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COLÉGIO PEDRO II
DIRETORIA DE ENSINO
CONCURSO PARA PROFESSORES DO MAGISTÉRIO DO
ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO
˜ 2009 ˜

PROVA PRELIMINAR DE GEOGRAFIA

Antes de iniciar a prova, leia atentamente as seguintes instruções:

• Esta prova contém 40 (quarenta) questões. Verifique se este caderno de questões está completo.

• A prova terá a duração máxima de 03 (três) horas.

• O candidato somente poderá retirar-se da sala onde se realiza a prova após decorridos 60
(sessenta) minutos do início da mesma.

• A interpretação dos enunciados faz parte da aferição de conhecimentos e da avaliação, não


cabendo, portanto, esclarecimentos adicionais durante a realização da prova.

• Os três últimos candidatos, ao entregarem suas provas, permanecerão em sala como testemunhas
do encerramento dos trabalhos a cargo do fiscal da sala.

• O fiscal lhe entregará o Cartão Resposta, com seus dados nele impressos. Verifique se estão
corretos e, em caso de dúvida, dirija-se ao fiscal.

• As respostas das questões deverão ser assinaladas no Cartão Resposta, obrigatoriamente com
caneta esferográfica de tinta azul escura ou preta.

• Somente serão consideradas as respostas assinaladas no Cartão Resposta.

• Qualquer tipo de rasura, marcação de mais de um item de resposta ou uso de corretivo no


Cartão Resposta invalidará a(s) questão(ões).

• Em nenhuma hipótese, o Cartão Resposta poderá ser substituído.

• Ao término da prova, entregue ao fiscal este caderno de questões e o Cartão Resposta.

• Será eliminado deste Concurso Público o candidato que:

a) usar, durante a realização da prova, máquina de calcular, rádios, gravadores, fones de


ouvido, telefones celulares, pagers, equipamentos eletrônicos ou fontes de
consulta/comunicação de qualquer espécie;

b) ausentar-se da sala sem assinar, diante do fiscal, a lista de presença.

AGUARDE AUTORIZAÇÃO PARA COMEÇAR A RESPONDER ÀS QUESTÕES.

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COLÉGIO PEDRO II 2
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES - 2009
PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 1
“Pode-se falar em ‘idade’ de um lugar? A propósito desta ou daquela cidade nascida com a
colonização é frequente ler que foi fundada em tal ou tal ano. Por exemplo, a cidade de Salvador da
Bahia ‘foi fundada’ em 1549 por Tomé de Sousa, por ordem do rei de Portugal... Essa é a sua data de
nascimento jurídico e, daí por diante, sua data cívica de aniversário.
Será possível falar da idade de um lugar segundo outro critério? Por exemplo, será possível um critério
propriamente ‘geográfico’? Os geomorfólogos o fazem. A observação da incidência local dos
processos naturais lhes permite datar áreas inteiras, segundo a disposição das camadas que revelam as
fases da história natural. Essa observação é frequentemente ajudada pela abertura de cortes, que
deixam perceber a natureza das diversas camadas, sua espessura e a ordem de sua superposição. Diante
das paisagens elaboradas pelo homem, será possível encontrar um método de observação que produza
idêntico resultado?”
(SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Edusp, 2006.)
A perspectiva teórico-metodológica desenvolvida por Milton Santos tornou-se uma das mais
importantes para a Geografia brasileira contemporânea. Seus conceitos e referenciais trouxeram novos
significados à abordagem geográfica. A citação acima lança um questionamento fundamental da obra
desse autor, que conduz os geógrafos a:
A) estudar o espaço como acumulação de transformações empreendidas pelos distintos povos, a partir
da premissa de que a consciência determina a existência.
B) assimilar a sociedade como o “ser” e o espaço como a “existência”, com base na superposição e
justaposição de momentos históricos socialmente produzidos.
C) compreender o espaço a partir das representações e da imaginação geográfica hegemônica em cada
sociedade, possibilitando a apreensão da diversidade do mundo.
D) considerar trabalho e técnicas como elementos que medeiam as relações sociedade-natureza,
definindo estruturas espaciais autônomas em relação a momentos históricos.

Questão 2
“A falta da constituição de um Estado nacional, a extrema diversidade entre vários membros da
Confederação Germânica, a ausência de relações duráveis entre eles, a inexistência de um centro
organizador do espaço, ou de um ponto de convergência das relações econômicas – todos estes
aspectos conferem à discussão geográfica uma relevância especial para as classes dominantes da
Alemanha, no início do século XIX”.
(MORAES, Antonio Carlos R. de. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Annablume, 2003.)
“Até o século XVIII, vários autores trabalharam de acordo com os princípios das cosmografias, como,
por exemplo, Buache, Münster e Enciso. Vários problemas de base da cartografia, o cálculo das
latitudes e, sobretudo, o das longitudes, bem como os sistemas de projeção, foram amplamente tratados
nestes estudos. Ao mesmo tempo, os fenômenos naturais e sobretudo climáticos, ao fazer parte desta
geografia, escapavam às interpretações livres, religiosas ou mágicas da tradição medieval. As
cosmografias estão, pois, na origem da tradição que define simultaneamente a escolha temática e
confere uma metodologia geral à geografia. Estas duas preocupações faziam parte do plano
fundamental das cosmografias e sobreviveram na geografia científica. Foi através delas que a
geografia considerou que era sua a tarefa de produzir imagens do mundo, de compreender sua
organização e de decifrar sua ordem; em suma, de veicular uma cosmovisão”.
(GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1996. p.129)
As passagens acima transcritas, respectivamente, revelam:
A) aspectos internalistas e externalistas da história do pensamento geográfico europeu.
B) bases empíricas e teóricas oportunas para isolar um objeto de estudo para a Geografia.
C) características históricas e metodológicas da Geografia à época de sua institucionalização.

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PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

D) condições políticas e científicas desencadeadoras do processo de sistematização da Geografia.


Questão 3
“Uma característica da atual revolução tecnológica é a crescente convergência de tecnologias
específicas para um sistema altamente integrado, no qual trajetórias tecnológicas antigas ficam
literalmente impossíveis de se distinguir em separado. Assim, a microeletrônica, as telecomunicações,
a optoeletrônica e os computadores são todos integrados nos sistemas de informação. Ainda existe, e
existirá por algum tempo, uma distinção comercial entre fabricantes de chips e desenvolvedores de
software, por exemplo. Mas até mesmo essa diferenciação fica indefinida com a crescente integração
de empresas em alianças estratégicas e projetos de cooperação”.
(CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1996.)
“A [recente] ampla adesão aos termos espaciais não foi insignificante, pois indicava uma crescente
mudança na conscientização e na familiaridade com a relevância do espaço e da geografia. Houve um
auxílio das novas tecnologias da informática, das comunicações multimídia e da internet,
especialmente devido à existência de termos tão abrangentes e evocativos como ciberespaço e o largo
uso de Sistemas de Posicionamento Global, dos Sistemas de Informação Geográfica e do Google
Earth”.
(SOJA, E. O Espaço como Questão Pessoal. In: OLIVEIRA, M. de et al. (Orgs.).O Brasil, a América Latina e o Mundo:
espacialidades contemporâneas – volume 1. Rio de Janeiro: Lamparina/ Anpege/ Faperj, 2008.)
Os fragmentos acima transcritos permitem concluir que as redes atuais:
A) se metamorfoseiam em modos efetivos de organização espacial e se baseiam nas tecnologias para
delimitar com precisão recortes locais e globais.
B) proporcionam a ampliação da ação humana à escala global e a reafirmação do espaço como
dimensão basilar da vida em sociedade.
C) alteram as relações entre escalas de abrangência local/global e suprimem o tempo histórico como
categoria fundamental das ciências humanas.
D) se constituem nos sujeitos de ações capazes de redefinir padrões de organização do espaço e
reposicionar a geografia na teoria social crítica.

