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CALDEIRAS
Considerações Gerais
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Sumario
1. Considerações Gerais 6
2. COMPONENTES CLÁSSICOS 8
3. TIPOS DE CALDEIRAS 10
4. FORNALHAS 33
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5.1.1 INJETORES 51
5.5 MANÔMETROS 63
5.7.1 PRESSOSTATOS 69
5.7.4.1 PREAQUECEDOR DE AR 75
5.7.4.2 ECONOMIZADOR 77
5.7.4.3 SUPERAQUECEDORES 79
5.7.4.4 PURGADORES 81
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6. TIRAGEM 82
6.5 CHAMINÉ 84
7. COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEL 85
7.1 DEFINIÇÕES 85
8.3.1.1 ABRANDAMENTO 96
8.3.1.2 DESMINERALIZAÇÃO 97
8.3.1.3 DESGASEIFICAÇÃO 97
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1. Considerações Gerais
Atualmente, graças a todos os aperfeiçoamentos e a intensificação da produção
industrial, a caldeira ocupa um lugar muito importante pois gera o vapor indispensável a
muitas atividades, não só para movimentar máquinas, mas também para limpeza
(esterilização), aquecimento, e participação direta no processo produtivo, como matéria-
prima.
Além da indústria, outras empresas, utilizam, cada vez mais vapor gerado pelas
caldeiras, como por exemplo: restaurantes, hotéis, hospitais, frigoríficos.
Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras, sejam as que vaporizam água,
mercúrio ou outros fluídos e que utilizam qualquer tipo de energia, inclusive a elétrica.
Algumas vezes, o fluído permanece no estado líquido, apenas com temperatura elevada
para ser aproveitado nos processos de aquecimento (calefação), formando, deste modo,
a linha de caldeiras de água quente.
A produção de vapor pode ser conseguida, também, pela absorção da energia térmica
desprendida pela fissão do urânio.
Quanto mais alta a viscosidade do combustível, mais difícil será a sua nebulização, ou
seja, mais difícil será a sua divisão em gotículas. O preaquecimento do óleo combustível
é fundamental para atingir os limites adequados de viscosidade necessários para uma
boa pulverização.
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SUPERFÍCIE DE AQUECIMENTO
É a área de tubulação (placa metálica) que recebe o calor dos gases quentes responsável
por vaporizar a água (m2 ).
CALOR ÚTIL
É a parcela de calor produzida pelo combustível que se transferiu para a água formando
vapor.
EFICIÊNCIA TÉRMICA
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2. COMPONENTES CLÁSSICOS
Atualmente os geradores de vapor de grande porte são constituídos de uma associação
de componentes, de maneira a constituírem um aparelho complexo, principalmente
quando destinados a queima de combustível sólidos que incluem superaquecedores,
economizadores, Pré-aquecedores de ar, captadores de fuligem, extratores mecânicos de
cinza, e outros. As unidades menores destinadas a gerar vapor de calefação em
pequenas e médias indústrias dispensam a quase totalidade dos componentes citados
anteriormente. Assim sendo, os componentes clássicos das caldeiras são listados a
seguir, com a ressalva que nem todos os componentes abaixo, necessariamente, fazem
parte de todos os geradores de vapor.
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Volume onde se deve extinguir toda a matéria combustível antes dos produtos de
combustão atingirem e penetrarem no feixe de absorção do calor por convecção. Esta
câmara por vezes se confunde com a própria fornalha dela fazendo parte, Outras vezes
separa-se completamente. A câmara de combustão pode ser constituída pela própria
alvenaria refratária, ou revestida de tubos (parede de água), ou integralmente irradiada.
4. Caldeira de vapor
Corresponde ao vaso fechado, à pressão, com tubos, contendo a água no seu interior,
que ao receber calor se transforma em vapor
5. Superaquecedor
6. Economizador
7. Aquecedor de ar
8. Canais de gases
9. Chaminé
É a parte que garante a circulação dos gases quentes da combustão através de todo o
sistema pelo chamado efeito de tiragem. Quando a tiragem, porém, é promovida por
ventilador exaustor, sua função se resume no dirigir os gases da combustão para a
atmosfera. Neste caso se diz que a tiragem é induzida. A circulação dos gases também
poderá ser assegurada por um ventilador soprador de ar de combustão com pressão
suficiente para vencer toda a perda de carga do circuito. Neste exemplo, a tiragem se diz
forçada.
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Tomando por base a unidade mais complexa, a figura 2.1 permite identificar os
componentes clássicos e o princípio de funcionamento da instalação.
Fig.2.1
3. TIPOS DE CALDEIRAS
Existem diversas formas para se classificar as caldeiras. Por exemplo, elas podem ser
classificadas sob os seguintes aspectos:
A) Flamotubulares
Verticais
Horizontais
Fornalhas corrugadas
Traseira seca
Traseira molhada
B) Aquatubulares
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Tubos retos
Tubos curvos
Perfil A
Perfil D
Perfil O
C) Mistas
A) Combustíveis
Sólidos
Líquidos
Gases
B). Elétricas
Jatos-de-água
Eletrodos submersos
Resistores
C) Caldeiras de Recuperação
D). Nuclear
Quanto à Montagem:
Quanto à Sustentação:
A) Caldeiras autossustentadas
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B) Caldeiras suspensas
C) Sustentação mista
A) Circulação natural
B) Circulação forçada
C). Combinada
A) Tiragem natural
B) Tiragem forçada
Segundo o esquema, notamos que a caldeira tipo flamotubular não passa de um cilindro
externo que contém a água e um cilindro interno destinado à fornalha. Sua tiragem ou
saída de gases é normal. A carcaça é construída de chapas que variam de espessura de
acordo com o porte da caldeira e a sua pressão pode variar entre 5 a 10 quilogra mas-
força por centímetro quadrado, sendo que as maiores unidades atingem a produção de 6
t/h, saturado e pressões não superiores a 17 kgf/cm2 . Maiores produções e pressões
determinam a utilização de caldeiras aquatubulares.
