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UMA ANÁLISE DE FALHAS EM MODO COMUM E REDUNDÂNCIA PARA

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Daniel Macedo∗, Ivanovitch Silva∗, Allan Venceslau∗, Luiz Affonso Guedes∗



Laboratório de Informática Industrial
Departamento de Engenharia de Computação e Automação, Instituto Metrópole Digital
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

Emails: danielmacedo@dca.ufrn.br, ivan@imd.ufrn.br, allanrsv@dca.ufrn.br,


affonso@dca.ufrn.br

Abstract— The demand for development of new tools to support designing, monitoring, maintaining and
commissioning of industrial processes is permanent. The complexity of the industrial environment requires that
these tools have flexible features in order to provide valuable data at the early planning and design phases.
Furthermore, it is known that industrial processes have stringent requirements for dependability (reliability and
availability), since failures can cause economic loss, environmental damage and danger to people. Because of
this, as most of the simulation tools computacioais unable to approach the reality is better. To approach the
real, it is important to analyze common cause failure and analysis of redundancies in device. This paper presents
a tool that is able to estimate the reliability and availability of industrial processes modeled as a graph. The
tool transforms a graph structure in a model of Fault Tree and Markov chain to analyze the dependability of the
process. Finally, a study of dependability of an industrial process is conducted in order to validate the proposed
tool.
Keywords— Industrial process, Fault Tree, Markov Chain, Redundancy, Common cause failure, Dependabil-
ity, Realibility, Availability.

Resumo— A demanda por desenvolvimento de novas ferramentas para suporte ao projeto, monitoramento,
manutenção e comissionamento de processos industriais é permanente. A complexidade do ambiente industrial
exige que estas ferramentas sejam flexı́veis para fornecer dados valiosos no planejamento inicial e na frase de
projeto. Mais que isso, é conhecido que processos industriais têm requisitos rigorosos para dependabilidade
(confiabilidade e disponibilidade), desde que falhas podem causar perda econômica, danos ambientais e por
pessoas em risco. Devido a isso, quanto mais a simulação das ferramentas computacioais conseguirem se aproximar
da realidade é melhor. Para se aproximar do real, é importante a análise de falhas de modo comum e a análise
de redundâncias no dispositivo. Esse trabalho apresenta uma ferramenta que é capaz de estimar a confiabilidade
e disponibilidade de processos industriais modelados como um grafo. A ferramenta transforma uma estrutura de
grafo em um modelo de Árvore de Falhas e Cadeia de Markov para analisar a dependabilidade do processo. Por
fim, um estudo de dependabilidade de um processo industrial é conduzido com o intuito de validar a ferramenta
proposta.

Palavras-chave— Processo industrial, Árvore de Falha, Cadeia de Markov, Redundância, Falhas em modo
comum, Dependabilidade, Confiabilidade, Disponibilidade.

