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25/02/2017 Qual é a relação entre carga e desempenho de uma fonte?

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Qual é a relação entre carga e desempenho de uma fonte?

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É comum vermos pela internet vários testes de uma fonte, e de vez em quando, com resultados diferentes. Uns podem apontar uma regulação de tensão ruim em
+12 V, outros podem apontar o contrário, e por aí vai. E então, como tirarmos conclusões destes testes? Nem sempre as conclusões que nos são oferecidas por
quem faz o teste são as melhores. Somente o senso crítico acerca dos resultados pode não ser o suficiente.

Mas por que somente o senso crítico em cima dos resultados não é o suficiente? Porque a forma como os resultados são obtidos influencia na opinião que você tem
sobre a fonte. Isso muitas vezes não é notado. A questão é que nós temos vários padrões possíveis para testes de carga. E aí, ao comparar fontes diferentes,
testadas em sites diferentes, muitas vezes corremos sérios riscos de estarmos cometendo distorções acerca do desempenho dessas fontes.

Antes de continuar, devo lembrar que não pretendo emitir um juízo final sobre como se deva interpretar os resultados. O que eu quero é mostrar que é necessário
ter cuidado ao lermos esses resultados, e que temos que ter cuidado ao emitir conclusões em cima deles, além de (se possível) abrir uma discussão sobre o
assunto. Não há uma resposta direta para a pergunta que intitula este tópico. O que podemos conseguir são parâmetros para a obtenção destas respostas.

Com isto tudo, é possível ao menos ter uma noção de como as cargas aplicadas em um teste podem interferir nos resultados dos testes. Abordo o que eu
considero os três parâmetros básicos de desempenho: regulação de tensão, oscilação / ruído elétrico e eficiência.

Existem centenas de possibilidades de padrões de carga. A maioria dos testes de carga de fontes não testam mais do que dez deles. Isso não significa que esses
testes sejam insuficientes. Mas temos que tomar cuidado para não fazer deduções muito além do que as cargas aplicadas por estes testes possam permitir. Para
termos uma ideia disso, vamos trabalhar inicialmente com um mundo perfeito, ou quase isso. Vamos recorrer então à Sea Sonic Platinum‐1000. Primeiro, vejamos a
sua etiqueta.

Um teste de carga progressiva clássico, como o do PC Perspective, vai testar cinco padrões de carga (no caso, 10, 20, 50, 75 e 100%), e a partir disso vai tirar as suas
conclusões. Mas ele só testou cinco combinações de cargas possíveis, e teve bons resultados. Mas existem muitos outros padrões de carga, onde poderiam obter‐
se diferentes resultados. O teste de 1000 W, por exemplo, poderia ter aplicado apenas 4 A em +5 V e em +3,3 V, e aumentado a carga em +12 V. Poderia ter aplicado
2 A em +3,3 e 8 A em +5 V. Daí poderíamos tirar uma série de outras combinações possíveis.

Entretanto, isso não significa necessariamente que em outras cargas o comportamento da fonte vá mudar muito. A regulação de tensão de uma fonte funciona
com mudanças graduais com o aumento a diminuição de uma carga em determinada linha, e não com mudanças bruscas, mesmo nas piores fontes. Isso permite
que um teste do PC Perspective seja suficientemente confiável para recomendar uma fonte. E testar essas centenas de combinações possíveis é inviável para a
maioria dos sites. E isso que eu não estou contando as possíveis combinações feitas a partir de possíveis assimetrias entre as cargas de +3,3 V e +5 V!

Além disso, pelo menos no caso da Sea Sonic Platinum‐1000, estamos praticamente dentro de um mundo perfeito. Esta fonte tem uma regulação de tensão
monstruosamente estável. Estes são os gráficos de testes de cargas cruzadas do TechPowerUp. Um desempenho fora do comum.

http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/qual­e­a­relacao­entre­carga­e­desempenho­de­uma­fonte.388854/ 1/10
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Em um mundo perfeito, a regulação de tensão de uma fonte seria como a da Sea Sonic Platinum‐1000. Entretanto, na maioria das fontes que temos,
principalmente as de baixo custo, nem sempre as tensões se mantém dentro da especificação.

Vamos pegar uma fonte que pode mostrar resultados bastante traiçoeiros: a Cooler Master GX Bronze 750W (testada no X‐bit Labs).