Questão 4
“Vinde cá, peixes, vós da margem direita que estais no rio Douro, e vós da margem esquerda que
estais no rio Duero, vinde cá todos e dizei-me que língua é que falais quando aí embaixo cruzais as
aquáticas alfândegas, e se também lá tendes passaportes e carimbos para entrar e sair. Aqui estou eu,
olhando para vós do alto dessa barragem, e vós para mim, peixes que viveis nessas confundidas águas,
que tão depressa estais numa banda como da outra, em grande irmandade de peixes que uns aos outros
só se comem por necessidades de fome e não por enfados de pátria. Dais-me vós, peixes, uma clara
lição, oxalá não vá eu esquecer ao segundo passo dessa minha viagem a Portugal, convém a saber: que
de terra em terra deverei dar muita atenção ao que for igual e ao que for diferente, embora ressalvando,
como humano é, e entre vós igualmente se pratica, as preferências e as simpatias deste viajante, que
não está ligado a obrigações de amor universal, nem isso se lhe pediu. De vós, enfim, me despeço,
peixes, até um dia, ide à vossa vida enquanto por aí não vêm os pescadores, nadai felizes, e desejai-me
boa viagem, adeus, adeus”.
(SARAMAGO, José. Viagem a Portugal. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.)
O fragmento acima, ao tratar de nação e nacionalismo, revela-se compatível com:
A) a demarcação de fronteiras a partir de acidentes naturais.
B) o movimento emancipatório de povos com identidade multicultural.
C) a restrição à mobilidade populacional dirigida a países da União Européia.

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PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

D) a idéia de soberania compartilhada presente no projeto comunitário europeu.

Questão 5
“(...) o objetivo da Cartografia, inicialmente, consiste na representação da superfície terrestre ou parte
dela, de forma gráfica e bidimensional, que recebe o nome genérico de mapa ou carta. Atualmente, o
conceito de Cartografia apresenta uma acentuada tendência de alterar o significado inicial a ela
atribuído”.
(NOGUEIRA, R. Cartografia – representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: UFSC, 2006.)

“Olhar os mapas pode ser bastante esclarecedor. Olhar para eles de ângulos novos pode ser ainda
esclarecedor. Mas, se você quer libertar sua mente de todas as idéias preconceituosas e preconcebidas
que os planisférios tendem a produzir, provavelmente só terá um remédio: arranje um globo e
mantenha-o sempre rodando”.
(Traduzido e adaptado de The Economist. Manchester, jan. 1985.)
Várias são as razões que dificultam a tarefa de definir a cartografia e de se utilizar dos mapas como no
passado.
Uma delas está relacionada:
A) ao esgotamento da linguagem cartográfica tradicional voltada à visualização espacial.
B) ao uso político distorcido da cartografia veiculada nos meios de comunicação e na propaganda.
C) à busca pela confecção de mapas em terceira dimensão capazes de retratar fielmente a realidade.
D) à substituição de dados georreferenciados pela estatística descritiva a partir da era informacional.

Questão 6
“Façamos um regresso muito breve ao começo da história humana, quando o homem em sociedade,
relacionando-se diretamente com a natureza, constrói a história. Nesse começo dos tempos, os laços
entre território, política, economia, cultura e linguagem eram transparentes. Nas sociedades que os
antropólogos europeus e norte-americanos orgulhosamente chamaram de primitivas, a relação entre
setores da vida social também se dava diretamente. Não havia praticamente intermediações”.
(SANTOS, M. Por Uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 1999.)
Considere o contexto enunciado e seu contraste em relação à organização do espaço geográfico atual.
O autor faz referência a um espaço:
A) compartimentado e anterior aos processos de fragmentação territorial.
B) composto por territorialidades absolutas e fortemente mediado pela técnica.
C) caracterizado pela predominância do meio natural e pela alienação territorial.
D) marcado por lógicas reticulares e diferenciadas das predominantes lógicas territoriais atuais.

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Questão 7
O livro O mundo é plano, de Thomas Friedman, centra suas análises no desenvolvimento do processo
de globalização ao longo da história. Defende que o mundo está cada vez mais plano na medida em
que há a “redução das distâncias” em consequência do desenvolvimento dos meios de comunicação e
transportes, associado a uma redução das diferenças e das distâncias entre os povos. Ele identifica 10
forças responsáveis por tornar o mundo plano, as quais vão desde a queda do Muro de Berlim, à
criação de serviços de busca na internet, às novas tecnologias wireless e ao Voice Over Internet
Protocol (VOIP), que ampliaram enormemente as possibilidades e facilidades de comunicação. No
entanto, as coisas não são tão simples como dá a entender Friedman, pois muitos são os obstáculos
reconhecidos por outros autores que trabalham contra essa planificação do mundo.
Dentre esses obstáculos, é possível citar:
A) permanência de fronteiras nacionais fortalecidas pela presença de blocos regionais e combate ao
terrorismo.
B) atuação de grupos com pressupostos marxistas associados a Estados Nação e permeabilidade das
fronteiras aos migrantes.
C) barreiras culturais e políticas somadas à existência de parcelas significativas da população mundial
vivendo abaixo da linha de pobreza.
D) entraves para a difusão de informações via internet e baixo nível educacional em regiões do mundo
subdesenvolvido como a China e a Índia.

Questão 8
“(...) Construindo um equilíbrio de poder que favoreça a liberdade, os Estados Unidos estão guiados
pela convicção de que todas as nações têm responsabilidades importantes. Nações que aproveitam
liberdade devem ativamente lutar contra o terror. Nações que dependem de estabilidade internacional
devem ajudar a evitar a distribuição de armas de destruição de massas. Nações que buscam ajuda
internacional devem governar a si mesmas com inteligência, para que a ajuda seja bem gasta. Pela
liberdade de prosperar, responsabilidade deve ser esperada e exigida.
Nós também somos guiados pela convicção de que nenhuma nação sozinha pode construir um mundo
mais seguro e melhor. Alianças e instituições multilaterais podem multiplicar a força de nações que
apreciam a liberdade. Os Estados Unidos estão comprometidos com instituições como as Nações
Unidas, a Otan e outras alianças duradouras. Coalizões com interessados podem aumentar as
instituições permanentes. Em todo caso, obrigações internacionais devem ser levadas a sério. Elas não
devem ser subestimadas simbolicamente para reunir apoio por um ideal sem ampliação de esforços
(...)”
(Introdução do documento A Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, set. 2002 - www.whitehouse.gov/nsc/nss.html>)
Leia as afirmativas sobre a política de segurança nacional dos EUA.
I. O internacionalismo tipicamente americano busca a construção de um mundo mais seguro,
convocando a todos para a luta contra o terrorismo sem a possibilidade de neutralidade.
II. A estabilidade e a segurança internacionais contemporâneas enfrentam obstáculos que incluem a
proliferação de armas de destruição em massa, Estados Fracassados, o narcotráfico e a pobreza.
III. Tem como pressuposto a importância dos valores ligados à paz, à democracia e à livre iniciativa,
respeitando a autodeterminação dos povos em seus aspectos políticos, econômicos e culturais.
Apresentam características da Doutrina Bush as afirmativas:
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) I, II e III

