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Lúcia Helena de Oliveira, Demetrius Paparounis
EM MDEMULHERJá é Natal! Confira tudo o que rolou no especial de Natal em
Curitiba
EM EXAMEComo Gramado e Curitiba transformaram o Sul na região mais natalina
do país
EM SUPERConfira o espetáculo que é o Coral do Palácio Avenida em Curitiba
A espécie humana pode ser considerada a campeã do prazer sexual. Afinal, é capaz de
experimentar o orgasmo em qualquer época do ano, enquanto outros bichos só
desfrutam desse prazer no período do cio. Para chegar ao orgasmo, o sistema nervoso
ordena, em primeiro lugar, que os batimentos cardíacos acelerem, autorizando um
derrame do hormônio adrenalina. A substância faz o coração arrancar, por um bom
motivo: não pode faltar sangue para os músculos, na agitação do sexo. Esse mesmo
hormônio, despejado pelas glândulas suprarenais, faz ainda com que as artérias se
dilatem, facilitando a passagem do sangue. Este precisa estar oxigenado — daí que os
pulmões também aumentam o ritmo de trabalho; a respiração torna-se rápida e curta.
Toda essa superatividade física leva o corpo a esquentar, como um motor prestes a
fundir. E, feito a água do radiador de um carro, o suor passa a jorrar na pele, na tentativa
de controlar a febre do desejo.
No cérebro, por sua vez, um crescente número de neurônios passa a secretar substâncias
ativadoras de certas regiões, que são reconhecidamente o centro das sensações de
prazer. Foram elas, aliás, que comandaram aquelas reações do corpo, como o
aceleramento do coração. Até que, no limiar do esgotamento físico e da exaustão dos
neurônios, outra região cerebral, a do desprazer, contra-ataca com uma descarga de
endorfinas, para acabar com a festa — e com o risco de pane cerebral. Nos pequenos
espaços entre os neurônios, as endorfinas com forte efeito calmante vão se misturar às
substâncias excitantes liberadas pelas zonas de prazer. Assim, por alguns instantes,
tanto as áreas de prazer como a do desprazer entram no curto-circuito do orgasmo, e
mandam faíscas para outras partes do sistema nervoso. Entre elas, as responsáveis pelos
movimentos de certos músculos — eis o co-mando para o espasmo da ejaculação, que
sempre acompanha o gozo masculino.
No reino animal as coisas funcionam de forma mais ou menos parecida. “Mas, em geral,
as fêmeas dos mamíferos só topam o acasalamento quando estão no período do cio”, diz
o biólogo Ladislau Deutsch, de São Paulo, que afirma já ter “visto sexo até de macacos
africanos”. Segundo ele, durante a ejaculação, os mamíferos machos demonstram uma
forte sensação, semelhante ao orgasmo do homem. “Quanto às fêmeas, é impossível ter
certeza de que sentem alguma coisa.”
Ou seja, nesse aspecto, até que se prove o contrário, o sexo feminino dos seres humanos
é uma exceção. “O fato de a mulher ser privilegiada com a capacidade de sentir prazer
sexual nunca foi muito bem compreendido”, admite o geneticista Oswaldo Frota-
Pessoa, da Universidade de São Paulo, autor de livros sobre sexo e seleção natural. “No
macho, por causa da coincidência entre o orgasmo e a ejaculação, conclui-se que a
sensação prazerosa tem o papel de impulsionar o organismo a injetar seus
espermatozóides na parceira”, explica. “Já o orgasmo feminino, à primeira vista, parece
não ter função. É claro, porém, que existem algumas teorias para justificá-lo.”
Há quem postule, por exemplo, que o orgasmo da mulher surgiu quando seus ancestrais
se tornaram bípedes. Isso porque a nova postura criava a possibilidade de a fêmea sair
caminhando, logo depois da relação sexual. E, daí, a maioria do sêmen escorregaria
rapidamente para fora da vagina, sem dar muita chance de fecundação aos
espermatozóides. No entanto, o gozo deixaria os músculos do corpo completamente
relaxados. Desse modo, a tendência seria a mulher permanecer mais tempo deitada. A
teoria é polêmica — afinal, caminhar depois do sexo jamais foi um método
anticoncepcional. Estudos recentes mostram, ainda, que os espasmos ocorridos durante
o orgasmo transformam o útero numa espécie de sugador, facilitando, mais uma vez, a
entrada dos espermatozóides.