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Como pode‐se ver, a fonte não se mantem o tempo todo dentro da faixa de 3% de regulação de tensão. Pior: em algumas cargas, sai do limite dos 5% permitido pela
especificação ATX. Este é um cenário bastante comum em fontes de baixo custo, e não me refiro apenas àquelas que levam selos de bomba. Muitas fontes
largamente recomendadas pelos fóruns sofrem de problemas similares à desta Cooler Master.

Assim como esta Cooler Master, muitas outras fontes de entrada de linha economizam de algum modo na questão regulação de tensão, colocando menos bobinas
para o processo de filtragem no secundário, o que faz com que uma das bobinas compartilhe duas faixas de tensão diferentes. O mais comum de ocorrer é o de
ficar uma bobina responsável pela filtragem da linha de +3,3 V e a outra para as linhas de +5 V e +12 V. A questão é que esta economia nem sempre pode ser
percebida nos resultados, pois tudo irá depender da carga aplicada. Em fontes atuais, o mais comum de ocorrer é uma falta de suporte para altas cargas na linha de
+5 V.

Entretanto, isso não chega a se concretizar como uma ameaça ao PC. Lembra daquela história de que um PC, em média demanda apenas algo em torno de 40 W nas
linhas de +3,3 V e +5 V? Repare que neste mesmo gráfico, existem três cruzes. Elas demarcam o consumo de um PC. Portanto, não existe nenhum risco aos
componentes do PC por conta da regulação de tensão desta Cooler Master. Independentemente disso, essas falhas obrigam quem lê a construir a sua própria
interpretação acerca desses resultados. O quanto ruim isso pode ser é algo que fica a seu critério avaliar. Um lembrete do X‐bit Labs sobre a área de carga de um
PC, que é justamente essa área hachurada:

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Em uma Sea Sonic Platinum‐1000, a regulação de tensão de uma linha específica não depende diretamente da carga aplicada em outra linha. Por exemplo, se você
tiver uma carga de 50 A em +12 V, você pode colocar apenas 1 A ou então 20 A na linha de +5 V que a linha de +12 V não irá sofrer nenhuma alteração por conta
disso, ou apenas sofrerá uma leve queda de tensão com o aumento da carga em +5 V.

Já em uma fonte como a Cooler Master GX Bronze 750W, justamente por conta dessa economia nas bobinas do secundário, a carga que você aplica na linha +5 V
tem influência direta na tensão da linha de +12 V. Como exemplo, suponhamos que você tenha uma carga de 10 A em +12 V, e uma carga de 5 A em +5 V. Se você
mantiver esta mesma carga de 10 A em +12 V, mas subir a carga em +5 V para 15 A, vai acontecer algo curioso: a tensão da linha de +12 V irá subir. Exatamente isso.
O controlador PWM ajusta o seu ciclo para evitar que a tensão de +5 V caia de modo exagerado. Ou seja, é um efeito colateral: para que a regulação de tensão de
+5 V não saia da especificação, a tensão de +12 V acaba subindo. O quanto sobe é algo que vai depender das cargas aplicadas e do projeto da fonte.

O inverso também pode acontecer: mantendo‐se a mesma carga em +5 V, mas aumentando a carga em +12 V, a tensão de +5 V sobe. É por isso que muitas fontes
que têm a regulação de tensão interligada entre +5 V e +12 V têm dificuldades em manter as tensões das linhas de +5 V e +12 V em ordem em testes extremos de
cargas cruzadas, principalmente quando a linha de +5 V é mais carregada e a linha de +12 V menos carregada (aqueles em que se carrega o máximo possível as linhas
de +3,3 V e +5 V, e se deixa a carga na linha de +12 V lá em baixo). A fonte fica numa espécie de encruzilhada quando utilizam cargas cruzadas extremas. Na
situação onde a carga de +12 V é pequena, mas há uma carga gigantesca na linha de +5 V, a linha de +5 V fica no seu valor de tensão mínimo e a de +12 V fica com
seu valor no máximo. Se subir a tensão em +5 V, sobe na da linha de +12 V. Se baixar a tensão da linha de +12 V, a tensão da linha de +5 V também cai. Na outra
situação, onde a carga de +12 V fica no máximo e a carga de +5 V no mínimo, as coisas também se complicam. Um paliativo que ajudaria consideravelemente seria
diminuir na etiqueta os limites de corrente para a linha de +5 V. Isso faria com que a tensão da linha de +5 V subisse para os níveis apropriados e a de +12 V baixasse
para os níveis apropriados. O ideal seria utilizar um mecanismo de regulação de tensão independente, mas isso aumenta o preço da fonte.