1 Introdução vamente usando modelos matemáticos, como por


exemplo, Árvore de Falhas e Cadeias de Markov.
A pesquisa de ferramentas em ambientes indus- Um processo industrial é composto de disposi-
triais sempre irá existir, dado o crescente número tivos heterogêneos conectados por uma estrutura
de estudos, pesquisa e desenvolvimento na área de rede. Falhas de dispositivos e conexões en-
(Krishnamurthy et al., 2005; Cinque et al., 2007; tre os equipamentos podem causar uma falha no
Xing et al., 2012). Nesse contexto, nós destacamos processo, que pode resultar em perdas financei-
o desenvolvimento de ferramentas que preveem o ras, danos ambientais ou por trabalhadores em
comportamento de processos industriais. Estimar risco. O principal objetivo desse trabalho é for-
a dependabilidade desses processos durante o co- necer uma avaliação da dependabilidade de pro-
meço do planejamento e na fase de projeto pode cessos industriais onde os dispositivos e as cone-
ajudar a antecipar importantes decisões, tais como xões entre os dispositivos estão sujeitos a falhas.
o comportamento das falhas (confiabilidade do sis- Em Macedo et al. (2013) é apresentado uma fer-
tema), disponibilidade e criticidade dos disposi- ramenta (Br-IndustrialExpert) que transforma a
tivos. Dessa forma, torna-se importante que as estrutura de processo (mapeados por uma rede
previsões, estimadas por essas ferramentas, seja o e modelado como um grafo) em um modelo de
mais próximo possı́vel do comportamento dos pro- Árvore de Falhas onde a avaliação de dependa-
cessos na realidade. Para tal, é necessário que os bilidade é conduzida. Não será do escopo desse
métodos usados por essas ferramentas, sejam ca- trabalho descrever o algoritmo de mapeamento de
pazes de suportar a adoção de redundâncias nos um processo industrial para a Árvore de Falha.
dispositivos e falhas de modo comum. Estes dados Mas sim a análise de redundâncias através Cadeia
de dependabilidade podem ser obtidos quantitati- de Markov e a implementação de falhas de modo
comum em Árvore de Falhas. crito em (Di Martino et al., 2012). Todavia, am-
O restante desse artigo é organizado da se- bos os trabalhos não permitem a configuração de
guinte forma: A Seção 2 descreve o estado da arte condições de falhas mais complexas envolvendo
na área de confiabilidade e disponibilidade aplica- eventos independentes. Adicionalmente, métricas
das a processos no formato de redes. Na Seção 3 é clássicas de dependabilidade não são suportadas,
apresentado o conceito dos formalismos matemá- por exemplo, confiabilidade, disponibilidade e cri-
ticos de Árvore de Falhas e Cadeias de Markov, ticidade de dispositivos.
além de descrever o que são modelos hierárqui- Recentemente, uma importante contribuição
cos. Na Seção 4, é descrito como modelar falhas para avaliação da dependabilidade em grafos foi
de modo comum em Árvore de Falhas. Na Se- proposta em (Xing et al., 2012). A ideia principal
ção 5, descrevemos como é feito a modelagem das é avaliar a influência de falhas em modo comum.
redundâncias de um dispositivo através de Cadeia Os autores propõem uma esquema baseado em
de Markov. Um estudo de caso é discutidos na Se- Diagramas de Decisão Binária (DDB) para ava-
ção 6. Finalmente, na Seção 7 conclui-se o artigo liação de grafos com uma quantidade de compo-
e apresentamos direções para estudos futuros. nentes superior a 20 dispositivos. Todavia, o mo-
delo não suporta condições genéricas de falha tam-
pouco uma análise de importância dos dispositi-
2 Trabalhos Relacionados
vos. Aquele trabalho foi desenvolvido visando es-
A estimativa da dependabilidade de processos in- pecificamente o estudo de Redes de Sensores Sem
dustriais durante as fases iniciais de planejamento Fio Industriais (RSSFI), no entanto, seus algorit-
e projeto pode antecipar importantes decisões, mos podem ser generalizados para outras infraes-