Uma coisa é certa: o prazer feminino, ao tornar a fêmea bem disposta para o sexo, foi
fundamental para libertar a espécie humana do cio. Para os seus indivíduos, todo dia
pode ser dia de acasalamento. A possibilidade do orgasmo, de que só os humanos
parecem ter consciência, torna o sexo uma tentação permanente. E, no cérebro, o centro
de todas as tentações — e de todas as aversões, também —, fica no chamado sistema
límbico.
Trata-se de uma enorme região, dividida em diversos núcleos, na parte interna da massa
cinzenta. Uma de suas principais estruturas é o chamado septo, que governa as
sensações de prazer. Na realidade, as emoções agradáveis também são criadas numa
área vizinha e maior: o hipotálamo, que ainda se responsabiliza pelas sensações de
fome, sede, frio e calor. Um terceiro núcleo desse sistema é o hipocampo, a sede da
memória. Finalmente, existe a amígdala, que é o grande centro de desprazer do sistema
nervoso. “Quando a gente estimula eletricamente essa área, no cérebro de cobaias,
notamos que elas sentem emoções desagradáveis, como medo ou raiva”, revela o
neurofisiologista Eduardo Pagani, de 29 anos, que faz pesquisas sobre o sistema
nervoso na Escola Paulista de Medicina. De acordo com ele, o orgasmo pode ser
considerado uma overdose das substâncias produzidas pelas células nervosas dessas
quatro estruturas do sistema límbico.
Não é à toa, a primeira escala das informações nervosas no sistema límbico é justamente
o hipocampo, aquela estrutura relacionada à memória. “Ele faz comparações com outras
imagens gravadas em seus arquivos, isto é, suas redes de células”, diz o pesquisador. A
partir disso, vem o veredicto: o hipocampo pode enviar as informações visuais àquelas
duas áreas ligadas ao prazer ou para a amígdala, relacionada ao desprazer.
O provável parceiro sexual, é claro, não se limita a estimular a visão. O tom da voz e,
mais adiante, quem sabe, o som de gemidos entram no cérebro pela área do córtex
dedicada à audição. As carícias chegam pelo tato; o cheiro pelo olfato; o sabor do beijo,
pelo paladar. O trajeto, porém, é sempre o mesmo, isto é, dos órgãos sensorias em
direção ao córtex e, a partir daí, ao sistema límbico. “Algumas vezes, os órgãos
sensoriais podem ser dispensados”, diz Pagani. “Pois a imaginação também consegue
estimular o córtex e, daí, o sistema límbico. Isso explica por que existem pessoas que se
excitam ao ver uma cena de filme ou uma foto de revista.”
A partir do momento em que clitóris e pênis são estimulados, surge uma via de mão
dupla. Os genitais não apenas recebem as mensagens de prazer, vindas do sistema
límbico, como enviam outras, reforçando a sensação agradável. Com isso, o sistema
límbico vai ficando cada vez mais acionado e, nessa altura, começa a interferir no
funcionamento de outras áreas cerebrais — especificamente daquelas ligadas às funções
involuntárias do corpo. É como se o cérebro desejasse que essa felicidade não tivesse
fim. Tudo se acelera, até que os organismos cheguem ao clímax, algo já comparado a
uma explosão, um curto-circuito — e por Dostoiévski à epilesia que o martirizava.
Anos rebeldes
A arte de enganar
Ciência do desejo
O exercício do sexo
As principais reações do organismo, durante o ato sexual
Pele: a face e outras áreas ficam ruborizadas, porque o hormônio adrenalina dilata os
vasos superficiais do corpo.
Pulmões: a respiração se torna rápida, para oxigenar o sangue, que circula mais
depressa.
3 – Unidas, as duas substâncias vão induzir a liberação dos hormônios FSH e LH, secre-
tados pela glândula hipófise, tam– bém situada no cérebro. Tanto o FSH como o LH
estimulam, por sua vez, a produção de espermatozóides e do principal hormônio sexual
masculino, a testosterona.
Na mulher:
1 – A capacidade de ter desejos sexuais também é desencadeada pelos hormônios
andrógenos (que promovem no homem o desenvolvimento masculino). Estes, embora
sejam tipicamente masculinos também são produzidos no organismo da mulher — só
que em dosagens menores, secretadas pelas glândulas suprarenais e pelos ovários.
3 – Mais uma vez, a dupla andrógeno-dopamina dispara a liberação dos hormônios FSH
e LH.
