Acervo do Autor, 2016


20

O concreto utilizado foi da empresa Polimix também localizada na cidade de


Mossoró, onde fabricou o mesmo para atender a uma resistência de 25 MPa, e com o
slump teste de 10±2mm. Para o adensamento fez-se o uso de um vibrador com a
mangueira maior do que a utilizada na viga baldrame e sapatas, tendo um comprimento
de 7 metros, observado na Figura 18.

Figura 18 - Concretagem da estaca, uso do vibrador

Fonte: Acervo do Autor, 2016

2.3.6 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO CONTRAPISO

Para aplicação de todo e qualquer piso, deve-se preparar o solo com uma camada
de concreto de magro que chamamos de contrapiso, essa é uma camada de regularização
e preparação. Para a aplicação o solo já deve ser previamente nivelado e está compacto,
a espessura do mesmo deve ser no mínimo de 5 cm podendo atingir até 8 cm, logo para
a sua execução é utilizado a linha de nylon, régua e taliscas. (Milito,2004)
Foi acompanhado na obra a execução do contrapiso, onde foi aplicado o
concreto e posteriormente o espalhamento do mesmo na superfície foi com o auxílio de
uma enxada, onde aplicou as taliscas para obter o nível desejado, com a espessura de 5
21

cm de concreto o mesmo após ser parcialmente espalhado é feito o apiloamento de


forma manual, conforme verificado nas Figuras 19 e 20.

Figura 19 - Execução do contrapiso

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 20 - Contrapiso executado

Fonte: Acervo do Autor, 2016


22

2.3.7 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DOS PILARES

De acordo com a NBR 6118, os pilares são elementos estruturais lineares de


eixo reto, onde as forças preponderantes são as normais de compressão, esses elementos
são utilizados no sentido vertical.
Na sua execução é colocado painéis de madeira verticais travados por gravatas,
importante para resistir aos esforços de empuxo lateral do concreto fresco, prevendo
contraventamentos em duas direções adicionando estacas firmes engastados no piso
para manter o prumo do mesmo (Milito, 2004).
Gonçalves (2009) afirma que a armação nas estruturas de concreto armado ter a
função de resistir aos esforços de tração na qual a estrutura será solicitada, além de
aumentar a capacidade de resistir aos esforços de compressão. Essa armadura é
associado de diversas peças de aço, que num determinado componente estrutural forma
um conjunto.
Para um concreto de boa qualidade, com a devida resistência especificada, e
garantindo maior durabilidade da estrutura, deve-se realizar a cura durante o processo
de hidratação dos materiais (Milito, 2004).
Na obra presente, ainda na etapa da fundação foram deixados as esperas dos
pilares onde além da viga baldrame teve um traspasse de 60 cm de comprimento, esse
será necessário para realizar a emenda com o elemento superior, essas esperas podem
ser observadas na Figura 21.
23

Figura 21 - Espera do pilar

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Foi possível observar que alguns elementos estruturais houve uma falta de
compatibilização entre projetos de fundação e estrutural, onde pilares teriam uma área
de aço diferente do fuste das sapatas. Para prosseguir com a execução dos mesmos, a
equipe de engenheiros fiscais da Prefeitura Municipal do Assú, juntamente com o
engenheiro técnico responsável pela obra da Creche, decidiram que prevalece a
estrutura apresentada no projeto de pilares, independente do projeto de fundações.
As armaduras utilizadas foram de aço CA-50 para os ferros longitudinais com
bitolas de diâmetros variando entre 10.0 e 12.5 mm, e os ferros transversais que são
responsáveis para resistir aos esforços de cisalhamento, foram utilizados o aço CA-60
com bitola de 5.0 mm, as fôrmas utilizadas foram de madeira, com uma de suas faces
aplicadas o desmoldante para auxiliar na desforma posteriormente.
Na execução, todos os pilares foram alinhados, sendo colocados no prumo, em
seguida empregou-se os espaçadores de concreto fabricados em obra fornecendo ao
pilar um cobrimento com 3 cm de espessura, em seguida aplicou as fôrmas, essas foram
24

feitas os reforços necessários para resistir aos esforços de empuxo lateral do concreto
fresco, então foram feitos sarrafos, gravatas, estacas de madeira para conter o
contraventamento, conforme Figura 22.

Figura 22 - Pilares com fôrmas

Fonte: Acervo do Autor, 2016

A concretagem foi realizada com concreto usinado da empresa Redemix, com


resistência de 25 MPa, e slump test 10±2 mm, sendo utilizado baldes plásticos para a
aplicação e carinhos de mão para o carregamento do concreto na obra, o adensamento
foi realizado com o auxílio de um vibrador mecânico, visto nas Figuras 23 e 24.
25

Figura 23 - Aplicação do concreto no pilar

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 24 - Adensamento com vibrador mecânico

Fonte: Acervo do Autor, 2016


26

2.3.8 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DA ALVENARIA

De acordo com a NBR 15270 de 2005 da ABNT, as alvenarias internas ou


externas que não tem função de resistência às cargas verticais com exceção de seu peso
próprio são constituídas de blocos cerâmicos.
Esta é definida como sendo a alvenaria que não é dimensionada para resistir à
esforços além de seu peso próprio, vindo a proteger o ambiente dos agentes externos,
promovendo segurança, e divisão de ambientes, além de um conforto termoacústico
(HERCULANO, 2010).
Ainda em Herculano (2010), para que se tenha a geração de um serviço de
qualidade, o pedreiro deve seguir algumas etapas de elevação da alvenaria de vedação,
que são essas:
 Os serviços devem ser iniciados pelos cantos;
 Subir a alvenaria pelos cantos com o auxilio de um prumo;
 Fazer o nivelamento através de uma linha nylon ligada suas extremidades
nos dois cantos que constituem a parede;
 A face do tijolo deve ficar rente a linha após assentado já com a
argamassa aplicada;
 A partir de 1,50 metros de elevação da alvenaria, montar andaime para
dar continuidade ao serviço.