Também é possível que alguns testes de carga progressiva que gostam de aplicar uma carga maior nas linhas de baixa tensão, apresente uma fonte cuja regulação
de tensão em +12 V tome um caminho ascendente. Isso é mais comum de acontecer quando a carga em +5 V acaba sendo proporcionalmente maior aos seus limites
do que a carga aplicada em +12 V, e depende da diferença nos extremos do polígono de cargas. Em outras fontes, este tipo de teste pode passar uma falsa sensação
de estabilidade na linha de +12 V, que pode ocorrer às custas da regulação em +5 V, e em alguns outros, a imprssão nde uma linha de +12 V instável. Uma carga
menor em +5 V com uma carga maior em +12 V demonstraria então uma variação mais próxima ao que realmente acontece com a tensão da linha de +12 V com a
fonte dentro de um PC.

Isso não significa que testes que apliquem maiores cargas nas linhas de baixa tensão estejam equivocados ao fazer isso. Na maioria das fontes modernas, a
regulação de tensão de +12 V acaba se comportando bem, considerando‐se as cargas de PC. Sabendo‐se disso, eles preferem aplicar uma carga maior nas outras
linhas para terem uma noção melhor de como estas outras linhas se comportam. Outros preferem manter um meio termo, aplicando uma carga intermediária entre
o consumo de um PC e o máximo possível de ser aplicado nas linhas de baixa tensão.

Este tipo de mecanismo de regulação de tensão, embora possa ser considerado obsoleto, está largamente presente em fontes de baixo custo. Embora não
represente um problema de real gravidade, como possa parecer. Mas é bom ter a oportunidade de ver fontes de baixo custo que tenham regulação de tensão
independente estres as linhas. Para isto, posto aqui um exemplo de uma fonte que funciona bem sobre este aspecto, sem cobrar muito mais por isso: a OCZ ZS
Series 650W (testes do TechPowerUp).

http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/qual­e­a­relacao­entre­carga­e­desempenho­de­uma­fonte.388854/ 4/10
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Não posso deixar de comentar a questão da regulação de tensão em fontes mais antigas, onde se chega ao ponto de utilizar retificadores “rápidos” na linha de +12
V e retificadores mais fortes na linha de +5 V. Obviamente que há uma razão para isso: essas fontes foram projetadas nos tempos em que os computadores
demandavam mais da linha de +5 V. Portanto, deveriam ter uma capacidade de conseguir fornecer uma corrente maior para esta linha. O projeto destas fontes não
previa que fossem aplicar baixas cargas na linha de +5 V e exigir mais da linha de +12 V. Resultado: regulação de tensão pobre na linha de +12 V, ficando abaixo do
permitido pela especificação ATX. Isso sem contar os testes que acabam por sobrecarregar esta linha.

As fontes atuais de entrada, embora ainda conservem esse mesmo tipo de regulação de tensão, sofreram ajustes no projeto para trabalhar com cargas menores na
linha de +5 V, através dos controles PWM. Ou seja, temos aqui cenários opostos: as fontes antigas são projetadas para trabalharem com cargas maiores em +5 V,
enquanto as fontes modernas são projetadas para trabalhar com cargas menores nesta linha.

Até o momento, eu abordei apenas os resultados dos testes para a regulação de tensão. Falta um item importante: níveis de oscilação e ruído. Ao contrário de
uma fonte com regulação de tensão dedicada para cada linha, aqui os resultados em cada linha dependem além da carga individual de uma linha, de quanto as
outras linhas estão sendo carregadas, embora o quanto isso possa afetar a primeira linha vá variar de fonte para fonte. Um exemplo prático disso está neste gráfico
de oscilação da linha de +3,3 V da NZXT HALE90 850W.

http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/qual­e­a­relacao­entre­carga­e­desempenho­de­uma­fonte.388854/ 5/10
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Pode então surgir as seguintes perguntas: aqueles níveis entre 30 a 40 mV, localizados lá na parte superior direita do gráfico, podem ser considerados níveis altos?
Podem sim. Reprovam a fonte? Não. A fonte pode ser considerada medíocre por conta disso? Esta é uma resposta que quem lê é que deve formular. Mas devo
lembrar que me parece até ser uma exceção. A Sentey Golden Steel Power SM 850W apresentou resultados melhores de oscilação e ruído para uma carga basante
próxima à essa.

