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INTRODUÇÃO
Caros amigos,
É com grande satisfação que damos início a mais um curso de Prática Forense Trabalhista aqui
no Pro Labore.
O objetivo é criar algo que realmente faça a diferença para a carreira do aluno, quer seja
aprimorando a técnica de petição inicial, defesa, recursos e a arte de fazer audiência.
Para tal, partiremos dos pontos mais elementares pois entendemos que, para se chegar ao topo,
tem que ser feito um bom trabalho de base.
Não mediremos esforços para que esta empreitada seja bem sucedida. Todos que nos conhecem
sabem que não trabalhamos com a hipótese de dar errado bem como sabem que o nosso lema é
“Comprometimento com o seu SUCESSO”!
Espero que este curso seja também um sucesso e um grande diferencial para a sua carreira.
Sinceramente,
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ROTEIRO – AULA 1
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Contrato de prestação de serviços advocatícios (Estatuto da OAB e Código de Ética Profissional) que
entre si fazem, de um lado, como advogados, ADVOGADO 1, brasileira, divorciada, inscrita na
OAB/MG sob o nº 999999, e ADVOGADO 2, brasileiro, casado, inscrito na OAB/MG sob o nº 888888,
ambas com escritório na cidade de Belo Horizonte, na Av. xxxxxx, nº 44444, conjunto 444, bairro
xxxxxx, CEP 99.999-999, Telefones (99) 9999-9999 e 9999-9999, FAX (99) 9999-9999 e, de outro
lado, como cliente, CLIENTE , brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob o nº 99.999.999-99, portador da
CTPS nº 9999, Série 9999-0/MG, com endereço em Belo Horizonte, MG, na Rua XXXXXX, nº 9999,
bairro XXXXX, CEP 99.999-999, mediante as seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA 2ª O cliente tem ciência de que arcará com todas as despesas necessárias para o
cumprimento do mandato e que, no caso de improcedência dos pedidos formulados na ação, arcará com
as despesas processuais e ainda pagará às advogadas contratadas a importância de dois salários mínimos
(valor vigente na época em que findo o processo). No caso de procedência dos pedidos, ao final da ação
e quando do recebimento dos valores a ele devidos, o cliente pagará aos advogados contratados, a título
de honorários, a importância equivalente a 20% (vinte por cento) do montante bruto a ser apurado na
liquidação da sentença, ficando os advogados contratados autorizados a reter, do valor levantado em
nome do cliente, os honorários contratados.
Parágrafo 1º Caso haja ação ajuizada sem pedido de condenação em valores ou havendo apenas
procedência de pedido declaratório, o cliente, ao final da ação, pagará às advogadas contratadas, a título
de honorários, a importância de dois salários mínimos (valor vigente na época em que findo o processo).
CLÁUSULA 3ª O cliente, que só poderá desistir do presente contrato dentro do prazo de sete dias a
contar desta data, já que neste ato já recebeu parte da prestação do serviço – art. 49 da Lei 8.078/90
(CDC), como orientações preventivas, comportamentais e jurídicas para a consecução dos seus
objetivos, declara que fornecerá aos advogadas os documentos e meios necessários à comprovação
processual de seu pretendido direito, sendo certo que toda a documentação não original deverá ser
fornecida em cópias autenticadas. Todas as despesas judiciais e extrajudiciais que decorrerem da causa
correrão por conta do cliente.
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CLÁUSULA 6ª Fica eleito o foro da Comarca de Belo Horizonte, MG para dirimir todo e qualquer
litígio decorrente deste contrato.
E por estarem justas e contratadas, as partes firmam o presente instrumento, em duas vias de
igual teor e para um só efeito, na presença das testemunhas abaixo.
