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Os livros proféticos da bíblia

16 setembro 2009 https://www.comshalom.org/os-livros-profeticos-da-biblia/

Livros Proféticos

Introdução: Profeta (grego) – aquele que fala em nome de …, aqueleque prediz


o futuro e interpretar o presente. Nabi (hebraico) – o que échamado. Livros
Proféticos – são os livros que contém os escritos e apregação dos profetas,
que desempenham função fundamental no meio dopovo de Deus.

Divisão dos livros proféticos: Profetas Maiores – Isaías, Jeremias(lamentações,


Baruc – alguns colocam como um profeta maior por ter sidoescrito por um
secretario de Jeremias, é considerado menor pelotamanho), Ezequiel e Daniel;

Profetas Menores- ( Não são chamados menores pela importância maspelo


escrito pequeno) Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias,Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Estilo Profético:

Os profetas eram antes de tudo pregadores, raramente escreviam,por isso


torna-se manifesto que os oráculos e sermões dos profetasforam preservados
pelos seus discípulos, que os editaram. O processo decomposição é lento e
gradual, muitas vezes o seu plano é um pouco vago.

Mensagem do Profeta:

O ponto de partida da vocação profética está numa profundaexperiência de


Deus. O profeta faz uma leitura dos sinais dos tempos,por isso é que muitas
vezes sua mensagem se centra no âmbito social epolítico. Denunciam os erros
do povo e das autoridades: Idolatria,misticismo, ritualismo, culto vazio, falsos
profetas, sacerdotesinfiéis, pecados da monarquia, imoralidade dos
comerciantes, avareza ecobiça dos latifundiários …

Lamentações
Coleção de 5 cânticos, que choram a queda da cidade SantoJerusalém em 587
a C. Os quatros. Cânticos de luto, que foi compostopelos judeus que
permaneceram no pais após a destruição de Jerusalém.

Primeiro Cântico – O poeta e a cidade personificada lamentam a destruição de


Jerusalém; reconhecem a culpa do povo.

Segundo Cântico – O autor lastima a punição de Jerusalém e exorta a cidade à


penitencia, Jerusalém pede misericórdia.

Terceiro Cântico – O autor descreve a sua dor diante da desgraça de


Jerusalém e sua esperança na Misericórdia divina.

Quarto Cântico – Fala mais uma vez da ruína de Jerusalém castigada segundo
a Justiça.

Quinto Cântico – Tem forma de oração (A Vulgata Latina diz que é ocântico de
Jeremias). Implora o auxilio de Deus para a ruína deJerusalém prediz a ruína
de Edon povo vizinho de Judá.

Atribui a Jeremias a autoria apoiando-se em II Cr 35,25, mas hojenão se aceita


mais pelo argumento de que este estilo poético não seenquadra no estilo
espontâneo de Jeremias. Se atribui a algum autoranônimo, teria sido redigido
na terra santa, escrito para celebrar estemomento da queda de Jerusalém. A
igreja lê o livro nos últimos dias daSemana Santa para relembrar o drama do
Calvário. É de notar que estesCânticos fúnebres são perpassados por vivo
sentimento de arrependimentoe de inabalável confiança em Deus.

Daniel

Hebraico = Deus é meu Juiz – Judeu. Divide-se em duas partes: Canônica (1-
12) e Deuterocanonica (13-14).

Canônica divide-se em:

(1-6) Narrativa – Daniel é um hebreu deportado para a Babilônialevado para a


corte de Nabucudonosor, onde recebeu o nome de Baltazar,foi fiel a lei de
Deus mesmo em ambiente Pagão, onde Deus cumulou-o comdons diversos de
sabedoria se tornando um homem notável. Danielembaraçava o Rei e os seus
sabios, onde o Rei reconhecia direta ouindiretamente a santidade do Deus de
Daniel. Julga-se que os capítulosde 2-6 foi incluído posterior a Daniel para
incutir a confiança emDeus, porque os reis sírios ameaçavam os Judeus para
não obedecer a Leido Senhor.

(7-12) Apocalíptica – O que significa está realidade apocalíptica éporque os


povos Judeus eram ameaçados por sírios pagãos. Um autorpiedoso quis
despertar a esperança e a paz, falando de uma libertaçãomessiânica. Deus
interviria nesta situação de opressão dos povospagãos, instaurando a justiça e
a ordem devida, os que ficassem fieisseriam recompensado.

Deuterocanonica – fala da historia de Suzana, uma jovem que Danielsalva por


sua sabedoria; a historia dos sacerdotes de Bel, que Danieldesmascara; O
dragão que Daniel mata.
Baruc.

Baruc – Bento. Foi companheiro, escriba de Jeremias. Acompanhou Jeremias


durante a queda da Cidade Santa.

Baruc de 1-5 é uma coletânea de três peças que supõem o povo de Judá
exilado na Babilônia.

As características do livro: Especialmente o louvor à Sabedoria) Br3,9-4,4;


Exortação aos exilados para que não caiam na idolatria doambiente Babilônico;
Chama atenção para a inércia dos ídolos. “Porconseguinte, não os temais”;
“Como crer ou dizer que são deuses”; “Quemnão vê que não são deuses?”.

O Autor não é Jeremias como geralmente reconhecem os estudiosos. Autor


anônimo.

Amós É o mais antigo dos profetas (780-750). Nasceu em Técoa,aldeia ao Sul


de Belém (Judá). Dedicava-se a cuidar de gado (Pastor).Deus o chamou a ser
profeta em Israel. Homem simples de linguagemfranca e rude. Profetizou sobre
Jaboatão II – Monarca que tinha lucrona construção das casas, depravação
dos costumes, culto idolátrico.Amós censurou os vícios e predisse a salvação
para os bons.
Nesse período o Norte e o Sul vivem um grande crescimento econômicoe as
elites acumulavam muitos bens enquanto boa parte da populaçãovivia na
pobreza. Falou contra a hipocrisia e a incoerência de vida.

Oséias (735 – 725): Único profeta nascido no reino do Norte.

O livro se divide em duas partes: 1. As relações de Javé e Israelsão


simbolizadas pelo casamento de Oseias. Casa com uma mulher
leviana(Gomer) que engana; cai na escravidão, depois de abandonar Oseias,
masé resgatada pelo próprio. Significa a união do Senhor com seu
povo,violada por Israel pela infidelidade cultuando deuses Cananeus. 2.Israel é
censurada pela sua distorção política e religiosa no passado eno presente, e
encerra o livro com uma liturgia penitencial.

Usa muito o termo Hesed: Misericórdia, Amor e Bondade de Deus.Deus exige


Amor e não sacrifício (Os 6,6).

O centro de seu livro é a imagem do casamento, análoga aorelacionamento de


Deus com Israel: Israel é como uma prostituta poisadora Baals (outros deuses),
mas Deus é a pura Misericórdia e perdoaIsrael.

É o primeiro livro da Bíblia a usar de forma clara a imagem do amor esponsal.