Em um primeiro momento, o pênis fica volumoso, mas permanece flácido até que o
volume das artérias alcance o ponto máximo: então, elas próprias, graças ao espaço que
ocupam, atrapalham o escoamento do sangue, apertando e obstruindo as veias da
vizinhança. “Como continua entrando muito sangue e pouco dele consegue sair, o pênis
termina ficando rígido”, diz Pagani. Segundo o especialista, um fenômeno semelhante
ocorre com o clitóris, no caso das mulheres — este órgão incha, mas não chega a se
enrijecer.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (11) mostra, no cérebro, como o álcool provoca a
sensação de prazer, que em caso de abuso, pode evoluir para o vício. A compreensão detalhada
do processo é importante porque aprimora o desenvolvimento de remédios contra o alcoolismo.
saiba mais
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Consumo moderado de álcool aumenta risco de cólicas e diarreias
Observando a imagem de dentro do cérebro dos participantes com a tomografia PET, os
cientistas conseguiram identificar regiões em que a endorfina – uma proteína que dá sensação de
prazer – é liberada: o córtex orbitofrontal e o núcleo accumbens.
“É algo que especulamos nos últimos 30 anos, com base em estudos com animais, mas não
tínhamos observado ainda em humanos”, disse Jennifer Mitchell, em material divulgado pela
Universidade da Califórnia, em São Francisco, onde ela trabalha.
“É a primeira evidência direta de como o álcool faz com que as pessoas se sintam bem”,
completou a autora da pesquisa publicada pela revista “Science Translational Medicine”.
O estudo comparou 13 pessoas que bebem muito com 12 que fazem um consumo mais
moderado do álcool. Nos dois grupos, a endorfina liberada no núcleo accumbens deu sensação
prazer. Por outro lado, quando a substância entrou no córtex orbitofrontal, apenas os que bebem
muito se sentiram mais intoxicados.
“Isso indica que o cérebro de quem bebe muito mudou de forma que é mais provável que eles
achem o álcool prazeroso, e pode ser uma dica de como o problema com a bebida se desenvolve.
A maior sensação de recompensa pode fazer com que eles bebam muito”, completou Mitchell.
Martin Portner
questionário.
trompas. Outra condição para que elas participassem do estudo era a de que o desejo sexual
estivesse presente antes da cirurgia. Na tentativa de restaurá-lo, elas foram tratadas com um
adesivo à base de testosterona. Como em todo estudo científico, metade do grupo recebeu
Depois de 12 semanas, Marianne se sentia outra mulher. O desejo sexual voltou na forma de
discretas fantasias, depois na descoberta das sensações eróticas por meio do próprio toque,
até que ela pôde entregar-se ao marido novamente e, pela primeira vez depois de quase três
A pontuação que comparava sua condição antes e depois do uso do adesivo mostrava 100%
de melhora. O que é mais estranho, paradoxal e inexplicável é o fato de Marianne ter sido
incluída no grupo de mulheres que recebeu placebo, não testosterona. Vale ressaltar que a
pontuação daquelas do grupo tratado com o hormônio masculino mostrou melhora de 250%.
Para Marianne, o importante era ter sua vida sexual de volta; estatística à parte, era isso que
bastava.
Washington em Washington, foi quem coordenou a pesquisa, financiada pela empresa Proctor
and Gamble, à época fabricante do adesivo com 300 microgramas de testosterona para
aplicação no abdome. Na avaliação de Simon a melhora obtida nas pacientes que receberam
placebo era consistente com a observada em outros estudos similares e poderia ser explicada
PRÉ-EXCITAÇÃO
Seja como for, como explicar a recomposição da vida sexual de uma mulher cujo desejo
desaparecera após a remoção dos seus ovários e que apenas se julgava tratada com um
medicamento? “Está tudo na cabeça” foi o que se leu em muitos blogs que comentaram o
à genitália através
de nervos,
hormônios,
neuropeptídeos e
Embora saibamos pouco sobre como o orgasmo realmente funciona, o conhecimento nessa
área cresceu muito desde os anos 20 e 30, quando hormônios sexuais como o estrogênio e a
testosterona foram identificados pela primeira vez; e desde os anos 40, quando o biólogo
americano Alfred Kinsey realizou os primeiros estudos sobre a sexualidade humana, que foram
Johnson. Esses pioneiros são responsáveis por uma nova compreensão do orgasmo, entendido
como a progressão linear de diversos estágios de reações mentais e corporais. Tudo começa
pela excitação que, no homem corresponde ao maior influxo de sangue no pênis e, na mulher,
progredindo até o orgasmo e culminando com a fase de resolução, em que os tecidos retornam
ao estado de pré-excitação.