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Questão 9
A China tem consolidado sua condição de potência emergente num mundo cada vez mais competitivo,
caracterizando-se por uma enorme diversificação econômica e por exportações que invadem os mais
diferentes mercados. Como nação mais populosa do mundo e com números que assustam pela
grandeza sem parâmetro em outras regiões, esse novo momento de sua história é marcado por
submissão às regras internacionais, deixando para trás os anos de isolamento do ciclo maoísta.
O modelo de desenvolvimento chinês pode ser caracterizado atualmente pelos seguintes aspectos:
A) baixo custo de produção/ ênfase na produção de bens de consumo de linha tradicional/ amplo
mercado consumidor.
B) intensa exploração da força de trabalho/ produção voltada para o mercado externo/ papel
complementar aos mercados norte-americano e europeu.
C) uso da abundante e pouco qualificada força de trabalho/ investimentos externos concentrados nas
Zonas Econômicas Especiais (ZEE)/ baixa preocupação com a preservação ambiental.
D) predomínio de produtos manufaturados/ força de trabalho abundante/ uso da produção
compartilhada associada a Japão, Coréia, Taiwan numa clara política de “ascensão pacífica”.

Questão 10
“O rápido avanço dos processos de integração sub-regional a partir da segunda metade dos anos 1990
permitiu uma recuperação do comércio intrarregional que, junto com o desenvolvimento de novos
marcos regulatórios para o investimento estrangeiro, permitiu uma explosão de investimentos diretos
intrarregionais. No entanto, junto com este dinamismo se observam também evidentes limitações que
prejudicam os resultados deste processo: a perda progressiva de influência dos organismos e instâncias
de maior alcance regional, agravada pelo caráter eminentemente intergovernamental dos processos de
integração, os coloca vulneráveis aos interesses dos diferentes governos e conjunturas nacionais; as
relações recíprocas ainda não são determinantes para a maioria dos países da região, assim como o
enfoque predominantemente ‘comercialista’. Por outro lado, a aplicação de uma estratégia integradora
na América do Sul deve contemplar as evidentes assimetrias econômicas e o desenvolvimento
humano, permitindo o desenho coerente de modalidades para o trato especial e diferenciado em favor
das economias menores, assim como o desenvolvimento de uma infraestrutura regional adequada que
permita aproveitar plenamente o potencial integrador”.
(BRUCKMANN, M. Apresentação. In: MARTINS, C. et al. (Orgs.). Globalização e Integração das Américas. Rio de Janeiro: Loyola, 2005.)

A passagem acima se refere genericamente a recentes aspectos quanto às iniciativas de integração


econômica no subcontinente sul-americano.
No que diz respeito especificamente ao Mercosul, essa passagem pode ser interpretada de modo a
afirmar que:
A) os marcos regulatórios para o investimento estrangeiro referem-se a tentativas de se estabelecer
uma tarifa externa comum entre países-membros.
B) o enfoque comercialista ressaltado diz respeito ao grande volume de protocolos e tratados
multilaterais estabelecidos entre membros plenos do bloco.
C) fluxos de mão de obra e acordos para cooperação no desenvolvimento de novas tecnologias
predominam entre as estratégias integradoras postas em prática na última década.
D) o caráter intergovernamental se constitui em entrave aos processos de integração, na medida em
que a proposta original do bloco previa estratégias de ação e tratados supranacionais.

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Questão 11
Observe o mapa.

(Adaptado de BONIFACE, P. e VÉDRINE, H. Atlas do Mundo Global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.)
“A comunidade internacional, no início do século XXI, defronta-se com o desafio político de
redefinição das relações de poder (sistema internacional) e de reorganização das instituições e das
regras que regulamentam as relações internacionais (ordem internacional)”.
(OLIVEIRA, H. de. Introdução. In: OLIVEIRA, H de e LESSA, A. C. (Orgs.). Política Internacional Contemporânea. São Paulo: Saraiva, 2006.)

O mapa e a citação fazem referência, respectivamente:


A) à tripolaridade em sentido amplo/ aos pactos visando perpetuar os conflitos norte-sul.
B) à apolaridade do ponto de vista estritamente econômico/ às relações multilaterais instáveis.
C) à unipolaridade do ponto de vista político-militar/ ao cenário de contenção de conflitos
geopolíticos.
D) à multipolaridade em sentido político-econômico/ às disputas no âmbito de organizações
internacionais.

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Questão 12

Fábrica da Toyota - Japão Sede da Ford – Estados Unidos


As fotos acima apresentam dois ícones do setor automobilístico: a Toyota, multinacional japonesa que
está presente em todos os continentes com faturamento de bilhões de dólares, e a Ford, multinacional
norte-americana que passa por uma série de transformações com o objetivo de adequar-se ao novo
contexto de produção no setor. Ambas foram responsáveis por mudanças que revolucionaram a
indústria automobilística, fazendo escola na forma de organização da produção nesse setor.
Leia as afirmativas abaixo.
I. O toyotismo é uma forma de racionalização do trabalho que rompe com a padronização do
fordismo, atendendo às exigências do mercado; a produção é organizada a partir do consumo.
II. O fordismo oferece modelos que atendem a mercados com restrições de consumo, reduzindo
custos a partir da racionalização da produção; redução do tempo com a máxima automatização
das fábricas.
III. O toyotismo exige maior flexibilidade do trabalhador, optando por máquinas mais simples e
confiáveis que não requerem formação prévia do mesmo; redução do desperdício em operações
como o transporte e produção.
Considerando as características do toyotismo e do fordismo, são corretas as opções:
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) I, II e III

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COLÉGIO PEDRO II 9
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Questão 13
“BAIDOA, SOMÁLIA - Um pouco antes da aproximação para aterrissagem no aeroporto de Baidoa, o
piloto, após informar a temperatura e o horário local, deixa claro para os passageiros que “não existem
registros de tiroteio nas imediações nas últimas duas horas”.
(Opinião e Notícia. Somália: a criação de um Estado falido. jul. 2009)
“Depois de 2001, entretanto, a economia africana ressurgiu, acompanhando o novo ciclo de expansão
da economia mundial. O crescimento médio, que era de 2,4% em 1990, passou para 4,5%, entre 2000 e
2005, e alcançou as taxas de 5,3% e 5,5% em 2007 e 2008”.
(Disponível em <http://diplo.uol.com.br/2008-04,a2365>)
O primeiro e o segundo textos descrevem realidades bastante diversas dentro do continente africano,
referindo-se a distintos grupos de países.
Sobre esses dois grupos, pode-se afirmar, respectivamente, que:
A) o grupo sofre os efeitos da desagregação do bloco socialista e ainda hoje se articula ao mercado
mundial através do comércio de armas/ articula-se ao mundo globalizado pelo dinheiro enviado pelos
migrantes aos seus locais de origem.
B) refere-se ao que tem sido denominado de “Estados Falidos” devido à presença de recorrentes
catástrofes naturais associadas a ameaças “não convencionais”/ representa países que têm se inserido
na globalização como áreas de investimentos chineses e indianos.
C) são Estados que sofrem os efeitos das fronteiras artificiais criadas pela colonização, encontrando-se
à margem do processo de globalização/ articula-se em torno da África do Sul, beneficiando-se de
propostas de desenvolvimento endógeno, centrados no mercado africano.
D) são “Estados Criminosos” com intensos conflitos tribais/ são países beneficiados pela estratégia do
governo Clinton denominada de “baixo teor” - democracia e crescimento econômico, através da
globalização dos seus mercados nacionais.