Miqueias – Profetizou sob Joatã, Acaz e Ezequias, reis de Judá.Miqueias não


poupa os gananciosos, os credores sem comparação, oscomerciantes
fraudulentos, as famílias divididas, os sacerdotes eprofetas cobiçosos, os
chefes tirânicos, os Juizes venais. Principalponto – 6,8 – praticar a Justiça,
amar com misericórdia e procederhumildemente diante de Deus.”

Sofonias – Exerceu sua atividade sob o piedoso rei Josias. Censurouo culto de
falsos deuses, modas estrangeiras, injustiça sociais.Mensagem principal é o
anuncio do dia do Senhor.

Naum – O livro começa por um salmo. Natural de Elcós, cidadedesconhecida,


trata da queda de Ninive. O salmo descreve a esplendorosamanifestação de
Javé, exprime o calor da alma de Israel diante do seuinimigo tenaz, o povo
assírio.
Isaias – (770-687ac) Era filho de uma família ilustre de Jerusalémerudito poeta
e estilista. Foi chama do a Ser profeta em 740. Foiconselheiro dos reis Joatã,
Acaz e Ezequias em uma época de grandeinfidelidade do povo e da corte. Este
livro é atribuído a escola deIsaias. Isaias pelas profecias messiânicas é
considerado o “Evangelistado Antigo Testamento”.

Dividido em 3:

1. Isaias (1-39) provavelmente do tempo do profeta;

Supõe que é descrito uma condição histórica em que viveu o profetaIsaias. É


uma coleção de dizeres, dispostas sem estrita ordemcronológica, contem
notáveis profecias messiânicas. Em (Is 7,10-25) omessias aparece com
Emanuel, que a de nascer de uma Jovem (Virgem); em(9,1-7) nasce o Menino
prometido como “Admirável conselheiro, Deusforte, Pai do século futuro,
Príncipe da Paz”. (11,1-9) o trono de Davifloresce e produz um rebento, que é o
Messias, este faz descer sobre aterra a plenitude do Espirito do Senhor e
cumpre as promessas derestauração da natureza violentada pelo pecado. Por
tudo isto éconsiderado uma dos maiores profetas do Antigo testamento.

2. Isaias (40-45) exílio da babilônia;

De autores anônimos, estes pregaram e escreveram na Babilônia,anunciando


aos Israelitas ai deportados a iminente libertação e a voltaà terra Santa.

Pontos falados: – Jerusalém e o templo estão destruídos e a suarestauração é


profetizada. – A nação que retém os Judeus é a babilônia,opulenta e arrogante,
mas prestes a cair em ruínas. – Os leitores sãoestimulados à confiança e à
alegria, pois se aproxima o fim do exílio(41,10-13).

Aqui estão os quatro “Cânticos do Servo de Javé”, que falam daexpiação


prestada por um Servo inocente em favor dos seus irmãospecadores. São
profecias messiânicas, que projetam nova luz sobre osentido do sofrimento;
este pode recair sobre os justos, que assimprestam satisfação pelos pecados
alheios. Estes cânticos é dividido doseguinte modo:

A vocação do Servo de Javé Is 49,1-6; Os predicados do Servo de Javé Is42,1-


4; A ingrata missão do Servo de Javé Is 50,4-9; A morte e aglorificação do
Servo de Javé Is 52,13-53,12
3. Isaias (56-66) após o exílio, na época da restauração do povo em sua terra.

Trata de consola r e exortar os judeus recentemente repatriados doexílio. Israel


de novo na terra santa constitui uma nova comunidadereligiosa; parece, porém,
que é infiel à Lei do Senhor; está desanimadodos obstáculos que se opõem à
reconstrução do Templo e da Cidade Santa;o profeta fala da Nova Jerusalém
todas as profecias sobre elas.

Pontos fundamentais: – Jerusalém se encontra parcialmente povoadamas não


devidamente reconstruída; – as cidades menores ainda estãodevastadas; – O
templo ainda esta em ruínas apesar de si pensar emreconstruir; – o chefe das
comunidades se preocupam mais consigo do quecom o povo; mas o profeta diz
que o Senhor mandará salvação.

Habacuc – É um profeta que não pode ser chamado por homônimo deDaniel.
O Ponto principal do seu livro é “Por que o ímpio prevalececontra o justo e
insolentemente o oprime?”. O Justo vive pela suafidelidade.

Ageu – Da inicio ao ultimo período dos profetas, período pós-exilioque a ter


uma linguagem de restauração diferente de antes do exílio queera censura e
ameaça de castigo, durante o exílio era consolação.

Ageu acompanha o povo após o exílio da Babilônia. Diante dasameaças de


desanimo o profeta da reconstrução do templo. Fala que estáreconstrução é
condição da vinda de Javé e do seu reino.

Zacarias – Após a profecia de Ageu aparece Zacarias que se refere aoito


visões do profeta que tratam da salvação e da restauração deIsrael, seguem
também oráculos messiânicos (1-8) é considerado deautoria de Isaias. De (9-
14) é muito diferente são anônimos, falam defatos históricos difíceis de precisar
e a ultima parte é como umapocalipse que descreve a gloria de Jerusalém dos
últimos tempos.

Malaquias – Significa “meu mensageiro”. O livro consta de seisseções onde se


tem o mesmo esquema que é: o Senhor lança uma afirmação,e o povo e os
sacerdotes a contestam, mas Deus sustenta. O Profetaanuncia o Dia do
Senhor, que purificará sacerdotes e levitas, punirá omau e concederá ao Justo
o triunfo.

Abdias – É o mais curto dos livros proféticos e um dos maisdifíceis, foi dirigido
contra Edom, povo vizinho de Judá, sob rei Jorã.O livro exalta a justiça e o
poder de Javé, que age como defensor dodireito.

Joel – Possui duas partes:

1. 1,2 – 2,27 – refere-se a uma invasão de gafanhotos que flagelaJudá e da


ocasião para uma liturgia de suplica e luto a resposta doSenhor é fartura e
reconstrução.

2. 2,28-3,21 – refere-se ao Dia do Senhor caracterizado pela efusão do espirito.

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Livros Proféticos
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eria/biblia/curso/curso1/28.htm
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Os LIVROS PROFÉTICOS recebem o seu nome do fato de cada um deles aparecer encabeçado pelo nome
de um profeta, o qual, podendo não ser sempre o autor de todo o texto, é, pelo menos, a figura histórica
que lhe dá a sua personalidade. O profetismo é um fenómeno cujas raízes se estendem pelo Médio Oriente
Antigo. Tem a ver, por um lado, com experiências religiosas e místicas fora do comum (veja-se,
nomeadamente, 1 Sm 19,20-24); e, por outro, com um olhar penetrante e capaz de intuir ou receber a
comunicação de verdades profundas (Nm 24,3-4), ou com a autoridade na transmissão dessas verdades
em nome de Deus (Jr 1,17-19).

PROFETISMO E PROFETA Dentro da própria Bíblia nota-se que o fenómeno do profetismo se formou de
muitos elementos e experiências que foram evoluindo e criando um conceito enriquecido de vários matizes,
capazes de conter até alguns contrastes (Zc 13,2-6). A variedade de nomes utilizados para o exprimir é um
sinal claro disso; e o nome que ficou a ser mais utilizado (nabi') não é, afinal, o mais claro de todos os que
existiam para designar tal conceito.