tais como o comportamento das falhas do sistema truturas como processos quı́micos e refinarias.
em caso de falhas, disponibilidade e criticidade dos A partir da discussão acima se torna claro que
equipamentos entre outras métricas. Esta aná- os trabalhos já desenvolvidos na literatura têm
lise pode ser obtida quantitativamente através de fornecido apenas uma solução parcial para o pro-
modelos matemáticos, como Árvore de Falha, Ca- blema visado, uma vez que a maioria deles é fo-
deias de Markov, Redes Petri e Redes Bayesianas. cado em situações muito especı́ficas. Adicional-
Análise da dependabilidade de sistemas base- mente, esses trabalhos são muito restritivos no que
ados em grafos é um problema clássico na lite- diz respeito à definição das condições de falha da
ratura (AboElFotoh e Colbourn, 1989). A teoria rede, métricas de confiabilidade, topologia e as-
já desenvolvida pode ser utilizada na estimação pectos de reconfiguração. A ferramenta proposta
da dependabilidade das infraestruturas crı́ticas em neste trabalho utiliza-se de uma metodologia que
ambientes industriais. O problema pode ser classi- não é uma abordagem nova, visto que o problema
ficado em três abordagens: k-terminal, 2-terminal da confiabilidade em redes já foi avaliado na litera-
ou todos-terminal. Vamos assumir um grafo com tura (AboElFotoh e Colbourn, 1989), no entanto,
N dispositivos e um conjunto de K dispositivos a metodologia adotada visa eliminar a maioria das
(K ⊂ N e |K| < |N |). K é um conjunto composto limitações dos trabalhos anteriores. Além disso, os
por um dispositivo centralizador e K-1 dispositi- trabalhos analisados geram seus próprios modelos
vos de campo. Definindo um dispositivo centrali- de confiabilidade, o que dificulta a generalização
zador s ∈ K, o problema k-terminal é expressado dos resultados.
como a probabilidade de que exista pelo menos O trabalho apresenta uma solução de conver-
um caminho/ligação de s para cada dispositivo de são de processos industriais que tem um centrali-
campo incluso em K. O problema 2-terminal é zador na rede, portanto k-terminal. A ferramenta
o caso onde K = 2, ao passo que o problema de proposta resolve vários aspectos, uma vez que se
todos-terminal é o caso em que |K| = |N |. adapta a diferentes tipos de cenários. As princi-
Uma tentativa para criar uma metodologia pais vantagens, quando comparada com as abor-
para avaliar a dependabilidade de estruturas ba- dagens disponı́veis na literatura, são as seguintes:
seadas em grafos foi realizada em (Cinque et al., • Suporte a qualquer topologia de rede: linha,
2007). Os autores mapearam uma Rede de Senso- mesh e estrela;
res Sem Fio (RSSF) em uma estrutura de grafo.
Os sensores assumem o papel dos vértices en- • As condições de falha podem ser especificadas
quanto que os enlaces de comunicação entre os por um grupo de dispositivos ou um único
diversos sensores assumem o papel de arestas do dispositivo;
grafo. Um modelo baseado no formalismo de
Redes de Petri Estocásticas e Generalizadas foi • Considera falhas nos links e hardware;
desenvolvido para análise das falhas transientes. • Possibilidade de configurar falhas de modo
Para introduzir o conceito de arquitetura de mo- comum;
delos, os mesmos autores estenderam o trabalho
anterior (Cinque et al., 2007) criando uma pro- • As taxas de falha e reparação podem ser ba-
posta dinâmica capaz de especializar o estudo des- seadas em distribuições estatı́sticas;
𝒏 𝒏
• Diversos tipos de medidas de dependabilidade 𝑭 𝒕 =𝟏− (𝟏 − 𝑭𝒊 (𝒕)) 𝑭 𝒕 = 𝑭𝒊 (𝒕) 𝑭 𝒕 = ( 𝑭𝒊 𝒕 )( 𝟏 − 𝑭𝒊 (𝒕))
𝒊=𝟏 𝒊=𝟏 |𝑰|≥𝒌 𝒊 ∈ 𝑰 𝒊∋𝑰
podem ser obtida a partir do mesmo mo-
delo (confiabilidade, disponibilidade, tempo
médio para falha, conjuntos mı́nimos de or and K out
of N
corte, criticidade, Fussell-de Vesely, Birn-
Fi (t) ... Fn(t) Fi (t) ... Fn(t) Fi (t) ... Fn(t)
baum, RAW e RRW);