Questão 14
“Um festival de respostas positivas dos setores industriais nos Estados Unidos, China, zona do euro e
Brasil levou ânimo ao mercado financeiro no primeiro dia de junho - e da semana. Ontem, a
interpretação dos investidores sobre dados da produção industrial foi de que a atividade econômica
global apresenta sinais consistentes de recuperação, o que aqueceu os negócios e fez as principais
bolsas de valores fecharem em forte alta.
Resultados acima das expectativas dos economistas sobre a atividade industrial nos Estados Unidos
agitaram os mercados. Segundo o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), o índice
industrial subiu para 42,8 pontos em maio, de 40,1 em abril.”
(O Estado de São Paulo. Indústria mundial reage e bolsas têm dia de alta. 02 de junho de 2009.)
Notícias como a anterior, nas últimas décadas, foram capazes de interferir em investimentos
produtivos voltados a atividades industriais que se apresentam espacialmente ordenados segundo:
A) um padrão concentrado em metrópoles que contém plantas industriais associadas ao setor terciário.
B) uma tendência global de alvos móveis que intensifica a dispersão multipolar da indústria.
C) uma lógica de guerra entre lugares travada conforme a presença de mão de obra excedente.
D) um modelo vinculado à criação de distritos industriais e de zonas econômicas especiais.

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Questão 15
Veja o mapa a seguir, que demonstra aspectos da integração física sul-americana.

(THÉRY, Hervé e MELLO, N. de. Atlas do Brasil - disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005.)

Dentre as antigas e novas infraestruturas que concorrem para a integração da América do Sul, o eixo
específico de maior relevância geoeconômica e geopolítica, com obras em fase de conclusão, é relativo à:
A) ligação rodoviária Manaus-Montevidéu, integradora de zonas francas.
B) hidrovia Caracas-Belém, captadora da Venezuela para o comércio multilateral no Mercosul.
C) ligação rodoviária Rio de Janeiro-Antofagasta, eixo terciário e turístico de forte expressividade.
D) hidrovia do Mercosul, de São Paulo e outras cidades do Centro-Sul brasileiro até Buenos Aires.

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Questão 16
Saskia Sassen, em seu livro As Cidades na Economia Mundial (São Paulo: Studio Nobel, 1998)
apresenta a seguinte proposta de tipologia de cidades: cidades globais, megacidades, metrópoles,
cidades marginais ou periféricas e as cidades satélites.
A opção que relaciona o tipo de cidade e sua respectiva definição é:
A) metropóles – possuem serviços avançados e facilidades das telecomunicações, necessários para a
implementação e a condução das operações da economia mundial.
B) megacidades – definem-se pela sua grande dimensão e por apresentarem contrastes entre riqueza e
pobreza, bem como a coexistência entre modernidade e pós-modernidade.
C) cidades periféricas – definem-se pela falta de autonomia e por interligação a outras cidades no
domínio do emprego e de serviços, com risco de serem absorvidas por centros vizinhos.
D) cidades globais – possuem longa e reconhecida história e patrimônio, guardando tradição política,
cultural e econômica, revelando grande capacidade de adaptação à modernidade e à economia global.

Questão 17
A queda na taxa de natalidade dos países desenvolvidos tem tirado o sono de muitos governantes que
temem pela sustentabilidade de seus sistemas previdenciários. Atualmente esses países têm em média
quatro trabalhadores em idade ativa para cada pessoa com mais de 65 anos. No entanto, segundo a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2050 a relação cairá pela
metade, ou seja, dois trabalhadores em idade ativa para cada aposentado. Na contramão desse
processo, a França registrou em 2008 um mini “baby boom”.
Esse último fenômeno é consequência de:
A) subsídios governamentais, preocupação com a alta natalidade dos imigrantes e pressões da igreja
católica.
B) aumento do déficit da previdência, política de incentivo à maternidade e restrições à política pró-
aborto.
C) fatores culturais ligados à influência da igreja católica, aumento do déficit da previdência e
preocupação com a alta natalidade dos imigrantes.
D) política de incentivo à maternidade, subsídios governamentais e difusão de imagens positivas das
mulheres que conciliam trabalho com maternidade.

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COLÉGIO PEDRO II 12
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES - 2009
PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 18
Veja o gráfico e leia atentamente a citação que o acompanha.

“Em condições normais e estáveis de biodiversidade, uma espécie dura de 1 milhão a 10 milhões de
anos, de acordo com estimativas dos paleontólogos. Mas, com a supremacia do homo sapiens, essa
possibilidade foi enormemente perturbada e parece pouco provável que os seres vivos possam se
perpetuar por tanto tempo assim. Ao confundir a utilização da natureza com sua predação, o homem
destrói os seres vivos cada vez mais rapidamente. As taxas atuais de extinção são de cem a mil vezes
superiores em relação às existentes nas eras geológicas anteriores (...). Para cada dez árvores no
mundo, por exemplo, só uma é replantada. Os seres vivos estão se esgotando, sem que o homem se
preocupe com o que deixará para seus descendentes”.
(Adaptado de Le Monde Diplomatique. L´Atlas Environnement. Paris: LMD, 2008.)
Com base em autores como Wagner Costa Ribeiro, Antônio Diegues, Dirce Suertegaray e Carlos
Walter Gonçalves, a visão de natureza e o principal marco histórico que a origina representados na
análise acima são:
A) preservacionista / Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente – 1992.
B) utilitária / Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente – 1972.
C) conservacionista / publicação do Relatório Brundtland – 1987.
D) desenvolvimentista / assinatura do Protocolo de Quioto – 1997.

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COLÉGIO PEDRO II 13
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES - 2009
PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 19
Leia as estrofes a seguir:
“(...)
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Sigo os rastros que ele traz
Numa sequência arrastada
Do que ficou para trás

Vou vendo e vou meditando


Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Pois o bem dele é que faça
Não ver que já vai passando (...)”
(PESSOA, Fernando. Na Ribeira Deste Rio. In: Antologia Poética. Lisboa: Ulisseia, 2006.)
As metáforas utilizadas no poema são capazes de evocar situações ligadas à hidrografia e às relações
sociedade-natureza.
Nesse sentido, “os rastros que [o rio] traz/ numa sequência arrastada/ do que ficou para trás” e “o bem
dele é que faça/ não ver que já vai passando” são dois conjuntos de versos que de modo mais adequado
retratam respectivamente:
A) sedimentação transgressiva e múltiplos usos nas margens do canal fluvial.
B) erosão em lençol e ausência de intervenções humanas a jusante do ponto de observação.
C) sedimentação regressiva e reduzida interferência de origens antrópicas ao longo do curso.
D) erosão diferencial e presença de modificações antrópicas a montante do ponto de observação.

