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GESTÃO DAS MARGENS DAS LINHAS DE ÁGUA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

DOCUMENTO DE APOIO NO ÂMBITO


DAS ÁREAS DA COMPETÊNCIA DA DGRN

julho 2014

Seminário
GESTÃO DAS MARGENS DAS LINHAS DE ÁGUA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
Lisboa, 14 de julho de 2014

16:00 MESA REDONDA


“A multifuncionalidade das margens das linhas de água: Obrigações, Limitações e Apoios”

Mod.DGADR 09.01 Rev. 03


ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..…..……3

2 - OBRIGAÇÕES E INTERDIÇÕES NO ÂMBITO DO PROGRAMA DE AÇÃO - DIRETIVA


NITRATOS ………………………………………………………………………………….……..…..3

3 - OBRIGAÇÕES E INTERDIÇÕES NO ÂMBITO DA GESTÃO DE EFLUENTES PECUÁ-


RIOS …………………………………………………………………………….……………......……9

4 – OUTRAS PERSPECTIVAS……………………………………………………………….……13

4.1 – Lei da Água - Medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribei-
rinhas e de protecção das captações de água……………………….……………………………13

4.2 – Delimitação dos perímetros de proteção das captações em águas superficiais destinadas
ao abastecimento público para consumo humano ………………………………………………………………14

Mod.DGADR 09.01 Rev. 03


1- INTRODUÇÃO

O presente documento apresenta a explanação teórica relativa à gestão das margens das
linhas de água nas explorações agrícolas e pecuárias, desenvolvida na perspetiva das
áreas da competência da DGRN e conexas.

Surge como documento de apoio ao Senhor Diretor-Geral da DGADR, numa mesa redon-
da em que será debatido o tema “A multifuncionalidade das margens das linhas de água:
Obrigações, Limitações e Apoios” , integrada no seminário “GESTÃO DAS MARGENS DAS
LINHAS DE ÁGUA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS”, promovido pela CAP.
Nesta óptica, são referenciadas as interdições, permissões e obrigações e respetiva legis-
lação regulamentar no âmbito:
- do programa de ação que implementa a diretiva nitratos em Portugal Continental,
- da gestão de efluentes pecuários – legislação conexa ao REAP.

São ainda abordadas duas áreas relacionadas com esta temática, que não são da compe-
tência direta da DGADR, mas que se articulam com as atuais competências da DGRN -
interdições, permissões e obrigações associadas:
- à Lei da Água, nomeadamente as medidas de conservação e reabilitação da rede hidro-
gráfica e zonas ribeirinhas e as medidas de protecção das captações de água,
- à delimitação dos perímetros de proteção das captações em águas superficiais desti-
nadas ao abastecimento público para consumo humano.

2- OBRIGAÇÕES E INTERDIÇÕES NO ÂMBITO DO PROGRAMA DE AÇÃO - DIRETIVA


NITRATOS

Em termos de condicionantes da actividade agropecuária, na gestão das margens nas


explorações hidroagrícolas, a pressão mais significativa é a da poluição difusa provocada
por nitratos de origem agrícola. Efetivamente, o Programa de Ação vigente (Portaria n.º
259/2012, de 28 de Agosto), é de aplicação estrita às Zonas

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Vulneráveis aos Nitratos, nos números 1), 2) e 5), já que os números 3 e 4 reportam às
águas subterrâneas, do artigo 7.º diz que:
“1 — Na aplicação de fertilizantes, devem ser respeitadas as seguintes distâncias míni-
mas de segurança relativamente à linha limite do leito de um rio ou ribeiro, ou de
um troço de rio ou ribeiro, ou de águas de transição, definidos como massas de
água superficiais pela Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de dezem-
bro, e revista e republicada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho:
a) Uma distância de 2,5 m de proteção em parcelas até 1 ha, inclusive, e
com IQFP (índice de qualificação fisiográfica da parcela) igual a 1;
b) Uma distância de 2,5 m de proteção em parcelas até 1 ha, inclusive, e
com IQFP superior a 1, quando armadas em socalcos ou terraços e nas
áreas integradas em várzeas;
c) Uma distância de 5 m de proteção em parcelas com mais de 1 ha e com
IQFP igual a 1;
d) Uma distância de 5 m em parcelas com mais de 1 há e com IQFP superior
a 1, quando armadas em socalcos ou terraços e nas áreas integradas em
várzeas;
e) Uma distância de 10 m de proteção em parcelas com IQFP igual a 2 ou a
3;
f) Uma distância de 15 m de proteção em parcelas com IQFP superior a 3.

