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13 fatos incríveis sobre morcegos

Autor: Editores da Publications International Ltd

© iStockphoto.com /KirsanovV

Os morcegos são criaturas incríveis, apesar de se alimentarem de insetos

Não é nada fácil ser um morcego. O Drácula, alguns casos de raiva e os dentes
pontudos, além do fato de dormirem de ponta cabeça,
“queimam o filme do morcego” e deixam muita gente com medo destes
pequenos animais.
Mas como você verá, os morcegos são criaturas incríveis, apesar de se
alimentarem de insetos... e algumas vezes... sangue.

1. Os mamíferos são os únicos mamíferos capazes de voar.


Os morcegos são excepcionais no ar. Suas asas são finas, dando-lhes o que em
termos de voo chamamos de “aerofólio”.
2. Um único morcego marrom pode pegar 1.200 insetos do tamanho de um
mosquito em apenas uma hora.
Estima-se que os 20 milhões de morcegos que vivem na caverna Bracken, no
Texas, Estados Unidos, comam cerca de 200 toneladas de insetos por noite.
3. Morcegos não sugam o sangue.
Eles apenas o lambem. Há apenas três espécies de morcegos vampiros no
mundo todo.
Se você estiver na América do Sul ou Central poderá se deparar com um
morcego mordendo uma vaca e depois lambendo o seu ferimento – no entanto,
não há sucção envolvida.

4. Morcegos não têm “dias gordos”.


O metabolismo de um morcego é invejável – eles são capazes de digerir
bananas, mangas e outras frutas grandes em cerca de 20 minutos.
5. Nos últimos 50 anos, menos de 10 pessoas contraíram raiva de morcegos da
América do Norte.
Devido ao cinema e à televisão, os morcegos nos dão a impressão de que
transmitem muitas doenças e que contaminam as pessoas. Isso não é verdade.
Os morcegos evitam pessoas.
Se você for mordido por um morcego, vá ao médico – mas não é preciso
começar a preparar o seu próprio funeral, pois, é muito provável que você ficará
bem.

6. Os morcegos usam a ecolocalização para se locomover no escuro. Os


morcegos não enxergam muito bem, apesar de fazerem um monte de coisas à
noite.
Para tanto, eles usam outros métodos de navegação, além da visão.
Os morcegos enviam sinais sonoros e ouvem as variações nos tipos de ecos que
retornam assim que esses sinais encontram os objetos.
Os morcegos são animais noturnos principalmente porque é mais fácil para
caçar insetos e se esconder de predadores.

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CONHECENDO UM POUCO O MORCEGOS.

http://ciencia.hsw.uol.com.br/morcegos.htm%20
Os morcegos se destacam no mundo animal. Eles são os únicos mamíferos
capazes de voar e passam grande parte da vida pendurados de cabeça para
baixo.
A maioria das espécies só é ativa à noite, ao amanhecer e ao anoitecer, e passa o
dia em cavernas escuras.
Muitos morcegos desenvolveram adaptações que os ajudam a encontrar o
caminho (e a presa) em total escuridão.
Além disso, os morcegos são famosos por sugarem sangue, mas na verdade
apenas algumas espécies se alimentam desse modo.

Foto cedida Georgia Museum of Natural History


O morcego Lasiurus seminolus é uma das muitas espécies de morcegos naturais
dos Estados Unidos.
Os morcegos Lasiurus seminolus vivem principalmente nas florestas, onde
caçam moscas, besouros e grilos, entre outros insetos.

Em culturas do mundo todo, essas qualidades peculiares invadem a imaginação


dos narradores de histórias e de seu público, que atribuem qualidades
sobrenaturais e misteriosas aos animais. Infelizmente, essas histórias dão aos
morcegos uma reputação ruim e notória, embora a maioria das espécies seja
inofensiva.
Neste artigo, vamos separar a realidade do mito e ver como os morcegos fazem
tantas coisas surpreendentes.
Além disso, analisaremos as muitas maneiras que os morcegos ajudam o
homem, e descobriremos o que pode acontecer se esses animais não forem
preservados.

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Camundongo voador?
Autor: Tom Harris
http://ciencia.hsw.uol.com.br/morcegos1.htm

A palavra em alemão para morcegos é Flederme, cuja tradução é "camundongos


voadores".
É fácil ver a origem desse nome - muitas espécies de morcegos se parecem
muito com roedores voadores.
Mas, na verdade, os morcegos estão mais próximos dos humanos do que de
camundongos e ratos. Se olharmos suas asas atentamente, podemos ver a
semelhança.

