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custos de manutenção
O objetivo deste texto é descrever ações de Engenharia de Manutenção para aumentar a disponibilidade dos
equipamentos e reduzir os custos de manutenção. As ações propostas atenuam as dificuldades encontradas
pelas equipes de manutenção na execução diária de suas atividades, incluindo cuidados especiais para sua
implementação e um método para avaliação do retorno sobre as mudanças.
De acordo com a pesquisa “A Situação da Manutenção no Brasil”, realizada em 2001 pela Abraman –
Associação Brasileira de Manutenção (www.abraman.org.br), os custos com manutenção no País
representam 4,2% do PIB, totalizando 28 bilhões de dólares anuais, e que aproximadamente 4% do
faturamento bruto das empresas é gasto em ações de manutenção, revelando que parte significativa do lucro
pode estar sendo consumida neste setor.
Nestes custos estão incorporados gastos com mão-de-obra, peças sobressalentes e contratação de serviços.
Estão também inclusos os gastos adicionais com horas extras dos funcionários da manutenção em
decorrência das paradas imprevistas causadas por manutenções corretivas e gastos adicionais para compra
de materiais e serviços de manutenção em situações de emergência. No entanto, não incorporam outros
gastos ou prejuízos, tais como:
Para lidar com o alto grau de envolvimento da manutenção com os setores de operação, segurança,
qualidade e meio ambiente, e em função do impacto que as ações de manutenção podem provocar, diversas
empresas passaram a adotar práticas que se configuram hoje nas principais tendências mundiais nessa área.
Porém, são poucas as empresas que seguem estas tendências, são as que trabalham de maneira apropriada
com a equação da manutenção, que tenta localizar um ponto favorável entre custo, disponibilidade e
confiabilidade das instalações, objetivo principal da equipe de manutenção.
Esta constatação foi feita através de pesquisa realizada pela Astrein Engenharia de Manutenção, na região de
Campinas, em outubro de 2002, com empresas de médio porte, nos segmentos químico, alimentação,
agropecuário, metalúrgico, autopeças, serviços, máquinas e têxtil entre outros.
Nessas empresas, observou-se que 65% delas mantêm relatórios para seguimento de custos de manutenção
e 78% acompanham os tempos perdidos de produção em decorrência de falhas nos equipamentos,
demonstrando que as equipes são fortemente cobradas através dos dois principais indicadores de
desempenho da manutenção (figura 1).
Figura 1 – Funcionamento da manutenção.
Poucas empresas praticam o planejamento de manutenção (32%), enquanto pequena parte calcula índices de
MTBF, MTTR, Disponibilidade e Confiabilidade (30%) e muito poucas utilizam formulário de solicitação de
manutenção informatizado (27%), evidenciando que há espaço para avançar no gerenciamento da
manutenção.
Perguntados sobre a existência de problemas para cumprir o dia-a-dia dos trabalhos, 84% dos entrevistados
responderam “Sim”, e as principais dificuldades relatadas pelos entrevistados estão apresentadas no gráfico
da figura 2, demonstrando que, apesar dos esforços despendidos na adoção das melhores práticas de
manutenção, seus três principais pilares – mão-de-obra, peças sobressalentes e equipamento disponível –
continuam a ser os principais responsáveis pelas dificuldades do cotidiano.