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Artigo Inédito

Relatos clínicos e de técnicas, investigações científicas e


revisões literárias

Avaliação Cefalométrica do
Tratamento da Classe II,
Divisão 1ª, com Aparelho
Extrabucal de Kloehn, e
Aparelho Fixo - Alterações
Esqueléticas (Parte I)*
A presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de avaliar as respostas cefalométricas ao tratamento, realizado com aparelho extrabucal de tração cervical (Kloehn), seguido
de aparelho fixo, baseando-se nas alterações provocadas pelo crescimento normal, na má-oclusão Classe II, Divisão 1a, de Angle. A amostra constou de 75 indivíduos, sendo 45
tratados com aparelho extrabucal e aparelho fixo (Grupo Tratado), e 30 indivíduos que não receberam tratamento (Grupo Controle). Telerradiografias cefalométricas iniciais (T1)
e finais (T2) foram comparadas. A média de idade, no início do tratamento, foi de 10,23 anos para o Grupo Controle e de 11,04 anos para o Grupo Tratado, sendo o intervalo de
análise (T2-T1) de 1,35 anos e 3,61 anos, respectivamente. Os resultados foram descritos mediante a obtenção de medidas cefalométricas tradicionais, e pelo movimento dos pontos
cefalométricos em relação às coordenadas X e Y, obtidas a partir da base do crânio. As respostas ao tratamento e as alterações provocadas pelo crescimento, foram anualizadas e
comparadas pelo teste “t” de student e de Man-Whitney U. A análise dos dados, permitiu concluir que o tratamento restringiu de forma significante o crescimento para anterior da
maxila, expressado pela diminuição do ângulo SNA, menor deslocamento horizontal do ponto “A” e da Espinha Nasal Anterior. O plano Palatino girou no sentido horário, em média
0,14 graus/ano. O relacionamento ântero-posterior das bases ósseas foi melhorado, com significante redução das medidas esqueléticas. A base mandibular não foi significantemente
influenciada com o tratamento realizado.
UNITERMOS: Cefalometria; Maloclusão de Angle Classe II; Aparelhos de tração extra-bucal.

Cephalometric evaluation of treatment for Class II, Division 1 , using Kloehn


extrabucal and fixed appliances.
The present research was carried out with the object of evaluating the cephalometric results after treatment in which Kloehn extrabucal cervical traction and fixed appliances were used.
The study involved 75 patients with alterations resulting from normal growth with Class II, division 1 malocclusion. Forty five patients received treatment with face bow and fixed apparatus.
The control group was composed of 30 individuals. Both groups presented the same characteristics at the beginning of evaluation, when initial (T1) and final (T2) cephalometric
telerradiographs were compared. At the beginning of treatment, the average age was 10.23 years for the control group, and 11,04 years for the treated group, with an interval of analysis
(T1-T1) of 1.35 and 3.61 years, respectively. The results were analyzed by means of traditional cephalometric measurements, and cephalometric points in relation to coordinators X and
Y, obtained at the base of the cranium. The results of treatment and alterations of growth were annualized and compared using the student “t” and Man-Whitiney U tests. After studying
the data, we concluded that the treatment significantly restricted growth of the maxilla to the anterior, shown by the decrease of the SNA angle, a lesser horizontal dislocation of the “A” point
and the anterior nasal spine. The Palatine plane revolved clockwise, on an average of 0.14 degrees per year. The ante-posterior relationship of the osseous bases, showed definite
improvement, with marked reduction of skeletal measurements. The mandibular base was not significantly influenced by the treatment.
UNITERMS: Cephalometry; Malocclusion of Angle Class II; Extrabucal traction appliances.

Luiz Gonzaga Gandini Junior A


Joel Claudio da Rosa Martins B
C
Márcia Regina E. A. S. Gandini

A
PROFESSOR ASSISTENTE DOUTOR DA DISCIPLINA DE ORTODONTIA PREVENTIVA DO DEPARTAMENTO DE CLÍNICA INFANTIL DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA - UNESP
B
PROFESSOR ADJUNTO DA DISCIPLINA DE ORTODONTIA PREVENTIVA DO DEPARTAMENTO DE CLÍNICA INFANTIL DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA - UNESP (ORIENTADOR)
C
MESTRE E DOUTORA EM ODONTOPEDIATRIA. MESTRANDA EM ORTODONTIA PELA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA - UNESP.

Luiz G. Gandini Júnior * RESUMO DE TESE APRESENTADA À FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA, DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE DOUTOR.

REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA MAXILAR VOLUME 2, Nº 6 NOVEMBRO / DEZEMBRO - 1997 75
INTRODUÇÃO muitos componentes do crescimento e Vários autores observaram a ação da
A má-oclusão classe II divisão pri- resposta aos aparelhos não são precisa- tração cervical do tipo “Kloehn” sobre a
meira atinge a maior parte da população mente conhecidas, dados quantitativos maxila, sendo a retração do ponto “A” e
que procura tratamento ortodôntico, são discutíveis. Porém, qualitativamente diminuição do ângulo SNA, verificada por
apresentando-se em 40% da mesma é possível se determinar com precisão a Klein, 27 King, 26 Blueher, 10 Sandusky, 44
(Silva Filho 1989) 45 . Esse tipo de resposta esperada no tratamento quan- Wieslander, 52 Ringenberg & Butts, 42
problema apresenta uma etiologia do esses dois fatores são considerados49. Brown, 12 Cangialosi et al., 15 Mays, 33
multifatorial, e da mesma forma algumas Parece existir evidências suficientes de Barton, 5 Prado, 41 Creekmore, 16
possibilidades de tratamento. Do ponto que a terapia com aparelho extrabucal Droschl,18 Telles,47 Henriques,22 Knight,30
de vista estético e cefalométrico, a classe pode produzir alterações no esqueleto Hubbard et al.23 e Mills et al.36
II pode ser provocada por protrusão crânio facial humano, porém a contro- Outro efeito esquelético observado
maxilar, retrusão mandibular ou a vérsia que permanece é qual a magnitu- sobre a maxila, foi a rotação do plano
associação dos dois fatores. Moyers, 37 de e direção dessas mudanças.11,18 palatino no sentido horário, que foi des-
divide a má-oclusão de classe II como crito por Klein, 27 Newcomb,39 Blueher,10
podendo se apresentar com seis REVISÃO DA LITERATURA Wieslander, 53 Sandusky, 44 Funk, 19
possibilidades ântero-posteriores e cinco Em relação aos princípios mecâni- Ringenberg & Butts, 42 Barton, 5 Root, 43
verticais, ou ainda a combinação das cos relacionados ao uso de forças ex- Brown, 12 Cangialosi et al., 15 Prado, 41
mesmas. Essa variabilidade, permite um trabucais sobre o complexo maxilar, Telles, 47 Henriques, 22 Hubbard et al.23
plano de tratamento, durante a fase de podemos dizer que, Gould (1957), 20 e O’reilly et al. 40 Por outro lado,
crescimento, que tenha como objetivo, a Greespan (1970),21 Armstrong (1971),4 Kloehn, 28 Boecler et al., 11 Berntsein et
restrição do crescimento ântero- Watson (1968),51 Worms et al. (1973),55 al., 8 Knight, 30 e Mills et al., 36 não
posterior da maxila, ou o estímulo do Jacobson (1979)25 e Teuscher (1986),49 observaram tal resultado.
crescimento da mandíbula, ou ainda os afirmam que o movimento da maxila ou Em relação ao ângulo SNB, Blueher,10
dois fatores associados. O aparelho do primeiro molar superior, depende Sandusky,44 Ringenberg & Butts,42 Mills
extrabucal de Kloehn, dos mais utiliza- da relação entre a linha de ação da et al.,36 e Cangialosi et al., 15 concluíram
dos na ortodontia contemporânea, é força aplicada e o centro de resistência que não houve diferença significante na
tradicionalmente usado com a finalidade do dente, da maxila e do complexo alteração do mesmo quando do uso de
principal de, restringir o deslocamento dento-alveolar maxilar. Todos autores tração cervical. No entanto, Mays, 33
para anterior da maxila, durante o cres- concordam com o centro de resistência Knight 30 e Barton, 5 observaram uma
cimento. do primeiro molar superior próximo da redução no mesmo ângulo,
Kloehn,28 em 1947, foi quem estabe- trifurcação da raiz. Devemos salientar, provavelmente em função de uma rotação
leceu a utilização do aparelho extra bu- porém, que Teuscher (1986),49 definiu mandibular para baixo e para trás. Por
cal de tração cervical, como é conhecido que a maxila possui dois centros de re- outro lado ainda, Hubbard et al., 23
nos dias de hoje. Através de uma modifi- sistência. Um para o processo dento- observaram um aumeto no valor desse
cação, com a colocação de uma asa in- alveolar e outro para a base maxilar, e ângulo mesmo com o uso de tração
terna e uma externa, ele conseguia me- que a resultante do movimento era em cervical.
lhor controle da movimentação dentária. relação a esses dois centros. Esse O ângulo ANB foi reduzido
Esse tipo de aparelho extrabucal tem mesmo autor lembrou ainda que o significantemente, segundo Sandusky,44
sido intensamente usado na ortodontia, movimento dos molares ou da maxila Ringenberg & Butts, 42 Barton, 5
pelo fato de que inegavelmente é o de era uma interação entre o movimento Wieslander,52,53 Brown, 12 Mills et al., 36
maior comodidade e de mais fácil acei- provocado pelo aparelho extrabucal e Knight 30 e Cangialosi et al., 15 Porém,
tação pelos pacientes, portanto aumen- o vetor de deslocamento resultante do Merrifield & Cross,35 encontraram difi-
tando a cooperação 1, 48 crescimento. culdade para reduzir esse mesmo
Existem muitos trabalhos na literatu- Segundo Gould (1957),20 Greenspan ângulo, com a utilização de tração
ra estudando os efeitos de tratamento (1970),21 Armstrong (1971),4 Worms et cervical.
desse aparelho. Muitas questões tem sido al. (1973)55 e Jacobson (1979),25 o tipo Uma outra variável bastante
pesquisadas, como a distalização e de movimento vertical da maxila e do pri- estudada pelos autores foi a inclinação
extrusão dos molares superiores, as al- meiro molar superior está diretamente do plano mandibular. Klein, 27
terações no complexo maxilar e a relacionada ao tipo de tração aplicada, e Newcomb, 39 Blueher,10 Wieslander,52,53
abertura do plano mandibular. da decomposição da força em relação ao Mays, 33 Barton, 5 Root, 43 Wieslander &
Com relação à essas respostas, é ne- centro de resistência. Se a tração for alta, Buck, 54 Mills et al., 36 Brown, 12
cessário que se faça uma interação entre média ou baixa (Kloehn), podemos obter Merrifield & Cross, 35 Knight 30 e
o crescimento e a biomecânica dos apa- intrusão, nenhum movimento vertical ou Melsen, 34 concluíram que o ângulo do
relhos. Como a quantidade e direção de extrusão respectivamente. plano mandibular aumentou com o uso

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da tração cervical. Ao contrário, MATERIAL E MÉTODO 1- Relação dentária de classe II di-
Kloehn, 29 King,26 Sandusky,44 Baumrind visão primeira de molares e caninos,
et al., 6,7 Cangialosi et al., 15 Burke & MATERIAL que variava de meia classe II (3mm) à
Jacobson, 13 Telles, 47 Boecler et al. 11 e Uma amostra de 75 indivíduos, bra- classe II completa (6mm). 2
Hubbard et al., 23 não observaram dife- sileiros Caucasianos, com ancestrais pre- 2- perfil de classe II.
renças estatisticamente significantes dominantemente europeus, foram 3- sobressaliência maior que 3 mm.
nesse mesmo ângulo. selecionados para esse estudo. Quarenta 4- padrão facial meso , dolico ou
Com relação a altura facial anterior e cinco deles foram tratados com apare- braquifacial leve.
inferior, Burke & Jacobson, 13 Cangialosi lho extrabucal do tipo “Kloehn” e apare- Para grupo controle (Grupo 2) fo-
et al.,15 Brown,12 Creekmore,16 Mays33 e lhagem fixa superior e inferior (Grupo ram selecionados 30 indivíduos com ca-
Root,43 afirmam que essa dimensão au- 1). Esse grupo foi selecionado dos arqui- racterísticas faciais e oclusais semelhantes
menta com o uso de tração cervical de vos de pacientes da Faculdade de Odon- ao grupo tratado, porém, não receberam
“Kloehn”. Em contrapartida, Ringenberg tologia de Araraquara (UNESP), do nenhum tratamento.
& Buts,42 não encontraram nenhuma al- Instituto Araraquarense de Ortodontia, do Na caracterização dos padrões faciais
teração nessa dimensão. Centro Odontológico Araraquara, na das amostras, utilizou-se a classificação
O objetivo do presente trabalho foi cidade de Araraquara, e do consultório de Siriwat & Jarabak46 (Altura Facial Pos-
avaliar cefalometricamente as alterações do Dr. Toshio Uetanabaro, na cidade de terior/Altura Facial Anterior x 100), que
provocadas pelo aparelho extrabucal de São Carlos, no Estado de São Paulo, Bra- toma como base a proporção entre a al-
Kloehn, e aparelho fixo, no tratamento sil. Todos os pacientes foram diagnosti- tura facial total anterior e posterior. As-
da classe II, divisão 1a, comparadas com cados como Classe II, Divisão primeira, sim sendo, no grupo tratado (Grupo 1),
as alterações do crescimento nesse tipo e selecionados de acordo com o seguinte 57,77% (26 casos) apresentavam um
de má-oclusão. critério: padrão normal ou mesofacial; 28,88%

Tabela 1 - Características da amostra estudada - idade em anos


T1 T2 T1-T2
SEXO GRUPO média média média
mínimo-máximo mínimo-máximo mínimo-máximo