A ilustração acima mostra a estrutura óssea na asa de um morcego, na de uma


ave e no braço humano.
A asa da ave tem uma estrutura óssea razoavelmente rígida, e os principais
músculos responsáveis pelo vôo movimentam os ossos no ponto em que a asa se
liga ao corpo.
O morcego tem uma estrutura de asas muito mais flexível.
É muito mais parecida ao braço e à mão humana, exceto pela fina membrana de
pele (denominada patágio) que se estende entre a "mão" e o corpo, e entre cada
osso dos dedos.
Os morcegos conseguem movimentar a asa como se fosse a mão, como se
"nadassem" no ar.
O "polegar" se estende para fora da asa como uma pequena garra, que eles usam
para escalar árvores e outras estruturas.
Isso os ajuda a atingirem um "ponto de partida" elevado para a decolagem do
vôo. Apropriadamente, a ordem dos morcegos é denominada quiróptera, cujo
significado em grego é "mão alar".

Os cientistas acreditam que os morcegos evoluíram de um mamífero não voador


que vivia, sobretudo, em árvores, há cerca de cem milhões de anos.
Como um lêmure ou esquilo, esse animal saltava de galho em galho.
Alguns indivíduos dessa espécie nasceram com mais pele entre os braços e o
corpo, que lhes dava um pouco mais de sustentação enquanto saltavam no ar
(alguns lêmures e esquilos modernos desenvolveram esse mesmo tipo de
fisiologia).
Os morcegos com essa mutação tinham mobilidade um pouco maior do que os
outros da espécie e, por isso, tiveram maior probabilidade de crescer e
reproduzir.
Assim, a seleção natural para membranas mais largas com o decorrer do tempo
acabou resultando em asas completamente funcionais.

A asa rígida da ave é mais eficaz na sustentação, mas a asa flexível do morcego
permite maior navegabilidade.
Os morcegos podem posicionar as asas de várias formas, mudando rapidamente
o grau e a direção da sustentação.
Isso lhes permite mergulhar e girar no ar como nenhum outro animal, além de
lhes dar uma vantagem distinta ao caçar suas presas.

Foto cedida Heurisko Ltd - Uma das menores espécies de morcego é o morcego
de cauda longa da Nova Zelândia.
Esses morcegos, que pesam apenas 8 a 11 gramas, podem usar a cauda como
bolsa para transportar ao ninho insetos capturados.

Há mais de 1.000 espécies de morcegos no mundo, e aproximadamente 140 no


Brasil. Esse fato os classifica como uma das ordens de mamíferos mais
predominantes.
Na verdade, mais de um quarto do número total de espécies mamíferas são
espécies de morcegos. As espécies de morcegos se dividem em duas subordens:
megachiroptera (também denominados raposas voadoras ou morcegos
frutívoros) - esses morcegos, encontrados sobretudo na África, Ásia e Austrália,
são caracterizados por um focinho comprido. A maioria das espécies de
megachiropteros é vegetariana e se alimenta de frutos e pólen;
microchiroptera - esses morcegos costumam ser menores do que os
megaquirópteros, e a maioria tem focinho semelhante ao de um cão pequinês.
Esses morcegos, encontrados no mundo todo, são carnívoros. A maioria se
alimenta de insetos.

Foto cedida Heurisko Ltd - O morcego Syconycteris australis, da Austrália, é


uma das menores raposas voadoras. Ele se alimenta, sobretudo, de flores e
néctar, mas também come frutas e folhas.

Os morcegos variam consideravelmente de tamanho e aparência. O menor


morcego do mundo, Craseonycteris thonglongai, tem envergadura de 15cm, ao
passo que o maior,
a raposa voadora da Malásia, pode ter uma envergadura de 1,8m. Além das asas
com aparência de couro, os morcegos megachiropteros se parecem muito com
outros mamíferos,
com olhos grandes, orelhas pequenas e focinhos compridos. A maioria das
espécies de morcegos microchiropteros, por outro lado, tem uma aparência
facial singular,
com orelhas largas e protraídas e narinas com forma peculiar. Essas
características especiais ajudam os morcegos a se movimentarem no escuro,
como veremos na próxima seção.