Na construção da Creche fez utilizou dois tipos de blocos cerâmicos para a


elevação das alvenarias, são respectivamente:
 Bloco cerâmico de 8 furos com dimensões 9x19x19cm;
 Bloco cerâmico estrutural de 6 furos com dimensões 14x29x19.
As paredes se distinguem das externas e internas do prédio, onde as paredes que
dão acesso a área externa da edificação são com espessura de 20cm definida no projeto
de arquitetura fornecido pelo FNDE, enquanto as demais são com espessura de 15cm.
Os tijolos de 6 furos são encontrados nos mercado local como sendo bloco estrutural,
sendo que nessa obra não necessita de tal resistência, apenas ter função de vedação.
Logo o processo de elevação iniciou nos cantos onde precisou do auxilio do
prumo, sendo também possível realizar a amarração das paredes nos cantos e nos
encontros entre essas, essa amarração pode ser exemplificada e ilustrada na Figura 25 e
27

visto na Figura 27, para obter um nivelamento nas paredes, foi necessário fazer uso da
mangueira de nível.

Figura 25 - Representação da amarração da alvenaria

Fonte: fazfacil.com

Os assentamentos são feitos em juntas desaprumo, onde auxilia na estabilidade e


na distribuição de esforços ao longo da alvenaria, a argamassa utilizada foi dosada em
obra, com um traço de 1:2,5 (cimento, areia) ainda com a adição de aditivo plastificante.
Na Figura 26 é possível observar a elevação da alvenaria. A amarração da alvenaria nos
pilares é feito com uma barra de aço CA-50 com diâmetro de 6.3mm a cada 3 fiadas de
alvenaria levantada.

Figura 26 - Assentamento de blocos cerâmicos

Fonte: Acervo do Autor, 2016


28

Figura 27 - Amarração do canto da parede

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Ainda no processo de elevação foram deixados os espaços de portas e janelas,


onde executou sob o vão das portas e janelas a verga, e sobre o vão da janela a contra-
verga, excedendo o limite do vão 40cm de cada lado, essas tem dimensões 15x10cm,
sendo pré-moldadas em obra.

2.3.9 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES DO


SISTEMA DE ESGOTO

A NBR 8160 de 1999 da ABNT, recomenda que os sistemas de esgoto sanitário


devem ser executados vide projeto. Onde esses tem por funções básicas:
 Fazer a coleta dos despejos provenientes do uso adequado de aparelhos
sanitários bem como conduzir esses;
E ainda na fase de projeto deve atentar para:
 Evitar a contaminação da água, garantindo uma boa qualidade para o
consumo;
29

 Evitar a ocorrência de vazamento, permitindo o rápido escoamento da


água utilizada e despejos introduzidos;
 Impedir que os gases do interior do sistema de esgoto sanitário atinja
áreas de utilização;
 Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
 Permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
 Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
 Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que
facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.

O sistema de esgoto sanitário deve está totalmente separado dos demais sistemas
de águas, como também do sistema pluvial.
Na obra, foi seguido conforme projeto de instalações sanitárias, onde iniciou o
processo de execução paralelo a alocação das vigas baldrame, onde tiveram tubulações
no interior das vigas, sendo possível realizar o procedimento antes de efetuar a
concretagem das mesmas, conforme mostrado na Figura 28. Houve duas adaptações na
obra diferente do projeto, onde verificou a mudança de direção de certa tubulação,
mudança essa proveniente de uma melhor forma de execução.
Todas as tubulações e suas respectivas conexões sanitárias estão de acordo com
os requisitos apresentados na NBR 5688, 1999 da ABNT, onde todos os materiais são
de PVC com diâmetros variando em 40, 50, 75, 100 e 150 milímetros. Todas as peças
foram coladas com cola específica para PVC, com um auxílio de pincel, na Figura 29 é
possível observar uma parte do sistema sanitário da edificação.
30

Figura 28 - Passagem da rede sanitária na viga baldrame

Fonte: Acervo do Autor, 2016

Figura 29 - Distribuição da rede sanitária

Fonte: Acervo do Autor, 2016

3 CONCLUSÃO

O estágio supervisionado promove ao estudante uma experiência profissional,


onde o contato de forma direta com a obra possibilita uma ampliação de conhecimentos,
31

que por sua vez agrega os teóricos aos práticos. Vindo a desenvolver um senso de
responsabilidade, onde põe em prática as orientações que são repassadas por projetos,
visto ainda possíveis alterações e adaptações.
Logo o leque de serviços apresentados e executados, faz com que o aluno não
esteja limitado a nenhum tipo de execução, onde é possível vivenciar também atividades
de gerenciamento de obra, orçamentos e medições.
O estágio supervisionado é de suma importância na vida profissional do
engenheiro civil, cabendo a ele aproveitar as oportunidades que estas estão a lhe
oferecer.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projetos de


estrutura de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

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_____. NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de
Janeiro: ABNT, 1999.

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2010.

_____. NBR 15270: Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria
de vedação — Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

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CASO EM OBRA COM RESTRIÇÕES E LIMITAÇÕES
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<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/sapatas-de-concreto-como-executar-
sapatas-diretas-simples-continuas-286532-1.aspx>. Acesso em: 17/10/2016.

YAZIGI, Walid. A TÉCNICA DE EDIFICAR. 10. ed. São Paulo: Pini, 2009.

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