TRATADO 11,23 15,03 3,79


n=19 8,9-13,56 11,62-17,6 2,24-7,64
MASCULINO
CONTROLE 10,29 11,71 1,42
n=12 7,65-11,82 8,72-13,22 0,9-3,55

TRATADO 10,89 14,37 3,48


n=26 9,16-13,13 12,11-16,74 1,97-6,35
FEMININO
CONTROLE 10,18 11,5 1,31
n=18 7,52-12,42 9,77-13,3 0,61-3,55

TRATADO 11,04 14,65 3,61


n=45 8,9-13,56 11,62-17,6 1,97-7,64
AMBOS SEXOS
CONTROLE 10,23 11,58 1,35
n=30 7,52-12,42 8,72-13,3 0,61-3,55

(13 casos) eram braquifaciais leves ou casos) eram horizontais ou braquifaciais teste Man-Whitney U, não houve
horizontais e 13,33% (6 casos) eram ver- leves e 16,66% (5 casos) eram significância entre as médias, o que
ticais ou dolicofaciais leves. Para o grupo dolicofaciais leves ou verticais. O valor caracteriza os grupos como semelhantes
controle (Grupo 2), 66,66% (20 casos) médio para essa análise, no Grupo em relação ao padrão facial.
dos pacientes apresentavam padrão de Tratado, foi de 61,34% e, para o Grupo Um resumo das características das
crescimento facial normal; 16,66% (5 Controle, de 62,29%, sendo que, para o amostras pode ser visto na Tabela 1.

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Descrição do tratamento realizado inferior, fechamento de alguns diastemas algum tempo após a data das
no arco superior e correção da posição telerradiografias iniciais. Para se
O grupo experimental foi tratado individual de cada dente para o término anualizar as alterações morfológicas,
com aparelho extrabucal do tipo Kloehn, dos casos dentro das características de provocadas pelo crescimento e/ou tra-
adaptado a um arco facial com bandas oclusão normal.2 Durante essa fase, o tamento nas variáveis estudadas, foi
colocadas nos primeiros molares perma- paciente ainda usava o aparelho adotado método preconizado por De
nentes (Figura 1). Nenhuma angulação extrabucal durante a noite (8 horas). Marshal (1974),17 que identifica em de-
foi dada na asa externa do arco facial, Nenhuma avaliação quanto à colabora- cimais, o dia exato da ocorrência de cada
no início do tratamento, sendo que ção foi considerada, porém, entende-se evento: nascimento, primeira e segunda
ajustes subseqüentes, ocasionalmente que os pacientes eram bons colaborado- telerradiografias. Dessa forma, todas as
eram feitos, dependendo de como o res, uma vez que em todos os casos a alterações foram computadas, tomando-
tratamento se desenvolvia (rotação dos relação ântero-posterior foi obtida com se por base as mudanças anuais, de cada
primeiros molares), de forma a manter sucesso. variável, em milímetros ou graus por ano,
o aparelho confortavelmente situado Nessa fase, o grupo tratado (1) e o seguindo a fórmula abaixo:
entre os lábios. O comprimento da asa grupo controle (2) foram comparados,
externa foi feito de maneira que a mesma com base em medidas cefalométricas (Variável tempo2 - Variável tempo1)
era 2,5 cm mais longa que o ponto de tradicionais e também analisou-se os
contato do arco interno com a entrada movimentos de todos os pontos (Idade tempo2 - Idade tempo1)
dos tubos bucais dos molares. No sentido cefalométricos utilizados na construção
ântero-posterior, o arco externo era dessas medidas, computados nas
mantido sempre afastado do incisivos coordenadas horizontal (X) e vertical Planejamento Estatístico
superiores. (Y) (Figura2 e 3) e (Tabela 2).
O relacionamento ântero-posterior Os dados obtidos em cada medida
foi todo obtido com a tração extrabucal MÉTODO cefalométrica foram computados (dois
e nenhum outro aparelho era utilizado grupos e quarenta e cinco réplicas no
até que pelo menos a relação dos Análise Cefalométrica Grupo 1 e trinta réplicas no Grupo 2),
primeiros molares fossem de oclusão para verificar a hipótese nula de que os
normal. Uma força inicial entre 350 e Um cefalograma em norma lateral foi efeitos provocados pelo tratamento (Gru-
450 gramas foi colocada e um tempo de traçado pelo mesmo operador, sobre po 1), ou pelo crescimento no grupo
uso de 14 a 18 horas/dia foi indicado. cada telerradiografia previamente obtida. controle (Grupo 2), sobre as médias das
Quando o relacionamento ântero- As estruturas bilaterais foram ambas diferenças das medidas cefalométricas,
posterior foi conseguido, uma redução traçadas e considerou-se uma média no anualizadas, foram iguais entre si.
de uso para 8 a 10 horas foi recomendado momento da digitação, que foi feita, utili- As variáveis foram inicialmente sub-
e aparelhos fixos foram colocados para zando-se um microcomputador IBM metidas às estatísticas de “Kurtosis” e
finalização do caso, que geralmente compatível, e o programa “Dentofacial “Skewness”, em relação ao erro padrão,
consistia na correção da curva de Spee Planner” * . Todos os pontos foram e verificou-se que um pequeno
digitalizados sobre uma mesa percentual das mesmas apresentava dis-
digitalizadora* e utilizando-se um pro- tribuição normal. Destas, a grande mai-
grama padrão desenvolvido no Departa- oria apresentava distribuição normal em
mento de Ortodontia da “Baylor College um grupo, mas anormal em outro. Ape-
of Dentistry”. Vinte e sete pontos foram nas os ângulos SNB, SN.PP e Is.Ii e as
utilizados na digitalização, para poder-se medidas IiAh e MiCh apresentaram dis-
obter medidas nas coordenadas X e Y. tribuição normal em ambos os grupos.
Trinta e oito grandezas cefalométri- Dessa forma, foram feitas inúmeras ten-
cas foram selecionadas, para se avaliar tativas de se transformarem as variáveis,
de forma setorizada as respostas em de- para que se pudessem utilizar testes
terminadas áreas ou dimensões da face, paramétricos. Não sendo isso possível,
sendo vinte angulares e dezoito optou-se pela aplicação do teste Man-
lineares, de acordo com as Tabela 2 e Whitney U, quando pelo menos uma das
Figuras 2 e 3. variáveis em um dos grupos era não nor-
As idades iniciais dos pacientes re- mal. E, para as outras variáveis com
presentavam as idades das tomadas das
Figura 1 - Vista lateral do aparelho de tração telerradiografias e, dessa forma, deve-se * Dentofacial Software, Inc., Toronto, Ontario,
cervical do tipo “Kloehn”. considerar que os tratamentos iniciaram Canada. * Numonics.

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Tabela 2 - Variáveis cefalométricas tradicionais e distâncias dos pontos cefalométricos nas coordenadas X e Y - Medidas Esqueléticas.