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Ver com som
Autor: Tom Harris - http://ciencia.hsw.uol.com.br/morcegos2.htm

Na seção anterior, vimos que a estrutura alar singular dos morcegos lhes dá
grande navegabilidade no vôo. Isso é fundamental para a sobrevivência do
morcego, pois suas presas principais são insetos pequenos e ágeis. A tarefa de
caçar fica ainda mais difícil, porque eles só são ativos à noite, ao amanhecer e ao
escurecer. Os morcegos se adaptaram a esse estilo de vida para evitar os
predadores alados ferozes que são ativos durante o dia, e também têm a
vantagem da abundância de espécies de insetos que são ativos à noite.

Foto cedida Georgia Museum of Natural History - O morcego Plecotus


rafinesquii, de orelhas grandes, é um microquiróptero encontrado no sudeste
dos Estados Unidos.
As orelhas enormes ajudam o morcego a localizar a presa com exatidão.
Para ajudar a encontrar sua presa no escuro, a maioria das espécies de morcegos
desenvolveu um notável sistema de navegação denominado ecolocalização (ou
ecolocação).
Para entender como funciona a ecolocalização, imagine um "desfiladeiro de
ecos".
Se ficarmos em pé na borda de um desfiladeiro e gritarmos "olá", ouviremos o
eco de nossa voz um instante depois.
O processo que faz isso acontecer é muito simples. Produzimos o som quando o
ar que expelimos dos pulmões faz vibrar as cordas vocais.
Essas vibrações causam flutuações no ar expelido e formam uma onda sonora.
Uma onda sonora é apenas um padrão em movimento de flutuações na pressão
do ar.
A pressão variável do ar empurra as partículas circundantes e depois as puxa de
volta. Essas partículas, então, empurram e puxam as partículas adjacentes a
elas,
transmitindo a energia e o padrão do som. Assim, o som pode percorrer longas
distâncias pelo ar. A altura e o tom do som são determinados pela freqüência
das flutuações da pressão do ar,
que são determinadas pelo modo como movemos as cordas vocais.
Quando gritamos, produzimos uma onda sonora que viaja através do
desfiladeiro.
A parede de rocha do lado oposto do desfiladeiro reflete a energia da pressão do
ar da onda sonora de modo que ela começa a se deslocar na direção oposta, ao
nosso encontro.
Em uma região onde a pressão atmosférica e a composição do ar são constantes,
as ondas sonoras sempre se deslocam em velocidade constante.
Se soubéssemos a velocidade do som na região e tivéssemos um cronômetro
preciso, poderíamos usar o som para determinar a distância de um lado ao
outro do desfiladeiro.

Digamos que você está ao nível do mar e o ar é relativamente seco. Nessas


condições, as ondas sonoras se deslocam a 1.193km/h, ou 0,32km/s.
Para calcular a distância entre os dois lados do desfiladeiro, basta cronometrar o
tempo decorrido entre o momento em que começamos a gritar e
o momento em que ouvimos o eco de nossa voz pela primeira vez. Digamos que
demorou exatamente 3 segundos.
Se a onda sonora estivesse se deslocando a 0,32km por segundo durante 3
segundos, ela percorreria 0,97km.
Essa é a distância do percurso total, ida e volta, de um lado ao outro do
desfiladeiro. Ao dividirmos o total por dois, temos 0,48km como a distância de
ida (ou de volta).