ADVOGADO 1 CLIENTE
ADVOGADO 1
TESTEMUNHA 1 TESTEMUNHA 2
CPF: CI: CPF: CI:
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PROCURAÇÃO
Por meio do presente instrumento particular de mandato, NOME DO CLIENTE, brasileiro, solteiro,
inscrito no CPF sob o nº 999.999.999-99, portador da CTPS nº 99999, Série 999-0/MG, com endereço
em Belo Horizonte, MG na Rua XXXXX, nº 9999, bairro XXXXXX, CEP: 99.999-999, nomeia e
constitui como seus procuradores os advogados advogada 1, brasileira, casada, inscrita na OAB/MG
sob o nº 99.999; advogado 2, brasileiro, solteiro, inscrito na OAB/MG sob o nº 111.528; advogado 3,
brasileiro, solteiro, inscrito na OAB/MG sob o nº 101.393; advogado 4, brasileira, divorciada, inscrita
na OAB/MG sob o nº 99.999; todos com endereço na Av. xxxxxx, nº 9.999, conjunto 111, bairro xxxxx,
xxxxxx - MG, CEP 99.999-999, outorgando-lhes amplos PODERES para o FORO EM GERAL e os
ESPECIAIS para transigir, fazer acordo, firmar compromisso, substabelecer, renunciar, desistir, receber
intimações, receber e dar quitação, praticar todos os atos perante repartições públicas, órgãos da
administração pública direta e indireta, particulares ou empresas privadas, recorrer a quaisquer
instâncias e tribunais, em especial para ajuizar e acompanhar AÇÃO TRABALHISTA em face de
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, podendo fazê-lo em conjunto ou separadamente, realizando todos os
atos que se fizerem necessários ao bom e fiel cumprimento deste mandato, podem, inclusive,
SUBSTABELECER, com ou sem reservas de direitos.
As intimações devem ser feitas no nome dos procuradores XXXXXX (OAB/MG 999.999) e
YYYYY (OAB/MG 888.888).
________________________________________________
NOME E ASSINATURA DO CLIENTE
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SUBSTABELECIMENTO
As intimações devem permanecer sendo feitas no nome dos advogados indicados na procuração.
________________________________________________
NOME DO ADVOGADO SUBSTABELECEDOR
OAB/MG 999.999
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DECLARAÇÃO DE POBREZA
Eu, NOME DO CLIENTE, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob o nº 999.999.999-99, portador da
CTPS nº 9999, Série 001-0/MG, com endereço em Belo Horizonte, MG, na Rua xxxxx, nº 9999, bairro
XXXXX, CEP 99.999-999, DECLARO, para fins de obtenção do BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
GRATUITA na Justiça do Trabalho, que sou pobre no sentido legal, não possuindo recursos para arcar
com as custas e despesas processuais sem prejuízo do meu próprio sustento ou de minha família, nos
termos da Lei nº 1.060/50, da Lei nº 7.115/83 e do art. 790, §3º, da CLT.
________________________________________________
NOME DO CLIENTE
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CARTA DE CREDENCIAMENTO
_________________________________________
YYYYYYYYYYYYYYYYYY
PRESIDENTE DO SINDICATO
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AUTOR (nome completo – sem abreviaturas; nacionalidade; estado civil; profissão; CPF;
CTPS (série e número); PIS; identidade; endereço completo (tipo de logradouro; nome do
logradouro; número; complemento; bairro; CEP (*); município; UF)), por seu advogado ao
final assinado (procuração anexa), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor
AÇÃO / RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, que deverá seguir o RITO (SUMÁRIO /
SUMARÍSSIMO / ORDINÁRIO) em face de RÉU (denominação/razão social / nome da
pessoa natural; endereço completo; CNPJ (se pessoa jurídica) / CPF (se pessoa física), pelas
seguintes razões de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
5. DAS MULTAS
6. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
(Lembrar que não é obrigatória a indicação das provas na petição inicial, que podem ser
indicadas até em audiência – CLT, art. 840, 825 e 852-H).
Endereço completo do advogado para futuras intimações (art. 39, II, CPC)
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O seu cliente foi contratado na condição de faxineiro, em Belo Horizonte, mediante R$900,00
mensais, em 01/07/2009, sem CTPS anotada. Seu horário de trabalho era de 8h às 17h (2ª a 6ª
feira), com uma hora de intervalo, e de 8h às 12h (aos sábados), o que era cumprido com
regularidade, salvo 5 minutos antes ou depois, conforme registrado nos cartões de ponto criados
e fiscalizados pelo gerente da empresa contratante, de quem recebia ordens. No dia 31/08/2010,
foi dispensado mas nada recebeu além do salário do mês. Procurado no dia hoje para ver se
tinha algum direito pendente, pleiteie o que entender devido.
Nota: faz jus ao vínculo, assinatura de CTPS, recolhimento de FGTS sobre todas as verbas
remuneratórias (inclusive das verbas rescisórias), décimo terceiro de 2009, FVS + 1/3 e demais
verbas rescisórias (aviso prévio, 13º (9/12) e FP (3/12) + 1/3) e entrega das guias TRCT e
CD/SD.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO SUMARÍSSIMO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes
razões de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O autor foi contratado pelo réu, para exercer as funções de faxineiro, em Belo Horizonte,
mediante R$900,00 mensais, em 01/07/2009. No dia 31/08/2010, foi dispensado
imotivadamente sem cumprimento de aviso prévio.