Talvez as duas conotações mais marcantes de profeta sejam a de "vidente" e a de "porta-voz" que transmite
certa mensagem em nome de outro. O termo "profeta", usado em português, deriva do grego e sublinha
esta segunda ideia, isto é, alguém que fala como porta-voz de outro.

Na Bíblia, o conceito de profeta aparece também aplicado a muitas outras figuras, cujos nomes não constam
da lista definitiva dos livros sagrados.

A Bíblia hebraica chama "profetas anteriores" ou antigos a uma grande parte dos livros que nós
classificamos, na peugada dos Setenta, como livros históricos; e "profetas posteriores", ao conjunto de
livros cuja autoria, de algum modo, se atribui a um profeta. Aqueles que designamos aqui por Livros
Proféticos são as obras dos chamados "profetas escritores", se bem que a questão da autoria, como
dissemos, não seja linear e tenha de ser estudada caso a caso e em pormenor.

LIVROS No Antigo Testamento, estes profetas costumam ser divididos em dois grupos: "Profetas Maiores"
e "Profetas Menores", segundo a sua extensão e a importância que foi atribuída a cada um deles.

"Profetas Maiores". São Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. O livro das Lamentações aparece como uma
espécie de prolongamento do livro de Jeremias, embora já não se costume traduzir o parágrafo inicial da
tradução grega que o atribuía expressamente a Jeremias. Como um segundo anexo a Jeremias temos o
livro profético de Baruc; faz parte dos livros "deuterocanônicos" e é atribuído a um secretário de Jeremias,
de nome Baruc.

Isaías, Jeremias e Ezequiel são identificáveis como três figuras históricas de profetas dos séculos VIII, VII
e VI, respectivamente, com notórias e decisivas intervenções na cena histórica, especialmente os dois
primeiros.

Daniel aparece na tradição da Bíblia grega entre os "Profetas Maiores"; mas na Bíblia Hebraica é
classificado entre os "Escritos", dando a entender que é visto como um género de literatura diferente da
dos profetas. E é realmente diferente, apesar de ter muitos pontos de convergência.

"Profetas Menores". Alguns apresentam-se como figuras historicamente mais definidas; é o caso de
Oseias, Amós, Miqueias, Ageu e Zacarias. De outros, como Joel, Abdias, Naum, Habacuc, Sofonias e
Malaquias, pouco se sabe ao certo, podendo mesmo acontecer que alguns sejam apenas nomes simbólicos
da própria obra literária ou da respectiva mensagem.

Jonas também aparece na Bíblia grega entre os "Profetas Menores"; mas, na Bíblia hebraica, faz parte dos
"Escritos". De fato, além da narração contida no livro, historicamente nada mais se sabe acerca da
personagem de quem recebe o nome.

ISAÍAS

O livro de ISAÍAS apresenta como título "Visão de Isaías, filho de Amós" (1,1) e aparece como o primeiro
dos "Profetas posteriores", em relação aos "Profetas anteriores" (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis).
É uma obra de 66 capítulos, com três partes muito distintas na época, na temática, na inspiração literária
e nos autores: Primeiro Isaías: 1-39; Segundo Isaías: 40-55; Terceiro Isaías: 56-66. Apresentaremos uma
breve introdução antes de cada um desses blocos, partindo do pressuposto de que se trata de três
profetas diferentes, cujos escritos foram recolhidos sob o nome comum do profeta ISAÍAS, do séc. VIII
a.C..

CONTEXTO HISTÓRICO Para compreendermos o contexto destes três profetas, será útil não esquecer
os seguintes fatos históricos da sua época: 740: morte de Ozias; Jotam, rei de Judá; vocação de Isaías.
736: Acaz, rei de Judá (736-716). 734: guerra Siro-efraimita. 732: a Síria é anexada pela Assíria. 721:
queda da Samaria e fim do Reino do Norte. 716: Ezequias, rei de Judá (716-687). 703: embaixada de
Merodac-Baladan. 701: invasão de Senaquerib. 587: queda de Jerusalém. 539: queda da Babilónia. 538:
édito de Ciro. 520-515: reconstrução do Templo. 445-423: Neemias em Jerusalém. 397: Esdras em
Jerusalém.

TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ ISAÍAS prega a política da fé ("se não acreditardes, não subsistireis":
7,9) e da confiança em Deus, razão por que a sua profecia está eivada de temas messiânicos ligados à
dinastia, segundo as promessas feitas por Deus a David (2 Sm 7,13-16).

O messianismo de ISAÍAS arranca deste chão dinástico, que vai influenciar decisivamente as correntes
messiânicas posteriores e o messianismo de Jesus Cristo, tão bem expresso nos evangelhos da infância
de Mateus e Lucas. Ligado ao tema da fé, está o tema central da santidade de Deus (1,4 nota; 6,3-4) e o
tema do "resto" (1,9 nota; 4,3 nota; 6,13; 10,20-22).

PRIMEIRO ISAÍAS (1,1-39,7)

O profeta dos cap. 1-39 nasceu pelo ano de 760 a.C.. Era de família nobre, talvez aparentado com a
família real, e homem de elevada cultura. Viveu numa época muito agitada e exerceu o seu ministério no
tempo de Jotam, Acaz e Ezequias, reis de Judá. Judá e Israel situam-se entre o Egito e a Assíria, as
grandes potências de então; e Judá também se balanceia entre a política de uma e outra.

É um profeta ligado à corte, mas não dos profetas áulicos dependentes dos reis, pois manifesta-se
sempre livre e independente, pronto para criticar os pecados dos reis, dos nobres e do povo em geral. A
sua personalidade foi de tal modo forte, que a tradição funde na sua pessoa as três partes do livro que
leva o nome de Isaías.

DIVISÃO E CONTEÚDO O PRIMEIRO ISAÍAS é uma das grandes obras da literatura universal. O autor é
um grande poeta que usa a lei das assonâncias e sabe tirar partido dos sinais dos tempos. É um grande
teólogo da História, que fala através de símbolos e metáforas com uma carga emotiva e apelativa muito
profunda. O estilo é clássico e nobre.

O livro é formado por colecções de oráculos (mensagens), cânticos, apocalipses, agrupadas mais
segundo os temas do que segundo a ordem cronológica. Deste modo, temos:

I. Oráculos sobre Judá e Jerusalém (1,1-6,13).

II. Livro da Consolação (7,1-12,6), que corresponde ao tempo da guerra siro-efraimita. Também é
chamado "Livro do Emanuel".

III. Oráculos contra as nações estrangeiras (13,1-23,18).

IV. Apocalipses (24,1-27,13 e 34,1-35,10), que anunciam a renovação futura (escatologia) e são de um
autor pós-exílico.

V. Oráculos de salvação de Israel e Judá (28,1-33,24).

VI. Apêndice Histórico, relacionado com o reinado de Ezequias (36,1-39,8).

SEGUNDO ISAÍAS (40,1-55,13)

Os capítulos 40-55 constituem a segunda parte do livro de Isaías, por isso, chamado SEGUNDO ISAÍAS
ou Dêutero-Isaías. A história destes poemas narrativos tem a ver com o regresso dos judeus depois do
cativeiro da Babilônia. A primeira deportação dos judeus para a Babilônia deu-se em 597; em 586 é a
conquista de Jerusalém e a segunda deportação.

