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Como compatibilizar TIPOS ABERTOS e NORMAS PENAIS EM BRANCO?

TIPOS ABERTOS = são por excelência os crimes culposos. O tipo culposo não viola a lex certa,
nem o PRL porque o legislador não tem como prever todas as situações possíveis da conduta
culposa. Isto se dá por absoluta impossibilidade fática. O juiz definirá os parâmetros da culpa.

Há tipos dolosos abertos?? A doutrina exige que os tipos dolosos sejam descritos detalhadamente.
A jurisprudência aadmite a descrição de tipos dolosos de forma aerta desque envolva uma conduta
em que também não houve uma descrição detalhada por absoluta impossibilidade fática – Ex. Lei
7492, art 4º § - crimes contra o sistema financeiro – gerir fraudulentamente instituição financeira –
3 a 12 anos+multa. Se a gestão é temerária – 2 a 8 anos+multa. O QUE É GESTÃO
TEMERÁRIA??? Não há descrição do que é exatamente gestão temerária.

A Advocacia reagiu dizendo que o tipo aberto doloso é inconstitucional./ a jurisprudência afirmou
que o tipo aberto doloso é possível por absoluta impossibilidade fática de detalhamento

NORMAS PENAIS EM BRANCO – Nas normas penais em branco o preceito primário é


indeterminado. E pode ser complementado por norma de mesma hierarquia (Código Penal e Código
Civil – impedimentos para o casamento). Neste caso se tem a norma penal em branco em sentido
amplo (ou homogênea ou imprópria).
Quando o preceito primário é complementado por norma de hierarquia diferente, ele recebe a
denominação de norma penal em branco em sentido estrito ou heterogênea ou própria. Nestes dois
casos não há nenhuma inconstitucionalidade porque o detalhamento do fato típico é feito pelo
ordenamento jurídico ainda que todos os seus efeitos não defluam do preceito primário.

O PRL precisa ter um conteúdo material. Seus apsectos formais e prévios devem recair sobre bens
jurídicos de relevância e importantes para a sociedade. O DP deve ser veiculado através de uma
visão que justifique e legitime a norma penal incriminadora. Este conteúdo material traz mais DOIS
PRINCÍPIOS: O PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL E O PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA.

19. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL - Welzel – jurisprudencialmente, não tem tanta


força quanto o Princípio da Insignificância. Apenas condutas humanas que produzem um dano à
sociedade devem estar embutidas em leis penais incriminadoras. O legislador escolhe as condutas
mais danosas à vida social. Excluindo-se as condutas socialmente aceitas (atípicas).

Atualmente algumas causas de justificação estão sendo questionadas como excludentes de


antijuridicidade. Para alguns autores o Estrito cumprimento do dever legal e Exercício regular do
direito não são excludentes de antijuridicidade, pois afetam a própria tipicidade.

Segundo o Princípio da adequação social certas condutas são toleradas socialmete. Há um abalo, há
um dano, mas numa escala tão pequena, tão insignificante que se torna irrelevante. O DP não deve
se ocupar de bagatelas, de condutas de escassa lesividade. O princípio da adequação social é causa
supralegal de exclusão da tipicidade.
CP 334 + Informativo 345 STJ.

20. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - Tem muita relevância na esfera federal quando se


cuida do crime de descaminho e contrabando. A insignificância é auferida em função da valoração
das mercadorias descaminhadas. Este princípio se opõe às condutas de escassa lesividade. Gera
atipicidade da conduta. Restringe o âmbito de incidência do tipo penal incriminador. Pauta-se na
regra de que a incidência penal pressupõe uma lesão mínima ao bem tutelado. Caso contrário não
haverá fato típico. HÁ CONTROVÉRSIAS SOBRE A AFERIÇÃO DO VALOR
INSIGNIFICANTE.
Posição 1 – Fato atípico
Posição 2 – Folha de antecedentes impede o reconhecimento do princípio da insignificância
Posição 3 – é Fato Típico, mas a conduta, por sua irrelevância social pode deixar de ser antijurídica
– Francisco Dirceu Barros. Para este autor devem ser considerados o dano causado à vítima e as
características do sujeito ativo. Caso 1: Alguém furta de um grande supermercado mercadoria no
valor de R$ 36,00. Caso 2. Alguém furta um aviúva pobre, o valor de R$ 6,00 (1kg feijão, arroz e
sal para alimentar seus 4 filhos). O promotor não denunciou o furto de R$36,00, afinal o
supermercado já estava sendo processado por sonegação de R$5.000.000,00. O prejuízo do
supermercado foi ínfimo. No entanto, no caso 2, a viúva ficou profundamente prejudicada.