Questão 20
A gênese dos solos está ligada ao intemperismo. A desintegração física e a decomposição química das
rochas pela ação do calor e da umidade – ou seja, a interação entre a atmosfera e a crosta – formam o
material inorgânico superficial. Esse é o primeiro passo no processo de formação dos solos. O segundo
realiza-se pela atividade física e químico-biológica dos organismos. Os solos da Terra são produto da
complexa interação entre atmosfera, crosta e biosfera.
As características do solo e seu processo de formação estão apontadas em:
A) Tchernozion – solo ácido por conta da ausência de um lençol freático formado principalmente pela
desagregação da rocha matriz, que apresenta extraordinária fertilidade devido ao conteúdo orgânico
(húmus) em sua superfície.
B) Loess – solo amarelo e de elevada fertilidade, constituído por grãos finíssimos, originários da
fragmentação das rochas durante as glaciações do período Terciário, transportados pela ação fluvial
para longas distâncias.
C) Massapê – solo rico em matéria orgânica, de coloração escura, argiloso, extremamente fértil,
formado pela decomposição de granitos, gnaisses e calcários cretáceos.
D) Latossolos – solos muito intemperizados, que evidenciam elevada perda de sílica e lixiviação de
bases, sendo, mesmo assim, rico em nutrientes com perfis rasos, heterogêneos e de boa drenagem.

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COLÉGIO PEDRO II 14
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PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 21
Observe as variáveis presentes no gráfico:

(ODUM, E. Fundamentos de Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 1988.)


Temperatura, umidade, altitude e latitude estão envolvidas na caracterização dos diferentes biomas. A
leitura do gráfico:
A) sugere a presença de domínios de transição sem identificá-los.
B) demonstra que o bioma da tundra é encontrado nas altas latitudes austrais.
C) identifica os biomas a partir dos elementos do clima – latitude e temperatura.
D) demonstra que latitude e altitude estão diretamente associados exclusivamente a um bioma.

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COLÉGIO PEDRO II 15
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PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 22
Observe o mapa.

(MAGNOLI, D. O Corpo da Pátria. São Paulo: Unesp, 1997.)


Trata-se de documento cartográfico voltado à compreensão de aspectos do processo de horogênese das
fronteiras nacionais, desde o período colonial até o republicano, estudado por D. Magnoli e por
historiadores. Dentre esses últimos, S. Goes Filho afirma:
“O uti possidetis, princípio básico das negociações dos tratados coloniais, continuou a ser muito
valioso para a diplomacia do Brasil independente. Com a doutrina estruturada em torno dele e da
validade apenas supletiva do Tratado de Santo Ildefonso e, ademais, com a prática homogênea e
contínua de um grupo de diplomatas de relevo, cujos atos eram acompanhados pessoalmente por D.
Pedro II, conseguiu o Império assinar bons acordos de fronteiras com países vizinhos. Na República
essa tradição foi renovada (...)”.
(GOES FILHO, S. Navegantes, Bandeirantes e Diplomatas. São Paulo: Martins Fontes, 2001.)

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COLÉGIO PEDRO II 16
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O processo de formação das fronteiras nacionais associado ao povoamento indica que:


A) do ponto de vista teórico, a formação de fronteiras completou-se em meados do século XX com o
fechamento da fronteira agrícola.
B) do ponto de vista empírico, o processo de horogênese completou-se no início do século XX,
acompanhando o auge da interiorização.
C) extensões significativas das fronteiras nacionais se tornaram vivas ao longo do século XX, por sua
demarcação ter sido posterior à delimitação.
D) as fronteiras nacionais começaram a ser delimitadas conjuntamente com o início do povoamento,
quando o direito de posse de facto substituiu o uti possidetis júris.

Questão 23
“A mobilidade foi um dos segredos da vitória portuguesa; sem ela não se explicaria ter um Portugal
quase sem gente, um pessoalzinho ralo, insignificante em número – sobejo de quanta epidemia, fome e
sobretudo guerra afligiu a Península na Idade Média – conseguido salpicar virilmente do seu resto de
sangue e de cultura populações tão diversas e a tão grandes distâncias uma das outras: na Ásia, na
África, na América, em numerosas ilhas e arquipélagos. A escassez de capital-homem, supriram-na os
portugueses com extremos de mobilidade e miscibilidade: dominando espaços enormes e onde quer
que pousassem, na África ou na América”.
(FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Record, 1933.)
“O primeiro brasileiro consciente de si foi, talvez, o mameluco, esse brasilíndio mestiço na carne e no
espírito que, não podendo identificar-se com os que foram seus ancestrais americanos (que ele
desprezava), nem com os europeus (que o desprezavam), e sendo objeto de zombaria de nobres e
nativos de Portugal, via-se condenado à pretensão de ser o que não era nem existia: o brasileiro”.
(RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro. São Paulo: Cia das Letras, 1995.)
Sobre a ação colonizadora portuguesa e o processo de povoamento no Brasil, pode-se afirmar que:
A) a participação estatal no movimento colonizador foi indireta, ocasionando forte desequilíbrio
demográfico entre o litoral e o interior.
B) os agentes promotores da colonização foram plurais, maximizando a diversidade político-
administrativa, econômica e cultural pelo território.
C) as ações privadas e estatais se revelaram difusas, originando um povoamento marcadamente
litorâneo e dirigido para eixos de interiorização específicos.
D) o povoamento foi integralmente promovido sob direção estatal, articulando o litoral ao interior a
partir de eixos fluviais como o do Amazonas, o do São Francisco e o do Vale do Paraíba.

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COLÉGIO PEDRO II 17
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Questão 24
A modernização técnica também transformou o tradicional cultivo do café no país. Embora a
exportação do café funcionasse como uma importante fonte de receitas para o Brasil até meados do
século XX, a organização da atividade cafeeira não era considerada uma prioridade no país. Já a partir
da criação da Associação Brasileira do Café (Abic) em 1970, é criado um selo de qualidade, que
confere credibilidade ao café brasileiro. Logo depois, é criado o Comitê Brasileiro do Café,
congregando, pela primeira vez na história, produtores, empresas do setor de torrefação e moagem, a
indústria de café solúvel e de exportação. Esse quadro permitiu que a produção de café alcançasse
outros estados brasileiros, que somado aos incentivos técnicos e financeiros, favorecesse uma “nova
marcha do café”.
A “nova marcha do café” na atualidade apresenta:
A) a possibilidade de adaptação dos cafezais no sul paranaense e no planalto catarinense, com a
produção de sementes resistentes às geadas.
B) novas áreas produtoras com destaque para Rondônia e Espírito Santo, que possuem dificuldades de
escoamento devido à limitada capacidade de seus portos fluviais.
C) a manutenção das tradicionais técnicas agrícolas associadas ao aprimoramento genético, permitindo
que o café pudesse ser cultivado em solos argilosos do cerrado mineiro.
D) deslocamento da produção das áreas tradicionais após o emprego de aprimoradas técnicas de
cultivo, introduzidas nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rondônia.

