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Filipe III Arrideu (em grego: ὁ Φίλιππος Γ 'Ἀρριδαῖος, ca. 359 a.C. - 25 de dezembro
de 317 a.C.) foi rei da Macedônia, de após 11 de junho de 323 até sua morte. Ele
era filho do rei Filipe II da Macedônia com a tessália Filina de Larissa, supostamente
uma dançarina. Ele era irmão mais velho de Alexandre, o Grande. Arrideu era seu
nome de nascimento e assumiu o nome de Filipe quando subiu ao trono. Há uma
cratera na Lua com seu nome.
Ele parece nunca ter sido um sério perigo para a sucessão de Filipe II por Alexandre,
mas mesmo assim, quando Pixodaro, o sátrapa persa da Cária propôs sua filha em
casamento a Filipe, esse ofereceu Arrideu como o marido. O casamento selaria uma
aliança de considerável importância política. Olímpia e vários amigos de Alexandre
sugeriram a ele que esse procedimento mostrava que Filipe destinava fazer Arrideu
seu sucessor. Alexandre reagiu enviando um ator, Tessalo de Corinto, para dizer a
Pixodaro que ele não devia oferecer a mão de sua filha a um filho ilegítimo, mas sim
a Alexandre. Quando Filipe soube disso, ele repreendeu a Alexandre por querer
casar com a filha de um persa. Filipe exilou os amigos de Alexandre e prendeu a
Tessalo. Assim, não se firmou aliança entre a Macedônia e a Cária. Abaixo, moeda
de Pixodaro
Em 336 a.C. Filipe II é assassinado e Alexandre III assume o trono eliminando seus
possíveis rivais, à exceção de Arrideu, considerado inofensivo devido a seus
problemas mentais. Durante o reinado de Alexandre (336-323), Arrideu foi mais ou
menos isolado. Nenhum comando civil ou militar lhe foi dado nos treze anos do
governo de seu irmão. Não se sabe sequer onde ele estava durante as campanhas
de Alexandre, embora seja razoável supor que ele permaneceu na Macedônia, onde
Antípatro, o comandante supremo das forças da Macedônia na Europa,
supervisionava o comportamento mentalmente instável e a epilepsia do príncipe.
Abaixo, dracma de prata de Filipe III Arrideu com as efígies de Héracles e Zeus.
Quando a notícia de que Arrideu tinha sido escolhido como rei chegou à Macedônia,
a meia-irmã de Arrideu, Cinane, filha de Filipe II com Audata da Ilíria, viajou até a
Ásia e ofereceu ao novo Rei sua filha Eurídice como esposa. Essa estratégia foi tida
como uma afronta ao regente Pérdicas (já que não foi sequer consultado). Temendo
a influência que Cinane poderia ter sobre o rei, Pérdicas enviou seu irmão Alcetas
para matar Cinane. Mas, a reação das tropas foi de tal forma contrária a esse
assassinato que o Regente que teve que aceitar o casamento apesar da morte de
Cinane. Daquele momento em diante Filipe Arrideu ficaria sob a influência da sua
esposa, uma mulher orgulhosa e determinada em fundamentar o poder
de seu marido. Foi-nos transmitida a imagem de Eurídice como uma mulher terrível,
mas pode-se concluir que na realidade ela queria livrar seu marido de ser mero
fantoche dos regentes macedônios. Em agosto de 323, nasce o colega de trono de
Filipe III, Alexandre IV, filho de Alexandre, o Grande, com Roxane da Báctria. Como
fora acordado, Pérdicas também é seu regente e governa em seu nome. Abaixo, o
ator Neil Jackson interpretando Pérdicas no filme Alexandre.
A Guerra Lamiaca
O primeiro desafio do governo de Filipe III foi a Guerra Lamiaca (323-322). Quando
a notícia da morte de Alexandre Magno na Babilônia chegou à Grécia, os discursos
de Leostenes e Hipérides incitaram os atenienses a encabeçar uma revolta contra
a hegemonia da Macedônia que na ocasião era regida por Antípatro. Assim em
outubro de 323, Atenas e a Liga Etólia tomaram as Termópilas e venceram a
Antípatro em combate e obrigaram-no a refugiar-se na cidade de Lamia, onde foi
assediado pelos gregos durante vários meses. Parece que Arribas, rei do Épiro que
fora deposto pelo pai de Arrideu também participou do levante. Dessa cidade veio o
nome do confronto.