Esse é o princípio básico da ecolocalização. Os morcegos produzem sons como


nós, por meio do deslocamento de ar que faz as cordas vocais vibrarem.
Alguns emitem sons com a boca, que eles mantêm aberta durante o vôo. Outros
emitem sons pelas narinas.
Ainda não se sabe exatamente como funciona a produção do som nos morcegos,
mas os cientistas acreditam que a estranha estrutura nasal encontrada em
alguns deles serve para
direcionar o barulho e localizar com maior exatidão os insetos e outras presas.
No caso da maioria dos morcegos, o som da ecolocalização tem um tom
altíssimo - tão alto que vai além da capacidade auditiva humana.
Mas esse som se comporta do mesmo modo que o som de nosso grito. Ele viaja
pelo ar como uma onda, e a energia dessa onda vai de encontro a qualquer
objeto que encontrar pelo caminho.
O morcego emite uma onda sonora e ouve atentamente os ecos que chegam até
ele.
O cérebro do morcego processa as informações recebidas do mesmo modo que
processamos o som de nosso grito, com um cronômetro e calculadora.
Ao determinar o tempo que leva para o som retornar, o cérebro do morcego
calcula a que distância está o objeto.
Além disso, o morcego determina onde o objeto está, seu tamanho e em que
direção ele está se movendo.
O morcego sabe se o inseto está à direita ou à esquerda ao comparar se o som
chega ao seu ouvido direito ou esquerdo.
Se o eco chegar primeiro ao ouvido direito, obviamente o inseto está à direita.
Os ouvidos do morcego contam com um conjunto complexo de dobras que o
ajudam a definir a posição vertical do inseto.
Ecos que vêm de baixo chegam às dobras do ouvido externo em um ponto
distinto daquele dos sons que vêm de cima, e
serão percebidos de outro modo quando chegarem ao ouvido interno do
morcego.
Foto cedida Heurisko Ltd - O morcego-fantasma (Macroderma gigas) é a única
espécie de morcego carnívoro da Austrália.
Ao usarem a ecolocalização, os morcegos-fantasmas caçam grandes insetos,
lagartos, rãs, aves e até mesmo outros morcegos.

O morcego baseia-se na intensidade do eco para saber o tamanho do inseto. Um


objeto menor reflete menos energia da onda sonora e, assim, produz um eco
menos intenso.
De acordo com o tom do eco, o morcego pode perceber em que direção o inseto
se move.
Se o inseto se afasta dele, o eco terá um tom mais baixo do que o som original,
ao passo que o eco de um inseto que se move em direção ao morcego tem um
tom mais alto.
Essa diferença é causada pelo efeito Doppler. Há informações sobre esse efeito
em Como funciona o radar.
O morcego processa todas essas informações inconscientemente, do mesmo
modo que processamos as informações visuais e auditivas que captamos.
O morcego forma uma imagem de ecolocalização em sua mente, semelhante à
imagem que formamos na nossa de acordo com as informações visuais que
recebemos.
Além disso, os morcegos processam informações visuais - contrário à crença
popular, a maioria dos morcegos tem ótima visão.
Eles usam a ecolocalização em conjunto com a visão, não para substituí-la.
Na próxima seção, vamos abordar a outra parte da vida dos morcegos: o que
eles fazem durante o dia.
Como veremos, a vida diurna de um morcego não poderia ser mais diferente de
sua vida noturna, mas é igualmente fenomenal.

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Para a caverna do morcego


Autor: Tom Harris - http://ciencia.hsw.uol.com.br/morcegos3.htm

Nas duas últimas seções, vimos as adaptações que ajudam os morcegos a se


movimentarem, caçando insetos a noite toda.
Na outra metade do dia, enquanto o sol brilha no céu, os morcegos levam uma
outra vida.
Eles passam o tempo pendurados de cabeça para baixo em um local escondido,
por exemplo, o teto de uma caverna, a parte inferior de uma ponte ou o interior
de uma árvore oca.
Há alguns motivos para os morcegos descansarem assim. Primeiro, ficam na
posição ideal para decolar. Ao contrário das aves, os morcegos não podem
decolar do chão.
Suas asas não dão impulso suficiente para alçarem vôo de um ponto baixo, e as
patas traseiras são tão pequenas e subdesenvolvidas que
não conseguem correr para obter a velocidade necessária para a decolagem. Ao
contrário, eles usam as garras dianteiras para subirem a um ponto elevado e,
depois, alçam vôo. Ao dormirem de cabeça para baixo em um local alto, eles
ficam prontos para alçar vôo se precisarem escapar do ninho.
Foto cedida Georgia Museum of Natural History - O grande morcego marrom
(Eptesicus fuscus) é uma das espécies mais comuns na América do Norte e do
Sul.
Esses morcegos vivem em grandes bandos, quase sempre em sótãos, celeiros e
outras estruturas construídas pelo homem.

Ficar pendurado de cabeça para baixo também é uma boa maneira de se


proteger do perigo. Durante as horas em que a maioria dos predadores está
ativa (sobretudo as aves de rapina),
os morcegos se reúnem onde pouquíssimos animais pensariam em procurá-los e
onde a maioria não consegue chegar.
Na realidade, isso lhes permite desaparecer do mundo até que a noite caia
novamente.
Além disso, praticamente não há competição para esses locais de ninhos, pois
outros animais voadores não conseguem ficar pendurados de cabeça para baixo.