AUTOR O profeta a quem chamamos SEGUNDO ISAÍAS exerce o seu ministério profético durante a
última parte do exílio babilónico, exortando os judeus a não desanimarem. Para isso, apresenta o Deus-
Javé, criador do céu e da terra, Senhor da vida e da História, como o único Deus; diante dele, todos os
deuses babilónicos, a começar por Marduc, nada são e nada valem.

DIVISÃO E CONTEÚDO Este livro divide-se em duas partes: Deus Libertador (40,1-48,22)
e Restauração de Sião (49,1-55,13).

TEOLOGIA Em 539, o rei Ciro da Pérsia derrota o rei babilônico Nabónides, cruza o Tigre e conquista a
Babilónia. No mesmo ano, Ciro publica um édito sobre a libertação dos judeus. O SEGUNDO ISAÍAS
continua a sua doutrinação, cujos conteúdos perfazem os nossos capítulos 40-55: descreve o segundo
êxodo como superior e mais glorioso que o primeiro, o de Moisés; da História concreta passa à Teologia
do Deus criador e salvador, de modo que a Teologia comanda a História, pois tudo depende do mistério
da vontade divina inscrito no centro da mesma História.

É o primeiro evangelista da História da Salvação, que anuncia a Boa-Nova da salvação-libertação com


imagens e símbolos que ultrapassam qualquer história. Destacam-se nele os famosos Cânticos do Servo
(cap. 42; 49; 50,4-9; 52,13-53,12), que se integram nas duas partes deste livro: 40-48 e 49-55.

O autor é mais poeta e teólogo que historiador. De fato, o estilo do SEGUNDO ISAÍAS é muito diferente
do Primeiro, pois quem impera e tudo comanda no SEGUNDO é a retórica ao serviço da Teologia e da
Fé.

TERCEIRO ISAÍAS (56,1-66,24)

Tal como nada sabemos do chamado Dêutero-Isaías, também nada sabemos do chamado Trito-Isaías,
para além deste texto bíblico. Também se refere a si próprio (61,1-3; 62,1.6), um pouco à maneira do
profeta anterior. O estilo assemelha-se ao do Dêutero-Isaías, na riqueza das imagens.
CONTEXTO O contexto histórico destes capítulos situa-se em Judá, depois do regresso dos exilados da
Babilónia.

TEOLOGIA Predomina a visão escatológica, através dos opostos: julgamento dos inimigos e salvação
dos israelitas, oposição entre povo fiel e infiel. O profeta pretende inspirar confiança e fé ao povo, no meio
das dificuldades, do desânimo e da pobreza

JEREMIAS

JEREMIAS é o nome dado ao livro do profeta cuja vida melhor conhecemos, pois a sua obra nos oferece
inúmeros dados, tanto pessoais como sociais e históricos, relativos ao seu tempo. Nasceu por volta de
650 a.C., em Anatot, aldeia da tribo de Benjamim, situada a uns 5 km a nordeste de Jerusalém, de uma
família de ascendência sacerdotal. Este fato marcará de forma decisiva a sua mensagem, especialmente
a vinculação às tradições provenientes das tribos do Norte e a insistência com que sublinha a importância
da aliança mosaica. No que diz respeito à sua personalidade, temos diversos capítulos de carácter
autobiográfico: 1; 20,1-6; 26; 28-29; 34,8-22; 36-38; 45. Mais significativos ainda são os textos chamados
"confissões", em que ele testemunha, a par das suas angústias, o seu enamoramento por Deus: 11,18-
12,6; 15,10-21; 17,14-18; 18,18-23; 20,7-18.

CONTEXTO HISTÓRICO Jeremias viveu num dos períodos mais conturbados da história do povo de
Israel: o fim do reino de Judá e a destruição de Jerusalém (587/86) pelo império da Babilônia; e foi
chamado à vocação profética ainda na sua juventude (1,6-7), no ano treze do reinado de Josias (1,2), em
626. Numa primeira época manifesta a esperança na restauração da unidade do povo, tarefa na qual se
empenhara o rei Josias, através da sua reforma religiosa, com um momento forte em 622 (2 Rs 22,1-
23,30), e estava centrada no movimento deuteronomista.

Com as mudanças políticas que se deram no Médio Oriente, a partir de 625, altura em que a Babilônia
começou a impor-se politicamente, essa esperança foi-se esfumando pouco a pouco; e, com a morte do
rei Josias às mãos do faraó Necao (em 609), fica traçado o destino do reino, devendo o profeta suportar
as trágicas consequências daí resultantes.

Os dois reis que sucederam a Josias, Joaquim (609-597) e Sedecias (597-586), apenas adiaram por
algum tempo o destino já traçado sobre Jerusalém após a morte de Josias. Podemos dizer que Jeremias
se viu confrontado entre o imperativo da sua missão profética e a perseguição sistemática por parte dos
seus contemporâneos, que o acusavam de estar na origem do descalabro da pátria. São deste período os
oráculos mais dramáticos do livro, que refletem a experiência do profeta e a tragédia iminente que pairava
sobre Jerusalém e o reino de Judá.

A OBRA DE JEREMIAS O livro de JEREMIAS teve uma composição lenta no tempo e muito complexa.
De acordo com os dados do cap. 36, o profeta não escrevia; para isso tinha um "secretário" (Baruc), que
registou os seus oráculos e os leu no templo. O rei Joaquim mandou queimar aquela que terá sido, na
linguagem moderna, a primeira versão do livro do profeta; este refez os seus oráculos, acrescentando
outros. É a melhor fonte que possuímos acerca da situação política e social do seu tempo, razão pela
qual tem sido objeto de inúmeros estudos, que nos possibilitam um melhor conhecimento de uma época
tão conturbada.

CONTEÚDO Para além do relato da vocação do profeta (1,4-19), o texto de JEREMIAS pode dividir-se
nas seguintes secções temáticas:

I. Oráculos dirigidos ao povo de Deus: 1,1-25,14.


II. Oráculos contra as nações estrangeiras: 25,15-38.
III. Relatos biográficos de Jeremias: 26,1-45,5.
IV. Oráculos contra as nações estrangeiras: 46,1-51,64.
V. Apêndice: 52,1-34.

Devido à forma como a obra está organizada e à falta de ordem cronológica, nem sempre é fácil seguir a
mensagem do profeta no seu desenvolvimento. Por vezes, sucede também que as versões atuais são
apresentadas a partir do texto grego, conhecido por tradução dos Setenta, que não corresponde
integralmente ao original hebraico, pois, além de ser mais breve (cerca de um oitavo), os textos
encontram-se numa ordem diferente.
TEOLOGIA A mensagem que JEREMIAS nos oferece é profundamente espiritual e teológica. Dela,
apraz-nos destacar a doutrina da nova aliança (31,31-34), bem como a sua permanente confiança no
Senhor que o ajuda a superar todas as adversidades com que se vê confrontado. Jeremias, dotado de
grande sensibilidade, é um testemunho vivo de homem plenamente apaixonado pela causa de Deus e
pela identidade espiritual e religiosa do seu povo. É neste sentido que devem ser lidos os seus oráculos
sobre a infidelidade do povo e o castigo de Deus. Aliás, ele viveu esta paixão até ao fim e por causa dela
terá dado a vida.