Fig.3.1
B) Caldeira Lancaster:
Figura 3.2
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Fig.3.3
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Fig.3.4
Fig.3.5
Este tipo de caldeira teve largo emprego na Marinha, por ser construída de forma que
todos os equipamentos colocados formam uma única peça. Seu diâmetro é bastante
reduzido, sendo de fácil transporte e pode ser operada de imediato. Os gases produzidos
na fornalha circulam várias vezes pela tubulação, sendo impulsionados por ventiladores.
O combustível usado é unicamente óleo ou gás, podendo seu rendimento atingir a 83%.
A figura 3.6 dá um exemplo de caldeira escocesas com 3 voltas de chama.
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Fig.3.6
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Fig. 3.7
Esta caldeira é usada em locais onde o espaço é reduzido e não requer grande
quantidade de vapor, mas alta pressão.
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Os gases resultantes da queima na fornalha sobem pelos tubos e aquecem a água que se
encontra por fora dos mesmos.
Fig. 3.8
Fig.3.9
A água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais interna. Recebendo calor
primeiro, vaporiza e sobe até o tambor superior, dando lugar à nova quantidade de água
fria que será vaporizada e assim sucessivamente. Esse tipo de circulação de água,
provocada apenas pela diferença de peso específico entre a água ascendente e
descendente, é característica das chamadas caldeiras com circulação natural.
A medida que a caldeira aquatubular aumenta sua capacidade, aumenta também seu
tamanho, quantidade de tubos e por consequência as perdas de cargas no circuito
hidráulico tornando a circulação por meio de bombas necessária, são as chamadas
caldeiras de circulação forçada.
A produção de vapor nestes tipos de caldeiras pode atingir capacidades de 600 até 750
t/h com pressões de 150 a 200 kgf/cm2 , temperaturas de 450 - 500 ºC existindo unidades
com pressões críticas (226 atm.) e supercríticas (350 kgf/cm2 ).
A flexibilidade permitida pelo arranjo dos tubos que constituem os feixes ou parede
d’água possibilitam uma vasta variedade de tipos construtivos conforme veremos na
classificação a seguir:
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Fig.3.10
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Fig.3.11
A figura 3.12 apresenta uma das formas de fixação dos tubos mais usadas na fabricação
de caldeiras.
Fig.3.12
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Fig.3.13
A figura 3.14 representa uma caldeira com dois tambores transversais e parede de água,
enquanto a figura 3.15 mostra uma caldeira com três tambores transversais.
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Fig.3.14
Fig.3.15
Dentro da categoria de tubos curvos cabe analisar em separado, uma versão que mantém
grande projeção no mercado consumidor: a caldeira aquatubular compacta de operação
totalmente automatizada, conforme esquema da figura 3.16.
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Fig.3.16
Com produções até 100 toneladas de vapor por hora e obtenção de eficiência térmica
elevada (até 80%), estas unidades são oferecidas para pronto funcionamento, dispensado
a montagem no campo, fazendo apenas as interligações e instalações elétricas-
eletrônicas e hidráulicas.
Unidades não transportáveis num único pacote são fornecidas ou em blocos semi-
compactos ou em componentes unitários desmontados, de tal maneira que no local de
instalação estes componentes são unidos para completar a unidade.
Sabe-se que a circulação natural da água fica mais comprometida à medida que a
pressão se eleva. Constata-se que o vapor a pressão de 35 kgf/cm2 pesa por unidade de
volume 45 vezes menos que a água; à 140 kgf/cm2 7,5 vezes menos e a 210 kgf/cm2
apenas 2,5 vezes. Daí conclui-se que a circulação controlada por meios forçados é
fundamental nas caldeiras e altíssimas pressões, normalmente acima de 160 kgf/cm2 .
Fig.3.17
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A primeira concepção de caldeira de circulação forçada foi dada por Benson, a qual se
caracteriza pela construção monotubular, através da qual circula a água
unidirecionalmente, desde a entrada até a saída, já no estado de vapor, conforme
esquema da figura 3.18
Fig.3.18
Existe também a caldeira Belser ou Sulzer, que é a mesma caldeira Benson acrescida de
um tambor separador intermediário entre a seção geradora de vapor e o super aquecedor
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conforme figura 3.19. Esta coleta cerca de 4% da água evaporada para aquecimento da
água de alimentação.
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Fig.3.19 Fig.3.20
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- Condutividade da água;
- Nível da água;
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Fig.3.21
1 - Corpo da Caldeira
2 - Eletrodo
3 - Câmara de Vapor
4 - Bomba de Circulação
6 - Eliminador de Água
7 - Válvula de Segurança
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Fig.3.22
Legenda:
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4. FORNALHAS
Fornalha é a denominação genérica que se dá para o local onde se queima o combustível
e donde partem os produtos desta combustão. É formada por duas partes distintas:
1- O aparelho de combustão
2- A câmara de combustão
No interior da fornalha as paredes devem ser revestidas com uma camada de tijolos
refratários responsáveis por reter o calor no interior da fornalha, por isso devem ter
refratariedade e alto ponto de fusão, resistência ao choque térmico e dilatação quase
nula.