Questão 25
O Nordeste brasileiro tem-se caracterizado como uma área de intensos fluxos emigratórios. As
transformações na estrutura produtiva brasileira e as novas configurações do desenvolvimento regional
que se delinearam a partir da década de 70 ambientaram importantes modificações na dinâmica
migratória nordestina. Assim, o Censo Demográfico 2000 confirmou os efeitos dessas modificações:
as migrações ou fluxo de retorno para o Nordeste.
A alternativa que aponta a principal razão desse novo fenômeno migratório é:
A) ampliação e modernização do sistema de saúde nos estados nordestinos.
B) baixo custo de moradia, quando comparado às grandes metrópoles brasileiras.
C) necessidade de retornar ao convívio familiar, após muitos anos de distanciamento.
D) interesse em aumentar o tempo de estudo, considerando os avanços da educação no nordeste.

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Questão 26
“As mudanças de localização de atividades industriais são às vezes precedidas de uma acirrada
competição entre Estados e municípios pela instalação de novas fábricas e, mesmo, pela transferência
das já existentes. A indústria do automóvel e das peças é emblemática de tal situação”
(SANTOS, Milton e SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Editora
Record, 2001)
A citação acima se refere ao processo denominado guerra dos lugares.
Esse processo está melhor caracterizado na afirmativa de que os lugares:
A) são escolhidos e adquirem valor a partir das centralidades oferecidas e da proximidade de
atividades semelhantes e complementares ao tipo de indústria que irá se instalar.
B) apresentam infraestrutura de produção já organizada pelo acúmulo de externalidades, as quais
suprem as necessidades de comunicação e transportes da unidade produtiva.
C) são chamados a colaborar na instalação da unidade produtiva organizando-se segundo sua lógica de
produção, articulando diferentes esferas de poder no atendimento das necessidades da unidade
produtiva.
D) submetem-se às respectivas esferas de poder político-administrativo, definindo os benefícios
regionais, visando a uma diversidade de produção industrial criadora de centralidades promotoras do
desenvolvimento.

Questão 27
“Os problemas e conflitos urbanos se agravam em toda parte, é certo, sobretudo nas duas metrópoles
nacionais – São Paulo e Rio de Janeiro. É exatamente nessas duas metrópoles que declinam as taxas de
crescimento demográfico de maneira acentuada, configurando um fenômeno que, na verdade, é
experimentado também pela maioria das metrópoles regionais, ainda que em menor grau. Embora esse
decréscimo possa ser saudado como uma redução da pressão quantitativa, no fundo ele é um indício da
existência de sérios problemas qualitativos”.
(SOUZA, Marcelo Lopes de. Alguns aspectos da dinâmica recente da urbanização brasileira in: FERNANDES, Edésio e
VALENÇA, Márcio Moraes (orgs.). Brasil urbano. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.)
A citação acima se refere ao processo de desmetropolização, também associado à “involução” urbana
analisada por Milton Santos.
São características desse processo:
A) Redução no tamanho dos centros metropolitanos tanto em termos absolutos quanto relativos,
associado a um processo de interiorização do emprego industrial.
B) Crescimento relativamente menor das metrópoles nacionais devido à redução do seu poder de
atração associado a uma interiorização da atividade econômica.
C) Fenômeno de escala nacional fruto da estagnação econômica, que ocorreu nos anos 80 e 90,
centrado nas duas metrópoles nacionais, associado ao rápido crescimento da população.
D) Emergência de novas metrópoles que passam a crescer tanto quanto as metrópoles nacionais,
associada à perda da qualidade de vida em função da crise do emprego das décadas de 80 e 90.

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Questão 28
“É inútil determinar se Zenóbia deva ser classificada entre as cidades felizes ou infelizes. Não faz
sentido dividir as cidades nestas duas categorias, mas em outras duas: aquelas que continuam ao longo
dos anos a dar forma concreta aos desejos de seus habitantes, e aquelas em que os desejos conseguem
cancelar a cidade, ou pior, são cancelados por ela.”
(CALVINO, Ítalo. As Cidades Invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.)
O autor faz referência a uma cidade imaginária e põe em dúvida a correspondência entre suas formas e
funções. No estudo da Geografia Urbana, a identificação das funções predominantes é essencial para
compreender a inserção de um centro urbano em seu espaço de entorno.
Ao considerar os exemplos das destacadas funções em cidades brasileiras de médio a grande porte,
pode-se afirmar que:
A) Petrópolis (RJ), São Luís (MA) e Campos do Jordão (SP) possuem funções turísticas com base na
refuncionalização de formas do passado.
B) Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e Palmas (TO) cresceram como sedes de poder político-
administrativo com restritas funções industriais.
C) Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Teresina (PI) apresentam forte diversificação em seu setor
terciário com fraco grau de polarização na rede urbana.
D) Londrina (PR), Vila Velha (ES) e Uberlândia (MG) são centros interioranos que cresceram com
funções de suporte para o comércio e os serviços ligados à agropecuária.

Questão 29
As favelas fazem parte da paisagem carioca de forma marcante desde o final do século XIX. Ao longo
de seu processo de crescimento e expansão, foram várias as tentativas do poder público de lidar com a
questão, sem que obtivessem sucesso.
Dentre os motivos atuais que explicam a formação e a resistência dessa forma urbana, é possível citar:
A) valorização imobiliária, insuficientes políticas públicas de inclusão social e crescimento da
informalidade.
B) alto índice de desemprego, projetos de integração do tipo favela-bairro e necessidade de morar
próximo ao local de trabalho.
C) fragilidade das normas urbanísticas, alto custo dos terrenos na periferia e presença de rigorosa
fiscalização nos loteamentos periféricos.
D) insuficientes políticas habitacionais voltadas para a população de menor poder aquisitivo, alto custo
dos imóveis e maior fluidez populacional intraurbana.

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COLÉGIO PEDRO II 20
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Questão 30
“Uma nova divisão territorial do trabalho no campo não somente consolida o projeto do capital, dos
grandes conglomerados transnacionais agroquímicos, industriais, financeiros, alimentícios, mas
também fragiliza e põe em risco a existência de comunidades inteiras de camponeses, do indigenato,
dos demais povos, como pescadores artesanais, posseiros, extrativistas, quilombolas etc.
Está em questão a disputa por projetos de sociedade ou a deslegitimação da cultura camponesa e dos
povos originários, em função do empreendimento capitalista. Isto é, da eficiência e da racionalidade
dos ganhos de produtividade (...) na exclusividade do mercado capitalista, geograficamente
configurado pela necessidade da dimensão intercontinental, em lugar da produção-circulação de ciclos
curtos etc”.
(THOMAZ JÚNIOR, A. Novos Arranjos Territoriais e Velhos Dilemas para o Trabalho no Campo no Brasil.In:
OLIVEIRA, M. de et al. (Orgs.). O Brasil, A América Latina e o Mundo: espacialidades contemporâneas – volume 2.
Rio de Janeiro: Lamparina / Anpege / Faperj, 2008.)
A nova divisão territorial do trabalho no campo, a que se refere o autor, altera as relações do mesmo
com a cidade. A recente perspectiva desenvolvida por geógrafos, voltada a essas relações, apresenta:
A) retórica antagônica à historiografia tradicional, devido à retração das atividades em tempo parcial e
da pluriatividade na agricultura brasileira.
B) discurso crítico ao aprofundamento das desigualdades, em função do predomínio contínuo de
relações não capitalistas de produção em subespaços de grande lavoura.
C) argumentação favorável à valorização de singularidades locais, ao mesmo tempo que as atividades
primárias voltaram a ampliar sua participação na ocupação da mão de obra.
D) análise dirigida à superação da oposição entre campo e cidade, na medida em que conteúdos
urbanos e rurais contraditoriamente se recriam nos variados recortes espaciais.