2 — As áreas correspondentes às distâncias de segurança definidas no número anterior


não devem ser sujeitas a valorização agrícola de efluentes pecuários, a outras fertiliza-
ções, a mobilizações do solo ou instalação de novas culturas, exceto pastagens perma-
nentes ou floresta.

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Q1. - Interdição e respetivas exceções à actividade agropecuária na proximidade de
Legis
cursos de água

Fator condicionante Ações interditas Ações condicionadas Ação permitida

Portaria 259/2012 de 28 de agosto - Programa de Ação,


Aplicação de fertilizantes ---- ----

Mobilização do solo ---- ----


Em faixas de segurança
em relação à linha de
água em função do IQFP
Permitidas pastagens e
Instalação de culturas ----
floresta

artigo 7.º n.º 1 e 2


Valorização de EP ---- ----

Salvaguarda da

Em faixas de segurança proteção escorrências


Deposição temporária
de 15m a partir do leito ---- ou arrastamentoou
de estrumes
dos cursos de água arrastamento sempre
que ocorra pluviosidade

3 — Na aplicação de fertilizantes, devem ser respeitadas as seguintes distâncias mínimas


de segurança relativamente às captações de água subterrânea:
a) Uma distância de 5 m de proteção, quando as captações de água subter-
rânea se destinam a uso exclusivo para rega;
b) Uma distância de 20 m de proteção, quando as captações de água sub-
terrânea se destinam a outros usos.
4 — Nas áreas correspondentes às distâncias de segurança definidas no número anterior
são interditas a valorização agrícola de efluentes pecuários e outras fertilizações, sem
prejuízo do disposto em legislação especial.

5 — Na aplicação de efluentes pecuários e lamas, devem ser respeitadas as seguintes


distâncias mínimas de segurança:

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a) Na zona terrestre de proteção das albufeiras de águas públicas de serviço
público, uma faixa, medida na horizontal, com a largura de 100

m, contados a partir da linha do nível de pleno armazenamento (NPA), sem


prejuízo de, nos casos em que exista plano de ordenamento de albufeira de
águas públicas, o respetivo regulamento poder estabelecer uma faixa de
interdição com uma largura superior a 100 m;
b) Na zona terrestre de proteção das lagoas ou lagos de águas públicas
identificados no anexo I do Decreto–Lei n.º 107/2009, de 15 de maio, alte-
rado pelo Decreto–Lei n.º 26/2010, de 30 de março, que estabelece o regi-
me de proteção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das
lagoas ou lagos de águas públicas, uma faixa, medida na horizontal, com a
largura de 100 m, contados a partir da linha limite do leito da lagoa ou lagos
de águas públicas em causa, sem prejuízo de, nos casos em que exista pla-
no especial de ordenamento do território aplicável, o respetivo regulamento
poder estabelecer uma faixa de interdição com uma largura superior a 100
m;
c) Na zona terrestre de proteção das albufeiras e lagoas ou lagos não abran-
gidos pelas alíneas anteriores, devem ser respeitadas as distâncias mínimas
de segurança contadas a partir do NPA ou da linha do limite do leito, respe-
tivamente, conforme definidas no n.º 1.

6 — Nas faixas referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, são interditas as seguin-
tes atividades:
a) A pernoita e o parqueamento de gado;
b) A construção de sistemas de abeberamento, mesmo que amovíveis;
c) A aplicação de adubos numa distância de 20 m, contados a partir do
NPA”.

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Q 2.- Interdições e respectivas exceções à actividade agropecuária na proximidade de Legis
lagoas, lagos e albufeiras de águas públicas
Fator condicionante Ações interditas Ações condicionadas

Portaria 259/2012 de 28 de agosto - Programa de


Sem prejuizo do disposto no
Aplicação de EPs e de lamas
PEOT

Numa faixa de 100 m contados Sem prejuizo do disposto no


Pernoita e Parquamento de a partir do NPA da albufeira ou PEOT; é contudo permitido o
gado do leito das linhas de água de pastoreio não parquedo, durante
lagoas e lagos o dia

Ação, artigo 7.º n.º 5 e 6


Contruções de abeberamento Sem prejuizo do disposto no
de gado PEOT

Numa faixa de 20 m contados a


partir do NPA da albufeira ou do Sem prejuizo do disposto no
Adubação
leito das linhas de água de PEOT
lagoas e lagos

Na figura 1, apresentam-se de forma sucinta, as distâncias a que deve respeitar a aplica-


ção de produtos fertilizantes, em conformidade com o diploma atrás transcrito.