2. DO VÍNCULO DE EMPREGO
Ocorre que a empresa não anotou a sua CTPS nem cumpriu as obrigações legais senão o
pagamento do salário mensal.
Conforme previsto nos artigos 2º e 3º da CLT, a pessoa natural que presta seus serviços de
forma pessoal, onerosa, não eventual e subordinada é empregado.
In casu, o autor, ao longo de todo o pacto, nunca se fez substituir por outrem, sempre prestou os
seus serviços de 2ª a sábado em atividade essencial à dinâmica empresarial do réu, mediante
uma contraprestação salarial de R$900,00 reais mensais. Ademais, sempre teve sua jornada
controlada e recebia ordens diretas do gerente da empresa contratante.
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3. DO FGTS
Ao longo de todo o pacto, não foi recolhida a importância de 8% da remuneração mensal na
conta vinculada do obreiro na Caixa Econômica Federal (Lei 8.036/90, art. 15). Assim, faz jus
ao FGTS sobre todas as verbas remuneratórias, inclusive sobre as rescisórias.
OU
De acordo com o art. 15 da Lei 8.036/90, todos os empregadores ficam obrigados a depositar,
até o dia 07 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da
remuneração do mês anterior. No caso em tela, tal importância jamais foi depositada. Assim, o
autor faz jus ao recebimento do FGTS incidente sobre as verbas remuneratórias de todo o pacto,
inclusive sobre as verbas rescisórias de natureza salarial (saldo de salário, aviso prévio e 13º
salário).
4. DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Estabelece o art. 1º da Lei 4.090/62 que, no mês de dezembro de cada ano, será paga pelo
empregador uma gratificação salarial no importe de 1/12 (um doze avos) da remuneração por
mês trabalhado ou fração igual ou superior a 15 dias. In casu, o autor não recebeu referida
gratificação. Assim, faz jus à gratificação natalina de 2009 (06/12.
6. DAS MULTAS
Como as verbas rescisórias não foram pagas no prazo de 10 (dez) dias contados da dação do
aviso prévio, conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da
multa prevista no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a
mora após a primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas
acrescidas de 50% (multa do art. 467 da CLT).
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
2) REQUER seja CONDENADO o réu a assinar a CTPS e a efetuar as anotações legais, bem
como a entregar as guias para saque do FGTS e seguro desemprego, bem como a pagar custas,
despesas processuais e, ao autor, as seguintes parcelas, acrescidas de correção monetária e juros
legais:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
Dá-se à causa o valor de R$8.004,90 (oito mil e quatro reais e noventa centavos).
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O seu cliente foi contratado na condição de faxineiro, em Belo Horizonte, mediante R$900,00
mensais, em 01/07/2009, conforme contrato de experiência de 90 dias anotado em sua CTPS.
Encerrado o contrato de experiência, nada recebeu a título rescisório. Pleiteie o que entender de
direito.
Nota: faz jus às verbas rescisórias: saldo de salário, 13º salário (3/12), FP (3/12) + 1/3),
recolhimento de FGTS sobre saldo de salário e 13º, bem como à entrega das guias TRCT.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO SUMARÍSSIMO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes
razões de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O autor foi contratado para exercer as funções de faxineiro, em Belo Horizonte, com salário de
R$900,00 mensais, em 01/07/2009, conforme contrato de experiência de 90 dias, anotado em
sua CTPS.
Assim, faz jus ao pagamento de saldo de salário (28 dias), 13º salário proporcional, férias
proporcionais (3/12) acrescidas do terço constitucional, bem como ao recolhimento do FGTS
sobre as verbas rescisórias de natureza salarial (saldo de salário e 13º salário) e à entrega da
guia TRCT– acompanhada da chave de conectividade - para saque do FGTS (garantida a
integralidade dos depósitos).
3. DAS MULTAS
Como as verbas rescisórias não foram pagas até o primeiro dia útil após o término do contrato,
conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “a” da CLT, faz jus ao recebimento da multa prevista
no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a mora após a
primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas acrescidas de 50%
(multa do art. 467 da CLT).
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
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1) REQUER seja CONDENADO o réu a entregar as guias para saque do FGTS, garantida a
integralidade dos depósitos, bem como a pagar custas, despesas processuais e, ao autor, as
seguintes parcelas, acrescidas de correção monetária e juros legais:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
Dá-se à causa o valor de R$3.075,30 (três mil e setenta e cinco reais e trinta centavos).