Esse tipo de situação gera um pensamento particularmente interessante, que é o que aconteceu com os níveis de oscilação e ruído da 3R System Iceage. Um
pouco mais de carga na linha de +3,3 V poderia fazer com que essa fonte saísse das especificações. A linha que separa uma fonte boa de uma fonte ruim não pode
ser tão tênue assim.

Bom, ainda temos mais uma questão: eficiência. É comum dizer‐se que ela cai conforme o aumento da temperatura. Essa afirmação é correta. Porém, a
temperatura não é o único fator. Entram também a tensão de entrada (quanto maior a tensão de entrada, maior a eficiência), a relação potência combinada
aplicada versus potência combinada oferecida pela fonte, e as cargas aplicadas individualmente em cada linha. Normalmente, cargas maiores aplicadas nas linhas
de +3,3 V e +5 V resultam em uma eficiência menor. Dada uma fonte de 650 W em carga máxima combinada, com 620 W na linha de +12 V, a eficiência será maior se
for aplicada uma carga 620 W na linha de +12 V com mais 30 W nas demais linhas do que uma carga 500 W na linha de +12 V com 150 W nas demais linhas. Este gráfico
da PC Power & Cooling Silencer MKIII 400W dá uma noção de como é a coisa.

Agora gostaria de compartilhar com vocês algumas situações que me chamaram a atenção pela discrepância gigantesca entre os resultados. Lidar‐se com resultados
diferentes é complicado. Imagine então quando eles são extremamente diferentes, apesar de utilizarem cargas similares. O problema aqui se chama variação de
amostra para amostra. Muitas vezes é causado por algum defeito específico na unidade testada, não significado necessariamente que a fonte seja ruim. Pelo
contrário: pode ser apenas uma fonte boa com algum defeito de fábrica, algum defeito extremamente pontual.

Como o primeiro grupo de exemplos, conto aqui os resultados dos testes da Thermaltake Toughpower 1500 W e da Corsair HX1000 no X‐bit Labs. Na primeira bateria
de testes, estas fontes demonstraram um péssimo desempenho no quesito regulação de tensão: havia sérios problemas com a linha de +3,3 V. Algum tempo
depois, foram feitos novos testes com estas fontes, e embora os resultados para a linha de +3,3 V não tenham sido top de linha, pelo menos dava para considerá‐
los como bons.

Outro exemplo interessante é o da Thermaltake Toughpower Grand 1200W. O HardOCP concedeu o selo “Fail”, alegando que a primeira amostra testada estava
operando fora das especificações. Interessante notar que em outros sites, apesar desta fonte não ter obtido nenhum resultado espetacular, não obteve resultados
que possamos considerar ruins. Tanto é que quem lê o teste do HardOCP por inteiro, se surpreende com o selo, pois o teste demonstrou resultados que embora
não sejam bons, estavam longe de serem ruins. Resumindo: a primeira amostra testada era defeituosa. Mas não acaba por aqui: temos testes também do
TechPowerUp e do Oklahoma Wolf. Aí acontece um detalhe bastante curioso: o desempenho totalmente diferente no primeiro teste de cargas cruzadas. No do

http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/qual­e­a­relacao­entre­carga­e­desempenho­de­uma­fonte.388854/ 6/10
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Oklahoma e no do TechPowerUp, a fonte passou, dentro de uma margem de 5%. Um detalhe interessante é que estes dois testes trabalharam com padrões de carga
parecidos. O do Portal
TechPowerUp
Adrenaline mostrou uma regulação de tensão melhor em +5 V do que o de Oklahoma Wolf, enquanto que a regulação de tensão em +3,3 V se saiu
mal no TechPowerUp, mas resultados bons nos testes de Oklahoma. Os níveis de oscilação e ruído também apresentaram resultados diferentes. No final das contas,
foram considerados resultados medíocres. Já no PC Perspective, chegou a receber selo de recomendação.

Agora vamos ver então o que aconteceu com os testes das NZXT HALE82, que na verdade são Sea Sonic M12II Bronze remarcadas.

As NZXT HALE82 passaram com bons resultados em alguns testes, mas não passaram direito em outros. Tudo correu muito bem no X‐bit Labs, no TechpowerUp e no
HardOCP. Os problemas ocorreram nos testes do Clube do Hardware e de Oklahoma Wolf.