VARIÁVEL DEFINIÇÃO

MEDIDAS ESQUELÉTICAS MAXILARES ÂNTERO-POSTERIORES

1. SNA Ângulo que mede a posição relativa da maxila na direção ântero-posterior, em relação à base do crânio
2. Co-A Medida linear ântero-posterior que representa a profundidade da face média
3. Pt.A h Medida linear do ponto A, perpendicular à coordenada Y
4.ENA h Medida linear da espinha nasal anterior, perpendicular à coordenada Y
5.ENP h Medida linear da espinha nasal posterior, perpendicular à coordenada Y
6. A-NPg Distância do ponto A à linha que une o ponto Nasion ao ponto pogônio

MEDIDAS ESQUELÉTICAS MAXILARES VERTICAIS

7. N-ENA Medida linear que representa a altura facial anterior da face média
8. S-ENP Medida linear que representa a altura facial posterior da face média
9. SN.PP Ângulo que representa a inclinação do plano palatino, em relação à base anterior do crânio
10. Pt.A v Medida linear do ponto A, perpendicular à coordenada X
11. ENA v Medida linear da espinha nasal anterior, perpendicular à coordenada X
12. ENP v Medida linear da espinha nasal posterior, perpendicular à coordenada X
13. SN.Plo Ângulo que mede a inclinação do plano oclusal em relação à base anterior do crânio

MEDIDAS ESQUELÉTICAS MANDIBULARES ÂNTERO-POSTERIORES

14. SNB Ângulo que representa a posição relativa da mandíbula, no sentido ântero-posterior, em relação à base do crânio
15. Co-Gn Medida linear que representa o comprimento total da mandíbula
16. Ar-Pg Distância linear entre o ponto Articular e pogônio
17. Go-Gn Medida linear que representa o comprimento do corpo mandibular
18. Co h Medida linear do ponto condílio, perpendicular à coordenada Y
19. Gn h Medida linear do ponto gnátio, perpendicular à coordenada Y
20. Ar h Medida linear do ponto articular, perpendicular à coordenada Y
21. Go h Medida linear do ponto gônio, perpendicular à coordenada Y
22. Me h Medida linear do ponto mentoniano, perpendicular à coordenada Y
23. Pg h Medida linear do ponto pogônio, perpendicular à coordenada Y
24. Pt.B h Medida linear do ponto B, perpendicular à coordenada Y

MEDIDAS ESQUELÉTICAS MANDIBULARES VERTICAIS

25. Co-Go Medida linear que representa a altura do ramo mandibular


26. S-Go Medida linear da altura facial total posterior
27-Â.Ramo Ângulo formado entre o ponto sela, o ponto articular e o ponto gônio
28. Â.Go Medida angular representativa do ângulo goníaco (Ar.Go.Me)
29.SN.GoMe Ângulo que representa a inclinação do plano mandibular em relação à base anterior do crânio
30. Ar v Medida linear do ponto articular, perpendicular à coordenada X
31. Co v Medida linear do ponto condílio, perpendicular à coordenada X
32. Gn v Medida linear do ponto gnátio, perpendicular à coordenada X
33. Go v Medida linear do ponto gônio, perpendicular à coordenada X
34. Pg v Medida linear do ponto pogônio, perpendicular à coordenada X
35. Me v Medida linear do ponto mentoniano, perpendicular à coordenada X
36. Pt.B v Medida linear do ponto B, perpendicular à coordenada X

RELAÇÃO INTERMAXILAR ÂNTERO-POSTERIOR

37. ANB Ângulo que mede a relação ântero-posterior dos maxilares


38. AO-BO Medida linear da relação maxilo-mandibular, no sentido ântero-posterior, projetada perpendicularmente no plano Oclusal
39. NAP Ângulo de convexidade, que une os pontos Násio, “A” e Pogônio
40. Pl. AB Ângulo formado entre a linha que une os pontos “A” e “B” e a linha que une os pontos Násio e Pogônio

RELAÇÃO INTERMAXILAR VERTICAL

41.ENA-Gn Medida linear que representa a altura facial anterior inferior


42.ENP-Go Medida linear que representa a altura facial posterior inferior
43. PP.PM Ângulo formado pelo plano palatino e plano Mandibular

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Figura 2 - Grandezas cefalométricas tradicionais Figura 3 - Grandezas cefalométricas tradicionais

distribuição normal, foi utilizado o teste RESULTADO tamento, observou-se que o ângulo SNA,
“t” de student. A tendência central para assim como o ponto ENP, na direção ho-
as distribuições não normais foi descrita A - Dados da análise do cefalograma rizontal não se modificaram com o cres-
pela mediana, e as dispersões pelos tradicional e dos movimentos dos cimento, no período estudado. As distân-
interquartis 25% e 75%. Na distribuição pontos cefalométricos nas coorde- cias A-NPg (0,49 mm/ano) e Co-A (1,89
normal, a tendência central foi descrita nadas X e Y. mm/ano) aumentaram de forma compa-
pela média, e a dispersão pelo desvio tível com o deslocamento para anterior
padrão. A.1 - Medidas esquéleticas maxila- do ponto “A”, e da Espinha Nasal Anteri-
A região crítica para testar-se a hipó- res ântero-posteriores. or (1,26 mm/ano e 1,44 mm/ano, res-
tese nula, relativa a determinado conjun- pectivamente).
to, foi construída ao nível de significância O Gráfico da Figura 4, mostra que as O tratamento realizado com aparelho
de 0,05 em ambas as distribuições. A re- tendências centrais das medidas repre- extrabucal de tração cervical, influen-
gra de decisão estabelecida expressou- sentativas da relação ântero-posterior da ciou, significantemente, as medidas
se, em termos da probabilidade maxila, exceto ENP h, demonstraram, ântero-posteriores da maxila. O ângulo
p=P(F>F0) - probabilidade de que a es- pelos valores de probabilidade “p”, na SNA (-0,54 mm/ano), a dimensão Co-A
tatística paramétrica ou não paramétrica, Tabela 3, diferenças estatisticamente (0,70 mm/ano), a distância A-NPg (-0,63
fosse maior do que o valor observado significantes entre os dois grupos. Dessa mm/ano) e os pontos A (0,05 mm/ano)
dessa estatística nos dados amostrais - forma, houve evidência amostral para e ENA (0,42 mm/ano) mostraram-se, es-
do modo que se segue: se p fosse maior rejeitar-se a hipótese de que o tatisticamente diferentes do grupo
do que 0,05, a hipótese nula foi não re- crescimento e o tratamento mais controle. No conjunto, essas alterações
jeitada e, em caso contrário, foi rejeitada. crescimento apresentaram efeitos significaram uma considerável restrição
As análises foram realizadas utilizando- iguais, sobre as medidas que caracteri- no crescimento para anterior da maxila.
se o pacote estatístico SPSS. (SPSS/pc+, zam as alterações da maxila na direção Somente o ponto ENP não foi capaz de
Advanced Statstics Package for Social Sciences. horizontal. mostrar diferença significante com o
SPSS, Inc., Chicago, Illinois 60611.). Na má-oclusão de Classe II, sem tra- tratamento.