Figura 1. Distâncias da fertilização às massas de água

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De igual modo, o mesmo diploma (Portaria n.º 259/2012 de 28 de agosto), refere no
número 16, do artigo 10º que, e citamos:
“16 — É permitida a deposição temporária de estrumes no solo agrícola, em medas
ou em pilhas, com vista à sua posterior distribuição e incorporação no solo, para
valorização agrícola, desde que a referida deposição cumpra, cumulativamente, as
seguintes condições:
a) O local de deposição do estrume esteja localizado a uma distância mínima
de 15 m, contados da linha limite do leito dos cursos de água, e de 25 m,
contados dos locais onde existem captações de águas subterrâneas, sem
prejuízo do disposto na demais legislação aplicável;
b) A deposição temporária do estrume no solo, sem que haja distribuição e
incorporação no solo, não exceda um período superior a 48 horas ou, se o
solo for impermeabilizado e a meda protegida superficialmente, a 30 dias;
c) Seja assegurada a proteção das águas superficiais e das águas subterrâ-
neas face a eventuais escorrências ou arrastamentos, nos casos em que
ocorra pluviosidade”.

Q3. - Interdições e respectivas exceções à actividade agropecuária na proximidade das


Legis
restantes albufeiras, lagoas e lagos

Fator condicionante Ações interditas Ações permitidas


Portaria 259/2012 de 28 de agosto -
Programa de Ação, artigo 7.º n.º 5 c)

Numa faixa de segurança


contada a partir do NPA da
albufeira, ou do leito leito das
Aplicação de EPs e de lamas ----
linhas de água de lagoas e
lagos, e a parcela, em função
do IQFP

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Na figura 2, apresentam-se de forma sucinta, as distâncias às linhas de água, a que deve
respeitar a deposição temporária de estrumes sobre solo agrícola, tal como definido no
diploma atrás transcrito.

Figura 2. Distâncias de deposição temporária de estrumes às linhas de água

3 - OBRIGAÇÕES E INTERDIÇÕES NO ÂMBITO DA GESTÃO DE EFLUENTES PECUÁRIOS

A Portaria n.º 631/2009, de 9 de junho estabelece as normas regulamentares a que obe-


dece a gestão dos efluentes das actividades pecuárias e as normas técnicas a observar
no âmbito do licenciamento das actividades de valorização agrícola ou de transformação
dos efluentes pecuários, tendo em vista promover as condições adequadas de produção,
recolha, armazenamento, transporte, valorização, transformação, tratamento e destino
final.

Através da publicação desta Portaria, o governo decidiu legislar de forma integrada sobre
a questão da gestão dos diferentes efluentes pecuários, no desenvolvimento da regula-
mentação das actividades pecuárias, previstas no regime do exercício da actividade
pecuária (REAP), criando um quadro de licenciamento para encaminhamento destes
efluentes, no qual se dá prioridade à valorização agrícola, na perspectiva de devolver ao
solo os componentes minerais e a matéria orgânica necessários ao desenvolvimento
vegetal, promovendo, ainda, a redução da necessidade de adubações minerais e minimi-
zando os impactes negativos desses efluentes sobre o ambiente.

Visou -se adaptar e compatibilizar as normas relativas à gestão dos efluentes pecuários à
legislação em vigor, nomeadamente o Decreto -Lei n.º 122/2006, de 27 de Junho (regras

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sanitárias), a Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, e respec-
tiva legislação complementar, e, ainda, o regime geral da gestão de resíduos, aprovado
pelo Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro.

No que se refere à protecção das margens das linhas de água nas explorações agro-
pecuárias, este regime prevê quatro tipos de situação:

- Proteção relativamente à aplicação de EP e de outros fertilizantes orgânicos


(artigo 10.º ponto 3 alíneas c) e d), ponto 5 alíneas d) -i) e d) - ii)).
- Proteção relativamente à deposição temporária de estrume (artigo 10.º ponto
10 alínea a)).
- Proteção relativamente ao armazenamento de EP (Anexo I, n.º 2),
- Proteção relativamente a outras práticas culturais ( art.º 10.º - 5 d) – i) e ii) ).

Sobre estas situações, transcreve-se o que dispõe o artigo 10.º - Interdições e condicio-
nantes à valorização agrícola de efluentes pecuários e de outros fertilizantes, na matéria:

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior e no artigo 8.º, a valorização agrícola
dos efluentes pecuários e de outros fertilizantes está sujeita ao cumprimento das normas
previstas no CBPA e nas demais normas legais e regulamentares aplicáveis, encontrando
-se, ainda, condicionada ao disposto no PGEP, quando aplicável, aprovado pela DRAP ter-
ritorialmente competente.