Os morcegos têm uma adaptação fisiológica especial que lhes permite ficar
pendurados assim.
Para segurarmos um objeto, contraímos vários músculos do braço, que estão
ligados aos dedos por tendões; quando um músculo contrai, ele puxa um
tendão, que puxa um dos dedos,
fechando-o. As garras de um morcego fecham do mesmo modo, mas seus
tendões estão ligados apenas à parte superior do corpo, não a um músculo.
Para ficar de cabeça para baixo, o morcego voa até o local, abre as garras e
encontra uma superfície para agarrar.

Para que as garras se prendam à superfície, o morcego simplesmente relaxa o


corpo.
O peso da parte superior do corpo força os tendões que estão ligados às garras,
fazendo com que se fechem.
Visto que é a gravidade que mantém as garras fechadas, e não um músculo
contraído, o morcego não gasta nenhuma energia para ficar pendurado de
cabeça para baixo.
Na verdade, o morcego continuará pendurado de cabeça para baixo caso morra
nessa posição.
Para se soltar da superfície que está segurando, o morcego flexiona outros
músculos que abrem as garras.
A maioria das espécies de morcegos se esconde no mesmo lugar toda noite,
reunindo um grande bando em busca de aconchego e segurança.
Os morcegos são famosos pelos atos notáveis de altruísmo para defender o
bando.
Em alguns casos, quando um morcego está doente e não consegue caçar para se
alimentar, outros do bando lhe trarão comida.
Os cientistas não entendem completamente a dinâmica dos bandos de
morcegos, mas não há dúvida de que são comunidades sociais complexas e
integradas.

A exemplo de todos os mamíferos, os morcegos têm sangue quente, o que


significa que eles mantêm a temperatura corporal internamente.
Mas ao contrário da maioria dos mamíferos, os morcegos permitem que sua
temperatura corporal caia até a temperatura ambiente quando não estão em
atividade.
Com a queda de sua temperatura, eles entram em um estado de torpor, em que
seu metabolismo fica lento.
Ao reduzirem a atividade biológica sem manterem uma temperatura corporal
quente, os morcegos economizam energia. Isso é importante, porque voar a
noite toda é uma tarefa árdua.

No inverno, quando as temperaturas ficam baixas durante meses, alguns


morcegos entram em um estado de torpor mais profundo denominado
hibernação.
Isso lhes permite sobreviver durante os meses em que há escassez de alimentos.
Outras espécies de morcegos seguem um padrão de migração anual, buscando
climas mais frios nos meses quentes e climas mais quentes nos meses frios.
É por isso que algumas regiões vivenciam "temporadas de morcegos" todo ano.
Quando os morcegos invadem as cidades, muitas pessoas ficam preocupadas à
noite.
A preocupação é de que os morcegos mordam, suguem sangue e até mesmo
fiquem emaranhados no cabelo das pessoas.
Mas, na verdade, todas essas ocorrências são raríssimas. Como veremos na
próxima seção, os morcegos costumam ser inofensivos e muitas espécies são até
benéficas para o homem.
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Bem ou mal?
Autor: Tom Harris - http://ciencia.hsw.uol.com.br/morcegos4.htm

Muitas pessoas demonstram reação negativa aos morcegos, e é simples


entender o motivo: graças a sua aparência e comportamento, os morcegos
provocam medo no homem.
Em primeiro lugar, eles só saem à noite, um período repleto de perigos e
mistérios para os humanos.
Além disso, suas asas com aparência de couro e estruturas faciais singulares
lembram as expressões faciais de demônios e espíritos maléficos mitológicos.

Foto cedida Georgia Museum of Natural History


O Myotis grisescens é uma espécie de morcego encontrada nos Estados Unidos.
Esses morcegos vivem em grandes bandos, sobretudo em cavernas.
Isso os torna um alvo fácil para pessoas que querem exterminá-los, porque são
fáceis de encontrar e é possível exterminar bandos inteiros de uma só vez.
A população do Myotis grisescens diminuiu muito nos últimos cem anos, mas
agora está crescendo novamente graças aos esforços governamentais para
preservação da espécie.

As pessoas também têm medo de morcegos por causa da lenda do vampiro.


