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MOBILIDADE
SUSTENTÁVEL
Essa diversidade de tipologias dificulta ainda mais o planejamento e as intervenções na cidade, já que
cada uma delas deve ser objeto de projeto específico, que leve em conta a geografia, as características
ambientais, o sistema viário, a disponibilidade de infraestrutura e a população residente e flutuante.
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
ANGRA DOS REIS . RJ
DIAGNÓSTICO
Evolução Urbana e Vetores de Crescimento
3. Implantação da Rio-Santos,
do Tebig, da Central Nuclear
e suas vilas residenciais.
4. Implantação de grandes
empreendimentos veranis-
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL tas à jusante da rodovia.
ANGRA DOS REIS . RJ
DIAGNÓSTICO
Evolução Urbana e Vetores de Crescimento
Mudanças e suas consequências espaciais
ESTALEIRO VE- • Ocupação irregular e favelização da Monsuaba, que era uma antiga vila de pescadores
ROLME e se torna um bairro dormitório dos operários;
• Instalação de um grande conjunto residencial em Jacuacanga (Village) sem as devidas
obras de infraestrutura;
• Incremento da ocupação dos morros do Centro por trabalhadores metalúrgicos.
BR-101 – Rio- • Atração de grandes contingentes de trabalhadores de outras regiões;
Santos
• Ocupação irregular e favelização de bairros como a Japuíba, o Belém e outros;
• Mudanças bruscas no valor da terra;
• Alteração ambiental com aterros de mangues e derrubada de encostas e morros.
USINAS NUCLEA- • Atração de grandes contingentes de trabalhadores de outras regiões;
RES
• Ocupação irregular e favelização de bairros como Perequê, Frade e Morros do Centro;
• Mudanças de áreas rurais para urbanas
• Inflação nos preços de alugueis.
Itaguaí 34.257
Rio de Janeiro 32.940
Barra Mansa 17.916
Fonte: Fundação Ceperj . Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro . 2013
Rio Claro 11.159
Volta Redonda 35.127
Angra dos Reis 62.557
Mangaratiba 28.228
Paraty 29.917
Setor Primário
Setor Terciário
Mambucaba - compreen-
de 18,93% da área muni-
cipal com uma população
de 13,09% do total, com
destaque para o Parque
Mambucaba e Parque
Perequê, abarcando mais
de 80% dessa população.
Ilha Grande - possui 22,83%
da área municipal (grande
parcela em Unidade de Con-
servação) com baixa densida-
de populacional, tendo ape-
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL nas 2,96% da população total.
ANGRA DOS REIS . RJ
DIAGNÓSTICO
Caracterização Sócio-Espacial
Muitas bicicletas, e
Jacuacanga - berço do Esta- pequena infraestrutura
leiro Brasfels, um dos principais
polos geradores de emprego, e do
polo universitário, formado pela
presença de universidades públi- Desenho urbano com
cas e particulares, atraindo gran- vias largas, muitos espa-
des levas de estudantes de todas ços livres sem tratamen-
as partes do município diariamente. to e apinhados de carros.
Ao final da estrada da
Ponta Leste temos a presen-
ça do Terminal petrolífero. Os bairros de Garatucaia, Caetés e Can-
tagalo são territórios isolados, o que acarre-
ta em uma dependência maior com o município
vizinho que possui um comércio mais diversi-
ficado e o acesso a alguns serviços básicos.
PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
ANGRA DOS REIS . RJ
DIAGNÓSTICO
Caracterização Sócio-Espacial
Possui um total de 38 bairros e a
maior área territorial plana e passível
à ocupação, além de ter a maior disponi-
bilidade hídrica do município, o Rio Bracuí.
Os bairros se desenvolveram ao
longo da Rodovia BR-101 de manei-
ra espraiada e fragmentada com co-
nexões restritas pela rodovia federal.
Possui grande possibilidade de redefinição
de seu desenvolvimento com a integração da
malha viária e o desvio do crescimento para fora
da rodovia, atualmente ainda a maior indutora.
Além de bairros importantes, como
Frade e Bracuí, também faz parte des- Distrito de Cunhambebe
te distrito o bairro da Japuíba, um dos
mais importantes territórios municipais, com
um comércio em desenvolvimento e a pre-
sença de inúmeros grandes equipamen-
tos públicos, como o hospital municipal.
Na subida da ser-
ra existem dois bairros, o
Zungú e a Serra Dágua, co-
nectados pela rodovia esta-
dual RJ-155, com um peque-
no comércio e em processo
de ocupação, principalmente
voltados à sítios e cháca-
ras de lazer (2º residência).
Composto de uma
mescla de loteamentos
regulares com áreas or-
ganicamente constituídas.
Os deslocamentos tornam-se
ainda mais perigosos em função das
condições das calçadas, cheia de res-
saltos, buracos, bloqueios e obstá-
culos. Perigosas também são as tra-
vessias ao longo da rodovia e em
algumas avenidas da cidade e a si-
tuação dos ciclistas.