Além da veemência com que proclamava os seus oráculos, o profeta recorria também, frequentemente, a
gestos simbólicos com um forte acento nacional, capazes de impressionar os seus ouvintes e de os
interpelar à conversão.

Apesar das constantes proclamações de que a pátria seria destruída, Jeremias não foi um profeta ao
serviço da Babilónia. Soube pôr o projeto de Deus acima dos interesses políticos e exortar os homens do
seu tempo à fidelidade, embora se constate que os seus apelos foram em vão. Por isso Jerusalém viria a
ser destruída em 587 e o povo de Israel partiria para o exílio na Babilônia, a fim de expiar o seu pecado

LAMENTAÇÕES

Trata-se de um pequeno conjunto de cinco poemas, em estilo elegíaco, provavelmente escritos após a
queda e destruição de Jerusalém por Nabucodonosor (587-586 a.C.). A tradição tem-no atribuído ao
profeta Jeremias. No entanto, essa autoria tem pouca consistência, uma vez que tal atribuição se
fundamenta em 2 Cr 35,25 e esse texto diz respeito à morte do último grande rei de Judá, Josias, nada
tendo propriamente a ver com o conteúdo deste escrito. Além disso, em 2,9 diz-se que "aos profetas são
recusadas as visões", o que seria estranho na boca de Jeremias. A Bíblia Hebraica coloca ainda este livro
entre os Escritos, depois do Cântico dos Cânticos, e não entre os Profetas. Deve tratar-se, pois, de um
discípulo de Jeremias que guarda algumas afinidades de estilo com o seu mestre.
O título desta obra é a tradução do hebraico "qinôt", que já se encontra no "Talmud" (Hag 5b fala do
LIVRO DAS LAMENTAÇÕES: "Sefer Qinôt") e em outros escritos rabínicos (por exemplo, o grande
"Midrash Rabbá", em "Lamentações Rabbá" IV,20); e também do grego "thrénoi", que expressa o mesmo
sentido.

Para além de outras particularidades, os quatro primeiros poemas são alfabéticos, iniciando-se cada
estrofe com a respectiva letra da sequência do alfabeto hebraico. É um processo literário complexo; além
da arte e mestria do autor, pretende também realçar o simbolismo do texto e, provavelmente, o ritmo do
seu próprio canto.

MENSAGEM O autor lamenta-se da situação miserável em que o povo de Israel e as suas instituições se
encontram; e fala da humilhação extrema a que chegaram Israel e Jerusalém. Tudo isto, como
consequência do mau proceder do povo e da sua infidelidade à Aliança.

A situação é interpretada à luz da fé como um castigo e como um tempo de purificação, dado haver uma
esperança última de que Deus voltará o seu olhar clemente para o povo (fim da 5.ª Lamentação).

Por tudo isso, tanto judeus como cristãos fazem uso destes poemas na liturgia, em momentos
significativos da sua História: os judeus, nas festas de jejum, em que recordam a destruição de
Jerusalém, no ano 70, pelos romanos; os cristãos, na liturgia da Semana Santa, ao recordarem os
sofrimentos da Paixão de Cristo

BARUC

Este escrito recebe o nome de LIVRO DE BARUC a partir de 1,1-3, onde o seu autor se apresenta e nos
descreve um pouco da história dos desterrados da Babilônia, após a tomada de Jerusalém por
Nabucodonosor.

AUTOR Quem é Baruc? No livro de Jeremias, BARUC é apresentado como "escriba" ou "secretário" do
profeta (Jr 36,4-32) e estreitamente ligado a algumas etapas da sua vida (Jr 32,12-16), chegando,
mesmo, a refugiar-se com ele no Egito (Jr 43,1-7).

Pelo texto, vemos também que desempenhou uma tarefa importante junto dos exilados, fazendo-se aí
porta-voz do profeta de Anatot.

Mas o nome dado ao autor deste escrito é certamente um pseudônimo, técnica muito comum no campo
literário em todos os tempos, e também no mundo bíblico. Isto é tanto mais provável quanto este livro não
remonta ao período do exílio da Babilônia, embora algumas das suas fontes e os episódios narrados se
situem nesse contexto.

LIVRO Recolhendo estes elementos, um autor anônimo, que se esconde por trás do nome de BARUC,
compôs esta obra a partir de diversas fontes e com gêneros literários diferentes.

O autor denota influências dos profetas da época do Exílio, especialmente de Jeremias, Ezequiel e
Segundo Isaías, quer nos temas abordados, quer na forma literária. Também é de salientar a linguagem
de tipo sapiencial e mesmo apocalíptico, a que recorre com frequência.

Trata-se de um livro que não figura na Bíblia hebraica, fazendo parte da lista dos chamados livros
Deuterocanônicos. O texto que chegou até nós é apenas conhecido na versão grega, sendo clara a
intenção de o apresentar como um livro profético.

DIVISÃO E CONTEÚDO Consta das partes seguintes:

Introdução histórica (1,1-14). Além de apresentar o livro e o seu autor, relata o efeito que a sua leitura
produziu sobre o rei, os nobres e todo o povo.

I. Confissão dos pecados, em prosa (1,15-3,8): não é mais do que uma espécie de "celebração
penitencial" dos exilados da Babilônia.

II. Exortação sobre a sabedoria, em poesia (3,9-4,4): é composta por uma exortação de tipo sapiencial
e um oráculo sobre a restauração de Jerusalém e o regresso do povo (4,5-5,9).

CARTA DE JEREMIAS (cap. 6,1-72): sob a forma de mensagem dirigida aos exilados da Babilônia, o
profeta critica a idolatria, exortando-os a não seguirem os ídolos da cidade para onde tinham sido
deportados. Em certas edições da Bíblia, a CARTA DE JEREMIAS aparece como livro autónomo. Aqui
colocamo-lo no fim de Br, sempre no "Corpus" de Jeremias

EZEQUIEL

Ezequiel (hebr. "Yehezq'el" = "Deus é forte", ou "Deus dá força") era filho do sacerdote Buzi. Ele próprio
foi sacerdote em Jerusalém, o que se comprova pela linguagem de que se serve e pela atitude que tomou
quanto ao culto. Deve ter nascido em 620 a.C., em Jerusalém, na época do rei Josias. A sua mulher
faleceu subitamente antes da destruição da cidade de Jerusalém (Janeiro de 586). Em 597, por altura da
primeira deportação, foi para a Babilônia com a família, tendo-se instalado em Tel-Aviv. Ali se situa a sua
visão do carro do trono de Deus com a sua glória, no quinto ano da deportação do rei Joaquim, ou seja,
em 592. É então que sente a vocação para profeta, quando contava cerca de 30 anos de idade (1,1-28;
2,1-7). A sua atividade profética na Babilônia dura cerca de vinte anos (1,2; 29,17), sendo a última
profecia do ano 570.