3 — Sem prejuízo do disposto na demais legislação aplicável, a valorização agrícola dos
efluentes pecuários e de outros fertilizantes é interdita nas seguintes situações

c) Na zona terrestre de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público,
numa faixa, medida na horizontal, com a largura de 100 m, contados a partir da linha do
nível de pleno armazenamento, sem prejuízo de, nos casos em que exista plano de orde-
namento de albufeira de águas públicas, o regulamento do plano estabelecer uma faixa
de interdição com uma largura superior a 100 m;
d) Na zona terrestre de protecção das lagoas ou lagos de águas públicas constantes do
anexo I do regime de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das
lagoas ou lagos de águas públicas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 107/2009, de 15 de
Maio, numa faixa, medida na horizontal, com a largura de 100 m, contados a partir da
linha limite do leito da lagoa ou lago de águas públicas
em causa, sem prejuízo de, nos casos em que exista plano especial de ordenamento do
território aplicável, o regulamento do plano estabelecer uma faixa de interdição
com uma largura superior a 100 m;

5 — Sem prejuízo do disposto no Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, nos arti-
gos 36.º e 37.º da Lei da Água, na demais legislação aplicável e nos instrumentos de
planeamento das águas em vigor, e sem prejuízo das ARH ou
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Mod.DGADR 09.01 Rev. 03


das DRAP territorialmente competentes poderem determinar condições mais restritivas, a
valorização agrícola de efluentes pecuários e de outros fertilizantes deve, ainda, respeitar
as seguintes condições:

d) Na valorização agrícola de efluentes pecuários e de outros fertilizantes devem ser
asseguradas, como distâncias mínimas de segurança, as seguintes condições:
i) Quando o declive da parcela onde se realiza a valorização agrícola seja superior a 10
%, manter uma faixa tampão mínima de 5 m contados a partir da linha limite do leito
dos cursos de água, não sujeita a valorização agrícola de efluentes pecuários, outras fer-
tilizações, mobilizações do solo ou instalação de novas culturas, excepto as pastagens
permanentes, procurando assegurar ainda a manutenção
de uma barreira vegetal/ripícola e a cobertura vegetal na faixa tampão, quando justificá-
vel;
ii) A faixa tampão referida no número anterior pode ser reduzida para metade, caso o
declive da parcela seja igual ou inferior a 10 %, e sejam asseguradas as condições pre-
vistas na subalínea anterior;

10 — É permitida a deposição temporária de estrumes no solo agrícola, em medas ou em
pilhas, com vista à sua posterior distribuição e incorporação no solo, para valorização
agrícola, desde que a referida deposição cumpra, cumulativamente, as seguintes condi-
ções:
a) O local de deposição do estrume esteja localizado a uma distância mínima de 15 m
contados da linha limite do leito dos cursos de água e de 25 m contados dos locais onde
existem captações de águas subterrâneas, sem prejuízo da demais legislação aplicável;

c) Seja assegurada a protecção das águas superficiais e das águas subterrâneas face a
eventuais escorrências ou arrastamentos, nos casos em que ocorra pluviosidade.

O anexo I elenca as disposições relativas ao Armazenamento de efluentes pecuários. No


que se refer às distâncias de segurança relativamente à sua implementação, o seu n.º 2
refere então o seguinte:

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, as estruturas de armazenamento e


tratamento de efluentes pecuários não podem ser implantadas:
a) A menos de 10 m contados das margens das linhas de água;
b) A menos de 25 m contados dos locais onde são efectuadas captações de água, sem
prejuízo da demais legislação aplicável;
c) Nas zonas ameaçadas pelas cheias, tal como definidas na alínea ggg) do artigo 4.º da
Lei da Água;
d) Numa faixa, medida na horizontal, com a largura de 100 m contados a partir da linha
do nível de pleno armazenamento, no caso das albufeiras de águas públicas de serviço
público, e da linha limite do leito, no caso das lagoas ou lagos de águas públicas constan-
tes do anexo I do
regime de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das lagoas ou
lagos de águas públicas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 107/2009, de 15 de Maio.

