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1 APRESENTAÇÃO
Este material tem como finalidade oferecer aos alunos de Circuitos Elétricos,
de maneira simples e prática, os principais fundamentos de circuitos elétricos,
conforme ementa do curso. Este material deve ser utilizado como guia para as aulas,
e não como a única fonte de dados para a disciplina. Com o auxilio da bibliografia do
curso e as anotações de aula, este material suprirá todas as necessidade do curso.
2. CORRENTE ALTERNADA
Observe que são utilizadas letras minúsculas (e,i) para denotar uma
grandeza na forma instantânea.
1 ciclo – T segundos
f ciclos – 1 segundo
Onde:
1 1
f T 1 T f
f T
4
No instante de tempo “t1” a tensão vale “e1”. O valor instantâneo pode ser
expresso em função do ângulo α (visto no estudo do gerador elementar) ou em
função do tempo.
a) em função do ângulo α:
Sabemos do gerador elementar que: e B l v sen
Como o maior valor que a tensão pode assumir corresponde a senα = 1, o
valor máximo da tensão será:
E máx B l v
i I máx sen
b) Em função do tempo:
6
t
t
e E máx sen t
e Emáx sen t ou e Emáx sen2 f t
Para corrente:
2 E máx
E méd E méd 0,637 E máx
2 I máx
I méd I méd 0,637 I máx
E máx
E E 0,707 E máx
2
I máx
I I 0,707 I máx
2
1 – Para uma tensão alternada senoidal cujo valor eficaz é 200 V, determinar:
a) o valor máximo;
b) o valor de pico a pico;
c) o valor médio;
d) o valor instantâneo para α = 45º.
2 – Para uma tensão alternada senoidal cujo valor médio é 65 V e freqüência 60 Hz,
determinar:
a) o valor máximo;
b) o valor de pico a pico;
8
c) o valor eficaz;
d) o valor instantâneo para t = 20 ms.
3. NOTAÇÃO DE FASORES
Observe que as projeções desse segmento sobre o eixo y nos dão o valor
da componente senoidal da corrente. Dessa forma existe uma relação muito íntima
entre a representação senoidal e fasorial, conforme podemos constatar na figura
abaixo.
9
Fig. 17 – Fasor
E X E cos
EY E sen
44,9
Exemplo:
Representar as senóides e fazer a soma de duas tensões cujos valores
máximos são E1máx = 200 V e E2máx = 150 V, sendo que a tensão E1 está adiantada
de 60º da tensão E2.
As equações são:
e1 E1máx sen e2 E 2 máx sen 60
Exemplo:
a)
b)
c)
14
d)
a)
b)
c)
15
-1( ) porém em nosso estudo, somente será utilizado para identificar a parte
imaginária de uma notação fasorial.
Exemplos:
17
e E máx sen t
i ou i (valores instantâneos)
R
E
I (valores eficazes)
R
P E I cos
P E I cos 0 P E I
V2
Ou ainda: P I 2 R ou P .
R
19
Matematicamente:
X L 2 f L
f = freqüência (Hz)
L = Indutância (H)
E
I
XL
I = corrente (A)
E = tensão aplicada (V)
XL = reatância indutiva (Ω)
Exercícios resolvidos:
X L 2 f L X L 2 60 0,3
X L 113,1
E 120
I I
XL 113,1
I 1,06 A
22
E 100
XL XL
I 0,2
X L 500
XL 500
L L
2 f 2 60
L 1,33 H
1 – Calcular a corrente absorvida por um indutor de 150 mH, ligado a uma fonte de
220 V/60 Hz.
2 – Calcular a indutância de uma bobina que absorve uma corrente de 2,5 A, quando
ligada a uma fonte de 20 V/60 Hz.
3 – Você dispõe de uma fonte de 10 V cuja freqüência pode ser variada. Nessa fonte
é ligada uma bobina de 500 mH. Calcule os valores de corrente na bobina, quando a
freqüência for:
a) 250 Hz;
b) 60 Hz;
23
c) 20 Hz
d) 0 Hz.
- símbolo geral
+
- capacitor eletrolítico
- capacitor variável
Fig. 27 – Capacitor em CA
4.3.2. Capacitância
Q
C
V
Quando ligamos um capacitor a uma fonte CA, surge uma corrente, que é
na verdade, o resultado do deslocamento de cargas para carregar o capacitor, ora
com uma polaridade ora com outra. É interessante frisar que a corrente não passa
pelo capacitor. Isto é evidente porque o dielétrico apresenta uma resistência infinita
(dielétrico ideal).
Na prática, circuitos Puramente Capacitivos são banco de capacitores.
