Vous êtes sur la page 1sur 12

 

BOLETIM INFORMATIVO 
metodofonico.com.br 

15-21 minutos

A chave para ensinar seu filho a ler 

 
Antes de ensinar seu filho a ler é preciso entender alguns conceitos.

Quantas vezes você já deve ter ouvido falar sobre fonemas, consciência fonológica, consciência
fonêmica ou fonética? Isso nos causa uma confusão tremenda, não é verdade?

Sobre o que vamos falar neste artigo?


● Em resumo, vamos dar uma pincelada nos termos referentes à Consciência Fonológica e;
● Fazer uma análise rápida para tentar entender por que, de acordo com a Avaliação
Nacional da Alfabetização-ANA, 56% dos alunos que concluíram a alfabetização não
sabem ler.


 
 

 
É vital que você saiba e entenda que a consciência fonológica e a consciência fonêmica são
os pilares para o sucesso da leitura.

O termo Consciência fonológica abrange todos os tipos de consciência dos sons que compõem o
sistema de certa língua, é composta por diferentes níveis: a consciência fonêmica, a consciência
silábica, e a consciência intrassilábica.

O termo ​consciência fonêmica costuma ser usado quando se refere ao nível do fonema, e
consciência fonológica​ é usado quando se trata de um nível mais abrangente.

Antes de ler este artigo vale ressaltar mais uma distinção, desta vez entre fonema e fone.

Um fonema em uma língua é uma abstração, faz parte do sistema fonológico que está na mente
dos falantes. Nunca se realiza porque não é pronunciado. A produção dos falantes são os fones
da língua, o fone é algo concreto realizado em um momento real por um falante. Sempre que for
tratar da pronúncia de som usa-se o termo fone, porém, para facilitar o entendimento e não
confundir as crianças usa-se som.


 
 

 
O que é Consciência fonológica?

Em resumo Consciência fonológica é a capacidade de ouvir e manipular estruturas sonoras


dentro de palavras.

Então, aqui estão algumas definições e diferenças entre estes termos:

A consciência fonológica refere-se ao desenvolvimento de diferentes componentes fonológicos


da língua falada (Lane & Pullen, 2004, p.6)[1]. Os alunos que têm um alto nível de consciência
fonológica reconhecem facilmente palavras que rimam, reconhecem as barreiras silábicas em
padrões de palavras. As habilidades de consciência fonológica estão diretamente relacionadas ao
sucesso (fluência) na leitura. Não é de se surpreender que leitores pobres em consciência
fonológica concluam a alfabetização sem saberem ler, ou se o fazem, esta é fraca e sofrida.

As habilidades de consciência fonológica incluem:

● Rima – palavras com terminações semelhantes – compreende a Capacidade de identificar


ou repetir a sílaba ou fonema na posição final das palavras – as palavras rimam quando
há semelhanças entre os sons desde a vogal ou ditongo tônico, até o último fonema da
palavra, podendo abranger a rima da sílaba, a sílaba inteira ou mais do que uma sílaba. –
(Nascimento, 2009​[2]​; Schuele & Boudreau, 2008​[3]​)
● Aliteração – Habilidade de identificar ou repetir sílabas ou fonemas na posição inicial de
palavras.
● Consciência Silábica – reflete-se na capacidade de realizar atividades de segmentação,
aliteração, síntese e manipulação de sílabas.
● Consciência de Frases e Palavras – requer a capacidade de​ ​segmentar a frase em palavras.
● Fonemas (sons individuais)

O que é Consciência fonêmica?


Consciência fonêmica é uma parte da consciência fonológica. Consciência fonêmica lida com o
fonema. Consciência fonêmica é a capacidade de ouvir e manipular sons foneticamente.

Consciência fonêmica refere-se ao conhecimento sobre um fonema e a capacidade do indivíduo


para identificar (atividades de análise), juntar (atividades de síntese), e manipular sons
individuais em palavras.