PROGRESSÃO CIRCULAR
Nos anos 70, a psiquiatra Helen Singer Kaplan, do Programa de Sexualidade Humana do New
York Weill Medical Center, defendeu algo que hoje parece óbvio: a excitação sexual deve ser
precedida de desejo. No final dos anos 80, a ginecologista Rosemary Basson, da Universidade
Johnson. Para ela, o ciclo sexual é circular, e o desejo pode tanto preceder a estimulação
genital como ser desencadeado por ela. Da mesma forma, a satisfação poderia ocorrer em
DIVULGAÇÃO
Afinal, o que é o orgasmo? Para
neuromusculares no ápice da
University Press, 2006), ainda O FILME Kinsey – Vamos falar de sexo (2005) retrata a história do biólogo
que chocou a sociedade americana com seus estudos sobre sexualidade
não traduzido no Brasil, o
manifestação máxima, gerada pela soma gradual de estímulos provenientes dos receptores
Para o psicólogo Kent Berridge, da Universidade de Michigan, o prazer sexual pode ser descrito
como uma camada de “brilho” aplicada sobre a sensação, assim como o brilho aplicado sobre
o batom nos lábios. Do ponto de vista neural, o prazer seria representado por circuitos
cerebrais do sistema límbico que se somam ao processamento das sensações básicas. Assim,
o ponto de partida para o orgasmo é o estímulo; o resto é brilho. Brilho esse que é processado
O homem tem clara preferência pelos estímulos visual e tátil. Daí o sucesso de revistas como
Playboy, a bilionária indústria pornográfica, a masturbação freqüente, a facilidade e a rapidez
de junção entre mesencéfalo e diencéfalo, onde fica a área tegmental ventral. A intensidade
emoções.
cerebral. Assim como o cerebelo acompanha o andamento dos movimentos esperados numa
ação, acredita-se que ele também possa avaliar, prevenir e corrigir a interação emocional com
nessa parte do corpo, enviadas ao sistema nervoso central e processadas nos núcleos e
experimentadas. Um orgasmo de grande intensidade pode ser obtido pelo homem em cerca
feminino que usaram técnicas de imageamento cerebral ainda são poucos, mas já
mulher o estímulo inicial pode assumir várias formas. A urologista Jennifer Bermnan, do Centro
de Medicina Sexual Feminina da Universidade da Califórnia em Los Angeles diz que “as
concluiu que as mulheres também respondem com excitação aos estímulos visuais. Em
subjetivamente por meio de questionário e objetivamente com o rigiscan, que mede a rigidez
do pênis) a cenas onde aparecem mulheres. Homens homossexuais ficam excitados quando
há cenas com outros homens. Nesse estudo, entretanto, as mulheres se excitaram (com maior
ou menor percepção consciente) em resposta a uma ampla variedade de estímulos visuais que
incluíam imagens de homens, mulheres e até mesmo chimpanzés bonobos, conhecidos pela
“No momento do orgasmo, a mulher não percebe sentimentos”, disse Gert Holstege para uma
em participar de uma sessão de PET enquanto seus parceiros as conduziam até o orgasmo por
meio da estimulação do clitóris. Os resultados não foram muito diferentes dos observados nos
© PUSH PICTURES/CORBIS - LATINSTOCK
homens. O início da excitação é
primário de ambos os
hemisférios. O fenômeno
do hipocampo começa a
diminuir. O mesmo ocorre na TAL COMO OS HOMENS, as mulheres são capazes de se excitar com
estímulos visuais
amígdala, área raramente
orbitofrontal esquerda. Essas desativações permitem que a mulher entre num estado de
desinibição que não tem paralelo com nenhum outro estado biológico.
ansiedade precisam ser evitados a todo custo se a mulher deseja ter orgasmo; sabíamos disso,
mas agora podemos vê-lo acontecendo nas profundezas do cérebro”, disse Holstege.