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Tabela 3 - Medianas (ou médias) e quartis 25/75% (ou desvio padrão) das diferenças das medidas cefalométricas tradicionais e dos
movimentos dos pontos cefalométricos nas coordenadas X e Y.

Grupo 2 - Controle Grupo 1 - Tratado Man-Whitney U


Medidas Mediana DP - 25%/75% Mediana DP - 25%/75% “p”
Medidas esqueléticas maxilares ântero-posteriores
SNA -0,27 -0,12/0,66 -0,54 -0,85/-0,18 <0,001*
Co-A -1,89 -1,07/3,25 -0,70 -0,09/-1,35 <0,001*
Pt. A h -1,26 -0,76/1,98 -0,05 -0,29/-0,56 <0,001*
ENA h -1,44 -0,54/2,54 -0,42 -0,08/-1,12 <0,001*
ENP h -0,00 -0,65/1,01 -0,08 -0,57/-0,59 <0,499
A-NPg -0,49 -0,06/0,91 -0,63 -1,30/-0,18 <0,001*
Medidas esqueléticas maxilares verticais
N-ENA -1,17 -0,63/2,14 -0,99 -0,520/-1,44 <0,110
S-ENP -0,86 -0,30/1,87 -0,71 -0,420/-1,13 <0,405
SN.PP 1 -0,08 -1,33 -0,14 -0,607 <0,001*
Pt. A v -1,16 -0,56/1,94 -1,07 -0,670/-1,77 <0,995
ENA v -1,21 -0,52/1,80 -0,93 -0,540/-1,33 <0,314
ENP v -0,87 -0,57/1,65 -0,89 -0,590/-1,25 <0,545
SN.Plo -0,05 -1,25/0,40 -0,60 -1,220/-0,11 <0,045*
Medidas Esqueléticas mandibulares ântero-posteriores
SNB1 -0,51 -0,50 -0,24 -0,38 <0,097
Co-Gn -2,98 -2,19/-3,78 -2,56 -1,65/-3,41 <0,398
Ar-Pg -3,01 -2,09/-4.15 -2,40 -1,87/-3,39 <0,135
Go-Gn -2,59 -1,58/-3,55 -1,67 -0,92/-2,21 <0,002*
Co h -0,67 -1,40/-0,28 -0,27 -0,68/-0,01 <0,158
Gn h -1,67 -0,43/-2,32 -1,16 -0,42/-1,91 <0,462
Ar h -0,61 -1,27/-0,01 -0,29 -0,67/-0,06 <0,171
Go h -0,49 -2,16/-0,67 -0,19 -0,71/-0,17 <0,392
Me h -1,01 -0,41/-2,64 -0,99 -0,40/-1,71 <0,603
Pg h -1,86 -0,38/-2,47 -1,09 -0,58/-1,89 <0,163
Pt. B h -1,35 -0,76/-2,30 -0,89 -0,31/-1,60 <0,070
Medidas esqueléticas mandibulares verticais
Co-Go -1,01 -0,07/2,22 -1,38 -0,73/1,90 <0,386
S-Go -1,47 -0,31/3,07 -1,86 -1,40/2,56 <0,238
Â.Ramo -0,30 -0,96/2,30 -0,43 -0,16/0,44 <0,905
Â.Go -0,51 -1,06/0,63 -0,35 -0,16/0,68 <0,939
SN.GoMe -0,03 -0,78/0,73 -0,10 -0,56/0,34 <0,774
Ar v -0,98 -0,32/1,54 -0,65 -0,33/0,83 <0,713
Co v -0,58 -0,16/1,33 -0,51 -0,18/1,14 <0,987
Gn v -2,44 -1,63/3,43 -2,77 -1,93/3,53 <0,462
Go v -1,42 -0,20/3,25 -1,98 -1,60/2,55 <0,150
Pg v -2,32 -1,50/3,17 -2,83 -2,01/3,46 <0,194
Me v -2,33 -1,47/3,95 -2,83 -1,96/3,61 <0,537
Pt.B v -1,84 -1,19/2,99 -2,21 -1,17/3,01 <0,812
Relação inter-maxilar ântero-posterior
ANB -0,06 -0,38/-0,21 -0,70 -1,15/-0,43 <0,001*
AO-BO -0,04 -0,37/-1,14 -0,37 -0,95/-0,02 <0,002*
Convexidade-NAP -1,44 -0,51/-3,05 -0,71 -1,42/-0,09 <0,001*
Plano AB -0,79 -1,46/-0,39 -0,43 -0,10/-0,94 <0,001*
Relação inter-maxilar vertical
ENA-Gn -1,32 -0,69/2,45 -1,54 -1,15/2,01 <0,669
ENP-Go -0,94 -0,28/1,54 -1,14 -0,39/1,52 <0,901
PP.PM -0,31 -0,98/0,71 -0,03 -0,73/0,31 <0,636

1= distribuição normal (média e desvio padrão)


* = valores estatisticamente significantes - p < 0,05

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la (0,51 graus/ano), da mesma forma que
SNA*
-0,54 os pontos B (1,35 mm/ano), Gn (1,67
0,27
mm/ano), Me (1,01 mm/ano) e Pg (1,86
mm/ano), se deslocaram para frente,
0,7
Co-A* coerentes com o aumento das distâncias
1,89
Co-Gn (2,98 mm/ano) e Ar-Pg (3,01 mm/
Pt. A h* ano). A distância Go-Gn aumentou 2,59
1,26
mm/ano, o que é compatível com o
0,42
deslocamento para posterior do ponto
ENA h*
1,44 Go e para anterior de Gn.
O grupo, tratado com aparelho
0,08 extrabucal, mostrou somente a distância
ENP h
0
Go-Gn (1,67 mm/ano) como variável in-
-0,63 fluenciada de forma significante pelo
A-NP g*
0,49 tratamento, sendo que as outras
variáveis não sofreram alterações
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
significantes. Assim, parece que só o
Controle Tratado comprimento do corpo mandibular foi
significantemente influenciado. Embora
sem significância estatística, evidencia-
Figura 4 - Gráfico representativo das diferenças cefalométricas esqueléticas maxilares se uma tendência constante de restrição
ântero-posteriores (mm/ano ou graus /ano). (*) = média ou mediana estatisticamente
do crescimento mandibular em todas as
significante - “p” < 0,05.
medidas analisadas.

