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AR LIMPO PARA UM CÉREBRO SAUDÁVEL

A poluição do ar, em todo o planeta, não é um problema que afeta apenas a saúde
dos pulmões. Alguns dados recentes mostram que os poluentes transportados pelo ar são
responsáveis por 30% dos casos de AVE do tipo agudo em todo o mundo. Limpar o ar
que respiramos seria um método que ajudaria a prevenir vários distúrbios neurológicos
graves e comuns, como a Federação Mundial de Neurologia pretende enfatizar no Dia
Mundial do Cérebro 2018, que é dedicado a destacar o impacto negativo da poluição do
ar na saúde do cérebro. Para marcar o Dia Mundial do Cérebro, realizado em 22 de julho,
a Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia (LANNC) está se juntando à Federação
Mundial de Neurologia para aumentar a conscientização sobre esse importante tópico.
Todos os anos, no dia 22 de julho, a Federação Mundial de Neurologia (WFN)
organiza o Dia Mundial do Cérebro. Cerca de 120 organizações em todo o mundo
participam dessa iniciativa de conscientização, da qual a LANNC está fazendo parte. O
foco em 2018 é um tema que está crescendo em importância como resultado de uma série
de estudos científicos recentes: os efeitos negativos dos altos níveis de poluição do ar no
cérebro. "Ar limpo para a saúde do cérebro" é o tema deste ano. LANNC (Liga
Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia) está se unindo a inúmeras organizações em
todo o mundo para apoiar esta campanha de conscientização.
O impacto na saúde humana, pela poluição ambiental e em particular a poluição
do ar, tem aumentado drasticamente com o passar dos dias. Estimativas recentes colocam
o número anual de mortes atribuíveis ao ar poluído em 9 milhões em todo o mundo.

A razão pela escolha de um tema com o aspecto da poluição ambiental se dá por


conta de um dado, onde o presidente do Dia Mundial do Cérebro - Professor Mohammad
Wasay – utilizou como justificativa. Este, é o dado do estudo de uma equipe internacional,
chamado “Global Burden of Disease”, do qual utilizou informações provenientes de 188
países, mostrando que 30% dos casos de AVE agudo podem ter sua ocorrência vinculada
a locais com carga excessiva de poluentes do ar.

Um problema de complexidade global

A conexão entre gases nocivos e partículas do ar e da saúde do cérebro é um


problema mundial e de complexidade única. Segundo o professor Jacques Reis, chefe do
Grupo de Pesquisa Aplicada em Neurologia Ambiental da Federação Mundial de
Neurologia, a poluição do ar refere-se à contaminação difusa e muitas vezes invisível
por bioaerossóis prejudiciais contendo pólen, esporos, partículas e substâncias
tóxicas. Os poluentes podem derivar de fontes naturais ou podem ser devidos à atividade
humana.
Toda a problemática deve ser encarada de maneira diferente nas principais cidades
em comparação com as áreas rurais. Alguns poluentes atmosféricos têm um impacto local
ou regional, mas os efeitos de outros podem ter um impacto em âmbito global.
Em maio deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que nove
décimos da população mundial respiram ar poluído. E três bilhões de pessoas usam
combustíveis nocivos em suas casas para cozinhar e/ou aquecer.

A compreensão dos efeitos tóxicos está avançando!

Nos últimos anos, cientistas descobriram evidências significativas da maneira pela


qual a poluição do ar afeta o cérebro e como isso está prejudicando a saúde neurológica
de pessoas em todo o mundo. O professor Reis explica que poluentes entram no corpo
através dos tratos respiratório e alimentar. Eles causam respostas inflamatórias e atingem
o cérebro através da corrente sanguínea ou do trato respiratório superior e, além disso, o
dano resultante à microbiota intestinal também pode ter um impacto no cérebro.
A lista de efeitos potenciais é longa: aterosclerose, estresse oxidativo, respostas
inflamatórias em todo o corpo, danos aos vasos sanguíneos, aumento da pressão arterial,
comprometimento dos mecanismos de proteção da barreira hematoencefálica e problemas
cardíacos podem estar relacionados à poluição do ar. Possíveis danos às células cerebrais,
como as células da micróglia e os astrócitos, também foram identificados. No nível
celular, os poluentes do ar interferem nas mitocôndrias - muitas vezes chamadas de
"usinas" de células - e material genético como o DNA. Os poluentes provocam mudanças
epigenéticas e encurtam os telômeros, as capas protetoras nas extremidades dos
cromossomos. Este último é visto como um sinal de envelhecimento celular.
Não é de admirar, portanto, que a poluição do ar seja suspeita de desempenhar um
papel em um número crescente de síndromes e doenças neurológicas. As descobertas
iniciais sugerem que ele poderia desempenhar um papel no autismo, nos transtornos de
déficit de atenção em crianças, na demência e no desenvolvimento da doença de
Parkinson, embora dados confiáveis ainda não estejam disponíveis.

Causados por humanos, porém modificáveis.

Mudanças decisivas no comportamento podem reduzir significativamente os


riscos colocados por fatores ambientais que causam a deterioração da saúde do cérebro.
O professor e Secretário Geral da WFN, Wolfgang Grisold, diz que prevenir distúrbios
neurológicos não é apenas uma preocupação para os indivíduos; a ação precisa ser tomada
também no nível da sociedade. Isso é particularmente verdadeiro nos impactos ambientais
causados pelo homem, que a humanidade, por sua vez, pode influenciar. Estes são
importantes fatores de risco para doenças que afetam os vasos sanguíneos no cérebro,
bem como condições neurodegenerativas. Esse problema mundial de saúde pública
requer estratégias eficazes de política ambiental e de saúde destinadas a reduzir a poluição
do ar. Não é apenas uma questão de saúde pulmonar, mas a saúde do próprio órgão que
nos torna seres humanos cientes: os nossos cérebros.

Despertar para a comunidade internacional

Falando sobre o Dia Mundial do Cérebro deste ano, o Presidente da WFN Prof.
William Carroll acreditava que há apenas uma interpretação possível dos dados
científicos disponíveis sobre os efeitos da poluição do ar na saúde do cérebro: “Todos e
cada um de nós, todos os países do mundo e a comunidade internacional deve ver isso
como um alerta. Os formuladores de políticas precisam fazer mais para lidar com
distúrbios e doenças neurológicas. Isso significa tornar a saúde cerebral uma das
prioridades de saúde de mais alto nível e fornecer fundos adicionais para resolver o
problema.

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