Sabemos que um fonema é apenas uma abstração na nossa mente, é apenas um som, um padrão
articulatório.

Existem 31 fonemas no português que usamos para combinarmos em sílabas e formar palavras
quando falamos.


 
 

 
Enquanto o fonema é apenas um som e é o menor nível de produção da fala, na leitura ele é o
mais alto nível de habilidades fonológicas​. A criança o desenvolve depois de aprender a
manipular palavras e sílabas.

Crianças com baixo nível de consciência fonêmica terão problemas para aprender fonética e
decodificação (leitura), especialmente quando for preciso soar e misturar letras para formas
novas palavras.

As habilidades de consciência fonêmica incluem:

● Isolamento do fonema – início, meio e fim;


● Síntese fonêmica – juntar os sons para formar novas palavras
● Segmentação ou análise fonêmica – quando é dada uma determinada palavra falada, a
criança é capaz de segmentá-la em fonemas individuais;
● Manipulação de fonemas – a habilidade de manipular um fonema para formar uma nova
palavra em uma família de palavras.

3. A fonética[4]
É o ramo da linguística que estuda a natureza física da produção e percepção dos sons da fala
humana, na sua realização concreta (articulação, características físicas e percepção), refere-se à
associação da relação letra-som e os padrões de letras para soletrar palavras (Snow, Burns e
Griffin, 1998 p.51)[5] . Refere-se ao uso do código (relações de som-símbolo para reconhecer
palavras). Assume-se que o aluno já adquiriu consciência fonêmica e que já conhece o princípio
alfabético, que já entende que há uma relação consistente entre símbolos de letras e sons de
letras.

O método fônico
O ​método fônico é o método de ensino da leitura que tem como base a relação entre letra e som.
Não se pode aprender a ler de forma eficaz sem uma compreensão da relação entre as letras e os
sons das letras e, como eles se conectam para formar as palavras que vemos no texto impresso.

Esta é uma das principais razões pelas quais os programas desprovidos de instruções fonológicos
(​métodos globais​) produzem resultados de leitura ruins e por que qualquer programa de leitura
bom deve incluir fonética como um componente chave da aprendizagem.

O conhecimento do som das letras e das relações entre o som é essencial para dominar a
mecânica da leitura.

Todas essas habilidades são construídas sobre uma base sólida da linguagem oral. Métodos
fônicos não devem se referir apenas à fonética, a relação letra/som. É preciso trabalhar
gradualmente todas as habilidades de consciência fonológica e fonêmica.


 
 

 
Eu não aplico aos meus filhos apenas um monte de exercício de fonética. Aqui todo dia é dia ​de
leitura partilhada​, é dia de ler livros, textos, poesias, clássicos e parlendas.

Fazendo uso de atividades de consciência fonológica, tira-se a fônica do campo do treinamento


puramente mecânico, tornando o aprendizado mais simples e interessante para as crianças.

O que tento levar para você aqui no blog é me dedicar ao uso do ​método fônico e como se
aprende a ler, e à medida que você navega nos artigo do site espero que possamos aprender
juntos que o uso da fonética é o principal meio para se aprender a ler.

E se você chegou até aqui é bom que esteja convencido de seus méritos, que você também
consegue alfabetizar crianças por meio do método fônico com o uso da fonética e das habilidades
de consciência fonológica.

Compartilho com você a ideia de que o método fônico é o meio mais efetivo de ensinar qualquer
um a ler – com base em experiências, pesquisas e evidências científicas.

Muito antes de a criança ter qualquer tipo de compreensão do princípio alfabético, as crianças
devem entender que aqueles sons associados às letras são precisamente os mesmos sons da fala.
[6]

Por que a Consciência fonológica é tão importante?


Segundo Calfee, Lindamood & Lindamood, 1973: A capacidade da criança para entender e
manipular fonemas está fortemente correlacionada com o seu sucesso de leitura no final de sua
escolaridade.