supressão do medo para que o indivíduo possa ser remetido a um estado dissociado da
condição cognitivo-afetiva típica. Se o orgasmo parecia algo simples para os dois sexos, o
assunto tornou-se polêmico porque algo parece acontecer de maneira diferente nesse
Barry Komisurak e Beverly Whipple demonstraram que mulheres com tetraplegia resultante
de lesão medular são capazes de ter orgasmo, embora não tenham sensibilidade somática
alguma no tórax, abdômen, membros inferiores e genitais. Nelas o orgasmo foi causado pela
funcional cerebral.
mulheres chamam de
“profundo” e os pesquisadores,
de não-clitoridiano.
imageamento cerebral,
vaginal ativa duas áreas específicas: a região ventral do córtex cingular anterior e o córtex
insular. Ora, o que fazem essas regiões ativadas quando a regra é a desativação?
alguns anos o lugar que o amor romântico ocupa dentro do cérebro. Sua principal conclusão é
a de que os córtices insular e cingular anterior são ativados em fases avançadas da relação
duradouras.
Assim, é possível que esse mecanismo esteja por trás da entrega ao parceiro que a conduz ao
orgasmo integral. Muitas mulheres se queixam da ausência de sentimentos nos homens. Além
tenham uma dificuldade inata de se entregar à parceira nesse momento porque, para eles,
sexo é uma extraordinária e intensa viagem de prazer na direção do orgasmo, para si e para
a parceira. A mulher, por outro lado, valoriza a ligação durante a relação; nelas as sensações
de prazer são estabilizadas no cíngulo e na ínsula como elos de um vínculo duradouro com
A ativação dos córtices insular e cingular anterior e do núcleo paraventricular foi observada
hipófise posterior. Esse hormônio é responsável pela sensação de prazer quando a mãe tem o
seu bebê, mas também quando o pai segura o seu filho nos braços. Vários especialistas o
DAWIDSON FRANÇA
PRISÃO DOMÉSTICA
No extremo oposto, há os que discordam que o orgasmo seja um instrumento para a saúde
mental do indivíduo ou para a harmonia do casal. No livro Peace between the sheets (Frog,
2003), sem tradução para o português, a terapeuta de casais Marnia Robinson defende que a
acontece após o clímax. A dopamina está por trás da dependência do jogo, do álcool e de
outras drogas. Na visão de Robinson, os parceiros devem se unir mutuamente no prazer, sem
que a relação sexual seja necessariamente coroada com o orgasmo. Ainda assim, o êxtase é
a sensação buscada por milhões de homens e mulheres de todas as culturas. E não seria
exagerado dizer que a íntima cooperação entre neurônios e glândulas sexuais não tenha outro
relação entre testosterona e estrogênio. “Dê estrógeno a uma mulher com pouco desejo e ele
não será restaurado. Dê a ela testosterona, e o desejo voltará parcialmente. Dê a ela estrógeno
e testosterona, e o desejo voltará com força vulcânica.” Uma teoria em voga é a do chamado
mecanismo diversionista. A testosterona se liga a proteínas circulantes que via de regra atraem
moléculas de estrogênio; dessa forma, a testosterona é levada ao fígado para ser convertida
em outros produtos e o estrógeno fica livre para interagir com receptores cerebrais.
NOVO VIAGRA?
Pfaus tem estado sob a luz dos holofotes da ciência por ser o responsável pela descoberta de
uma substância que promete ser a maior potencializadora da vida sexual de todos os tempos
receptividade das fêmeas, que geralmente é a posição de lordose, para a busca ativa do
macho, e a movimentação intensa das orelhas. Além disso, elas davam pequenos saltos e
Assim como nas ratas, as reações de Marianne são coerentes com o efeito esperado; a
diferença é que ela o fez antecipadamente, respondendo ao placebo. Não obstante, o efeito
persistiu quando, mais tarde, ela ingressou no grupo que usou os adesivos de testosterona.
Como diz o psicólogo Denis Waitley, “ver é acreditar, mas acreditar também é ver”. É possível,
de fato, que Marianne não estivesse desprovida de testosterona e que a simples disposição de
se abrir ao mundo da fantasia fosse suficiente para pôr em curso, de forma sincronizada, a
Orgasmo ainda é um mistério para mulheres e homens, mas seja como for e com todas as
diferenças entre os sexos, é uma dádiva entre os prazeres. Talvez devamos ser agradecidos
por ainda não termos desvendado todos os seus mistérios. Quando o fizermos, é possível que
hypoactive sexual desire. James Simon et al., em Disorder Journal of Clinical Endocrinology &
The science of orgasm. Barry R. Komisaruk, Carlos Beyer-Flores e Beverly Whipple. The Johns
Brain activation during vaginocervical self-stimulation and orgasm in women with complete
spinal cord injury: fMRI evidence of mediation by the vagus nerves. B. R. Komisaruk et al., em
A MENTE É MARAVILHOSA
Hoje vamos falar sobre os 8 sinais que uma pessoa invejosa apresenta. Para
isso vamos começar esclarecendo o que é a inveja.