O Clube do Hardware fez uma observação curiosa nos testes de sobrecarga: não conseguiram puxar mais do que 62 A na linha de +12 V, porém puxaram bastante nas
linhas de +3,3 V e +5 V. Por que terá sido? Formulemos uma hipótese: esta fonte fonte possui conversão DC‐DC. A conversão DC‐DC consiste na geração das linhas
de +3,3 V e +5 V a partir da linha de +12 V. Se conseguiram puxar tudo isso na linha de +3,3 V e +5 V, então com uma carga menor nestas linhas e uma carga maior em
+12 V, dá para puxar mais. Então existe alguma coisa impedindo que a linha de +12 V seja mais carregada. Coloquemos ainda que o HardOCP e o TechPowerUp
conseguiram colocar cargas maiores nestas linhas sem problema algum. O que seria mais plausível então do que um defeito no circuito de sobrecarga de corrente
da amostra testada no Clube do Hardware?

Aí vamos para os testes de Oklahoma Wolf. Foi relatado então problemas com níveis altos de ruído elétrico. A razão? Percorrendo o fórum para ler os comentários,
chegou‐se à conclusão que a provável fonte do problema era a qualidade da solda. O autor do teste contou que jogou ar quente sobre a placa de circuito e que
depois disso, os resultados voltaram ao normal. Em nenhum dos outros sites foi reportado tamanhos tamanhos níveis de ruído na saída da fonte.

Mais dois casos, para fechar:

1. Antec HCP‐1200: encontrei resultados capengas no X‐bit Labs e no TechPowerUp em relação à linha de +3,3 V e bons resultados no HardOCP e no JonnyGuru.
Curioso que no JonnyGuru eles exigiram mais da linha de +3,3 V do que no techPowerUp.
2. Corsair AX1200: a fonte mostrou melhores resultados nos testes de Oklahoma Wolf. Já no TheLab o resultado para a linha de +3,3 V foi apenas mediano. No X‐bit
Labs, o resultado mediano saiu para a linha de +5 V. A linha de +3,3 V neste teste se mostrou bastante estável.

Depois destas seis páginas (é o que deu escrevendo no LibreOffice Writer, sem contar as imagens), pergunto o que eu mesmo penso de tudo isso. Pergunto a mim
mesmo o que dizer para as considerações finais. Então, penso que os resultados de testes de fontes não devem ser vistos de maneiras absolutas. Devemos levantar
hipóteses, comparar com resultados de outros sites, verificar a metodologia... Afinal, metodologias diferentes acabam por levar à resultados diferentes. Ler testes
de fontes não é apenas analisar os resultados. É analisar as circunstâncias que levaram a fonte a obter aqueles resultados, pois os resultados, por si só, não dizem
tudo.
Última edição: 11/03/2012

11/03/2012

NyanDere
Protect Sei.
Moderador

Acho que seu texto merece aplausos. Análise de testes de fonte não são bem compreendidos para a maioria das pessoas. Até para mim é trabalhoso ficar lendo
vários testes para chegar a uma conclusão, imagine então para a grande massa de pessoas que pouco entende de fonte. Porém, você não sabe que previlégio você
dá a nós daqui do Brasil dando a oportunidade para apontar essas deficiências. Acho que pessoas de fora também ficariam interessadas nesse tipo de texto.

Agora, vou deixar minha palavra sobre isso. É provável que os testes também sejam diferentes pelo tipo de equipamento usado. Se não me engano, o SunMoon do
CDH não consegue simular cargas superiores a 62A em +12V. Depois tem o outro equipamento que o Crmaris (quem faz os testes da TPUP!) possui. Se não me
engano, ele tem um testador personalizado que ele chama de Faganas e testadores Array. Acho que dos testes de fontes espalhados pelo mundo, o do Crmaris é o
que está mais bem equipado, depois vem os testes da ITOCP (site chinês) que o Travis do JonnyGuru costuma contribuir e a XbitLabs. Se não me engano, o Jonny e
o Oklahoma Wolf dispõe de um Tektronix, só não lembro qual modelo. Os testes mais antigos eram feitos com um modelo de SunMoon diferente dos testes do
Gabriel Torres. Isso tudo pode influenciar nos resultados também. Além disso, a maioria deles não possuem os testes de funcionamento e ruído de
ventoinha/bobina que por exemplo, a SPCP tem. Mas os exemplos de metodologias diversas não se resumem aos que você expôs, posso citar outros que me
intrigam mais inclusive:

Então, veja até que a Seasonic SS‐1000XP não é livre de interpretações diversas. Vou falar do ripple que ela apresentou no teste do Crmaris e no do Oklahoma Wolf.
Nos testes do Crmaris, a fonte detectou um ripple máximo de 20mV em +12V, enquanto os testes do Oklahoma Wolf detectaram 50mV. Mas por que isso?
Metodologias diferentes, o Oklahoma Wolf faz testes de cargas progresssivas, enquanto o Crmaris testa mais possibilidades de carga, e nesse caso, o teste do
Crmaris esteve mais próximo do espectro de carga de um PC atual.