• Possibilidade de configurar dispositivos re- Figura 1: Expressões das portas lógicas and, or e
dundantes. k-out-n.

3 Formalismos matemáticos de falha do sistema. De um ponto de vista proba-


bilı́stico, a avaliação de uma Árvore de Falhas con-
Dado a importância de se analisar a robustez dos siste em calcular a probabilidade do evento topo
sistemas, formalismos matemáticos foram criados a partir das probabilidades dos eventos básicos.
para a modelagem quantitativa de dependabili-
dade dos mesmos. O Diagrama de Bloco, Árvores
de Falhas (AF) e Cadeias de Markov são exemplos
3.2 Cadeias de Markov
de técnicas quantitativas amplamente usadas na
indústria (Rouvroye e van den Bliek, 2002). Téc- Idealizado por Andrei Andreyevich Markov, o mo-
nicas qualitativas como a análise de modo e efeito delo de Markov é muito utilizado para sistemas
de falhas e a análise no espaço de estados também com comportamento aleatório de maneira discreta
são abordagens estabelecidas na área. Nas seções ou contı́nua em relação ao tempo, configurando-
a seguir será descrito de maneira sucinta os for- se assim como um processo estocástico. O mo-
malismos matemáticos empregados nesse trabalho delo se baseia em um grafo, portanto é formado
(Árvore de Falhas e Cadeias de Markov). por um conjunto de estados (vértices), podendo
ser interconectados por transições (arestas), que
3.1 Árvore de Falhas representam a probabilidade de transição de um
estado para outro. O modelo de Markov é carac-
Árvore de Falhas é um modelo matemático ampla- terizado como um sistema sem memória, ou seja,
mente utilizado na indústria (Limnios, 2007). Em o seu estado futuro independe do histórico do seu
resumo, Árvores de Falhas podem ser entendidas comportamento.
como um conjunto de eventos, os quais combina- Outra forma de caracterizar esses modelos é
dos através de portas lógicas convergem em um como contı́nuos ou discretos. Essa classificação se
único nó, o topo da árvore ou evento topo. refere ao seu comportamento em relação ao tempo.
Esse modelo pode ser usado para avaliar a Em outras palavras, o modelo discreto tem um
confiabilidade e disponibilidade de uma rede. A fluxo nos espaços discretos de tempo, o contı́nuo
principal vantagem da análise de Árvore de Fa- age de maneira contı́nua nele, portanto tem um
lhas está relacionada com o procedimento intui- domı́nio infinito nesse espaço. Os discretos são
tivo utilizado para descrever os acontecimentos matematicamente mais simples e concedem apro-
que leva à falhas da rede. No entanto, para topo- ximações satisfatórias.
logias complexas, a construção de uma Árvore de
Falhas é uma tarefa demorada e demanda muito
esforço. A solução usual é a adoção de uma abor- 3.3 Modelos Hierárquicos
dagem que gera automaticamente a Árvore de Fa-
lhas (Majdara e Wakabayashi, 2009). O uso de modelos hierárquicos matemáticos não
As portas lógicas de uma Árvore de Falhas é novo na literatura (Sahner et al., 1996; Kim
mais comuns são as and, or e k-out-n. A repre- et al., 2010). Nos modelos hierárquicos, um mo-
sentação e expressão de cada uma delas é apre- delo matemático se beneficia dos resultados da
sentada na Figura 1, onde F (t) é a probabilidade análise de outro tipo de modelo. Nesse artigo será
de um dispositivo ou porta lógica falhar, enquanto usado Árvore de Falhas para analisar a dependa-
que Fi (t) é a probabilidade do evento i falhar. bilidade do processos industriais, no entanto para
Por sua vez, os eventos representam folhas pri- fazer a análise de redundâncias de um dispositivo
mitivas da expressão booleana da Árvore de Fa- será usado o modelo de Cadeia de Markov.
lha. Cada evento possui uma função, que varia no Portanto, ao invés dos eventos carregarem
tempo, a qual representa a distribuição probabi- uma distribuição estatı́stica que os represente (por
lı́stica que o caracteriza. exemplo, exponencial ou binomial), eles terão uma
O processo de construção de uma Árvore de Cadeia de Markov e sua distribuição será a análise
Falhas é realizada de forma dedutiva e começa de- dessa cadeia. Na Fig. 2 é apresentado de maneira
finindo o evento topo, que representa a condição esquemática o modelo hierárquico.
as falhas em modo comum atuam em diferentes
componentes do processo, o seu respectivo evento
irá aparecer em diferentes posições na AF. Toda
vez que um componente da AF influenciado por
uma FMC aparecer na árvore, ele deve vir acom-
panhado do evento que representa a falha de modo
comum.

Figura 2: Modelo hieráquico com Cadeia de Mar- 5 Modelando Redundância através de