Questão 31
A expansão do plantio de algodão transgênico por agricultores familiares ameaça cultivo
agroecológico no semiárido brasileiro. Como no caso de outras culturas transgênicas, o convívio com
lavouras orgânicas e tradicionais é impossível. São muitas as pressões, e de todos os tipos, sobre os
trabalhadores rurais que adotam o cultivo agroecológico nesses ambientes climáticos.
As situações de pressão destacadas no texto são relativas:
A) à necessidade de atender um mercado cada vez mais competitivo, baseado em práticas
predominantemente conservacionistas.
B) aos mesmos problemas vivenciados pelos rizicultores que adotam a agroecologia sob condições
climáticas semiáridas similares no sul de Goiás.
C) aos problemas que atingem não só a agricultura do algodão, mas toda a agrobiodiversidade do país,
especialmente no semiárido, área rica em variedades silvestres.
D) às tentativas de mudança no sistema de plantio, com ofertas dos produtores de sementes de
transgênicos aos adeptos de modelos agroecológicos, desprovidos de apoio governamental.

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COLÉGIO PEDRO II 21
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Questão 32
A crise agrária é muito mais que um problema do campo. A opção histórica pela grande propriedade e
pela agropecuária patronal, que gerou o longo ciclo de êxodo rural, é o fundamento da concentração da
renda e da desastrosa dimensão da pobreza urbana e rural no país. A crise agrária é, também, uma crise
da reforma agrária.
Uma das principais consequências dessa crise agrária no Brasil é:
A) completo reordenamento da estrutura fundiária, com a subdivisão de grandes propriedades
produtivas ou improdutivas.
B) manutenção dos níveis de emprego e subemprego na agropecuária brasileira, cada vez mais
moderna do ponto de vista tecnológico e econômico.
C) desamparo da agricultura familiar, que sofre os efeitos da concorrência globalizada, da
subordinação aos oligopólios industriais e agroindustriais.
D) adoção de programa correlato empregado pela União Européia – Política Agrícola Comum (PAC) –
que foi destinado a controlar o êxodo rural e assegurar o manejo da terra.

Questão 33
“O Proálcool foi um programa bem-sucedido de substituição em larga escala dos derivados do
petróleo. Foi desenvolvido para evitar o aumento da dependência externa de divisas quando dos
choques de preço do petróleo. De 1975 a 2000, foram produzidos cerca de 5,6 milhões de automóveis
a álcool hidratado. Acrescido a isso, o Programa substituiu por uma fração de álcool anidro (entre
1,1% a 25%) um volume de gasolina pura consumida por uma frota superior a 10 milhões de veículos
a gasolina, evitando, assim, nesse período, emissões de gás carbônico da ordem de 110 milhões de
toneladas de carbono (contido no CO2), a importação de aproximadamente 550 milhões de barris de
petróleo e, ainda, proporcionando uma economia de divisas da ordem de 11,5 bilhões de dólares”.
(Disponível em <www.biodieselbr.com/proalcol/pro-alcool.htm>)
Dentre as várias fases pelas quais o Proálcool passou, o período entre 1986 e 1995 foi o mais marcante.
Muitos acreditavam que o Programa, ao experimentar uma fase de estagnação, desapareceria em um
futuro bem próximo.
A alternativa que aponta as razões que levaram o Proálcool à estagnação é:
A) a escassez de recursos públicos para subsidiar os programas de estímulo aos energéticos
alternativos/ a oferta de álcool não pôde acompanhar o crescimento da demanda.
B) a oferta de álcool não pôde acompanhar o crescimento descompassado da demanda/ a introdução no
mercado da mistura metanol, etanol e gasolina, substituindo o álcool hidratado.
C) a escassez de recursos públicos para subsidiar os programas de estímulo aos energéticos
alternativos/ introdução da política de incentivos para o “carro popular” – de até 1000 cilindradas –
desenvolvido para ser movido a álcool.
D) os baixos preços pagos aos produtores de álcool a partir da abrupta queda dos preços internacionais
do petróleo em 1985/ liberação das exportações de veículos automotivos (produzidos, na sua origem,
exclusivamente na versão gasolina e diesel).

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COLÉGIO PEDRO II 22
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Questão 34
Considerando o papel que o Nordeste exerce dentro do território brasileiro, podem ser identificadas, no
momento atual, mudanças significativas na região. Nas últimas décadas, a região passa por um
acelerado processo de urbanização, marcado pela heterogeneidade e descontinuidade, fazendo surgir
novas “microrregiões”, novos “centros dinâmicos”.
A partir desse contexto de crescimento, a opção que melhor explica seus processos transformadores é:
A) as mudanças concentram-se no litoral, que absorve mais rapidamente as inovações pelas facilidades
de articulação no contexto nacional e global.
B) o eixo central da região é especializado na pecuária e culturas alimentares além do algodão, com
inovações voltadas à modernização desses setores.
C) o oeste da região apresenta taxas mais baixas de urbanização, destacando-se os cerrados baianos na
produção de grãos para exportação com alta tecnologia.
D) a fruticultura associada ao agronegócio vem obtendo recordes de produção, promovendo
transformações que alteram a histórica modernização conservadora.

Questão 35
Terremoto na cidade de Caraíbas (Minas Gerais) surpreende geólogos
“O terremoto de 4,9 graus na escala Richter, no norte de Minas Gerais, é o primeiro a registrar uma
morte, segundo o Obsis (Observatório Sismológico de Brasília) da UnB (Universidade de Brasília). O
tremor foi sentido na comunidade rural de Caraíbas, distante 35 km de Itacarambi (MG)”.
(Folha Online - 09/12/2007)
Tremor assusta moradores em ao menos 4 Estados; outros abalos podem ocorrer
“Durante seis segundos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina foram afetados por um
surpreendente tremor que atingiu 5,2 graus na escala Richter. O epicentro foi registrado a cerca de 215
km de São Vicente, no litoral sul de São Paulo, a aproximadamente 10 km de profundidade”.
(Folha Online - 24/04/2008)
Os terremotos exemplificados acima ocorrem porque:
A) a formação geomorfológica brasileira data do Período Terciário da Era Cenozóica, possuindo um
perfil topográfico com grandes desgastes erosivos.
B) no território brasileiro, encontramos dobramentos modernos, surgidos no interior da placa tectônica
Sul-Americana e, portanto, ficando sujeitos a terremotos dessa magnitude.
C) o tipo de contato ou limite tectônico que ocorre na Placa Sul-Americana, conhecido como
conservativo, é o responsável pela ocorrência de terremotos no território brasileiro.
D) o território brasileiro, assentado no centro da placa Sul-Americana, é cortado por falhas geológicas
sujeitas a tremores, podendo ser afetado por sismos que ocorrem na borda da placa.

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COLÉGIO PEDRO II 23
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Questão 36
Observe o mapa “Unidades do Relevo Brasileiro”.

(Adaptado de ROSS, J. Os Fundamentos da Geografia da Natureza. In: ROSS, J. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.)