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Apresentam-se dois quadros que resumem as interdições referidas:

Q4 - Interdição e respetivas exceções à actividade agropecuária na


Legislação
proximidade de cursos de água
Fator
Ações interditas Ações aconselhadas
condicionante
Valorização agrícola Se declive da parcela ≤10%:
de EP e de outros faixa tampão mínima de 2,5 m ----
fertilizantes relativamente aos cursos de

artigo 10.º n.º 5 d)I) e ii)


Mobilizações do solo água; ----
Se declive da parcela >10%:
Instalações de novas faixa tampão mínima de 5m

Portaria n.º 631/2009, de 09 de junho - GEP


culturas, excepto relativamente aos cursos de ----
pastagens perma- água
nentes
Assegurar a manu- Se declive da parcela
tenção de uma bar- ---- =<10%:
reira vegetal/ripícola 2,5 m dos cursos de
água
Assegurar a cobertu- Se declive da parcela
ra vegetal na faixa ---- >10%:
tampão 5 m dos cursos de
água

artigo 10.º n.º 10


Deposição temporá-
ria de estrumes no
solo agrícola, em
A menos de 15 m da linha

a)
medas ou em pilhas, ----
limite dos cursos de água
com vista à sua pos-
terior distribuição e
incorporação no solo
Na localização:
a) a menos de 10 m das mar-
gens das linhas de água;
Anexo I

Estruturas de arma-
b) A menos de 25 m contados
zenamento e trata- ----
onde são efetuadas captações
mento de EP
de água
c) Nas zonas ameaçadas pelas
cheias

Nota:
Declive (%) em Valor do IQFP da
40% da área ou parcela
mais da parcela
[0-10%] 1 Explicação:
]10-15%] 2 IQFP=3:
]15-25%] 3
a)40% ou mais da área da parcela têm uma inclinação entre 15 e 25%
]25-45%] 4
b) menos de 40% da área da parcela tem uma inclinação inferior a 15%
Declive (%) em Valor do IQFP da
60% da área ou parcela
mais da parcela
IQFP=5:
>45% 5 a)60% ou mais da área da parcela tem uma inclinação superior a 45%

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Q 5 - Interdições e respectivas exceções à actividade agropecuária na proximidade Legislação
de lagoas, lagos e albufeiras de águas públicas

Artigo 10.º
09 de junho - GEP

n.º 3 c) e
Portaria 631, de

n.º 3 d)
Fator condicionante Ações interditas Ações condicionadas

Valorização agrícola de EP e Sem prejuizo do disposto no


Numa faixa de 100 m conta-
de outros fertilizantes PEOT
dos a partir do NPA da albu-

Anexo
Estruturas de armazenamen- feira ou do leito das linhas de Sem prejuizo do disposto no

I
to e tratamento de EP água de lagoas e lagos PEOT

4 – OUTRAS PERSPECTIVAS

4.1 – Lei da Água - Medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e


zonas ribeirinhas e de protecção das captações de água

Por outro lado, a Lei n.º 58/2005 (Lei da Água), de 29 de dezembro, refere em b) do n.º
5 do seu artigo 33º “Medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e
zonas ribeirinhas” que:
“5—As medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica devem ser exe-
cutadas sob orientação da correspondente ARH, sendo da responsabilidade:
a) …;
b) Dos proprietários, nas frentes particulares fora dos aglomerados urbanos;
c) …”.
Uma outra condicionante diz respeito à delimitação dos perímetros de proteção de capta-
ções para o abastecimento público, tal como se encontra também definido no artigo 37.º
“Medidas de protecção das captações de água” da Lei n.º 58/2005 (Lei da Água), de
29 de dezembro, que diz taxativamente que:
“1—As áreas limítrofes ou contíguas a captações de água devem ter uma utilização
condicionada, de forma a salvaguardar a qualidade dos recursos hídricos super-
ficiais e subterrâneos utilizados”.

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4.2 – Delimitação dos perímetros de proteção das captações em águas superfi-
ciais destinadas ao abastecimento público para consumo humano

Paralelamente, a Portaria n.º 702/2009, de 6 de julho, estabelece os termos, bem como


os respetivos condicionamentos e interdições, para a delimitação dos perímetros de pro-
teção das captações em águas superficiais destinadas ao abastecimento público para
consumo humano, tal como se encontra designado, quer em termos de localização, quer
em termos de objetivo de qualidade, na Portaria 462/2000 de 25 de Março, que estabe-
lece, em conformidade com a Directiva 75/440/CEE, o Plano Nacional Orgânico para
Melhoria das Origens Superficiais de Água Destinadas à Produção de Água Potável, sendo
que este classifica a qualidade da água nas 66 origens superficiais, tal como decorre do
Anexo 1 do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto.

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