kov e Árvore de Falha. Cadeias de Markov

Todos modelos de redundância propostos nesse


4 Modelando Falhas de Modo Comum
artigo são baseados no formalismo de Cadeia de
em Árvore de Falhas
Markov. Para a utilização desses modelos, é defi-
nido um conjunto de estados discretos no sistema
Na Árvore de Falha é comum considerar que os
e é determinado um conjunto de taxas de transi-
componentes do sistema falham de forma inde-
ção de um estado a outro. As taxas de transição
pendente. Entretanto, na prática este cenário não
representam as taxas de falha e taxas de reparo.
necessariamente ocorre. Um exemplo disso são as
O uso de Cadeias de Markov limitam a análise
falhas de modo comum (FMC). Este tipo de de-
do sistema apenas para a distribuição exponen-
feito ocorre em múltiplos componentes no mesmo
cial. Para a análise de distribuições não expo-
intervalo de tempo e compartilha da mesma causa,
nenciais pode-se utilizar técnicas de aproximação
como por exemplo sabotagens, furacões, inun-
dessas distribuições em distribuições exponenciais
dações, obstáculos temporários, descargas elétri-
(Sahner et al., 1996).
cas, falhas de projeto, erros humanos, etc. FMC
Os estados da Cadeia de Markov representam
ocorrem tipicamente em sistemas modelados com
os modos de operação da um dispositivo (ativo
redundância, onde um conjunto de componen-
ou inativo). A probabilidade do sistema mover de
tes idênticos são utilizados (Tang e Bechta Du-
um estado ativo (funcionando corretamente) para
gan, 2004). Outro exemplo muito comum de FMC
o estado inativo é dado por λ (taxa de falha) e
ocorre nas redes sem fio, onde obstáculos tempo-
o inverso é dado por µ (taxa de reparo). Nesse
rários podem obstruir (defeito) vários enlaces de
contexto, duas importantes métricas são defini-
comunicação ao mesmo tempo. Observa-se que na
das (Sahner et al., 1996):
análise quantitativa, a não consideração de FMC
para a modelagem do sistema pode conduz a re-
• Confiabilidade: É o conceito usado para
sultados superestimados (Mitra et al., 2000).
descrever que um componente ou sistema está
De uma maneira geral, se o defeito de um funcionando corretamente de acordo com as
componente aumenta a tendência de ocorrer um especificações durante um perı́odo de tempo.
outro defeito em um outro componente, diz-se
que esses defeitos apresentam uma dependência • Disponibilidade: É o conceito que deve ser
positiva. Caso contrário, essa relação é classifi- entendido como a probabilidade que o sistema
cada como negativa (Rausand e Høyland, 2003). está trabalhando corretamente no instante t
Na teoria de probabilidades, dois eventos (E1 independente do número de falhas ocorridas
e E2) são considerados dependentes positivos se no intervalo de (0, t) (desde que as falhas te-
P r(E1 ∩ E2) > P r(E1) · P r(E2) ou P r(E1|E2) > nham sido reparadas).
P r(E1) ou P r(E2|E1) > P r(E2). De maneira
análoga, E1 e E2 são considerados dependentes A Fig. 3 descreve um modelo simples para
negativos se P r(E1 ∩ E2) < P r(E1) · P r(E2) ou avaliação da confiabilidade e disponibilidade de
P r(E1|E2) < P r(E1) ou P r(E2|E1) < P r(E2). um sistema considerando apenas o estado ativo
Medir o impacto das FMC o mais breve pos- (good ) e o inativo (bad ). Em ambas as métricas, o
sı́vel, idealmente nas fases de projeto e planeja- objetivo é calcular a probabilidade do começo do
mento do processo, é uma questão fundamental estado ativo (good) em um dado tempo t. Note
na análise da dependabilidade de processos indus- que se µ = 0 o modelo de disponibilidade serão
triais. Quando realizada adequadamente, decisões iguais.
sobre a topologia, criticidade dos dispositivos, nı́- Em relação aos aspectos de redundância, para
veis de redundância e robustez da rede podem ser cada componente redundante adicionado dentro
antecipadas. do sistema, um novo estado deve ser também adi-
Assim como a representação das diferentes fa- cionado para o modelo proposto. Em outras pa-
lhas do processo industrial podem ser representa- lavras, a quantidade de novos estados representa
dos por eventos, as falhas de modo comum tam- o número de dispositivos necessários para trazer o
bém serão eventos da Árvore de Falha. Como sistema para a falha.
λ λ C1

C2
GOOD BAD GOOD BAD
.. ..
. .
μ Cn

(a) (b) (a)

λ λ λ
Figura 3: Modelos de dependabilidade(métricas).
GOOD GOOD GOOD ... GOOD BAD
(a) Confiabilidade. (b) Disponibilidade. N N-1 N-2 1

(b)