O mapa ilustra a mais utilizada classificação do relevo brasileiro desde o início dos anos 90. Sua
legenda foi retirada e todas as unidades nele classificadas estão numeradas e delimitadas.
Ao projetar sobre essa base cartográfica algumas dentre as bacias hidrográficas do Brasil, pode-se
afirmar que os maiores trechos dos rios principais das bacias do Paraguai, Secundárias do Leste, São
Francisco e Parnaíba, correm sobre as seguintes unidades do relevo brasileiro, respectivamente:
A) 26 - 07 - 19 - 02
B) 03 - 28 - 20 - 24
C) 14 - 21 - 10 - 13
D) 15 - 27 - 08 - 06

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COLÉGIO PEDRO II 24
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Questão 37
As regiões Nordeste e Norte do Brasil, que sofreram com fortes chuvas nas últimas semanas, podem
voltar a ser atingidas por temporais até meados de junho de 2009, segundo o Centro de Previsão do
Tempo de Estudos Climáticos (CPTEC). As chuvas provocaram 18 mortes e 483 mil desalojados nos
Estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, segundo os números da Defesa Civil.
No outro extremo do país, o interior da região Sul sofreu com a escassez de chuvas, comprometendo a
pecuária, aumentando os incêndios florestais e reduzindo a vazão dos açudes que abastecem a
população de muitas cidades.
A explicação para essas condições meteorológicas é:
A) a ocorrência simultânea do fenômeno La Niña, que elevou a temperatura da água do Atlântico no
Nordeste acima do normal, e da zona de convergência intertropical (ZCIT) no hemisfério sul.
B) o fenômeno El Niño que provoca o enfraquecimento dos ventos alísios, soprando normalmente de
oeste para leste pelo Pacífico, fazendo as massas de ar quentes e úmidas estacionarem na costa
norte/nordeste.
C) o fenômeno El Niño, que resfria as águas do Oceano Pacífico, levando as águas do Oceano
Atlântico a sofrerem um leve aquecimento, intensificando as chuvas na maior parte das regiões norte e
nordeste.
D) a área de atuação da zona de convergência intertropical (ZCIT), que vem se expandindo em
decorrência da simultaneidade anual dos fenômenos El Niño e La Niña, alcançando até os estados da
região sul.

Questão 38
Seca na Amazônia: alguma coisa está fora de ordem
“A Amazônia vive hoje a pior estiagem dos últimos 50 anos. Fotos estampadas na mídia mostram
cenários desoladores na região que detém mais de 20% da água doce da Terra. São igarapés secos,
barcos encalhados em bancos de areia de rios, mortandade de peixes, populações isoladas sem ter
como se locomover e sem ter o que comer. São mais de 250 mil pessoas atingidas nos estados do
Amazonas e do Pará”.
(Disponível em <www.brasiloeste.com.br/noticia/1654/seca-amazonia>, set. 2005)
Cautelosos, cientistas e pesquisadores falam na possibilidade de que o aumento do calor no planeta
provocado pela emissão de gases de efeito estufa tenha começado a potencializar eventos climáticos
extremos. No entanto, avaliam que ainda não é possível estabelecer uma relação direta com o
aquecimento global. As evidências vão se acumulando, como as grandes enchentes na China, furacões
como o Katrina, dentre outros. No caso específico da seca que castiga a Amazônia, no entanto, a
comunidade acadêmica concorda quanto a algumas ameaças que poderão se concretizar no futuro.
Essas ameaças estão melhor apontadas pela:
A) ampliação na área de atuação da massa de ar Tropical Continental (mTc), que atingiria a região
norte do Brasil.
B) “savanização” da maior floresta do mundo, causada pela perda de umidade e pelo aumento da
temperatura do planeta em alguns graus centígrados.
C) fumaça produzida pelas queimadas realizadas pelos produtores rurais na Amazônia, que podem
dificultar a formação de nuvens, aumentando a pluviosidade na região.
D) mortalidade das pequenas árvores, responsáveis pela manutenção da umidade da floresta,
diminuindo sua capacidade de regeneração, e a existência da serrapilheira.

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COLÉGIO PEDRO II 25
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES - 2009
PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 39
Desde a década de 80, a gestão ambiental do Paraíba do Sul é feita pelo Comitê Executivo de Estudos
Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP – sendo revitalizada,
posteriormente, com a aprovação da Lei n. 9433/97, da Política Nacional de Recursos Hídricos,
tornando o Paraíba do Sul um rio de jurisdição federal, pois se estende por três estados da Federação.
No estado do Rio de Janeiro, o rio Paraíba do Sul percorre 37 municípios, numa extensão de 500 km,
quase metade do território do Estado, fazendo-se estratégico para a população fluminense. Entretanto,
na condição de usuário de jusante, se vê sob o impacto dos usos conflitantes do rio Paraíba do Sul.
Observe a foto.

Rio Paraíba do Sul em Resende – RJ. (SOS Paraíba do Sul - 2008).

A alternativa que aponta o uso conflitante dessa bacia afirma que o rio é:
A) responsável pela produção de energia e água potável, mas sujeita à poluição causada pelos efluentes
domésticos e resíduos sólidos das cidades localizadas às margens do rio.
B) inserido no sistema hidroenergético de Furnas Centrais Elétricas e da Empresa Light, que se
encontra seriamente comprometido pelos projetos de irrigação adotados pelo governo estadual.
C) a única fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas, incluindo 85% dos
habitantes da Região Metropolitana, mas padecendo com a grande poluição de suas águas gerada pela
CSN (Cia. Siderúrgica Nacional).
D) integrante de bacia com condições físicas que permitem a presença de uma densa malha rodo-
ferroviária, atendendo às pequenas indústrias locais, mas fazendo-a sujeita a acidentes ambientais pelo
intenso movimento de cargas perigosas.

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COLÉGIO PEDRO II 26
CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES - 2009
PROVA PRELIMINAR - GEOGRAFIA

Questão 40
“As unidades de conservação ambiental constituem espaços territoriais protegidos com funções
específicas para conservação e preservação do patrimônio natural brasileiro”.
(ROSS, Jurandyr Luciano S. Ecogeografia do Brasil: subsídios para o planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de
Textos, 2006.)
Existem várias categorias de áreas protegidas definidas no Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), coordenado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. Dentre elas, os
parques nacionais e as estações ecológicas possuem as atribuições respectivamente de:
A) proteger áreas em estado natural com o mínimo de interferência, destinadas à realização de
pesquisas ecológicas básicas e aplicadas/ preservar a vegetação que protege o solo, as nascentes e as
margens fluviais do risco de erosão acelerada.
B) preservar a vegetação que protege o solo, as nascentes e as margens fluviais do risco de erosão
acelerada/ contribuir para a manutenção da coesão social e cultural de populações indígenas,
ribeirinhas e rurais, veiculando práticas sustentáveis.
C) conciliar proteção integral da flora e da fauna, com sua utilização para objetivos educacionais,
recreativos e científicos/ proteger áreas em estado natural com o mínimo de interferência destinadas à
realização de pesquisas ecológicas básicas e aplicadas.
D) contribuir para a manutenção da coesão social e cultural de populações indígenas, ribeirinhas e
rurais, veiculando práticas sustentáveis/ conciliar proteção integral da flora e da fauna, com sua
utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos.

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