A.2 Medidas esqueléticas maxilares esqueléticas verticais da maxila, consi- A.4 - Medidas esqueléticas mandi-
verticais derando-se que Espinha Nasal Anterior, bulares verticais.
Espinha Nasal Posterior e o ponto “A”
As medidas representativas das alte- não foram influenciadas pelo tratamento, A aplicação da análise estatística para
rações verticais da maxila demonstram, mas plano Oclusal e o plano Palatino variáveis independentes aos dados das
pelo teste de Man-Whitney U (valor de foram influenciados de forma doze medidas que caracterizam as alte-
“p” < 0,05), que o tratamento influen- significante, sendo que o primeiro girou rações verticais do terço inferior da face,
ciou a inclinação do plano palatino no sentido anti-horário e o segundo no conforme Tabela 3, mostrou que o trata-
(SN.PP) e a inclinação do plano oclusal sentido horário. mento não foi capaz de influenciar, de
(SN.PlO), conforme Tabela 3. forma significante, nenhuma das variá-
Durante o crescimento, o Grupo con- A.3 - Medidas esqueléticas mandi- veis analisadas.
trole mostrou estabilidade do plano bulares ântero-posteriores. O Grupo tratado comportou-se de
Palatino (SN.PP = 0,08 graus/ano) e do forma semelhante ao grupo controle, e
plano Oclusal (SN.PlO = 0,05 graus/ano). A análise estatística para duas variá- o aparelho extrabucal do tipo Kloehn, se-
O ponto “A” apresentou um deslocamen- veis independentes, aplicada aos onze guido de aparelho fixo, não influenciou
to para baixo (1,16 mm/ano), que foi fatores que caracterizam as alterações significantemente nenhuma das medidas
menor que o da espinha nasal anterior. mandibulares ântero-posteriores, mos- utilizadas para análise do terço inferior
Com o tratamento, duas variáveis se trou, conforme Tabela 3 que, com da face. Entretanto identifica-se uma ten-
comportaram de forma diferentes em exceção da variável Go-Gn, o tratamento dência constante de aumento de todas as
relação ao grupo controle. Houve uma não influenciou, de forma significativa, medidas verticais da face inferior com o
tendência de rotação horária do plano o crescimento do terço inferior da face tratamento.
Palatino (SN.PP = 0,14 graus/ano). O no sentido horizontal.
plano Oclusal mostrou uma rotação no No grupo com má-oclusão de Classe A.5 - Relação intermaxilar ântero-
sentido anti-horário (SN.PlO = -0,60 II, Divisão primeira, os pontos Condílio, posterior.
graus/ano). Todas as outras variáveis Articular e Gônio mostraram uma discre-
não foram influenciadas de forma sig- ta tendência a se deslocar para trás, por O gráfico da Figura 5, bem como a
nificante. ação do crescimento, em -0,67 mm/ano, Tabela 3, mostram que o tratamento, in-
Em resumo, pode-se destacar que o -0,61 mm/ano e -0,49 mm/ano, respec- fluenciou de forma significante o rela-
aparelho extrabucal de tração cervical tivamente. O ângulo SNB expressou um cionamento maxilo-mandibular, no
provocou alguma influência nas medidas deslocamento para anterior da mandíbu- sentido ântero-posterior. Ocorreu a

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do ponto “A” para anterior que, tende
a ser proporcional ao do ponto N pela
-0,7
ANB* -0,06 remodelação óssea superficial. Este
princípio tem sido bastante divulgado na
literatura, pelos estudos clássicos e, foi
-0,37
AO-BO* 0,04 confirmado, mais recentemente, por
Iseri & Solow (1990), 24 Ursi (1993) 50 e
Martins (1997). 32 A espinha nasal
-0,71
NAP* 1,44 posterior não sofreu nenhuma alteração
espacial no sentido ântero-posterior, o
que pode ser justificado pelo fato de que
0,43
Pl. AB*-0,79 a quantidade de deslocamento primário
que a maxila sofreu para anterior, tenha
sido mais ou menos na mesma
-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 proporção em que o crescimento
aposicional, nessa região, deslizou o
Controle Tratado ponto ENP, para posterior. Dado
semelhante foi apontado, recentemente,
por Martins (1997). 32 No sentido
Figura 5 - Gráfico representativo das diferenças cefalométricas esqueléticas inter-maxilar vertical, observa-se que houve uma
ântero-posteriores (mm/ano ou graus/ano). (*) = média ou mediana estatisticamente tendência de rotação horária do plano
significante - “p”<0,05. Palatino , o que se confirmou por uma
maior descida da Espinha Nasal Anterior
(1,21mm/ano), em relação a Espinha
correção da Classe II com o tratamento, 0,31 graus/ano, enquanto a altura facial Nasal Posterior (0,87 mm/ano), durante
com influência esquelética. anterior inferior aumentou 1,32 mm/ano o crescimento, sobre a coordenada Y.
A relação horizontal dos maxilares, (ENA-Gn), e a posterior em 0,94 mm/ano Esses dados são coerentes com o
na má-oclusão de Classe II, sem trata- (ENP-Go). deslocamento do ponto “A” e do ponto
mento, manteve-se nitidamente estável, A análise estatística das variáveis ce- ENP, porém discordantes com os
quando analisada sobre o plano oclusal falométricas não mostrou influências do achados de Ursi 50 e Martins. 32
(AO-BO = 0,04 mm/ano), ou com o tratamento no grupo experimental. O ân- O grupo tratado mostrou uma dimi-
critério do ângulo ANB (0,06 graus/ano). gulo PP.PM praticamente não se alterou nuição absoluta no ângulo SNA de 0,54
O ângulo de convexidade e o ângulo da (-0,03 graus/ano) e as dimensões verti- graus/ano, o que denota uma restrição no
linha AB tenderam a aumentar, em 1,44 cais aumentaram anualmente, na ordem desenvolvimento anterior da maxila, na
graus/ano e 0,79 graus/ano, de 1,54 mm e 1,14 mm para ENA-Gn e proporção de 0,81 graus/ano. O compri-
respectivamente. ENP-Go, respectivamente, o que não foi mento maxilar (Co-A) também foi restrin-
O tratamento foi capaz de reduzir a diferente do grupo controle. gido, experimentando uma restrição
diferença ântero-posterior, em todas as correspondente à quase dois terços do
variáveis analisadas. Dessa forma, o ân- DISCUSSÃO comprimento exibido pelo grupo contro-
gulo ANB foi reduzido 0,70 graus/ano, le. O ponto “A”, com o tratamento, não se
a distância AO-BO em 0,37 mm/ano, o Alterações esqueléticas na maxila deslocou para anterior, enquanto a Espi-
ângulo de convexidade em 0,71 graus/ nha Nasal Anterior deslocou-se 0,42 mm/
ano e o ângulo do plano AB em 0,43 O grupo controle de Classe II exibiu ano. Estes pontos cefalométricos mostra-
graus/ano. a base maxilar, crescendo para anterior, ram similar restrição do deslocamento
de forma que a distância Co-A aumentou anterior da maxila. Essa resposta é com-
A.6 - Relação intermaxilar vertical. em 1,89 mm/ano, o que está de acordo patível com inúmeros autores, como
com os estudos de McNamara Jr.(1984) Klein, 27 King, 26 Blueher, 10 Sandusky,44
A Tabela 3, mostra que o tratamento 31
Ursi (1993) 50 e Martins (1997). 32 Wieslander, 52 Ringenberg & Butts, 42
não influenciou de forma significante as Dessa maneira, o ponto “A” e a espinha Brown, 12 Cangialosi et al., 15 Mays, 33
dimensões inter-maxilares no sentido ver- nasal anterior, deslocaram-se para Barton, 5 Prado,41 Creekmore,16 Droschl,18
tical. O crescimento, na má-oclusão de anterior, em relação à coordenada Y Telles,47 Henriques,22 Knight,30 Hubbard et
Classe II não tratada, exibiu uma tendên- (perpendicular a SN -7º). O ângulo SNA al.,23 Mills et al. 36 e Ursi.50 A Espinha
cia de fechamento do ângulo do plano mostrou-se relativamente estável, Nasal Posterior não foi influenciada com
Palatino com o plano Mandibular em coerente ao princípio de deslocamento o tratamento e não mudou de posição no