Uma das formas de classificar o tipo de redun-


dância é através da definição de redundâncias ati- Figura 4: (a) Redundância passiva e (b) seu
vas e passivas. Quando todos componentes redun- respectivo modelo de Markov assumindo chavea-
dantes operam simultaneamente (paralelo) com o mento perfeito.
dispositivo principal/primário, tal arranjo é cha-
mado de redundância ativa. Estes componentes
paço no trabalho, o modelo para a disponibilidade
de dividem a carga do começo até que um deles
não é descrita na Fig. 4(b) (para o modelo de dis-
falhar. Por outro lado, quando uma reposição de
ponibilidade, é apenas necessário adicionar o pa-
componente só é feita após a falha do dispositivo
râmetro µ como descrito na Fig.3(b), obviamente
principal/primário, tal arranjo é chamado de re-
assumindo que as ações de reparo são limitadas).
dundância passiva. Durante o tempo de espera o
Há n − 1 componentes redundantes e um compo-
componente redundante é dito ser cold standby. Se
nente primário na Cadeia de Markov (totalizando
o componente standby for responsável uma carga
n estados GOOD ). A confiabilidade do modelo
pequena no perı́odo de espera, a abordagem da
no instante t é calculada pela Equação 1.
redundância é chamado parcialmente carregado.
Em um sistema configurado com dispositivos µ λ −(µ+λ)
de peças de reposição (independente de ser ativa R(t) = + e (1)
µ+λ µ+λ
ou passiva), se o componente primário falha o dis-
positivo redundante assume o sistema. Porém, o A formula para avaliar a disponibilidade é a
chaveamento entre o dispositivo primário e o com- mesma da equação Equação 1 (obviamente, é ne-
ponente redundante não é sempre perfeito. Para cessário adicionar o parâmetro µ na Fig.4(b)).
cenários crı́ticos, é fundamental modelar e avaliar Outra importante métrica de dependabilidade
o chaveamento imperfeito. Para se tornar mais é mean time to failure (MTTF), que mede o tempo
compreensı́vel, apresentaremos nas seções seguin- médio para falhar (assumindo que um sistema não
tes os aspectos de redundância discutidos anteri- reparável é adotado). A métrica é amplamente
ormente para as abordagens ativas e passivas. adotada na literatura (Avizienis et al., 2004) e é
facilmente obtida da equação 2.
5.1 Redundância passiva
Z∞
Vamos considerar o modelo passivo descrito na MTTF = R(t)dt (2)
Fig. 4(a). Este modelo pode estar funcionando
i=0
e reparado de diversas formas: (a) o componente
redundante pode ser frio ou parcialmente carre- Além disso assumimos que quando o compo-
gado, (b) a transição entre as redundâncias pode nente ativo falha, existe uma probabilidade 1−Pw
ter vários modos de falha (chaveamento imperfeito para o chaveamento falhar. Dessa forma há duas
ou desconectado) ou (c) a falha de redundância do maneiras para um dispositivo falhar: (a) se o com-
componente pode está oculta ou detectável. Em ponente primário falha e todas redundâncias fa-
um modelo geral, o modelo standby (termo usado lhas, e (b) se o chaveamento não é ativado quando
para se referenciar as redundâncias quando estão o dispositivo primário falha. Este cenário é conhe-
esperando assumirem o sistema) atua da seguinte cido como chaveamento imperfeito.
forma: o primeiro componente (C1) está funcio- Para sermos mais compreensı́vel, vamos de-
nando no tempo t = 0. Se o C1 falha, o compo- talhar esse cenário usando a Fig. 5. O compo-
nente redundante C2 é ativado. Quando C2 falha, nente primário (C1) está funcionando no tempo
o componente redundante C3 assume. Depois do t = 0 (estado Good N ). Se C1 falha e o chavea-
n-ésimo componente redundante falhar, o modelo mento é feito de forma bem sucedida (Pw × λ), o
passivo falha. primeiro componente redundante é ativo (estado
A Cadeia de Markov para modelos standby é Good N −1). Por outro lado, se o chaveamento fa-
descinto na Fig. 4(b). Nós assumimos que o com- lha, o sistema é levado para o estado (BAD) com a
ponente redundante é frio e o procedimento de probabilidade (1 − Pw ) × λ. Depois da n-ésimo re-
chaveamento é perfeito. Devido a limitação de es- dundância falhar ou se algum chaveamento falha,
C1
o modelo passivo falha. A avaliação da confiabili-
dade e a disponibilidade é a mesma dos modelos C2

.. Nλ (N-1)λ λ
prévios. . GOOD GOOD GOOD ... GOOD BAD
Cn N N-1 N-2 1

pw λ pw λ λ
GOOD GOOD GOOD ... GOOD BAD
(a) (b)
N N-1 N-2 1
(1-pw)λ (1-pw)λ (1-pw)λ
Figura 7: (a) Redundância ativa e (b) seu respec-
tivo modelo de Markov assumindo chaveamento
perfeito.
Figura 5: Cadeia de Markov para a redundância
passiva com chaveamento imperfeito. o estado de falha (BAD). No estado Good N nós
temos N candidatos para falhar. Sem perda de
Outro cenário interessante é quando podem generalidade, vamos assumir que a primeira re-
ocorrer falhas nas redundâncias. Neste cenário, dundância é ativado com sucesso, conforme na
o dispositivo de reposição pode falhar antes do Fig. 7(b). Devido a isso, o sistema irá continuar
seu dispositivo primário. O dispositivo standby funcionando até este componente redundante fa-
tem uma falha oculta quando ativado. Em geral, lhar e a N − 2 redundância também falhar (há
este tipo de falha é menor do que a taxa de falha N − 1 candidatos para falhar no estadoGood N −
correspondente durante a operação. A taxa de 1). O procedimento para avaliação da confiabili-
falha do modo de espera é definido como λstb . O dade e disponibilidade é o mesmo que o descrito
modelo da Cadeia de Markov para este tipo de na equação 1.
falha é descrito na Fig. 6. Como descrito na Fig. 5, vamos assumir que
quando o componente ativo falha, existe uma pro-
(N-1)λstdλ (N-2)λstdλ (N-3)λstdλ
babilidade 1 − Pw do chaveamento falhar. O mo-
delo de Markov para este cenário é descrito na
pwλ pwλ λ
GOOD GOOD GOOD ... GOOD BAD Fig.8. Note que independente se uma redundân-
N N-1 N-2 1
cia é ativa ou passiva, quando o chaveamento falha
(1-pw)λ (1-pw)λ (1-pw)λ
o sistema irá para o estado de falha (BAD).
O modelo assumindo comutação imperfeita
na redundância ativa é um pouco diferente que o
Figura 6: Cadeia de Markov para a redundância apresentado para a abordagem passiva. Dado que
passiva com modelo de falha passivo. os componentes da redundância ativa operando
em paralelo, existem por exemplo, N combina-
Note que o modelo do modo de falha standby ções da falha no estado Good N . Então, a taxa de
é similar ao descrito na Fig. 5. A diferença é que transição desse estado assumindo que o dispositivo
se o dispositivo primário falha, independente se o redundante é ativado de maneira bem sucedida é
chaveamento é perfeito ou não, N − 1 redundân- Pw × N × λ. Por outro lado, na aproximação pas-
cias podem falha quando estão em standby com a siva esta taxa de transição é apenas Pw × λ.
probabilidade (N − 1) × λstb . pwNλ pw(N-1)λ λ