Outra coisa também é a avaliação interna da fonte... Eu lembro da XFX 1250, testada pelo Crmaris e pelo Jonny (e não o Oklahoma). O Jonny apontou que a fonte
teria quatro barramentos de +12V, contradizendo a filosofia Single‐Rail (ops, Easy‐Rail) da XFX. Já o Crmaris só viu um único barramento e ainda disse que foi uma
das melhores fontes que ele já testou. Outros testes sequer dissecam a fonte para dizer qual é o nome de cada equipamento. Quando vi testes de fontes Super
Flower (internamente as Golden Green, Golden King e Silver/Blue Butterfly são praticamente semelhantes), teve alguns testes que a pessoa em questão nem teve
o trabalho de dissecar a fonte, pois já julgava que ela teria os mesmos componentes. É fods.

Bem, fica um alerta para cada um que vai tentar ler os testes por aí. Tem gente que acha que só o selo de aprovação ou a nota é o suficiente, mas não é. Esse
tópico merece um destaque.
11/03/2012

Internet
Explorer
Registrado

progamer disse: ↑

Acho que seu texto merece aplausos. Análise de testes de fonte não são bem compreendidos para a maioria das pessoas. Até para mim é trabalhoso ficar
lendo vários testes para chegar a uma conclusão, imagine então para a grande massa de pessoas que pouco entende de fonte. Porém, você não sabe que
previlégio você dá a nós daqui do Brasil dando a oportunidade para apontar essas deficiências. Acho que pessoas de fora também ficariam interessadas nesse
tipo de texto.[/QUPTE]

http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/qual­e­a­relacao­entre­carga­e­desempenho­de­uma­fonte.388854/ 7/10
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Que exagero!!!! Fora que acho que nem teria condições de traduzir isso tudo no momento.
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11/03/2012

NyanDere
Protect Sei.
Moderador

inacho disse: ↑

Que exagero!!!! Fora que acho que nem teria condições de traduzir isso tudo no momento.

Talvez não, mas daqui a um ano traduzo isso quando meu japonês estiver tinindo.

inacho disse: ↑

São 33 A de limite por cada entrada. Como o equipamento dispõe de duas delas, são no total 66 A. Essas limitações de ter apenas duas entradas já prejudicou
algumas fontes. Mas as avaliações foram feitas sem considerarem isso.

Estava tentando lembrar de como era feito os testes, mas é isso mesmo. Tá na hora do GT dar uma carteira de INSS pro seu SunMoon ou então comprar mais um.

inacho disse: ↑

É muito estranho. Para uma fonte poder desarma por sobrecarga de corrente daquele jeito, é necessário ter um circuito que suporte esse tipo de proteção e
vários sensores de correntes. Acho que o problema foi falta de atenção na parte interna da fote.

Só pode. Sei lá, as pessoas no JG viram isso como o fim da picada.

inacho disse: ↑

Mas ambos aplicaramcargas quase iguais. A diferença de 1 A a menos na linha de +12 V no TPUP.... Em nenhum momentos nos testes de cara cruzada do TPUP
ela pássou de 20 mV nesta linha... O HardOCP, que tradicionalmente é o teste que mais exige desta linha em testes de carga rpogressiva clássica, só reportou
30 mV. Diferença de amostra para amostra. Dentro de determinados limites, acho que é normal... É que nem os casos que eu listei no final, com as
Thermaltake Toughpower Grand, Corsair AX1200, enfim...

Mas pra mim soa muito esquisito uma fonte da Seasonic ter um ripple de 50mV. Baixíssimo ripple é quase como se fosse lei em fontes dessa fabricante. Não sei se é
influência do testador, mas vi resultados praticamente iguais na Kingwin LZP‐1000 tanto nas mãos do Oklahoma Wolf quanto no do Crmaris.
11/03/2012

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