CONTEXTO E AUTOR As condições em que viviam os exilados deviam ser muito difíceis. Muitos foram
condenados a trabalhos forçados. A principal colônia foi a de Tel-Aviv, junto ao rio Eufrates, mais
precisamente nas margens do Cabar (1,1.3; 3,15). À sua frente estavam os anciãos (8,1; 14,1; 20,1). Mas
o sofrimento interior dos exilados era muito grande por se encontrarem longe da pátria, de Jerusalém e do
Templo. O Salmo 137 é uma autêntica balada dos exilados, traduzindo a amargura e a saudade do povo,
a quem os carcereiros pediam cânticos de alegria.

A tentação da dúvida e do desespero ameaçava profundamente a sua alma. Muitos terão pensado: o
nosso Deus abandonou o seu povo; os deuses pagãos levaram a melhor sobre o Deus de Israel! De fato,
os Babilônios cantavam vitória: o deus Marduk triunfara. Ali, em terras da Mesopotâmia, o culto das
divindades pagãs devia exercer sobre os Judeus uma forte impressão. Além disso, a feitiçaria e a
adivinhação eram uma tentação constante para eles (13,17-23; Jr 29,8).

Outra ideia que o profeta refuta é esta: a sorte dos que ficaram em Jerusalém não é melhor do que a dos
exilados em 597. Os primeiros julgavam-se "a carne na marmita" (11,3) e julgavam ter direito aos haveres
dos seus compatriotas desterrados (11,15; 33,24). O profeta promete que estes hão-de regressar à pátria,
onde recomeçarão uma vida nova (11,17-20).

Ezequiel mostra um interesse muito particular por tudo o que diz respeito ao sacerdócio, pois ele mesmo
era sacerdote (1,3). O templo constitui o objeto das suas preocupações constantes; o primeiro fora
profanado pelos ritos impuros (cap. 38) e, por isso, a glória de Deus o deixou; o segundo é descrito com
muitos pormenores nos últimos capítulos. Deus voltará a habitar nele e a sua glória o cobrirá. Refere-se
ao papel dos sacerdotes, às festas, ao calendário religioso (cap. 44-46).

A sua mentalidade sacerdotal revela-se ainda na insistência com que fala da Lei, das infrações que Israel
lhe fez, ao longo da História (20) e das impurezas legais (4,14; 44,7); na preocupação em distinguir entre
o sagrado e o profano (45,1-6; 48,9-10); no cuidado em regular os casos de direito e de moral; no tom
casuístico dos seus ensinamentos (18); na semelhança inegável que há entre as expressões mais típicas
da sua mensagem e a linguagem do Código de Santidade (Lv 17-26). A sua obra enquadra-se na
corrente sacerdotal, como a de Jeremias se enquadra na "deuteronomista."

Porque foi constituído "guarda da casa de Israel" (3,17; 33,7), o profeta sente-se responsável pela
salvação de cada um dos seus compatriotas (3,16-21; 33,1-2; 20). A ele se dirigem os anciãos, desejosos
de obter uma resposta para os seus problemas (8,1; 14,1; 20,1). Insurge-se com veemência contra os
falsos profetas e profetisas (13,10.18-19), e contra aqueles que fazem correr ditos enganadores e
provocam a confusão entre o povo (8,12; 9,9; 11,15; 12; 22; 18,2.25.29; 33,17.20.24).

Uma das questões que mais tem preocupado os intérpretes do livro de EZEQUIEL é o lugar onde o
profeta desenvolveu a sua atividade: teria sido só na Babilónia ou só em Jerusalém, ou na Babilônia e em
Jerusalém? A hipótese tradicional diz que foi só na Babilônia; e ainda hoje parece a mais viável. Longe da
pátria, nas margens do rio Cabar, após a deportação de 597, recebe a vocação profética, anuncia a ruína
de Jerusalém e do seu templo e profetiza a futura restauração de Israel. É daí que se dirige aos
habitantes de Jerusalém, insistindo com frequência na catástrofe iminente da cidade santa. O seu
pensamento está constantemente em Jerusalém; numa das visões, é mesmo conduzido em espírito até
lá, onde contempla o culto idolátrico praticado no santuário e assiste ao incêndio da cidade (ver 8-11).
Certas passagens, como 11,24-25 mostram bem que ele se encontra no Exílio.

LIVRO O livro de EZEQUIEL não foi escrito de uma só vez. Certas passagens, como os duplicados,
quebram a sua unidade: o carro de Deus é referido duas vezes, no cap. 1 e 10; a missão do profeta como
"guarda do povo" é apresentada em 3,17-21 e em 33,1-9; alguns pormenores sobre o pecado e o castigo
encontram-se em 18,21-32 e em 33,10-20; a restauração do povo aparece em 11,16-21 e em 36,16-28.
É, pois, de admitir a existência de um redator posterior, que reviu a obra e lhe deu o último retoque. Mas
não é fácil distinguir, sempre, o que pertence ao autor profeta e o que pertence a este redator.

Também se notam alguns aditamentos: por ex., 2,1-3,9 foi introduzido no meio da visão do rio Cabar;
11,1-21 interrompe o nexo entre 10,22 e 11,12.

EZEQUIEL manifesta mais do que uma vez que o autor foi um homem de ação: a dirigir-se
frequentemente aos seus ouvintes (8,1; 14,1.2; 20,1.2), a dialogar com as pessoas (12,9; 24,19-20;
33,10.17-20), a realizar ações simbólicas diante delas (4,1-5,4; 12,1-14; etc.).

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS No livro encontramos várias visões, ações simbólicas, parábolas e


alegorias. É certo que os outros profetas também as empregam; mas, em EZEQUIEL, estes processos
literários têm aspectos característicos muito especiais.

Assim, as visões são mais extensas e escritas com mais pormenores do que as dos seus colegas. Por
exemplo, Isaías e Jeremias também tiveram visões, que lhes indicaram a vocação para o profetismo;
mas, essas experiências, simples e discretas, não têm a grandiosidade das de EZEQUIEL. Numa visão
um tanto complexa e misteriosa, que teve do carro de Deus (1-3), o profeta contemplou a glória do
Senhor. Contudo, evita falar dos elementos divinos de maneira humana; diz sempre "eram algo como",
"assemelhavam-se a", etc.

Outras visões grandiosas foram a dos ossos ressequidos (37), que traduz bem o seu talento poético, e a
das faltas de Jerusalém (8-11). Nos capítulos finais (40-48) apresenta a visão do novo Reino de Deus;
descreve o templo futuro, fala da nova lei e do culto, como verdadeiro legislador, e divide a Palestina
entre as tribos de Israel, à maneira de autêntico senhor.

É costume dizer-se que Isaías é o profeta da razão e do raciocínio, que Jeremias e Oseias são os
profetas da sensibilidade, e EZEQUIEL é o profeta das visões, da imaginação e do simbolismo. Na
alegoria da leoa e dos leõezinhos (19,1-9), na da videira estéril (15) e nos quadros simbólicos, que
descrevem a história de Israel (16 e 23), nota-se bem a sua prodigiosa imaginação.

