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Texto: Ec 4.7-12
INTRODUÇÃO
AS CONSEQUÊNCIAS DO ISOLAMENTO SOCIAL
1. O que é o isolamento social?
Segundo o site Mundo Educação1,
O isolamento social ocorre quando um grupo ou um indivíduo, seja de forma
involuntária ou voluntária, afasta-se, evita o contato ou a interação, ou é privado pelos
demais de ter contato ou de manter relações com esse grupo, sendo excluído do
ambiente comum. As motivações para esse fenômeno são diversas e devem ser vistas
caso a caso, mas existem fatores que podem ser determinantes e que, geralmente, são
plenamente visíveis.
8 isto é, um homem sem ninguém, não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e
seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha
alma os bens da vida? Também isto é vaidade e enfadonho trabalho”.
1
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/isolamento-social.htm
2
https://www.todamateria.com.br/isolamento-social/
Os versículos 7 e 8 descrevem o maníaco ganhador de dinheiro como alguém
completamente desumanizado, que se entregou à mera ganância e ao processo infindável de
alimentá-la. Vejamos o que o pregador diz:
b. “Vaidade”.
A vaidade (hebel) inclui (i) brevidade e ausência de substância, vazio, denunciada
em Jó 7, onde a “ vaidade” (vers. 16, no hebraico) da vida do homem é um “ sopro”
(vers. 7), uma nuvem que se evapora (vers. 9), que logo se extinguirá (vers. 8) e não
mais voltará (vers. 9s.); (ii) desconfiança e fraqueza, encontradas também no Salmo
62, onde Deus, a “ rocha” e “ alto refúgio” (vers. 2 e 6) é comparado ao homem, que é
“vaidade” (vers. 9), “parede fendida” ou “ um muro prestes a cair” (vers. 3); (iii)
futilidade, como em Jó 9:29 (heb.), onde “ em vão” significa “sem produzir efeito” ; (iv)
engano (cf. Jr 16:19; Zc 10:2).2 O Eclesiastes inclui todas estas ênfases. Nada é digno
de confiança, nada é substancial; nenhum esforço de per si trará satisfação
permanente; as maiores alegrias são transitórias. Entre 1:2 e 12:8 o Pregador fará
ecoar esta declaração-chave cerca de 30 vezes, como que para demonstrar que seu
livro procura comprová-la, expondo-a. A vaidade caracteriza todas as atividades
humanas (1:14; 2:11): a alegria (2:1) e a frustração (4:4; 7-8; 5:10) da mesma maneira,
a vida (2:17; 6:12; 9:9), a juventude (11:10) e a morte (3:19; 11:8), os destinos dos
sábios e dos tolos (2:15, 19), dos diligentes e dos preguiçosos (2:21, 23, 26).
c. “Debaixo do sol”.
O Pregador divide a realidade em duas áreas: uma delas é o lugar da habitação de
Deus, a outra é o lugar da habitação do homem. “Deus está nos céus, e tu estás sobre
a terra” (5:2) é pressuposição que sublinha o texto todo.
O ponto de vista do Pregador é que aquilo que se vê com total pessimismo “debaixo
do sol” pode ser visto de forma diferente, à luz da fé na generosidade de Deus; a
humanidade não ganha nada “ debaixo do sol” (1:3); a “terra” dominada pela futilidade “
permanece para sempre” (1:4); nada de novo pode acontecer “ debaixo do sol” (1:9-
11). Quanto ao escopo das pesquisas do Pregador, ele procurou o que estava feito
“debaixo do céu” (1:13), e avaliou que recursos poderiam ser encontrados “ debaixo do
sol” (1:14). Sua busca de prazer de forma semelhante não encontrou esperança de
lucro “debaixo do sol” (2:11); tudo quanto era feito “debaixo do sol” lhe era penoso
(2:17s.).
2. A pessoa solitária
a. A pessoa solitária não tem:
i. Amigo – “um homem sem ninguém”.
ii. Parente próximo – “não tem filho nem irmã”.
b. A pessoa solitária tem:
i. Avidez insaciável pelo trabalho – “contudo, não cessa de trabalhar”.
ii. Avidez insaciável pelas riquezas – “e seus olhos não se fartam de
riquezas”. Suas realizações, embora lucrativas (há riquezas), não
satisfazem. Um companheiro, ou um herdeiro, seria algo muito apreciado,
mas simplesmente não existem. Isto se torna parte da futilidade da vida,
um trabalho marcado (cf. 1:13) do qual não há como escapar.
c. A pessoa solitária não encontra uma razão para o que faz – “e não diz: Para
quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida?”. A questão não é
que ele jamais faz perguntas (AV, RSV), mas que jamais encontra uma
resposta.
d. Conclusão do pregador: “Também isto é vaidade e enfadonho trabalho”. Desta
maneira, levanta-se outra vez a questão do propósito da vida. A pessoa sem
companheiros, sem família, agirá como se houvesse alguém por quem viver (cf.
SI 39:6). Mas, quem? Em termos seculares (debaixo do sol, vers. 7) não há
resposta. Embora isto esteja além do horizonte do Eclesiastes, Ambrósio e
Jerônimo não estavam totalmente errados, ao sugerir que o companheiro
faltante é Cristo.
III. AS BÊNÇÃOS DO COMPANHEIRISMO
9 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.
10 Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo,
não haverá quem o levante.
11 Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?
12 Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não
se rebenta com facilidade.
Como é possível ver o isolamento social é prejudicial à vida. Vejamos agora alguns dos
benefícios dos relacionamentos nesse livro. Estes versículos estão em apoio da afirmação em
vv. 7-8 e consistem em uma série de exemplos e um ditado tradicional.