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O seu cliente foi contratado na condição de faxineiro, em Belo Horizonte, mediante R$900,00
mensais, em 01/07/2009, mediante contrato de experiência de 90 dias, conforme consta de sua
CTPS. Após o trabalho no dia 30/09/2009, foi informado de que, encerrado o contrato de
experiência, não tinha a empresa interesse em continuar com o vínculo mas nada recebeu a
título rescisório, ao fundamento de que a empresa se encontrava em dificuldades financeiras.
Pleiteie o que entender de direito.
Nota: Como laborou além de 90 dias, o contrato de experiência se transformou num contrato
por prazo indeterminado e, portanto, o obreiro faz jus às seguintes verbas rescisórias, típicas da
dispensa imotivada: saldo de salário, 13º (4/12), FGTS sobre saldo de salário e 13º salário, 40%
do FGTS, FP (4/12) + 1/3, bem como a entrega das guias TRCT e CD/SD.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO SUMARÍSSIMO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes
razões de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O autor foi contratado para exercer as funções de faxineiro, em Belo Horizonte, com salário de
R$900,00 mensais, em 01/07/2009, conforme contrato de experiência de 90 dias, anotado em
sua CTPS.
Assim, o termo final do contrato de experiência foi o dia 28/09/2009. Ocorre que o autor
trabalhou o dia 29/09/2009, ultrapassando tacitamente o limite máximo de 90 dias previsto para
o contrato de experiência (art. 445, parágrafo único da CLT). Desta, o contrato de experiência
se transformou num contrato por prazo indeterminado (art. 451, CLT).
No dia 29/09/2009, foi informado de que não tinha a empresa interesse em continuar com o
vínculo empregatício, o que configura uma dispensa imotivada, sem cumprimento do aviso
prévio, mas nada recebeu a título rescisório.
Assim, faz jus ao pagamento das seguintes verbas rescisórias: saldo de salário (28 dias), aviso
prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais (3/12) acrescidas do terço constitucional,
recolhimento do FGTS sobre as verbas rescisórias de natureza salarial (saldo de salário e 13º
salário) e aviso prévio (súmula 305, TST), multa de 40% do FGTS, bem como à entrega da guia
TRCT – acompanhada da chave de conectividade - para saque do FGTS (garantida a
integralidade dos depósitos) e da guia CD/SD para recebimento do seguro-desemprego, sob
pena de indenização substitutiva, caso o autor não o receba por culpa do réu (art. 186, Código
Civil).
3. DAS MULTAS
Como as verbas rescisórias não foram pagas até o décimo dia contado do ato do aviso prévio,
conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da multa prevista
no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a mora após a
primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas acrescidas de 50%
(multa do art. 467 da CLT).
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Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
1) REQUER seja CONDENADO o réu a entregar as guias para saque do FGTS, garantida a
integralidade dos depósitos, e do seguro-desemprego (sob pena de indenização substitutiva)
bem como a pagar custas, despesas processuais e, ao autor, as seguintes parcelas, acrescidas de
correção monetária e juros legais:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
Dá-se à causa o valor de R$4.167,78 (quatro mil, cento e sessenta e sete reais e setenta e oito
centavos).
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Nota: faz jus à rescisão indireta com o pagamento das verbas rescisórias. Como não tem outro
emprego, pode optar por continuar no labor (art. 483, §3º, CLT).
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, com pedido de
RESCISÃO INDIRETA, que deverá seguir o RITO ORDINÁRIO, em face de RÉU
(qualificação completa), pelas seguintes razões de fato e de direito.
3. DAS MULTAS
Caso as verbas rescisórias não sejam pagas até o décimo dia contado do último dia trabalhado,
conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da multa prevista
no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a mora após a
primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas acrescidas de 50%
(multa do art. 467 da CLT).
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
1) REQUER seja CONDENADO o réu a entregar as guias para saque do FGTS, garantida a
integralidade dos depósitos, e do seguro-desemprego (sob pena de indenização substitutiva)
bem como a pagar custas, despesas processuais e, ao autor, as seguintes parcelas, acrescidas de
correção monetária e juros legais:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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Nota: faz jus à conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada uma vez a não
existe sentença transitada em julgado com cumprimento de pena em regime fechado, condição
sine qua non para a justa causa, conforme previsto no art. 482, “d”, da CLT. Afastada a justa
causa, o empregado faz jus às verbas rescisórias típicas da dispensa imotivada.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO ORDINÁRIO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes razões
de fato e de direito.
