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ONCE A KNIGHT IS QUITE ENOUGH:

COMO NASCE UM CAVALEIRO BRITÂNICO*

Edmund R. Leach

-Texto inicia apontando um objetivo – uma sugestão sobre a natureza geral da


antropologia

- Tópico a ser tratado será os ritos de iniciação: “Em certo nível de abstração os ritos de
iniciação no mundo mostram uma marcante similaridade de estrutura” – Para
demonstrar esse fato vão ser comparados dois fatos, um ritual relacionado a caça às
cabeças em Bornéu )ilha do sudoeste asiático, Malásia, Indonésia e Brunei) e a sua
investidura como cavaleiro.

- Informações gerais sobre a instituição da cavalaria inglesa nos dias de hoje


(classificação dos títulos, as maneiras como são escolhidos os iniciados é um mistério,
contudo há certas recorrências e algumas conseqüências pessoais) e sobre a festa de
cabeças (Koh, iniciado. Obteve duas cabeças de japoneses e essa será a festa de mérito,
ostentação – aquisição de um título. Procedimentos que finalizam com o sacrifício de
um porco identificado com Koh. Há um altar à Lang à quem o porco é sacrificado.)

-Primeiro ponto de contato: o uso do espaço, que tem os seguintes elementos comuns
nos sacrifícios de animais:

(1) um altar que, seja em termos de aparência, seja em termos do nome que lhe é dado, é
concebido como um trono onde a divindade se instala temporariamente; (2) um local
onde é feito o sacrifício, cujo acesso é reservado aos participantes de cunho sacerdotal,
incluindo o doador e a vítima; (3) uma congregação leiga de testemunhas ou
observadores.

Local onde é realizado o sacrifício está sempre a meio caminho entre o altar e a
congregação. Uso de marcadores de fronteira para isolar o procedimento do mundo
profano e o uso sons como marcador de descontinuidade com o cotidiano.

Paróquia inglesa
Espaço isolado do mundo profano: cemitérios ao redor, diferentes áreas de sacralidade
no interior da igreja.
(1) um altar mor ao leste separado por um gradil ou degrau (2) um coro
intermediário aonde acontece a maior parte do ritual, também separado por um degrau
(3) a nave, ao oeste, ocupada pela congregação leiga. Músicos ficam no coro ou
imediatamente sobre a entrada da Igreja ao oeste.

Teoria do poder sendo manifestado na interface de categorias separáveis. “O mundo real


da experiência é contínuo, mas é subdividido em segmentos descontínuos através do uso
de categorias verbais. A faixa fronteiriça é ambígua e se torna foco de tabu.” Região do
entre, não pertence a nenhuma categoria, mas ao mesmo tempo, à duas.

Altar: fonte de poder; penumbra do altar – local do acontecimento ritual.

Palácio de Buckingham. A sala do trono.

(1) Dois tronos vazios ao leste. Corpo de seguranças fazem uma linha de segurança em
frente ao trono e atrás da rainha (2) Retângulo formado pela rainha e seus funcionários,
local onde ocorre a investidura, a espada fica a meio caminho entre o trono e a rainha
(3) Banda e congregação à oeste

“Em termos da minha teoria geral, ela estava oficiando como sacerdotisa de uma
divindade metafísica chamada “Soberania”, cuja presença invisível era simbolizada
pelos tronos vazios; mas fazia questão de mostrar que não estava assumindo o papel de
“Soberania” em sua própria pessoa.” – Rainha sacerdotiza da soberania: não é tocada
pelos funcionários, são transmitidos as fitas por uma almofada de veludo.

Descrição do ritual da investidura


“Ao alcançar o centro do recinto, o iniciante volta-se então para a Rainha e os Tronos e
caminha para dentro do espaço ritual. Ele então se ajoelha, apoiando-se em uma
banqueta diante da Rainha, que está de pé sobre a plataforma, em um plano um pouco
mais elevado. A Rainha toca o Cavaleiro ajoelhado em cada ombro com o lado chato da
Espada do Estado, nomeando-o; ele se levanta; ela passa a fita da ordem do Cavaleiro
em torno de seu pescoço (isto também é outra inovação recente); eles apertam as mãos;
a Rainha diz alguma coisa apropriada a cada um dos iniciantes; o iniciante inclina-se,
recua andando para trás até sair do espaço ritual, e depois sai para a esquerda. Uma vez
fora da Sala do Trono, outro funcionário remove a fita de honra que a Rainha acabou de
colocar, coloca-a em um estojo, e a devolve. O iniciante então caminha até a parte de
trás para se reunir ao público.”

Segundo ponto de contato: o sacrifício

Rainha coloca o lado chato da espada sob cada ombro do iniciado – morte simbólica. É
comum nos ritos de passagem o uso do sacrifício de algum animal que é identificado
com o iniciado. Iniciado morre em seu status antigo e renasce em um novo status. O
renascimento nesse caso está no accolade (anteriormente descrita como um abraço,
beijo). Rito de agregação, no qual o poder da soberania da rainha passa ao iniciado que
renasce com seu novo status
__________

Necessidade de legitimar o status através de demonstrações públicas: O beija mão


enquanto cerimônia privada dos ministros e a investidura como cerimônia pública. Em
ambos os casos o poder advindo da soberania é transmitido para o iniciante.

Situação de communitas: rupturas com as distinções hierárquicas – Rainha oferece uma


fita e uma fala pessoal a cada iniciado, ela esta vestida sem sua coroa, seu manto, mas
como civil.

Possibilidade de praticar antropologia em qualquer lugar do mundo

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