A BR-101
Principal indutora do crescimento da cidade e do seu desenvolvimento econômico.
Única solução para alguns deslocamentos urbanos.
Habitantes das regiões urbanas que margeiam a rodovia precisam cruzá-la diariamente.
Condição de barreira para pedestres e ciclistas.
Falta de planejamento e ausência de articulação pactuada entre o ente municipal e federal,
dificultando a definição de soluções e o tratamento dos problemas.
Queda de desempenho operacional da rodovia e redução na qualidade de vida das pessoas.
Ampliação das distâncias a serem percorridas, diminuição do contato e das trocas de vizi-
nhança.
Acessos inade-
quados e confli-
tos viários.
Travessias perigosas
existentes
Nesta lógica de produção, devemos questionar o objetivo que está por trás da regu-
lamentação e o círculo vicioso que ela estabelece.
A melhor solução para os problemas de falta de vagas não é a criação de mais vagas.
Tanto o alargamento de vias quanto á destinação de mais áreas para estacionamentos só
tendem a aumentar o número de carros em circulação, agravando ainda mais os problemas
inerentes a este acréscimo. Garantir estacionamentos é um grande incentivo ao uso diário
do automóvel e à degradação da qualidade do ambiente urbano.
Essa lógica tem sua origem baseada no desenvolvimento orientado para o automóvel,
atualmente obsoleta, onde a oferta crescente de estacionamentos impossibilita a redução
do uso do automóvel, ampliando os engarrafamentos, e privatiza recursos que deveriam ser
aplicados prioritariamente na melhoria da qualidade do transporte público e das calçadas e
na criação de uma rede cicloviária eficiente.
Os deslocamentos de origem destino das viagens diárias realizadas pela população não
são devidamente atendidas pelo sistema de transporte coletivo municipal.
As linhas de desejo de deslocamentos da população indicam que grande parte destes
deslocamentos ocorre entre os bairros municipais e no próprio local, sendo necessário re-
pensar o sistema a partir de outra lógica de atendimento ao usuário.
Boa parte da cidade, inclusive áreas de grande adensamento como Japuíba e Parque
Mambucaba não conseguem ser atendidas pelo sistema, exigindo grandes deslocamentos a
pé da população para acessar o serviço por conta do sistema viário inadequado ao fluxo de
veículos maiores, o que acarreta em sobreposições de linhas e grandes deslocamentos a pé.
ESTUDO DA COPPETEC
2010 - foi realizado um estudo para racionalização do sistema de transporte de
Angra dos Reis pela Coppe-UFRJ denominado “Geração de Alternativas Operacionais
para Racionalização da Oferta e Tarifário”.
Levantamento de dados (tempo de viagem, modais utilizados, origem/destino
e linhas de desejo) - Elaboração deste diagnóstico - Proposta de alternativa com
sistema tronco-alimentador - Simulações para se chegar à alternativa operacional -
definição do sistema.
Sistema tronco-alimentador com 3 linhas troncais, 12 alimentadoras, 9 linhas
circulares e 1 linha entre bairros com redução de 30% da frota, da quilometragem
mensal, eliminação de linhas sobrepostas, redução de 50% no tempo de espera, no
tempo de viagem, aumento de 80% no número de transbordo (fator negativo)
Para entender as interações entre Mobilidade e O crescimento da cidade pensado a partir de seu
Uso do Solo é necessário, primeiramente, compreender sistema de mobilidade (existente e proposto) tende
os impactos que o uso do solo ocasiona na mobilida- a definir territórios mais compactos e diversificados,
de. Por exemplo, quando um bairro possui usos resi- onerando menos com a implantação e manutenção de
denciais, comerciais, equipamentos de lazer, cultura, uma infraestrutura demandada.
educação e saúde próximos, com a disponibilidade de
serviços diversos ele fornece a possibilidade de andar
a pé e de bicicleta, reduzindo seu tempo de desloca-
mento e melhorando sua qualidade de vida.
Equipe técnica:
Gabriel Forte - Arquiteto Urbanista
João Paulo Bastos - Arquiteto Urbanista
Cássio Veloso de Abreu - Arquiteto Urbanista
Maria Angelick Papazis - Arquiteta Urbanista
OBRIGADA!!!
Samir Assad – Assessoria técnico-jurídica
Felipe Maia - Assistência Técnica em Arquitetura
Sandra Leal - Técnica em Edificações Equipe técnica de apoio:
Carlos Henrique - Desenhista
Rita de Cássia - Bióloga Turisangra: Amanda Hadama
Vitor Santos Lisboa - Engenheiro Ambiental
Elaine - Apoio Administrativo Educação: José Fernandes
Ana Vitória Santana - Estagiária Atividades Econômicas: Rafael Ribeiro
Bruno Guimarães - Estagiário
Aline Queirós - Estagiária Transporte e Trânsito: Ricardo Oliveira e Willian Barbosa
Franciele Cardoso - Estagiária