No dia 20/04/2011, foi informado de que estava sendo dispensado por justa causa ao
fundamento de que fora denunciado pelo Ministério Público por ter praticado roubo no centro
de Belo Horizonte, no dia 26/03/2011.
Ocorre que, conforme defesa apresentada na ação penal (cópia anexa), o autor sequer praticara
o crime.
Mesmo que tivesse praticado o crime, a ação penal encontra-se em curso e, portanto, não
ocorrera a hipótese de justa causa prevista no art. 483, “d”, da CLT, segundo a poderá o
empregado ser dispensado por justa causa se houver sentença criminal, contra o empregado,
transitada em julgado.
Não ocorrendo a hipótese de incidência da norma, não há que se falar em dispensa por justa
causa e sim em dispensa imotivada.
3. DAS MULTAS
Caso as verbas rescisórias não sejam pagas até o décimo dia contado do último dia trabalhado, conforme
dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da multa prevista no § 8º do mesmo
artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a mora após a primeira assentada, deverão as
verbas rescisórias incontroversas ser pagas acrescidas de 50% (multa do art. 467 da CLT).
4. DO DANO MORAL
Além dos fatos narrados (ensejadores da suposta justa causa), o autor fora humilhado na frente dos
faxineiros por ele coordenados, tendo sido chamado de “ladrão, pilantra e safado” pelo preposto do
empregador.
Ora, além de não ter sido o autor injustamente acusado de um crime não cometera (o que caracteriza um
crime contra a sua honra), fora humilhado perante seus subordinados, o que resultou numa mácula à sua
imagem e à sua honra, provocando séria e profunda dor psíquica e grande constrangimento, o que é
passível de indenização, nos termos do art. 5º, X, da CR/88, em valor que deve ser arbitrado por este D.
Juízo, de forma a evitar a repetição do ato ilícito, bem como de forma a amenizar a dor sofrida pelo
reclamante.
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e hora
designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e acompanhe o
processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
1) REQUER seja CONDENADO o réu a entregar as guias para saque do FGTS, garantida a
integralidade dos depósitos, e do seguro-desemprego (sob pena de indenização substitutiva) bem como a
pagar custas, despesas processuais e, ao autor, as seguintes parcelas, acrescidas de correção monetária e
juros legais:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
REQUER a juntada de cartões de ponto, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegados na
exordial, nos termos dos art. 355 c/c 359, ambos do CPC.
REQUER os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA (Declaração de Pobreza anexa) por ser pobre no
sentido legal.
O seu cliente foi contratado na condição de coordenador de faxina, em Belo Horizonte, mediante
R$900,00 mensais, em 01/07/2010, conforme consta de sua CTPS. No dia 01/11/2010 tomou posse
como dirigente sindical após ser eleito por sua categoria profissional, com mandato de um ano. No
entanto, no dia 20/04/2011 foi informado de que estava sendo dispensado ao fundamento de ter
defendido, perante os trabalhadores que representa, interesses contrários aos da empresa. Faça o que for
possível por seu cliente.
Nota: faz jus à reintegração (antecipação de tutela – artigos 659, X da CLT e/ou 461, §3º do CPC),
tendo-se em vista a nulidade da dispensa e sua garantia de emprego, com o pagamento dos salários
vencidos (da data da dispensa até a efetiva reintegração), garantidas todas as vantagens legais,
contratuais e normativas. Na eventualidade de não ser reintegrado (pedido sucessivo), faz jus à
indenização substitutiva (aplicação do artigo 496 da CLT, por analogia ou Súmula 396, I do TST),
sendo-lhe devidos todos os créditos da data da dispensa até o final da estabilidade provisória, garantidas
todas as vantagens legais, contratuais e normativas. Neste caso, tendo-se em vista a dispensa imotivada,
o empregado faz jus, também, às verbas rescisórias típicas, além da baixa na CTPS.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá seguir o RITO
ORDINÁRIO, com pedido de TUTELA ANTECIPADA, em face de RÉU (qualificação completa),
pelas seguintes razões de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O autor foi contratado na condição de coordenador de faxina, em Belo Horizonte, mediante salário de
R$900,00 mensais, em 01/07/2010, conforme consta de sua CTPS.
a. No dia 01/11/2010 o autor tomou posse como dirigente sindical, após ter sido eleito por sua categoria
profissional, para exercício de mandato de um ano (tudo conforme ata de eleição, ata de posse e
correspondência protocolizada na empresa quando da candidatura e eleição do empregado, ora juntadas).