GOOD GOOD GOOD ... GOOD BAD


N
5.2 Redundância ativa N-1 N-2 1

(1-pw)Nλ (1-pw)(N-1)λ (1-pw)(N-2)λ

Vamos considerar o modelo ativo descrito na


Fig. 7(a). Nesse tipo de redundância os dispo-
sitivos (dois ou mais) estão operando em paralelo
com o componente primário. A carga primária é Figura 8: Markov Chain for an active redundancy
compartilhada do começo até o componente pri- model with imperfect switching.
mário falhar. Quando isso corre, uma redundância
assume que a operação principal com um atraso
mı́nimo no chaveamento. 6 Estudo de Caso
A Cadeia de Markov para o modelo ativo é
descrito na Fig. 7(b). Nós assumimos que o pro- Nesta Seção, vamos apresentar um estudo de caso
cedimento de chaveamento é perfeito. O sistema é para uma planta para o controle do nı́vel de água
composto de N −1 redundâncias (operando em pa- de um tanque, apresentado na Fig. 9. Essa planta
ralelo) e um componente primário (ao todo, tem- foi baseada no sistema descrito em Lampis e An-
se N estados GOOD). drews (2009). O sistema apresentado consiste de
O modelo opera da seguinte forma: se o com- um tanque que possui dois sensores embutidos no
ponente primário falha e o N − 1 componente re- tanque, representados por S1 e S2, que enviam in-
dundante também falha, então o sistema vai para formação, acerca do nı́vel de água no tanque, para
os controladores os quais estão ligados. A partir
dos valores de nı́vel obtidos, o controlador atua de
forma a manter o nı́vel de lı́quido no tanque den-
tro dos parâmetros estabelecidos (maior que S1 e
menor que S2).

Figura 10: Modelagem do processo de controle de


nı́vel de água no Br-IndustrialExpert.

Tabela 1: Taxas de falha e reparo dos eventos.


