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A obra tem como tema a opressão. Veladamente J.J. Veiga utiliza-se da atmosfera
política do Brasil pós Golpe Militar, fazendo uso da literatura como instrumento de
expressão de seu descontentamento. Por meio de ferramentas da ficção o autor
posiciona-se como crítico da realidade social, debatendo a opressão que se instalou na
sociedade brasileira facilmente, uma vez que grande parte da população aceitou o
regime militar de forma acuada.
4- Na ficção:
a) Qual (quais) é (são) o (os) protagonistas e os antagonistas? Caracterize-os.
Amâncio, homem de personalidade difícil, briguento e temido pela cidade, que acaba por
resolver o impasse com os homens na tapera. Amâncio representa a vertente capitalista:
“(...) Eles vieram trabalhar, trazer progresso. Se o povo não entende, e fica de pé atrás, a
culpa é do atraso, que é grande. Mas eles vão trabalhar assim mesmo, vão tocar para a
frente de qualquer maneira. Quem não gostar que coma menos.” (VEIGA, 2001: 59)
d) Pode-se dizer que o narrados dessa obra literária é onisciente? por quê? Essa
onisciência, porém, sofre limitações? Por quê?
O narrador é parcialmente onisciente, deixando de explicar ocorrências ao longo da história.
6- Um texto sempre deve levar o leitor a uma reflexão e a um debate em escala mais
ampla. De quais recursos linguísticos J.J. Veiga se vale para provocar essa
transtextualidade? Justifique.
A Igreja Católica não tomou papel ativo durante a implantação do regime militar, mas foi
instrumento importante para a consolidação desse poder. Anos após o Golpe Militar, a Igreja
reformulou-se ideologicamente e passou a fazer denúncias contra a tortura e a repressão.
“Dormia a nossa Pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída Em tenebrosas
transações.” Francisco Buarque de Hollanda.
Chico é ícone de contestação do Regime Militar. Mesmo sabendo do desfecho político, Chico
Buarque não se mostra muito confiante no processo de redemocratização. A Hora dos
Ruminantes, revela esse período e, por meio de símbolos relata que o povo foi oprimido, mas
da noite para o dia a normalidade se restabeleceu.
'' ... O conformismo é carcereiro da liberdade e o inimigo do crescimento ... '' John Kennedy