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São adequadas para a queima de lenha em toras de um metro. A figura 4.1 mostra a
instalação de uma grelha plana em caldeira flamotubular.
O suporte todo costuma possuir ligeira inclinação para a parte posterior de 10 a 15 graus
para facilitar o manuseio do combustível durante os períodos de movimentação das
toras a que são submetidos.
A aplicação deste tipo de grelha é limitada a caldeiras com capacidade de gerar até 15
tv/h. A partir desta capacidade o suprimento manual do combustível se complica o
ponto de inviabilizá- lo. Projetos maiores, jamais deveriam adotar este sistema de
queima sob pena de contribuir para o desperdício de reversas florestais comprometidas
com outros programas mais coerentes com a economia da Nação.
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Figura 4.1
Como o nome sugere, esta grelha é construída por placas de FOFO, formando degraus,
apoiados em travessões inclinados. O combustível é arrastado ou projetado no início do
plano inclinado, desce até formar um monte equilibrado, preenchendo todo o suporte. A
figura 4.2 apresenta quatro exemplos de grelha tipo escada. Em seguida na figura 4.3,
apresenta-se algumas disposições construtivas dos travessões inclinados que servem de
apoio às placas que compõem os degraus.
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Fig. 4.2
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Fig. 4.3
Aplicam-se em unidades geradoras de até 100 t/h para a queima de qualquer biomassa,
mesmo aquelas contendo teores de umidade superiores a 50%. Se prestam, pois, para
queimar cavacos de lenhas, resíduos florestais, resíduos industriais, cascas de cereais e
outras biomassas.
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Fig. 4.4
Fornalhas Celulares
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Fornalha celular
Fig. 4.5
A figura 4.6 apresenta um projeto de caldeira com grelhas basculantes para queima de
casca de arroz. As fornalhas desta categoria se aplicam para caldeiras de até 150 tv/h
Como se observa no desenho, a grelha é formada por piso plano constituído por placas
perfuradas, observe que o ar ingressa por baixo do piso basculante. As placas se apoiam
em travessões lisos que giram em torno de mancais laterais mediante a ação de um
pistão pneumático, que também pode ser visto pela figura 4.7. A cada ação do pistão
corresponde um basculante, durante o qual as cinzas caem no cinzeiro. Esta concepção
construtiva possui alimentação de combustível sempre por projeção. Há dois tipos de
distribuidores, um denominado aspegidor pneumático e outro mecânico (figura 4.7).
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Fig.4.6
Fig. 4.7
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- Suportes constituídos por componentes que percorrem toda extensão do plano inferior
da fornalha com movimento contínuo assegurado por acionamento mecânico.
- Grelha oscilante;
A figura 4.8 ilustra este tipo de grelha com inclinação aproximada de 20o em que a
rosca sem fim (a) força o carvão sobre as barras de suporte (b) apoiadas nas vigas de
acionamento (c) movimentadas por uma engrenagem regulável (d) que lhe confere o
movimento de vai e vem. O cilindro (e) é responsável por projetar a escória mais leve
ao reservatório de escória (i) que recebe também detritos da grelha pela saída (k). O
ventilador (f) introduz o ar de combustão que penetra na grelha pelas câmaras de
corrente de ar inferior (g); regulado por “dampers” através do controle da corrente de ar
inferior (h). Bocais de ar (l), localizados acima da grelha, auxiliam na queima do pó de
carvão em suspensão e do coque volátil.
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Fig. 4.8
O combustível é admitido por meio de uma rosca (a), acionada por motor elétrico (h)
com transmissão por engrenagens (g), que continuamente projeta o combustível na parte
inferior da grelha. A grelha (c) propriamente dita é inclinada e transversalmente
apresenta dupla inclinação de ambos os lados do canal central (b), de forma que o
combustível caminhe do centro para os lados, onde é totalmente queimado sobre a
grelha de combustão (d), conforme representação na figura 4.9 (seção A-B).
O carvão, a medida que é forçado a subir para as partes superiores do leito, vai se
aquecendo eliminando os voláteis e incandescendo-se. Atingindo o topo do leito, o
carvão rola sobre si mesmo lateralmente até sua extinção total na grelha de combustão.
As laterais recebem as cinzas que são basculadas por meio de alavancas (e), caindo em
seguida nos cinzeiros. A escória é direcionada para a saída f da figura 4.9.
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Fig. 4.9
Grelha Oscilante
Fig. 4.10
O suporte é constituído por placas perfuradas, uma ao lado da outra, formando um piso
ligeiramente inclinado para o fundo. Estas placas são fixadas em barras, as quais, por
sua vez, se reúnem a lâminas flexíveis.
Estas lâminas flexíveis, no lado oposto às barras, são rigidamente fixadas a uma
estrutura solidamente chumbada no concreto da fundação. A grelha é adaptável para a
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Modelo mais avançado é a grelha oscilante resfriada que queima carvão com alto poder
calorífico pois contém, junto ao piso da grelha tubos resfriados pela própria água da
caldeira além de apresentar na sua parte inferior compartimentos por onde passa o ar de
combustão.