Vampiros são uma mistura de realidade e ficção.
De fato, há algumas espécies de morcegos-vampiros (três delas no Brasil), e eles
se alimentam de sangue, mas não são caçadores sanguinários de seres humanos.
Os morcegos-vampiros apenas picam um animal ou humano e pegam o sangue
que sai do ferimento.
Um potente anticoagulante na saliva do morcego impede a coagulação do
sangue, por isso ele sai em um filete para que o morcego possa sugá-lo.
Morcegos-vampiros só precisam de duas colheres de sopa de sangue por dia
para sobreviver, por isso eles nunca consomem o suficiente para matar a presa,
que em geral pertence ao grupo de grandes animais, como vacas e, às vezes, o
homem.
Contudo, os morcegos-vampiros podem ser perigosos, porque às vezes são
portadores de raiva e podem transmiti-la ao hospedeiro.
Este tipo de morcego é encontrado apenas na América do Sul e Central, e
mesmo nessas regiões o risco para o homem é mínimo.
A probabilidade de morrermos com a picada de uma abelha ou ataque de um
cão é muito maior do que com a mordida deste morcego.

Além de ser inofensiva para o homem, a maioria das espécies de morcegos é


benéfica. Morcegos insetívoros são, de longe, os melhores exterminadores de
pragas do planeta.
O pequeno morcego marrom (Myotis lucifugus), uma das espécies mais comuns
na América do Norte, pode capturar e comer até 1.200 mosquitos em uma hora.
O famoso bando de morcegos mexicanos de cauda longa (Tadarida brasiliensis)
que vive sob a ponte Congress Avenue em Austin, Texas, come até 16 mil quilos
de insetos em uma só noite.
Um bando dessa espécie em Bracken Cave, Texas, com mais de 20 milhões de
morcegos, consome cerca de 200 toneladas de insetos em uma noite.
Esses morcegos, e muitas outras espécies, alimentam-se de insetos que
destroem lavouras, e prestam assim um enorme serviço aos agricultores.
Foto cedida Big Waste of Space - Uma nuvem de morcegos surge sob a ponte
Congress Avenue, em Austin, Texas.
Outrora considerado praga, o bando de morcegos agora se tornou uma das
atrações turísticas mais famosas de Austin.

Quando há um surto de raiva em determinada região, as pessoas costumam


tomar medidas extremas e errôneas.
Na América Central, onde os morcegos-vampiros podem ser um problema, os
moradores procuram cavernas de morcegos e as explodem, eliminando bandos
inteiros.
Mas os morcegos mais fáceis de encontrar são os benéficos - morcegos-
vampiros vivem em pequenos grupos e se escondem muito bem.
Considerando-se que apenas um desses bandos inofensivos pode conter milhões
de morcegos insetívoros, esse tipo de destruição é uma perda devastadora para
o ambiente.

Além disso, os morcegos são benéficos como polinizadores. Muitas espécies,


sobretudo na floresta tropical, alimentam-se de néctar, reunindo pólen no corpo
enquanto se alimentam.
Ao voarem, espalham o pólen e ajudam a planta a disseminar suas sementes.
Os morcegos são importantes polinizadores de muitas plantas usadas pelo
homem, entre as quais bananas, figos, mangas, cajus e agave, que é usado para
fazer tequila.
Foto cedida Georgia Museum of Natural History - O Lasiurus cinereus, um dos
maiores morcegos da América, é também um dos que tem maior diversidade
geográfica.
Esses morcegos migram até o Chile e os territórios do noroeste do Canadá.

Uma das maneiras mais estranhas de os morcegos nos ajudarem é com seus
excrementos.
Fezes de morcegos, denominadas guano, são ricas em nitrogênio, o que as
transforma em um potente fertilizante agrícola.
No passado, as pessoas também usavam esse nitrogênio para fazer explosivos.
Mais recentemente, os cientistas descobriram que várias enzimas encontradas
no guano de morcegos funcionam bem como agentes de limpeza em detergente
para lavar roupa e outros produtos.
Os morcegos são extremamente susceptíveis à extinção por causa de seus
hábitos reprodutivos.
A maioria das espécies de morcego gera apenas um filhote por ano, por isso eles
se multiplicam em ritmo relativamente lento.
Visto que os morcegos têm uma expectativa de vida longa (até 30 anos em
algumas espécies), a perda de uma fêmea tem grande impacto sobre o índice de
reprodução.
Os morcegos são alguns dos animais mais interessantes da Terra. Eles são tão
bem adaptados ao seu meio que sobrevivem há mais de 50 milhões de anos,
mais do que a maioria dos outros animais modernos. Para saber mais sobre
morcegos, pesquisas e preservação da espécie, veja os links na próxima página.

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