25
1
XC
2 f C
f = freqüência (Hz)
C = capacitância (F)
E
I
XC
I = corrente (A)
E = tensão (V)
XC = reatância capacitiva (Ω)
Assim como o indutor outra representação de tensão e corrente é em função
do tempo, não em regime como mostrado anteriormente. Segue a dedução da
corrente em um indutor através da equação da tensão deste componente:
P E I cos90 P 0 W
Exercícios resolvidos:
1 1
XC XC
2 f C 2 60 24 10 6
X C 110,52
27
E 100
I I
XC 110,52
I 0,9 A
1 1
XC XC
2 f C 2 60 40 10 6
X C 66,3
E I X C E 2 66,3
E 132,6 V
a) 250 Hz;
b) 60 Hz;
28
c) 20 Hz;
d) 0 Hz.
Le L1 L2 L3
X Le X L1 X L 2 X L 3
Le L1 L2 Ln
X Le X L1 X L 2 X Ln
1
Le
1 1 1 1
L1 L2 L3 Ln
1
X Le
1 1 1 1
X L1 X L 2 X L 3 X Ln
Para duas indutâncias:
L1 L2
Le
L1 L2
X X
X Le L1 L 2
X L1 X L 2
L XL
Le X Le
n n
L3 L5 40 60
Le1 Le1 Le1 24 mH
L3 L5 40 60
Le 2 Le1 L2 Le 2 24 20 Le 2 44 mH
L 44
Le 2 L4 Le3 e 2 Le3 Le3 22 mH
2 2
Le L1 Le3 Le 10 22 Le 32 mH
Ce C1 C 2 C3 C n
1
X Ce
1 1 1 1
X C1 X C 2 X C 3 X Cn
X C1 X C 2
X Ce
X C1 X C 2
Para “n” reatâncias capacitivas de valores iguais a XC:
XC
X Ce
n
1
Ce
1 1 1 1
C1 C2 C3 Cn
X Ce X C1 X C 2 X C 3 X Cn
C1 C 2
Ce
C1 C 2
Dedução:
31
Qt Q Q2
Vt V1 1 V2
Ce C1 C2
Mas: Qt Q1 Q2 , logo: Vt V1 V2 .
Assim:
Q Q 1 1
Vt Vt Q
C1 C 2 C1 C 2
Q 1 1 1 1 1
Q
Ce C1 C 2 C e C1 C 2
C
Ce
n
5.1. CIRCUITO RL
Fig. 35 – Circuito RL
Quando aplicamos uma tensão “E”, surge no circuito uma corrente “I”, que
provoca uma queda de tensão na resistência “VR” e uma queda de tensão no indutor
“VL”.
Podemos montar o diagrama fasorial, utilizando as características dos
circuitos puros. Ou seja, a corrente “I” está em fase com a tensão “VR” e atrasada de
“VL” de 90º. Então, colocando-se a corrente na referência (eixo x), temos:
Como sabemos pela 2ª Lei de Kirchhoff, a somatória fasorial de “VR” e “VL”
deve resultar na tensão aplicada “E”. Então, pela regra do paralelogramo, o
diagrama fasorial ficará:
VR VL VL
E 2 VR2 VL2 cos sen tan
E E VR
VR VL E
R XL Z
I I I
X L 2 f L X L 2 60 200 10 3 X L 75,4
Z R 2 X L2 Z 60 2 75,4 2 Z 96,4
E 100
I I I 1,04 A
Z 96,4
VR R I VR 60 1,04 VR 62,4 V
VL X L I VL 75,4 1,04 VL 78,4 V
R 60
cos cos cos 0,622
Z 96,4
51,5
34
5.1.2. Potência
P E I cos
I = corrente (A)
Φ = ângulo de fase (o)
Sabemos do diagrama fasorial que:
VR
cos ou VR E cos , então
E
P VR I
Q E I sen
Ou:
V L2
Q VL I Q I XL
2
Q
XL
E2
S EI S I2 Z S
Z
Resumindo:
37
P
cos P S cos
S
Q
sen Q S sen
S
Q
tan Q P tan
P
S2 P2 Q2
VL 100
tan VR VR 100 V
VR tan 45
V 100
I R I I 2A
R 50
P I 2 R P 2 2 50 P 200 W
Q VL I Q 100 2 Q 200 VAr
S P2 Q2 S 200 2 200 2 S 282,8 A
38
a) reatância indutiva;
b) queda de tensão no indutor;
c) corrente;
d) resistência;
e) impedância;
f) potência ativa;
g) potência reativa;
h) potência aparente;
i) tensão aplicada ao circuito;
j) montar o diagrama fasorial;
k) montar o triângulo de potências.