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sentido ântero-posterior, o que está de que é coerente com o deslocamento para O grupo tratado mostrou que no sen-
acordo com o apontado na investigação anterior do ponto Gn em relação à co- tido ântero-posterior, na base
de Martins. 32 ordenada Y em 1,67 mm/ano. Esse dado mandibular, não há influência
No sentido vertical, observa-se que o ainda, é compatível com o encontrado estatisticamente significante com o
tratamento não aumentou a altura ante- por McNamara Jr. 31 e Martins. 32 O tratamento empregado. Apenas o
rior do terço médio da face de forma es- ângulo SNB exibiu um discreto aumento comprimento Go-Gn mostrou diferença
tatisticamente significante, no grupo anual de 0,51 graus, e, dessa forma, estatisticamente significante entre os dois
tratado em relação ao grupo controle. O mostra que a mandíbula está crescendo grupos, ao nível de significância de 2%.
deslocamento vertical do ponto “A” e da para anterior numa velocidade um Todas as outras variáveis estudadas
espinha nasal anterior, ocorreram de pouco maior que a maxila nessa fase, e exibiram, consistentemente, valores nu-
forma semelhante ao grupo controle. que o ponto B está se deslocando para méricos inferiores ao grupo controle,
Esses achados concordam com os de anterior, mais que o ponto “A” . Os mas não significantes. Com relação ao
Ringemberg & Buts, 42 que observaram resultados mostram, ainda, que os ângulo SNB, especificamente, a revisão
estabilidade na altura facial anterior pontos Me, Pg e “B”, deslocaram-se da literatura apontou uma controvérsia,
inferior, quando do uso de aparelho para anterior sobre a coordenada X, porque alguns autores não observaram
extrabucal de Kloehn. Em contrapartida, conforme a Tabela 3. A distância Ar-Pg alteração nesse ângulo, Blueher, 10
são discordantes com Brown,12 Burke & aumentou em 3,01 mm/ano e Go-Gn em Sandusky,44 Ringenberg & Butts, 42 Mills
Jacobson, 13 Cangialosi et al., 15 2,59 mm/ano. Os pontos Ar, Co e Go, se et al. 36 e Cangialosi et al.. 15 Enquanto
Creekmore, 16 Mays 33 e Root, 43 que deslocaram para posterior, o que era outros, Mays, 33 Knight 30 e Barton 5
observaram aumento do terço inferior esperado. A posição relativa da mandí- mostraram uma redução, provavelmente,
anterior da face, durante o tratamento. A bula pode ser influenciada para anterior em função de uma rotação mandibular
espinha nasal posterior e a distância S- por atividade de remodelação óssea na para baixo e para trás. Por outro lado,
ENP não mostraram diferenças cavidade glenóide conforme demonstra- Hubbard et al. 23 observaram até um
significantes em relação ao grupo do por Martins 32 e Ursi 50,ou ainda, pelo aumento no valor desse ângulo com o
controle e, dessa forma, se deslocaram crescimento da base posterior do crânio. uso de tração cervical.
para inferior, na mesma proporção, o No sentido vertical, os pacientes de O mesmo tipo de resposta foi encon-
que está de acordo com Martins. 32 A Classe II não tratados, mostraram um trado nas medidas esqueléticas mandi-
inclinação do plano Palatino foi uma ângulo do plano Mandibular estável com bulares verticais. Nenhuma das variáveis
variável influenciada de forma significan- o crescimento. Esse fenômeno não estudadas mostrou comportamento dife-
te com o tratamento, rodando muito encontra suporte lógico se observarmos rente estatisticamente significante, em re-
pouco no sentido horário, na proporção que o ponto Go deslocou-se verticalmente lação ao grupo não tratado. Novamente,
de 0,14 graus/ano, enquanto no grupo menos que o ponto Gn (1,42 mm/ano e aqui, todos os valores em termos abso-
controle, a rotação média foi de 0,08 2,44 mm/ano respectivamente). lutos foram maiores no grupo tratado,
graus/ano, portanto duas vezes mais. Vá- Conforme explica Martins 62, porém, o porém não o suficiente para mostrar
rios outros autores observaram resultado ponto Go deslocou-se pouco no sentido significância. Pode-se destacar como
semelhante, dentre os quais Klein, 27 horizontal (-0,49 mm/ano), enquanto exemplo, a inclinação da base mandibu-
Newcomb, 39 Blueher, 10 Wieslander, 52 que Gn deslocou-se muito mais para lar em relação à base do crânio
Sandusky, 44 Funk, 19 Ringenberg & anterior (1,67 mm/ano), e quando isso (SN.GoMe), cujo comportamento foi
Butts, 42 Barton, 5 Root, 43 Brown, 12 acontece, o plano mandibular tende a inalterado. Com relação a essa variável,
Cangialosi et al, 15 Henriques,22 Prado,41 se manter estável ou até girar no sentido mais uma vez a literatura é ambígua, por-
Telles,47 Hubbard et al.23 e O’reilly et al..40 anti-horário. Assim sendo, é bastante que autores como, Klein, 27 Newcomb, 39
Por outro lado, Kloehn, 28 Boecler, et al.11 interessante que o deslocamento do Blueher, 10 Wieslander, 52, 53 Mays, 33
Bernstein et al.,8 Knight,30 e Mills et al. 36 ponto Go seja mais vertical do que Barton, 5 Root, 43 Wieslander & Buck, 54
não observaram o mesmo resultado. O ântero-posterior, e o contrário seja Mills et al., 36 Brown, 12 Merrifield &
plano Oclusal mostrou, de forma observado com o Gn. Os pontos Gn e Me Cross,35 Knight 30 e Melsen 34 concluíram
significante, uma maior tendência de desceram 2,44 mm/ano e 2,33 mm/ano que o ângulo do plano mandibular au-
rotação no sentido anti-horário. respectivamente, enquanto que o ponto mentou com o uso da tração cervical. Ao
“B” desceu 1,84 mm/ano, o que é contrário, Kloehn, 29 King, 26 Sandusky,
Alterações esqueléticas na man- explicado por Buschang et al. (1992),14 44
Baumrind et al., 6, 7 Cangialosi et al., 15
díbula que ratificou o conceito de que o aumento Burke & Jacobson,13 Telles,47 Boecler et
da sínfise mandibular ocorre por al.11 e Hubbard et al. 23 observaram dife-
A base mandibular, no grupo con- aposição óssea não só no processo renças insignificantes nesse mesmo ân-
trole de Classe II, mostrou a distância alveolar mas também na borda inferior gulo, produzidas pelo uso do aparelho
Co-Gn aumentando em 2,98 m/ano, o do mento. extrabucal de Kloehn.