Também conhecidas como grelha rotativa, lembra um transportador, onde os óleos das
correntes recebem as placas perfuradas que formam o piso do leito. Foram concebidos
com a finalidade de desempenhar automaticamente boas condições de carregamento,
distribuição do combustível e extração de cinzas (figura 4.11).
Fig. 4.11
Entre todas é a de montagem mais complexa porque envolve uma mecanização mais
elaborada, são utilizadas para aplicação em caldeiras de produção superiores a 39 t/h até
150 t/h.
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Fig. 4.12
Conforme a pressão do ar, os queimadores são denominados de baixa pressão (até 500
mmca) ou de média pressão (da ordem de 100 mmca). São indicados para unidades de
pequeno porte, queimando uma quantidade máxima de 50 kg óleo/h. O ar de
pulverização, denominado ar primário, representa 20% do ar total necessário à
combustão. Opera com 30 a 40% de excesso de ar e apresentam uma pulverização não
uniforme, dificultando a regulagem da queima. Uma concepção mais moderna deste
tipo, procura dar uma rotação aos dois fluxos, o que tem permitido uma melhora na sua
performance (figura 4.13).
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Fig. 4.13
Fig. 4.14
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Fig. 4.15
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Fig.4.16
Queimadores de mistura
Queimadores de difusão.
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Fig.4.17
Fig.4.18
Existem também queimadores de difusão para queimar a combinação de gás e óleo é até
carvão pulverizado, encontrados nas grandes unidades geradoras de vapor.
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O processo possibilita a queima de combustíveis sólidos finos de carvão com alto teor
de cinzas, aproveita os finos resultantes da preparação do próprio carvão e admite a
queima de grandes quantidades, assegurando sua aplicação nas grandes caldeiras,
possibilitando uma larga faixa de controle de combustão.
Fig.4.19
5. ACESSÓRIOS E DISPOSITIVOS DE
CALDEIRAS
5.1 APARELHOS DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA
A cada quilograma de vapor extraído da caldeira, deve corresponder equivalente
quantidade de água injetada. Não se verificando a reposição, o nível de água, no interior
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Fig. 5.1
5.1.1 INJETORES
São equipamentos para alimentação de água usados em pequenas caldeiras de comando
manual e também foram muito empregados em locomotivas a vapor. Seu princípio,
simples, baseia-se no uso do próprio vapor de caldeira ou de ar comprimido que é
injetado dentro do aparelho, onde existem os cônicos divergentes e as válvulas de
retenção, de controle, e de sobrecarga, conforme figura 5.2.
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Quando o ar ou vapor passa pelos cônicos divergentes, forma vácuo, faz com que a
válvula de admissão seja aberta e arrasta por sucção a água do reservatório para dentro
da caldeira. Se a água entra em excesso, sai através de uma válvula de sobrecarga.
Injetor de Água
Fig.5.2
A bomba acionada eletricamente tem sido aplicada em pequenas caldeiras que operam
em pressões elevadas, pois as bombas centrífugas para altas pressões dificilmente
atingem pequenas capacidades.
Sua constituição esquemática, representada na figura 5.3, conta com uma câmara, duas
válvulas de retenção e um êmbolo.
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Fig.5.3
Seu funcionamento consiste em um disco com um jogo de palhetas que giram em alta
velocidade e fazem a sucção da água. Cada disco forma um estágio, cuja quantidade
pode variar de acordo com a capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa pressão
empregam-se bombas com apenas um estágio e nas de alta pressão são usados
multiestágios.
As bombas centrífugas são passíveis de serem acionadas por motores elétricos ou por
turbinas a vapor, estas últimas aplicáveis apenas em geradores de maiores capacidades e
pressões. Podem, ainda, ter carcaça cilíndrica e bipartida.
Poderão ser construídos de várias formas, mas os principais constam de uma garrafa que
é ligada ao tambor de vapor e uma boia que flutua no seu interior. Qualquer flutuação
do nível interno é transmitida a esta boia, presa na parte superior por uma haste (3),
conforme fig. 5.5.
A haste movimenta-se dentro do recipiente (5), e ao passar pelo campo magnético (2)
produzido pelo imã permanente (1) faz movimentar a célula de mercúrio (4) pelo pino
pivotado (A). A bomba assim fica dependendo do sistema liga-desliga, das chaves de
mercúrio, alimentando ou não a caldeira.
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Fig.5.4
Fig.5.5
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Sua construção é bastante simples. É formado por dois tubos concêntricos, sendo que o
tubo externo é o tubo de expansão e o interno serve para fazer a ligação com o tambor
de vapor pela sua parte superior, onde recebe uma quantidade de vapor. Faz também a
ligação com o tambor de vapor em um ponto correspondente ao nível mínimo,
recebendo, portanto, pela parte de baixo, água do tambor de vapor.
O tubo termostático abrange quase toda a extensão da fornalha, sendo que em uma das
extremidades é rigidamente ligado a serpentina de aquecimento e a outra extremidade
permanece livre, a fim de poder dilatar-se e mover a válvula de admissão da água.
Quando a caldeira está com uma queima total, a extremidade livre do tubo termostático
mantém a válvula de admissão em posição que passe, apenas, a água para repor a
quantidade que está sendo evaporada.
À medida que a água vai entrando no tambor, a quantidade de vapor dentro do tubo
termostático também vai diminuindo, dando lugar à água que é bem mais fria que o
vapor, fazendo, desta forma, com que o tubo, que se havia expandido pelo calor, agora
se contraia em virtude da mudança de temperatura: à medida que a temperatura diminui
no interior do tubo, este se contrai, fazendo com que o conjunto de comando faça a
redução da entrada de água até que o nível seja equilibrado.