As ações simbólicas são também frequentes em EZEQUIEL. Por meio delas desperta a atenção dos
ouvintes e ele mesmo dá a interpretação, sempre que lhe pedem (12,9; 21,12; 24,19; 37,18). O cerco de
Jerusalém (4), o aniquilamento do povo até se tornar um pequeno resto (5,1-4), a ida para o cativeiro
(12,1-7), as dificuldades do cerco (12,17-20), o terror causado pelo anúncio da ruína da cidade (21-22), a
hesitação do rei da Babilónia quanto à escolha do caminho a tomar (21,23-28), a impossibilidade de se
lamentarem pela queda de Jerusalém (24,15-24) e a reunificação dos reinos (37,15-22), são os
acontecimentos anunciados nessas ações simbólicas.

As parábolas e alegorias são também frequentes neste livro. Algumas delas possuem uma rara beleza
poética e sobressaem pela sua extensão e riqueza de pormenores. Assim, a parábola de Jerusalém
comparada a uma mulher adúltera (16); a das duas irmãs infiéis e prostitutas, acerca da Samaria e de
Judá (23); a da videira estéril, sobre Judá (15); a da águia, acerca de Nabucodonosor (17,3-7); a da leoa
e dos leõezinhos, sobre Judá (19,1-9); a da videira plantada por Deus, sobre Judá (17,1-10; 19,10-14); a
da floresta incendiada, sobre Jerusalém (21,1-5); a do navio que naufraga, acerca de Tiro (27); a do
crocodilo, sobre o Egito e o faraó (29,1-6; 32,1-8); a do cedro que é arrancado, sobre o faraó (31). A
extraordinária veia poética de EZEQUIEL e a sua prodigiosa imaginação estão bem patentes em todas
estas parábolas.

ESTRUTURA E CONTEÚDO A estrutura do livro é a seguinte:


I. Vocação para o profetismo: 1,1-3,27;
II. Oráculos de ameaça contra Judá e Jerusalém: 4,1-24,27;
III. Oráculos contra as nações: 25,1-32,32;
IV. Oráculos de salvação para Israel: 33,1-39,29;
V. Novo reino, novo templo e novo culto: 40,1-48,35.

TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ Nos primeiros capítulos da obra encontramos os mesmos temas que se
nos deparam em Jeremias: o povo de Judá gravemente culpado pelas faltas que cometeu; a justiça de
Deus que vai castigar Israel; o cerco de Jerusalém; a tomada da cidade com a destruição do templo; a
deportação para o cativeiro; etc. Mas em tudo isto podemos apontar alguns pormenores, próprios de
EZEQUIEL. Vejamos alguns:

A história de Israel é considerada como uma apostasia contínua do povo, pois Israel deixa-se corromper
desde o início. Já na sua infância se entregou à idolatria no Egito e, depois, no deserto e em Canaã (16).
Jeremias e Oseias ainda se tinham referido a alguns momentos de fidelidade de Israel (Jr 2,2; Os 2,16-
17; 11,1), mas EZEQUIEL nem um sequer apresenta. Quer assim exprimir, da maneira mais evidente,
que o povo é corrupção total, desde o começo da sua existência.

A observância estrita da lei levítica de pureza é um tema predileto no livro de EZEQUIEL. Como
sacerdote que era, refere-se frequentes vezes à distinção entre o puro e o impuro (22,26; 44,23). Deve ter
tido uma educação muito rigorosa, nesse domínio: treme perante a exigência de comer algo que seja
impuro (4,14). Alude muitas vezes ao povo que se mancha com os seus pecados (14,11; 20,30; 37,23),
em particular com os pecados de idolatria (20,7.8.31; 22,3.4; 23,7.30; 37,23) e com os sacrifícios de
crianças (20,26.31); o templo é profanado com os cultos idolátricos (5,11; 7,22.24; 24,21) e o país, com as
faltas do povo (36,17) e com os cadáveres dos mortos (39,12.14.16). A profanação do sábado merece-
lhe, também, alguns reparos especiais (20,13.16.21.24; 22,8; 23,38). A ideia dominante é a de que o povo
e a terra devem ser santos, como Deus é santo.

Além desses pecados, insurge-se também contra certos males de ordem moral e social, como os outros
profetas: o desprezo e abandono dos pais (22,7); a opressão das viúvas e dos órfãos (22,7.25); o
desprezo dos pobres (18,7.16); a opressão dos estrangeiros (22,7); a usura, a extorsão e a corrupção
(18,7-8; 22,12); a luxúria e o adultério (18,6; 22,10-11); o assassínio e o homicídio (18,10; 22,2-4.6-
9.12.27; 33,25; 36,18).

Um tema considerado inovador na teologia de EZEQUIEL é o da responsabilidade individual de cada um,


que contrasta com a ideia tradicional da responsabilidade coletiva. É dele que, depois, vai derivar, no
Judaísmo posterior, a crença na retribuição após a morte. Nos cap. 8-11 e 18 elabora os princípios morais
da responsabilidade religiosa individual: cada pessoa é responsável pelas ações que pratica.
A presença de Deus no meio do seu povo, mesmo entre os exilados, é outro ponto em que insiste
amiúde. Deus não abandona o seu povo. A visão do carro de Deus (1-3) mostra que Ele não está ligado à
Palestina, mas acompanha o seu povo por toda a parte. Assim, combate uma ideia errada, que estava
muito difundida.
A esperança na restauração futura de Israel é inculcada com a visão da ressurreição dos ossos
ressequidos (37): Deus faz reviver os ossos, como também há de fazer voltar Israel para a sua pátria (ver
pág. 1420). Os capítulos 34-39 contêm vários oráculos sobre a salvação futura de Israel.

O messianismo não é em EZEQUIEL uma ideia frequente, como em Isaías. Contudo, aparecem
elementos relativos à esperança messiânica, aqui e além: o pequeno "resto" donde sairá a salvação (5,3;
6,8-10; 9,8-9), a salvação no futuro (16,59-63; 17,22-24; etc.). Não se trata de um messianismo real e
glorioso, como em Isaías. O futuro David será o pastor do seu povo (34,23-31) e o bom pastor (34). No
NT encontramos estas ideias na boca do próprio Cristo.

O Judaísmo posterior e o NT foram muito influenciados pela Apocalíptica de EZEQUIEL. Neste capítulo,
EZEQUIEL é um precursor. A profecia sobre Gog (38-39) fala-nos dos últimos tempos e da vitória final de
Deus sobre todos os inimigos; Daniel, o próprio Jesus Cristo e São João, no seu Apocalipse, irão
desenvolver este pensamento. Neste aspecto, EZEQUIEL aproxima-se de Isaías.

Uma última ideia teológica merece referência: é a que se relaciona com o futuro templo e distribuição do
país pelo santuário, pelo rei e pelas doze tribos. Expressa um ideal político e religioso que seria bastante
desenvolvido, e que, apesar de não ter sido propriamente posto em prática, ainda explica certas
peculiaridades do Judaísmo restaurado

DANIEL

O nome de Daniel, que em hebraico quer dizer "o meu juiz é Deus", aparece no livro de Esdras 8,2 e em
Neemias 10,7 como sendo um dos exilados que regressaram da Babilônia para a Palestina.