Habilidades de consciência fonológica é a base para a leitura. ​Sem essas habilidades


importantes uma potencial dificuldade de leitura pode surgir nos primeiros anos de
escolaridade.

“O nível de consciência fonêmica que as crianças possuem no início das primeiras instruções de
leitura e seu reconhecimento das letras são os dois melhores preditores de quão bem elas
aprenderão a ler durante os dois primeiros anos de ensino formal da leitura.” (Adams, Foorman,
Lundberg, & Beeler: 1998).


 
 

“O nível de consciência fonémica que as crianças possuem no início das primeiras instruções de
leitura e seu reconhecimento das letras são os dois melhores preditores de quão bem elas
aprenderão a ler durante os dois primeiros anos de ensino formal da leitura.”

E você deve-se perguntar: o que eu tenho haver com isso?


Você sabia que desde 2013 é feita a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)?
Está é uma avaliação externa que objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em
Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino
Fundamental das escolas públicas.

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) categoriza os estudantes em quatro níveis de


alfabetização, sendo apenas o nível 1 considerado inadequado pelo MEC. Alguns especialistas
julgam que o nível 2 também não deveria ser considerado suficiente para declarar uma criança
alfabetizada. [7]


 
 

 
Inês Kisil Miskalo, gerente executiva de gestão de políticas de aprendizagem do Instituto
Ayrton Senna​, é ainda mais enfática, afirmando que somente o nível 4 deveria ser considerado
como adequado em tudo, para ela estas crianças estão indo paro o 4º ano sem estarem
plenamente alfabetizadas.

Inês Kisil Miskalo, gerente executiva de gestão de políticas de aprendizagem do Instituto


Ayrton Senna​, é ainda mais enfática, afirmando que somente o nível 4 deveria ser considerado
como adequado em tudo, para ela estas crianças estão indo paro o 4º ano sem estarem
plenamente alfabetizadas.

Na avaliação de 2014, o desempenho em leitura da maioria dos alunos (56%) ficou nos dois
piores níveis, dentre quatro, significando que eles não conseguem localizar informação explícita
em textos de maior extensão e identificar a quem se refere um pronome pessoal[8].

Magda Soares afirma que o nível 2 não é suficiente. “É indiscutível que o nível 1 mal se
aproxima do que se poderia considerar uma criança alfabetizada. Mas eu tenderia a considerar
que também o nível 2 está ainda distante do que se poderia considerar uma criança alfabetizada,
e concordaria com os níveis 3 e 4, na leitura, 3, 4 e 5 na escrita”.


 
 

 
Os dados acima mostram que ao fim do 3º ano do Fundamental, 22% dos alunos se encontram no
nível 1; 34% no 2; 33% no 3 e apenas 11% no nível mais avançado. Portanto, os resultados ainda
estão distantes da meta de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, o 3º ano.

Podemos observar que 22,21% das crianças, no final do ciclo de alfabetização só desenvolveram
a capacidade de ler palavras isoladas.

Em escrita, 26,67% desses alunos não tinham aprendizagem considerada adequada. De acordo
com o ​Relatório de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE)​[9], mais da
metade dos alunos do 3º ano do Fundamental estão nos dois níveis mais baixos de alfabetização.

A taxa do nível mais alto, o Nível 5, revela que apenas 9,88% das crianças já’ escrevem de
acordo com o que se espera ao fim do ciclo de alfabetização.

● No nível 1 da escrita estão os estudantes que não conseguiram escrever, deixaram em


branco ou tentaram imitar a escrita com desenhos.[10]
● O nível 4, que apresenta o maior número de estudantes é aquele em que a aquisição do
texto começa a se dar, mostrando o esforço de síntese das ideias por meio de texto, mas
ainda com inadequações.


 
 

 
● No nível 5, temos os estudantes que escreveram textos adequados ao final do ciclo de
alfabetização, com poucos desvios, mas, característicos desta fase de aquisição das
habilidades de escrita.

Podemos considerar que apenas 9,88% possuem uma escrita adequada.