O nível normal de água na caldeira poderá ser elevado ou baixado à vontade, dentro de
limites razoáveis. Uma porca de regulagem, localizada na extremidade do tubo, pode ser
girada para proporcionar o nível desejado mesmo com a caldeira em funcionamento.
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Fig.5.6
Uma outra concepção, conforme figura 5.7, denomina-se controle de nível termo
hidráulico, que opera agora graças à dilatação e contração da água contida numa câmara
cilíndrica anelar fechada.
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Fig.5.7
O tubo externo, por sua vez, liga-se pela parte inferior ao diafragma de uma válvula de
controle. Pela conexão superior desta camisa introduz-se água limpa até o fluido
transbordar.
A caldeira entrando em operação, apenas uma parcela desta câmara entra em contato
com o vapor o qual promove o aquecimento e consequente dilatação da parte
correspondente de água. O aumento de volume reflete sobre o diafragma da válvula de
controle, portanto sobre o orifício de passagem de água de alimentação.
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À medida que o nível oscila, a água contida na câmara recebe contato com maior ou
menor superfície de aquecimento, respondendo com variações nas dilatações e
contrações do fluido de maneira a transmitir à válvula de controle, posições diferentes
de ingresso ou interrupção da passagem da água.
A figura 5.8 exibe uma versão mais moderna de controle de nível em caldeiras,
introduzindo o ar comprimido como fluido auxiliar.
Fig.5.8
Devido à quantidade do “Fuel oil” fornecido com alto teor de parafina o sistema de
aquecimento deve ser misto (eletricidade e vapor), a fim de elevar e manter a
temperatura do óleo acima do ponto de fluidez (ponto de baixa viscosidade).
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Caso o óleo combustível seja muito viscoso, ele deve ser recirculado no sistema de
preaquecimento até atingir a temperatura ideal, antes de ser admitido na caldeira para
não entupir o pulverizador, em razão da viscosidade imprópria.
No início de funcionamento, quando o óleo não está ainda a uma temperatura ótima de
pulverização, deve-se usar querosene.
Fig.5.9
No caso dos combustível sólidos a alimentação pode ser manual ou mecanizada No caso
de alimentação manual de combustível sólido deve ser armazenada na casa da caldeira
uma quantidade suficiente para até duas horas, evitando-se o acúmulo de combustível
que retira a liberdade de ampla circulação que o operador deve ter..
o consumo de combustível
o consumo de ar para a combustão
a extração dos gases formados
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Visor de nível
Fig.5.10
Manter o nível de água da caldeira é um importante papel do operador que terá que
dispensar-lhe uma especial atenção.
Antes de se iniciar a operação da caldeira, deve ser feita uma drenagem no nível, a fim
de que se eliminem algumas impurezas que por ventura tenha-se localizado no nível ou
nas conexões do mesmo. Nas caldeiras manuais, o nível é importantíssimo porque dará
ao operador uma noção exata de quanto a água deverá ser introduzida na caldeira.
5.5 MANÔMETROS
Aparelho com o qual se mede a pressão de gases, de vapores e de outros fluídos. É
muito utilizado na indústria, entre outros fins, para verificar a pressão de caldeiras e de
vasos sob pressão.
Fig.5.11
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Quando uma caldeira possui duas válvulas de segurança, uma delas deverá abrir com
5% acima da pressão máxima de trabalho permitida e a outra com 10% acima da
pressão máxima permitida.
As válvulas de contrapeso são as mais simples, porém não atendem os requisitos atrás
anunciados. Sua vedação nem sempre impede vazamentos contínuos.
As válvulas de mola predominam nos dias de hoje. Há dois tipos de válvulas de mola:
De baixo curso;
De alto curso.
No primeiro tipo, a pressão do vapor atuando sobre a área do disco de vedação, abre
totalmente a válvula.
Na instalação deve-se:
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Evitar choques;
Acertar o prumo (velocidade da válvula)
Evitar alterar a regulagem original do fabricante.
Na operação:
Para assegurar esta performance, as válvulas de segurança devem ser fabricadas, sob
controle de qualidade, instaladas corretamente e ser submetidas a sistemáticas inspeções
e mantidas em condições de funcionamento perfeito.
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Fig.5.12
Fig.5.13
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Ocorrendo uma destas falhas, a fornalha da caldeira ficaria sujeita a uma explosão, caso
não houvesse a interrupção imediata do fornecimento do combustível.
POR TERMOELÉTRICOS
São formados por lâminas bi metálicas (lâminas de metais diferentes) e de uma chave
elétrica. As lâminas bi metálicas ficam instaladas no caminho dos gases e também estão
ligadas ao circuito, de tal modo, que não é possível acender o queimador com a chave
aberta. Acendendo a caldeira, o calor dos gases desprendidos dilata as lâminas,
queimando-se a caldeira as lâminas e se contraem abrindo e interrompendo o circuito
elétrico do queimador.
Trata-se de um sistema bem aperfeiçoado que trabalha com uma célula fotoelétrica, um
amplificador e um relé. O seu funcionamento é baseado na coloração das chamas. Se
estas se apagarem a luminosidade no interior da fornalha será diminuída, a célula
fotoelétrica comandará o amplificador e o relé que abrirá seus contatos, interrompendo
o circuito dos queimadores.