Com isso, e nos termos do art. 8º, VIII da CR/88, o autor faz jus à estabilidade provisória no emprego
até um ano após o término de seu mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
b. Ocorre que no dia 20/04/2011 o autor foi dispensado pelo réu sob o fundamento de que defendia,
perante os trabalhadores que representa, interesses contrários aos da empresa o que, decerto, configura
motivo injusto para a rescisão contratual. Assim, operou-se dispensa imotivada.
c. In casu, como o autor foi empossado no dia 01/11/2010 e possui mandato de um ano, certo é que sua
garantia de emprego perdurará até o dia 31/10/2012. Logo, a dispensa imotivada, ocorrida em
20/04/2011, se operou no período em que o autor estava em pleno gozo da garantia de emprego.
Portanto, deve ser reconhecida a nulidade da dispensa e, por conseguinte, determinada a imediata
reintegração no emprego, com o pagamento dos salários vencidos desde o ato da dispensa até a efetiva
reintegração, garantidas todas as vantagens advindas da lei, do contrato e dos instrumentos normativos,
incluindo recolhimentos para o FGTS, INSS, férias e gratificações natalinas.
Nos termos do art. 659, X, da CLT, a reintegração deverá ser determinada liminarmente em sede de
antecipação de tutela. Não obstante, presentes também os pressupostos de sua concessão (art. 461, §3º
do CPC), quais sejam, o relevante fundamento da demanda e o justificado receio de ineficácia do
provimento final.
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b. Ainda na eventualidade de não ser reintegrado, o que se admite apenas por argumentar, e em
razão da dispensa imotivada, o autor faz jus ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:
saldo de salário (20 dias de abril); aviso prévio indenizado; 13º salário proporcional (5/12) de
2011; recolhimento de FGTS sobre o saldo de salário, aviso prévio indenizado (Sumula 305 do
TST) e 13º salário proporcional; férias proporcionais (11/12) acrescidas do terço constitucional;
multa de 40% do FGTS, bem como à entrega da guia TRCT – acompanhada da chave de
conectividade - para saque do FGTS (garantida a integralidade dos depósitos) e da guia CD/SD
para recebimento do seguro-desemprego, sob pena de indenização substitutiva, caso o autor não
o receba por culpa do réu (art. 186, Código Civil).
Faz jus, ainda, à baixa na CTPS, com a data de 20/05/2011 (incluindo a projeção do aviso
prévio indenizado – OJ 82 da SDI-1do TST).
c. Como as verbas rescisórias não foram pagas no prazo de 10 (dez) dias contados da dação do
aviso prévio, conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da
multa prevista no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a
mora após a primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas
acrescidas de 50% (multa do art. 467 da CLT).
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo no qual requer, ainda, seja deferida a tutela antecipada quanto ao
pedido de número “1”, a seguir, cuja procedência será confirmada pela final sentença que,
julgando procedentes os pedidos, declarará a nulidade da dispensa para:
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REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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O seu cliente, sócio gerente de uma empresa em Belo Horizonte, informou-lhe que um de seus
funcionários, atual presidente eleito do sindicato da categoria profissional (empossado em
01/11/2010 e com mandato de 01 ano), contratado em 01/07/2010 na condição de coordenador
de faxina mediante R$900,00 mensais, descumpriu uma ordem direta de seu superior
hierárquico e, ainda, agrediu-o fisicamente. No mesmo dia da falta (20/04/2011), a empresa
resolveu suspender o contrato do empregado. Faça o que for possível por seu cliente para
efetivar a rescisão contratual do funcionário por justa causa.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
Em 01/11/2010, o requerido tomou posse como dirigente sindical de sua categoria profissional,
após ser eleito para o exercício de mandato de um (conforme correspondência protocolizada na
empresa quando da candidatura e eleição do referido empregado). Assim, nos termos do art. 8º,
VIII da CR/88, o requerido possui, desde o registro de sua candidatura até um ano após o
término de seu mandato, garantia de emprego, sendo vedada sua dispensa, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei, devidamente apurada por meio de inquérito judicial.
Ocorre que no dia 20/04/2011 o requerido, além de descumprir ordem direta de seu superior
hierárquico, passou a ofendê-lo fisicamente. Ato contínuo, o requerente suspendeu seu contrato
de trabalho (termo de suspensão, assinado pelo empregado, anexo), como medida preliminar à
instauração do presente inquérito judicial (art. 853 c/c 494 da CLT), o qual, patenteando as
faltas atribuídas ao requerido, quais sejam, insubordinação ao descumprir a ordem direta de seu
superior (art. 482, “h” da CLT) e ofensas físicas praticadas contra superiores hierárquicos (art.
