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Espiritualidade Teresiana – Aula 10

Que a alegria do Espírito Santo e a força do Pai e do Filho estejam no


nosso coração.

Nesta aula que é o encerramento do curso, quero deixar algumas


pistas, para que você possa continuar esse caminho de leitura
meditativa do “Livro da Vida”, de Santa Teresa. É claro que deveríamos
ter muito mais tempo e dedicar a cada capítulo um momento de
reflexão, mas como eu comentei na aula passada, eu quis centrar a
atenção sobre esse grande mistério da oração no “Livro da Vida”.

Podemos dizer que são três os amores teresianos: Deus, o próximo e a


Igreja.

O primeiro amor de Teresa é Deus: Teresa é uma apaixonada por


Deus, O busca, O procura com intensidade e, uma vez que encontra
Deus dentro dela e que sente essa presença viva da Santíssima
Trindade habitar o seu coração, Teresa não sai mais desse círculo de
amor – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e Teresa.

Deus para Teresa não é um conceito, não é uma idéia teológica, mas é
uma pessoa viva, com a qual ela pode entrar em comunhão, “para
mim, a oração não é outra coisa que íntimo diálogo de amor”.

O diálogo sempre tem dois momentos importantes: o momento que a


pessoa fala e o outro escuta e o momento em que aquele que falou,
escuta o outro. Ora, a escuta exige o esvaziamento de si mesmo para
poder acolher o outro, que entra em nossa vida como senhor e não
como servo.

O amor é sempre unitivo, ele une a alma a Deus e Deus às almas, até
o ponto de chegar àquela íntima união, que é o matrimônio espiritual.

O papa João Paulo II, na sua carta apostólica, “Novo Millennio Ineunte”,
nos recorda que a oração deve progredir e, por isso, não devemos nos
contentar com uma oração cotidiana, sempre a mesma, sem
criatividade, afinal, nós não somos “rezadeiros”, isto é, pessoas que

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rezam muitas orações, mas queremos ser orantes, ser pessoas que
tem facilidade de se encontrar com o Senhor e que gostam de se
encontrar com Ele.

Teresa descobre o centro da sua vida, um amor apaixonado a Jesus, a


sacratíssima humanidade de Jesus. Ela nos convida a fixar o nosso
olhar em Jesus, para que Dele possamos aprender a viver e aprender a
amar. A vida de Cristo é o modelo para toda a nossa história, nossa
caminhada. Olhar a Cristo, estar com Cristo e viver Cristo, são
expressões muito familiares à Teresa de Ávila.

O segundo amor de Teresa é o ser humano, o amor fraterno. A prova


que nós somos verdadeiramente orantes é o amor fraterno, quando nós
nos amamos uns aos outros, quando nosso amor cresce, quando
acolhemos o sofrimento do outro como nosso, quando participamos da
alegria do outro como nossa e quando rompemos a casca dos nossos
egoísmos. É por isso que Deus quer que o orante seja também alguém
que desce de seu monte de oração e se mistura com os outros no
trabalho cotidiano.

Não podemos esquecer a imagem que Teresa usa quando diz que em
cada um de nós existe uma Marta e uma Maria. Fazendo alusão ao
capítulo 10 de Lucas, versículo 38 – 42, aonde temos Maria sentada
aos pés de Jesus que sempre foi e é símbolo da vida contemplativa,
mas também temos Marta que trabalha e se preocupa, para que Cristo
seja bem acolhido na sua casa. Cada um de nós deve ser Marta e
Maria, vida ativa e vida contemplativa não são duas vidas em
contradição ou em conflito, mas são duas vidas que se integram, se
completam, interagem uma com a outra.

O terceiro grande amor teresiano é a Igreja. Todos nós conhecemos a


frase que ela pronunciou no fim da sua vida: “Até que enfim morro filha
da Igreja”. Lógico que ela sendo mulher, mística e teóloga, teve
problemas com a Igreja naquele tempo, mas aquilo que sobressai em

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Teresa é a sua fidelidade. A fidelidade à Igreja que nós devemos


constantemente renovar no nosso coração. Não podemos conceber ou
pensar que alguém tem uma grande intimidade com Deus e, ao mesmo
tempo, não tem uma vida fraterna, de amor, de perdão com os outros
e que não ame a Igreja, esta Igreja que somos nós mesmos.

E Teresa nos recorda no “Livro da Vida” que ela quer que nós
caminhemos, que não paremos por falsa humildade da oração. Aliás, o
pensamento teresiano afirma que quanto mais pecadores somos, mais
nós devemos rezar. Por quê?

Porque a oração é a única maneira para afugentar as tentações e o


demônio tem medo de uma alma que reza. A oração deve ser,
portanto, algo constitutivo na nossa vida, que seja a nossa identidade.
Nunca deixemos de rezar, por mais trabalho que possamos ter, sempre
o nosso coração deve estar fixo em Deus nosso Senhor.

Teresa escreveu vários livros, por isso, eu deixo para você uma tarefa
no fim desse curso: ler todo o “Livro da Vida” de Teresa e depois, os
outros livros teresianos com calma e tenha a certeza que encontrará
um grande benefício. Benefício que Teresa nos oferece nessa
fidelidade, quando diz: “eu falo por experiência, eu falo porque eu
experimentei isto na minha vida e vi que de verdade é autêntico e
ajuda”. A leitura teresiana seguindo o esquema que apresentei na
primeira aula, aquele desponto, a porta de entrada, aquele ponto que
era tão importante como viver o que Teresa diz, como me diz, o que
me diz e como devo colocar em prática, aí se aprenderá a ser orante.

Ninguém nasce sabendo rezar, a oração é caminho, a oração é


estímulo, a oração é vida e a oração será sempre sentir-se abraçado no
amor de Deus. Teresa, mestra da oração, conduz a todos nós. Caminhe
com Teresa! Caminhemos com Teresa e que o Deus Todo Poderoso
abençoe a todos nós e que o Espírito Santo seja derramado em nossos
corações, para que nós possamos ser em nossa vida, na família, na

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comunidade e na Igreja pessoas orantes que oferecem a própria vida a


Deus, para que Ele, Sua Majestade, o Rei seja sempre amado.

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