E isso pode significar que era utilizado como nome de pessoa entre os hebreus, na época pós-exílica. No
entanto, como nome de pessoa, Daniel é muito antigo no Médio Oriente e parece ter conhecido grande
atrativo fora da sociedade hebraica. Por isso, o profeta Ezequiel fala de um certo Daniel, muito afamado
pela sua piedade e sabedoria (14,14.20).

Sobre o outro Daniel, um sábio da antiguidade, que Ezequiel refere e que também é mencionado na
epopeia de Aqhat (escrita antes do séc. XIII a.C. e descoberta em Ugarit), conhecemos apenas a figura
de um rei que se apresenta como um rei ideal, muito devoto e imerecidamente sofredor.

AUTOR E CONTEXTO Nem o Daniel regressado do Exílio nem o Daniel rei, da literatura de Canaã,
podem ser o autor deste livro. O nome de DANIEL foi-lhe atribuído como símbolo; na verdade, parece
ajustar-se bem a uma obra cujo conteúdo tinha muito a ver com a dura experiência judaica vivida no Exílio
e se ligava profundamente à sabedoria representada pela antiga tradição de Israel e de toda a região de
Canaã.

A situação histórica em que este livro apareceu coloca o seu autor no reinado de Antíoco IV, Epifânio, rei
helenista da dinastia dos Selêucidas, que governava a Palestina a partir da sua capital dinástica em
Antioquia. Foi este rei que tentou a morte da religião judaica e a chelenização da Palestina.

GÊNERO LITERÁRIO Nos capítulos 1 a 6, o autor serviu-se de histórias antigas que pertenciam a um
gênero tradicional de literatura didática e educativa, chamado "hagadá", então muito em voga. Daniel já
era uma figura exemplar nessas histórias, que tinham o objetivo de inculcar esperança e fé nos judeus
perseguidos por Antíoco IV e assediados por outros perigos. Assim como Deus protegera Daniel e os
seus companheiros de todos os perigos e ameaças, assim faria também com os outros judeus fiéis à lei.

O autor não tem em vista descrever factos históricos, mas apresentar histórias moralizadoras e
edificantes, que poderiam ter um fundo ou núcleo real histórico, mas de segunda importância. Os dados
internos do livro, sob o ponto de vista linguístico, histórico e teológico, obrigam-nos a datar a sua versão
final por altura da morte do rei Antíoco IV, em 165 ou 164 a.C..

Por seu lado, os capítulos 7 a 12 pertencem ao género apocalíptico, também frequente naquele tempo,
que apreciava a comunicação de revelações. "Apocalipse" quer dizer, precisamente, "revelação". Esta
literatura, por condições sociais e razões de mentalidade, apreciava a pseudepigrafia. Foi um género de
literatura dos mais comuns no ambiente judaico da Palestina entre o séc. II a.C. e o séc. III d.C., tempo
das origens do cristianismo e do judaísmo rabínico.

A literatura apocalíptica era diferente da literatura bíblica tradicional, mas também continuou alguns dos
seus gêneros e temas mais importantes. Teve início sobretudo no interior da literatura profética do tempo
do Exílio e prolongou, em grande parte, o horizonte representado pelos profetas. Por outro lado, reatou
profundos laços com a antiga literatura sapiencial e revalorizou a utilização teológica das antigas
mitologias de Canaã, que sempre constituíram, ao longo da Bíblia, um manancial para a criação teológica.

O vigor fantástico do imaginário apocalíptico deve-se também ao facto de esta literatura procurar a
interpretação profunda das antigas mitologias.

TEXTO A complexidade e a riqueza históricas de DANIEL notam-se também no fato de o texto de que
atualmente dispomos nos ter sido transmitido em três línguas diferentes: os capítulos 1,1 a 2,41 e 8 a 12
encontram-se em hebraico; a longa secção didática de 2,4b a 7,28 está em aramaico; e em grego, o hino
de 3,24-90 e as histórias educativas dos capítulos 13 e 14.

Os dois últimos capítulos encontravam-se, em grego, separados do livro de DANIEL; foi a tradução latina
da Vulgata que os juntou. Estas partes não foram reconhecidas como texto bíblico pelo judaísmo rabínico
e palestinense do final do séc. I d.C.; mas o judaísmo alexandrino e o cristianismo já as consideravam
como igualmente bíblicas e, por conseguinte, canônicas.

As edições da Bíblia ligadas à Reforma costumam seguir a lista oficial do judaísmo da Palestina; as
edições católicas e ortodoxas seguem a Bíblia do cristianismo primitivo, que foi sobretudo a Bíblia em
grego usada pelo judaísmo helenista. Por isso, estas seções de DANIEL em grego chamam-se
deuterocanônicas. Nesta edição, as partes em grego estão em itálico, para melhor serem identificadas
pelos leitores.

DIVISÃO E CONTEÚDO DANIEL tem quatro partes bem distintas:

I. "História de Daniel: 1,1-6,29;


II. Apocalipse de Daniel: 7,1-12,13;
III. História de Susana: 13,1-64;
IV. Daniel e os sacerdotes de Bel: 14,1-43.

Na I parte - História de Daniel (1,1-6,29) - oferece-se à espiritualidade judaica uma série de modelos de
perseverança, em confronto com normas de vida moral e religiosa do ambiente, por vezes, agressivo.

Na II parte (7,1-12,13) exprime-se uma espiritualidade de esperança face às mais difíceis ameaças. As
perspectivas de escatologia individual dão um passo significativo neste livro com a ideia da ressurreição
dos mortos (12), aspecto em que a antropologia do AT era menos explícita. A III e IV partes são também
independentes uma da outra.

TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ O pensamento religioso de DANIEL representa um dos mais vincados
elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento e mostra que entre ambos existe uma profunda
continuidade de ideias. Com o seu texto bem inserido no contexto do pensamento apocalíptico, este livro
exprime uma profunda consciência de que Deus preside e governa a História dos homens e dos povos,
como garantia contra as injustiças e o mal. Deus aparece sobretudo como o supremo legislador, de quem
dependem os passos, as etapas, os percursos e a segurança da experiência humana.

Mas é no campo das concepções messiânicas (7) que o livro de DANIEL atinge um dos pontos mais
representativos, com a figura de sabor transcendente e humilde que se apresenta como "um filho de
homem". No NT, esse título passará a ser uma importante componente da Cristologia e vai estar
presente, tanto pela letra como pelo espírito, nas modalidades de messianismo que dentro dele se
verificam. Quando o judaísmo do tempo de Jesus esperava sobretudo um Messias-rei, triunfador dos
romanos, Jesus apresentou-se como um Messias-Servo sofredor, na mais profunda humanidade, e como
Messias "Filho do Homem" vindo do Céu (7,13; Mt 26,64; Mc 14,61-64).

O Apocalipse de João torna-se quase o espelho neotestamentário do livro de DANIEL, na sua visão da
História e da Teologia. É através da comparação entre ambos que se pode apreciar a continuidade de
ideias que existe entre o Antigo e o Novo Testamento

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