O mais dramático é que você encontra neste universo ​crianças com 9 ou 10 anos que ainda não
sabem ler.

E esta realidade é confirmada nos e-mails que recebo semanalmente de pais e professores, o que
reafirma que esta não é uma realidade abstrata, apenas representada pelos gráficos acima, meus
leitores sentem isso nas salas de aula e em casa.

Com base nestes resultados de pesquisas semelhantes, é vital que pais e educadores entendam
que, tanto as habilidades de consciência fonológica quanto fonêmica sejam desenvolvidas na
primeira infância. É necessário que essas habilidades sejam explicitamente avaliadas no final da
pré-escola, no primeiro ano de escolaridade formal e novamente no segundo ano.

Além disso, os professores precisam entender como integrar os currículos de consciência


fonológica e fonêmica para seus leitores das classes sociais menos favorecidas.

Mais importante ainda é que os professores tenham acesso a estes recursos para
complementarem seus conhecimentos. Essas habilidades precisam ser trabalhadas tanto no final
da pré-escola quanto no primeiro ano, pois, é a base para a leitura. Crianças que apresentam
dificuldades de leitura, podem se beneficiar de reavaliações e intervenções.

As crianças ao concluir a pré-escola já poderiam ler palavras regulares e pequenos textos se estas
habilidades de consciência fonológica e fonêmica forem trabalhadas desde cedo.

Então, se você é um professor, mãe ou pai e está guiando crianças no caminho da leitura, faça-se
uma pergunta simples: Você está trabalhando em seus alunos habilidades de linguagem oral para
que toda a sua consciência fonológica, consciência de fonemas e habilidades fonéticas tenham
raízes sólidas e possam crescer no desenvolvimento da leitura?


 
 

Top 10 razões pelas quais as crianças não podem ler

10 
 
 

Referências 
[1] “Lane, H. B., & Pullen, P. C. (2004). A Sound Beginning: Phonological Awareness
Assessment and Instruction. USA: Pearson Education, Inc.

[2] “Nascimento, L. C., & Knobel, K. A. (2009). Habilidades Auditivas e Consciência


Fonológica: da teoria à prática. São Paulo: Pró-Fono.

[3] “Schuele, C. M., & Boudreau, D. (Janeiro de 2008). Phonological Awareness Intervention:
Beyond the basics. Language, Speech and Hearing Services in Schools, pp. 3-20.

[4] fonética in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha].
Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-06-16 18:58:05]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/fonética.

[5] “Reading Assessment and Instruction for All Learners.” Snow, C.E., Burns, M.S., & Griffin,
P. (1998). Preventing reading difficulties in young children. Washington, D.C.: National
Academy Press.

[6] “Adams, M., Foorman, B., Lundberg, I., & Beeler, T. (1998). Phonemic awareness in young
children: A classroom curriculum. Baltimore, MD: Brookes.

[7] “Especialistas divergem sobre nível adequado da ANA para a ….” 28 set. 2015,
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/35336/especialistas-divergem-sobre-nivel-
adequado-da-ana-para-a-alfabetizacao/​. Acessado em 16 jun. 2017.

[8] “Inep divulga resultados preliminares da avaliação de alfabetização ….” 22 mai. 2017,
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-05/inep-divulga-resultados-preliminares-d
a-avaliacao-de-alfabetizacao-para​. Acessado em 16 jun. 2017.

[9] “Como anda o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.” 10 nov. 2016,
https://novaescola.org.br/conteudo/3369/relatorio-monitoramento-metas-do-plano-nacional-de-e
ducacao-pne​. Acessado em 27 jun. 2017.

[10] “INEP, Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Avaliação
Nacional da Alfabetização. ” 20 out. 2015,
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=21091-apresen
tacao-ana-15-pdf&category_slug=setembro-2015-pdf&Itemid=30192​. Acessado em 27 jun.
2017.

11 
 
 

Mais detalhes no e-book:

12 
 

Vous aimerez peut-être aussi