Costumamos dizer que a inveja é aquele sentimento ou estado mental no qual
existe dor ou infelicidade por não possuir o que o outro tem, sejam bens,
qualidades superiores ou outro tipo de coisa. Segundo o dicionário, definimos
inveja como a tristeza ou pesar do bem alheio, ou como o desejo de alguma coisa
que não se tem.
Agora que o significado está claro, convido você a se perguntar: “Como sei se
alguém sente inveja de mim?” Certamente cada um responderá esta pergunta de
forma muito diferente, porque cada pessoa possui um padrão de ações pré-
estabelecidas e aprendidas sobre este sentimento, dependendo da sua
experiência de vida.
Além disso, os sinais de uma pessoa afetada por esta emoção podem ser
muito sutis. A dica é ficar atento e verificar se, ao longo do tempo, esses sinais
se repetem com frequência. Então, será que a pessoa em questão sente inveja
de você?
A comemoração forçada. Você conta uma notícia muito boa para o seu amigo e
ele fica muito contente, a ponto de copiar os seus gestos de alegria,
expressões… mas você nota que o seu sorriso é pouco natural e forçado. Logo
você percebe que está fingindo. Por quê? Para que a sua inveja passe
despercebida.
A ajuda fantasma. O seu amigo lhe diz que sempre vai estar ao seu lado, tanto
para as coisas boas quanto para as ruins. Acontece que quando você mais
precisa dele para conseguir “aquilo” que fará você se sentir feliz, ele desaparece
com desculpas. Você se pergunta: “mas então, para que me disse que iria me
ajudar no que eu precisasse?”. Mesmo que ele tenha prometido, talvez não o
ajude. A inveja é muito ruim.
Rouba o seu mérito. Supondo que ele o ajude, diante do restante dos seus
amigos ele solta um “sem mim você não teria conseguido”.
Desanima você constantemente. Uma amizade sadia tem empatia, apoio e
cuidado mútuo. Pois bem, neste ponto a pessoa invejosa tem todo dia algum
“mas” ou alguma frase que tira toda a sua vontade de qualquer coisa.
De repente ela desaparece da sua vida. Tudo está indo super bem para você em
todos os sentidos e de repente o seu amigo desaparece da face da Terra sem
avisar. Você passa a vê-lo com menos freqüência, com desculpas para não se
encontrarem. Acontece que a sua felicidade atual é uma coleção de lembranças
de que a sua vida está mergulhada em muitas frustrações que prefere não se
atrever a trabalhar e seguir em frente, preferindo se afastar.
Critica os outros. Quando seu amigo critica outras pessoas com as quais se
relaciona na sua frente, certamente também fala mal de você. Então pergunte-
se: “Por que eu deveria ser uma exceção?” e tome uma atitude a respeito.
O que caracteriza as pessoas emocionalmente imaturas? As questões da maturidade
e imaturidade trazem consigo muitos mitos. As pessoas não admitem ser rotuladas ou
analisadas por um único aspecto. Cada um de nós é um recipiente no qual se misturam
diferentes formas de consciência: somos ignorantes e sábios, crianças e idosos,
maduros e imaturos. Somos uma mistura, embora dependendo do momento algumas
características se destaquem mais do que outras.
A imaturidade emocional pode ser definida como uma condição onde as pessoas não
renunciaram aos seus desejos ou fantasias da infância. Acreditam que o mundo gira ao
seu redor e está aí para satisfazer os seus desejos e fantasias, ou que a realidade deve se
ajustar ao que elas desejam. Da mesma forma, a maturidade emocional pode ser
definida como um estado de força e temperança que nos leva a comportamentos
realistas e equilibrados.
“A maturidade começa a se manifestar quando sentimos que nos preocupamos mais
com os outros do que com nós mesmos”.
– Albert Einstein –
Para estabelecer ligações com base na liberdade, somos obrigados a ter autonomia. No
entanto, as pessoas emocionalmente imaturas não têm uma noção clara do que
seja autonomia. Muitas vezes elas acreditam que satisfazer as suas vontades é um
comportamento autônomo, mas para assumir as consequências dos seus atos, elas
precisam dos outros para amortecer, esconder ou aliviar a sua responsabilidade.