Código:
CP Art. 334 - Importar ou exportar mercadoria proibida ou
iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.


§ 1º - Incorre na mesma pena quem:
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a
contrabando ou descaminho;
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no
País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de
introdução clandestina no território nacional ou de importação
fraudulenta por parte de outrem;
d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de
documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe
serem falsos.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido
em residências.
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de
contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.

Informativo 345 STJ


Código:
DESCAMINHO. CONTRABANDO. PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA.
O paciente está sendo investigado pelo cometimento, em tese,
do crime de contrabando ou descaminho (art. 334 do CP). Mas a
Turma denegou a ordem ao argumento de que o princípio da
insignificância invocado pela defesa não se aplica ao presente
caso. Para a Min. Relatora, o valor de referência utilizado
pela Fazenda Pública quanto aos débitos inscritos em dívida
ativa da União são cem reais, conforme o art. 18, § 1º, da Lei
n. 10.522/2002 e corresponde ao valor máximo de que o erário
está disposto a abrir mão por meio do cancelamento. E, em seu
art. 20, diz que, acima de cem reais até o limite de dez mil
reais, serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante
requerimento do procurador da Fazenda Nacional, os autos das
execuções fiscais, porém com a ressalva do parágrafo primeiro
de que os autos de execução a que se refere o artigo serão
reativados quando os valores dos débitos ultrapassarem os
limites indicados. O mencionado arquivamento não implica
renúncia fiscal, mas, tão-somente, denota a política quanto à
prioridade para efeito de cobrança imediata conferida aos
montantes mais elevados. Logo, considerando-se que a
lesividade da conduta no crime de descaminho deve ser aferida
com base no valor do tributo incidente sobre as mercadorias
apreendidas e que os montantes inicialmente apurados excedem
em muito o valor de cem reais, não há que se falar em
aplicação do princípio da insignificância. Entendeu a Min.
Relatora que o trancamento do inquérito policial pela via do
habeas corpus representa medida excepcional, admissível tão-
somente quando evidenciada, de pronto, a atipicidade dos fatos
investigados ou a impossibilidade de a autoria ser imputada ao
indiciado, sendo que nenhuma dessas circunstâncias foi
efetivamente demonstrada pela defesa. Precedente citado: HC
41.700-RS, DJ 20/6/2005. HC 66.308-SP, Rel. Min. Jane Silva
(Desembargadora convocada do TJ-MG), julgado em 21/2/2008.

STF e Johonson DI Savio – a insignificância com base no valor da mercadoria descaminhada e com
base em laudo de avaliação independentemente da habitualidade criminosa do sujeito. Dano de
pequena monta.
STJ – insignificância só pode er desconhecida no caso do 334 CP se o sujeito não ostentar uma
folha de antecedentes farta, se ele for primário.

Ministra Jane Silva – STJ – R$ 100,00


Johonson Di Salvo – TRF3 - R$ 10.000,00

Lei 10522/2002 valores maiores de R$ 100,00 não são insignificantes. Valores entre R$100 e
10.000 -> arquivamento até que se alcance os R$10.000. Não se trata de renúncia, mas somente
denota a polític aquanto a prioridade da cobrança imediata dos valoers mais considerados. Não se
deve falar de princípio da insignificância. ESTE ENTENDIMENTO NÃO É O QUE
PREVALECE.

21. PRINCÍPIO DO INDUBIO PRO REO – Para Zafaroni o IN DUBIO PRO REO também é
princípio de DP. Para a maioria dos autores trata-se de princípio processual penal.

NO DPP o IN DUBIO PRO REO é princípio de valoração da prova.


NO DP o IN DUBIO PRO REO determina que o interprete assuma a interpretação mais restritiva
de punibilidade desde que essa interpretetação não seja veda pela interpretação sistemática do
ordenamento jurídico como um todo.

22. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA – não é apenas dosar a pena, Também


versa dobre a progressão de regime – STJ 347
Código:
CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO.
Discute-se se ao paciente condenado por crime hediondo
cometido antes da Lei n. 11.464/2007 deve ser aplicada a
progressão de regime de acordo com o art. 112 da Lei de
Execução Penal (1/6 do cumprimento da pena). Observou a Min.
Relatora que, antes mesmo da edição da Lei n. 11.464/2007, o
STF entendeu ser possível a progressão de regime nos crimes
hediondos porque sua impossibilidade feriria o princípio da
individualização das penas, o qual compreende os regimes de
seu cumprimento. A decisão do STF não só alcançou o caso
examinado, mas todas as penas ainda em execução. Explica,
ainda, que a Lei n. 11.464/2007 adaptou a Lei dos Crimes
Hediondos à decisão do STF, mas também criou novos parâmetros
à progressão de regime. Entretanto esses novos limites não
alcançam os crimes cometidos anteriormente à citada lei, que
estão sob a regência dos limites determinados na lei antiga;
de outra forma, seria ferir o preceito constitucional que
determina a irretroatividade da norma mais gravosa aos delitos
cometidos anteriormente à sua vigência. Com esses
esclarecimentos, a Turma concedeu a ordem. Precedente citado:
HC 90.378-MS, DJ 17/12/2007. HC 93.718-MS, Rel. Min. Jane
Silva (Desembargadora convocada do TJ-MG), julgado em
4/3/2008.
É possível a progressão de regime em matéria de crimes
hediondos (11464/07) a partir desta lei. A lei introduziu no
ordenamento jurídico o que já era entendimento no pleno do
STF. Mas houve a instituição de requisitos específicos mais
rigorosos que a LEP. Portanto a lei 11464/07 não retroage para
atingir os crimes cometidos antes de sua publicaçào, pois é
lei nova mais gravosa. Vale então a regra anterior da LEP.

AULAS ANOTADAS DO CURSO LFG.

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A MISSÃO FUNDAMENTAL DO DP.

23. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS – O DP para ser utilizado


de forma legítima deve limitar sua missão à proteção de bens jurídicos mais relevantes para o
homem.

- PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA - O DP está legitimado a agir quando houver o


fracasso dos demais ramos do Direito acrescido da relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado. (Para o Prof. o Princípio da Intervenção Mínima tem DUAS
CARACTERÍSTICAS: a SUBSIDIARIEDADE e a FRAGMENTARIEDADE. A Profa. Janaina
apresentou estas duas características como sendo dois outros princípios autônomos). O Nucci
apresenta o princípio da Intervenção Mínima como sinônimo de subsidiariedade e distinto do
princípio da fragmentariedade.

Para o Prof. se deve entender SUBSIDIARIEDADE e FRAGMENTARIEDADE como duas


características distintas do mesmo princípio da Intervenção mínima:
SUBSIDIARIEDADE - O DP intervém em ABSTRATO somente quando ineficazes os demais
ramos do direito (ultima ratio)
FRAGMENTARIEDADE - O DP intervém em CONCRETO somente quando houver relevante
lesão ou perigo de lesão do bem jurídico tutelado. O princípio da insignificância nasce da
fragmentariedade.

(O caso do ADULTÉRIO: foi descriminalizado em função do princípio da intervenção mínima)


O Princípio da Intervenção Mínima orienta o DP positivamente, no sentido de onde e quando ele
deve agir. O Princípio da Intervenção Mínima orienta o DP negativamente, no sentido de onde e
quando ele não deve agir.

O Direito Penal está legitimado a agir quando houver o fracasso dos demais ramos do direito
acrescido da relevante lesão ou pergio de lesão ao em jurídico tutelado,

O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – O STF analisa a insignificância a partir da realidade


econômica do país (Ministro Carlos Brito). Esta explicação não está muito de acordo com a outra
explicação acima apresentada.

No STJ há duas posições quanto à aplicação do Princípio da Insgnificância para o REINCIDENTE.


E não dá para saber qual deve prevalecer: 1. Não se aplica ao criminoso habitual. 2. Aplica-se
independentemente do requisito subjetivo do agente.

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