482, “k” da CLT), deve ser julgado procedente, ultimando-se, via de consequência, a rescisão
judicial de seu contrato de trabalho por prática de falta grave, nos termos da lei.
Ao final, confirmada a dispensa por justa causa, serão devidos ao requerido apenas o saldo de
salário de 20 dias de fevereiro e o recolhimento do FGTS sobre o saldo de salário.
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Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do requerido no endereço supra para que compareça e apresente, em
dia e hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei,
e acompanhe o processo que, julgando procedente o pedido, declarará a existência das faltas
graves cometidas pelo requerido, determinará a rescisão do contrato de trabalho por justa
causa, com efeitos ex tunc desde a data de sua suspensão (20/04.2011), condenará o
requerido ao pagamento das custas e despesas processuais, autorizará a baixa de sua
CTPS bem como o pagamento das seguintes verbas:
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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* Estrutura geral – Exercício 7(a). Nos demais exercícios – 7(b), 7(c), 7(d) e 7(e) – apenas
acrescentaremos informações, mas a estrutura geral do silogismo permanece.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO ORDINÁRIO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes razões
de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
Ao longo de todo o pacto, o autor sempre laborou no horário de 08h as 12h e de 12h:30 as 17h,
de segunda a sábado, totalizando uma jornada de 48 horas semanais, conforme constam os
controles de freqüência.
Conforme art. 71 da CLT, por ter jornada superior a 6 horas de labor diário, faz jus o autor a um
intervalo de, no mínimo, uma hora para refeição e descanso. Uma vez que o obreiro gozava
apenas 30 minutos a título de intervalo, caso é de pagamento da integralidade do período
destinado ao repouso e alimentação como extraordinária, devidamente acrescida do adicional de
50%, nos termos do art. 71, §4º da CLT c/c OJ 307 da SDI-1/TST.
Restou, ainda, ultrapassada a jornada máxima semanal. Prevê a Constituição no art. 7º, XIII que
a carga horária máxima de trabalho diário é de 8 horas por dia e 44 horas semanais, sendo que,
havendo trabalho extraordinário, este terá remuneração superior em, no mínimo, 50% a do
normal (art. 7º, XVI da CR/88). No entanto, o autor laborava 51 horas semanais, sem receber
qualquer adicional. Logo, faz jus ao pagamento de, no mínimo, 07 horas extras por semana, ao
longo de todo pacto laboral, acrescidas do adicional de 50%.
Habituais as horas extras (tanto as relativas à extrapolação da jornada com as devidas em razão
da não concessão do intervalo mínimo intrajornada – OJ 354 SDI-1/TST), faz jus, ainda, aos
seus reflexos no repouso semanal remunerado, férias acrescidas do terço constitucional,
gratificações natalinas, aviso prévio, e FGTS acrescido da indenização de 40%.
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos, seja
condenado ao pagamento de custas, despesas processuais e, ao autor, as seguintes parcelas,
acrescidas de correção monetária e juros legais:
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1) 01 hora extra, no mínimo, acrescida do adicional de 50%, por dia laborado, pela ausência da
concessão do intervalo intrajornada mínimo de uma hora........ a apurar;
3) Reflexos das horas extras (tanto as devidas em razão da não concessão do intervalo mínimo
intrajornada como das relativas à extrapolação da jornada) no repouso semanal remunerado,
férias acrescidas do terço constitucional, gratificações natalinas, aviso prévio, e FGTS
acrescido da indenização de 40%............... a apurar.
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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Nota: O empregado apenas faz jus à equiparação salarial com o Sr. Bemfeitor dos Anjos (não
importa o tempo na empresa, mas na função – súmula 06, II, TST). As diferenças salariais
geram reflexos nas gratificações natalinas, nas férias acrescidas do terço constitucional, no
aviso prévio indenizado e no FGTS acrescido da indenização de 40%.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO ORDINÁRIO, em face de RÉU (qualificação completa), pelas seguintes razões
de fato e de direito.
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
2. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
O autor sempre exerceu as mesmas funções que o Sr. Bemfeitor dos Anjos, ora indicado como
paradigma, também empregado da ré, no mesmo estabelecimento em que laborava o
paragonado (na filial de Betim, o que é considerado, pela Súmula 06, X do TST, como mesma
localidade para fins de equiparação salarial – região metropolitana de Belo Horizonte).
Assim, o autor faz jus à equiparação salarial com o paradigma ora indicado, nos termos do art.