Estes dispositivos são projetados para garantir que a caldeira funcione em perfeita
segurança.
5.7.1 PRESSOSTATOS
PRESSOSTATO DE CONTROLE DE MÁXIMA PRESSÃO DA CALDEIRA
Fig.5.14
Pressostatos modular
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Todo este trabalho é conseguido através do motor modulador que consiste (além dos
enrolamentos do motor) de um relé de equilíbrio e de um reostato de balanceamento.
Portanto o motor trabalha junto com o reostato da chave moduladora.
1. Modulação automática
2. Ignição elétrica
3. Apagar a caldeira por motivo de segurança
4. Limitar a pressão
5. Promover a ignição automaticamente.
Nas cadeiras flamotubulares com queima a óleo ou a gás, o óleo diesel, ou gás, para a
chama piloto é controlada por uma válvula solenoide, dotada de uma bobina, que,
quando energizada, atrai o obturador pelo campo eletromagnético formado, abrindo a
passagem do combustível.
Permite a vazão de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior parte das aplicações
são válvulas do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da vazão.
Válvula De Alimentação
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Fig.5.15
Válvulas de Escape de Ar
Outra válvula do tipo globo que controla a saída ou entrada de ar na caldeira, nos inícios
e fins de operação. Apresenta dimensões de ¾ “a 1”.
Válvula de Retenção
figura 5.16
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Válvulas de Descarga
Estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras. O lodo do material sólido
em suspensão, geralmente acumulado no fundo dos coletores ou também inferiores das
caldeiras é projetado violentamente para fora da unidade, quando se abrem estas
válvulas.
Além da descarga de fundo, caldeira de certo porte, recebem outro sistema de descarga
para assegurar uma dessalinização contínua da água, feita por meio de válvula globo
agulha.
É uma válvula do tipo globo, cuja secção corresponde a 10% da válvula principal. Sua
função é assegurar o suprimento de vapor para acionamento de órgãos da própria
caldeira, como:
Bombas de alimentação
Aquecimento de óleo
Injetores
Válvulas de Alívio
É uma válvula instalada na parte superior do Pré-aquecedor de óleo, para evitar que o
óleo combustível atinja pressões superiores aos níveis adequados no mesmo.
Tubulações
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É recomendável que a água sofra um tratamento químico antes de ser bombeada para
dentro da caldeira.
Considerando que foi feito o tratamento, a água é bombeada para o interior da caldeira,
passando antes pelo Pré-aquecedor (se a caldeira assim estiver equipada).
Se a água for lançada na parte onde tem vapor, estando ela bem mais fria, provocará um
choque térmico, que poderá causar sérias consequências. Portanto, a admissão é feita
abaixo do nível de água e o mais distante possível da fornalha.
Não se deve injetar água fria em caldeira quente quando o nível d’água estiver baixo.
Deve-se diminuir o fogo a até apagá-lo, esfriando a caldeira. Caso isto não seja
observado, corre-se o risco do choque térmico e da provável implosão da caldeira.
Se a rede de água não deve ter vazamentos, esta menos ainda. Os combustíveis são
inflamáveis, portanto podem provocar acidentes. Além disso, criam ainda outra
condição insegura no trabalho, pois eliminam o atrito e o operador pode acidentar-se por
quedas, etc.
Rede de Drenagem
Esta é a rede que sai da parte mais baixa da caldeira e vai terminar fora da caldeira.
Próximo da caldeira ela tem uma válvula comum. A rede conduz uma mistura de água e
vapor para um local protegido, onde não possa atingir algumas pessoas. O objetivo é
drenar a caldeira, isto é, eliminar os detritos, sujeiras e composto de corrosão que se
acumulam dentro dela.
Rede de Vapor
O vapor é um fluido pouco corrosivo, para o qual os diversos materiais podem ser
empregados, até a sua temperatura limite de resistência mecânica aceitável.
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Fig.5.17
Classificação
a) Pré-aquecedor regenerativo
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Nos Pré-
Pré-aquecedor de ar regenerativo
Fig.5.18
Esse Pré-aquecedor é constituído de placas de aço finas e corrugadas que são aquecidas
quando da passagem dos gases de combustão e resfriadas quando da passagem do ar.
Seu formato assemelha-se a uma roda gigante, girando lenta e uniformemente (figura
5.19).
(Parte 4 de 4)
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Fig.5.19
Os gases quentes, ao passarem pela colmeia refratária trocam o calor com o frio para a
combustão (figura 5.20).
Fig.5.20
5.7.4.2 ECONOMIZADOR
Sua finalidade é aquecer a água de alimentação da caldeira (ver esquema da figura
5.21). Está localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos
geradores de vapor sendo que os gases são obrigados a circular através dele, antes de
saírem pela chaminé.
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Fig.5.21
SEPARADO
Usados nas caldeiras de baixa pressão (25 kg/cm2 ) e construído geralmente de tubos de
aço ou ferro fundido com aletas; no seu interior circula a água e por fora os gases de
combustão.
INTEGRAL
Empregado na maioria dos geradores de vapor, apesar de requerer mais cuidados que o
economizador em separado. Deverá ser retirado da água de alimentação todo o gás
carbônico e o oxigênio, isto porque, quando estes elementos são aquecidos aumentam a
corrosão dos tubos. Este economizador tem grande capacidade de vaporização e é
constituído por uma serpentina e tubos de aço maleável.