5 maravilhosos relatos
budistas que o tornarão mais
sábio
julho 8, 2016 em Psicologia31 Compartilhados
Budismo vem da palavra “budhi”, que significa despertar. Por essa razão, a
filosofia budista é considerada a filosofia do “processo de despertar”. Um
processo pelo qual não apenas abrimos os olhos, como também o resto dos
sentidos e o nosso intelecto, de uma forma plena através de diferentes formas
como os microrrelatos budistas.
Queremos encorajar você com estes cinco relatos a deixar para trás a apatia,
desenvolver uma maior compreensão e se transformar em uma pessoa mais
sábia. Esperamos que você curta e experimente a sabedoria que carregam.
O budismo ensina que, além de cultivar o amor e a bondade, deveríamos
procurar desenvolver a nossa capacidade intelectual para alcançar um
entendimento claro.
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A xícara de chá
“O professor chegou na casa do mestre zen e se apresentou fazendo alarde de
todos os títulos que havia alcançado ao longo dos seus vários anos de estudo.
Depois, o professor comentou o motivo da sua visita, que não era outro senão
conhecer os segredos da sabedoria zen.
Em vez de lhe dar explicações, o mestre o convidou a se sentar e lhe serviu uma
xícara de chá. Quando a xícara transbordou, o sábio, aparentemente distraído,
continuou derramando a infusão de modo que o líquido se espalhou pela mesa.
O professor não pôde evitar chamar a sua atenção: “A xícara está cheia, já não
cabe mais chá”, ele avisou. O mestre deixou a chaleira de lado para afirmar: “Você
é como esta xícara, chegou cheio de opiniões e preconceitos. Salvo que a
sua xícara esteja vazia, não poderá aprender mais nada.”
O primeiro destes cinco curtos relatos budistas nos ensina que com a mente
cheia de preconceitos é impossível aprender e considerar novas crenças. É
preciso se “esvaziar” de velhos preceitos e estar aberto a novos ensinamentos.
O presente
“Buda estava transmitindo os seus ensinamentos para um grupo de discípulos
quando um homem se aproximou e o insultou com a intenção de agredi-
lo. Frente ao olhar dos ali presentes, Buda reagiu com absoluta tranqüilidade,
ficando quieto e em silêncio.
Buda respondeu com serenidade: “Se eu presenteio você com um cavalo mas
você não o aceita, de quem é o cavalo?“ O aluno, depois de ponderar por um
instante, respondeu: “Se a pessoa não o aceitar, continuaria sendo seu”.
Buda concordou e explicou que, mesmo que algumas pessoas decidissem
gastar o seu tempo presenteando insultos, sempre poderemos escolher se
queremos aceitá-los ou não, como faríamos com qualquer outro presente. “Se
você o pegar, estará aceitando-o, e se não, quem insulta você fica com o insulto
na suas mãos”.
Não podemos culpar aquele que nos maltrata porque é decisão nossa aceitar as
suas palavras em vez de deixá-las nos mesmos lábios de quem saíram.
Inteligência
“Uma tarde as pessoas viram uma anciã procurando alguma coisa na rua fora da
sua choça. ‘O que acontece, o que você procura?” perguntaram a ela. ‘Perdi a
minha agulha’ – ela disse. Todos os presentes começaram a procurar a agulha
com a anciã.
Com o passar do tempo alguém comentou: “A rua é comprida e uma agulha é algo
muito pequeno. Por que não nos diz exatamente onde caiu?” “Dentro da minha
casa” – indicou a anciã.
“Você está maluca? Se a agulha caiu dentro da sua casa, por que você está
procurando-a aqui fora? – disseram eles. “Porque aqui tem luz, mas dentro da
minha casa não”, disse ela.
O quarto relato budista nos lembra que muitas vezes, por conforto, procuramos
no exterior o que reside em nosso interior. Por que procuramos a felicidade
fora de nós mesmos? Por acaso a perdemos ali?
Não somos os mesmos
“Ninguém desenvolveu a benevolência e a compaixão como Buda na sua época.
Entre os seus primos estava o malvado Devadatta, que sempre sentia inveja do
mestre e sempre estava empenhado em deixá-lo em situação ruim, inclusive
disposto a assassiná-lo.