461, da CLT, bem como ao pagamento das diferenças salariais durante todo o contrato de
trabalho, com os seus reflexos nos 13ºs salários, férias acrescidas do terço constitucional, aviso
prévio e FGTS acrescido da indenização de 40%.
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Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO do réu no endereço supra para que compareça e apresente, em dia e
hora designados por Vossa Excelência, a defesa que porventura tiver, sob as penas da lei, e
acompanhe o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos, seja
reconhecida a:
1) Equiparação salarial com o paradigma indicado (Sr. Bemfeitor dos Anjos), determinando o
pagamento das diferenças salariais durante todo o contrato de trabalho, com os seus reflexos em
gratificações natalinas, férias acrescidas do terço constitucional, aviso indenizado e FGTS
acrescido da indenização de 40%.
................................................................................ a apurar.
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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O seu cliente foi contratado em 01/07/2010 por Prestadora Ltda. para prestar serviços como
faxineiro na empresa Tomadora S/A, em Belo Horizonte e mediante R$900,00 mensais,
conforme consta de sua CTPS. No dia 20/04/2011 foi informado pelo gerente da empresa
Prestadora Ltda. que seus serviços não eram mais necessários. Ocorre, porém, que até hoje nada
recebeu. Faça o que for possível por seu cliente.
AUTOR (qualificação completa), por seu advogado ao final assinado (procuração anexa), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO TRABALHISTA, que deverá
seguir o RITO ORDINÁRIO, em face de PRESTADORA LTDA. (qualificação completa) e
TOMADORA S/A (qualificação completa), pelas seguintes razões de fato e de direito.
O autor foi contratado pela 1ª corré, via contrato de trabalho por prazo indeterminado, nos
moldes da CLT, para exercer a função de faxineiro na 2ª corré.
Em que pese ser essa uma atividade-meio da 2ª corré e, por conseguinte, lícita a terceirização, a
sua inclusão e manutenção no pólo passivo da demanda se justifica, visto que alguns direitos do
autor foram lesados e que esta, 2ª corré, teve culpa in eligendo e in vigilando, da qual ressai sua
responsabilidade subsidiária pelos créditos trabalhistas do obreiro, nos termos da Súmula 331,
IV, do TST.
O autor foi contratado pela 1ª corré para prestar serviços para a 2ª corré, no exercício da função
de faxineiro, no dia 01/07/2010, mediante um salário de R$900,00 mensais. No dia 20/04/2011,
foi sumariamente dispensado.
Tendo em vista que a dispensa foi imotivada e que até o momento não foi dada baixa em sua
CTPS e não recebeu qualquer parcela rescisória, faz jus o obreiro à baixa de sua CTPS
(20/05/2011), considerando-se a projeção do aviso prévio (OJ 82, SDI-I), e ao pagamento de:
saldo de salário (20 dias); aviso prévio indenizado; 13º salário (5/12); recolhimento do FGTS
sobre o saldo de salário, 13º salário e aviso prévio; férias proporcionais (11/12) acrescidas do
terço constitucional; indenização de 40% sobre o FGTS; bem como à entrega da guia TRCT –
acompanhada da chave de conectividade - para saque do FGTS (garantida a integralidade dos
depósitos) e da guia CD/SD para recebimento do seguro-desemprego, sob pena de indenização
substitutiva, caso o autor não o receba por culpa do réu (art. 186, Código Civil).
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Como as verbas rescisórias não foram pagas até o décimo dia contado do ato do aviso prévio,
conforme dispõe o art. 477, § 6º, alínea “b” da CLT, faz jus ao recebimento da multa prevista
no § 8º do mesmo artigo, no importe de 01 (um) mês de salário. Caso perdure a mora após a
primeira assentada, deverão as verbas rescisórias incontroversas ser pagas acrescidas de 50%
(multa do art. 467 da CLT).
Isto posto, impedido de ver satisfeitas de forma espontânea as suas pretensões, REQUER seja
determinada a CITAÇÃO das rés nos endereços supra para que compareçam e apresentem, em
dia e hora designados por Vossa Excelência, as defesas que porventura tiverem, sob as penas da
lei, e acompanhem o processo até final sentença quando, julgados procedentes os pedidos,
REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o
depoimento do réu, a oitiva de testemunhas, a prova pericial e a documental.
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Nota: o cliente faz jus à dobra das férias (acrescidas de um terço) – art. 137, CLT.
Nota: o cliente faz jus à dobra das férias (acrescidas de um terço) – art. 137 c/c 145, CLT. OJ
386, SDI-I.
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