Evento λ(falhas/h) µ(reparos/h)
T anque e−4 4e−3
−5
Figura 9: Sistema de controle de nı́vel de água. V1 e 4e−1
−5
V2 e 4e−1
O sistema ainda possui mais três sensores de V3 e−5 4e−1
monitoramento, representados por V F 1, V F 2 e −6
P1 e 0.2
V F 3, localizados próximo às válvulas V 1, V 2 e P2 e−6 0.2
V 3, que tem como objetivo detectar a vazão da P3 e−6 0.2
água através das válvulas. A válvula V 1 é aberta P4 e−6 0.2
ou fechada de acordo com os nı́veis de água de- P5 e−6 0.2
tectada através do sensor S1. O mesmo sensor é P6 e−6 0.2
responsável por indicar se o nı́vel está abaixo do CT e−8 2e−3
limite requerido. O controlador C1 abre a válvula
V 1 permitindo a entrada de água para compensar
a saı́da de água por V 2, e fecha para cessar o fluxo riação do número de redundâncias nas válvulas.
de água para dentro do tanque. Iremos analisar o comportamento (confiabilidade
A válvula V 2 é uma válvula manual de saı́da e dependabilidade) do sistema acrescentando 1 re-
e é ativada pelo operador. Em operação normal dundância em cada uma das válvulas. Será ado-
esta válvula é mantida aberta, permitindo a saı́da tado o modelo ativo de redundância, sendo anali-
de água do tanque. Além disso, assume-se que sado o sistema com chaveamento perfeito e simu-
possui a mesma capacidade de vazão que a válvula lando chavemanto imperfeito (1 − Pw = 0.05)
V 1. A válvula V 3 mantém-se fechada, salvo no
caso que o nı́vel do tanque atinja valores crı́ticos.
Esta válvula é aberta pelo controlador C2, como
medida de segurança, quando o sensor S2 detecta
aumento do nı́vel de água a um nı́vel de risco.
O sistema falha quando há o transborda-
mento do tanque. Dessa forma, a condição de
falha do sistema é se P 4 e P 6 falhar. Ou seja,
o sistema falha quando não houver mais fluxo
por nenhuma das saı́das do tanque. A mode- arvoreResultante.pdf
lagem desse sistema pode ser feita observando
o fluxo de água. A modelagem do processo
foi feita usando o Br-IndustrialExpert, descrito
em (Macedo et al., 2013).
O sistema também é susceptı́vel a uma falha
de modo comum provocado pela contaminação do
tanque (CT ) por algum resı́duo externo. Essa
contaminação provoca a obstrução das válvulas
V 2 e V 3 simultaneamente. Na Tabela 1 é apre-
sentado todos os eventos do sistema montado e Figura 11: Processo de controle de nı́vel de água
suas respectivas taxas de falha e reparo. modelado em uma Árvore de Falha.
A Árvore de Falha resultante do processo e
modelada pelo Br-IndustrialExpert é mostrada na Na Fig. 12 é apresentado o gráfico resultado
Fig. 11. Foi realizado uma análise de sensibilidade da análise da confiabilidade dos cenários propos-
(confiabilidade e disponibilidade) a partir da va- tos. O MTTF do sistema sem redundância foi de
aproximadamente 7.228h. Analisando o sistema Agradecimentos
com redundância nas válvulas o sistema aumen-
tou seu MTTF em 21, 5% com chaveamento per- Os autores agradecem ao CNPq e à CAPES, pelo
feito e 19, 3% considerando um chaveamento im- suporte financeiro e à UFRN pela infraestrutura
perfeito. Com isso podemos concluir que o uso de de suporte ao desenvolvimento deste trabalho.
redundância aumentaria a confiabilidade do sis-
tema, mesmo considerando uma falha no chave-
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Figura 12: Analise de confiabilidade. Automated generation of performance and
dependability models for the assessment of
Na Tabela 2 é exibido a análise da disponibili- wireless sensor networks, IEEE Trans. Com-
dade em regime permanente do sistema para cada put. 61(6): 870–884.
cenário. Nota-se também o aumento da disponi-
bilidade do sistema com o uso de redundâncias. Kim, D. S., Ghosh, R. e Trivedi, K. S. (2010).
Essas análises poderiam ser usadas na decisão do A hierarchical model for reliability analysis
uso de redundâncias nas válvulas no projeto. of sensor networks, Pacific Rim International
Symposium on Dependable Computing, IEEE
0: 247–248.
Tabela 2: Taxas de falha e reparo dos eventos.
Cenário Disponibilidade Krishnamurthy, L., Adler, R., Buonadonna, P.,
Sem redundância 0.97550
1 redun. com chaveamento perfeito 0.97580 Chhabra, J., Flanigan, M., Kushalnagar, N.,
1 redun. com chaveamento imperfeito 0.97557 Nachman, L. e Yarvis, M. (2005). Design and
deployment of industrial sensor networks:
Experiences from a semiconductor plant and
the North Sea, SenSys ’05: Proceedings of
7 Conclusões the 3rd International Conference on Embed-
ded Networked Sensor Systems, ACM, New
O desenvolvimento de ferramentas genéricas para
York, pp. 64–75.
a análise de confiabilidade e disponibilidade de
um processo industrial é uma demanda iminente. Lampis, M. e Andrews, J. D. (2009). Bayesian
A ferramenta desenvolvida neste trabalho apoia belief networks for system fault diagnostics,
a análise quantitativa destas métricas, proporcio- Quality and Reliability Engineering Interna-
nando valiosas informações para o projetista que tional 25(4): 409–426.
lhe permite desenvolver sistemas robustos e tole-
rantes a falhas. Limnios, N. (2007). Fault Trees, 2 edn, ISTE Ltd.
Em pesquisas futuras, pretendemos apoiar
Redes Bayesianas e modelos de Árvore de Falhas Macedo, D., Silva, I., Guedes, A., Portugal, P. e
dinâmicas. É previsto a expansão dos tipos de pro- Francisco, V. (2013). A framework for de-
cessos industriais suportados na ferramenta para pendability evaluation of industrial proces-
da suporte a processos com mais de um centrali- ses, Annual Conference of IEEE Industrial
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