A corrosão nos tubos dos economizadores pode ser tanto de dentro para fora como de
fora para dentro. Os furos de fora para dentro são causados pelos gases que aquecem e
arrastam enxofre contido no óleo. Ao se juntarem com o oxigênio e com outros
elementos contidos nos gases, formam um poderoso agente corrosivo (Ácido sulfúrico,
por exemplo). Os furos de dentro para fora são causados pela circulação da água não
tratada que contém oxigênio e gás carbônico, principais agentes da corrosão interna dos
tubos.
5.7.4.3 SUPERAQUECEDORES
a) Considerações sobre o vapor saturado superaquecido.
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O vapor saturado é mais indicado para uso em aquecimento, pois devido à mudança de
fase permite a troca de calor a temperatura constante, apresentando como inconveniente
a grande formação de condensado.
Quando instalados dentro das caldeiras estão localizados atrás do último feixe de tubos,
entre dois feixes de tubos, sobre os feixes de tubo ou ainda sobre a fornalha (figura
5.22). A caldeira pode apresentar o superaquecedor em separado (figura 5.23). Neste
caso, ele dependerá de uma fonte de calor para o aquecimento; normalmente, é instalada
uma outra fornalha.
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Figura 5.22
Fig.5.23
5.7.4.4 PURGADORES
São dispositivos automáticos que servem para eliminar o condensado formado nas
linhas de vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor.
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6. TIRAGEM
É o processo de retirada da caldeira para a atmosfera, dos gases provenientes da
combustão. A tiragem pode ser efetuada de várias maneiras: natural, forçada e mista.
Nas caldeiras em que os gases são eliminados através de exaustores, aspirando os gases
e projetando-os para a atmosfera, a tiragem é chamada induzida (figura 6.2).
Tiragem Forçada
Fig.6.1
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Tiragem Induzida
Fig.6.2
Tiragem mista
Fig.6.3
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6.5 CHAMINÉ
Ajudam a tiragem devido à diferença entra a sua base e o seu topo, provocada pela
diferença de temperatura dos gases da combustão.
Pela chaminé deverão sair o gás carbônico (CO 2 ), vapor d’água (H2 O) e outros
compostos. Isso, porém, na maioria das vezes não ocorre e junto com o gás carbônico
há um grande desprendimento de fuligem que contribui para a poluição da atmosfera.
A fumaça que sai pela chaminé, quando apresentar uma coloração clara, pode indicar
um pequeno excesso de ar e quando sua coloração for escura, indica a presença de
combustível não queimado pela deficiência na alimentação de ar, de forma a atingir uma
relação ar-combustível adequado.
7. COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEL
7.1 DEFINIÇÕES
COMBUSTÃO
COMBUSTÍVEL
a) SÓLIDOS
b) LÍQUIDOS
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c) GASOSO
COMBURENTE
REAÇÕES DA COMBUSTÃO
Observa-se pelas reações anteriores, que se deve, sempre, orientar a queima no sentido
de se obter o CO 2 pois assim se tem uma maior liberação de calor.
Na prática, queima-se combustíveis que não se compõem, apenas, de carbono (C), mas
também de hidrogênio (H2 ) e enxofre (S), conforme visto nas reações acima.
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Onde
C = 84%, H2 = 11%, S = 4% e O 2 = 1%
Exercício:
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Solução:
PV = mRT
RAR =
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A forma mais prática e rápida de se calcular o calor perdido através dos gases de
combustão é pela medição de sua temperatura na base da chaminé, associando-se ao
teor de CO 2 medido no mesmo ponto.
Como foi visto, sabemos que o excesso de ar reduz a percentagem de CO 2 presente nos
gases de combustão, pois para o mesmo volume de CO 2 teremos aumentado o volume
total dos gases.
Conforme a sua procedência, tais águas podem conter diferentes produtos dissolvidos
ou em suspensão, em concentrações bem diversas.
O emprego direto das águas “in natura”, como água de alimentação de caldeiras,
implica num processo de evaporação da fase líquida, com consequentes concentrações
dos produtos minerais dissolvidos.
Outros produtos, entretanto, também se liberam, tais como gases dissolvidos existentes
na fonte fornecedora ou mesmo resultante da decomposição de matérias orgânicas
igualmente presentes.
Como esses depósitos incrustantes, são fracos condutores de calor, seus acúmulos sobre
as superfícies metálicas tendem a criar maiores resistências ao escoamento do calor,
contribuindo para uma sensível diminuição do Coeficiente de Condutividade entre os
gases quentes e a água situada no interior da tubulação. Evidentemente, diante de uma
condição de trabalho que prejudica a troca de calor entre os fluidos do processo, a
caldeira, passa a produzir menor quantidade de vapor e a apresentar uma diminuição no
seu rendimento térmico.
A unidade mais universal para exprimir a concentração das substâncias em solução nas
águas naturais é o ppm, ou seja, partes por milhão.
As análises são sempre feitas com referência ao volume de água e não ao pêso,
assumindo o pêso de 1 kg por cada litro de água sem levar em conta a correção pela
temperatura.
Dureza
Alcalinidade
Cloretos
Fosfatos
pH
Sólidos totais
Resíduos calcinado
Matéria orgânica
Concentração de O 2 livre.
Sílica.