5.2. CIRCUITO RC
E 2 VR2 VC2
V
cos R
E
41
VC
sen
E
VC
tan
VR
VR
R
I
VC
XC
I
E
Z
I
Donde:
R XC XC
Z 2 R 2 X C2 cos sen tan
Z Z R
1 1
XC XC X C 132,7
2 f C 2 60 20 10 6
Z R 2 X C2 Z 70 2 132,7 2 Z 150
E 120
I I I 0,8 A
Z 150
VR R I VR 70 0,8 VR 56 V
VC X C I VC 132,7 0,8 VC 106,2 V
42
R 70
cos cos cos 0,467 62,2
Z 150
5.2.2. Potências
VR2 VC2
Q I 2 XC P P S I2 Z
R XC
E2 P Q
S S 2 P2 Q2 cos sen
Z S S
Q
tan P VR I Q VC I
P
1 1
XC XC X C 88,4
2 f C 2 60 30 10 6
Z R 2 X C2 Z 120 2 88,4 2 Z 149,05
E 220
I I I 1,476 A
Z 149,05
S E I S 220 1,476 S 324,7 VA
P I 2 R P 1,476 2 120 P 261,5 W
Q I 2 X C Q 1,476 2 88,4 Q 192,6 VAr
R 120
cos cos cos 0,805 36,4
Z 149,05
a) reatância capacitiva;
b) resistência;
c) corrente;
d) queda de tensão no capacitor;
e) tensão aplicada;
f) potência ativa;
44
g) potência reativa;
h) potência aparente;
i) impedância;
j) montar o diagrama fasorial;
k) montar o triângulo de potências.
VL VC V VL VC
sen cos R tan E 2 VR2 VL VC
2
E E VR
XL XC XL XC
Z 2 R 2 X L X C
R
sen cos tan
2
Z Z R
X L 2 f L X L 2 60 0,2 X L 75,4
1 1
XC XC X C 132,7
2 f C 2 60 20 10 6
Z R 2 X L X C Z 100 2 75,4 132,7 Z 115,3
2 2
E 150
I I I 1,3 A
Z 115,3
VR R I VR 100 1,3 VR 130 V
VL X L I VL 75,4 1,3 VL 98,1 V
VC X C I VC 132,7 1,3 VC 172,5 V
R 100
cos cos cos 0,865 29,9
Z 115,3
47
a) ângulo de fase;
b) resistência;
c) corrente;
d) queda de tensão no capacitor;
e) queda de tensão no indutor;
48
6. FATOR DE POTÊNCIA
cos
P
S
P S
cos
Q
sen
S
Q S
sen
Q
tan
P
Q P
tan
S2 P2 Q2
Fig. 54 – Circuito RL
VL 100
tan VR VR 100 V
VR tan 45
VR 100
I I I 2A
R 50
57
P2
I
R
P
2
2
50
P200
W
Q
V
LI
Q
100
2
Q
200
VAr
SP
22
Q
S
2 2
200
200
S
282
,
8A
6.7. EXERCÍCIOS
6.7.1 – Um motor com tensão nominal de 240V e 8A consume 1.536W com carga
máxima. Qual o seu F.P.?
6.7.3 – Um motor de indução consome 1,5kW e 7,5A de uma linha de 220V com
60Hz. Qual deverá ser a potência do banco de capacitor em paralelo a fim de se
aumentar o F.P. total para 1.
6.7.4 – Uma carga indutiva que consome 5kW com 60% de F.P. indutivo com tensão
de linha de 220V. Calcule:
a) a potência do banco de capacitor necessário para deixar o dentro do limite mínimo
estabelecido pelas concessionárias.
b) o banco de capacitor para deixar o F.P unitário.
7. CIRCUITO TRIFÁSICO
Fig. 74 - Gerador
7.3 LIGAÇÃO EM ∆.
A figura abaixo apresenta o esquema de ligações que deve ser realizado com
os três enrolamentos do gerador para que se obtenha uma conexão em ∆.
7.4 LIGAÇÃO EM Y
A figura abaixo apresenta o esquema de ligações que deve ser realizado com
os três enrolamentos do gerador para que se obtenha uma conexão em Y.
65
7.5.1 Três resistências de 20Ω cada são ligadas em Y a uma linha de 3-Ø de 240V
funcionando com um FP de uma unidade. Calcule a corrente através de cada
resistência, a corrente da linha e a potência consumida pelas três resistências.
Em Y:
Em Δ:
7.5.3 Uma carga trifásica conectada em Y é alimentada por uma fonte trifásica em Y
e em equilíbrio com tensão de fase de 102V RMS. As impedâncias de linha e de
carga são, respectivamente, 1 + j1Ω e 20 + j10Ω. Determine a tensão de carga.
69
7.6 EXERCÍCIOS
7.6.1 Desenhe uma rede trifásica ligada em estrela com tensão de linha de 380V
mais neutro, nesta rede ligue 2 circuitos monofásicos de iluminação com 220V, um
motor monofásico, um motor trifásico e um banco de capacitores.
7.6.2 Um gerador ligado em Y fornece 40A para cada linha e tem uma tensão de
fase de 50V. Calcule a corrente de cada fase e a tensão de linha.
7.6.4 Para cada um dos circuitos que se seguem, determinar (a) a corrente de linha
e (b) a impedância Z. Sabe-se que, em ambos os casos, a carga consome 15,8kW
com FP = 0,8.
72
7.6.6 Uma carga equilibrada em delta contém um resistor de 10Ω em série com um
indutor de 20mH em cada fase. A fonte de tensão é equilibrada, 60Hz e ligada em Y
com uma tensão de fase de Van = 120/30° rms. Determine as correntes de linha e
de fase do sistema.