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Relação Maxilo-mandibular dimensão vertical exibiu uma certa es- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
tabilidade, uma vez que o ângulo entre
No grupo com má-oclusão de Classe o plano Palatino e o Mandibular, 01 - ALEXANDER, R. G. The Alexander
II, sem tratamento, observou-se a manu- alterou-se em somente 0,31 graus/ano. discipline contemporary con-
cepts and philosophies.
tenção do mal relacionamento ântero- Esses dados são muito semelhantes aos
Glendora Ormco, 1986. p. 135-47.
posterior, entre a base óssea maxilar e observados por Martins (1997). 32
02 - ANDREWS, L. F. The six keys to nor-
mandibular. O ângulo ANB exibiu uma O tratamento não influenciou, de for- mal occlusion. Am J Orthod
discreta redução de 0,06 graus/ano, en- ma significante, as dimensões verticais da Dentofac Orthop, v. 62, p. 296-
quanto que o Wits (AO-BO), um discreto face, uma vez que, a Altura Facial Inferior, 309, 1972.
aumento de 0,04 mm/ano. O ângulo de anterior e posterior mantiveram uma boa 03 - ANGLE, E. H. Classification of maloc-
convexidade aumentou 1,44 graus/ano e proporção no deslocamento vertical dos clusion. Dent Cosmos, v. 41, p.
o plano AB diminuiu em 0,79 graus/ano. pontos cefalométricos, da mesma forma 248, 1890.
Alguns trabalhos na literatura mostram que não alterou o ângulo entre as bases 04 - ARMSTRONG, M. M. Controlling the
que a maxila e a mandíbula crescem para ósseas (PP.PM = -0,03 graus/ano). Esse magnitude, direction, and duration
baixo e para frente, com uma discreta resultado é compatível com o de of extraoral force. Am J Orthod
Dentofac Orthop, v. 59, p. 217-
tendência de que a mandíbula cresça Ringenberg & Buts, 42 mas conflitante
43, 1971.
mais nessa fase (Björk & Skieller, 1972 9 com Burke & Jacobson, 13 Cangialosi et
05 - BARTON, J. J. High-pull headgear
e Martins, 1997 32 ). O trespasse al., 15 Brown, 12 Creekmore,16 Mays 33 e versus cervical traction : a cephalo-
horizontal (OJ = 0,00) também se man- Root, 43 que apontaram aumento desta metric comparison. Am J Orthod
teve, durante o crescimento. Isso se deve medida com o uso de tração cervical de Dentofac Orthop, v. 62, p. 517-
ao fato de que, se os incisivos superiores Kloehn. 29, 1972.
exibiram uma tendência de lingualização, 06 - BAUMRIND, S. et al. Changes in fa-
o mesmo foi observado com os inferio- CONCLUSÃO cial dimensions associated with the
res. Como consequência, o ângulo use of forces to retract the maxilla.
interincisal mostrou um aumento de 0,59 Com base na metodologia emprega- Am J Orthod Dentofac Orthop,
graus por ano. da e nos resultados obtidos, parece v. 80, p. 17-30, 1981.
07 - BAUMRIND, S. et al. Quantitative
No grupo que recebeu tratamento foi lícito concluir que o tratamento com
analysis of the orthodontic and
evidenciada uma influência sobre a re- aparelho extrabucal do tipo Kloehn e
orthopedic effects of maxillary
lação ântero-posterior dos maxilares de aparelho fixo: traction. Am J Orthod Dentofac
forma estatisticamente significante, uma 1-Influenciou de forma significante Orthop, v. 84, p. 384-98, 1983.
vez que todas as variáveis foram influ- o crescimento horizontal da maxila, 08 - BERNSTEIN, L.: ULBRICH, W. R.;
enciadas. O ângulo ANB foi reduzido em restringindo o deslocamento ântero- GIANELLY, A. A. Orthopedics versus
0,70 graus/ano, redução esta concor- posterior (SNA, Co-A, ponto “A”, ENA orthodontics in class II treatment :
dante com Sandusky, 44 Ringenberg & e A-NPg). an implant study. Am J Orthod
Butts, 42 Barton, 5 Wieslander, 52, 53 2- Não influenciou o crescimento Dentofac Orthop, v. 72, p. 549-
Brown, 12 Mills et al., 36 Knight 30 e vertical da maxila, não ocorrendo di- 59, 1977.
Cangialosi et al.. 15 Merrifield & Cross, 35 ferença estatisticamente significante no 09 - BJÖRK, A.; SKIELLER, V. Facial devel-
opment and tooth eruption in a
porém, encontraram dificuldade para comportamento da Espinha Nasal An-
implat study at the age of puberty.
identificar uma redução significante terior, do ponto “A” e da Espinha Nasal
Am J Orthod Dentofac Orthop,
nesse ângulo, com a utilização de tração Posterior. v. 62, p. 339-83, 1972.
cervical. Coerente com esta redução do 3- O plano Palatino girou no 10 - BLUEHER,W. A. Cephalometric analy-
ANB, foi a redução do AO-BO em 0,37 sentido horário enquanto o plano sis of treatment with cervical an-
mm/ano, da convexidade facial em 0,71 Oclusal no sentido anti-horário. chorage. Angle Orthod, v. 29, p.
graus/ano e do plano AB em 0,43 graus/ 4- Não influenciou de forma signi- 45-53, 1959.
ano. A somatória dessas alterações ficativa o crescimento da mandíbula, 11 - BOECLER, P. R. et al. Skeletal
horizontais, consolida a correção da no sentido vertical ou ântero-posterior, changes associated with extraoral
Classe II, através de respostas uma vez que as variáveis estudadas appliance therapy : an evaluation
esqueléticas e dento-alveolares na mostraram o mesmo comportamento of 200 consecutively treated cases.
Angle Orthod, v. 59, p. 263-70,
direção ântero-posterior. nos dois grupos, inclusive o ângulo do
1989.
A relação intermaxilar vertical mos- plano Mandibular. 12 - BROWN, P. A cephalometric evalua-
trou, no grupo de Classe II sem trata- 5- Reduziu a discrepância ântero- tion of high-pull molar headgear
mento, a Altura Facial Anterior inferior, posterior das bases ósseas (ANB, AO- and face bow neck strap therapy.
aumentando em 1,32 mm/ano e a BO, NAP e plano AB), mas não foi capaz Am J Orthod Dentofac Orthop,
distância ENP-Go em 0,94 mm/ano. Essa de influenciá-las na dimensão vertical. v. 74, p. 621-32, 1978.

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