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Nessa hipótese, a aplicação de um filtro de areia aberto com remoção das impurezas por
gravidade ou uma variante de filtro autolavável, também aberto, atendem as
necessidades do processo. Na ausência de espaço para se instalar um filtro deste tipo, se
recorre a um filtro de camadas de areia e antracito, fechado, compacto que promove a
circulação da água sob pressão até no máximo de 10 m c.a. (vide fig.8.1). Quando a
pressão interna do vaso do filtro acusa valores superiores a pressão atrás indicada
promove-se uma inversão do fluxo da água que passa a circular no sentido ascendente,
arrastando para o esgoto todo o material acumulado sobre a camada superior de areia.
Esta operação se prolonga até o visor existente no circuito, acusar passagem de água
límpida, com duração aproximada de 5 a 10 minutos.
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Fig.8.1
Naturalmente durante esta limpeza o suprimento de água fica interrompido, razão pela
qual, ser de boa norma, instalar dois aparelhos em paralelo. Enquanto um deles atende a
operação de limpeza, o segundo continua suprindo água ao processo.
Dificilmente hoje se encontra um córrego, rio ou lago que disponha de água límpida
sendo forçoso o acréscimo de um pré tratamento, antes da filtração, denominado
clarificação.
Os aparelhos clarificadores recebem a água bruta tal qual procedem das fontes de
suprimento juntamente com agentes coaguladores que promovem a formação de flocos
gelatinosos dotados de grande capacidade de absorção das impurezas existentes no
fluido.
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Fig.8.2
A água límpida a seguir deve ser submetida a outros tratamentos para eliminar as
impurezas dissolvidas. Serão parâmetros determinantes na decisão do processo de
tratamento a ser adotado, a qualidade da água, a pressão da caldeira e a pureza do vapor.
Determinadas águas uma vez isentas de turbidez, podem ser introduzidas diretamente no
interior das unidades geradoras de vapor de baixa pressão, e ali serem submetidas ao
chamado tratamento interno descrito páginas adiante.
8.3.1.1 ABRANDAMENTO
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(a) (b)
Fig.8.3
8.3.1.2 DESMINERALIZAÇÃO
Efetuada sobre uma série de trocadores de; íons, é o tratamento escolhido para a
alimentação das caldeiras com pressões acima de 40kgf/cm2 , especialmente quando
estas caldeiras comportam superaquecedores ou alimentam turbinas, caso nas usinas
térmicas para geração de potência.
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8.3.1.3 DESGASEIFICAÇÃO
Tem a finalidade de eliminar todos os gases ainda dissolvidos na fase líquida, para a
atmosfera, como por exemplo o oxigênio, gás carbônico, sulfídrico e outros.
Todavia, unidades que operam com baixas pressões, podem dispensar o acréscimo da
aparelhagem, adotando métodos químicos para atenuar o efeito corrosivo, sobretudo o
oxigênio.
A Hidrazina simples ou catalisada vem sendo mais utilizada para neutralizar a corrosão
do oxigênio, porquanto ela sequestra este gás dissolvido na água.
Aparelhos Desaeradores
Nos desaeradores a pulverização (Vide figura 8.4) dispersa a água em finas gotas
através de pulverizadores na câmara de vapor do aparelho proporcionando um aumento
da superfície de contato das fases.
Uma variação mais moderna deste tipo, aplica bandejas perfuradas de forma a criar uma
série de jatos cilíndricos de água em queda vertical aumentando a superfície de contato
das fases, conforme esquema da fig.8.5.
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Fig.8.4
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Fig.8.5
Os gases incondensáveis são arrastados pelas bolhas de vapor em excesso para a coluna
do aparelho que dispõe de uma distribuição da água de ingresso na forma de cascatas.
O aparelho deste tipo precisa ser rigidamente fixado a base, e todos os acessórios
firmemente atados, dado que a injeção do vapor diretamente no fundo do vaso cheio de
água fria, no início do processo de aquecimento provoca fortes golpes de aríete pela
instantânea condensação do vapor.
Na maioria das instalações de desaeração, o aparelho opera com uma pressão interna
ligeiramente superior a pressão atmosférica, de conformidade com a temperatura
desejada na água desaerada.
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É o método mais econômico que consiste em adicionar uma solução dos sais de
tratamento no próprio tanque de alimentação de água ou no tubo de injeção desta, no
interior da caldeira, mediante um dosador contínuo.
Os precipitados formados pelas reações, sob forma de um lodo, depositam-se nas partes
inferiores da caldeira, de onde são eliminados por meio de descargas intermitentes.
A caldeira com a água que produz vapor, portanto, vai acumulando e concentrando os
sais que ingressam com a água. A concentração deve ser mantida até o limite de
solubilidade a partir do qual há precipitações que concorrem para incrustação, arraste de
partículas sólidas pelo vapor e formação de espuma.
É a descarga da caldeira que mantém a concentração destes sais dentro dos limites
convenientes, além de arrastar o lodo que se acumula nas partes inferiores da caldeira.
O arraste consiste de diminutas gotículas de água que são carregadas pelo vapor no
momento que este se desprende da superfície da água. Em condições normais de
operação, o arraste de água é uma possibilidade remota pois os internos do tubulão
superior são projetados para evitar que isto ocorra. Entretanto, pode ocorrer este tipo de
arraste se houver:
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Assim, os produtos químicos são lançados no espaço de vapor e carregados por ele. A
intensidade desta espuma depende da natureza dos compostos químicos na água da
caldeira. O problema de arraste provoca a formação de depósitos no superaquecedor,
nas pás das turbinas e no sistema de condensado, além de problemas de corrosão e
erosão, nas caldeiras aquatubulares.
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