Depois de ser socorrido pelas tropas lideradas por Leonato, Antípatro conseguiu sair
de Lamia e regressar à Macedônia. Uma vez ali conseguiu obter o reforço das tropas
de Crátero que chegaram por mar. Depois da deserção da Liga Etólia, os atenienses
foram derrotados em Amorgos, numa importante batalha marítima em 323 a. C.
Antípatro e Crátero enfrentaram em terra os gregos na Batalha de Crannon (5 de
setembro de 322 a.C.) na Tessália. A batalha foi um sucesso total para Antípatro.
Batalha de Crannon
Moeda de Ariarates I
Relevo do templo de Amon retratando o deus Min e Filipe III Arrideu como faraó
Triparadiso
Eurídice, esposa do rei Filipe III, interferia constantemente nos assuntos políticos e
trabalhava contra os regentes. Como Eurídice gozava do favor do exército e por
meio de intrigas conseguia que os macedônios tomassem seu partido, conseguiu
fazê-los renunciar seu cargo quando chegaram a cidade síria de Triparadiso. Os
macedônios elegeram a Antípatro como novo regente do império de Alexandre e
quando esse chegou, Eurídice causava tumultos estando equipada com tropa
montada para uma disputa contra Antípatro que tinha sido composta para ela por
seu secretário Asclepiodoro, mas todos os seus esforços foram inúteis, pois
Antípatro conseguiu refreá-la e foi nomeado regente e tutor dos reis, apesar dos
remanescentes do exército de Pérdicas guardarem-lhe certo rancor. Assim no
outono de 320 a.C. na cidade de Triparadiso terminou o primeiro conflito entre os
diádocos e o império de Alexandre Magno e seus reis foram confiados a guarda do
velho general Antípatro que levou os reis para a Macedônia. Abaixo, estáter de ouro
do reinado de Filipe III Arrideu.
Filipe Rei?
Parecia que finalmente Filipe III Arrideu poderia reinar de fato em seu país. Porém,
naquele mesmo ano (317) Poliperconte e Olímpia se aliaram com Eácides, rei de
Épiro, e invadiram a Macedônia levando o pequeno Alexandre IV, considerado por
muitos sucessor mais legítimo ao trono do que Filipe. As tropas da Macedônia
recusam-se a lutar contra o filho de Alexandre Magno e Filipe e Eurídice, não tendo
escolha, fogem e são capturados em Anfípolis e atirados na prisão submetidos a
uma alimentação escassa. Filipe, apesar de sua incapacidade mental, era
demasiado perigoso para ser deixado vivo, ainda mais que o tratamento rude que
Olímpia dava ao casal despertava a compaixão dos macedônios. Filipe e Eurídice
poderiam ainda ser uma ferramentas úteis aos muitos inimigos de Olímipa. Assim
em ela manda matar Filipe em 25 de dezembro 317 a.C., conforme assinalado num
fragmento astronômico babilônico. Quanto a Eurídice, foi forçada a cometer suicídio.
Olímpia mandou à jovem rainha na prisão uma espada, uma corda e um copo de
cicuta com ordens para ela escolher o seu modo de morrer. Eurídice desejou que
logo Olímpia fosse retribuída por seus “presentes” e escolheu enforcar-se e morreu
sem chorar ou lamentar-se.
Eurídice com o corpo de Filipe III Arrideu recebendo os mortais "presentes" de Olímpia.
REFERÊNCIAS
http://www.livius.org/phi-php/philip/arridaeus.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Philip_III_of_Macedon
http://www.livius.org/he-hg/hecatomnids/pixodarus.html
http://es.wikipedia.org/wiki/Cinane
http://www.historyofwar.org/articles/wars_diadoch_1st.html
http://www.livius.org/pen-pg/perdiccas/perdiccas.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Eurydice_III_of_Macedon
http://fyrorymccann.tumblr.com/page/3
Postado por Joalsemar Araújo às 10:19